Você está na página 1de 16

(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
O Belchior que a crítica vulgar não viu 

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
OUTRASPALAVRAS

por Alberto Sartorelli


POÉTICAS (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)

(https://outraspalavras.net/author/albertosartorelli/)
Publicado 16/09/2016 às 16:42 - Atualizado 15/01/2019 às
17:35

www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-

Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
Canções do compositor cearense debateram, desde os anos 1970, a alienação, as relações
mercantis e a própria indústria cultural. Mas alguns procuraram enquadrá-lo como apenas
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
um rapaz romântico

Por Alberto Sartorelli

ATUALIZAÇÃO EM 30/4/17 — MORREU BELCHIOR

+ Em meio à crise civilizatória e à ameaça da extrema-direita, OUTRAS PALAVRAS


sustenta que o pós-capitalismo é possível. Queremos sugerir alternativas ainda
mais intensamente. Para isso, precisamos de recursos: a partir de 15 reais por mês
você pode fazer parte de nossa rede. Veja como participar >>>
(https://outraspalavras.net/outrosquinhentos/)

A capa do jornal O Povo (http://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2017/04/cantor-e-


compositor-belchior-morre-no-rs.html)de Fortaleza (edição online) e uma nota do governador
do Ceará, Camilo Santana, anunciaram há pouco, neste domingo (30/4) a morte do compositor
e cantor Belchior. Ele tinha 70 anos e, segundo as informações, estava na cidade gaúcha de em
Santa Cruz do Sul (RS), 150km a oeste de Porto Alegre, quando faleceu, ontem à noite. Não
foram ainda divulgadas as causas da morte, mas o governo cearense decretou luto de três dias.
Segundo O Povo, Belchior será sepultado (http://blog.opovo.com.br/jocelioleal/belchior-
governo-do-ceara-fara-traslado/) em sua cidade natal, Sobral. No texto a seguir, escrito pouco
antes do 70º aniversário do compositor cearense, Alberto Sartorelli destaca algo pouco
examinado na crítica da obra de Belchior — a constante denúncia da alienação e da
mercantilização do mundo. Pouco notadas à época em que suas canções foram compostas, estes
traços tornavam sua poética ainda mais atual agora.

Que tal a civilização

Cristã e ocidental…
Deploro essa herança na língua

(https://outraspalavras.net/)
Que me deram eles, afinal.

OUTRASPALAVRAS – BELCHIOR, “Quinhentos anos de quê?”

(Bahiuno, 1993) 

(HTTPS://OUTRASPALAVRASA imagem de Belchior vendida pela indústria cultural é a do artista brega, de voz fanha e
bigodão – uma figura! Poucos prestam atenção nas letras. A forma simples de suas canções
possibilitou sua assimilação pela indústria fonográfica, que criou-lhe uma imagem caricata e
reproduziu suas músicas em massa, entre shows, premiações e programas de auditório, fazendo
tábula rasa de seu conteúdo crítico. Belchior foi reduzido a um mero cantor romântico.

Em estética, o artista engajado politicamente deve escolher entre dois caminhos: o da forma
artística de difícil assimilação – e remuneração! – para o público e para a indústria cultural; ou
o da forma mais simples, de fácil assimilação do público e do show business. Ambas as opções
estão fadadas ao silêncio político: uma não apela, a outra tem seu apelo anulado pela
caricaturização. No fim, a indústria cultural impede que qualquer artista seja levado muito a
sério, por seu ostracismo ou por sua redução a uma imagem vendável.

A especificidade de Belchior é a sua consciência perante esse processo todo. “Aluguei minha
canção / pra pagar meu aluguel / e uma dona que me disse / que o dinheiro é um deus cruel /
[…] hoje eu não toco por música / hoje eu toco por dinheiro / na emoção democrática / de quem
canta no chuveiro / faço arte pela arte / sem cansar minha beleza / assim quando eu vejo porcos
/ lanço logo as minhas pérolas” (TOCANDO POR MÚSICA, Melodrama, 1987).

Belchior demonstra uma compreensão total do processo de nivelamento – por baixo – da


cultura por parte da indústria cultural, dificultando demasiado a ocorrência de composições
com alto grau de complexidade – os artistas que se propõem a tal correm sempre o risco da
miséria material e do esquecimento. Os próprios arranjos dos discos de Belchior são bem
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
simples, com o teclado tendendo ao “engraçado”. Não é da mesma maneira em relação às letras,
sempre de uma profundidade abissal e crítica ácida.
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- Belchior, antes de músico no sentido geral, é um compositor de canções. Cada autor encontra
uma forma para se expressar: o ensaio filosófico, a pintura não-figurativa, a ópera, a canção. A
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o- canção foi a forma adequada que Belchior encontrou para transpassar seus pensamentos. É
preciso ter em mente, ao pensarmos a obra de Belchior, um autor de vasta erudição, de poesia
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
refinadíssima, conhecedor das línguas latinas e da literatura clássica, e um artista engajado
politicamente de maneira radicalíssima. A partir da forma canção, Belchior oferece uma visão
do Brasil e do mundo que pouquíssimos filósofos nascidos em nossas terras puderam
vislumbrar. Como diz Nietzsche, o homem verdadeiramente de seu tempo sempre está à frente
de seu tempo. É o caso de Belchior.

Uma das críticas mais ferrenhas do cancionista sobralino é contra a arte alegre, moda da época
nos anos 1960-70. O filósofo Theodor Adorno, em sua Teoria Estética (1969) diz que a arte se
utiliza de elementos da vida enquanto seus materiais; se a vida social é cindida pela divisão do
trabalho, que separa o homem de sua produção e da natureza, e impede a felicidade enquanto
reconhecimento recíproco entre sujeito e objeto, a arte que imita essa vida deve ser triste, como
a própria vida. A arte alegre seria, então, ideológica, uma falsa verdade. A Bahia alegríssima de
Caetano Veloso dos anos 1970 (a triste é de Gregório de Matos) não passa de logro, ilusão.
“Veloso / o sol não é tao brilhante pra que vem / do norte / e vai viver na rua” (FOTOGRAFIA
3X4, Alucinação, 1976). Surpreendente o jogo de ambiguidade: “veloso” pode ser tanto um
adjetivo do Sol, velando pelo migrante e suas dificuldades na metrópole, ou assumir outro
sentido completamente oposto, identificado com o próprio Caetano enquanto imperativo moral
– “Veloso (Caetano), veja!, para quem sofre, o sol não é tão brilhante quanto dizes”. Ou então
esta outra: “Mas trago de cabeça uma canção do rádio / em que um antigo compositor baiano
me dizia / tudo é divino / tudo é maravilhoso / […] mas sei que nada é divino / nada, nada é
maravilhoso / nada, nada é sagrado / nada, nada é misterioso, não” (APENAS UM RAPAZ
LATINO-AMERICANO, Alucinação, 1976).

