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Perchta – associada ao inverno

RESUMO

Perchta é uma deusa cultuada na região austríaca do Tirol. Os elementos dela misturam raízes
celtas, mas principalmente dos ostrogodos, explicando a ligação direta com os deuses nórdicos
e principalmente com Holda, a deusa da bruxaria de Hesse, na Alemanha, região que tenho
uns poucos ascendentes.

Perchta é uma deusa com múltiplas facetas e com várias características ao longo do tempo:
sob o aspecto bondoso, pode aparecer como uma mulher bonita, de branco, ou uma velhinha
simpática. Abençoa os campos e as plantações, tal como é fiandeira (como as Norns e Frigga) e
guardiã das tradições. Assim, é bem próxima das deusas da terra. No aspecto mais obscuro,
pode aparecer como uma velha feia, com características de animais (aves, cachorros e bodes).
Nesta forma, vive nas florestas e cavernas, pune tanto crianças desobedientes (interpretação
do século XIX) e viajantes desavisados, abrindo a barriga e colocando no lugar das tripas
madeira, pedras e lixo. Faz isso a partir da ligação de seu aspecto como guardiã das tradições,
e daí há 2 interpretações possíveis: 1) sendo uma deusa pagã, a tradição referente é o
paganismo, então pune quem não a cumpre. No século XV até o XVII, período mais forte de
caça às bruxas, esse aspecto vigorou, provavelmente fazendo referência à tradição de bruxaria
de mulheres e homens que viviam nas florestas afastados, praticando bruxaria, magia e
curandeirismo, sendo os únicos que podem seguir tradições pagãs sem intromissão. 2) Essa diz
respeito, a partir de autores como Lotte Motz e Josef Hanika , da ideia do sacrifício de abrir
barriga como um rito iniciático, provavelmente ligado à questão de transformação da pessoa
em um xamã. Ela também era a responsável pela caçada selvagem, liderando as hordas que
carregavam espíritos dos que passavam. Na Noruega, esse papel era de Odin, em Hesse, de
Holda. No período em que a igreja identificou esse culto, punindo pessoas pela inquisição
(inclusive o inquisidor mais famoso, Heinrich Kraemer, o responsável por escrever o Malleus
Maleficarum, era inquisidor em Salzburg e Tirol), essa deusa foi identificada hora com Diana
(romanização de Ártemis), e hora com Hécate

Ah, esse aspecto mais obscuro dela gerou depois a marcha de Perchten, e depois do século
XIX, a figura de Krampus, que vc deve conhecer

Pehta, ou Perchta, também conhecida como Berchta e outras variações, é uma deusa, bruxa,
ou demônio feminino, na mitologia pagã dos Alpes da Alemanha, Áustria e Eslovênia.[1][2][3]
O nome dela pode significar "a brilhante" (do Alto-alemão antigo bereht, bereht, do proto-
germânico brehtaz) e provavelmente está relacionado ao nome Berchtentag, que significa A
festa da Epifania. Eugen Mogk fornece uma etimologia alternativa, atribuindo a origem do
nome Perchta ao verbo alto-alemão antigo pergan, que significa "oculto" ou "coberto

Sua origem como deusa está ligada mais aos nórdicos que celtas, apesar de poder ter herdado
elementos. Talvez tenha tido certa origem a partir da dominação ostrogoda na região, levando
a sua relação com Holda, a senhora da bruxaria.

- 2 faces: bondosa ou cruel

- Como bondosa, poderia aparecer como uma velhinha ou uma mulher bonita: ajuda a
abençoar os campos, fertilidade as mulheres, mas principalmente ao cuidado das tradições –
podia deixar na porta de casa leite e comida pra ela. Abençoava quem seguia as tradições.
Aqui, a ligação mais forte é com Freya (e de onde surge sua existência).
- Como punidora, punia as crianças ruins e as pessoas que não respeitavam as tradições, tal
como homens e mulheres que iam à floresta no inverno, matando e tirando as tripas, para
substituir por palha e pedra. Nessa forma, tinha aparência feia, ligada ao bode. Pela ligação
com a floresta dessa forma, era vista como selvagem, ou seja, área não cultivada. Nesse
aspecto, posteriormente foi feita a perchten (plural de Perchta), a marcha de pessoas vestidas
como monstro. Nessa associação, é descrita as vezes como deusa, mas também como bruxa.
Mais tarde isso influenciou na criação de Krampus, o demônio que acompanha são Nicolau
pra punir crianças ruins.

Perchta é uma deusa pagã, então a tradição que ela quer preservar é justamente a pagã. Como
essa ideia está associada ao lado obscuro dela (porque ela pune quem não respeita), então a
associação está ligada à floresta e a face ligada aos animais. Assim, a preservação da tradição
está associada ao paganismo e no caso à bruxaria, porque é a tradição da construção na
floresta, associação aos animais e ao xamanismo (aí a interpretação de Motz sobre rito de
iniciação poderia se associar, tal como a ligação com Holda e a bruxaria). É a bruxaria que se
aprende isolada e que nos tempos cristãos, é quem, por estar isolado, pode continuar
respeitando as tradições pagãs sem a pressão cristã. Outra possível interpretação é que a
punição de Perchta interpretada por Motz como rito iniciático seja justamente da ideia da
bruxa como personagem que não se adeque às regras sociais, então se as pessoas respeitam,
Perchta dá recompensa, se é a diferente, Perchta apresenta a bruxaria, uma tradição mais
solitária, amoral, ligada à natureza. Aqui cabe também ligar Perchta e seus atributos de
animais como uma forma de xamanismo, viagens astrais e ligação com a natureza.

