Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(https://outraspalavras.net/)
OUTRASPALAVRAS
O Belchior que a crítica vulgar não viu
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
OUTRASPALAVRAS
(https://outraspalavras.net/author/albertosartorelli/)
Publicado 16/09/2016 às 16:42 - Atualizado 15/01/2019 às
17:35
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
Canções do compositor cearense debateram, desde os anos 1970, a alienação, as relações
mercantis e a própria indústria cultural. Mas alguns procuraram enquadrá-lo como apenas
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
um rapaz romântico
Cristã e ocidental…
Deploro essa herança na língua
(https://outraspalavras.net/)
Que me deram eles, afinal.
(Bahiuno, 1993)
(HTTPS://OUTRASPALAVRASA imagem de Belchior vendida pela indústria cultural é a do artista brega, de voz fanha e
bigodão – uma figura! Poucos prestam atenção nas letras. A forma simples de suas canções
possibilitou sua assimilação pela indústria fonográfica, que criou-lhe uma imagem caricata e
reproduziu suas músicas em massa, entre shows, premiações e programas de auditório, fazendo
tábula rasa de seu conteúdo crítico. Belchior foi reduzido a um mero cantor romântico.
Em estética, o artista engajado politicamente deve escolher entre dois caminhos: o da forma
artística de difícil assimilação – e remuneração! – para o público e para a indústria cultural; ou
o da forma mais simples, de fácil assimilação do público e do show business. Ambas as opções
estão fadadas ao silêncio político: uma não apela, a outra tem seu apelo anulado pela
caricaturização. No fim, a indústria cultural impede que qualquer artista seja levado muito a
sério, por seu ostracismo ou por sua redução a uma imagem vendável.
A especificidade de Belchior é a sua consciência perante esse processo todo. “Aluguei minha
canção / pra pagar meu aluguel / e uma dona que me disse / que o dinheiro é um deus cruel /
[…] hoje eu não toco por música / hoje eu toco por dinheiro / na emoção democrática / de quem
canta no chuveiro / faço arte pela arte / sem cansar minha beleza / assim quando eu vejo porcos
/ lanço logo as minhas pérolas” (TOCANDO POR MÚSICA, Melodrama, 1987).
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- Belchior, antes de músico no sentido geral, é um compositor de canções. Cada autor encontra
uma forma para se expressar: o ensaio filosófico, a pintura não-figurativa, a ópera, a canção. A
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o- canção foi a forma adequada que Belchior encontrou para transpassar seus pensamentos. É
preciso ter em mente, ao pensarmos a obra de Belchior, um autor de vasta erudição, de poesia
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
refinadíssima, conhecedor das línguas latinas e da literatura clássica, e um artista engajado
politicamente de maneira radicalíssima. A partir da forma canção, Belchior oferece uma visão
do Brasil e do mundo que pouquíssimos filósofos nascidos em nossas terras puderam
vislumbrar. Como diz Nietzsche, o homem verdadeiramente de seu tempo sempre está à frente
de seu tempo. É o caso de Belchior.
Uma das críticas mais ferrenhas do cancionista sobralino é contra a arte alegre, moda da época
nos anos 1960-70. O filósofo Theodor Adorno, em sua Teoria Estética (1969) diz que a arte se
utiliza de elementos da vida enquanto seus materiais; se a vida social é cindida pela divisão do
trabalho, que separa o homem de sua produção e da natureza, e impede a felicidade enquanto
reconhecimento recíproco entre sujeito e objeto, a arte que imita essa vida deve ser triste, como
a própria vida. A arte alegre seria, então, ideológica, uma falsa verdade. A Bahia alegríssima de
Caetano Veloso dos anos 1970 (a triste é de Gregório de Matos) não passa de logro, ilusão.
