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RAUL SEIXAS:
A MOSCA NA SOPA DA DITADURA MILITAR
Censura, tortura e exílio (1973-1974)
São Paulo
2007
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2
BANCA EXAMINADORA
_____________________________
_____________________________
_____________________________
3
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
This dissertation aims to rescue the importance of the singer and composer
Raul Seixas (1945-1989) in the period between the military dictatorship
and the promulgation of 1988 Constitution. It seeks, still, to verify his
insertion into the Brazilian artistic scenario and in other segments during
the 1970 decade, as the counterculture, the censorship, the repression and
the torture of all considered subversive.
Recognized as composer of many talents, the singer figures among the
most renowned artists of the last years in the Brazilian popular music.
Discloser of Alternative Society, that in full military regime had as slogan
"do what you want, because it is everything within the law", he did of his
music speeches having an innovative spirit to say old things with new
characteristics, mixing differentiated rhythms that, according to the artist,
"had the same malices", such as rock and roll and the “baião” (Brazilian
folk music and dance), and, thus, constituting trends.
This study is divided in three chapters: in the first - "If today I am a star,
tomorrow it has already faded... of Raulzito to Raul Seixas" - they narrate
the artist's path since the beginning of his career, the success and the last
years of life. In the second – "The monster SIST is gargantuan and crazy to
have sex with me... Raul Seixas and the Censorship" - the censorship, the
manifest comic book, main theoretical instrument for the implementing the
Alternative Society in Brazil, and the dialogue between the censorship and
the censured music, are studied. Finally, in the third party – "Because there
are just truths to say, to declare... Raul Seixas and the Federal Police" – it
presents how the persecution, the artist’s prison, torture and exile took
place.
9
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................12
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................149
FONTES E BIBLIOGRAFIA......................................................................................151
ANEXOS.......................................................................................................................172
10
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE ANEXOS
Figura 01 – Gibi-Manifesto.....................................................................172
Figura 02 – Construção do Badogue......................................................173
Figura 03 – Saudação..............................................................................174
Figura 04 – Artigo 1000...........................................................................175
Figura 05 – Artigo 1055..........................................................................176
Figura 06 – Artigo 2000..........................................................................177
Figura 07 – Artigo 2001..........................................................................178
Figura 08 – Artigo 3000..........................................................................179
Figura 09 – Artigo 6900..........................................................................180
Figura 10 – Artigo 4000..........................................................................181
Figura 11 – Artigo 8002..........................................................................182
Figura 12 – Artigo 7000..........................................................................183
Figura 13 – O Sol.....................................................................................184
Figura 14 – Artigo Final.........................................................................185
Figura 15 – The End................................................................................186
Figura 16 – Conexão com o Álbum........................................................187
Figura 17 – Pareceres da música censurada “Óculosescuro”..............188
Figura 18 – Pareceres da música censurada “Óculosescuro”..............189
Figura 19 – Pareceres da música censurada “Óculosescuro”..............190
Figura 20 – Pareceres da música censurada “Óculosescuro”..............191
12
APRESENTAÇÃO
1
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Há 10 mil anos atrás.” In: Há 10 mil anos
atrás (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (81034817), 1976.
13
Fragmento da canção Metamorfose Ambulante, composta e gravada por Raul Seixas em 1973.
17
2
Percebe-se claramente a indignação do artista frente às realidades encontradas em sua vida
cotidiana, demonstrada como uma certa depressão. SEIXAS, Kika. O Baú do Raul. São Paulo:
Globo, 1992. p.31.
18
Fragmento da canção de Raul Seixas e Paulo Coelho Loteria da Babilônia, gravada por Raul
Seixas em 1974.
3
PASSOS, Sylvio Ferreira. Raul Seixas por ele mesmo. São Paulo: Martin Claret, 2003. p.14.
4
Depoimento de Raul Seixas. In: Ibidem. p.13.
19
5
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. A história de nossa música popular, de sua
origem até hoje. 2ªed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. p.81.
20
6
Cinema Roma era o templo soteropolitano da rebeldia do rock and roll, ritmo dançante que
embalou o mundo a partir de 1956. Lá foram apresentados os primeiros filmes para o público
jovem, enquanto que do outro lado da cidade havia o Teatro Vila Velha, local freqüentado pelos
jovens da elite da cidade e por muitos nomes importantes da futura MPB, entre eles Caetano
Veloso. Esses eram considerados como “inimigos” daqueles que freqüentavam o Cinema Roma,
que, por sua vez, eram tachados de entreguistas ao novo estilo musical trazido dos Estados
Unidos.
