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de
S. Martinho do Porto
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Introdução:
dissociadas pela foz do rio de Salir em terras da Coroa ou Casa das Rainhas e Coutos
de Alcobaça. Justificava-se por esse motivo recordar os forais manuelinos das três
associadas ao mar (salinas, porto e construção naval) e uma parte do foral de Salir do
do Porto apresentamos apenas o sucinto foral manuelino, ainda que no mesmo livro
esteja incorporado o foral de Salir concedido pela rainha Dona Leonor, e que se inicia
no fólio 139r.
transcrição destes forais feita por Carvalho Dias, inclusive, nas reticências que o foral
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FORALL DO LUGAR DALFEIZARAM
Item mais a dita ordem em este lugar dalfeyzaram estes direitos segujntes. a saber. Por quanto
polla doaçam del Rey dom Affomso anriquez ao dito moesteiro foy passado nelle e em seu
convento todollos direitos que a coroa real hy podia teer. E per esse respeito ho dito moesteiro
podia dar aos moradores da terra todollos foraaes com que lha quisessem tomar. Assy como
deu ho dito foral dalfeizaram pollas comfrontações do limite delle segundo no dito foral sam
decraradas com os direitos segujntes. á saber, que pagariam. a quarta parte das novjdades e
E assy do sal das marinhas que hy fizessem. com limjtaçam que das vinhas. olivaaes e
pumares que fizessem de novo dy em diante dessem somente A quinta parte em paz e em
salvo. a saber. ho vinho no lagar e a tinta na eira. E as ollyvas colhidas ao pee da olliveyra.
E dariam mais de cada casaria senhos alqueires de trigo na eira por fogaça que seja boom e de
receber e senhas gallinhas por dia de sam miguel. E todolos outros moradores que nom
E quaes quer pessoas que na dita terra viverem tres annos continuadamente possam dy
adiante vender as terras que hy ouverem ou fizerem A taaes pessoas que lhe façam ho dito
foro, fazendo primeiro saber ao alcayde ou pessoa que estevesse pollo dito moesteiro no dito
lugar. E Se hy nom estevesse nom fossem obrigados de mais hirem a outra parte fazer este
requjrimento vendendosse a tal pessoa que faça ho dito foro e doutra maneira nam vallesse.
E daria mais cada lavrador cadanno nas eyras huuma carga de palha pera ho dito abade ou
pessoas que estevessem no castello deste lugar. E Se lha nom requerissem nas eiras nom fosem
E reteve mais ho dito moesteiro pera Sy ho dito castello com suas entradas e moradas como
devjsado era antre ho dito moesteiro e os moradores do dito lugar. E a vinha que chamavam de
E reteve mais ho dito moesteiro pera sy todallas sallinas que já eram feitas com todas suas
pertenças.
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E reteve mais os moynhos e açenhas feitas e por fazer E os pisões e lagares de vinho [e] dazeite
E dos lagares em que fezerem vinho darem atee dia de sam çibrão tres Reaes bramcos do dia e
da noute. E dy em diante çimquo Reaes brancos assy do dia e da noute AImda que mais que
E despois que ho lavrador meter assegar todallas pessoas de sua casa que pera Isso forem. Se
allguuns mais obreiros ho lavrador meter assegar ho pam de que ouver de dar ho direito aa
ordem Pagarsse am de monte mayor ante que se parta. a saber. huum alqueire a cada
E poderão quaaes quer pessoas semear senhas teigas de cevada pera suas bestas e bois sem
dellas pagarem nada Salvo se as venderem por que entam pagarão ho quarto sobre dito.
E outro tamto das favas e hervjlhas e çebollas e alhos e frujta poderão comer em verde. E dos
E ho abade porem avja de tapar ho seu pumar de gujsa que se lá emtrassem os gaados da terra
nom fossem obrigados a nenhum corregimento. Ho quall foral foy outorgado pera serem çem
moradores ao menos.