Chamado de “antigo”, pois já havia deixado de ser vanguarda e caído no pop, encontramos mais
uma crítica a Caetano e sua composição “Divino Maravilhoso” (1968), em parceria com Gilberto
Gil e que foi imortalizada na voz de Gal Costa. Vale notar, sem dúvida, que a crítica de Belchior a
Caetano provém de alguma admiração: em entrevista ao Pasquim em 1982, Belchior diz que
Caetano Veloso é o melhor letrista da MPB, “o autor da modernidade musical no Brasil”.
Todavia, é com enorme verve materialista que ele fortemente rebate a letra de Caetano – “nada
é divino, maravilhoso, sagrado, misterioso!”
O materialismo é um dos fundamentos da música de Belchior. Seus grandes inimigos são os

escapistas, os fugidios, aqueles que diante de crenças metafísicas falam de uma vida
(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
reconciliada, feliz. Musicalmente representada na Tropicália, essa ideia era disseminada pelos
hippies, com a cabeça feita por alucinógenos e um mix de espiritualidade. A resposta do
materialista é ácida [sic]. “Eu não estou interessado em nenhuma teoria / em nenhuma fantasia

/ nem no algo mais / nem em tinta pro meu rosto / oba oba, ou melodia / para acompanhar

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
bocejos / sonhos matinais / eu não estou interessado em nenhuma teoria / nem nessas coisas do
oriente / romances astrais / a minha alucinação é suportar o dia-a-dia / e meu delírio é a
experiência / com coisas reais” (ALUCINAÇÃO, Alucinação, 1976). É como se Belchior dissesse
que não é por estar num registro de experiência desconhecido que essa experiência é
necessariamente divina; especular metafisicamente sobre isso não passa de teoria vazia. E que o
importante não é o plano espiritual, mas este aqui, o da miséria e do sofrimento, a realidade
empírica e social.

Aos 29 anos em 1976, quando do lançamento do álbum Alucinação, Belchior teve o tempo, a
maturidade e o olhar aguçado para ver a dissolução do sonho pacifista de liberdade. Os
libertários de outrora logo se tornaram os burgueses. “Já faz tempo / eu vi você na rua / cabelo
ao vento / gente jovem reunida / na parede da memória / esta lembrança é o quadro que dói
mais / minha dor é perceber / que apesar de termos feito / tudo, tudo o que fizemos / ainda
somos os mesmos e vivemos / como os nossos pais / […] e hoje eu sei / que quem me deu a ideia
/ de uma nova consciência e juventude / está em casa guardado por Deus / contando seus
metais” (COMO OS NOSSOS PAIS, Alucinação, 1976). É curioso notar que foi exatamente
“Como os nossos pais”, na magnífica voz de Elis Regina, a canção que colocou Belchior de fato
no mercado fonográfico.

O radicalismo político de Belchior tem seu principal fundamento na crítica do dinheiro em si e


do trabalho alienado, uma crítica mais profunda do que a mera crítica do capitalismo. O
dinheiro é tratado enquanto fetiche e abstração, mas também enquanto necessidade material e
fonte da corrupção moral. “Tudo poderia ter mudado, sim / pelo trabalho que fizemos – tu e eu
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o- / mas o dinheiro é cruel / e um vento forte levou os amigos / para longe das conversas / dos
cafés e dos abrigos / e nossa esperança de jovens / não aconteceu” (NÃO LEVE FLORES,
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
Alucinação, 1976). E é o trabalho aquilo separa o homem da natureza, exterior e interior,
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- desumanizando-o. “E no escritório em que eu trabalho e fico rico / quanto mais eu multiplico /
diminui o meu amor” (PARALELAS, Coração Selvagem, 1977). Por isso, o aspecto político da
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
obra de Belchior ultrapassa a defesa do socialismo centralista ou qualquer outro sistema que
envolva a burocracia. O problema é um problema fundamental, primeiro, filosófico: a
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
civilização. “Aqui sem sonhos maus, não há anhanguá / nem cruz nem dor / e o índio ia indo,
inocente e nu / sem rei, sem lei, sem mais, ao som do sol / e do uirapuru” (NUM PAÍS FELIZ,
Bahiuno, 1993). Profundo como um antropólogo anarquista, um Pierre Clastres da canção, a
crítica mira o fundamento da coisa: a racionalidade ordenadora, dominadora, instrumental,
como fora notado por Adorno e Horkheimer na Dialética do Esclarecimento (1946).

Belchior faz as denúncias fundamentais; sua arte é hegemonicamente negativa. Todavia, há um


resquício de esperança nessa visão do Apocalipse, mesmo que a esperança fale sobre o que não
deve ser. Nada absurdo para o cancionista sobralino, pois para ele a sociedade é ruim por
excesso, não por falta. “Não quero regra nem nada / tudo tá como o diabo gosta, tá / já tenho
este peso / que me fere as costas / e não vou, eu mesmo / atar minha mão / o que transforma o
velho no novo / bendito fruto do povo será / e a única forma que pode ser norma / é nenhuma
regra ter / é nunca fazer / nada que o mestre mandar / sempre desobedecer / nunca
reverenciar.” (COMO O DIABO GOSTA, Alucinação, 1976). “Como o diabo gosta” deveria ter
sido um hino da liberdade; passou despercebida, sem ninguém contestar a “Pra não dizer que
não falei das flores” (Geraldo Vandré, 1968) o posto de canção de protesto.