Isso tudo se liga ao ambiente dos Alpes de Tirol, pelo tipo de região com florestas e isolamento

Perchta tem duas formas de punição: pune ou recompensa crianças pelo comportamento, ou
pune quem não cumpre tradição. Sobre a tradição, a punição é seu aspecto obscuro, ligado á
floresta. Sendo uma deusa pagã, a tradição referida é o paganismo. 2 interpretações: 1) ou
pune quem desrespeita o paganismo, e sendo nesse aspecto uma deusa da floresta, associada
ao xamanismo pelos animais, o cumprimento da tradição é mais vinculado às bruxas que
vivem isoladas nas florestas, longe do cristianismo e da punição, podendo seguir as tradições.
2) a partir de Motz e a ideia dos intestinos como ritual de passagem, a punição poderia ser um
rito de passagem exatamente para aqueles que não se adequem às normas sociais e devam ir
à floresta pra trilhar esse caminho de bruxaria sozinha.

- Em seu trabalho publicado na década de 1950, Josef Hanika sustentou que a Perchta do
costume e da lenda tinha ligações diretas com uma figura sobrenatural pré-cristã, e que suas
supostas atividades de rasgar a barriga eram uma relíquia de ritos de iniciação pré-históricos
(Kellner 1994, p. 329). 31) (texto Perchta the Belly Slitter)

- Entre os mais recentes a serem registrados estão os de Hilda Ellis Davidson (1993) em Lost
Beliefs of Northern Europe. Davidson faz comparações interessantes, sugerindo possíveis
paralelos entre o vagão ou arado de Perchta e as cerimônias de segunda-feira inglesa, ou entre
a associação de Perchta com fiação e a afinidade de St. Brigid com a mesma atividade. Alguns
dos costumes associados a Perchta, procissões e visitas, por exemplo, também são vistos como
semelhantes, se não relacionados, às atividades dos representantes do santo, dos lances, de
jovens fantasiados que podem visitar casas irlandesas e aterrorizar as crianças na véspera de
Dia de St. Brigid, 1 de fevereiro.

- A carruagem de Frau Perchta, ou o arado que às vezes tomava seu lugar, remontavam aos da
Mãe Terra. As aparências caracteristicamente repentinas de Perchta eram um sinal claro de
sua divindade, assim como seu domínio sobre elfos e anões, bruxos e bruxas e até mesmo as
almas de bebês não batizados. "Todas essas coisas cheiram a paganismo", observa ele (Grimm
1968, vol. 1, 234).

- Há poucas dúvidas de que, desde os tempos medievais, quando uma figura conhecida como
Perchta foi registrada pela primeira vez, ela era um instrumento de controle social. O tipo de
controle, no entanto, variou

- Assim, sob esse aspecto, pode ser pensada na prática pagã como uma deusa guardiã da
tradição pagã, da bruxaria (associação com Holda)

- Na liderança deles, a Caça Selvagem Percht e Holda são levados a se relacionar com os
animais da floresta, embora sejam caçadores e não guardiões. Sabemos que essa
transformação ocorre frequentemente no desenvolvimento dos demônios da natureza
selvagem. Às vezes, gatos e cães, cabras ou porcos grunhidos pertencem ao próprio Anfitrião
Selvagem e mostram à Senhora cercada por seus animais - a imagem apontando,
possivelmente, para o seu papel mais antigo de guardião. ASPECTO DE CAÇADORA –
ASSOCIAÇÃO COM ÁRTEMIS

- Por ter duas faces e ter aparência que muda, estando associada aos animais também, e a
mudança de forma, tal como sua aparência combinar elementos de animais, pode estar ligada
ao xamanismo.

- Associação com Holda (Holda era considerada a senhora das bruxas. Tinha algumas
semelhanças com a deusa Ártemis, da mitologia grega) poderia ser a ligação com a bruxaria
(por isso a questão das tradições que ela guarda, ou seja, a bruxaria [abaixo há a ligação dela
com ritos iniciáticos], mais tarde incorporadas como tradições cristãs). Perchta é associada
mesmo a ser uma deusa que preza pelas tradições, mas não faria sentido ser tradições de
família, porque no sentido “escuro” ela é da floresta. As tradições da floresta, do isolamento e
etc são da bruxaria. Mesmo que não tenha tanta fonte ligando-a com a bruxaria como é com
Holda, essa questão de guardiã das tradições faz sentido apenas ligada a bruxaria. Nesse
ponto, a ligação de ambas com o inverno, morte, o selvagem e etc, tem ligação com Hel, mas
também à Freya, pela bruxaria. Ela é considerada por estudiosos uma versão de Holda, são as
mesmas deusas em diferentes lugares. Associa-se também (e religosos da época associavam)
Perchta e Holda com Diana (Artemis) por ser da floresta e caçadora. Por isso ela também é
associada à caçada selvagem (pontos mais abaixo)

- Hoje, na Áustria, em particular Salzburg , onde ela é dito para passear Hohensalzburg
Castelo , na calada da noite, o Perchten ainda são uma parte tradicional de férias e festivais
(como o Carnaval Fastnacht ). As máscaras de animais de madeira feitos para os festivais são
hoje chamados Perchten .

Temas e funções iniciáticos. Observamos que pode ser uma função de Percht e Holda punir ou
recompensar os jovens e, assim, mostrar aspectos de um educador. Às vezes, Hulda leva os
filhos para a educação para morar na floresta, e Percht é frequentemente cercado por um
grupo de bebês, não o dela. Histórias da educação dos jovens por um ser sobre-humano,
especialmente se ela ocorre no deserto, traz à mente as práticas de iniciação da puberdade
das sociedades primitivas. Nestes, a separação das moradias dos pais e as experiências
infligidas por forças sobre-humanas são essenciais para o segundo nascimento espiritual e para
obter o status de adulto. O iniciador seria o pai espiritual ou pai adotivo da criança, o papel em
que a deusa é frequentemente apresentada. A história recorrente da abertura e
reabastecimento de estômagos humanos por Perchta parece ser um motivo inicial. A
mutilação geralmente pertence aos ritos iniciáticos reais e também às visões iniciáticas. O
reabastecimento do corpo com uma nova substância obviamente ocorre apenas em sonhos
iniciáticos, como nos do futuro xamã de algumas tribos australianas. "1 Homens mutilados e
homens cujos corpos foram cortados para que seus intestinos se arrastem para trás são
anotados nas descrições da Hóstia selvagem que com tanta frequência é chefiada pela deusa

Relação com a noite. Como Percht e Holda e seus exércitos são, no geral, noturnos, também as
figuras folclóricas e as gigantescas dos textos são criaturas da noite. Uma gigante eddica é
conhecida como N6tt ('noite'); a gigante Hrimgerda de um poema Eddic encontra sua
destruição através do amanhecer. A designação myrkrifur ('cavaleiros do escuro') para
gigantes é igual a nahtfara alemã ('cavaleiro noturno') para espíritos que perambulam pela
noite, como Percht e Holda.

