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Masculino e Feminino

Tabuas de Opostos

Divergências entre tábuas de contrários da alquimia e do taoísmo


Desde a mais remota antiguidade, as grandes filosofias identificaram no universo os dois
princípios basilares, o masculino e o feminino, o solar e o lunar, o activo e o passivo. Mas não
existe absoluta unanimidade entre os diversos esoterismos. Há algumas contradiçõ es entre as
tabelas de contrários pró prias da filosofia hermética, em particular, e, por exemplo, a filosofia
do taoísmo.
Vejamos a tabela de contrários do TAOÍSMO:

Yang Yin
Masculino Feminino
Sol Lua
Dilatação Contração
Fogo Água
Verão (velho yang) Inverno (velho yin)
Primavera (jovem yang) Outono (jovem yin)
Vermelho Azul
Movimento Repouso
Som Silêncio
Alto Baixo
Solve ou dissolve Coagula
Espírito Matéria
Multiplicidade Matéria
Circunferência Centro
E agora vejamos uma, entre outras, tabela de contrários da alquimia:
Masculino Feminino
Enxofre Mercúrio
Corpo Sólido, Espírito
Alma
Sol Lua
Coagula Solve
Calor, Secura Frio, umidade
Vermelho Branco, Azul
Athanor (Forno) Retorta
Na tabela alquímica, vemos, por exemplo, o princípio masculino, o ácido, ligado ao estado só lido, corporal, à coagulaçã o, a qual, na
tabela do taoísmo, é um estado yin, feminino, material. O feminino é, no taoísmo, mais material e concentrado que o masculino mas
sucede o inverso na alquimia em que o mercú rio filosó fico, feminino, espécie de orvalho de prata, quinta-essência, espírito universal
acima dos quatro elementos (fogo, ar, terra, água), é mais volátil e disperso que o enxofre e o salitre (nitrato de potássio empregue na
fabricação da pó lvora), símbolos do princípio masculino. Note-se que alma, na coluna da esquerda, significa alma vital (epitimia e
tumus, na teoria de Platão), isto é, força que anima o corpo individual e é distinta de espírito. Este ú ltimo pode ser tomado em duas
acepçõ es: como quintaessência, éter ou mercú rio filosó fico, luz superior; como nous ou razã o intuitiva em Platão, intelecto agente em
Aristó teles, transindividual que apreende directamente Deus e os arquétipos ou formas eternas.
O mercú rio (feminino, na especulação alquímica) é, como se sabe, o ú nico metal que na natureza se encontra no estado líquido, o que
dá ideia da sua fluidez, e tem como nú mero ató mico 80, ao passo que o enxofre (masculino, na visão da alquimia) é um nã o metal, de
nú mero ató mico 16, que à temperatura ambiente, se encontra no estado só lido. Os alquimistas visavam «casar o Sol e a Lua»,
dissolver o enxofre e coagular o mercú rio a fim de obter o lapis, a pedra filosofal burilada.
A Árvore das Sefirots dividida em três colunas
Consideremos a tábua de contrários representada na árvore da Vida, da Kabalah Judaica, Á rvore das Sefirts (esferas, indicadas por
nú meros, 2,4, 7 no pilar da direita e 3,5,8  no pilar da esquerda) a que a maioria dos alquimistas ocidentais concedeu importância:

Pilar da Esquerda ou da Pilar Central Pilar da direita ou da


Severidade Misericórdia
Binah (Inteligência) nº3 Kéther (Coroa) nº1 Hocmah (Sabedoria) nº2
Geburah (Justiça) nº5 Tiferet (Beleza) nº6 Chesed (Misericórdia) nº4
Hod (Magnificência) nº8 Yesod (Fundamento) nº9 Netzach (Vitória) nº7
Malkut (Reino da Matéria
nº10
A tábua de contrários dos Pitagóricos
Há outras tábuas de contrários que resumem o dualismo primordial, como a de Pitágoras de Samos e da sua escola, que Aristó teles
descreve assim:

Limite Ilimitado
Ímpar Par
Unidade Pluralidade
Direito Esquerda
Macho Fêmea
Em Em
repouso movimento
Reto Curvo
Luz Obscuro
Bom Mau
Quadrado Retângulo
(Aristóteles, Metafísica, Livro I, 986 a, 20-25)

Há, nesta tábua, algumas incoerências, ao menos aparentemente. Por que razão o macho ou princípio masculino se identifica com o
repouso e a fêmea ou princípio feminino com o movimento? Isto contraria o taoísmo, segundo a qual o masculino é activo e
movimento e o feminino é passivo e repouso, embora pareça coincidir com a filosofia alquímica na medida em que esta postula que o
feminino é o mercú rio filosó fico, volátil, sempre em movimento, e o masculino é o enxofre, só lido. Afigura-se, ademais, ser misoginia
classificar como «mau» o princípio feminino e como «bom» o princípio masculino.

Tábua de contrário de Aristóteles


Aristó teles procedeu à seguinte Divisão de contrários em duas colunas, num escrito perdido, que se supõ e denominando Peri
enantiö n na lista de Dió genes Laercio:
O que é O que não é
Unidade Pluralidade
Mesmo Diverso
Semelhante Dissemelhante
Igual Desigual
Repouso Movimento
Em “Metafísica”, Aristó teles confirma esta divisã o:
“Ademais, a segunda coluna dos contrários é privação e todos eles se reduzem a O que é e o que não é,  Unidade e Pluralidade, por
exemplo, o Repouso pertence à Unidade e o Movimento à Pluralidade.” (Aristó teles, Metafísica, Livro IV, 1004b).
“Como expusemos gráficamente em Divisão dos contrários, ao Uno pertencem o Mesmo, o Semelhante e o Igual, enquanto que o Diverso,
o Dissemelhante e o Desigual pertencem à Pluralidade.” (Aristó teles, Metafísica, Livro X, 1054a,).
Esta tábua de contrários aristotélica peca por ser mais formal, mais abstracta do que as tábuas de contrários da alquimia e do
taoísmo: não sabemos em que colunas iria Aristó teles inserir os pares fogo-água, enxofre-mercú rio, dilatação-contração, etc.

Um Pouco Sobre a Opinião da Cabala


Qual é a natureza de homens e mulheres de acordo com a sabedoria da Cabalá?
Na natureza existem dois sexos, dois extremos, dois polos: masculino e feminino; nã o há nenhum polo intermediário.
Existem duas forças: a força do Criador, o doador, o dador, a fonte, é a força de doação; e a força da criatura é o desejo, a deficiência, o
vazio, o desejo de ser preenchido, de atrair para si mesmo e absorver tudo em si mesmo. Esses dois polos, o positivo (masculino)
emite e dá de si mesmo, e o negativo (feminino) atrai para si e quer ser preenchido.
Inicialmente, a criatura era feminina, porque em todos há apenas um ú nico desejo, um desejo de ser preenchido, ou seja, de absorver,
atrair a nó s mesmos, tudo o que inicialmente queremos. Assim, em relação ao Criador, todos nó s somos femininos.
Mais tarde, nó s nos dividimos naqueles que superaram seu egoísmo e se dirigem aos outros. Eles são capazes de transcender seu
egoísmo, apesar do desejo de absorver, e trabalham com a intenção de doar, com o altruísmo, a preocupação com os outros, o
preenchimento dos outros. Eles são chamados de homens (masculino). E aqueles que não podem superar seu egoísmo e ainda
querem apenas se preencher, pensam só nisso, estão preocupados a cada minuto, a cada segundo, a cada momento, apenas que tudo
vai ser bom para eles: eles são chamados de mulheres (femininos) pela sabedoria da Cabalá.
Na sabedoria da Cabalá , os sexos são diferenciados de acordo com indicadores espirituais: alguém que dá é chamado de homem
(masculino), alguém que recebe é chamado de mulher (feminino). Além disso, a pessoa pode mudar e estar em um estado em um
determinado momento, e em outro estado no momento seguinte. Isso não depende do seu sexo corporal. Se uma pessoa anseia pelo
desenvolvimento espiritual, ela deseja ser um homem no sentido espiritual, um doador.
Houve muitos Cabalistas do sexo feminino na histó ria. No sentido espiritual, elas foram chamadas de homens e estavam acima de
todos os outros homens.
Portanto, nã o devemos nos relacionar com o sexo a partir do aspecto físico ou corporal de homens e mulheres, mas de acordo com se
a pessoa é doadora ou receptora. Atualmente, eu diria que as mulheres que estão estudando com a gente por muito tempo anseiam
mais pela característica de doaçã o do que os homens.
Nada foi criado sem um propó sito pela Força Superior que nos governa. Indiscutivelmente, essa força tem uma meta para a criaçã o
disposta diante de nó s. A realidade criada pela força governante superior é muito variada. Com toda esta variedade, a percepção
inteligente é de especial importância. Essa percepçã o foi dada exclusivamente ao homem e lhe permite perceber o sofrimento dos
outros a sua volta. Portanto, se a força governante superior tem uma meta para a criaçã o, o seu alvo é o homem, e tudo foi criado para
que ele alcance o seu destino, ou seja, que atinja o estado de perceber a força superior que o governa. Ele deveria percebê-la da
mesma forma que percebe tudo a sua volta.
Como resultado de se aproximar da força superior e alcançar a equivalência a ela em relaçã o aos atributos de doaçã o e amor, um
enorme prazer surge na pessoa. Esse prazer pode alcançar a formidável percepção do contato mú tuo total com a força governante
superior.
A criação como um todo é o desejo de receber, isto é, a origem feminina em relaçã o ao Criador, O qual é a origem masculina ou o
desejo de dar. A criação, por sua vez, também se divide nas partes masculina e feminina. Se a criaçã o se torna equivalente à luz, e
passa a ser semelhante a ela, é chamada parte masculina. Por outro lado, se ela permanecer sem a luz, e apenas recebê-la, então é
chamada de parte feminina. Isto tudo do ponto de vista da correção da criaçã o. Além da correção, também existe uma divisã o natural,
na qual a parte masculina são as primeiras nove Sefirot (Keter, Hochma, Hesed, Gevura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod), e a parte
feminina é Malchut.
No nosso mundo tudo ocorre como resultado da divisã o da alma de Adão em 600.000 almas. Estas partes diferem no seu grau de
correçã o e devem desempenhar papéis masculinos ou femininos alternadamente. Ou seja, às vezes elas devem prosseguir pela linha
direita (a parte masculina ou doadora), e às vezes pela linha esquerda (a parte feminina ou receptora). Todos os Nomes da Tora
(Bíblia) são conquistas espirituais ao longo da escada da ascensã o. No entanto, para se conquistar cada Nome, é necessário
desempenhar alternadamente o papel masculino algumas vezes, e o papel feminino outras vezes, os quais simbolizam as linhas da
direita e da esquerda. Por exemplo, existem ambos os lados masculino e feminino nos níveis do Faraó , de Moisés, de Israel e as
naçõ es do mundo, mas cada nome específico é alcançado apenas uma vez e num nível específico.
O homem e a mulher são as personificaçõ es das relaçõ es entre Zeir Anpin e Malchut do mundo de Atziluth. A essência e o nível de sua
conexão dão um nome específico a cada nível. Os estados masculino e feminino são constantes em todos os 125 níveis.
O Kli (Vaso) comum é dividido em duas partes. Originalmente, uma dessas partes aspira avançar: é Galgalta-ve-Einaim. A outra parte
não aspira avançar: esta é a AHP da alma comum. Além disso, AHP também é dividida em 70 partes, e todas essas partes são
divididas em partes masculinas e femininas. O que ocorre é a divisão numa série de grupos e atributos variados. A divisão da alma
comum nestas duas partes, masculino e feminino, é muito precisa.
A alma feminina, em contraste com a masculina, é uma alma que realiza a correção mais comum. Ao longo da nossa existência
passamos por reencarnaçõ es (Gilgulim) e retornamos a esta vida muitas vezes. Toda vez que retornamos, escolhemos e
acumulamos Reshimotou experiências amargas desta vida. Todos os golpes que acumulamos nos tornam mais sensíveis a perceber o
espiritual.
Na atual encarnaçã o, nó s atingimos um nível tal que já começamos a compreender a forma como deveríamos aspirar à dimensã o
espiritual. Este é o resultado de muitas dezenas e centenas de reencarnaçõ es. Existem dois tipos de correçã o: a correçã o comum e a
correçã o particular. Durante o período da encarnaçã o, quando estamos neste mundo, antes de atravessarmos a Machsom (o limite
que separa o nosso mundo do espiritual) e deixarmos as percepçõ es do nosso mundo, o tipo de corpo (masculino ou feminino) que
nossa alma habita tem um significado.
Mais tarde, quando as almas atravessam a Machsom e começam a perceber o Mundo Superior, não importa quem é homem e quem é
mulher. Seremos todos Cabalistas – a alma não tem sexo. Obviamente, existem diferenças entre as almas, mas elas nã o são baseadas
unicamente no sexo. As diferenças se referem a que parte da alma comum pertence cada uma das almas.
O Criador criou tudo sob a forma da natureza mineral, vegetal, animal e humana. A natureza mineral é a mais inferior e a humana a
mais elevada. Além disso, toda a natureza é dividida verticalmente (de cima para baixo) em dois gêneros.
O homem difere do resto da natureza, porque sua tarefa é alcançar o objetivo da criação de forma independente. As outras partes da
natureza ascendem ao objetivo da criação, à eternidade e perfeição, junto com o homem. Ou seja, elas dependem do homem. No
entanto, todos alcançarão o objetivo da criação. Entre as pessoas também existe uma divisão segundo níveis, assim como em partes
exterior e interior. (Para mais detalhes, ver Introduction to the book of Zohar, em The Book of Zohar, por Rav Laitman)
Michael Laitman

O Equilíbrio do Feminino e do Masculino para o desenvolvimento humano


A energia da natureza e dos seres humanos é composta dos elementos femininos e masculinos atuantes em nossa psiquê e em nossa
biologia.
Todos nó s nascemos da uniã o de um homem com uma mulher e possuímos esses padrõ es genéticos, energéticos e psicoló gicos que
são herdados, construídos e que vão sendo apreendidos na relação com os valores e com as distorçõ es de nossa cultura. A perda das
qualidades e da energia feminina na sociedade de hoje constitui um problema psicoló gico premente. Atinge dolorosamente a vida
emocional de homens e mulheres.
Esta perda de algo tã o essencial para mulher força-a a questionar sua pró pria feminilidade, consolidando o longo debate histó rico
acerca da posição das mulheres na sociedade. Para o homem, a perda da energia feminina é menos ó bvia, porém reduz as
profundezas emocionais de sua personalidade. E é fonte da maior parte do seu descontentamento, solidão, sensaçã o de falta de
sentido e mau humor. Há alguns milênios, vivemos sob o cunho de uma cultura patriarcal, moldada por e para os homens que
garantem a sua soberania e poder.
Através da valorização da força bruta e da conquista de territó rios, avançam econô mica e tecnologicamente, e geram um grande
desequilíbrio dentro e fora de nó s. Esse modelo masculino tradicional, defasado diante da evolução das mulheres, é fonte de uma
verdadeira mutilação da qual os homens começam a ter consciência. O velho homem está em vias de desaparecer para dar lugar a
um outro, diferente, e do qual se percebe apenas o contorno. É somente ao aceitar e compreender a sua feminilidade que o homem
entenderá com clareza sua natureza masculina.
Perder as qualidades femininas interiores afeta o nosso bem estar emocional e modifica imediatamente nossa felicidade. Podemos
entender, então, que a feminilidade não é privilégio da mulher. É importante considerá-la como a influência sobre a identidade
central da mulher e sobre a capacidade do homem de sentir e valorizar.
Segundo Joseph Campbell: “O lado esquerdo, onde está o coração, é símbolo das virtudes e dos perigos femininos. Maternidade e
sedução, os poderes da lua sobre as marés e substâncias do corpo, os ritmos das estaçõ es; gestação, nascimento, alimentação e
criação dos filhos; encanto; beleza; êxtase; por outro lado igualmente malícia e vingança; irracionalidade; fú ria; magia; venenos;
feitiçaria”. O lado direito é símbolo do macho: açã o, armas, feitos heró icos, proteção, força bruta, justiça cruel e complacente; as
virtudes e perigos masculinos: egoísmo e agressão, raciocínio lú cido e luminoso, poder criativo, mas também a maldade fria e
insensível; espiritualidade abstrata, coragem cega, dedicação à teoria e força moral”.
Nossas heró icas conquistas ocidentais causam inveja ao resto do mundo, porém, são ganhas à custa de nossa capacidade de calor,
sentimento, contentamento e serenidade. Somos tã o ricos em coisas materiais e tão pobres em valores femininos. Na Índia, existem
paz e felicidade nos lugares mais inesperados. Em troca das modernas conquistas tecnoló gicas, essas pessoas conservaram seus
valores femininos.
Nó s, ocidentais, sabemos que há, no oriente, um ingrediente essencial do qual precisamos para curar a pobreza emocional de nossa
cultura. No ocidente, reinam os valores masculinos. As atitudes ocidentais com relação à feminilidade são tã o arraigadas que é muito
difícil olhá-las objetivamente. Mas começamos a questionar a forma patriarcal da cultura ocidental. Já no oriente, a apreciação da
feminilidade ocupa lugar infinitamente elevado no cará ter do povo. O feminino pagou o preço com seu sofrimento, enquanto o
masculino recebeu as gló rias por suas conquistas.
Embora tenhamos começado a restabelecer o lugar da mulher no nosso mundo moderno, ainda não fizemos o suficiente para
restaurar o sentir, a paz, o contentamento e a perspectiva. Se o feminino é responsável por tantas coisas importantes na existência
humana, ele nã o pode ser perdido. E se foi, deve ser resgatado.
Com mais consciência, podemos apreciar e valorizar o que há de melhor no masculino e no feminino e buscar o equilíbrio de ambos,
e não o balanço violento desse pêndulo que vai de um extremo a outro. Houve quem quisesse ver nessa dicotomia dos mundos
masculinos e femininos a realização de um ideal de complementaridade dos sexos, a harmonia entre homem e mulher. Mas, em
termos atuais, deveríamos falar sobre a igualdade na diferença. A desigualdade dos sexos seria invalidada, por serem eles
incomparáveis.
(Antonio Tigre é professor certificado de Iyengar Yoga. Formado em Licenciatura em Artes Cênicas na Universidade Federal UniRio e Administração de Empresas pela Universidade Cândido Mendes.)