7
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.15.
21
8
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p.42.
9
Raulzito era o apelido de Raul Seixas desde a infância. Thildo Gama foi o primeiro guitarrista
a acompanhar Raul Seixas no início da carreira; hoje é auditor fiscal da secretaria da fazenda do
estado da Bahia. Waldir Serrão, que hoje tem um programa de rádio em Salvador, foi o primeiro
grande amigo de Raul na infância e adolescência; organizava shows em vários salões de festas e
até mesmo em programas de rádio e televisão. Edy Star ou Edy Cooper, nomes artísticos de
Edvaldo de Souza, que na época se apresentava como artista circense em várias casas artísticas
de Salvador, gravou um álbum com Raulzito, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada, em 1971,
chamado Sociedade da grã-ordem kavernista apresenta sessão das dez; hoje mora em Madri,
Espanha, e faz shows em diversas casas noturnas nas principais capitais da Europa.
10
Movimento de música jovem que, ocorrido na década de 1960, foi assim denominado pela
imprensa e pelo público do programa que levava o mesmo nome. Opunha-se ao movimento da
velha guarda, caracterizado pelos antigos compositores e intérpretes de tangos, boleros, sambas
e sambas-canções das décadas de 40 e 50.
22
11
Depoimento do cantor e compositor Erasmo Carlos. In: MEDEIROS, Paulo de Tarso Cabral.
A Aventura da Jovem Guarda. Coleção Tudo é História 92. São Paulo: Brasiliense, 1984. p.14-
15.
12
“Raulzito queria ser o melhor, tinha aquele pimpão do Elvis, mas eu conhecia tudo de rock,
tinha os discos e isso fascinou o Raul.” Depoimento de Waldir Serrão, concedido ao autor em
10 de janeiro de 2007, na cidade de Salvador/BA.
13
O conceito de geração é entendido como uma similaridade de situação num mesmo tempo
histórico, em que pessoas de um mesmo grupo etário têm uma localização comum na dimensão
histórica do processo social. A identificação não ocorre somente pela contemporaneidade, mas
também pela possibilidade de partilhar sentimentos, pensamentos, comportamentos, enfim,
experiências colocadas por circunstâncias históricas e sociais comuns. In: PEDERIVA, Ana
Bárbara Aparecida. Jovem Guarda: Cronistas Sentimentais da Juventude. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2000. p.60.
23
O rock foi, para aquela geração, uma novidade a que muitos jovens
aderiram em grandes cidades do mundo.
14
CHACON, Paulo Pan. O que é Rock. Coleção Primeiros Passos 68. São Paulo: Brasiliense,
1982. p.12-18.
15
HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Extremos: O breve século XX 1914-1991. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995. p.324.
24
16
Aqui se observa como a indústria cultural se beneficia dessa nova camada de consumidores,
os jovens, já que passaram a consumir guloseimas, bebidas, vestimentas e até mesmo veículos
como carros e motocicletas, surgindo, assim, novos produtos voltados para esse público. “[...] A
cultura de massas, que, pela sua íntima imbricação com os sistemas de produção e mercado de
bens de consumo, acabou sendo chamada pelos intérpretes da Escola de Frankfurt, indústria
cultural, cultura de consumo.” BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo:
Companhia das Letras, 2006. p.309.
17
Depoimento do cantor e compositor Erasmo Carlos. In: PEDERIVA, Ana Bárbara Aparecida.
Op. cit. p.74.
25
18
ABONIZIO, Juliana. O Protesto dos Inconscientes: Raul Seixas e a Micropolítica.
Dissertação (Mestrado em História Social), UNESP, Assis, 1999. p.52.
19
DUTRA, Roger Andrade. “Da Historicidade da Imagem à Historicidade do Cinema.” In:
PROJETO HISTÓRIA. n.21. História e Imagem. São Paulo: Educ, 2000. p.138.
26
20
PASSOS, Sylvio Ferreira; BUDA, Toninho. Raul Seixas: uma antologia. São Paulo: Martin
Claret, 1992. p.77.
27
21
Letra extraída de gravações feitas por Raulzito Seixas na cidade de Salvador em 1964. In:
Raul Seixas Gravado em Casa (1964/1988). Produção independente de Sylvio Ferreira Passos,
presidente do Raul Rock Club – Raul Seixas Oficial Fã-Clube, 1993.