Associações de animais. A ligação com os lobos dos espíritos do norte encontraria um análogo
na aliança dos espíritos alemães com seus cães. O nariz longo ou "de ferro" de Percht e Holda
parece ser o vestígio de uma forma de pássaro da deusa, e o Schnabelpercht possui, na
realidade, o bico de um pássaro. O nariz pontudo é frequentemente perfurado pelas gigantes
do norte, e a gigante Margerdrh é um nariz "de ferro" .129 Algumas gigantes podem assumir a
forma de pássaros, e algumas delas têm garras e bicos de ferro

A morada dos espíritos. Perchta é conhecido como selvagem em algumas regiões; sabemos
que o adjetivo tinha um significado, quase perdido em nosso tempo, de "pertencer à floresta" .
76 Perchta, designado como selvagem, é de fato uma criatura da floresta; exceto pelos
vislumbres que recebemos de sua habitação em uma caverna, como em Lusarn, ela não está
estacionada ou habitada em uma habitação, pois a dela é a totalidade dos bosques e vales

É verdade que na Idade Média Diana presidia cerimônias noturnas e proibidas; mas aqui
estamos lidando com uma forma degradada da deusa, alguém que havia sido transformado
pelo cristianismo em bruxa. (Na tradição germânica, no entanto, a noite era freqüentemente
dedicada a ritos religiosos. Podemos entender que, pelo menos nos aspectos mencionados
acima, Percht e Holda compartilham uma herança particularmente do norte, enquanto, é
claro, participam também das características comuns de uma Senhora das Coisas Selvagens,
que representa, como expresso em Der kleine Pauly, a força da natureza

Procurando recuperar mitologias perdidas, a única evidência para a qual foram os reflexos
produzidos pela distorção espelho do cristianismo, Grimm acreditava que podia avistar um
grupo de deusas-mãe benignas, que nos tempos germânicos ensinavam à humanidade os
segredos da agricultura e da economia doméstica, e especialmente as artes pacíficas de fiação,
tecer e cuidar da lareira. Uma dessas deusas era Perchta, lembranças sombrias das quais as
pessoas comuns haviam retido até o presente (Grimm 1968, vol. 1, 88). Seu próprio nome, que
significava "brilhante", testemunhava seu status anterior e seu relacionamento com
divindades clássicas como Selene, a deusa da lua não menos refulgente, assim como Diana ou
Artemis (Grimm 1968, vol. 1, 207 e volume 3, 88)

Relação com Baba Yaga: No folclore eslavo, Baba Yaga (em russo: Баба-яга; transl.: Baba-yaga;
também chamada Baba Jaga em polonês, jězě em tcheco e eslovaco e Jaga Baba em esloveno)
é um ser sobrenatural (ou um trio de irmãs com o mesmo nome) que tem a aparência de uma
mulher deformada e/ou feroz e que voa pelos céus montada num almofariz, apagando os
rastros que deixa com sua vassoura.[1] Mora no interior da floresta numa casa apoiada sobre
pés de galinha (ou apenas sobre um pé, em algumas versões), e cuja fechadura é uma boca
cheia de dentes.[1][2] A Baba Yaga pode ajudar ou dificultar aqueles que a encontram ou a
procuram. Ela às vezes desempenha um papel maternal, e também tem associações com a
vida selvagem da floresta. De acordo com a morfologia folclórica de Vladimir Propp, a Baba
Yaga comumente aparece como uma doadora (nos contos de fadas) ou vilã, ou pode ser
completamente ambígua. Andreas Johns identifica a Baba Yaga como "uma das figuras mais
memoráveis e distintas no folclore europeu eslavo", observa que ela é "enigmática" e muitas
vezes exibe uma "ambiguidade surpreendente".[3]

Johns resume Baba Yaga como "uma figura multifacetada, capaz de inspirar pesquisadores a
vê-la seja como Nuvem, Luz, Morte, Inverno, Cobra, Pássaro, Pelicano ou Deusa da Terra,[nota
1] ancestral matriarcal totêmica, iniciadora fêmea, mãe fálica, ou imagem arquetípica".[3]

Isaac Bashevis Singer descreveu Baba Yaga com um nariz vermelho arrebitado, narinas largas e
ardentes, olhos em chama como carvão em brasa e com cardos a sair do crânio em vez de
cabelos. Singer referiu também a existência de babas menores e de pequenos demônios
chamados dziads. Ajuda os puros de coração e devora os impuros.