Qual a origem dos símbolos de masculino e feminino?


A história dos símbolos começa na Roma antiga e passa pela Idade Média
O espelho de Vênus (D) e o escudo de Marte (E) sã o símbolos criados pela alquimia e que aludem aos deuses da Roma antiga. Na
mitologia romana, Vênus era a deusa do amor, associada com harmonia, beleza e empatia, enquanto Marte era o deus da guerra,
associado com agressão, força e impulsividade. Durante a Idade Média, os alquimistas retomaram os estudos gregos que associavam
metais, planetas e deuses. Marte representava o ferro e Vênus o cobre. Durante esse processo, os nomes originais deram origem aos
símbolos que conhecemos hoje (veja abaixo). Por muito tempo, esses símbolos permaneceram esquecidos até que, no século 18, o
sueco Carolus Linnaeus (criador da classificaçã o científica) passou a se referir às plantas de linhagem feminina com o símbolo, às de
linhagem masculina com e às híbridas com o Caduceu de Mercú rio.
Gustavo Birolini

Mais Sobre o Masculino e Feminino (Relações)


Esta Mudança de consciência é profunda. É fundamental e acontece de dentro para fora. Muda a nossa maneira de pensar, a nossa
percepção das coisas e as nossas crenças. Irá alterar a forma como captamos o mundo à nossa volta e, mais importante de tudo, irá
mudar a nossa relação com absolutamente tudo aquilo que conhecemos. É muito emocionante. É muito expansiva.
Relacionamentos são o jogo mais importante do planeta e a maioria de nó s não conhece as regras. Consequentemente nã o sabemos
jogá-lo de forma fácil e com sucesso. Temos relaçõ es com tudo o que nos rodeia. A nossa percepçã o das coisas é fundamental e afeta a
maneira como nos relacionamos com as pessoas e o que nos rodeia. Muitos de nó s entendemos relaçã o de uma determinada maneira
porque algumas pessoas exteriores nó s disseram: “Estas são as regras: deves fazer isto, deves conduzir a tua vida desta forma. Isto é
verdade/falso; isto é verdade e aquilo é falso. Damo-nos com este tipo de pessoas mas nã o com aquelas ali”. Por outras palavras, as
nossas relaçõ es são condicionadas desde a nossa infância. A terceira dimensão é condicional. Na terceira dimensão não existe nada
“incondicional”. Incondicionalidade começa com o tempo presente na quarta dimensã o. Sim vivemos na terceira e quarta dimensõ es
simultaneamente. E é a nossa escolha consciente, ou inconsciente, que nos leva para uma ou outra em cada momento.
Um dos aspectos fundamentais, ou uma das “regras” do jogo das relaçõ es, é entender energia masculina e feminina. Não falamos do
físico, homem e mulher, marido e esposa, pai e filho, ou amantes. Estamos falando da natureza inerente a cada um de nó s, na nossa
expressão da energia criativa masculina e feminina. Se não compreendermos o que é energia feminina e masculina, podemos ficar
muito desequilibrados.
Alguma vez reparou que o masculino e o feminino nã o comunicam no mesmo comprimento de onda? De certa forma o masculino e o
feminino parecem ter grandes falhas de comunicaçã o na realidade da terceira dimensão. Existe uma razã o muito boa para isto. Vou
ilustrar a diferença entre o masculino e o feminino da maneira mais simples possível. Vou usar o conceito de geometria. Não se
assuste com a palavra geometria. De uma forma simples, a energia masculina é constituída por linhas rectas e ângulos. A energia
feminina é feita de curvas e espirais. Não existem linhas retas e ângulos na energia feminina e não existem curvas e espirais na
energia masculina. A energia feminina é muito energética e rápida. A energia masculina é lenta e tediosa. De uma forma simples
poderia dizer-se que a energia masculina contém 40 pontos e a energia feminina 140. A energia feminina é muito expansiva, criativa
e fluida. A energia feminina consegue fazer 25 coisas ao mesmo tempo enquanto anda às curvas e rodopia. A energia masculina diz
“linhas retas” – siga direto. Vá do ponto A ao ponto B ao ponto C e de volta ao ponto A. Ambos tipos de energia criativa são
perfeitamente válidos para se ter à disposiçã o em criaçõ es equilibradas.
Porém, a energia masculina sem a energia feminina nã o está completa, não se sente apreciada; não é estimulada ou valorizada.
Sente-se incompleta. Não falamos dos homens, e ainda assim, estamos falando dos homens. Não estamos falando das mulheres mas
também estamos falando das mulheres. Acima de tudo estamos falando do seu equilíbrio feminino e masculino pessoal. A energia
feminina sem a masculina não está completa, sente-se desamparada, sem foco, dispersa e instável; sem sentido e consequentemente,
sem a noção de sucesso.
Masculino-forte. Feminino-fraco
Na terceira dimensã o quando a energia masculina se encontra desequilibrada pode revelar-se de diversas formas. Sinta o que vamos
citar de uma forma muito pessoal. Veja se o consegue aplicar à sua pró pria energia criativa. Ouça as palavras e leia também nas
entrelinhas. Quando a energia masculina sente que não é suficientemente capaz, quando lhe disseram que nunca iria ter sucesso, que
não merece nada e que não tem valor, fica desequilibrada. Para compensar, a energia masculina pode demonstrar uma força falsa.
Fica mais ou menos de peito inchado e diz: “Tenho estas ideias fantásticas e estes grandes sonhos, quero liderar e criar isto. Eu sei o
que estou a fazendo. Sigam-me.” Tudo isto é muito real. E quando uma mulher se encontra fraca e com medo, é tímida ou solitária, vê
neste homem inchado o par ideal. De fato, a Lei da Atração dá a cada um exatamente aquilo que estão a pedir. O resultado, porém, é
parecido com isto:
Se desenhar na sua mente uma linha reta e depois fizer outra em ângulo saindo da primeira. (Ver o diagrama). A energia masculina
comanda, “Vem comigo. Eu é que sei. Tenho este sonho fantástico. Vou construir uma casa maravilhosa para ti em Toronto, no
Canadá.” E a energia feminina responde, “Ó que maravilha. Eu também quero uma casa em Toronto.” As energias masculina e
feminina começam juntas no mesmo ponto da linha e a masculina vai à frente; e a feminina, porque tem curvas e espirais, começa a
criar. Escolhe cores novas, tecidos novos e desenha a paisagem. Está delirante e contente por estar a criar o seu ninho. A energia
masculina continua em frente mas depois os seus hábitos de medo e auto-desconfiança surgem. A energia masculina hesita e fica
com medo de cair. “Não sei o que fazer porque me disseram que sou um inú til, que nã o valho nada,” e a energia masculina duvida da
sua capacidade e abandona a ideia de construir a casa. A energia masculina tinha construído 80% da casa nova. Fez 80% do caminho
daquela linha azul e depois diz, “Não, eu acho que nó s devemos mudar para um clima tropical e vai ser muito melhor e podemos ter
uma casa na praia no Hawai. Eu sei o que é melhor. Segue-me até ao Hawai.”
A energia feminina, que andava às voltas por Toronto a criar, tem de parar. Sente-se incompleta. Vê-se incapaz de cumprir os seus
planos. A energia feminina diz, “Ah, bem, ok, uma praia tropical seria bom. Adorava ter uma casa de praia no Hawai. Eu amo-te e
confio em ti.” E eles mudam-se, mas ela sente-se incompleta. Ele também se sente incompleto, mas começa a construir a casa no
Havaí. Ela compra o chã o de bambu, as plantas e as flores de hibisco.
Mais uma vez, 80% no processo, o desequilibrado masculino “forte” diz: “Bem, eu penso que tenho de mudar
de emprego, o que quer dizer que temos de nos mudar para Londres. Vem comigo para Londres e podemos
ter a casa na praia numa outra altura.” Uma vez mais a energia feminina sente-se incompleta. A energia
masculina conduz o processo e a energia feminina começa a sentir-se frustrada e zangada e até talvez
ressentida. A criatividade feminina sente-se despojada porque estava muito animada com a ideia da casa na
praia. Estava a tornar-se muito criativa porque é isso que a energia feminina faz. A assim por diante.
Feminino-Forte – Masculino-Fraca
Se invertermos os papéis do texto acima, em que a energia feminina é mais forte e a masculina mais fraca, a feminina diz: “Eu tenho
estes grandes sonhos e desejos. Eu quero ter isto…aquilo…e aquilo ali também. “Mas por vezes, por abaixo desta força e
determinaçã o aparente, existe um “Eu não posso ter”, “Eu não mereço”, “Não posso receber”. A energia feminina sem o equilíbrio e a
estrutura da energia masculina, é muito dispersa, muito inconstante. É como verter água para cima duma mesa: espalha-se por todo
o lado, não fica retida, focalizada ou direcionada.
Quando esta energia feminina desequilibrada pede à energia masculina “oh eu queria que me construísses uma casa”, o masculino
responde, “Eu adoraria construir-te uma casa. Eu sou carpinteiro, posso construir-te uma casa. Eu amo-te.” E na sua excitação vai
arranjar a madeira, as pedras, o sistema eléctrico e começa a construir uma casa linda. Esta é a criatividade em linhas retas e ângulos
das quais falamos no tó pico anterior.
Entretanto, a energia feminina continuou a criar. Depois de ter pedido uma casa, foi à aula de yoga, tomar chá com as amigas, às
compras e comprou ingredientes para um jantar gourmet. Curvas e espirais de criatividade. Quando finalmente regressa a casa,
pergunta ao masculino, “Olá, o que é que estás fazendo?”
“Quando é que eu disse isso?” responde ela. “Na realidade o que eu quero é mudar-me para a praia e ter lá uma casa.”
“Está bem, eu posso construir-te uma casa na praia.”
“Oh, isso seria maravilhoso,” diz a energia feminina. E lá vão eles e a histó ria volta a repetir-se. Com este padrão disperso e
desconectado, a energia masculina sente-se invalida, desconsiderada, ignorada. Esta energia feminina dispersa começa a flutuar por
todo o lado de forma incontida e a energia masculina segue-a, ou pelo menos tenta. Cada vez que ela muda de ideias a energia
masculina muda de direção para a acompanhar, tentando construir uma casa, uma estrutura onde ela possa ser feliz e criar. Porém,
com este padrã o, ambas energias criativas feminina e masculina se sentem incompletas e com o passar do tempo a frustração
aparece. Conhece alguém assim (você)? Estas pessoas não estão enraizadas. Não terminam os vários projetos que começaram e no
entanto encontram-se muito ocupadas com mais ideias. Chegam a guardar toda a informaçã o e materiais que colecionaram para
cada projeto prometendo, durante anos, voltar a eles algum dia.
Feminino-Fraco – Masculino-Fraco
Existe também o padrão de relação entre energia feminina fraca e energia masculina fraca. Neste caso ninguém cria facilmente nem
recebe ou preenche os seus desejos. Ambos estão cheios de medo. Quando a energia é fraca nã o consegue criar. Sente-se muito
frustrada, sem permissão para se expressar, criar uma direção ou assumir o comando. Por vezes, nestes casos, nem uma nem outra
consegue definir ou pedir o que deseja. O primeiro passo para começar a criar nem chega a acontecer. A energia masculina nã o
constró i a estrutura para a feminina poder criar dentro dela e a feminina nã o define o que é que ela quer que a energia masculina lhe
construa. Talvez reconheça este padrã o de criação naqueles que o rodeiam. Decisõ es nunca chegam a ser tomadas e mudam de ideias
frequentemente. Nada vai para diante podendo ocorrer inércia. Ambos querem que seja o outro a tomar a decisão sobre que filme ir
ver. E depois é tarde demais porque todos os bons filmes já passaram. Na sua auto pesquisa talvez reconheça esta dinâmica na vida
de algumas pessoas e, eventualmente, no seu pró prio processo criativo.
Conhece alguém que mostre inércia e nã o crie com o potencial que você sabe que essa pessoa tem? Talvez não corra riscos e use um
vocabulário autodestrutivo?
Feminino-Forte – Masculino-Forte
O oposto disto é um padrão de criaçã o feminino forte e masculino também forte. Mais uma vez ambos se encontram amedrontados e,
internamente, num grande estado de confusã o e insegurança. Haverá muita competição, acusaçõ es e atropelos, lacunas e tumultos.
Ambos poderes criativos podem ser muito intransigentes e teimosos. Consequentemente, ambos andam metidos consigo pró prios e
nada se cria. Talvez conheça algumas pessoas a agirem desta forma no seu espaço criativo. Talvez se vangloriem e se apresentem
confiantes e bem sucedidas, mas na verdade realizaram muito pouco nas suas vidas. Estas pessoas parecem “saber tudo” e
argumentar sobre qualquer sugestão que os outros façam.
Como é que Nos Tornamos Tão Disfuncionais?
Quando as energias criativas masculina e feminina dentro de nó s são demasiado fracas ou fortes, chamamos-lhe terceira dimensã o, o
jogo do “Eu não presto”. É onde a maioria de nó s aprendeu a permanecer e a viver. Como é que chegámos aqui, a esta forma
desequilibrada de viver? Eis um exemplo: Há uma menina (ou um menino) cheia de talento, muito hábil e extremamente
conhecedora. Muito feliz por ser quem é e com aquilo que quer fazer. Cheia de confiança em si e nas suas possibilidades. Ela
simplesmente diz: “Eu consigo!!” Esta criança inicia o seu caminho e vai fazendo desenhos maravilhosos e projetos de arte
fantásticos. Está sempre a cantar e vai construindo coisas impressionantes com toda a sua paixã o. Por volta dos 3 anos de idade e
muito bem sucedida no seu mundo, resolve dizer um dia ao seu adulto favorito: “Olha o meu elefante”, porque é um elefante muito
bonito e ela está muito contente por o ter feito. O adulto diz: “Não sabes que os elefantes nã o são cor-de-laranja? E além disso isto
está uma grande borrada. Devias pintar dentro das linhas.”
Isto é um choque tal e uma desvalorizaçã o tã o grande que a criança vai abaixo, desistindo da sua auto-estima e poder. A convicção do
“eu nã o presto” vai diretamente para o lugar onde momentos antes estava o “eu sou grande e poderosa”. Primeiro a criança fica
confusa, depois escolhe uma de duas opçõ es. Talvez diga “Vou-te mostrar quem sou” e continua o resto da vida a provar que é boa
naquilo que faz. Torna-se numa personalidade Tipo A e super-empreendedora para provar àquele adulto, de há muito tempo atrás,
que ela tem de fato valor. Porém, continua sempre a existir aquele “Será que valho alguma coisa?” no seu espaço e nas crenças sobre
si pró pria. Tem pensamentos privados como “Não tenho a certeza se este quadro que acabei de pintar vale mesmo dez mil dó lares”,
apesar de exteriormente parecer extremamente confiante, determinada e forte.
A outra possível reação que a criança pode ter é “Bem, se calhar aquele adulto tinha razão. Talvez não seja assim tão boa apesar de
tudo”. Talvez nunca mais volte à sua forma de expressão poderosa e talentosa que tinha antes. Aquela criança cheia de paixão acaba
por crescer escondida, duvidando de todas as suas decisõ es e sem correr riscos.
Todos nó s experimentamos resultados desta energia criativa distorcida. Quando começamos a perceber a diferença e o poder da
energia criativa feminina e masculina, conseguimos começar a equilibrá-las e a criar de uma forma mais forte desde essa plenitude. E
depois, quando começarmos uma relaçã o, conseguimos continuar a acreditar que temos importância e valor. Não haverá acusaçõ es,
competitividade ou desvalorizaçã o de ninguém. Não haverá o melhor ou o pior. Existirá um equilíbrio entre a energia masculina e
feminina na forma de criar. Uma vez equilibrados, iremos reconhecer-nos e continuar a pintar alegremente aqueles elefantes das
cores que quisermos com aquelas pessoas que celebram conosco.
Por Jim Self