“Veloso / o sol não é tao brilhante pra que vem / do norte / e vai viver na rua” (FOTOGRAFIA
3X4, Alucinação, 1976). Surpreendente o jogo de ambiguidade: “veloso” pode ser tanto um
adjetivo do Sol, velando pelo migrante e suas dificuldades na metrópole, ou assumir outro
sentido completamente oposto, identificado com o próprio Caetano enquanto imperativo moral
– “Veloso (Caetano), veja!, para quem sofre, o sol não é tão brilhante quanto dizes”. Ou então
esta outra: “Mas trago de cabeça uma canção do rádio / em que um antigo compositor baiano
me dizia / tudo é divino / tudo é maravilhoso / […] mas sei que nada é divino / nada, nada é
maravilhoso / nada, nada é sagrado / nada, nada é misterioso, não” (APENAS UM RAPAZ
LATINO-AMERICANO, Alucinação, 1976).
Chamado de “antigo”, pois já havia deixado de ser vanguarda e caído no pop, encontramos mais
uma crítica a Caetano e sua composição “Divino Maravilhoso” (1968), em parceria com Gilberto
Gil e que foi imortalizada na voz de Gal Costa. Vale notar, sem dúvida, que a crítica de Belchior a
Caetano provém de alguma admiração: em entrevista ao Pasquim em 1982, Belchior diz que
Caetano Veloso é o melhor letrista da MPB, “o autor da modernidade musical no Brasil”.
Todavia, é com enorme verve materialista que ele fortemente rebate a letra de Caetano – “nada
é divino, maravilhoso, sagrado, misterioso!”
O materialismo é um dos fundamentos da música de Belchior. Seus grandes inimigos são os
escapistas, os fugidios, aqueles que diante de crenças metafísicas falam de uma vida
(https://outraspalavras.net/)
OUTRASPALAVRAS
reconciliada, feliz. Musicalmente representada na Tropicália, essa ideia era disseminada pelos
hippies, com a cabeça feita por alucinógenos e um mix de espiritualidade. A resposta do
materialista é ácida [sic]. “Eu não estou interessado em nenhuma teoria / em nenhuma fantasia
/ nem no algo mais / nem em tinta pro meu rosto / oba oba, ou melodia / para acompanhar
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
bocejos / sonhos matinais / eu não estou interessado em nenhuma teoria / nem nessas coisas do
oriente / romances astrais / a minha alucinação é suportar o dia-a-dia / e meu delírio é a
experiência / com coisas reais” (ALUCINAÇÃO, Alucinação, 1976). É como se Belchior dissesse
que não é por estar num registro de experiência desconhecido que essa experiência é
necessariamente divina; especular metafisicamente sobre isso não passa de teoria vazia. E que o
importante não é o plano espiritual, mas este aqui, o da miséria e do sofrimento, a realidade
empírica e social.
Aos 29 anos em 1976, quando do lançamento do álbum Alucinação, Belchior teve o tempo, a
maturidade e o olhar aguçado para ver a dissolução do sonho pacifista de liberdade. Os
libertários de outrora logo se tornaram os burgueses. “Já faz tempo / eu vi você na rua / cabelo
ao vento / gente jovem reunida / na parede da memória / esta lembrança é o quadro que dói
mais / minha dor é perceber / que apesar de termos feito / tudo, tudo o que fizemos / ainda
somos os mesmos e vivemos / como os nossos pais / […] e hoje eu sei / que quem me deu a ideia
/ de uma nova consciência e juventude / está em casa guardado por Deus / contando seus
metais” (COMO OS NOSSOS PAIS, Alucinação, 1976). É curioso notar que foi exatamente
“Como os nossos pais”, na magnífica voz de Elis Regina, a canção que colocou Belchior de fato
no mercado fonográfico.
OUTRASPALAVRAS
que importa mudar.