Para Belchior, as palavras são um instrumento de luta política, do despertar da consciência


contra a opressão e seus mecanismos ideológicos. “Se você vier me perguntar por onde andei /
no tempo em que você sonhava / de olhos abertos, lhe direi / amigo, eu me desesperava / […] e
eu quero é que esse canto torto feito faca / corte a carne de vocês” (A PALO SECO, Alucinação,
1976). Para tal intento, sua canção deve ter um quê de dissonância para com o sistema
estabelecido, e em vez de cantar as “grandezas do Brasil”, tem de denunciar os horrores de uma
sociedade civil falida. “Não me peça que eu lhe faça uma canção como se deve / correta, branca,
suave / muito limpa, muito leve / sons, palavras, são navalhas / e eu não posso cantar como
convém / sem querer ferir ninguém / mas não se preocupe meu amigo / com os horrores que eu
lhe digo / isso é somente uma canção / a vida realmente é diferente / quer dizer / a vida é muito
pior” (APENAS UM RAPAZ LATINO-AMERICANO, Alucinação, 1976). Se a arte é a mímese da
vida, toda arte, por mais verdadeira que seja enquanto parte, não dá conta do todo. A realidade é

pior do que a tristeza que a arte transpassa, e pior do que o pesadelo em sonho. É essa realidade
(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
que importa mudar.

Um mecanismo utilizado nas letras e nas melodias de Belchior é o da aproximação perante o


ouvinte. Cearense, migrante, que na cidade grande sofreu, tocou em puteiros, foi explorado para 
“fazer a vida”. “Pra quem não tem pra onde ir / a noite nunca tem fim / o meu canto tinha um

(HTTPS://OUTRASPALAVRASdono e esse dono do meu canto / pra me explorar, me queria sempre bêbado de gim” (TER OU
NÃO TER, Todos os sentidos, 1978). É assim, por meio de sua experiência de vida trash, que
Belchior realiza o approche para com o ouvinte. Ritmo simples e letra aguda, essa foi a aposta do
cancionista para a politização da massa. “A minha história é talvez / é talvez igual a tua / jovem
que desceu do norte / que no sul viveu na rua / que ficou desnorteado / como é comum no seu
tempo / que ficou desapontado / como é comum no seu tempo / que ficou apaixonado e violento
como você / eu sou como você que me ouve agora” (FOTOGRAFIA 3X4, Alucinação, 1976). Ao
dizer “eu sou como você”, Belchior almeja arrebatar o outro como identidade, e trazer à tona a
revolta contra a opressão; seu público – alvo, escolhido a dedo, não é o intelectual burguês
letrado, mas o pobre que vai ao boteco depois da jornada de trabalho; ele o reconhece como
indivíduo ativo a ser despertado: o sujeito revolucionário. Mas é claro que a indústria cultural
fez de tudo para anular esse conteúdo: em plena ditadura militar, transformaram Belchior numa
personagem caricata, num astro romântico, o galã de “Todo sujo de batom” (Coração Selvagem,
1977).

Belchior sabe, desde muito tempo, que “Eles venceram / e o sinal está fechado pra nós / que
somos jovens” (COMO OS NOSSOS PAIS, Alucinação, 1976). Mesmo assim, não foi em vão seu
esforço: além de todas as canções citadas até agora, ainda há muitas outras de conteúdo crítico
ferrenho, como por exemplo “Pequeno perfil de um cidadão comum” (Era uma vez um homem e
seu tempo, 1979), uma epopeia sem o elemento épico, que fala de como é vã a vida do sujeito
raso, de gosto pouco refinado, cuja finalidade é voltada ao trabalho; “Arte Final” (Bahiuno,
1993), grande canção sobre tudo aquilo que deveria ter acontecido e não aconteceu; ou “Meu
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o- cordial brasileiro” (Bahiuno, 1993), que identifica a tese do “homem cordial” de Sérgio Buarque
de Hollanda (Raízes do Brasil, 1936), o elemento diferenciador do brasileiro, com o aspecto
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
consentido do nosso povo perante a política e o trabalho. Belchior teve sua poesia impregnada
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- pela frustração de não ter podido colocar em prática o projeto por um mundo melhor, e sua
música é mais verdadeira e mais revolucionária por isso: não promete a felicidade, mas
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
escancara a impossibilidade dela no estado de coisas vigente.

yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
No fim, em meio a essa cena sombria, nos tempos dele e no nosso tempo de agora, ainda há
alguma esperança. Para Belchior, mais importante do que a filosofia ou a arte é a vida. “Primeiro
o meu viver / segundo este vil cantar de amigo” (AMOR DE PERDIÇÃO, Elogio da Loucura,
1988). Sua filosofia é oposta à de Caetano: se para o compositor baiano, quem “mora na
filosofia” está separado dos sentimentos humanos, a filosofia de Belchior provém da
experiência; é pensamento vivo. “Deixando a profundidade de lado / eu quero é ficar colado à
pele dela noite e dia / fazendo tudo de novo / e dizendo sim à paixão / morando na filosofia”
(DIVINA COMÉDIA HUMANA, Todos os sentidos, 1978).

Marcado no cancioneiro latino-americano como uma de suas grandes vozes, Belchior foi um
mestre da poesia. Foi assimilado pela indústria cultural, de fato, como Mercedes Sosa ou Che
Guevara. Ele se jogou na contradição da música popular, assim como qualquer um se joga nas
contradições da lógica do trabalho. Assimilado, mas não rendido. “Marginal bem sucedido e
amante da anarquia / eu não sou renegado sem causa” (LAMENTO DE UM MARGINAL BEM
SUCEDIDO, Bahiuno, 1993). Não é por ter sido reproduzido e veiculado pela indústria cultural
que Belchior perdeu totalmente a sua virulência: ela se mantém viva em ouvintes atentos que,
como nós, encontram nele uma manifestação da consciência de seu tempo, e mais: a esperança
de um mundo melhor, inteiramente outro. Por agora, o importante é viver. “Bebi, conversei com
os amigos ao redor de minha mesa / e não deixei meu cigarro se apagar pela tristeza / sempre é
dia de ironia no meu coração” (NÃO LEVE FLORES, Alucinação, 1976). Belchior, como
Nietzsche, diz sim à vida, apesar de tudo, e talvez por isso tenha caído fora dessa loucura
midiática que é a vida de um artista famoso sempre sob os holofotes.