Notas sobre Perchta: a deusa selvagem


9 de dezembro de 2018michellenickolaisen

(Este ensaio passou por várias iterações ao longo dos sete anos desde que eu
o redigi originalmente, mas eu queria colocá-lo em um lugar facilmente
referenciável, pois ainda não há muita informação sobre Perchta por aí.
Como tenho tempo, estar atualizando isso com novas pesquisas e
pensamentos. - M)
Aspectos de Perchta
Senhora do Deserto
Perchta é referido como selvagem, no sentido original de "pertencer à
floresta". Ao contrário de Frau Holda ( outra figura folclórica germânica ), ela
não está particularmente associada a uma montanha. Ela é uma criatura de
bosques e vales, embora às vezes se diga que habita em uma
caverna. Notavelmente (e novamente em contraste com Holda), ela nunca
mencionou viver em uma vila ou em uma parte “culta” da área circundante
(campos de milho, etc.). (A Deusa do Inverno: Percht, Holda e figuras
relacionadas, Lotte Motz)
Aspectos Iniciativos / Iniciantes
Um dos motivos comuns em torno de Perchta é o de cortar a barriga, punindo
as pessoas que traíram as normas culturais. Motz observa que Perchta tem
várias marcas de uma figura de educador e se pergunta se esses temas não
estavam originalmente relacionados a uma iniciação de algum tipo:
“As histórias da educação dos jovens por um ser sobre-
humano, especialmente se elas ocorrem no deserto, lembram
as práticas de iniciação da puberdade das sociedades
primitivas. Nestes, a separação das habitações dos pais e as
experiências infligidas por forças sobre-humanas são
essenciais para o segundo nascimento espiritual e para a
obtenção de um status adulto. … A história recorrente da
abertura e reabastecimento de estômagos humanos por
Perchta parece ser um motivo iniciático. ... O
reabastecimento de um corpo com novas substâncias
obviamente ocorre apenas em sonhos iniciáticos ... Homens
mutilados e homens cujos corpos foram cortados para que
seus intestinos se arrastem para trás são anotados nas
descrições do hospedeiro selvagem que é tão
frequentemente liderado pela deusa. "
Parece que, para as mulheres, os papéis iniciais de Perchta seriam centrados
em torno da fiação e, para os homens, estaria envolvido nas procissões de
perchten - inicialmente tornando-se personificações de entidades selvagens e
depois aparecendo no traje da região, representando o estado de idade adulta
jovem eles estavam aspirando.
Curiosamente, há um incidente semelhante na  saga de Laxdaela , em que um
personagem experimenta uma visão em que uma mulher chega até ele, o abre
e substitui suas entranhas por madeira. No dia seguinte, ele está mortalmente
ferido em batalha e pensava estar morto ... mas na manhã seguinte, ele está
bem. Ao acordar, ele diz que a mulher - que na verdade era sua guardiã idis *
- voltou para ele durante a noite e colocou as entranhas de volta.
* IDIS ou dis é a forma singular de dísir,  figuras guarda em nórdica
mitologia. Leia mais sobre o disir aqui .
Dupla natureza
A palavra Perchta parece ter vindo de um adjetivo que significa “brilhante” ou
“glorioso” (Perchta, a Belly Slitter e seu Kin, John Smith) . Há duas coisas a
serem observadas aqui:
 A origem germânica de seu nome
 O significado positivo do nome dela
Os dois apontam que Perchta é uma figura nativa da região e muito apreciada.
Ao longo de suas histórias, ela é retratada como tendo uma natureza dupla -
sua personalidade é descrita alternadamente como gentil ou
violenta. Fisicamente, ela é descrita como cinza, enrugada, velha e feia, mas
também como uma jovem alta e bonita, velada e vestida de branco. Os
aspectos mais negativos de seu caráter foram possivelmente exagerados mais
tarde por autores cristãos que tentavam desacreditar uma figura obviamente
pagã. Freqüentemente, seu nariz “longo” ou “de ferro” era mencionado - Motz
se pergunta se isso foi deixado de uma associação com uma ave de rapina.
A igreja medieval falou de "pecadores" que deixam comida para Perchta na
"noite de Perchta" na esperança de melhorar sua prosperidade e bem-estar no
próximo ano. A igreja também estava registrando um pedido de que as
pessoas não acreditassem mais no “poleiro selvagem”, e outros registros
reclamam de moradores que preferem cantar “domina Perchta” a fazer suas
orações à Virgem Maria. (Motz)
Juntos, esses fatores não apenas diminuem muito a probabilidade de Perchta
ter sido criada pela igreja medieval para manter as pessoas na linha (como
Smith propõe em seu ensaio), mas deixa claro que Perchta era uma figura de
adoração em muitas áreas. Outro testemunho disso seria seus rituais populares
sobrevivendo até hoje .
Algumas outras notas interessantes:
 Um cânone da igreja no século IX condena as mulheres que dizem ter
saído com uma multidão de demônios noturnos (Motz) - isso pode estar
relacionado a perchten
 Grimm também observa que Frau Berchta é falada no século 10
Itens, estações e eventos relacionados
Fiação
A Perchta está muito bem documentada como associada ao fuso e à
fiação. Quando os pastores trouxeram linho para ela no verão, ela abençoou
seus rebanhos, e eles frequentemente alegavam vê-la caminhando pelas
encostas mais íngremes ao redor do crepúsculo, com um fuso de ouro na
mão. (Smith)
O eixo está associado a várias deusas e entidades nos países germânicos
continentais e está fortemente associado ao destino e fortuna. ( mais sobre isso
aqui ) Ela também estava associada a fazer a fiação a tempo - se você não
fizesse a tempo, Perchta pode dizer que você teria azar no próximo ano, ou
mesmo se envolver em algumas das mencionado acima.
Através do eixo, Perchta pode estar conectado aos mistérios femininos - Motz
observa que os lugares onde as meninas se reúnem para girar podem se tornar
o local de encenação desses mistérios, e que a instrução de girar é
frequentemente parte da tradição das iniciações da puberdade das meninas.
A caça selvagem
Perchta está associado à Caçada Selvagem no folclore, considerado o
líder. Isso não é incomum com as deusas germânicas ou do norte da Europa, já
que se diz que Frau Holda, Freyja e Frigga lideram a Caçada Selvagem,
dependendo do local. A caça selvagem foi um fenômeno que ocorreu nos
meses de inverno que era perigoso para os seres humanos; estar no caminho
pode ser mortal. O ensaio de Gundarsson é um grande recurso para o folclore
na caça, mais aqui na caça .
Inverno
Quanto à época do ano em que Perchta tem o maior papel, não há dúvida de
que é a temporada de inverno, especificamente dezembro e janeiro. É quando
suas festas e procissões tradicionais são realizadas. Ela está particularmente
associada à Epifania, começando na noite de 5 de janeiro e indo até 6 de
janeiro. Há alguma evidência de que esse feriado foi referido como
"perchtentag" (dia claro, dia de Perchta ou dia de Perchten) antes da conversão
e também era frequentemente referido como tal posteriormente. (Nota: eu
também vi relatos modernos das regiões que ainda a honram e fazem suas
procissões nos dias 5 e 6 de dezembro. Isso provavelmente se deve à
sobreposição com os eventos Krampus nos tempos modernos, pois o Krampus
estava especificamente associado a dezembro 6º.)
Crianças
Diz-se que ela costuma seguir um grupo de crianças não batizadas e está
associada a crianças, apesar de não ter filhos. A teoria de Motz é que notar
especificamente que essas crianças não são batizadas é a explicação cristã
para a forte aliança de Perchta com um grupo de crianças que não é
dela. Minha teoria pessoal é que pode ter havido histórias semelhantes nos
tempos pagãos, mas para crianças que correspondem aproximadamente a
crianças cristãs não batizadas - crianças que morreram antes de serem
nomeadas e aceitas na comunidade ou que foram expostas aos elementos.
Em “Percht and the Curry Farmhand”, a esposa de um fazendeiro e seus
ajudantes prepararam o melhor quarto de sua casa para uma visita a Percht e
seu grupo de filhos não batizados. (Smith)  Outra história relata uma pobre
cottager que, saindo à noite em busca de um padrinho para uma nova adição à
sua família, encontra Perchta e seu grupo de filhos. Quando o fazendeiro vê
uma criança vestindo apenas uma roupa de baixo, ele grita: "Oh, seu pobre
Zodawascherl!" * Perchta diz ao homem que, desde que ele a nomeara, a sorte
seria dele e desapareceu junto com seus filhos. . O cottager encontrou um rico
patrocinador logo depois. (Smith)
Essa história é particularmente interessante porque mostra Perchta como um
doador de riqueza. Também me faz pensar se ela tinha alguma conexão com
nomes em algum momento, já que os nomes eram e são considerados coisas
poderosas. Existem alguns temas sobrepostos, o  mito de Odin, Frigga e os
langobards, embora não tenha certeza de que conclusão possa ser alcançada a
partir dessa ligeira conexão.
Ofertas tradicionais
O leite que foi distribuído para Perchta e sua comitiva durante esta época do
ano foi então fornecido às aves e ao gado, para dar-lhes vigor e fertilidade no
próximo ano. Essa é outra conexão entre Perchta e a abundância, e essa
conexão poderia ser feita especificamente, pois as ofertas de comida para ela
eram comuns e às vezes a comida era comida em sua homenagem.
Associações de animais
Como mencionado acima, Motz teorizou que as descrições de Perchta como
“nariz comprido” ou “nariz de ferro” eram sobras da cabeça para sua
associação com aves de rapina. Ela é particularmente associada a animais de
caça, através da Caça Selvagem - temos relatos de cães seguindo sua
carruagem ou participando da Caça Selvagem. Outras associações possíveis
incluem lobos e cabras. Eu argumentaria que a maioria dos animais da
floresta, principalmente os noturnos, poderia estar associada a Perchta, e eu
pessoalmente a associo fortemente a corujas e lobos em particular (veja
abaixo, “Ofertas Sugeridas e UPG”).
Depois de fazer muita pesquisa na esperança de que esse nome fosse
espiritualmente significativo, descobri que isso significa ... lavador de
garrafas. O garoto estava lavando a garrafa com lágrimas. Boa piada, conto
popular. 