https://filosofar.blogs.sapo.pt/divergencias-entre-tabuas-de-contrarios-209519
http://laitman.com.br/2016/10/a-natureza-de-homens-e-mulheres/
http://cabalaautentica.blogspot.com/2009/05/o-proposito-da-criacao.html
http://alquimialuzdalua.blogspot.com/2010/05/o-equilibrio-do-feminino-e-do-masculino.html
https://mundoestranho.abril.com.br/historia/qual-a-origem-dos-simbolos-de-masculino-e-feminino/
https://masteringalchemy.com/content/verdade-sobre-energia-masculina-e-feminina-primeira-parte
https://masteringalchemy.com/content/verdade-sobre-energia-masculina-e-feminina-segunda-parte
Pecados Capitais

Vamos decorrer aqui os “sete pegados capitais”, que ao meu ver são uma subdivisão de um
pegado “maior”, “o Desejo”.
Ele sim é o grande vilã o e criador dos outros, ou mais pegados existentes.
Além do mais o termo “Pecado”, ao meu ver é inexistente da forma como a religião o trata. Ela
trata como algo passível de julgamento e condenação. Onde muitas vezes, inclusive na Biblia,
condenados a morte por apedrejamento.
No entanto como já debatemos muitas vezes aqui, a perfeição do Pai nã o cabe que nó s
mortais façamos este julgamento e condenação (que dirá por morte!). Nem os anjos ou qualquer entidade tem poder sobre isso sem
a autorização do Pai. O que ocorreu é que nos primó rdios da humanidade, como maneira de controle achou-se melhor
(erroneamente) tratar estes delitos destas maneiras. Então vemos estas aberraçõ es de apedrejamento, incineração na fogueira da
inquisiçã o, e por ai vai.
A Lei que o Pai criou já é perfeita e trata destas coisas de forma natural, vide em nossa edição sobre o Caibalion
(https://projetoalquimia.wordpress.com/2012/04/07/o-poder-dos-simbolos-2/#topico-10)
Futuramente também iremos debater sobre os 10 mandamentos, que também são interpretados de forma errô nia. Onde se intende
que nada é permitido. Quando na verdade nada é possível de se realizar, ou até mesmo uma outra visã o de cada mandamento de
maneira simbó lica.
No primeiro exemplo, podemos verificar uma das Leis, “não mantaras”
Não matarás, pois não conseguirás! Pois o que morre é o corpo, e ninguém tem a garantia ou prova de que essa alma assassinada,
possa ou não voltar. Pois a morte definitiva, cabe ao Pai. Verifica-se isso em diversas literaturas, como Kabalh, Iching, Gita.
Então o correto é analisar cada mandamento como “é impossível de realizar, então nem tente!”
Projeto Alquimia
“O termo pecado é comumente utilizado em contexto religioso para descrever qualquer desobediência à vontade de Deus; em
especial, qualquer desconsideração deliberada de leis divinas. No hebraico e no grego comum, as formas verbais (em hebr. hhatá; em
gr. hamartáno) significam “errar”, no sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Em latim, o termo é vertido por
peccátu. Na pró pria Bíblia é dada a especificação de pecado:”
Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressã o da Lei.”
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado

Os sete pecados capitais


Gula
A gula é o desejo insaciável por comida e por bebida. Segundo tal visão, a gula também está relacionada com o egoísmo humano:
querer adquirir sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. A gula seria controlada pelo recurso
à virtude da temperança
Avareza
A avareza ou ganância é o apego excessivo e descontrolado aos bens materiais e ao dinheiro. Pois o avarento prefere os bens
materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar como se fosse Deus algo
que nã o o é. É considerado o pecado mais tolo, por se firmar em possibilidades.
Luxúria
A luxú ria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer corporal e material. A luxú ria é definida, por vezes, como desejo perante o
prazer sexual mal administrado, embora incorpore outros tipos de desejo, como o da comida, o da bebida e o da superioridade em
relação aos demais. Por este entender, a luxú ria está também bastante relacionada com a gula, a soberba e a avareza, pois, através de
ambas, o pecador deseja adquirir o prazer. Também pode ser entendida em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixõ es”.
Ira
Conhecida também por có lera, é o sentimento humano de externar raiva e ó dio por alguma coisa ou alguém. É o forte desejo de
causar mal a outro, e um dos grandes responsáveis pela maior parte dos conflitos humanos no transcorrer das geraçõ es. Sua virtude
é o Perdã o.
Inveja
A inveja (do latim invidia) ‘é o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. É
considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas pró prias bênçã os e prioriza o status de outra pessoa no lugar do
pró prio crescimento espiritual. O invejoso ignora tudo com que foi abençoado e que possui, para cobiçar o que é do pró ximo.
A inveja é frequentemente confundida com o pecado capital da avareza, um desejo por riqueza material que pode ou não pertencer a
outrem. Na forma de ciú me, a inveja é proibida pelos Dez Mandamentos da Bíblia.
Preguiça
Do latim acedia. A pessoa com este pecado capital é caracterizada pela Igreja Cató lica como alguém que vive em estado de falta de
capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidã o e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva
a uma inatividade acentuada.
Soberba
A soberba (do latim superbia) é conhecida também como vaidade ou orgulho. Está associada a orgulho excessivo, arrogância e
vaidade. A Soberba consiste em ser superior a todos, isso fez com que Lú cifer se sentisse mais alto que o pró prio Deus.
Em paralelo, segundo o teó logo São Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grande que ficava fora de série, devendo ser
tratada em separado dos restantes pecados e merecendo atenção especial. Aquino tratava a questão da vaidade como sendo um
pecado em separado, mas a Igreja Cató lica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo componente de
vangló ria, o que levaria ao seu estudo e ao seu tratamento conjuntos.
Nome em Latim
Soberba, em latim superbia
Avareza, em latim avaritia
Luxúria, em latim luxuria
Inveja, em latim invidia
Gula, em latim gula
Ira, em latim ira
Preguiça, em latim acedia
Com as iniciais destas palavras latinas, formava-se o termo saligia, utilizado como referência aos pecados capitais como um só .

Os Sete Pecados Capitais e as Sete Virtudes


Uma das características do Verdadeiro Rei é que ele já está purificado. Ele já deixou para trás o supérfluo. É alguém que já superou os
desejos infindáveis que surgem das entranhas do EGO, do eu-inferior ou do eu-da-sombra. O Verdadeiro Rei, como um autêntico
alquimista, sublimou todos os 7 “Pecados Capitais”, transformando-os nas 7 Virtudes.
A Estrela Setenária
“Em primeiro lugar: ninguém nunca se perguntou qual a diferença entre os Dez Mandamentos e os sete Pecados Capitais? Porque os
pecados, que a Igreja tanto fala e que são formas certas de levar uma pessoa para o tal do Inferno, mencionados na Divina Comédia
(escrita por Dante Alighieri, um iniciado) não estão na bíblia em lugar algum?
Os chamados “Pecados Capitais” são originá rios da alquimia e das tradiçõ es iniciáticas muito antigas, remontando dos antigos rituais
egípcios e babilô nicos. Antes de começar, vamos usar a nomenclatura certa: DEFEITOS capitais.
Os defeitos capitais são em nú mero de sete, diretamente relacionados com o avanço espiritual e estando cada um deles associado a
um Planeta, de acordo com uma estrutura denominada “Estrela Setená ria”.
Orgulho (vaidade)
Defeito capital relacionado com o SOL e, provavelmente, o mais difícil de ser destruído.
Em sua síntese, Orgulho é um sentimento de satisfaçã o pessoal pela capacidade ou realização de uma tarefa. Sua origem remonta do
latim “superbia”, que também significa supérfluo.
Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os pró prios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Que ele deveria
existir, como forma de elogiar a si pró prio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida
mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentaçã o, soberba, apenas sendo visto, entã o, como
algo negativo.
Outras pessoas classificam o orgulho como “exagerado” quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os pró prios
valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si pró prio quanto ao
próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realizaçã o e é associada
como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.
O Orgulho é um defeito muito traiçoeiro, justamente porque, conforme colocado no parágrafo anterior, a maioria das pessoas não o
enxerga como um “defeito”, mas como uma “recompensa” moral ou espiritual por um trabalho que executaram. Por esta razã o, é
muito mais difícil nos livrar dele, pois, ao nos acostumarmos com a recompensa, nos sentimos inferiorizados se nã o somos
“reconhecidos” por nossos feitos.
Acho que o orgulho é o ú ltimo (e mais complexo) dos defeitos a serem finalmente destruídos, pois, ao contrário da preguiça ou da
raiva, por exemplo, que são (na minha opiniã o) mais simples de serem trabalhados, o orgulho está enraizado em nosso pensamento
de uma maneira intrínseca. É muito fácil cair na tentação de, ao “final” do caminho, batermos com as mã os no peito como o Fariseu
da parábola de Lucas ou nos sentirmos injustiçados caso ninguém “reconheça” nossa “evolução”.
Aprender a trabalhar a via interior como algo íntimo para nó s mesmos (e nã o para mostrarmos aos outros) certamente é o primeiro
passo para o desenvolvimento espiritual.
A virtude cardeal do Sol é a MAGNANIMIDADE. A capacidade de brilhar e iluminar os outros ao seu redor. A virtude de brilhar pelo
reto pensar, reto falar e reto agir. Assim como o orgulho é o pior de todos os vícios, a magnanimidade é a maior de todas as virtudes.
São Thomas de Aquino determinou sete características como inerentes ao orgulho:
 Jactância – Ostentação, vanglória, elevar-se acima do que se realmente é.
 Pertinácia – Uma palavra bonita para “cabeça-dura” e “teimosia”. É o defeito de achar que se está sempre certo.
 Hipocrisia – o ato de pregar alguma coisa para “ficar bem entre os semelhantes” e, secretamente, fazer o oposto do que prega. Muito
comum nas Igrejas.
 Desobediência – por orgulho, a pessoa se recusa a trabalhar em equipe quando não tem suas vontades reafirmadas. Tem relação com
a Preguiça.
 Presunção – achar que sabe tudo. É um dos maiores defeitos encontrados nos céticos e adeptos do mundo materialista. A máxima
“tudo sei que nada sei” é muito sábia neste sentido. Tem relação com a Gula.
 Discórdia – criar a desunião, a briga. Ao impor nossa vontade sobre os outros, podemos criar a discórdia entre dois ou mais amigos.
Tem relação com a Ira.
 Contenda – é uma disputa mais exacerbada e mais profunda, uma evolução da discórdia onde dois lados passam não apenas a
discordar, mas a brigar entre si. Tem relação com a Inveja.

Preguiça (acídia)
Isto provavelmente quase ninguém entre vocês deve saber, mas o nome original da Preguiça é Acídia. Acídia é a preguiça de busca
espiritual. Quando a pessoa fica acomodada e passa a deixar que os outros tomem todas as decisõ es morais e espirituais por elas. É
muito fácil de entender porque a Igreja Cató lica substituiu a Acídia pela Preguiça dentro dos “sete pecados”! Trabalhar pode, mas
pensar nã o !!!
A preguiça está ligada diretamente à LUA. Mas você já devia ter desconfiado disso… qual o dia da semana onde sentimos mais as
influências destas energias? Moonday.
A virtude cardeal relacionada com a Lua é a HUMILDADE. É necessário lembrar que estamos sempre falando em termos espirituais
dentro da alquimia. Em sua origem, a Humildade (Humilitas) está relacionada a “fazer o seu trabalho sem esperar reconhecimento e
sem esperar por recompensas”. Humilde não é sinô nimo de “coitadinho”, de “idiota”, de “pobrezinho” e outras tolices que vocês foram
forçados a engolir por causa da Igreja. Uma pessoa humilde nã o precisa (nem deve) ser um pateta. “Cordeiro Humilde” nas palavras
de Yeshua significa “Aquele que tem as características de Á ries e faz o seu trabalho sem esperar reconhecimento”. Bem diferente do
coitadinho medíocre que a Igreja espera que você seja.
São Thomas de Aquino determina sete características como filhas da acídia.
 Desespero – quando o homem considera que o objetivo visado se tornou impossível de ser alcançado, por quaisquer meios, gerando um
abatimento que domina o seu afeto.
 Pusilanimidade – covardia, falta de ânimo, falta de coragem para encarar um trabalho árduo e que requer deliberação.
 Divagação da mente – é quando um homem abandona as questões espirituais e se instala nos prazeres exteriores, permanecendo com sua
mente rondando assuntos do âmbito material.
 Torpor – estado de abandono onde a pessoa ignora a própria consciência.
 Rancor – ressentimento contra aqueles que querem nos conduzir a caminhos mais elevados, o que acaba gerando uma agressividade. Está
relacionado à Ira. Posso ver muito de rancor em relação aos textos ateístas e outros textos religiosos mais fanáticos..
 Malícia – desprezo pelos próprios bens espirituais, resultando em uma opção deliberada pelo mal. Está ligada diretamente ao materialismo
e á Luxúria. Hoje em dia tornou-se sinônimo de sexualidade explícita.
 Preguiça – a falta de vontade ligada aos esforços físicos.