Em relação às dúvidas acerca de seu paradeiro, que me perdoem os escandalizados, mas a letra
já estava dada há muito tempo. “Saia do meu caminho / eu prefiro andar sozinho / deixem que
eu decido a minha vida” (COMENTÁRIO A RESPEITO DE JOHN, Era uma vez um homem e
seu tempo, 1979).

Gostou do texto? Contribua para manter e ampliar nosso jornalismo de


profundidade: OUTROSQUINHENTOS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTROSQUINHENTOS/)

TAGS
(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
BELCHIOR (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/BELCHIOR/), CAETANO VELOSO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/CAETANO-VELOSO/), CULTURA
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/CULTURA/), FILOSOFIA (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/FILOSOFIA/),

MATERIALISMO (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/MATERIALISMO/), MPB

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/MPB/), MÚSICA (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/MUSICA/), NIETZSCHE
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TAG/NIETZSCHE/)

 (https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?
u=https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-
critica-vulgar-nao-viu/)  (https://twitter.com/intent/tweet?
text=O+Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outrasp
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/) 
(https://api.whatsapp.com/send?text=O Belchior que a crítica
vulgar não viu - https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/) 
(https://telegram.me/share/url?url=O Belchior que a crítica
vulgar não viu - https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/)
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
ALBERTO SARTORELLI
Alberto Sartorelli é estudante de filosofia e escritor.
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
(https://outraspalavras.net/author/albertosartorelli/)
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
LEIA TAMBÉM:
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-

(https://outraspalavras.net/poeticas/lua-em- (https://outraspalavras.net/poeticas/carl- (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


sagitario-leva-ao-a-questao-agraria/) dreyer-e-a-metafisica-da-luz/) carteiro-e-o-poeta/)

OUTRASPALAVRAS OUTRASPALAVRAS OUTRASPALAVRAS

(https://outraspalavras.net/poeticas/lua-em- (https://outraspalavras.net/poeticas/carl- (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


sagitario-leva-ao-a-questao-agraria/) dreyer-e-a-metafisica-da-luz/) carteiro-e-o-poeta/)
Lua em Sagitário leva às Carl Dreyer e a metafísica O Carteiro e o Poeta
telas a questão agrária da luz Há 43 anos, morria Pablo Neruda. Como
Primeiro longa de ficção de Marcia Paraiso Saem no Brasil as grandes obras do autor lembrança, a transcrição comentada de
investe em narrativa política mas evita de “A paixão de Joana d’Arc”. Poeta do, trechos do filme que resgatou seu vínculo
armadilha das verdades definitivas, ao ritmo, luz e enquadramentos, foi também com a multidão e a arte
abordar temas que movimentos sociais narrador de dramas de intensidade
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-
veem com certo preconceito insuperável
carteiro-e-o-poeta/)
(https://outraspalavras.net/poeticas/lua-em- (https://outraspalavras.net/poeticas/carl- POÉTICAS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
sagitario-leva-ao-a-questao-agraria/) dreyer-e-a-metafisica-da-luz/)
| por Flavio Ricardo Vassoler
POÉTICAS POÉTICAS (https://outraspalavras.net/author/flavio-ricardo-
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/) vassoler/)
| por João Peres e Moriti Neto | por José Geraldo Couto
(https://outraspalavras.net/author/joaoperes/) (https://outraspalavras.net/author/josegeraldocouto/)

(https://outraspalavras.net/poeticas/dialogo- (https://outraspalavras.net/poeticas/aquarius-
(https://outraspalavras.net/poeticas/cinema- no-coracao-do-sistema/) uma-fresta-para-o-futuro/)
novo-resgate-criador/)

(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
OUTRASPALAVRAS OUTRASPALAVRAS
OUTRASPALAVRAS
(https://outraspalavras.net/poeticas/dialogo- (https://outraspalavras.net/poeticas/aquarius-

(https://outraspalavras.net/poeticas/cinema- no-coracao-do-sistema/) uma-fresta-para-o-futuro/)

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
novo-resgate-criador/) Diálogo no coração do Aquarius, uma fresta para
Cinema Novo, resgate sistema o futuro
criador “Jacques e a Revolução”, breve em cartaz Kleber Mendonça faz filme de resistência e
Filme de Erik Rocha revê o grande no Rio, debate, em tempos de democracia mudança — uma tempestade que a Casa
movimento cinematográfico brasileiro dos golpeada pelas elites, a dialética da relação Grande fez de tudo para evitar, mas está
anos 1960. Tratado sem reverência, este entre empresário e empregado prestes a cair
surge não como peça de museu — mas algo
(https://outraspalavras.net/poeticas/dialogo- (https://outraspalavras.net/poeticas/aquarius-
vivo, capaz de transformar ainda hoje
no-coracao-do-sistema/) uma-fresta-para-o-futuro/)
(https://outraspalavras.net/poeticas/cinema- POÉTICAS POÉTICAS
novo-resgate-criador/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/) | por (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
Redação | por Cristina Martins Tavelin
POÉTICAS (https://outraspalavras.net/author/redacaooutraspalavras/)
(https://outraspalavras.net/author/cristinatravelin/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
| por José Geraldo Couto
(https://outraspalavras.net/author/josegeraldocouto/)

78 comentários para "O Belchior que a crítica vulgar não viu"


— Davi 16 de setembro de 2016 às 17:01
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10073)
Ótimo texto. Você saberia dizer em qual contexto se deu esta foto dele, ali?

RESPONDER

www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
— rockandrollbox 16 de setembro de 2016 às 23:52
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10080)
O ano é de 1977.
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-

— Amanda 4 de maio de 2017 às 23:36 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10148)
disse:
Ditadura militar!

RESPONDER

— Alan Dantas 16 de setembro de 2016 às 17:46


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10074)
Que belo texto…esse é Belchior em sua mais ávida complexidade e consciência. Parabéns!