Entidades relacionadas
The Perchten
O Perchtenlauf era mais comum na última noite de
Fasching. Era uma espécie de procissão mascarada. Os
mascarados eram chamados Perchten. Eles foram divididos
em lindos e feios…. Os lindos Perchten costumavam
distribuir presentes. Assim foi alto e alegre, se a própria
Perchte selvagem não aparecesse entre eles. Se esse espírito
se misturasse entre eles, o jogo era perigoso. Pode-se
reconhecer a presença do Perchte selvagem quando os
Perchten se enfureceram, furiosos e selvagens, e saltaram
sobre o poço. Nesse caso, os Perchten se afastaram
rapidamente com medo e tentaram alcançar a melhor casa
mais próxima. Pois assim que alguém estava sob o teto, o
Selvagem não podia mais tê-los. Caso contrário, ela
destruiria qualquer um, de quem pudesse se apossar. Ainda
hoje, pode-se ver lugares onde os Perchten destruídos pelo
selvagem Perchte estão enterrados.
(Sitten, Bräuuche e Meinungen des Tiroler Volkes, em
Höfler, p. 59),  daqui
Os Perchten são uma das coisas mais interessantes sobre Perchta, e essas
tradições se estendem até os dias atuais .
Em resumo, os habitantes locais (tradicionalmente jovens) se vestirão como
monstros hediondos e desfilarão pela vila. Em vários lugares, eles aparecem
em forma dupla - no início do feriado, na sua forma hedionda, e mais tarde na
forma "bonito" (que geralmente consiste em roupas tradicionais locais).
Existem claras semelhanças entre as procissões de Perchten (especialmente
como descrito na conta acima) e a Caça Selvagem. Há também relatos de que
as procissões estão sendo feitas intencionalmente para espantar os maus
espíritos (como eles são bem barulhentos).
E, claro, há uma notável semelhança visual entre os Perchten e os Krampus. O
Krampus é outra figura de inverno com prováveis origens pré-cristãs, não
encaradas com carinho pela igreja medieval por sua semelhança com
Satanás. Com o passar do tempo, o perchtenlauf e o krampusnacht são
frequentemente misturados em uma procissão ou evento, mesmo que
tradicionalmente acontecessem em momentos diferentes (Krampusnacht no
início de dezembro, Perchtenlauf no final de dezembro ou no início de
janeiro).
Elfos / Alfar
Não existe uma conexão histórica explicitamente declarada entre Perchta e os
elfos. No entanto, seu nome significa "brilhante" e ela às vezes aparece
vestida de branco, lembrando os elfos da mitologia escandinava. Presentes que
parecem inúteis e depois se transformam em ouro são um motivo comum no
folclore das fadas, e freqüentemente aparecem em histórias sobre Perchta. Ela
também está associada a tempos e lugares "intermediários", e elfos / fadas são
associados a montes - um portal entre este mundo e o outro.
Perchta e Frau Holda
Muitos assumem ou afirmam que Perchta e Frau Holda são a mesma deusa
com nomes diferentes. Isso parece ter começado com Grimm notando que as
áreas em que Perchta era adorado eram aquelas em que Frau Holda não
aparecia. Não concordo com a suposição dele, mas sinto que eles estão
intimamente relacionados - algo parecido com as irmãs. Curiosamente,
na  tradição Urglaawe * , Holda e Perchta são vistas como irmãs.
Pode-se dizer que há alguma evidência para apoiar a ideia de que Frau Holda
e Perchta são entidades diferentes:
 Frau Holda não está conectada com a Perchten ou com figuras
semelhantes
 Ela nunca está associada aos aspectos de “barriga cortada” associados a
Pechta
 Não há ênfase em Holda ter uma forma "leve" (uma jovem bonita) e
uma forma "escura" (uma velha horrível)
 Perchta não é tão conectado com atividades domésticas ou bruxaria
quanto Frau Holda é
Para mim, eles não sentem o mesmo, e sinto que há diferença histórica
suficiente para considerá-los como entidades separadas. No final, cabe ao
leitor decidir por si próprio.
* Urglaawe é uma tradição viva do paganismo praticada pelas comunidades
holandesas da Pensilvânia e verificada pelos antropólogos. Os recursos em
Urglaawe são, na IMO, uma maneira maravilhosa de aprender sobre como o
paganismo evoluiu, não fosse a conversão forçada. 
Walburga
Walburga é o nome possível de outra deusa germânica, mais tarde
transformada em santa. Ela, como Perchta, está associada à fiação e ao
eixo. Também como Perchta, ela está associada à Caçada Selvagem, embora
seja perseguida por ela, não a liderando. Você pode ler mais sobre
Walburga  aqui .
Dia de Santa Lúcia
Santa Lúcia é uma santa cristã que é comemorada em 13 de dezembro. A
Suécia é o país mais fortemente associado ao dia, mas também é comemorado
na Noruega, Dinamarca, Islândia, Letônia, Estônia, Finlândia e outros países.
As celebrações no dia de Santa Lúcia incluem uma procissão liderada por uma
garota usando um vestido branco com uma faixa vermelha e coroa de luzes ou
velas, seguida por outras garotas carregando velas. A lenda original de Santa
Lúcia (que pode ser vista  aqui ) não parece relacionada ao paganismo
germânico, mas o dia de Santa Lúcia como feriado parece ter sido enxertado
em um feriado pré-cristão anterior.
Embora não liste uma fonte, o artigo da Wikipedia para o Dia de Santa Lúcia
diz que  Lussinatta foi observado em 13 de dezembro (pelo calendário juliano
não reformado, que faria coincidir com o solstício). Os dias entre Lussinatta e
Yule foram considerados perigosos; Lussi e seus seguidores, chamados
coletivamente de  Lussiferda , viajavam pelo ar à noite (remanescente da
Caçada Selvagem). Não posso dizer com certeza se há alguma conexão entre
esses eventos e Perchta, mas é uma leitura interessante.