Ira
Defeito capital ligado diretamente a MARTE, representado acertadamente pelos Deuses da Guerra. A ira é o mal uso da energia
agressiva de marte. Ao invés de direcioná-la para o sexo ou para os esportes, a pessoa canaliza este excesso de energia para a
destruição. “Faça amor, não faça a guerra”. Com tantas travas e tabus sexuais, nã o é de se admirar que fanáticos religiosos sejam tã o
violentos.
A Virtude cardeal relacionada com marte é a DILIGÊ NCIA, ou seja, a capacidade de guiar a energia e a capacidade de produzir de
maneira efetivamente produtiva.
São Thomas de Aquino determina seis características inerentes como sendo filhas da Ira:
 Insulto – uma forma de violência verbal, na qual o interlocutor visa ofender ou agredir moralmente o atacado, atingindo algum ponto fraco
para humilhar o outro.
 Perturbação – agitação física e psíquica produzida por emoções intensas e acumuladas. Um dos maiores problemas na psicologia, a tensão
das emoções acumuladas pode gerar todo tipo de problemas no organismo.
 Indignação – sentimento de ira em relação a uma ofensa ou ação injusta.
 Clamor – queixa ou súplica em voz alta, reclamação, gritos tumultuosos de reprovação. Quando a Ira extravasa de uma pessoa para um
grupo, como se fosse uma entidade viva (na verdade, astralmente, o Clamor É uma entidade viva, manifestada pelas Fúrias).
 Rixa – briga, desordem, contestação, tumulto. A Rixa tem ligação com o Orgulho
 Blasfêmia – difamação do nome de um ou mais deuses. A Ira voltada para dentro de si mesmo.
Inveja
Defeito capital ligado ao Planeta MERCÚ RIO. Hoje em dia, as pessoas utilizam-se do termo “inveja” de maneira errada. Seu sentido
original quer dizer “Caminhar segundo o passo espiritual de outra pessoa”. Ter inveja de outra pessoa é tomar seu pró prio caminho
com base nos esforços e resultados obtidos por outras pessoas. A Inveja como a conhecemos hoje é a parte material do defeito.
Por esta razã o que a Virtude cardeal associada a Mercú rio é a PACIÊ NCIA. A paciência é a capacidade de caminhar (espiritualmente)
no seu pró prio ritmo. Não é sinô nimo de “lerdeza” ou de “calma” ou de “ir devagar”… ir devagar é para gente devagar! Ter paciência é
ter a capacidade de avançar nos estudos iniciáticos no seu pró prio passo.
São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da Inveja:
 Exultação pela Adversidade – Diminuir a glória do próximo. Por causa do sentimento de inveja, a pessoa tenta de todas as maneiras diminuir
o resultado do trabalho e das glórias das pessoas ao redor.
 Detração – Significa falar mal às claras. Possui os efeitos semelhantes aos do murmúrio, com as mesmas intenções, mas mais abertamente. A
diferença entre os dois é que a detração está maculada pelo Orgulho de se mostrar como causador do dano.
 Ódio – o efeito final da inveja: o invejoso não apenas se entristece pelas conquistas do outro e deseja o fim das glórias e objetivos
alcançados pelo próximo, mas passa a desejar o mal sob todos os aspectos para aquela pessoa também.
 Aflição pela Prosperidade – A tristeza pela glória do próximo. Ocorre quando não se consegue de nenhuma maneira diminuir as realizações
da outra pessoa, então passa a se entristecer com o resultado das conquistas alheias.
 Murmuração – Também conhecido como fofoca, consiste em espalhar mentiras, meias-verdades, distorções, mentira (associada à Avareza)
ou fatos embaraçosos ou depreciativos em relação a outra pessoa, com o intuito de prejudicar o próximo.

Gula
A gula, como já era de se esperar, era uma característica do Planeta JÚ PITER. Jú piter, como o benfeitor da astrologia, rege a fartura e a
prosperidade. O defeito é a gula e a virtude é a caridade.
Oras… estamos lidando com Excessos. A Gula é absorver o que não se necessita, ou o que é excedente. Pode se manifestar em todos
os quatro planos (espiritual, emocional, racional e material). Claro que a igreja distorceu o sentido original da alquimia, adaptando-a
para o mundo material, então hoje em dia, gula é sinô nimo apenas de “comer muito”.
A virtude relacionada a Jú piter é a CARIDADE. A caridade lida com a maneira que tratamos nossos excessos. Ao invés de consumi-los
sem necessidade, os doamos para quem não os possui. A caridade nã o está relacionada apenas a dinheiro, mas também aos 4
elementos da alquimia (espiritual, emocional, racional e material).
São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da gula:
 Loquacidade Desvairada – a desordem no falar, o excesso de palavras atrapalhando e causando confusão mental. Está relacionada ao
elemento Ar.
 Imundície – aparência desleixada devido à falta de higiene por estar preocupado em demasia com a obtenção de excessos. Não tem o
mesmo significado desta palavra em nosso vocabulário moderno, onde imundície quer dizer apenas “excesso de sujeira”, mas sim uma
imundície espiritual, ligada à falta de cuidado com o corpo físico por conta dos excessos.
 Alegria Néscia – desordem do pensamento e das emoções através do descontrole da vontade, muito associada ao ato de beber. Ligada ao
elemento Água.
 Expansividade Debochada – O excesso de gesticulações e movimentos do corpo ao comunicar, causando tumulto e desordenação.
 Embotamento da inteligência – obstrução da razão devido ao consumo desordenado de alimentos.

Luxúria
Defeito capital ligado ao Planeta VÊ NUS, quer dizer em seu sentido original “deixar-se dominar pelas paixõ es”. Em português, luxú ria
foi completamente deturpado e levado apenas para o sentido físico e sexual da palavra, mas seu equivalente em inglês (Lust) ainda
mantém o sentido original (pode-se usar expressõ es como “lust for money”, “lust for blood”, “lust for power”). A melhor tradução
para isso seria “obsessão”. A luxú ria tem efeito na esfera espiritual quando a pessoa passa a ser guiada pelas suas paixõ es ao invés de
sua racionalidade. Para chegar ao auto-conhecimento, é necessário domar suas paixõ es.
A virtude associada a Vênus é a TEMPERANÇA (do latim temperatia), ou a virtude de quem é moderado.
São Thomas de Aquino determina 8 características inerentes como sendo as filhas da Luxuria:
 Cegueira da Mente – é aquela que nos impede de ver os acontecimentos, situações e ações ao nosso redor. A pessoa fica tão
entregue às suas paixões que não consegue raciocinar nem intuir a respeito do mundo ao seu redor.
 Amor de Si – faz com que a pessoa feche seus sentimentos para dentro de si mesmo, gerando um amor egoísta que segundo Thomas
de Aquino é a origem de todos os outros pecados.
 Ódio de Deus – com a vontade dominada pelas paixões, o indivíduo abandona a busca espiritual para se dedicar aos afazeres
prazerosos mundanos, esquecendo sua busca por Deus no processo. Do esquecimento, estas paixões acabam se tornando ódio ao criador e
a todo o mundo espiritual.
 Apego ao Mundo – Os vícios e as paixões criam no indivíduo um apego ao mundo e aos seus desejos e ambições, desviando
totalmente o foco espiritual de sua missão.
 Inconstância – deixar-se dominar pelas paixões faz com que o indivíduo se torna inconstante, balançando sua dedicação à Grande
Obra para dedicar-se às perseguições dos prazeres mundanos.
 Irreflexão – Quando as paixões cegam o indivíduo, ele fecha-se a todo estímulo externo ou interno, procurando apenas satisfazer seus
instintos, sem refletir nas conseqüências de seus atos.
 Precipitação – da mesma forma, a urgência em saciar seus apetites e prazeres gera no indivíduo uma precipitação em agir sem
pensar, tomando ações e atos sem o devido pesar.
 Desespero em relação ao mundo futuro – os atos mal pensados ou não-pensados causam tantos problemas ao indivíduo que o levam
a uma situação de desespero em relação ao seu futuro, quando se vê obrigado a encarar os resultados de suas ações.

Avareza
A Avareza (avaritia) é o defeito capital relacionado ao planeta SATURNO. Caracteriza-se pelo excesso de apegos pelo que se possui.
Normalmente se associa avareza apenas ao significado materialista, de juntar dinheiro, mas sua manifestaçã o nos outros elementos
(espiritual, emocional e mental) é mais sutil e perniciosa. A avareza é a origem de todas as falsidades e enganaçõ es.
A virtude associada ao planeta Saturno é a CASTIDADE, ou a pureza dos costumes. Do latim Castitas, quer dizer “de sentimentos
puros”. Normalmente a associaçã o errada de “sentimentos puros” com a palavra “castidade” usada da maneira incorreta leva à
associação de “abstinência sexual feminina” com “pureza”, esquecendo que esta pureza é Espiritual. A Mãe de Jesus que o diga.
São Thomas de Aquino determina sete características inerentes como sendo as filhas da Avareza:
 Mentira – ao procurar para si coisas que não lhe pertencem, o avaro pode se servir do engano. No desespero para não perder o que possui
ou adquirir mais coisas que realmente não necessita, o avaro pode apelar para a falsidade. Se este se verificar através de simples palavras,
caracteriza-se a mentira, mas se for através de juramento, então está classificada como Perjúrio. Quanto ao engano em si: se for aplicado
contra outras pessoas, classifica-se como Traição, se for em relação a coisas, classifica-se como Fraude.
 Inquietude – excesso de afã para juntar para si gera excessivas preocupações e cuidados.
 Violência – ao procurar para si bens alheios, o indivíduo pode se servir da violência, tamanha a ganância que possui, ao ver seus desejos
negados pelo outro. O sentido esotérico se perdeu e violência hoje em dia é sinônimo de agressão, descaracterizando a razão causadora da
agressão.
 Dureza de Coração – o excesso de apegos pelo que se tem produz a dureza no coração, pois não permite à pessoa usar de seus bens para
socorrer aos irmãos. Para se ser misericordioso, é necessário saber gastar seus bens excedentes.

Publicado em 5 de outubro de 2009 por Tiago Mazzon

Os 7 Defeitos Capitais e a Estrela Setenária


Primeiro de tudo, por que Defeitos Capitais e não Pecados Capitais? Segundo ao autor Marcelo Del
Debbio  “[..]Os chamados “Pecados Capitais” são originários da alquimia e das tradiçõ es iniciáticas
muito antigas, remontando dos antigos  rituais egípcios e babilô nicos. Antes de começar, vamos usar a
nomenclatura certa: DEFEITOS CAPITAIS”.  Passou a se usar a terminologia Pecados Capitais por
conta da Igreja. E só se tornou oficial nela apó s a Suma Teoló gica feita por São Tomás de Aquino, que
trouxe um estudo sobre eles.
Na astrologia cada Planeta é correspondente a um Defeito e uma Virtude Capital e também é correspondente a um dia da semana
que em português nã o há muito sentido, mas em inglês percebe-se claramente a referência a eles. São Tomás de Aquino também pô s
em cada Defeito Capital algumas características inerentes a eles, que vocês podem ver quais são em cada texto sobre os Defeitos.

Existe um modelo prático para combater cada Defeito Capital. Este modelo é seguido pela Estrela Setenária. Ela traz em cada ponta
dela um Planeta e nas pontas opostas a ele existem outros dois, onde as virtudes deles podem ser usadas para combater o Defeito
Capital da ponta oposta. Ou seja, pra cada Defeito Capital existem duas virtudes que se usadas ajudam a combatê-lo.
A Estrela Setenária remonta a época dos Caldeus e seu estudo é de extrema importância para o trabalho da via interior, para o
autoconhecimento, e quando disse que o certo seria Defeitos Capitais e não Pecados Capitais é por que trabalho de
autoconhecimento, de lapidação, de transmutação de nosso ser remete à Alquimia, pois ela é a responsável pelo trabalho de
transformar chumbo em ouro, que simbolicamente é nos transformamos em seres melhores e mais evoluídos. Portanto a
nomenclatura correta a se usar é Defeitos Capitais e nã o Pecados, até por que em nenhuma parte da bíblia ela cita esses “Pecados
Capitais”.
Trabalhar para combater, erradicar ou pelo menos dominá-los para que eles não te dominem é mais que uma obrigação para quem
está buscando ser melhor. Os Defeitos Capitais costumam agir de forma muito inconsciente em nó s, por isso é um trabalho de via
interior. Só nos voltando para o autoconhecimento que seremos capazes de perceber em qual área da vida eles agem e aos poucos
conseguimos mapear sua ação e assim combatê-los.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pecado_capital http://www.labirintodamente.com.br/blog/2009/10/05/os-sete-pecados-capitais-e-as-sete-virtudes/ http://rumoatiferet.blogspot.com/2017/07/os-7-defeitos-capitais-e-
estrela.html

HAMSÁ
A hamsá (árabe: ‫خمسة‬, chamsa – literalmente “cinco”, referindo-se aos cinco dedos da mã o). Trata-se
de um símbolo da fé islâmica, é um objeto com a aparência da palma da mão com cinco dedos
estendidos, usado popularmente não só como um amuleto contra o mau olhado, mas também para
afastar as energias negativas e trazer felicidade, sorte e fortuna
Descrição
Ela é uma mão simétrica, cujo polegar e o mindinho são idênticos e apontam para os lados e para o
horizonte, e o dedo médio é o eixo de simetria. Há também hamsás com forma de pombas
semelhantes a uma mão. Ela pode aparecer também como uma mão normal, com um polegar distinto do mindinho.
Frequentemente, possui o desenho de olhos, com pombos, peixes e estrelas de Davi para fortalecer o seu simbolismo. Em certas
hamsás existem inscriçõ es em hebraico, como a Shemá Israel, por exemplo.
Uso
A hamsá é usada como amuleto contra o mau-olhado. É muito popular no Oriente Médio, especialmente no Egito. A mão pode ser
encontrada em diversas formas, desde joias até azulejos e chaveiros.
Embora o Alcorã o vete o uso de amuletos, a hamsá é facilmente encontrada entre seguidores do Islã. Os muçulmanos a associam aos
cinco pilares do Islã , e também a chamam de mão de Fátima, sendo Fátima a filha preferida de Maomé. Notadamente, a hamsá
aparece, junto com outros símbolos islâmicos, o emblema da Algéria.
A hamsá também é popular entre os judeus, especialmente os sefarditas. Os judeus inscrevem textos em hebraico, como a Shemá
Israel, nas chamsás e também as chamam de mão de Miriam. Miriam, no caso, foi a irmã de Moisés e Aarão. O símbolo também é
associado ao Torá , que é composto de cinco livros.
História
Existem evidências arqueoló gicas do uso da hamsá como um escudo contra o mau-olhado já antes do Judaísmo e do Islã. Há indícios
de que a hamsá seria um símbolo fenício, associado a Tanit, deusa-chefe de Cartago cuja mão ou vulva afastava o mal.
Posteriormente, o símbolo foi adotado pela cultura árabe, que o passou para os judeus. A chamsa também aparece no Budismo; é
chamada de Abhaya Mudra e possui conotaçã o semelhante à descrita, significando a dissipaçã o do medo.
Atualmente, defensores da paz no Oriente Médio têm usado a chamsá . O símbolo lembraria as raízes comuns do judaísmo e do
islamismo. Nesse caso, nã o seria mais um talismã contra o mau-olhado, mas um símbolo de esperança de paz na conturbada região.
A palavra mã o deriva de manifestação (do hebreu iad) e significa poder, o que se pode alcançar. A mão é símbolo da ação, representa
poder, habilidade e domínio. A mão esquerda está associada ao feminino e ao receber, enquanto a direita tem relaçã o ao masculino e
ao dar (isso lembra-nos do Caibalion e da Cabala). O símbolo Hamsá , é representado por uma mão plana e aberta e iremos a seguir
conhecer suas várias representaçõ es, significados e formas de usar esse talismã .

Qual seu significado religioso?