RESPONDER

— Maria Guerra 16 de setembro de 2016 às 18:38


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10075)
Excelentes: a análise e a iniciativa.

RESPONDER

— Carlos Augusto (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/100002220636663/) 16 de setembro de 2016 às 19:42


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10076)
Parabéns pelas reflexões ofertadas nesse texto. Abraço.

RESPONDER

— Livia 16 de setembro de 2016 às 19:49


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10077)
Lindo texto! Rigorosa e bela análise!
Mais Belchior no mundo <3
RESPONDER

(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
— Leoclécio Marques Paschoal 16 de setembro de 2016 às 19:57
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10078)
Excelente análise, mas faltou incluir a mais política e mais profunda de todas: “Os profissionais”. 
Abraço.

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
— Geise Trindade (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1093999287351734/) 16 de setembro de 2016 às 21:37
RESPONDER

(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10079)
Excelente texto!! um dos melhores sobre o grande Bel, que bom que nos deixou sua genialidade em forma de canção. Grande artista. Um carinho
especial por Pequeno perfil de um cidadão Comum.

RESPONDER

— rafael 17 de setembro de 2016 às 02:37


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10081)
parabéns pelo texto, muito bom, me fez ter uma compreensão maior sobre a obra ,ligar pontos que não vi

RESPONDER

— Felipe Rafael (https://plus.google.com/105511683534740241412) 17 de setembro de 2016 às 09:03


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10082)
Belchior é a idade da razão.
Descobri com mais de 30 e com ele saquei toda a lorota do Rock e da vida pseudo-hippie que tentei levar.
Conheci-o ao mesmo tempo que me tornei pai e com ele tive insights que jamais tinhs tido quando achava a tropicália a fina flor do pensamento
libertário.
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
Se fosse gringo seria mais reconhecido que Bob Dylan.
Ainda bem que fugiu.
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? Enquanto os caetanos da vida ficam com duas baianidades, Belchior foi lá, viver a vida que sempre pregou.
Não me estranha a imprensa tratar sua fuga com estranheza, caricatamente, como se ele tivesse sido sequestrado por uma tal mulher má que o
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
teria iludido.
Esse compotamento, essa atitude, é o terror do establishment.
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-

— Romildo Dias (https://gravatar.com/neetto) 17 de setembro de 2016 às 12:25


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10083)
Uma análise excelente! Uma análise que trata de quem realmente foi Belchior. Parabéns pelo texto, meu caro!

RESPONDER

— Ana Maria 17 de setembro de 2016 às 12:25


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10084)
Que belíssimo texto. Obrigada por nos brindar com tantos sentimentos.

RESPONDER

— wilson cunha junior 17 de setembro de 2016 às 14:04


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10085)
Espetacular é pouco para esse texto. Obrigado.

RESPONDER

— Karlay Gomees (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1173158479408910/) 17 de setembro de 2016 às 14:53


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10086)
Muito bem pensado e elaborado. Encantada com o texto. Uma bela homenagem ao querido Belchior. Obrigada.

RESPONDER

— Mairon Santos (https://plus.google.com/+MaironSantosgo) 17 de setembro de 2016 às 17:10


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10087)
Belíssimo texto. Ofuscaram a luz desse cara! Ele é tão mais do que parece!
RESPONDER

(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
— Fabiana Martins (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/100002322410534/) 17 de setembro de 2016 às 18:40
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10088)
Que texto maravilhoso, que nos faz passear pela obra de Belchior e cantarolar trechos das músicas! Fez jus a importância do artista. 

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
RESPONDER

— Arthur 17 de setembro de 2016 às 21:04


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10089)
Que arrepio provocou concluir essa leitura, tão esclarecedora e intensa sobre o mestre Belchior.

RESPONDER

— Gabriel Campelo 17 de setembro de 2016 às 21:30


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10090)
Esse texto é uma preciosidade!

RESPONDER

— Fernando Ap. Brito da Silva. 18 de setembro de 2016 às 01:18


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10091)
O texto ficou bom. Só a referência com Friedrich Nietzsche que ficou um pouco contraditória. Penso que Marx seria mais apropriado.

RESPONDER

— Kamilla 18 de setembro de 2016 às 01:43


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o- vulgar-nao-viu/#comment-10092)
Alberto, obrigada pela contribuição na minha insônia de um sábado ruim e triste. Obrigada por esse texto que vou levar comigo pra sempre.
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? Belchior sabia (sabe) das coisas!

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- RESPONDER

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
— Márcio Rubens 18 de setembro de 2016 às 08:01
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o- (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10093)
Maravilhoso o texto. Na verdade o texto desnuda o pensamento e as escolhas do artista como ele realmente é e nos da também uma mostra da
realidade e atualidade da obra de Belchior ao mesmo tempo que nos remete ao entendimento de suas próprias escolhas e atitudes.

RESPONDER

— Marcony Dias 18 de setembro de 2016 às 09:52


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10094)
Bicho, fenomenal esse estudo sobre a obra deste mestre da MPB. Realmente, a falta de cultura de nosso povo ( e mídias ) pode e devora aqueles
que não lhes são simétricos.

RESPONDER

— marcelo Melo 18 de setembro de 2016 às 11:57


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10095)
maravilhoso… poderia aprofundar esse texto e publicar numa revista científica… de musica. sociologia..(tb uma de estudos do lazer) a partir do
maior debate teórico. Realmente um primor..

RESPONDER

— Felipe Rafael (https://plus.google.com/105511683534740241412) 18 de setembro de 2016 às 20:28


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10099)
Primor suntetizou muito bem o texto!