(HTTPS://OUTRASPALAVRASdono e esse dono do meu canto / pra me explorar, me queria sempre bêbado de gim” (TER OU
NÃO TER, Todos os sentidos, 1978). É assim, por meio de sua experiência de vida trash, que
Belchior realiza o approche para com o ouvinte. Ritmo simples e letra aguda, essa foi a aposta do
cancionista para a politização da massa. “A minha história é talvez / é talvez igual a tua / jovem
que desceu do norte / que no sul viveu na rua / que ficou desnorteado / como é comum no seu
tempo / que ficou desapontado / como é comum no seu tempo / que ficou apaixonado e violento
como você / eu sou como você que me ouve agora” (FOTOGRAFIA 3X4, Alucinação, 1976). Ao
dizer “eu sou como você”, Belchior almeja arrebatar o outro como identidade, e trazer à tona a
revolta contra a opressão; seu público – alvo, escolhido a dedo, não é o intelectual burguês
letrado, mas o pobre que vai ao boteco depois da jornada de trabalho; ele o reconhece como
indivíduo ativo a ser despertado: o sujeito revolucionário. Mas é claro que a indústria cultural
fez de tudo para anular esse conteúdo: em plena ditadura militar, transformaram Belchior numa
personagem caricata, num astro romântico, o galã de “Todo sujo de batom” (Coração Selvagem,
1977).
Belchior sabe, desde muito tempo, que “Eles venceram / e o sinal está fechado pra nós / que
somos jovens” (COMO OS NOSSOS PAIS, Alucinação, 1976). Mesmo assim, não foi em vão seu
esforço: além de todas as canções citadas até agora, ainda há muitas outras de conteúdo crítico
ferrenho, como por exemplo “Pequeno perfil de um cidadão comum” (Era uma vez um homem e
seu tempo, 1979), uma epopeia sem o elemento épico, que fala de como é vã a vida do sujeito
raso, de gosto pouco refinado, cuja finalidade é voltada ao trabalho; “Arte Final” (Bahiuno,
1993), grande canção sobre tudo aquilo que deveria ter acontecido e não aconteceu; ou “Meu
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o- cordial brasileiro” (Bahiuno, 1993), que identifica a tese do “homem cordial” de Sérgio Buarque
de Hollanda (Raízes do Brasil, 1936), o elemento diferenciador do brasileiro, com o aspecto
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
consentido do nosso povo perante a política e o trabalho. Belchior teve sua poesia impregnada
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- pela frustração de não ter podido colocar em prática o projeto por um mundo melhor, e sua
música é mais verdadeira e mais revolucionária por isso: não promete a felicidade, mas
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
escancara a impossibilidade dela no estado de coisas vigente.
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
No fim, em meio a essa cena sombria, nos tempos dele e no nosso tempo de agora, ainda há
alguma esperança. Para Belchior, mais importante do que a filosofia ou a arte é a vida. “Primeiro
o meu viver / segundo este vil cantar de amigo” (AMOR DE PERDIÇÃO, Elogio da Loucura,
1988). Sua filosofia é oposta à de Caetano: se para o compositor baiano, quem “mora na
filosofia” está separado dos sentimentos humanos, a filosofia de Belchior provém da
experiência; é pensamento vivo. “Deixando a profundidade de lado / eu quero é ficar colado à
pele dela noite e dia / fazendo tudo de novo / e dizendo sim à paixão / morando na filosofia”
(DIVINA COMÉDIA HUMANA, Todos os sentidos, 1978).
Marcado no cancioneiro latino-americano como uma de suas grandes vozes, Belchior foi um
mestre da poesia. Foi assimilado pela indústria cultural, de fato, como Mercedes Sosa ou Che
Guevara. Ele se jogou na contradição da música popular, assim como qualquer um se joga nas
contradições da lógica do trabalho. Assimilado, mas não rendido. “Marginal bem sucedido e
amante da anarquia / eu não sou renegado sem causa” (LAMENTO DE UM MARGINAL BEM
SUCEDIDO, Bahiuno, 1993). Não é por ter sido reproduzido e veiculado pela indústria cultural
que Belchior perdeu totalmente a sua virulência: ela se mantém viva em ouvintes atentos que,
como nós, encontram nele uma manifestação da consciência de seu tempo, e mais: a esperança
de um mundo melhor, inteiramente outro. Por agora, o importante é viver. “Bebi, conversei com
os amigos ao redor de minha mesa / e não deixei meu cigarro se apagar pela tristeza / sempre é
dia de ironia no meu coração” (NÃO LEVE FLORES, Alucinação, 1976). Belchior, como
Nietzsche, diz sim à vida, apesar de tudo, e talvez por isso tenha caído fora dessa loucura
midiática que é a vida de um artista famoso sempre sob os holofotes.