Significado Muçulmano
O sentido religioso do símbolo Hamsá está no seu significado: uma mã o que pára (impede o mal e transmite poder, força e proteção,
atraindo o bem.
O talismã Hamsá é uma expressão religiosa de bênção e proteção para quem o usa.
Uma das representaçõ es do símbolo Hamsá é a Mão de Fátima, que está associada à força de uma mã o com dedos abertos, que se
assemelha a um escudo de proteçã o, sendo assim, sua simbologia está relacionada como uma forma de defesa contra toda
negatividade.
O símbolo Hamsá é também conhecido como Mã o de Fátima, e recebeu essa denominação em alusã o à filha mais nova do profeta
Maomé com sua esposa Cadija.
Para os seguidores do Islamismo Fátima era uma mulher santificada.
Fátima (614-632), nasceu em Meca e foi a ú nica filha a dar herdeiros ao seu pai, Maomé, assegurando a descendência do profeta, fato
importante para os seguidores de Maomé, líder espiritual do Islamismo.
Outro fator marcante sobre Fátima é que ela cuidou de seu pai Maomé, até sua morte.
Antes de sua morte, Maomé disse à sua filha Fátima, que tinha recebido a visita do anjo Gabriel, que lhe revelou que ela, quando
morresse, iria se encontrar com ele, no Reino Celestial.
Fátima é considerada a “Senhora das Mulheres do Paraíso”.
As mulheres muçulmanas, por todas essas associaçõ es, costumam usar o talismã da Mão de Fátima.
No Islamismo, os dedos, assim como algumas mesquitas (igrejas islâmicas), representam os cinco pilares do islamismo:
 Shahada – fé
 Salat – oração
 Zakat – caridade
 Sawm – jejum
 Haji – peregrinação

Deise Aur

Significado Judeu/Católico
O símbolo Hamsá , também, é conhecido como Mã o de Miriam porque, para os judeus, sua associaçã o tem relação com Miriam, irmã
de Moisés.
Na tradição cató lica o símbolo ficou conhecido como Mano Pentea ou Mão da Benção, utilizado nas casas como símbolo religioso.
Mesmo sua simbologia sendo associada a ícones do Antigo Testamento da Bíblia, na atualidade, não é um símbolo muito utilizado
pelos cató licos, devido sua representação, ter se intensificado como amuleto da sorte, o que não condiz com os preceitos do
catolicismo.
Significado no Budismo
O símbolo Hamsá , também, aparece no Hinduímo e no Budismo e recebe o nome de Abhaya Mudra, denominação de uma mudra
(postura sagrada da mão).
A mão direita estendida para cima está relacionada à elevação espiritual e à reverência ao Divino, que representa fé e força espiritual.
Abhaya em sânscrito significa “destemor”(falta de medo).
É um mudra (postura de mão) utilizado pelos hindus e budistas.
Este mudra aparece na representaçã o de Shiva Nataraja (deus hindu).
Para fazer esse mudra, deve-se colocar a mã o esquerda estendida com a palma para dentro e apontando para o chã o à frente do
peito, e a a mã o direita estendida com a palma para fora e apontando para o teto à frente do peito.
O posicionamento da mão para cima está relacionado com o céu e com a isso tudo associado (espiritual);
E a mão para baixo está associada à terra e a tudo que tem relação com ela (físico).
Hamsá com olho grego no centro)
O olho grego, também, é uma simbologia de origem árabe e que foi assimilada pelos antigos gregos.
A representação do olho grego no centro da palma de uma mã o simboliza o olho que tudo vê e está associado à Onisciência da Fonte
Divina e do Criador, reforçando a proteçã o e o significado espiritual desse símbolo.
O sincretismo judaico-islâmico
Islamismo
Ela é um artefato místico, uma representação da mão de Fatima bint Muhammad, filha de Muhammad (Maomé) profeta islã.
Facilmente associada aos cinco mandamentos fundamentais que todo muçulmano precisa cumprir os chamados “cinco pilares do
islã”:
 jejuar
 Observar as obrigações no mês do Ramadá
 Fazer a peregrinação a Meca
 Orar 5 vezes ao longo do dia diariamente
 Fazer caridade e professar e aceitar o credo.

Judaísmo
Também conhecida entre os judeus como “mã o de Miriam”, Miriam fora a irmã de Moisés e Arão.
Seu uso como um amuleto de proteção é muito comum.
Seja pendurada no pescoço, ao lado da porta da casa, no automó vel como meio de prevenção contra acidentes, ou na carteira para
servir contra o mau-olhado que possa afligir as finanças da pessoa, tal qual utilizam  também a estrela maguem david, a mezuza e o
tefilim .
O destemor é uma das principais virtudes, é o fruto da perfeita auto-realizaçã o, significa o redescobrimento da não-dualidade.
Existem provas arqueoló gicas que mostram o símbolo da Hamsá utilizado como um escudo contra o mau-olhado já muito antes do
surgimento do judaísmo ou do islã.
O Hamsa é um símbolo utilizado mais pela comunidade sefaradi, muito ligada com a parte mística e com “supostos sábios cabalistas“.
Devido ao forte misticismo ligado a ela, em sua representaçã o com uma mã o estilizada, seus cinco dedos representa os cinco níveis
da alma, o ó rgã o/canal através do qual uma pessoa abençoa outra, simbolizando portanto bênçãos e proteçã o.
Este também é o motivo pelo qual se vê muitas placas de automó veis escolhidos com os nú meros “5”, onde presume-se que
pertençam a sefaradim.
Em certas hamsás existem inscriçõ es em hebraico, como a Shemá Israel.
Curiosidades
Por serem grandes e frágeis, são usados como objetos de decoraçã o, pendurados na parede para proteção, de preferência perto de
uma porta ou do berço do bebê.
O olho na mão também aparece com conteú do simbó lico ambíguo entre os pequenos artefatos associados a culturas antigas que
poderiam ou não acreditar em mau olhado, como as tribos do Mississípi, nos Estados Unidos.
Alguns arqueó logos especulam a possibilidade de a presença do olho na mão na América do Norte ser uma evidência de exploração
pré-colombiana ou a colonização por marinheiros do Oriente Médio.
Outros acreditam que essa presença nã o passa de uma intrigante coincidência – e apenas isso
Embora o Alcorã o vete o uso de amuletos, a hamsá é facilmente encontrada entre seguidores do Islã.
O símbolo também é associado ao Torá, que é composto de cinco livros.
O Hamsa ou Khamsa, cinco em árabe, é um amuleto de origem pú nica, associada à deusa Tanit, que foi usado e ainda é usado no
Norte da Á frica e se espalhou pelo Mediterrâneo contra o mau-olhado, proteção contra doença e para afastar a má sorte.
Tanit (em fenício e pú nico: ´TNT), Tinnit, Tennit ou Tannou era uma deusa pú nica e fenícia e a principal divindade de Cartago
juntamente com o seu consorte Baʿal Hammon.
O nome parece ser originário de Cartago, apesar de não aparecer nos nomes teó foros locais.
Era equivalente à deusa-lua Astarte e foi posteriormente venerada na Cartago romana na sua forma romanizada como Dea Caelestis,
Juno Caelestis ou simplesmente Caelestis.
Na Tunísia atual é costume invocar “Oumek Tannou” (Mã e Tannou) nos anos de seca para trazer chuva; tal como se fala de
agricultura “Baali” quando se trata de agricultura nã o irrigada, ou seja, que depende apenas do deus Baʿal Hammon e não da sua
consorte.
Tanit foi adorada em contextos pú nicos no Mediterrâneo Ocidental, de Malta a Gades (sul da península Ibérica), até ao período
helenístico.
A partir do século V a.C., o culto de Tanit está associado ao de Baʿal Hammon.
É -lhe dado o epíteto de pene baal (“face de Baal“) e o título rabat, a forma feminina de rab (“chefe”).
No Norte de Á frica, onde as inscriçõ es e materiais sã o mais abundantes, ela era, além de consorte de Baal Hammon, uma deusa
celestial da guerra, uma deusa-mã e virginal (não casada), enfermeira e, menos especificamente, um símbolo de fertilidade, como são
a maior parte das formas femininas.
Várias deusas gregas importantes foram identificadas com Tanit pela sincrética interpretatio graeca, que reconhecia como
divindades gregas em formas estrangeiras os deuses da maior parte das culturas não helênicas vizinhas.
O santuário de Tanit escavado em Sarepta, na Fenícia meridional, revelou uma inscrição que a identificou pela primeira vez na sua
terra natal e a relacionou com segurança com a deusa fenícia Astarte (Ishtar).
Um dos locais onde Tanit foi descoberta foi Kerkuane, na península de cabo Bon, na Tunísia.
Sacrifícios de crianças
Está tua de Tanit com cabeça de leão; Museu Nacional do Bardo, Tunes
As origens de Tanit encontram-se no panteã o de Ugarit, especialmente a deusa ugarítica Anat (Hvidberg-Hansen 1982), uma
consumidora de sangue e carne. Há evidências significativas, embora disputadas, tanto arqueoló gicas como em certas fontes escritas,
que apontam para sacrifícios de crianças como parte do culto de Tanit e Baal Hammon.
O sacrifício de crianças no culto de Tanit foi confirmado por achados arqueoló gicos no Tofete de Cartago e, segundo o cronista cristã o
norte-africano Tertuliano, ocorreu abertamente até ao reinado do imperador Tibério (r. 14–37 d.C.).
Tanit ainda continuou a ser venerada no Norte de Á frica muito depois da queda de Cartago, sob o nome latino de Juno Caelestis,
sendo identificada com a deusa romana Juno.
Os antigos berberes do Norte de Á frica também adotaram o culto pú nico de Tanit.
O seu símbolo, encontrado em muitos relevos em pedra, tem a aparência de um trapézio fechado por uma linha horizontal no topo e
encimado no meio por um círculo: o braço horizontal é usualmente terminado por ganchos ou por duas linhas verticais curtas nos
ângulos direitos.
Mais tarde, o trapézio é frequentemente substituído por um triângulo isó sceles.
O símbolo é interpretado por Hvidberg-Hansen como uma mulher com as mã os erguidas.
Este académico dinamarquês de filologia semió tica nota que Tanit é por vezes representada com uma cabeça de leão, mostrando a
sua qualidade guerreira.
Referências culturais
No romance histó rico Salammbô , publicado em 1862 por Gustave Flaubert, a personagem que dá nome à obra é uma sacerdotisa de
Tanit. Mâtho, a personagem masculina principal, um mercenário líbio rebelde em guerra com Cartago, entra no templo da deusa e
rouba seu véu.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hams%C3%A1 https://www.greenme.com.br/significados/6023-hamsa-lenda-significado-mao-de-fatima http://www.portaldatora.com.br/hamsa-idolatria-disfarcada/#.W31u5c5KhQI

Suástica
A suástica ou cruz suástica (ascii: 卐 ou 卍) é um símbolo místico encontrado em muitas culturas e religiõ es
em tempos diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus, sendo
encontrados registros de 5 mil anos atrás. Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial por
ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos a que chamamos suástica
possuem detalhes gráficos bastante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas. A
nazista tem os braços, apontando para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a figura de modo
a um dos braços estará no topo. Outras chamadas suásticas não têm braços e consistem de cruzes com linhas
curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses parecem mais hélices do que propriamente suásticas. A chamada suástica celta dificilmente
se assemelha a uma. As suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos no espelho do símbolo Nazista. Na China há um símbolo de
orientação quádrupla, que segue os pontos cardeais; desde o ano 700 ela assume ali o significado de nú mero dez mil. No Japã o, a
suástica (卍 manji) é usada para representar templos e santuários em mapas, bem como em outros países do extremo oriente.
Difusão do símbolo
A imagem da cruz suástica é um dos amuletos mais antigos e universais, sendo utilizada desde o Período Neolítico. Foi também
adotada por nativos americanos, em diversas culturas, sem qualquer interferência umas com as outras. A Cruz Suástica também é
utilizada em diversas cerimô nias civis e religiosas da Índia: muitos templos indianos, casamentos, festivais e celebraçõ es sã o
decorados com suásticas. O símbolo foi introduzido no Sudeste Asiático por reis hindus, e remanescentes desse período subsistem de
forma integral no Hinduísmo balinês até os dias atuais, além de ser um símbolo bastante comum na Indonésia.
Um tipo de veneração à suástica
O símbolo tem uma histó ria bastante antiga na Europa, aparecendo na cerâmica da pré-histó ria de Troia e Chipre, mas nã o aparece
no Egito antigo, Assíria ou Babilô nia; A. H. Sayce sugere que a sua origem é hitita. No começo do século XX era largamente utilizado
em muitas partes do mundo, considerado como amuleto de sorte e sucesso. Entre os nó rdicos, a suástica está associada a uma Runa,
Gibur, ou Gebo.
Desde que foi adotado como logotipo do Partido Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao racismo, à
supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao Holocausto na maior parte do Ocidente. Antes ela havia reaparecido num reconhecido
trabalho arqueoló gico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade de Troia,
sendo entã o associada com as migraçõ es ancestrais dos povos “proto-indo-europeus” dos Arianos. Ele fez uma conexão entre estes
achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que a suástica era um “significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais”,
unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas. O casal William Thomas e Kate Pavitt especulou que a difusão da suástica
entre diversas culturas mundiais (Índia, Á frica, América do Norte e do Sul, Á sia e Europa) apontava para uma origem comum.
Os nazistas utilizaram-se destas ideias, existentes desde os primó rdios do movimento vö lkisch, adotando a suástica como símbolo a
“identidade ariana” – conceito referendado por teó ricos como Alfred Rosenberg, que o associou às raças nó rdicas, ou seja, grupos
originários do norte europeu. A suástica ainda sobrevive como símbolo dos grupos neonazistas.
Etimologia e outros nomes
A palavra “suástica” deriva do sânscrito svastika (no script Devanagari – स्वस्तिक), significando felicidade, prazer e boa sorte. Ela é
formada do prefixo “su-” (cognata do grego ευ-), significando “bom, bem” e “-asti”, uma forma abstrata para representar o verbo “ser”.
Suasti significa, portanto, “bem-ser”. O sufixo “-ca” designa uma forma diminutiva, portanto “suástica” pode ser literalmente
traduzida por “pequenas coisas associadas ao que traz um bom viver (ser)”. O sufixo “-tica”, independentemente do quanto foi dito,
significa literalmente “marca”. Desta forma na Índia um nome alternativo para “suástica” é shubhtika (literalmente, “boa marca”). A
palavra tem sua primeira aparição nos clássicos épicos em sânscrito Ramayana e Mahabharata
Formas alternativas de escrita deste vocábulo sânscrito em inglês incluem “suastika” e “svastica”. Formas alternativas de denominar
o símbolo:
 “Aranha negra” – como chamada por diversos povos da Europa Ocidental.
 “Cruz torta”
 “Cruz Gamada” (ou “em ganchos”) – na Heráldica.