RESPONDER

— Diego Rocha (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1044366085682116/) 18 de setembro de 2016 às 12:45


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10096)
Era um cidadão comum como esses que se vê na rua
 Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
(https://outraspalavras.net/)
Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua

OUTRASPALAVRAS
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano…
Era um homem de bons modos:

“Com licença; – Foi engano”

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que tem no fim da tarde a sensação
Da missão cumprida
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto
Que a terra lhe seja leve

RESPONDER

— Nathália Bastos (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1092008897514096/) 18 de setembro de 2016 às 12:59


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10097)
Eu tenho q encontrar o escritor desse texto p dar um abraço

RESPONDER

— Hugo Macedo 18 de setembro de 2016 às 14:04


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10098)
Maravilha de texto. clap clap clap
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-

Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? RESPONDER

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
19 de setembro de 2016 às 06:39
— Mercedes Rossi Alvarez (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1322972891046733/)
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-disse: (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
vulgar-nao-viu/#comment-10100)
Brilhante! Gostaria de saber como ele está!
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER

— Aline Passos 19 de setembro de 2016 às 09:07


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10101)
Que texto maravilhoso!

RESPONDER

— Argeu 19 de setembro de 2016 às 13:20


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10102)
Caro amigo, que texto maravilhoso.
Você conseguiu reunir todos os fatores que me levaram a se tornar fã do amigo Belck. Parabéns.

RESPONDER

— Abrahão Costa Andrade 19 de setembro de 2016 às 16:14


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10103)
Caro Alberto, escrevi ano passado uma série de 5 ensaios filosóficos sobre Alucinação. Está inédita e, por questões acadêmicas, continuará
inédita por um bom tempo. Mas folga-me saber que eu vi no Belchior o mesmo que você viu. Gostaria de entrar em contato com você.

RESPONDER

— José marcos 19 de setembro de 2016 às 16:36


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10104)
Soube que ele tá para lança um CD em espanhole verdade?

RESPONDER

— Marcio 20 de setembro de 2016 às 09:22


disse: (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
 vulgar-nao-viu/#comment-10110)
Não sei se é verdade que ele lançará um cd em espanhol, mas existe uma dupla de cantores uruguaios chamados LARBANOIS & CARRERO,
(https://outraspalavras.net/)
que gravaram um disco com músicas do Belchior e ficou fantástico, com a participação do próprio Belchior.

OUTRASPALAVRAS RESPONDER

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
— Bruno Marques Serrano (https://plus.google.com/110463777187241624915)
disse:
Era o texto que eu estava precisando ler.
19 de setembro de 2016 às 21:23
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
vulgar-nao-viu/#comment-10105)

RESPONDER

— Alice Frota 19 de setembro de 2016 às 23:04


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10106)
Amei o artigo. Vim ouvir o Belchior já com 29 anos. Ele é maravilhoso e, provavelmente, tenta transformar a vida em obra de arte, apesar dos
pesares.

RESPONDER

— Bruno Melo 20 de setembro de 2016 às 00:07


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10107)
Cara, que texto maravilhoso!!Parabéns!!

RESPONDER

— Millena 20 de setembro de 2016 às 01:30


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10108)
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
Adorei sua reflexão e as informações contidas no seu texto, muito bem estudando.

Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet? RESPONDER

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-

— renzo 20 de setembro de 2016 às 01:52


telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o- (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10109)
muito bom, muito bom!!! Alberto Sartorelli!! keep on!!
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-

RESPONDER

— Luciana Fonseca 20 de setembro de 2016 às 09:27


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10111)
estasiada com este texto!

RESPONDER

— Daniel Farias (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1204387749611622/) 20 de setembro de 2016 às 10:58


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10112)
Ao ler sua matéria me traz a mente a situação dos meus pais que à sua época em plena ditadura tinham mais interesse em Belchior do que no em
Caetano Veloso ou Gil e estava ali quase que diariamente rodando na vitrola a voz rouca que só depois aos 15 para 16 anos fui começar a
entender o que dizia e finalmente com 20 poucos anos longe de casa no sul tão falado, na faculdade, foi que vislumbrei claramente ” o jovem que
desceu do norte…”

RESPONDER

— Jéssica Fernanda (https://gravatar.com/jfjoliveira) 20 de setembro de 2016 às 13:47


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10113)
to apaixonada por esse texto! parabéns!!

RESPONDER

— Jorge Mello (https://www.eujorgemello.blogspot.com.br) 20 de setembro de 2016 às 14:38


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10114)
Aqui fala Jorge Mello, sou o parceiro de Belchior em grande parte das obras citadas no belo texto. Gostaria de ter contatos com o autor dessa
reflexão, que adorei ler…

RESPONDER

(https://outraspalavras.net/)
— CARLOS ALBERTO PRAZERES DE ANDRADE SILVA 20 de setembro de 2016 às 14:51

OUTRASPALAVRAS
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10115)
Alberto texto maravilhoso ! Fantásticos e comoventes os comentários ! Tantas mentes brilhantes provam que podemos ter esperança no Brasil,
melhor lugar do mundo apesar dos pesares !

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
RESPONDER

— Letícia 20 de setembro de 2016 às 16:30


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10116)
PQP, que análise fantástica! à altura desse poeta e militante que é Belchior.

RESPONDER

— ERNO 20 de setembro de 2016 às 16:33


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10117)
Belo texto. Mas se falando de Belchior com honestidade intelectual sempre se fará um belo texto.

RESPONDER

— Paulo Pop 20 de setembro de 2016 às 20:34


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10118)
Muito bom, o text. Nos mostra maus detalhadamente esse Cidadão Comum genial.

RESPONDER

— Ana Paula Moraes (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1248863091802281/) 21 de setembro de 2016 às 01:19


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o- vulgar-nao-viu/#comment-10119)
Sensacional! Me sentia tão sozinha ao desvendar as mensagens contidas nas letras de Belchior, mas agora eu sei que não estou só! Viva Belchior!
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
RESPONDER
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-— Vinicius 21 de setembro de 2016 às 07:11
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o- vulgar-nao-viu/#comment-10120)
Pelo amor de deus/
Alguem que esteja ouvindo e conheca o belchior/
De um toque nele pra ele ficar melhor/
E que nao me leve a mal/
Mas toda essa energia não é só sonho matinal/
E se legua tirana sempre deu no sensual/
Foi muito baixo astral/
Na realidade o que mesmo real ?/
Essa alucinacao tal qual delírio marginal/
Converse comigo assim/
Assuma aquelas coisas que não soube explicar/
Olhe pro oriente como olha para no norte/
Nos nao temos lugar/
Jovem brechó, venha a cores/
Esqueça estilo, deixemos de dores/
Cuidemos da vida, contando com a morte/
Aceitemos mistérios, nem tudo é sorte/

RESPONDER

— Rosa Maria Alcantara de moura rosa 21 de setembro de 2016 às 09:56


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10121)
Meu filho mais novo com 19 anos não entende muito bem porque gosto de Belchior , hoje irei compartilhe com ele este lindo texto e não
precisarei dizer mais nada ! Obrigada!