22
O termo “ie ie ie” acabou se tornando sinônimo dos seguidores da beatlemania, pois na
música “She loves you” os Beatles entoavam o refrão “ie ie ie”.
23
Depoimento de Carlos Eládio, guitarrista do grupo Raulzito e os Panteras. In: ABONIZIO,
Juliana. Op. cit. p.63.
28
24
Depoimento de Delma Gama, concedido ao autor em 10 de janeiro de 2007, na cidade de
Salvador/BA.
25
VILARINO, Ramon Casas. A MPB em Movimento: Música, Festivais e Censura. São Paulo:
Olho d’Água, 2002. p.119.
26
Ibidem. p.20.
29
27
Depoimento do cantor e compositor Márcio Antonucci (os Vips). In: PEDERIVA, Ana
Bárbara Aparecida. Op. cit. p.51.
30
Menina de Amaralina
Eu quero o seu amor
Menina! Oh! Menina linda
Volte por favor [...]
Agora a praia chora
Querendo lhe rever
Nem mais a lua quer
Lá no céu aparecer
28
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.25.
29
Ibidem. p.44.
30
SEIXAS, Raul (Compositor). “Menina de Amaralina.” In: Raulzito e os Panteras (LP).
Raulzito e os Panteras. Rio de Janeiro: Odeon (0544225721A), 1967.
31
carrões e brotos. A canção Você ainda pode sonhar31, uma versão de Lucy
in the sky with diamonds32, dos Beatles, era na época a música mais
conhecida do conjunto.
31
LENNON, John; McCARTNEY, Paul (Compositores). “Você ainda pode sonhar.” Versão de
“Lucy in the sky with diamonds.” In: Raulzito e os Panteras (LP). Raulzito e os Panteras. Rio
de Janeiro: Odeon (0544225721A), 1967.
32
LENNON, John; McCARTNEY, Paul (Compositores). “Lucy in the sky with diamonds.” In:
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (LP). Beatles. S.l.: Parlophone, 1967.
33
SEIXAS, Raul (Compositor). “Ouro de Tolo.” In: Krig-há, Bandolo! (LP). Raul Seixas. Rio
de Janeiro: Philips (6349078), 1973.
32
34
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.45.
35
Ibidem. p.75.
33
36
O álbum foi produzido por Raulzito Seixas; nele aparecem elementos voltados à
contracultura, como as palavras ditas pelo conjunto, caracterizando o movimento hippie
misturado com acordes da Jovem Guarda e padrões de consumismo, como no caso da compra
de televisores, partidas de futebol no estádio do Maracanã, carnaval e muitos outros assuntos
relacionados à cultura daquele período. Esse álbum foi, durante muitos anos, um dos mais raros
discos do Brasil.
37
SEIXAS, Raul (Compositor). “Aos trancos e barrancos.” In: Sociedade da grã-ordem
kavernista apresenta sessão das 10 (LP). Sérgio Sampaio, Raul Seixas, Miriam Batucada e Edy
Star. Rio de Janeiro: CBS Discos, 1971.
38
SEIXAS, Raul (Compositor). “Sessão das dez.” In: Sociedade da grã-ordem kavernista
apresenta sessão das 10 (LP). Sérgio Sampaio, Raul Seixas, Miriam Batucada e Edy Star. Rio
de Janeiro: CBS Discos, 1971.
34
39
Artigo: “Divulgadores, disc-jockeys e caititus promovem o sucesso. Mas o público é quem dá
a última palavra.” In: SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de História da Cultura Brasileira. São
Paulo: Difel, 1983. p.103-104.
35
Ainda sobre esse álbum, vale referir que, ao ser lançado, Henfil
mostrou, com seus desenhos, o humor escrachado que os artistas
depositaram na gravação ao misturarem cafonices com ruídos,
simbolizando o que as pessoas fazem em casa frente a um gravador.
Segundo o cartunista, o álbum incomodava os censores, que demonstravam
insatisfação principalmente com a sátira realizada acerca do cotidiano e
com a confusão entre samba, futebol e televisão. Mas esse trabalho, na
verdade, procurava enaltecer a cultura da cidade do Rio de Janeiro,
conforme demonstrou Henfil na produção do seguinte desenho:
40
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.75-76.
36
41
SEIXAS, Kika. Raul Rock Seixas. 2ªed. São Paulo: Globo, 1996. p.66.
37
Fragmento da canção Gita, de Raul Seixas e Paulo Coelho, gravada por Raul Seixas em 1974.