Ofertas sugeridas e UPG


(UPG = Gnose pessoal não verificada. Basicamente, minhas experiências
pessoais que podem ou não corresponder às suas ou às evidências
históricas.)
Perchta é uma deusa dos lugares intermediários. Ela pode ser encontrada
entre segurança e perigo, civilização e natureza, controle e perda, o tempo
entre os anos e até a vida e a morte. Esses lugares são onde ela reside, e é aí
que você a encontrará.
É precisamente porque ela não faz parte da civilização que pode proteger dos
perigosos, com seu grupo de monstros (que eram tão horríveis de se olhar não
porque eram maus, mas de espantar espíritos prejudiciais). Qualquer pessoa
que atravesse ou viva nesses lugares faria bem em procurar Perchta em busca
de proteção e orientação. Ela de fato representa a "força da natureza, que é ao
mesmo tempo vivificante e vivificante". (Motz)  Para mim, ela se sente muito
feia, no sentido de selvagem e selvagem.
Eu a vejo andando por uma floresta silenciosa coberta de neve. Eu a vejo
vestida de branco, estalando um chicote enquanto a Caça Selvagem atravessa
o céu. Eu a vejo na floresta, olhando para cima da presa caída com sangue
pingando de seu rosto e mãos. Eu a vejo sentada em uma cabana, girando e
cantando enquanto ela o faz.
Minhas associações pessoais com ela incluem corujas brancas. Isso não é
exagerado, dadas as conexões com as aves de rapina, o fato de a coruja ser
noturna e o fato de ela parecer estar associada ao branco em sua forma
"leve". Quando ela apareceu pela primeira vez na minha vida, ela foi
anunciada por corujas brancas que apareciam por toda parte. No que diz
respeito a outros animais, eu a associo a cães grandes, principalmente pretos
ou cinza, e também a lobos. Outra associação pessoal é a lua, particularmente
a lua cheia - ainda mais porque penso nela como associada à noite. Por isso,
pretendo fazer oferendas a ela na lua cheia.
Para mim, Perchta é um guardião de lugares selvagens, especialmente
florestas. Em um nível, vejo os perchten como representações da natureza
selvagem e dos espíritos da floresta. Eles cairiam sob a tutela de Perchta, bem
como as terras físicas em que eles próprios vivem e guardam.
Quanto às ofertas de alimentos, eu pessoalmente tive boa sorte com chá chai,
aveia com mel e açúcar mascavo, chocolate com avelãs, hidromel e carne
vermelha. Para o incenso, sugiro aromas à base de plantas ou da floresta -
cedro, lavanda, etc. Meu altar para Perchta tem várias pedras, incluindo jaspe
vermelho, madeira petrificada, pedra da lua e um cristal de quartzo exclusivo
com linhas profundas gravadas nele e terra embebida nessas linhas, bem como
representações de corujas, lobos e lua.
Leitura recomendada:
Recursos úteis e / ou acadêmicos sobre Perchta ainda são bastante escassos no
terreno, mas foi o que encontrei ao longo do caminho:
 Perchta é mencionado brevemente na mitologia teutônica por Grimm
 Ela também é (entre várias outras figuras) o foco do ensaio de Lotte
Motz “A Deusa do Inverno: Percht, Holda e Figuras Relacionadas”
(disponível através do  JSTOR ). Motz considera que Perchta e Holda,
entre outros, eram formas diferentes de uma única deusa de inverno
“Dama das Bestas”, o que não é algo que eu concordo, mas há muitas
informações boas no ensaio.
 Há uma breve seção sobre Perchta e Holda em Religião Teutônica, de
Gundarsson, que também considera que elas são a mesma deusa.
 Outro ensaio disponível no JSTOR, “Perchta the Belly-Slitter and Her
Kin”, de John Smith, tem boas informações, mas achei que a atitude e o
estilo de escrita do autor não eram do meu gosto e de sua conclusão (que
Perchta foi criado pelo medieval). igreja para manter a população
alinhada) com defeito. Eu não o recomendaria, a menos que você esteja
realmente procurando por pequenas informações que possa encontrar, já
que a maioria das informações que ele usa também está no ensaio de Motz.
 Um ensaio falando sobre a caça selvagem e referenciando Holda e
Perchta também
 As bruxas do inverno
TEXTO ABAIXO É INTERESSANTE MAS TEM RESSALVAS, NÃO ABORDA O LADO MAIS
“OBSCURO” DE PERCHTA