Histórico
As primeiras formas similares à suástica estã o conservadas em vasos cerâmicos datados de cerca de 4 000 a.C., em antigas inscriçõ es
europeias (escrita “vinca”), e como parte da escrita encontrada na região do Indo, de cerca de 3 000 a.C., a qual as religiõ es
posteriores (hinduísmo, budismo) passaram a usar como um de seus símbolos. Vasos encontrados em Sintashta, datados de cerca de
2 000 a.C. também foram decorados com o símbolo suástica. Símbolos semelhantes foram encontrados em objetos remanescentes
das Idades do Bronze e do Ferro no norte do Cá ucaso e no Azerbaijão, oriundos das culturas dos citas e sármatas. Em todas as
demais culturas, com a exceçã o daquelas do sul asiático, a suástica nã o parece apresentar alguma significação relevante, mas surge
como uma forma em meio a uma série de símbolos similares em complexas variaçõ es.
Na Antiguidade, a suástica foi usada largamente pelos indo-arianos, hititas, celtas e gregos, dentre outros. Em especial, a suástica era
um símbolo sacro do hinduísmo, budismo e jainismo. Ela ocorre em outras culturas asiá ticas, europeias, africanas e indígenas
americanas – na maioria das vezes como elemento decorativo, eventualmente como símbolo religioso.
Hipóteses
Bárbara G. Walker, autora da obra The Woman’s Dictionary of Symbols and Sacred Objects,
defende que a cruz suástica representaria os 4 ventos. Com relação à forma em que esta surge
como uma armaçã o de 4 letras gama ( Γ ), Walker diz que sã o um emblema de uma antiga deusa e
provavelmente representa “os solstícios e equinó cios, ou as quatro direçõ es, quatro elementos, e
os quatro deuses guardiã es do mundo.”
A ubiquidade do símbolo suástico pode ser explicada por ser um sinal muito simples, e surge
facilmente em qualquer sociedade ao redor do globo. A suástica é um desenho repetitivo, criado
em diversos momentos da histó ria, ocorrendo num ponto e difundindo-se para os demais. Outra
teoria justifica esta onipresença do sinal argumentando que todas as culturas se entrelaçam, e
outros argumentam com a teoria do “inconsciente coletivo” de Carl Gustav Jung.
A existência do símbolo no continente americano pode ser explicada pela teoria do
entrelaçamento cultural, mas nã o comportaria a teoria da difusã o entre culturas. Enquanto alguns
pesquisadores defendem que a suástica foi transferida secretamente por uma primitiva civilização europeia para a América do Norte,
a hipó tese mais provável é de que o desenho teve um desenvolvimento isolado e paralelo.
Hipótese do cometa/pássaro
Uma outra explicaçã o foi proposta pelo astrô nomo Carl Sagan no seu livro “Cometa”. Sagan reproduz um antigo manuscrito chinês
que exibe algumas variedades de cometas: a maioria são variaçõ es de cometas com caudas simples, mas as ú ltimas representaçõ es
apresentam o nú cleo dos cometas com quatro braços curvados, lembrando a suástica. Sagan sugere que na antiguidade um cometa
possa haver se aproximado bastante da Terra de forma que os jatos de gases que fluem dele, vergados pela rotação do cometa,
tornaram-se visíveis – o que justificaria a representaçã o da suástica como símbolo mundialmente existente.
Bob Kobres em Comets and the Bronze Age Collapse (1992 – em inglês) , refuta esta teoria de que as representaçõ es similares à
suástica da Dinastia Han sejam derivadas de cometas, mas sim eram na verdade alegorias de “pés de aves” por sua semelhança com
esta parte da anatomia desses animais – e sugere que o símbolo seja a representaçã o de um faisão, incluindo também nesta hipó tese
aqueles localizados pelo arqueó logo Schliemann.
Hinduísmo primitivo
A suástica é um dos símbolos sagrados do hinduísmo há pelo menos um milênio e meio. Ela é usada ali em vários contextos: sorte, o
Sol, Brama, ou no conceito da “samsara”. O budismo particularmente teve grande penetraçã o noutras culturas, em especial no
Sudeste da Á sia, China, Coreia, Japão, Tibete e Mongó lia desde fins do primeiro milênio. Supõ e-se que o uso da suástica pelos fiéis
“Bom” do Tibet, e de religiõ es sincréticas como a “Cao Daí” do Vietnã , e “Falun Gong” da China, tenha sido tomado emprestado ao
budismo. Da mesma forma, a existência da suástica como símbolo do Sol entre o povo “Akan” – civilização do sudoeste da Á frica, pode
ter sido igualmente resultado da transferência cultural em virtude do tráfico escravista por volta do ano de 1500.
Adoção da suástica no Oriente
A descoberta do grupo linguístico indo-europeu em 1790 teve um grande efeito na arqueologia, que pô de unir os povos pré-
histó ricos da Europa com os antigos indo-arianos. Seguindo-se as descobertas de objetos contendo a suástica nas ruínas de Troia,
Heirinch Schliemann consultou dois especialista em sânscrito da época – Emile Burnouf e Max Muller. Schliemann concluiu que a
suástica era um símbolo específico indo-europeu. Descobertas posteriores deste símbolo entre ruínas hititas e do antigo Irã
pareceram confirmar esta teoria. A ideia foi propagada por muitos outros autores, e a suástica rapidamente tornou-se popular no
mundo ocidental – aparecendo em muitos desenhos entre 1880 e os anos 20.
Estas descobertas e a grande popularidade do símbolo suástico levaram a um desejo de emprestar-se um significado para ele. Na
Escandinávia e Alemanha, regiõ es onde exemplares antigos foram encontrados, o símbolo ganhou o significado de boa-sorte, tal
como na tradição indo-iraniana.
O uso do símbolo no ocidente, junto às significaçõ es religiosas e culturais que lhe emprestaram, foi corrompido no começo do século
XX, quando foi adotado pelo Partido Nazista. Isto ocorreu porque os nazistas declaravam que os arianos eram os antepassados do
povo alemã o moderno e propuseram, por causa disto, que a subordinaçã o do mundo à Alemanha fosse algo imperativo, e até mesmo
predestinado. A suástica entã o tornou-se um símbolo conveniente, de forma geométrica simples e ao mesmo tempo marcante, a
enfatizar este mito ariano-alemã o, insuflando o orgulho racial. Desde a II Guerra Mundial a maior parte do mundo ocidental tem a
suástica apenas como um símbolo nazista, levando a equivocadas interpretaçõ es de seu uso no Oriente, além de confusã o quanto ao
seu papel sagrado e histó rico em outras culturas.
Geometria e simbolismo
Geometricamente a suástica pode ser definida como um icoságono (polígono de 20 lados) irregular. Os “braços” têm largura variável
e são frequentemente retilíneos (mas isto não é obrigató rio). As proporçõ es da suástica nazista, entretanto, eram fixas: foram fixadas
numa grade 5×5.
Uma característica fixa é a rotação em 90° de simetria e nã o equilateral – portanto com ausência de simetria reflexiva entre as suas
metades.
A suástica é, depois da cruz equilateral simples (a “cruz grega”), a versão mais difundida da cruz.
Visto como uma cruz, as quatro linhas que emanam do ponto de centro às quatro direçõ es cardeais. A associaçã o mais comum é com
o Sol. Outra correspondência proposta é a rotaçã o visível do céu noturno no Hemisfério Norte, ao redor da Estrela Polar.
A visão de Wilhelm Reich
O polêmico psicanalista Wilhelm Reich (ucraniano de origem germânica), em Die Massenpsychologie des Faschismus, Frankfurt
1974, S. 102-107, faz a seguinte leitura do efeito psicoló gico da suástica:
“O Nazismo serviu-se da simbologia para atrair sobretudo a massa de trabalhadores alemães, enganando-os com a promessa de que
Hitler seria um Lênin para a Alemanha;”
“sob o simbolismo da propaganda, a bandeira era o que primeiro chama a atençã o (cantando:).
Nó s somos o exército da suástica,
Erguemos as bandeiras vermelhas
O trabalhador alemão nó s queremos
Assim trazer para a liberdade.”
Usando mú sicas que claramente pareciam comunistas, e com a bandeira habilmente composta, passava o Nazismo um caráter
revolucioná rio para as massas.
Reich atesta que a “teoria irracional” da superioridade racial, tinha apelos ao subconsciente, através das formas da suástica e dos
contrastes oferecidos pelas cores utilizadas (vermelho, preto e branco), chegando mesmo Hitler a afirmar que esta cruz era um
símbolo anti-semita, em sua origem.
E, indo mais longe, faz a leitura de que a suástica esquerda tem nítido apelo sexual:
“Se olharmos detidamente para as suásticas no lado direito, vemos que elas claramente revelam formas humanas esquematizadas. Já
a suástica voltada para a esquerda, mostra um ato sexual…”.
Conclui, assim, que o símbolo representou importante fator de atração para as massas, em torno de uma ideologia que considera
falaciosa.
Arte e Arquitetura
A suástica comum (卍) é um desenho de motivo muito recorrente na arquitetura e arte hindus e indianas, como ainda na arquitetura
Ocidental antiga, aparecendo com frequência em mosaicos, frisos e outros elementos da antiguidade. Antigos desenhos
arquitetô nicos gregos estã o repletos de sequências com este motivo. Estes símbolos ocidentais clássicos incluem a suástica
propriamente dita, em cruz, como o “triskele” (com 3 braços – “triskelion”) e ainda os de pontas arredondadas. Neste ú ltimo
contexto, a suástica também é conhecida por “gammadion”.
Na arte chinesa, coreana, e japonesa, a suástica é achada frequentemente como parte de um padrã o decorativo. Um padrão comum,
chamado sayagata em japonês, inclui suásticas viradas para a esquerda e para a direita, unidas por duas linhas.
O símbolo de suástica foi bastante encontrado nas ruínas da cidade antiga de Troia.
Na arte e arquitetura Greco-romana, como na arte românica e gó tica do Oriente, suásticas isoladas são relativamente raras, e
geralmente são encontradas como elemento repetitivo de bordas ou tesselas (pedras quadradas com que se lajeiam compartimentos
de edifícios – espécie de mosaico). Um exemplo de tessela é a que orna o piso da Catedral de Amiens, na França. Bordas de suástica
unidas também era um motivo arquitetô nico comum em Roma, e pode ser visto em edifícios mais recentes como elemento
neoclássico.
O sinal da suástica é reproduzido, provavelmente como símbolo solar, na arquitetura neo-românica da Igreja paroquial de Rosazza,
no Piemonte, construída em torno de 1850.
O “Laguna Bridge”, no Arizona, construído em 1905 pelo “Reclamation Department” (Departamento de Recuperaçã o) dos Estados
Unidos está enfeitado com uma fila de suásticas.

Religião e mitologia
Hinduísmo
A Suástica é encontrada em templos hindus, símbolos, altares, quadros e na iconografia sagrada que há por toda parte. É usada em
todos os casamentos hindus, nos festivais, em cerimô nias variadas, nas casas e portõ es, em roupas e jó ias, meios de transporte e até
mesmo como elemento decorativo de pratos diversos, como bolos e massas.
É um dos 108 símbolos de Vishnu – e representa ali os raios do Sol, sem os quais nã o haveria vida.
O som Aum é também sagrado no Hinduísmo. Considera-se Aum como representativo do ú nico tom primordial da criação. Já a
Suástica é uma marca puramente geométrica, sem nenhum som que lhe esteja associado. Também é vista como indicadora das
quatro direçõ es (Norte, Leste, Sul e Oeste), neste caso simbolizando estabilidade e solidez. Já o seu uso como símbolo do Sol pode ser
visto primeiro como uma representação de Surya – o deus hindu do Sol.
Para o Hinduismo, os dois símbolos representam as duas formas do deus criador, Brahma: voltada para a direita, a cruz representa a
evolução do Universo (ou Pravritti); para a esquerda, simboliza a involução do Universo (Nivritti). Também pode ser interpretado
como representando as quatro direçõ es (Norte, Leste, Sul e Oeste), com significado de estabilidade e solidez.
Usada como símbolo do Sol, pode ser interpretada primeiro como representação de Surya, o deus hindu do Sol.
A Suástica é considerada extremamente santa e auspiciosa por todos os hindus, e seu uso decorativo está presente em todos os tipos
de artigos relativos à sua cultura.
No interior do subcontinente indiano pode ser visto nas laterais de templos, desenhada em inscriçõ es dos tú mulos, em muitos
desenhos religiosos.
O deus Ganesh muitas vezes é feito sentado sobre uma flor de ló tus, numa cama de suásticas.
Já entre os hindus de Bengala (e atual Bangladesh), é comum ver-se o nome da Suástica ser aplicado a um desenho ligeiramente
diferente, mas com a mesma significação da suástica comum, e da mesma forma usada como sinal auspicioso. Este símbolo se parece
um tanto com a figura de um ser humano, e é um nome bastante comum entre os bengali, a tal ponto que uma importante revista de
Calcutá é “Suástica”. A figura ali usada, entretanto, não tem uso muito comum, na Índia.
Budismo
O Budismo foi fundado por um príncipe hindu e as duas formas da suástica são uma herança dessa cultura. O símbolo foi
incorporado desde a Dinastia Liao nos ideogramas chineses, com o sinal representativo 萬 ou 万 (wan, em chinês; man, em japonês;
van, em vietnamita), significando algo como “um grande nú mero”, “multiplicidade”, “grande felicidade” ou “longevidade”, mas o
desenho 卐 (suástica virada à direita) é raramente usado. A suástica marca as fachadas de muitos templos budistas. As suásticas
(qualquer das duas variantes) costumam ser desenhadas no peito de muitas esculturas de Buda, e frequentemente aparecem ao pé
da estatuária de Buda.
Em razão da associação da suástica voltada para a direita com o nazismo apó s a segunda metade do século XX, a suástica budista fora
da Índia tem sido utilizada apenas na sua forma 卍 (virada para a esquerda).
Esta forma da suástica é comum também nas caixas de comida chinesa indicando que a comida é vegetariana e pode ser comida por
budistas de princípios mais rígidos. Também é bordada com frequência nos colarinhos das blusas das crianças chinesas, para os
proteger de maus espíritos.
Em 1922 o movimento sincrético chinês “Daoyuan” fundou uma associação filantró pica denominada “Sociedade da Suástica
Vermelha”, copiando a ocidental Cruz Vermelha, que foi bastante atuante na China, durante as décadas de 1920 e 30.
A suástica usada na arte e escultura budistas é conhecida dentro da língua japonesa como “manji” (que, literalmente, pode ser
traduzido como: caractere chinês para eternidade – 万字), e representa o Dharma, a harmonia universal, o equilíbrio dos opostos. O
símbolo virado à esquerda representa amor e piedade; voltado para a direita é força e inteligência.
Jainismo
O Jainismo dá mais ênfase à suástica que o Hinduísmo. É um símbolo do progresso humano, e representa o sétimo Jina (Santo), o
Tirthankara Suparsva. É considerada uma das 24 marcas auspiciosas, emblema do sétimo arhat dos tempos atuais. Todos os templos
do Jain, assim como seus livros santos, contêm a suástica. Suas cerimô nias começam e terminam com o desenho da suástica feito
várias vezes em volta do altar.
Os adeptos também usam o arroz para desenhar a suástica (também conhecida por “Sathiyo” no estado indiano de Gujarate) diante
dos ídolos nos templos. Os Jains colocam uma oferenda sobre esta suástica – geralmente uma fruta, um doce (mithai), uma fruta em
passa ou ainda uma moeda ou cédula de dinheiro.
Zoroastrismo
Em Surakhany (a 15 km. de Baku, no Azerbaijão) existe um Ateshgah ou “Templo do Fogo”, supostamente construído por volta do
século VI a.C. por adoradores de Zoroastro, sobre uma fonte de gás natural (atualmente exaurida), onde ficava uma “chama eterna”,
que ardia noite e dia. Este templo foi também um santuário para os Parsis (adeptos de Zoroastro na Índia) e para os peregrinos
hindus e siques. O pavilhão, quadrangular, possui inscriçõ es em sânscrito e gravaçõ es com uma suástica.
Religiões abraâmicas
A suástica nã o era usada pelos adeptos das religiõ es Abrâmicas. Onde aparece não tem nenhum simbolismo religioso e sim
meramente decorativo – eventualmente podendo ser um sinal de boa sorte. Um claro exemplo é o chão da sinagoga de Ein Gedi,
construída durante a ocupaçã o da Judeia pelo Império Romano, que era ornado com a suástica.
Algumas igrejas cristãs no período românico e gó tico estavam enfeitadas com suásticas, sobretudo as do início do período românico.
Suásticas sã o o principal motivo de um mosaico na igreja de Santa Sofia, em Quieve (Ucrânia), erguida no século XII. Também aparece
como ornamento na Basílica de Santo Ambró sio em Milã o. Deste período é a Catedral de Nossa Senhora, em Amiens – acima citada –
que foi erguida sobre um local de práticas pagãs, algo que, entretanto, nenhuma relaçã o possui com o símbolo.
Outras tradições asiáticas
Algumas fontes indicam que a imperatriz chinesa Wu (武則天) da dinastia Tang (684-704), decretou que a suástica seria usada como
um símbolo alternativo para representar o sol. Como parte da lista de caracteres do idioma chinês (mandarim), a suástica 卍 tem seu
có digo (Unicode) U+534D (e a pronú ncia segue o caractere 萬 chinês, no cantonês, man; no mandarim, wan) para a suástica voltada
para a esquerda, e U+5350 卐 para a suástica virada à direita.
O mandarim Wan é um homó fono para o nú mero 10 mil, que é usado para representar o todo da criação, no Tao Te Ching, o livro
basilar do taoísmo.
No Japã o, a suástica é chamada manji. Desde a Idade Média é usado como um Mon – ou “brasã o de armas” de algumas famílias. Na
simbologia japonesa a suástica virada à esquerda e horizontal ou manji é usada para indicar o local de um templo budista. A suástica
à direita é chamada de gyaku manji (逆卍 – literalmente, manji invertido), e também é chamada de kagi jū ji, significando,
literalmente, “cruz em gancho”.
Tapeçaria dos Navajos, com suásticas nas duas direçõ es
A suástica esquerda budista também aparece no emblema do Falun Gong. Isto acabou gerando problemas para os seguidores da
prática, particularmente na Alemanha, onde a polícia chegou a confiscar várias bandeiras que traziam o emblema. Uma decisã o
judicial posterior permitiu aos seguidores alemães do Falun Gong continuarem com o uso do símbolo.
Tradições dos nativos americanos
O formato da suástica foi usado por alguns dos povos americanos. Foi encontrado em escavaçõ es junto ao rio Mississipi, como no vale
do rio Ohio, e era usada por muitas tribos norte-americanas, com destaque pelos Navajos. Em cada tribo a suástica possuía uma
significação distinta. Para o povo Hopi representava os clãs nô mades; para os Navajos, era o símbolo usado para representar um
tronco girando – imagem sagrada que evocava uma lenda usada nos rituais curativos.
A forma da suástica é um símbolo bastante antigo na cultura Kuna, de Kuna Yala, no Panamá. Para eles a imagem lembra o polvo que
criou o mundo: seus tentáculos, voltados para os quatro pontos cardeais, deram origem ao arco-íris, ao sol, à lua e às estrelas.
Em fevereiro de 1925 os Kuna se revoltaram contra a supressão de sua cultura, pelo governo panamenho, e em 1930 conquistaram
autonomia. A bandeira oficial do estado exibe a suástica, com formas e cores que variaram ao longo dos tempos: as faixas antes da
cor laranja eram vermelhas, e em 1942 um círculo (representando o tradicional anel de nariz dos Kunas) foi acrescentado para
diferenciá-la ainda mais do símbolo do partido nazista.
A Europa pré-cristã
A suástica, também chamada de “cruz fylfot”, um símbolo usado em moedas do século XIX como referência a uma cunha usada como
calço nas janelas das igrejas medievais, aparece como ornamento em muitos artefatos pré-cristãos, tanto com as pontas viradas para
a esquerda como para a direita. Motivos similares, dentro de círculos ou formas arredondadas, foram também interpretados como
formas da suástica.
Na Grécia Antiga a deusa Atena era por vezes retratada num roupã o ornado por suásticas.
Uma inscriçã o no alfabeto ogâmico numa pedra foi encontrada em Condado de Kerry, na localidade de Anglish, que fora modificada
para uso num tú mulo de um cristã o primitivo – e estava ornada com duas suásticas e uma Cruz Pá tea. Em restos de cerimô nia
fú nebre pré-cristã, em Sutton Hoo, Inglaterra, foram achadas xícaras de ouro e adornos com a suástica.
O símbolo nó rdico denominado cruz do Sol ou roda do Sol, forma habitualmente interpretada como uma variante da suástica,
aparece frequentemente na arte antiga deste povo europeu. Também foram encontradas formas semelhantes em artefatos alemães
antigos (período nô made), como uma ponta de lança encontrada em Brest-Litovsk, Rú ssia, ou a pedra de Snoldelev, em Ramsø,
Dinamarca.
As religiõ es neo-pagãs Asatru e Heathenry germânicas a forma da suástica é frequentemente usada como símbolo religioso. Seus
adeptos argumentam que o uso não possui qualquer implicaçã o política que o símbolo ganhou com a ideologia nazista, lembrando as
origens pré-cristãs do símbolo.
A suástica estava também presente na mitologia eslava pré-cristã . Era dedicada ao deus do Sol, chamado Svarog, e tinha o nome de
Kolovrat (em polonês: kolowró t). Na Repú blica Polonesa o símbolo da suástica era popular entre os nobres. As crô nicas registram
que o príncipe Olegue, varangiano (um dos povos escandinavos), que no século IX junto aos seus guerreiros viquingues russos
conquistaram Constantinopla, havia inscrito uma suástica vermelha nos portõ es daquela cidade. Várias das casas nobres da Polô nia,
como por exemplo Boreyko, Borzym, e Radziechowski da Rutênia ostentavam suásticas em seus brasõ es. As famílias alcançaram a
nobreza entre os séculos XIV e XV, e a cruz suástica pode ser vista em muitos livros de heráldica entã o produzidos.
O Museu do Vaticano contém várias amostas de cerâmica etrusca com a suástica representada.
A medieval Liga da Corte Sagrada
Walker (em A Woman’s Dictionary of Symbols and Sacred Objects) informa que a suástica duplicada era associada com as Cortes
Vêmicas da Idade Média, uma seita secreta fundada para perseguir os hereges e judeus, antes de ficar associada à Inquisição. Esses
tribunais, segundo ela diz, continuaram como sociedades ocultas para a prática da justiça sumá ria e do anti-semitismo, até o século
XIX, quando foi sucedida pelo Partido Nazista, cujos associados teriam substituído a suástica dupla pela ú nica.
Teosofia
Baseada nos ensinamentos de Helena Petrovna Blavatski e seguidores como o Rev. Charles Webster Leadbeater, no corpo doutriná rio
denominado Teosofia, a Sociedade Teosó fica, fundada na segunda metade do século XIX, trazia a suástica no topo do seu emblema,
marcando desta forma sua influência no hinduísmo e outras ideias orientais.
Seicho-No-Ie
A parte externa do emblema, em forma de círculo, representa o Sol, do qual saem 32 raios simbolizando a luz que tudo ilumina. A
parte interior é constituída pela lua e, no centro, por uma estrela. Os três astros reunidos harmoniosamente simbolizam o Universo.
A lua representa o budismo. No budismo a Lua é um símbolo com importante significado, pois Buda frequentemente a ela se referia
para esclarecer seus ensinamentos. Note também que a Lua tem formato de cruz gamada com pontas direcionadas para o sentido
horário, representando o movimento da polaridade positiva (esquerda) sobre a negativa (direita).