Em relação às dúvidas acerca de seu paradeiro, que me perdoem os escandalizados, mas a letra
já estava dada há muito tempo. “Saia do meu caminho / eu prefiro andar sozinho / deixem que
eu decido a minha vida” (COMENTÁRIO A RESPEITO DE JOHN, Era uma vez um homem e
seu tempo, 1979).
OUTRASPALAVRAS
BELCHIOR (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/BELCHIOR/), CAETANO VELOSO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/CAETANO-VELOSO/), CULTURA
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/CULTURA/), FILOSOFIA (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/FILOSOFIA/),
MATERIALISMO (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/MATERIALISMO/), MPB
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/MPB/), MÚSICA (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/MUSICA/), NIETZSCHE
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/NIETZSCHE/)
(https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?
u=https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-
critica-vulgar-nao-viu/) (https://twitter.com/intent/tweet?
text=O+Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outrasp
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/)
(https://api.whatsapp.com/send?text=O Belchior que a crítica
vulgar não viu - https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/)
(https://telegram.me/share/url?url=O Belchior que a crítica
vulgar não viu - https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/)
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
ALBERTO SARTORELLI
Alberto Sartorelli é estudante de filosofia e escritor.
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
(https://outraspalavras.net/author/albertosartorelli/)
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
LEIA TAMBÉM:
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
(https://outraspalavras.net/poeticas/dialogo- (https://outraspalavras.net/poeticas/aquarius-
(https://outraspalavras.net/poeticas/cinema- no-coracao-do-sistema/) uma-fresta-para-o-futuro/)
novo-resgate-criador/)
(https://outraspalavras.net/)
OUTRASPALAVRAS
OUTRASPALAVRAS OUTRASPALAVRAS
OUTRASPALAVRAS
(https://outraspalavras.net/poeticas/dialogo- (https://outraspalavras.net/poeticas/aquarius-
(https://outraspalavras.net/poeticas/cinema- no-coracao-do-sistema/) uma-fresta-para-o-futuro/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
novo-resgate-criador/) Diálogo no coração do Aquarius, uma fresta para
Cinema Novo, resgate sistema o futuro
criador “Jacques e a Revolução”, breve em cartaz Kleber Mendonça faz filme de resistência e
Filme de Erik Rocha revê o grande no Rio, debate, em tempos de democracia mudança — uma tempestade que a Casa
movimento cinematográfico brasileiro dos golpeada pelas elites, a dialética da relação Grande fez de tudo para evitar, mas está
anos 1960. Tratado sem reverência, este entre empresário e empregado prestes a cair
surge não como peça de museu — mas algo
(https://outraspalavras.net/poeticas/dialogo- (https://outraspalavras.net/poeticas/aquarius-
vivo, capaz de transformar ainda hoje
no-coracao-do-sistema/) uma-fresta-para-o-futuro/)
(https://outraspalavras.net/poeticas/cinema- POÉTICAS POÉTICAS
novo-resgate-criador/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/) | por (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
Redação | por Cristina Martins Tavelin
POÉTICAS (https://outraspalavras.net/author/redacaooutraspalavras/)
(https://outraspalavras.net/author/cristinatravelin/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
| por José Geraldo Couto
(https://outraspalavras.net/author/josegeraldocouto/)
RESPONDER
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
— rockandrollbox 16 de setembro de 2016 às 23:52
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10080)
O ano é de 1977.
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
OUTRASPALAVRAS
— Leoclécio Marques Paschoal 16 de setembro de 2016 às 19:57
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10078)
Excelente análise, mas faltou incluir a mais política e mais profunda de todas: “Os profissionais”.
Abraço.
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
— Geise Trindade (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1093999287351734/) 16 de setembro de 2016 às 21:37
RESPONDER
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10079)
Excelente texto!! um dos melhores sobre o grande Bel, que bom que nos deixou sua genialidade em forma de canção. Grande artista. Um carinho
especial por Pequeno perfil de um cidadão Comum.
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
OUTRASPALAVRAS
— Fabiana Martins (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/100002322410534/) 17 de setembro de 2016 às 18:40
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10088)
Que texto maravilhoso, que nos faz passear pela obra de Belchior e cantarolar trechos das músicas! Fez jus a importância do artista.