Frau Perchta, bruxa da décima


segunda noite
 
5
Jan de Christine Valentor

E entao. Outro feriado termina. Mas não tão rápido! Antes de derrubar


o visco e acabar com as ameixas, há mais uma celebração que deve ser
reconhecida. Esta é a lenda de Frau Perchta, bruxa da décima segunda
noite.
Talvez você nunca tenha ouvido falar desse personagem obscuro. Mas
se você estava morando na Baviera ou na Áustria durante a Idade
Média, pode ter ficado bastante perturbado quando a temporada de
Natal chegou ao fim. Durante esse período, Frau Perchta estaria à
solta, distribuindo punições e recompensas para os impertinentes e
agradáveis, respectivamente.

O “fim oficial” de Yuletide em muitas tradições é 06 de janeiro th ,


também conhecida como Noite de Reis ou Festa da Epifania. Foi nessa
noite que Frau Perchta apareceu para uma visita. Se você tivesse sido
bom no ano passado, seria recompensado com um pedaço de
prata. Mas se você tivesse sido ruim - cuidado! Frau Perchta era uma
distribuidora severa de justiça. Na verdade, ela também era chamada
de "a cortadora de barriga" porque a punição por mau comportamento
consistia em Frau Perchta abrir o estômago do agressor, remover os
órgãos internos e substituí-los por palha e seixos. Ai!

Nas tradições cristãs, 6 de janeiro é a Festa da Epifania. Ele comemora


a visita dos Magos à manjedoura onde Cristo nasceu. Segundo a Bíblia,
três magos da Pérsia, seguindo uma estrela brilhante, foram a Belém
para cumprimentar e dar presentes ao menino Jesus. Webster define
"epifania" como " uma aparência ou manifestação especialmente de
um ser divino".
A décima segunda noite é um tempo de grande maravilha e
revelação. Então, por que todo o terror e julgamento associados a
Perchta? Eu me perguntava como Frau Perchta conseguiu um rap tão
ruim.

A verdadeira deusa

Fiz algumas investigações e descobri que Perchta tem uma história


muito interessante. Ela nem sempre foi uma bruxa do mal. De fato, ela
era uma vez uma deusa germânica muito amada. Ela também é
chamada Berchta ou Bertha. O nome Bertha significa literalmente
"brilhante" ou "brilhante". Nos tempos antigos, pré-cristãos, Berchta
era uma figura poderosa, adorada pelas tribos celta e germânica. Era
seu trabalho proteger bebês, mulheres e crianças. Ela estava associada
a bétulas (no vidoeiro alemão antigo alto é birka, que também significa
"brilhante".) Ela era uma protetora das florestas e da vida
selvagem. Ela também era uma "psicopata" - ou seja, um espírito que
guia os mortos para a vida após a morte.

Coisas bastante impressionantes.


Berchta foi associado ao ciclo da vida, morte e renascimento. Ela foi
retratada como uma mulher bonita com cabelos longos. Ela usava um
vestido branco e costumava ser chamada de Mulher Branca ou Senhora
de Branco. Ela era considerada uma deusa tripla (talvez por causa de
sua associação com os ciclos da vida) e foi capaz de assumir formas de
donzela, mãe e mãe.
Como um guia para a vida após a morte, Berchta era uma figura
sensível e carinhosa que ajudou as almas em sua transição. Há um
conto em que uma mãe em luto vê uma aparição de seu filho recém-
falecido. Ele está com um grupo de crianças ao longo de uma
encosta. As crianças estão seguindo uma mulher em um vestido
branco. O menino se afasta para falar com sua mãe triste. O garoto diz
à mãe para não chorar, pois ele está seguro e sob a vigilância da Dama
Branca.