RESPONDER

— gente 21 de setembro de 2016 às 17:10


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10122)
EU TO XORANO

RESPONDER

— Henrique 21 de setembro de 2016 às 21:30
(https://outraspalavras.net/) (https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-

OUTRASPALAVRAS
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10123)
Gostei do texto,só pecou em falar que a melodia do belchior é simplista, essa melodia é muito bem feita e encaixada, algumas músicas possuem
uma melodia rica, com solos de violão inclusive o Yamandú Costa já o acompanhou. Grande abraço de um admirador, “amigo” e fã de belchior.

RESPONDER

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
— Matheus EP (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1074102245954271/)
disse:
Muito bom o texto!
23 de setembro de 2016 às 17:29
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
vulgar-nao-viu/#comment-10124)

RESPONDER

— Osmir 24 de setembro de 2016 às 11:18


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10125)
Ouçam aí a nova geração cantando o velho mestre!
https://soundcloud.com/aindasomososmesmos/sets/tributo-a-belchior-ainda-somos
(https://soundcloud.com/aindasomososmesmos/sets/tributo-a-belchior-ainda-somos)

RESPONDER

— Janser Tavares 24 de setembro de 2016 às 13:56


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10126)
BRILHANTE. BRILHANTE!!
Só há uma dissonância com o que eu interpretava pela música COMO NOSSOS PAIS.
No trecho que vocês parafrasearam “está em casa guardado por Deus / contando seus metais” eu tinha um outro entendimento, até porque ele,
na verdade, fala “contanto vil metal”, o que muda um pouco a concepção dessa musica.
O que entendi é que a pessoa está pobre e excluso, justamente porque ninguém o deu atenção, deixando-o totalmente desolado.
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
A primeira vez que escutei tive a interpretação que se encontra neste maravilhoso texto, mas depois me surpreendi mais ainda, e, ao apreciar
esse texto, vi que faz ainda mais sentido ele tratar o ser rebelde como aquele que está em casa amargurando o esquecimento.
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
Amo a interpretação e as várias estradas que ela pode nos levar, não espero estar certo, apenas aprender com essas belas canções.
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-

yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
— Geraldo Cunha 24 de setembro de 2016 às 17:49
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10127)
Ótimo texto! Só que nos versos de Fotografia 3×4 é
sol bonito! “Veloso / o sol não é tao bonito pra que vem / do norte / e vai viver na rua”.

RESPONDER

— Marilin Novak 24 de setembro de 2016 às 19:56


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10128)
Puxa, esse texto é um alento para os dias atuais! Obrigada.

RESPONDER

— Samir Bernardes (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/1316869233/) 25 de setembro de 2016 às 03:18


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10129)
Texto fantástico! Parabéns! Sempre senti que Belchior nunca foi entendido como poeta revolucionário, assim como Raul Seixas. Alias, algum
plano para um texto parecido sobre o Raul?

RESPONDER

— Vinicius 25 de setembro de 2016 às 23:09


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10130)
Nao vamos esquecer que paradoxalmente, Belchior também participa do disco “Cancoes do Divino Mestre” !

RESPONDER

— Claudia (https://Www.prosaicospoemas.blogspot.com) 26 de setembro de 2016 às 06:38


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10131)
Bravo!
RESPONDER

(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
— José Milton 29 de setembro de 2016 às 20:28
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10132)
Não gosto e não concordo com a frase que da inicio ao texto. Ele foi considerado brega por quem desconhecia essa informação. Sempre vi o 
belchior na mídia sudestina como um poeta contemporâneo mais próximo de Bob Dylan fiz e vi muitas matérias sobre ele qdo eu morava no Rio.

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
Mas gostei muito do projeto e quero estar no lançamento do livro aproveitando que ora estou na terrinha. Um abraço!

RESPONDER

— Marcio 5 de outubro de 2016 às 14:28


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10133)
Obrigado, com o texto pude compreender muito aquele que desde cedo ouço, curto e me inspiro. Parabens!

RESPONDER

— Bruno Ribeiro (https://gravatar.com/brsamba) 8 de outubro de 2016 às 10:15


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10134)
Parabéns pelo texto. Foi a mais lúcida e completa análise da obra do genial Belchior que tive a oportunidade de ler. Sou fã desse compositor
desde a minha adolescência e acho que ele faz uma falta danada nos dias de hoje, mas ao mesmo tempo ele disse tudo o que tinha para dizer nas
canções citadas no artigo. Não creio que fosse necessário dizer mais nada.

RESPONDER

— João 27 de outubro de 2016 às 08:28


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-10135)
Parabéns pelo texto! Realmente, bastante propício e contundente. Sua análise é aguda, de uma lucidez cáustica e pertinente. Um refresco! Salve
Belchior!
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
RESPONDER
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-— Luciani Boettcher (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/965512880221593/) 15 de novembro de 2016 às 19:16
(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o- vulgar-nao-viu/#comment-10136)
Que texto maravilhoso, muito bem escrito. Adoro as letras do Belchior, ele precisa voltar a gravar, nos tempos atuais estamos necessitando ouvir
canções que toquem nossos corações profundamente.
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-

RESPONDER

— José Oeirense 4 de janeiro de 2017 às 15:48 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10137)
disse:
Espetacular!!!!

RESPONDER

— bonanotas (https://bonanotas.wordpress.com) 11 de abril de 2017 às 20:48 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10138)
disse:
Ótimo texto!!

RESPONDER

— irani soares 30 de abril de 2017 às 15:48 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10139)
disse:
Excelente texto, trás a baila, a verdadeira identidade de um dos melhores compositor do sec XX, sua obra imortalizada na voz de grandes vozes,
dá sentido pleno de sua grandeza e engajamento

RESPONDER

— Felipe 30 de abril de 2017 às 21:11 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10140)
disse:
Parabéns … melhor definição do artista e do ser humano Belchior.