Início do século XX
Reino Unido
O autor britânico Rudyard Kipling, fortemente influenciado pela cultura indiana, tinha a suástica como o seu sinal pessoal inscrito no
frontispício de seus livros até que a ascensão do Nazismo tornou isto inapropriado. Na sua obra “Just So Stories”, a histó ria “The Crab
That Played With The Sea” tinha uma ilustração de página inteira, elaborada pelo autor, chamada de “marca mágica”, que era uma
suástica. Algumas ediçõ es posteriores suprimiram a marca, mas não a sua referência, de forma que os leitores ficaram desejosos por
saber qual era a tal “marca”.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a suástica era usada como o emblema do “British National War Savings Committee”.
A suástica também foi utilizada como um símbolo pelos Escoteiros do Reino Unido, e dali em todo o mundo. De acordo com o
“Johnny” Walker, os primeiros Escoteiros a utilizaram em 1911. Robert Baden-Powell, Primeiro Barão Baden-Powell, acrescentou em
1922 uma flor de lis à suástica, na Medalha do Mérito Explorador, como sinal de sorte ao seu vencedor. Assim como Kipling, teria
sofrido influência da cultura indiana.
Na página 63 do livro Guia do Escoteiro escrito em 1925 por Benjamin Sodré a cruz suástica ou “roda de fogo” representava o sol em
movimento. Também afirmava que Robert Baden-Powell a apresentava como significando as quatro partes do mundo e que em todas
as partes os escoteiros deveriam viver em fraternidade. Em nota no prefácio do livro reeditado em 1994, o sr. Carlos Borba,
presidente da CCME informa que nas reediçõ es posteriores foram retiradas as informaçõ es sobre a suástica.
Durante 1934 muitos jovens escoteiros pediram para que o desenho fosse mudado em razã o do uso da suástica pelos nazistas. Uma
nova Medalha de Mérito britânica foi emitida, em 1935.
Finlândia
Na Finlândia a suástica era usada como uma marca nacional e oficial do Exército Finlandês entre 1918 e 1944, e também pela Força
Aérea daquele país por algum tempo.
A suástica ali também foi utilizada pela organização Lotta Svärd. A suástica azul era um símbolo de boa sorte usado pela família sueca
do Conde Eric von Rosen, que doou o primeiro aeroplano para a Finlândia para a “Guarda Branca” durante a guerra civil daquele país.
Não havia qualquer conexã o oficial com o Partido Nazista, mas representava a “Cruz da Liberdade”, uma antiga ordem finlandesa.
Esta posiçã o, contudo, permanece contraditó ria para alguns autores, uma vez que Rosen foi um dos fundadores do
Nationalsocialistiska Blocket – a versão nazi sueca de partido político. Posteriormente Rosen ganhou uma maior e íntima ligação com
a Alemanha nazista com o casamento de Hermann Gö ring com Karin Kantzow, que era irmã de sua esposa.
A suástica aparecia em muitas medalhas e condecoraçõ es finlandesas. Isto se deu sobretudo durante a Primeira Guerra Mundial. A
“Cruz de Mannerheim” era a equivalente finlandesa para a Cruz da Vitó ria ou Victoria Cross, a Croix de guerre ou a Medal of Honor.
Irlanda
In Dublim, Irlanda, uma lavanderia chamava-se “Swastika Laundry”, e existiu por muitos anos em Ballsbridge, ao sul da cidade. A
companhia possuía uma frota de furgõ es vermelhos para entrega rápida, com uma suástica preta pintada sobre um fundo branco. A
empresa foi fundada no começo do século XX e existiu até o final deste. O outdoor da lavanderia destacava-se no alto da lavanderia, e
era visível das ruas pró ximas. Conta-se que o físico Erwin Schrodinger, exilando-se na Irlanda depois de fugir do regime nazista,
quase foi assassinado pouco antes de um destes furgõ es cruzar a rua, e logo acreditou que a tentativa fora patrocinada pelo Terceiro
Reich. O nome e o logotipo desapareceram quando a lavanderia foi incorporada a outra empresa maior – a companhia Spring Grove.
Letônia
Também na Letô nia a suástica (ali chamada de “Cruz do Trovão” ou “Cruz de Fogo”) era usada como uma marca da Força Aérea, entre
1918 e 1934, como também foi a insígnia de algumas unidades militares. Também foi usada pelo movimento fascista do país
(chamado de Perkonkrusts – ou “Cruz do Trovão”, no idioma local), e ainda por outras organizaçõ es apolíticas.
Na Letô nia, a suástica voltada para a esquerda (ou Cruz do Trovã o) remonta à Idade do Bronze. É encontrada insculpida em pedras,
armas e cerâmicas, como um sinal protetor.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos a suástica foi muito utilizada antes do nazismo. Além da Sociedade Teosó fica, fundada em Nova York, e das tribos
nativas, como os Navajos, até a década de 1930 a suástica era frequente no Sudoeste americano em suvenires, como mantas,
medalhinhas e outras lembranças.
As estradas estaduais do Arizona, até 1940 tinham em suas placas uma suástica sobreposta ao sinal de trânsito (Arizona Roads – em
inglês)
Em 1907, o “Palácio do Milho” (Corn Palace), em Mitchell (Dakota do Sul), tinha uma suástica desenhada em uma de suas torres.
Neste mesmo estado norte-americano, em Rapid City, havia suásticas ornamentando o salão de recepçã o do Alex-Johnson Hotel. Esta
decoração era uma homenagem à cultura dos índios locais. Quando o lobby foi remodelado, esses símbolos desapareceram.
O foyer da “Central High School” de Pueblo, Colorado, tinha seu chã o de azulejos decorado com a suástica virada à direita. Esta escola
foi construída em 1906.
A 45ª Divisão de Infantaria do Exército norte-americano usava uma suástica amarela sobre fundo vermelho como símbolo da
unidade até os anos 30, como referência ao Pássaro-trovão da mitologia (Thunderbird).
Em 1925 a Coca-Cola fez um brinde que era um “reló gio da sorte” com o formato da suástica, onde se lia o slogan: “Beba Coca-Cola,
cinco centavos em garrafas” (“Drink Coca Cola five cents in bottles”).
A HPER (Health, Physical Education and Recreation Building), da Universidade de Indiana, contém revestimentos decorativos
inspirados em desenhos dos nativos americanos, com a suástica. Foi feito na década de 1920, antes do partido Nazista chegar ao
poder na Alemanha. Nos ú ltimos tempos os motivos da suástica da HPER, junto aos murais do pintor Thomas Hart Benton (estes no
Woodburn Hall, pró ximos daquele) causaram bastante polêmica no campus.
A base da Marinha Americana, em Coronado, Califó rnia, é construída no formado de uma suástica. Esta base naval foi construída
antes da Segunda Guerra Mundial.
Logo apó s a II Guerra, vários povos indígenas norte-americanos (como as tribos Navajo, Apache, Tohono O’odham e Hopi),
publicaram um decreto declarando que não mais usariam a suástica em sua arte. Isto porque a suástica passou a simbolizar o mal,
entre eles. O decreto, assinado por representantes dessas tribos, dizia:
“Porque o antigo sinal, que foi um símbolo de amizade entre nossos antepassados durante muitos séculos, foi recentemente
profanado por outra naçã o de homens.”
“Fica então resolvido que desta data por diante e para sempre nossas tribos renunciam ao uso do emblema, hoje geralmente
conhecido por suástica ou fylfot, em nossas mantas, cestos, objetos artísticos, pintura corporal e vestimentas”.
O Roger Stone também promoveu o seu uso em 2018 quando publicou no Instagram uma foto de sua assessoria presidencial da
chapa da Campanha presidencial de Donald Trump em 2016 dando spoiler do novo símbolo do novo ministério da NASA.
Canadá
Suástica é o nome de uma pequena comunidade do norte de Ontário, no Canadá, situada a aproximadamente 580 quilô metros ao
norte de Toronto, e 5 quilô metros de Kirkland Lake, cidade à qual pertence. A vila de Suástica foi fundada em 1906. Ouro foi
descoberto perto dali e a Swastika Mining Company foi formada em 1908. O governo de Ontá rio tentou mudar o nome da cidade
durante II Guerra Mundial, mas a populaçã o resistiu.
Em Windsor (Nova Scotia), havia entre 1905 e 1916 um time de hó quei no gelo que se chamava “The Swastikas”, e seu uniforme
característico tinha este símbolo estampado. Outros times com este nome existiram em Edmonton (Alberta), por volta de 1916, e
outro em Fernie (na Colú mbia Britânica), por volta de 1922.
Polônia
Na Polô nia, desde o começo da Idade Média que a suástica era parte integrante da nobreza muito utilizada nas terras eslavas.
Conhecida por “swazyca”, era especialmente associada com um dos deuses eslavos, chamado Swarog.
Este significado, com o tempo, foi desaparecendo, mas permaneceu associado como sinal individual de várias personalidades, a
exemplo do Brasã o dos Boreyko, e ainda na regiã o de Podhale, onde era usado como talismã , até o século XX. Como um símbolo do
Sol, era pintado ou esculpido no interior das casas nas Montanhas de Tatra, sob a crença de que protegia a moradia contra o mal.
O antigo símbolo que era usado pelas sociedades chamadas Gó ral, foram depois adotadas pelas unidades montanhesas da infantaria
polonesa, nos anos 20. Era uma insígnia de Regimento das unidades polacas de artilharia, da 21ª Divisão de Infantaria, da 22ª, e
ainda pelos soldados da 4ª Divisão de Infantaria, do 2º e 4º Regimentos. Um distintivo com uma suástica sobre fundo azul era o
emblema da Liga de Defesa Aérea e Antigás (LOPP, em polonês) entre 1928 e 1939, e que em 1937 chegou a possuir cerca de um
milhã o e meio de associados.
Fora do uso militar, a suástica montesa influenciou ainda outros símbolos e logotipos utilizados em terras polonesas. Dentre estes
estava o logotipo da companhia editora IGNIS (de 1822), o símbolo pessoal de Mieczyslaw Karlowicz, notável compositor e amante
das montanhas Tatras. Sua morte trágica nas montanhas, em 1909 fez com que o lugar do ó bito fosse assinalado com uma pedra
comemorativa e uma suástica. Finalmente, também era um símbolo usado como marca pessoal e ex libris por Walery Eliasz-
Radzikowski, escritor polonês que também foi influenciado pela cultura montanhesa do país, e tinha a suástica marcando o
frontispício de todos os seus livros e cartas.
Suécia
A companhia sueca ASEA, agora parte da Asea Brown Boveri, usava a suástica em sua marca, desde a década de 1890 até 1933,
quando esta foi removida do logotipo.
Espanha
Os nacionalistas eram chamados de nazistas pelos republicanos, enquanto os republicanos eram chamados de comunistas pelos
nacionalistas.
Nazismo
O Partido Nazista (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei ou NSDAP) formalmente adotou a suástica ou ‘Hakenkreuz ‘ (cruz em
gancho, numa versão literal) em 1920.
O símbolo era usado na bandeira, bem como em distintivos e braçadeiras do partido – embora já fosse usado, não oficialmente, pelo
NSDAP e seu antecessor: o Partido dos Trabalhadores Alemães (Deutsche Arbeiterpartei, DAP).
Em Mein Kampf (1925), Adolf Hitler escreveu:
“Eu mesmo, entretanto, depois de inú meras tentativas, havia estabelecido uma forma final: uma bandeira com um fundo vermelho, um
disco branco e uma suástica preta no meio. Depois de muito tentar, achei também uma proporção definida entre o tamanho da bandeira
e o tamanho do disco branco, assim como a forma e espessura da suástica.”
Vermelho, branco e preto, as cores usadas por Hitler, já estavam na bandeira do velho Império alemão.
O uso da suástica era associado pelos teó ricos nazistas à sua hipó tese da descendência cultural ariana dos alemães. Seguindo a teoria
da invasã o ariana da Índia, reivindicavam os nazis que os primeiros arianos naquele país introduziram o símbolo, que foi
incorporado nas tradiçõ es védicas, sendo a suástica o símbolo protó tipo dos invasores brancos. Também acreditavam que o sistema
de castas hindu tinha sido um meio criado para se evitar a mistura racial.
O importância de pureza racial, adotado como central na ideologia Nazista, não utilizou nenhum dos métodos modernamente aceitos
como científicos. Para Alfred Rosenberg, que procurou emprestar cientificidade às ideias de Hitler, os arianos hindus eram, a um
mesmo tempo, modelo a ser copiado e uma advertência para dos perigos da “confusão” espiritual e racial que, dizia, ocorrera pela
proximidade das raças distintas.
O conceito de raça ariana teve seu auge do século XIX até a primeira metade do século XX, uma noçã o inspirada pela descoberta da
família de línguas indo-europeias. Alguns etnó logos do século XIX propuseram que todos os povos europeus de etnia branca-
caucasiana eram descendentes do antigo povo ariano. Correntes europeias, de caráter nacionalista da época, abraçaram essa tese.
Esta, foi, talvez, tratada com maior ênfase pelo Partido Nacional Socialista da Alemanha. Estes, associaram o conceito de identidade
nacional à raça ariana do povo germânico, através do princípio da unidade étnica, com a finalidade de elevar o moral e orgulho
nacionais do povo alemã o, destroçados pela derrota na Primeira Guerra Mundial e das condiçõ es consideradas humilhantes da
rendição, impostas pelo Tratado de Versalhes.
Com isto, viram-se os nazistas justificados em cooptar a suástica como um símbolo da raça ariana. O uso da suástica seria um
símbolo ariano, tempos antes dos escritos de É mile-Louis Burnouf. Assim como muitos outros escritores nazis, o poeta nacionalista
Guido von Listam fez acreditar que este era um símbolo exclusivamente ariano.
Quando Hitler criou a bandeira para o Partido, procurou incorporar a suástica e ainda “essas cores veneráveis [vermelho, preto e
branco] que expressam nossa homenagem ao passado glorioso que tantas honras trouxe à naçã o alemã” .
Hitler também escreve em Mein Kampf : “Nó s, nacional-socialistas, víamos a nossa bandeira como a materialização do nosso
programa partidário. O vermelho expressava o pensamento social subjacente ao movimento. O branco, o pensamento nacional. E a
suástica significava a missão que nos cabia – a luta pela vitó ria da humanidade ariana e, ao mesmo tempo, pelo triunfo do ideal do
trabalho renovador, que é, em si, e sempre será antissemítico.” .
Na realidade, a suástica já era usada como símbolo do movimento vö lkisch (em português, ‘folcló rico’) alemão. Na obra “Deutschland
Erwache” (ISBN 0-912138-69-6) Ulric da Inglaterra (sic), assim afirma:
“… o que inspirou Hitler a usar a suástica como símbolo do NSDAP já era usado pela Sociedade Thule (em alemão: Thule-
Gesellschaft), considerando-se que havia muitas ligaçõ es entre àquela e o DAP (Partido Alemã o dos Trabalhadores) (…) De 1919 até
o verão de 1921, Hitler usou a especial biblioteca Nationalsozialistische do Dr. Friedrich Krohn, um só cio muito ativo da Thule-
Gesellschaft (…) O Dr. Krohn também era dentista de Sternberg, que foi designado por Hitler para desenhar uma bandeira
semelhante àquela que Hitler projetara em 1920 (…) No verã o de 1920, a primeira bandeira do partido foi apresentada no Lago
Tegernsee (…) Sua fabricaçã o foi caseira (…) As primeiras bandeiras não foram preservadas, de modo que a bandeira do Ortsgruppe
Mü nchen foi entã o considerada como a primeira bandeira do Partido.”
José Manuel Erbez diz:
“A primeira vez que a suástica foi usada com um significado “ariano” foi em 25 de dezembro de 1907, quando a autodenominada
Ordem dos Novos Templários, uma sociedade secreta fundada por Adolf Joseph von de Lanz Liebenfels, içou, no Castelo de
Verfenstein, na Á ustria, uma bandeira amarela com uma suástica e quatro flores-de-lis.”
Mas o fato era que Liebenfels estava se utilizandode um símbolo já costumeiro.
Em 14 de março de 1933, logo apó s o compromisso de Hitler como Chanceler da Alemanha, a bandeira do NSDAP foi içada ao lado
das cores nacionais da Alemanha. Foi adotada como bandeira nacional exclusiva no dia 15 de setembro de 1935.
A suástica foi usada nos distintivos e bandeiras ao longo de toda a era nazista, especialmente pelo governo e pelo exército, mas
também foi usada por organizaçõ es “populares”, como o Reichsbund Deutsche Jägerschaft.
Variantes do uso da suástica pelos nazistas:
 Suástica preta, com giro de 45º, sobre disco branco – símbolo do NSDAP e bandeiras nacionais;
 Suástica preta, com giro de 45º, sobre um quadrado branco (exemplo, a Juventude Hitlerista)
 Suástica preta, com giro de 45º, sobre fundo branco, pintada na cauda das aeronaves da Luftwaffe;
 Suástica preta, com giro de 45º, sobre desenho de linhas brancas e pretas finas contornando um círculo branco (exemplo, a bandeira
pessoal de Hitler, onde uma grinalda de ouro cerca o símbolo)
 Suástica de braços externos curvos, formando um círculo interrompido, como a usada pela Divisão Nórdica das SS.