42
NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira utopia e massificação (1950-1980). Coleção
Repensando a História. São Paulo: Contexto, 2001. p.81.
38
Para sua performance, que foi uma homenagem ao rock and roll,
Raul preparou-se de maneira diferente da habitual, apresentando-se de
cabelos e barbas longos e de óculos escuros. Essa aparência permearia sua
carreira até a sua morte, em 1989; apenas em 1977 o cantor e compositor
adotou, ainda que temporariamente, outro visual, raspando a barba para
fazer uma homenagem ao seu grande ídolo, Elvis Presley, que morrera
naquele ano.
Raul misturou suas duas principais influências musicais da
adolescência: Elvis Presley, com o rock; e Luiz Gonzaga, com o baião.
Sobre esses dois gêneros43, comentou:
43
Esses dois gêneros musicais influenciaram Raul Seixas, pois eram os que mais o artista ouvia
durante sua infância e adolescência. Enquanto viajava com seu pai pelas estradas de ferro das
cidades do interior da Bahia e de outros estados da região nordeste, ouvia o baião de Luiz
Gonzaga e, quando ficava na capital, tinha contato direto com o rock and roll de Elvis Presley,
mediante seus amigos do consulado americano.
44
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.76.
45
SEIXAS, Raul; WISNER, Edith Nadine (Compositores). “Let me sing, let me sing.” In: Let
me sing my rock’n’roll (Compacto Simples). Raul Seixas. São Paulo, 1972.
39
que, com uma letra que caracteriza o hibridismo musical, une os dois
ritmos supracitados que influenciaram sua carreira.
46
Frase dita por John Lennon, em 1970, ao decidir separar-se dos Beatles e seguir carreira solo.
40
47
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.142.
41
48
ARAÚJO, Paulo César de. Eu não sou cachorro não – Música popular cafona e ditadura
militar. 4ªed. Rio de Janeiro: Record, 2003. p.205.
49
NAPOLITANO, Marcos. Op. cit. p.87.
42
50
Conforme o cantor mencionou várias vezes em entrevistas e músicas, o termo “Monstro Sist”
era o sistema vigente, aquele que dava ordens, e o próprio Raul, baseado nas idéias do mago
inglês Aleister Crowley e do anarquista Proudhon, não aceitava essas ordens, tendo como
objetivo autogovernar-se.
51
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “A hora do trem passar.” In: Ouro de tolo
(Compacto Simples). Rail Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6069076), 1973.
52
SEIXAS, Raul (Compositor). “Oureo de tolo.” In: Ouro de tolo (Compacto Simples). Raul
Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6069076), 1973.
43
53
SKIDMORE, Thomas E. Brasil de Castelo a Tancredo. 7ªed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
p.277-280.
54
GASPARI, Elio. A Ditadura Escancarada: As ilusões armadas. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002. p.209.
44
55
Aleister Crowley (1875-1947), bruxo e ocultista inglês que se autoproclamava o anticristo ou
a Besta do Apocalipse, em 1904, escreveu o livro The Book of the Law, “Livro da Lei”, que
inspirou a dupla na composição da canção Sociedade Alternativa, de 1974.
56
PASSOS, Sylvio Ferreira; BUDA, Toninho. Op. cit. p.20.
57
Segundo o artista, a frase krig-há, bandolo! significa, na língua do Tarzan, “Cuidado! Aí vem
o inimigo!”.
58
ABONIZIO, Juliana. Op. cit. p.126.
46
59
Raul Seixas em entrevista para o jornal O Pasquim, em novembro de 1973. In: PASSOS,
Sylvio Ferreira. Op. cit. p.83.
60
SEIXAS, Raul (Compositor). “Metarmofose Ambulante.” In: Ouro de tolo (Compacto
Simples). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6069076), 1973.
61
Depoimento do Presidente General Emílio Garrastazu Médici, em março de 1973. In:
BAHIANA, Ana Maria. Almanaque Anos 70: Lembranças e curiosidades de uma década muito
doida. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. p.172.
47
64
PASSOS, Sylvio Ferreira; BUDA, Toninho. Op. cit. p.23-24.
65
SEIXAS, Raul (Compositor). “O trem das 7.” In: Gita (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro:
Philips (6349113), 1974.
66
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.33.
49
67
Ibidem. p.110-111.
68
Ibidem. p.56.
50
69
Ibidem. p.106.
70
SEIXAS, Raul (Compositor). “As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor.” In: Gita (LP).
Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6349113), 1974.