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- RESPONDER
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
— Márcio Rubens 18 de setembro de 2016 às 08:01
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o- (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10093)
Maravilhoso o texto. Na verdade o texto desnuda o pensamento e as escolhas do artista como ele realmente é e nos da também uma mostra da
realidade e atualidade da obra de Belchior ao mesmo tempo que nos remete ao entendimento de suas próprias escolhas e atitudes.
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
OUTRASPALAVRAS
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano…
Era um homem de bons modos:
“Com licença; – Foi engano”
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que tem no fim da tarde a sensação
Da missão cumprida
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto
Que a terra lhe seja leve
RESPONDER
RESPONDER
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? RESPONDER
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
19 de setembro de 2016 às 06:39
— Mercedes Rossi Alvarez (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1322972891046733/)
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-disse: (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
vulgar-nao-viu/#comment-10100)
Brilhante! Gostaria de saber como ele está!
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
OUTRASPALAVRAS RESPONDER
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
— Bruno Marques Serrano (https://plus.google.com/110463777187241624915)
disse:
Era o texto que eu estava precisando ler.
19 de setembro de 2016 às 21:23
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
vulgar-nao-viu/#comment-10105)
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? RESPONDER
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
(https://outraspalavras.net/)
— CARLOS ALBERTO PRAZERES DE ANDRADE SILVA 20 de setembro de 2016 às 14:51
OUTRASPALAVRAS
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10115)
Alberto texto maravilhoso ! Fantásticos e comoventes os comentários ! Tantas mentes brilhantes provam que podemos ter esperança no Brasil,
melhor lugar do mundo apesar dos pesares !
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-— Vinicius 21 de setembro de 2016 às 07:11
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o- vulgar-nao-viu/#comment-10120)
Pelo amor de deus/
Alguem que esteja ouvindo e conheca o belchior/
De um toque nele pra ele ficar melhor/
E que nao me leve a mal/
Mas toda essa energia não é só sonho matinal/
E se legua tirana sempre deu no sensual/
Foi muito baixo astral/
Na realidade o que mesmo real ?/
Essa alucinacao tal qual delírio marginal/
Converse comigo assim/
Assuma aquelas coisas que não soube explicar/
Olhe pro oriente como olha para no norte/
Nos nao temos lugar/
Jovem brechó, venha a cores/
Esqueça estilo, deixemos de dores/
Cuidemos da vida, contando com a morte/
Aceitemos mistérios, nem tudo é sorte/
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
— Henrique 21 de setembro de 2016 às 21:30
(https://outraspalavras.net/) (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
OUTRASPALAVRAS
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10123)
Gostei do texto,só pecou em falar que a melodia do belchior é simplista, essa melodia é muito bem feita e encaixada, algumas músicas possuem
uma melodia rica, com solos de violão inclusive o Yamandú Costa já o acompanhou. Grande abraço de um admirador, “amigo” e fã de belchior.
RESPONDER
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
— Matheus EP (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1074102245954271/)
disse:
Muito bom o texto!
23 de setembro de 2016 às 17:29
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
vulgar-nao-viu/#comment-10124)
RESPONDER
RESPONDER
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
— Geraldo Cunha 24 de setembro de 2016 às 17:49
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10127)
Ótimo texto! Só que nos versos de Fotografia 3×4 é
sol bonito! “Veloso / o sol não é tao bonito pra que vem / do norte / e vai viver na rua”.
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
OUTRASPALAVRAS
— José Milton 29 de setembro de 2016 às 20:28
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10132)
Não gosto e não concordo com a frase que da inicio ao texto. Ele foi considerado brega por quem desconhecia essa informação. Sempre vi o
belchior na mídia sudestina como um poeta contemporâneo mais próximo de Bob Dylan fiz e vi muitas matérias sobre ele qdo eu morava no Rio.
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
Mas gostei muito do projeto e quero estar no lançamento do livro aproveitando que ora estou na terrinha. Um abraço!