A suástica no Ocidente atual


A suástica, usada por Hitler e pelo Partido Nazista, ainda é, na atualidade, utilizada por grupos neonazistas. Mas, para a maioria das
pessoas do Ocidente, a suástica, sendo um símbolo associado às ideias e atos de nazistas, tornou-se um tabu em muitos países
ocidentais.
Na Alemanha de pó s-guerra, por exemplo, o Có digo Penal (Strafgesetzbuch) tornou criminosa a exibição de símbolos nazistas, tais
como a suástica – exceto como símbolo religioso ou para demonstrar oposiçã o ao nazismo (por exemplo, uma suástica quebrada,
cruzada, etc.). Este có digo não deixa claro, entretanto, se fica também proibida a construçã o de templos budistas ou jainistas no país
(estes ú ltimos sempre possuem uma suástica na sua fachada, e seu ritual implica a criação de sete suásticas com grã os de arroz em
torno do altar, durante as oraçõ es).
Na Finlândia algumas unidades militares ainda usam a suástica. Em 1944 a Força Aérea mudou o seu emblema principal, mas
continuou a utilizar a suástica noutro lugar. Em 1963 a “Grã Cruz” da Ordem da Rosa Branca mudou o seu emblema. Mais
recentemente (25 de outubro de 2005) um emblema oficial com a suástica foi adotado pela Força Aérea.
Na Austrália, país que recebeu muitos refugiados durante a guerra, o símbolo é legalmente considerado “racista”.
Em protestos contra a invasão do Iraque muitos ativistas usaram a suástica em associaçã o a George W. Bush. O símbolo nazista
também foi usado por alguns mú sicos para expressar sua discordância com a política do presidente norte-americano (algo que
provocou certa controvérsia, no meio artístico).
Fundado nos anos 70 o Raëlismo — uma seita religiosa que acredita na possibilidade da imortalidade do corpo através do progresso
científico — usa um símbolo que foi objeto de considerável controvérsia: a Estrela de David e a suástica entrelaçadas. Em 1991 o
símbolo foi modificado, removendo-se a suástica, evitando-se assim a reprovaçã o pú blica.
A “Society for Creative Anachronism” (Sociedade para o Anacronismo Criativo), que visa o estudo e diversã o segundo a Idade Média e
o Renascimento, impõ em restriçõ es para o uso da suástica em suas filiais – embora algumas delas mais modernas usem o símbolo.
Em 2002 a China exportou para o Canadá alguns brinquedos (como um panda gigante) em que a suástica aparecia, o que provocou
muitas reclamaçõ es naquele país. Antes, em 1995 a cidade norte-americana de Glendale, na Califó rnia, teve de cobrir mais de 900
postes de iluminação, marcados com a suástica – embora estes tenham sido fabricados por uma companhia norte-americana antes
dos anos 20, e nada tivessem a ver com o nazismo.
Na Índia, apó s a sua independência, a variaçã o circular (semelhante à Cruz do Sol nó rdica – que se vê na imagem ao lado) as cédulas
eleitorais foram timbradas com este símbolo que, desde então, está associado aos pleitos eleitorais.
A Suástica no Raelianismo
O Movimento Raeliano Internacional criou um manifesto em favor da reabilitaçã o da Suástica chamado: pró -Suástica (proswastika) –
com o objetivo de restituir a estre símbolo o seu verdadeiro significado.
A organizaçã o adotou também como emblema uma suástica inserida em um hexagrama ou “estrela de Davi”, segundo Rä el este seria
o símbolo da civilização dos Elohim.
Significado da Suástica

O que é a Suástica:
Cruz Suástica é um símbolo místico que originalmente representa a busca pela felicidade, salvaçã o e boa sorte.
A suástica é formada por uma cruz com as suas extremidades curvadas e posicionada em torno de um centro estático. Em algumas
culturas a suástica representa o conceito do movimento cíclico e de regeneraçã o da vida.
O símbolo também é conhecido como cruz suástica ou cruz gamada, e está presente na histó ria de diferentes culturas antigas. Há
registros de que o símbolo já era usado no Período Neolítico, sendo também encontrado na histó ria de inú meras civilizaçõ es, como
os Astecas, os Celtas, os Budistas, os Gregos, os Hindus, no Egito, entre outros.

Tipos de suástica
Existem diferentes estilos de suásticas, dependendo da cultura em que era utilizada, mas, fundamentalmente, todas possuem a
mesma estrutura em formato de cruz com as pontas partidas. Também de acordo com a cultura a suástica pode ter diferentes
significados.
Essencialmente, existem dois tipos principais de suásticas: com os braços apontados para a direita e com os braços para a esquerda,
representando o “masculino” e o “feminino”, respectivamente.
A suástica também é considerada uma representação cíclica do nascimento, ou seja, do movimento de renovaçã o da vida.
Já na Índia o símbolo era usado em cerimô nias diversas, como em comemoraçõ es e celebraçõ es religiosas, sendo associado a Buda e
ao conceito de auspicioso (que traz sorte e esperança), termo muito usado na cultura Indiana.
Suástica nazista
O símbolo da cruz suástica se popularizou a partir do surgimento movimento Nazista, que adotou esta imagem como ícone do seu
partido (Partido Nacional Socialista Alemã o dos Trabalhadores), a partir de 1920. A imagem foi adotada pelo Nazismo como um
símbolo representativo da supremacia da raça ariana.
Suástica
A provável explicaçã o para que o Partido Nazista tenha escolhido a suástica como símbolo se deve a certas semelhanças que foram
identificadas entre o sânscrito e o idioma alemão. Estas semelhanças foram interpretadas por alguns estudiosos como um sinal de
que indianos e alemã es seriam descendentes da mesma raça: a raça ariana.
Como a suástica se tornou um símbolo negativo?
Foi a partir do uso pelo Nazismo e devido às atrocidades cometidas durante o período da Segunda Guerra Mundial que a cruz
suástica ganhou um significado negativo, pois representa até hoje a memó ria dos atos desumanos praticados pelos membros do III
Reich durante o Nazismo.
Em alguns países, por exemplo, o uso da suástica é proibido e considerado crime de apologia ao nazismo. No Brasil, conforme a lei nº
7.716/89 (que prevê os crimes ligados à preconceito racial), quem fabricar ou utilizar a cruz suástica como forma de apologia aos
ideais nazistas pode ser punido com até 5 anos de prisão.

Origem da suástica
Acredita-se que a suástica exista há mais de 7 mil anos, tendo sido utilizada por povos que habitavam a região da Eurásia, durante o
Período Neolítico. O símbolo também foi usado por antigas civilizaçõ es da América do Norte e América Central.
Etimologicamente, a palavra “suástica” deriva do sânscrito svastika, que quer dizer boa sorte ou condutora do bem-estar. O sânscrito
é uma linguagem antiga do Índia, usada principalmente por estudiosos.
Tradicionalmente, para a maioria das civilizaçõ es em que era utilizada, a suástica era tida como um símbolo solar, representando o
nascimento e renascimento da vida. Significava uma fonte de energia capaz de criar todas as coisas no mundo. Assim, a suástica
representaria a simbologia da energia criadora do mundo.
Como a suástica virou a marca do nazismo?
A associação é quase sempre automática: ao pensar em nazismo, num instante vem à mente a imagem de uma suástica. O que muita
gente desconhece, porém, é que esse símbolo nã o foi inventado pelos nazistas. Não se sabe exatamente quando foi usado pela
primeira vez, mas é certo que ele tem milênios de histó ria.
Ornamentava, por exemplo, objetos decorativos e utensílios domésticos da antiga Mesopotâmia – atual Iraque – datadas de 7.000 a.C.
Foi usado também por bizantinos na Europa, maias e astecas na América Central e índios navajos na América do Norte. Para todos
esses povos, a suástica era uma representaçã o de boa sorte. Não por acaso, a palavra vem do sânscrito svastika, que quer dizer
“condutora do bem-estar”.
Se a suástica sempre foi um signo do bem, por que ela acabou virando ícone do regime mais atroz e repugnante da histó ria moderna?
A explicaçã o, só para variar, passa pelas teorias delirantes que os nazistas tinham sobre a suposta origem ariana do povo germânico.
Tudo começa com uma senhora conhecida como madame Helena Blavatsky, que vivia na Alemanha – depois de passar uma longa
temporada na Índia – no fim do século 19. Esotérica, ligadona em ocultismo, entre outros temas do além, um belo dia, ela decidiu
publicar A Doutrina Secreta, livro que ajudou a estabelecer as bases não só para a tese de ascendência ariana do povo alemã o, mas
também para a ideia de que a suástica era um símbolo muito utilizado pelos arianos.
Na mesma onda da excêntrica madame, surfavam o poeta nacionalista Guido von List e o jornalista Jö rg Lanz von Liebenfels, ambos
místicos de renome, ideó logos racistas e antissemitas declarados. Para eles, a suástica representava o pró prio ato de criação da raça
ariana.
Essa histó ria fez a cabeça de Hitler, que decidiu adotá-la como efígie do Partido Nazista e símbolo mais eloquente de seu governo. “O
nazismo não se propunha a ser apenas um regime político, mas também uma religião”, diz o arqueó logo alemão Heinrich Härke,
professor da Universidade Reading, na Inglaterra. “A suástica passou a representar um dogma na Alemanha nazista, mais ou menos
como a cruz no catolicismo.”
Segundo o historiador Fernando Coimbra, pesquisador da Universidade de Coimbra, em Portugal, a suástica mais antiga conhecida
tem pelo menos 9 mil anos e adorna um prato de argila encontrado no Oriente Médio. Há evidências de que, por volta de 5.000 a.C., o
símbolo começou a ser usado simultaneamente na Europa, na Á frica e na Á sia. Alguns astrô nomos acreditam que a inspiraçã o possa
ter vindo de cometas que formaram no céu uma imagem semelhante à de uma suástica.
Especulaçõ es à parte, foi no continente asiá tico que o símbolo mais se popularizou. Tornou-se tã o recorrente entre hindus e budistas
que até hoje é reverenciado em lugares como a Índia, o Japã o, o Tibete e a China. Também foi popular no ocidente antes da 2ª Guerra
Mundial.
Durante o século 19, era relativamente comum ver americanos e europeus recorrendo à suástica como amuleto da sorte – o
equivalente a um pé de coelho ou um trevo-de-quatro-folhas. Mas isso mudou depois que os nazistas resolveram se apropriar dela.

Esta é a suástica mais antiga já encontrada. Ela adorna um prato cerâmico descoberto numa escavação arqueológica
em Samarra, cidade da antiga Mesopotâmia (atual Iraque). Especialistas do Museu do Louvre, onde o artefato está
exposto, acreditam que ele seja do século 7 a.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A1stica https://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a_ariana https://www.significados.com.br/suastica/ https://super.abril.com.br/historia/como-a-suastica-virou-a-marca-do-
nazismo/

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