51
71
SEIXAS, Raul (Compositor). “Prelúdio.” In: Gita (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips
(6349113), 1974.
72
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Loteria da Babilônia.” In: Gita (LP). Raul
Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6349113), 1974.
52
Fragmento da canção S.O.S, composta e gravada por Raul Seixas em 1974.
73
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo; MOTTA, Marcelo (Compositores). “Tente outra vez.” In:
Novo Aeon (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (81034718), 1975.
74
SKIDMORE, Thomas E. Op. cit. p.350.
53
75
SEIXAS, Raul (Compositor). “É fim de mês.” In: Novo Aeon (LP). Raul Seixas. Rio de
Janeiro: Philips (81034718), 1975.
54
Eu consultei e acreditei
No velho papo do tal do psiquiatra que te ensina
Como é que você vive alegremente, acomodado
E conformado de pagar tudo calado
Ser bancário ou empregado, sem jamais se aborrecer
Ele só quer, só pensa em adaptar
Na profissão, seu dever é adaptar
76
SEIXAS, Raul; MOTTA, Marcelo (Compositores). “Eu sou egoísta.” In: Novo Aeon (LP).
Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (81034718), 1975.
55
Paranóia:77
E Novo Aeon:78
77
SEIXAS, Raul (Compositor). “Paranóia.” In: Novo Aeon (LP). Rio de Janeiro: Philips
(81034718), 1975.
78
SEIXAS, Raul; ROBERTO, Caudio; MOTTA, Marcelo (Compositores). “Novo Aeon.” In:
Novo Aeon (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (81034718), 1975.
56
79
SEIXAS, Kika. Op. cit., 1992. p.205.
80
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Há 10 mil anos atrás.” In: Há 10 mil atrás
(LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (81034817), 1976.
57
Entre 1977 e 1979, Raul Seixas foi contratado pela WEA Warner
Bros, gravadora recém-chegada ao Brasil. Nessa mesma época, separou-se
de Glória Vaquer, que também voltou para os Estados Unidos com a filha
Scarlet.
Em São Paulo, Raul se submeteu a uma cirurgia no pâncreas. Em
1978, ainda durante o período de recuperação, na Bahia, casou-se com
Tânia Menna Barreto, mas separou-se no ano seguinte, quando conheceu e
se casou com Ângela Maria Affonso Costa, que ficou conhecida como Kika
Seixas.
Pela WEA lançou três álbuns: O dia em que a Terra parou, com a
parceria do compositor Claudio Roberto, em 1977; Mata virgem, tendo
como parceiro musical Paulo Coelho, em 1978; e Por quem os sinos
dobram, compondo todas as canções com Oscar Rasmussem, em 1979.
Desde o princípio de sua carreira, Raul Seixas teve muitos
parceiros, chegando até a indicar o nome de amigos como seus
companheiros de composição, como na música Caroço de manga,
composta por ele em 1972, quando colocou o nome de Paulo Coelho como
co-criador da letra. Em outras canções indicou os nomes de suas esposas,
de seu advogado e amigo José Roberto Abrahão, de seu pai, Raul Varella
Seixas, e do presidente de seu fã-clube, Raul Rock Club/Raul Seixas Oficial
Fã-Clube, Sylvio Passos, entre outros, como seus parceiros.
60
85
SEIXAS, Raul; AZEREDO, Claudio Roberto (Compositores). “Maluco Beleza.” In: O dia em
que a Terra parou (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: WEA Warner Bros (6704094-B), 1977.
86
Segundo vários pesquisadores, o compositor Cláudio Roberto sempre foi considerado um
autêntico “Maluco Beleza”. Amigo e parceiro de Raul Seixas nas décadas de 1970 e 1980, hoje
cria animais de pequeno porte, como galinhas e porcos, em uma fazenda, na região serrana do
Rio de Janeiro.
87
ABONIZIO, Juliana. Op. cit. p.330.
61
Eu calço é 37
Meu pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto o meu pé outra vez
Pai eu já tô crescidinho
Pague pra ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que gosto
Por que cargas d´água
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito?
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai, meu pai
Pai eu já tô indo embora
Quero partir sem brigar
Pois já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
88
ALVES, Luciane. Raul Seixas e o sonho da Sociedade alternativa. São Paulo: Martin Claret,
s/d. p.78.
89
SEIXAS, Raul; AZEREDO, Claudio Roberto (Compositores). “Sapato 36.” In: O dia em que
a Terra parou (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: WEA Warner Bros (6704094-B), 1977.