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-— Luciani Boettcher (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/965512880221593/) 15 de novembro de 2016 às 19:16
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o- vulgar-nao-viu/#comment-10136)
Que texto maravilhoso, muito bem escrito. Adoro as letras do Belchior, ele precisa voltar a gravar, nos tempos atuais estamos necessitando ouvir
canções que toquem nossos corações profundamente.
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
OUTRASPALAVRAS
RESPONDER
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
disse:
Excelente seu texto, percebi que tanto Caetano quanto Belchior ficaram polarizado nos extremos e não procuraram um caminho do meio mesmo
com suas idéias. Mesmo assim ambos nos trouxeram momentos de reflexão mostrando que numa relação no real podemos ser aprendizes por
que o real anda e relaciona. Eles não relacionaram. Escolheram outra coisa….
Vera
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-— Carlos Henrique B. Santos (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/10213076777984779/)
2 de maio de 2017 às 07:42 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10146)
disse:
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
Brilhante. Poucas críticas a respeito do trabalho Belchior São tão complexas e certeiras. Parabéns.
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
RESPONDER
COMENTÁRIO
(https://outraspalavras.net/)
OUTRASPALAVRAS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
NOME *
E-MAIL *
SITE
PUBLICAR COMENTÁRIO
OUTRASPALAVRAS
JORNALISMO DE PROFUNDIDADE E PÓS-CAPITALISMO
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
INSTITUCIONAL NOSSOS CANAIS ASSINE O
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- BOLETIM
SOBRE (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/SOBRE/) OUTRASPALAVRAS (/)
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
EQUIPE (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/EQUIPE/) OUTRASMÍDIAS seu e-mail aqui
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
TRADUTORES (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TRADUTORES/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTRASMIDIAS/) ASSINAR
AJUDE A SUSTENTAR (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTROSQUINHENTOS) BLOGDAREDAÇÃO
CONTATO (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CONTATO/) REDES
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/BLOGDAREDACAO/)
SOBRE OUTRA SAÚDE (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTRA-SAUDE-QUEM- OUTRASAÚDE
SOMOS/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTRASAUDE/)
(https://www.facebook.com/outrasp
LIVRARIA OP (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/LIVRARIAOP/) OUTROSLIVROS (/LIVRARIAOP)
OUTROSQUINHENTOS LICENÇA
PRINCIPAIS CATEGORIAS
(HTTP://WWW.OUTRASPALAVRAS.NET/OUTROSQUINHENTOS/)
VÍDEOS PODCASTS
OUTROS BLOGS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/VIDEOS/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/PODCASTS/)
PÓS-CAPITALISMO TRABALHO E PRECARIADO site pelo hacklab/
TERRA
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POS-
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/TRABALHOEPRECARIADO/)
EM TRANSE (https://hacklab.com.br/)
CAPITALISMO/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TERRAEMTRANSE/)
MOVIMENTOS E REBELDIAS CIDADES EM TRANSE
GAVIN
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/MOVIMENTOSEREBELDIAS/) ADAMS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/CIDADESEMTRANSE/)
DESCOLONIZAÇÕES FEMINISMOS (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/GAVINADAMS/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/DESCOLONIZACOES/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/FEMINISMOS/)
LUIZA
TECNOLOGIA EM DISPUTA POÉTICAS SANSÃO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/TECNOLOGIAEMDISPUTA/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/LUIZASANSAO/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
CRISE BRASILEIRA MERCADO X DEMOCRACIA MAURÍCIO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/CRISE- AYER
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/MERCADOVSDEMOCRACIA/)
BRASILEIRA/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/MAURICIOAYER/)
ALCEU
REDAÇÃO REDE PARCEIRA CASTILHO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/ALCEUCASTILHO/)
Rua Araújo, 124 -
O JOIO
República - São E O TRIGO
Paulo/SP (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OJOIOEOTRIGO/)
DE OLHO
NOS RURALISTAS
NOS RURALISTAS
(HTTPS://DEOLHONOSRURALISTAS.COM.BR/)
TERRA
(https://outraspalavras.net/)
OUTRASPALAVRAS
EM TRANSE
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TERRAEMTRANSE/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-