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FORAL DE SALLIR DA FOZ
E por quanto os moradores e pescadores de sallir e dos outros lugares se agravam que sendo
todollos direitos Reaaes daquella emtrada do mar de sallir e lá se pagar delles seu direito assy
Aa entrada como aa saida que tambem lhos Requeriam outra vez quando vinham aportar em
alfeizaram com as cousas de que assy Já pagaram seu direito. E por tanto decraramos que de
quaaes quer mercadorias e cousas de que se pagar ho direito por emtrada em sallir que nom
paguem mais outro direito em alfeizaram as pessoas que ho tal direito pagarem por via de
em alguum outro lugar do dito moesteiro pagaram dellas ho direito da venda da portagem
segundo ho que das taaes cousas se mandar pagar portagem per este foral sem mais outra
emnovaçam nem acreçentamento posto que doutra maneira se ora requeresse ou levasse ho
Nem per conssegujnte se leve direito nenhuum de quaaes quer mercadorias nem cousas que
hy embarcarem que se fora venham Salvo se as hy comprarem pera carregarem Das quaees
E pella dita rezam nom obrigarão nehuuma das ditas pessoas que per hy passarem nem
embarcarem que levem dy…çõoes pois as ham de levar ao dito porto e alfandega de …ir i,
omde ham de pagar e re…rii as mercadorias que por elle entrarem e sairem.
Item mais ho dito lugar dalfeizaram que fica scripto ante da decraraçam de sellir estes direitos
segujntes. a saber. Relleguo. Dizima das Sentenças. Pena darma. Çallayo. Gaado do vento.
Fornos. Lagares e moendas. Montados Montado de fora da montanheira. cortar madeira. Jujz
dos direitos reaaes. Cadeas Sesmarias. Obra dos muros. Almocrevaria. Telha e tigello.
Mazcotar. Presos remjtidos. Dos partidores. De que tempo se paga ho direito da frujta.
emtra dizima. E assy a portagem per cargas com todollos capitollos atee a pena do forall em
todas estas cousas hé tal este alfeizaram com evora dalçobaça ut supra.
E em este lugar dalfeizaram nam se pagua açouguagem por que ho Açougue hé do conçelho.
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FORAL DE SAM MARTINHO
Item mais a dita ordem em este lugar de sam martinho estes direitos segujntes. a saber. que A
terra nas ditas divjsoões decrarada fosse dada atee sesenta povoadores e a seus sobçessores os
quaaes dariam ao moesteiro a quarta parte do triguo. Cevada. Centeo. mjlho. Azeite e legumes
E de todollos frujtos que ouverem na dita terra E dos frujtos das ortas e novjdades que
ouverem pera comer nom paguem foro Sallvo se as venderem ou derem por que emtam
E os pescadores tenham sua barca ou batel pera tomarem pescado pera seu mantimento sem
delle pagar nenhuuma dizima nem direito sallvo se ho venderem ou derem por que emtam
E os lavradores de todollos frujtos que ouverem daram ho qujnto E em cada huum anno em
dia de sam Joham bautista daram fogaça de huum alqueire e huuma galinha. E ho relleguo e
as coymas e penas de santarem. E todollos outros direitos sejam ou fossem polla pedarneira. E
ao terceiro anno posam vender e fazer de sua herdade ho que qujserem com a sollenjdade de
direito e com as condiçõoes do dito couto que se nom possam vender a pessoas defesas. E das
i Sallir
ii “recadar” (?)
terras Já rotas dariam ho qujnto e das por romper nom dariam foro ho primeiro Anno que a
rompessem.
E posto que ho dito lugar seja aforado pollo foral de santarem Porem por hy nom aver
povoaçam pera se pagarem çallayos nem açouguagens nem outros direitos se nom poseram
aquy nem se paguarão sallvo os que sempre atee ora costumaram de levar que nom fossem
contra ho forall Sallvo a portagem que se pagará segundo no forall da pedarneira vay
decrarado.
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Apêndice documental:
1 – Forais de Alfeizerão e Salir da Foz (DGA/TT, Leitura Nova, liv. 47, fls. 131r-
131v):
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2 – Foral de S. Martinho do Porto (DGA/TT, Leitura Nova, liv. 47, fl. 134r)