90
HABERT, Nadine. A década de 70. Apogeu e crise da ditadura militar brasileira. Série
Princípios. 3ªed. São Paulo: Ática, 2001. p.55-65.
62
91
SKIDMORE, Thomas E. Op. cit. p.423-424.
92
SEIXAS, Raul; AZEREDO, Claudio Roberto (Compositores). “Rock das aranha.” In: Abre-te
Sésamo (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: CBS (138194-B), 1980.
93
SEIXAS, Raul; AZEREDO, Claudio Roberto (Compositores). “Aluga-se.” In: Abre-te
Sésamo (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: CBS (138194-B), 1980.
63
94
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.117.
95
SEIXAS, Kika. Op. cit., 1992. p.47.
64
96
SEIXAS, Raul (Compositor). “Carimbador Maluco.” In: Raul Seixas (LP). Raul Seixas. São
Paulo: Estúdio Eldorado (74830410), 1983.
65
97
PASSOS, Sylvio Ferreira; BUDA, Toninho. Op. cit. p.35.
98
SEIXAS, Raul (Compositor). “Mamãe eu não queria.” In: Metrô linha 743 (LP). Raul Seixas.
Rio de Janeiro: Som Livre (4070139-B), 1984.
66
cada vez maior do álcool. Separou-se de Kika Seixas, que retornou ao Rio
de Janeiro, e se casou com Lena Coutinho, sua última companheira.
Esse momento de sua vida foi assim descrito pelo artista:
99
SEIXAS, Kika. Op. cit., 1992. p.170.
67
100
SEIXAS, Raul; AZEREDO, Claudio Roberto (Compositores). “Cowboy fora-da-lei.” In:
Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (LP). Raul Seixas. São Paulo: Copacabana (612950-B), 1987.
101
SEIXAS, Raul; NOVA, Marcelo (Compositores). “Muita estrela, pouca constelação.” In:
Duplo sentido (LP). Camisa de Vênus. Rio de Janeiro: WEA, 1987.
68
102
SEIXAS, Raul (Compositor). “A lei.” In: A pedra do Gênesis (LP). Raul Seixas. São Paulo:
Copacabana (12967-A), 1988.
69
103
Constituição Federativa do Brasil, promulgada em 15 de novembro de 1988.
104
PASSOS, Sylvio Ferreira; BUDA, Toninho. Op. cit. p.308-309.
70
A coisa mais gostosa que tem é falar alto sem ninguém pra
me ouvir exceto eu mesmo. A minha voz ecoando nos
Aires da minha solidão enorme. Eu sei que amanhã (dia de
show) vou rir do que escrevi. É que a vida é uma coleção
de momentos. Vou esquentar meu peixe, ver tv, pois tv
tem som e imagem. Agora! Estou com a tv ligada que me
anuncia um filme: Promessa de Sangue. Sofrendo uma
crise de solidão. É horrível. Eu coloco um disco de New
Orleans orquestrado e sento no fogão à espera da panela
esquentar e eu canto À beira do pantanal.106
105
SEIXAS, Kika. Op. cit., 1992. p.177.
106
Ibidem. p.179.
71
E lá em Serra Pelada
Ouro no meio do nada
Dor de barriga desgraçada!
Resolveu me atacar
O show estava começando
E eu no escuro me apertando
E autografando sem parar [...]
Muitas mulheres eu amei
E com tantas me casei
Mas agora é Raul Seixas
Que Raul vai encarar
Nem todo bem que eu conquistei
Nem todo mal que eu causei
Me dão direito de poder lhe ensinar
Meu amigo “Marceleza”
Já me disse com certeza
Não sou nenhuma ficção!
E assim torto e de verdade
Com amor e com maldade
Um abraço e até outra vez! [...]
Fragmento da canção As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor, composta e gravada por
Raul Seixas em 1974.
74
110
SEIXAS, Kika. O Baú do Raul. São Paulo: Globo, 1992. p.71-72.
75
Fragmento da canção Trem das Sete, gravada por Raul Seixas em 1974.
111
De 1964 até 1968, a esquerda brasileira tinha acesso às diversas formas de cultura no país, o
que mostra claramente que o AI-5 foi um golpe dentro de outro golpe, como uma estratégia do
governo militar para conter o avanço da esquerda em diversos campos da sociedade civil, como
a educação, a imprensa, a política e a cultura.