RESPONDER

— Maisa 1 de maio de 2017 às 02:24 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


disse: belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10141)
 Amei seu texto.
(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
RESPONDER

1 de maio de 2017 às 07:29 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-



— Vera Lúcia Santos
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10142)

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
disse:
Excelente seu texto, percebi que tanto Caetano quanto Belchior ficaram polarizado nos extremos e não procuraram um caminho do meio mesmo
com suas idéias. Mesmo assim ambos nos trouxeram momentos de reflexão mostrando que numa relação no real podemos ser aprendizes por
que o real anda e relaciona. Eles não relacionaram. Escolheram outra coisa….
Vera

RESPONDER

— Luciano Drap 1 de maio de 2017 às 19:05 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10143)
disse:
Uma síntese quase perfeita de Bel, parabéns!

RESPONDER

— Wilson d Bassi 1 de maio de 2017 às 20:45 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10144)
disse:
Gênio
Saudades

RESPONDER

— ana lavigneAna Lavigne (https://gravatar.com/analavigne) 1 de maio de 2017 às 22:09 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10145)
disse:
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-
Excelente analise! Finalmente alguem q compreendeu a Vida e Arte de Belchior.Obrigado!
Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
RESPONDER
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-— Carlos Henrique B. Santos (https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/10213076777984779/)
2 de maio de 2017 às 07:42 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-
belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10146)
disse:
yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
Brilhante. Poucas críticas a respeito do trabalho Belchior São tão complexas e certeiras. Parabéns.

RESPONDER

— Aparecida Silva 2 de maio de 2017 às 10:10 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10147)
disse:
Sensacional. Nos fez aproximar um pouco mais desse genial poeta!

RESPONDER

— Manoel silva 18 de maio de 2017 às 14:41 (https://outraspalavras.net/poeticas/o-


belchior-que-a-critica-vulgar-nao-viu/#comment-10149)
disse:
Ainda somos os mesmo! belo texto interpretativo!

RESPONDER

— Fabiano 28 de setembro de 2019 às 17:50


(https://outraspalavras.net/poeticas/o-belchior-que-a-critica-
disse:
vulgar-nao-viu/#comment-38088)
Excelente artigo!
Belchior não merecia menos que isso.

RESPONDER

DEIXE UMA RESPOSTA


O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COMENTÁRIO

(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS 

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS
NOME *

E-MAIL *

SITE

PUBLICAR COMENTÁRIO

OUTRASPALAVRAS
JORNALISMO DE PROFUNDIDADE E PÓS-CAPITALISMO
www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-

Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?
INSTITUCIONAL NOSSOS CANAIS ASSINE O
api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o- BOLETIM
SOBRE (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/SOBRE/) OUTRASPALAVRAS (/)
telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-
EQUIPE (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/EQUIPE/) OUTRASMÍDIAS seu e-mail aqui

yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
TRADUTORES (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TRADUTORES/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTRASMIDIAS/) ASSINAR
AJUDE A SUSTENTAR (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTROSQUINHENTOS) BLOGDAREDAÇÃO
CONTATO (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CONTATO/) REDES
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/BLOGDAREDACAO/)
SOBRE OUTRA SAÚDE (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTRA-SAUDE-QUEM- OUTRASAÚDE
SOMOS/) 
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OUTRASAUDE/)
(https://www.facebook.com/outrasp
LIVRARIA OP (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/LIVRARIAOP/) OUTROSLIVROS (/LIVRARIAOP)
OUTROSQUINHENTOS LICENÇA
PRINCIPAIS CATEGORIAS
(HTTP://WWW.OUTRASPALAVRAS.NET/OUTROSQUINHENTOS/)
VÍDEOS PODCASTS
OUTROS BLOGS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/VIDEOS/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/PODCASTS/)
PÓS-CAPITALISMO TRABALHO E PRECARIADO site pelo hacklab/
TERRA
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POS-
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/TRABALHOEPRECARIADO/)
EM TRANSE (https://hacklab.com.br/)
CAPITALISMO/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TERRAEMTRANSE/)
MOVIMENTOS E REBELDIAS CIDADES EM TRANSE
GAVIN
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/MOVIMENTOSEREBELDIAS/) ADAMS
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/CIDADESEMTRANSE/)
DESCOLONIZAÇÕES FEMINISMOS (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/GAVINADAMS/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/DESCOLONIZACOES/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/FEMINISMOS/)
LUIZA
TECNOLOGIA EM DISPUTA POÉTICAS SANSÃO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/TECNOLOGIAEMDISPUTA/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/LUIZASANSAO/)
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/POETICAS/)
CRISE BRASILEIRA MERCADO X DEMOCRACIA MAURÍCIO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/CRISE- AYER
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/CATEGORY/MERCADOVSDEMOCRACIA/)
BRASILEIRA/) (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/MAURICIOAYER/)

ALCEU
REDAÇÃO REDE PARCEIRA CASTILHO
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/ALCEUCASTILHO/)
Rua Araújo, 124 -
O JOIO
República - São E O TRIGO
Paulo/SP (HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/OJOIOEOTRIGO/)
DE OLHO
NOS RURALISTAS
NOS RURALISTAS
 (HTTPS://DEOLHONOSRURALISTAS.COM.BR/)
TERRA
(https://outraspalavras.net/)

OUTRASPALAVRAS
EM TRANSE
(HTTPS://OUTRASPALAVRAS.NET/TERRAEMTRANSE/)

(HTTPS://OUTRASPALAVRAS

www.facebook.com/sharer/sharer.php?
//outraspalavras.net/poeticas/o-

Belchior+que+a+cr%C3%ADtica+vulgar+n%C3%A3o+viu&url=https://outraspalavras.net/poeticas/o-
twitter.com/intent/tweet?

api.whatsapp.com/send?
utraspalavras.net/poeticas/o-

telegram.me/share/url?
utraspalavras.net/poeticas/o-

yO=https://outraspalavras.net/poeticas/o-

Você também pode gostar