Berchta também tinha habilidades de mudança de forma. Ela foi


descrita como às vezes tendo os pés de um ganso e também assumiu a
forma de um cisne. Como protetora de animais, ela foi chamada de
"Guardião das Bestas".
Uma imagem contaminada

Nos contos assustadores posteriores de Perchta, ela é representada


exclusivamente como uma velha - mais especificamente, uma velha
bruxa assustadora. Ela usa um vestido desgrenhado, tem um rosto de
ferro e um nariz como um bico.
Ela carrega uma faca embaixo da capa (caso precise cortar a barriga de
alguém!) E, claro, ela tem aqueles pés de ganso de aparência estranha.

Então, como Berchta se tornou Perchta? Como essa deusa benevolente


foi demonizada e transformada em uma bruxa do mal? Três palavras: A
Igreja Medieval.

O cristianismo tornou-se poderoso na Baviera por volta


do século VI . Os cultos pagãos que haviam evoluído em torno de
Berchta eram bastante fortes e se colocavam em seus caminhos. Os
adoradores de Berchta se recusavam a ser absorvidos pelas novas
tradições cristãs. E assim, para propósitos de conversão, a Igreja
recorreu ao medo.

O nome dela foi alterado, entre outras coisas. A palavra "perchten"


significa monstros assustadores, então Berchta se tornou "Perchta,
líder dos Perchten". Berchta, a sábia dama branca, passou a ser
conhecida como Perchta, uma bruxa de nariz torto e facada na barriga.

Com o passar dos séculos, os adoradores de Berchta se mostraram


muito teimosos. Eles não estavam dispostos a desistir de sua deusa. A
Igreja tomou outras medidas. Segundo um documento religioso
conhecido como Thesaurus Pauperum , o culto a Berchta foi
proibido em 1468. Este documento condenou especificamente a prática
de deixar ofertas de alimentos e bebidas para Berchta durante o Natal.

Você pode estar se perguntando, como eu, o que diabos é um


Thesaurus Paupernaum?

Bem, não tinha nada a ver com um dicionário de sinônimos como o


conhecemos. Pelo contrário, era uma coleção de receitas e curas
medicinais naturais, presumivelmente para o benefício de pessoas
pobres (indigentes / paupernaum) que não podiam pagar médicos
caros. Curiosamente, este documento é citado como contendo
informações como: valores medicinais de pedras preciosas,
fitoterápicos para o parto, mapas astrológicos e uma tabela para o uso
de metais preciosos.

Hummm. Cristais mágicos, fitoterápicos e astrologia. Parece Pagany


para mim ...
O Thesaurus Paupernaum foi escrito por importantes autoridades da
igreja, como o Papa João XXI e Santo Albertus Magnus, com
contribuições do mineralogista George Frederick Kunz. Suas gravações
abrangem um período de cerca de sete séculos e estão incluídas na
coleção de manuscritos medievais e renascentistas da Biblioteca do
Congresso.

Então, para o pessoal medieval, era um grande negócio. Algo que eles


tinham que prestar atenção.

Yuletide era seu tempo especial e Frau Perchta se tornou uma figura
semelhante a Krampus, o equivalente maligno de São Nicolau.
Propaganda e os Tempos Ardentes

Havia histórias de Frau Perchta capturando crianças e comendo-


as. Havia histórias de Frau Perchta como a bruxa do Natal, que enfiava
as crianças ruins em seu saco gigante. Ela visitava na Noite de Reis
esperando comida como uma oferta, mas se estivesse descontente com
o que alguém deixava, ela abriria a barriga da pessoa e a encheria de
lixo. Ela também era defensora de casas limpas e da conclusão da
fiação. Portanto, se as mulheres tivessem negligenciado o trabalho
doméstico ou o linho, poderiam esperar que a barriga também ficasse
cortada.

A repressão de Berchta e os subsequentes contos assustadores de


Perchta ocorreram durante um período interessante. Na Europa, os
anos entre 1450 e 1700 são conhecidos como The Burning
Times. Durante esses anos, começaram as reformas protestantes,
dividindo a Igreja cristã em várias facções. Instabilidade causou ainda
mais paranóia. Estima-se que cerca de 100.000 homens e mulheres
foram mortos por bruxaria, muitos deles queimados na fogueira.

A Alemanha, um dos principais defensores das Reformas, foi um dos


piores criminosos. Os historiadores relatam que populações inteiras de
mulheres nas cidades e vilas eram às vezes eliminadas.
Mantendo a Berchta viva

Apesar das tentativas da igreja de se livrar de Berchta, ela continua


viva. Um Dia das Bruxas como celebração em que as crianças se
vestiam como demônios (Perchten) durante Yuletide foi observada em
algumas partes da Europa durante a 18 ª e 19 ª séculos. Algumas
famílias preparariam um mingau chamado "Perchtenmilch". Parte do
mingau seria consumida pela família, com uma porção reservada como
uma oferta para Perchta e seu Perchten.

Na 19 ª século, até mesmo os irmãos Grimm tinha uma palavra a dizer


sobre Perchta. De acordo com Jacob Grimm, que traduziu textos do
alto alemão antigo, ela foi mencionada como Frau Berchta, uma deusa
vestida de branco que supervisionava a fiação e a tecelagem e, às vezes,
era a líder da caça selvagem.

Honrando-a como uma bruxa assustadora, mantemos vivo o nome de


Perchta. Ela, junto com Krampus e outros monstros, desfrutou de um
rejuvenescimento nos últimos anos. Algumas pessoas preferem um
pouco de horror no Natal.

A deusa Berchta nunca será esquecida. Sua beleza brilhante é evidente


no retorno do sol por Yule, na nova neve caída, nos cisnes brancos e na
magnificência das montanhas alpinas de onde ela é originária.

Nesta décima segunda noite, você pode querer tirar um tempo para
homenagear Berchta / Perchta. Um altar pode incluir velas brancas,
galhos de bétula ou penas brancas. Você pode meditar sobre os entes
queridos que já passaram e pedir a Berchta uma passagem
segura. Você pode deixar uma oferta de bolo ou mingau para ela. E -
pode ser prudente manter a casa limpa - só por precaução!
 

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