112
HABERT, Nadine. A Década de 70: Apogeu e crise da ditadura militar brasileira. São
Paulo: Ática, 2001. p.09.
113
ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a Censura. De como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio
de Janeiro: Gryphus, 2002. p.09.
76
114
Ibidem. p.03.
115
Ibidem. p.20.
116
MOBY, Alberto. Sinal Fechado: a música popular brasileira sob censura. Rio de Janeiro:
Obra Aberta, 1994. p.105.
117
KUSHINIR, Beatriz. Cães de Guarda. Jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de
1988. São Paulo: Boitempo, 2004. p.87.
77
120
SKIDMORE, Thomas E. Brasil de Castelo a Tancredo. 7ªed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
p.175-178.
121
RIBEIRO, Santuza Naves; BOTELHO, Isaura. “A televisão e a política de integração
nacional.” In: NOVAES, Adauto. Anos 70 ainda sob tempestade. Rio de Janeiro: Senac, 2005.
p.483.
122
NAPOLITANO, Marcos. A música popular brasileira (MPB) dos anos 70: resistência
política e consumo cultural. Disponível em: http://www.hist.puc.cl/historia/iaspmla.html.
79
Além disso, uma palavra que era mencionada na letra original teve
de ser trocada. Em vez de Corcel 73 a música passou a ter Carrão 73, para
não induzir o público a adquirir o veículo da montadora Ford.
123
PASSOS, Sylvio Ferreira. Raul Seixas por ele mesmo. São Paulo: Martin Claret, 2003. p.151.
124
SEIXAS, Kika. Raul Rock Seixas. 2ªed. São Paulo: Globo, 1996. p.75.
80
125
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Rockixe.” In: Krig-há, Bandolo! (LP).
Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6349078), 1973.
81
E, por fim, Raul alertava aquele que havia sido vítima da presença
perturbadora da mosca, dizendo estar sempre próximo, como se fosse
vigiar seus passos.
A gravadora do artista enviou uma solicitação ao Diretor do
Departamento de Censura e Diversões Públicas, da Polícia Federal, para a
liberação da canção:
126
Carta de J. C. Muller Chaves (Consultor Jurídico) da Cia. Brasileira de Discos Phonogram.
Rio de Janeiro, 06/04/1973.
83
127
COSTA, Caio Túlio. Cale-se! A saga de Vanucchi Leme, a USP como aldeia gaulesa e o
show proibido de Gilberto Gil. São Paulo: A Girafa, 2003. p.165-166.
128
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Cachorro Urubu.” In: Krig-há, bandolo!
(LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6349078), 1973.
129
Paulinho da Viola inicia o show, provocadores o chamam de “comunista”, enquanto Chico
Buarque canta “Quando o carnaval chegar” e com a música “Jorge Maravilha”, lança seu
heterônimo Julinho de Adelaide como forma de driblar a censura. O disco do show, cujo encarte
termina com os versos da música “Um favor”, de Lupicínio Rodrigues: “Poetas, músicos,
cantores/gente de todas as cores/façam um favor pra mim/quem souber cantar que cante/quem
souber tocar que toque/flauta, trombone ou clarim/quem puder gritar que grite/quem tocar apito
apite/faça esse mundo acordar”. In: Caros Amigos – Especial Raul Seixas. N.04. São Paulo:
Casa Amarela, 1999. p.19.
84
130
O termo protesto é utilizado aqui para determinar o rumo que tomaram certas formas
específicas de inconformismo surgidas recentemente nas sociedades capitalistas desenvolvidas e
bem recentemente em algumas sociedades socialistas. “O inconformismo sempre foi a postura
clássica de grupos reduzidos [...] e o modo pelo qual eles exteriorizavam seu inconformismo
social.” MARTINS, Luciano. A “geração AI-5” e maio de 68 – Duas manifestações
intransitivas. Rio de Janeiro: Argumento, 2004. p.128-129.
131
SEIXAS, Kika. Op. cit., 1992. p.83.
132
Esses gibis-manifestos traziam textos de Raul Seixas e Paulo Coelho e desenhos feitos por
Adalgisa Rios, então esposa de Paulo.
86
133
Segundo depoimento de Sylvio Passos, concedido ao autor em 04 de Janeiro de 2007, na
cidade de São Paulo.
87
Fragmento da canção de Raul Seixas e Paulo Coelho Sociedade Alternativa, gravada por Raul
Seixas em 1974.
88
134
Este gibi-manifesto foi cedido por Sylvio Passos, presidente do Raul Rock Club – Raul
Seixas Oficial Fã-Clube. O original foi entregue a ele pelo próprio Raul Seixas, na década de
1980.
135
KUBRICK, Stanley. Spartacus (DVD). Hollywood: Universal Pictures (SD0522), 2004.
90
136
Difundiam o pensamento da dupla em relação àquele período recuperando aspectos da arte
psicodélica. A partir daquele ano, grupos de rock, geralmente usuários de drogas, passaram a
usar roupas coloridas e calças apertadas com a boca larga. Um dos momentos marcantes dessa
geração foi o festival de Woodstock, ocorrido em agosto de 1969, que marcou o início do
movimento “paz e amor”, em protesto contra a Guerra do Vietnã (1967/1975).
137
BOSCATO, Luiz Alberto de Lima. Vivendo a Sociedade Alternativa: Raul Seixas e o seu
tempo. São Paulo: Terceira Imagem, 2007. p.69.
91
138
Para os autores, o Monstro Sist era todo sistema que oprimia a todos, seja ele o capitalista ou
o ditatorial.
93
139
A geração da espada se referia às muitas gerações desde o início da humanidade, enquanto
que a da flor era mencionada pela dupla para se referir aos hippies em protesto contra a Guerra
do Vietnã (1967-1975). A semente apenas poderia brotar quando a imaginação de cada
indivíduo se unisse, se tornando uma imaginação coletiva e tornando livre cada imaginação
individual.
95
140
A Sociedade Alternativa, proposta pelos dois compositores, seria uma sociedade livre de
qualquer governo, de qualquer opressão. Nela não haveria dinheiro, impostos, o advogado seria
o não advogado, o professor seria o não professor, todos os homens com os valores trocados.
Esta Sociedade Alternativa estava ligada à própria liberdade da consciência humana; primeiro o
homem a buscava e depois a tornava livre de qualquer opressão. Baseavam-se nas idéias do
bruxo inglês Aleister Crowley e nos pensamentos políticos de John Lennon, que, segundo os
autores, seria mentor de uma sociedade igualitária, sem guerras e sem governo nos Estados
Unidos, denominada New Utopia.
96
141
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.83-85.
142
Refiro-me aqui à fase esotérica de Raul Seixas, durante a qual, segundo o artista rememorou
em diversas entrevistas, ele fez a leitura de Bhagavad Gita, do filósofo e místico indiano Jiddu
Krishnamurti (1895-1986). Nesta fase, mais especificamente entre 1974 e 1975, muitas pessoas
levavam seus filhos e parentes doentes ou deficientes aos shows de Raul acreditando que ele
poderia curá-las se as tocasse. Claro que o artista afirmava que isto era possível em virtude das
leituras que fazia e do uso de drogas e álcool, na busca de ajudar o homem a se libertar da
pseudocriatividade e a encontrar a sua própria consciência. Essa fase assemelhou-se à fase de
espiritualidade dos Beatles, em especial de George Harrison, que chegou a gravar a canção My
Sweet Lord, em 1970, exaltando as entidades divinas da religião hindu.
97
143
ALVES, Luciane. Raul Seixas e o sonho da Sociedade alternativa. São Paulo: Martin Claret,
s/d. p.57.
144
Ibidem. p.69.
145
Depoimento de Sylvio Passos. In: Ibidem. p.124-125.
98
146
BOSCATO, Luiz Alberto de Lima. Op. cit. p.65.
147
SEIXAS, Raul (Compositor). “Teddy Boy, rock e brilhantina.” In: Let me sing my
rock’n’roll (Compacto Simples). Raul Seixas. São Paulo, 1972.
99
Aqui o artista fazia uma crítica ao movimento hippie, que pedia paz
e amor enquanto o Brasil era dominado pela repressão durante os “anos de
chumbo” e o governo Médici (1969-1974).
148
BAHIANA, Ana Maria. Almanaque Anos 70: Lembranças e curiosidades de uma década
muito doida. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. p.31-39.
149
Revista Desvendando a História. Ano 02, nº11. São Paulo: Escala, 2007. p.39.
100
150
Depoimento de Thildo Gama, concedido ao autor em 04 de janeiro de 2007, na cidade de São
Paulo.
151
Ele confirmou essa amizade com Raul Seixas, afirmando que teve início nos anos 60, na
cidade de Salvador. “Raulzito sempre me respeitou, ele até me chamava de Bofélia.”
Depoimento de Edy Star, concedido ao autor em 24 de março de 2007.
101
152
BOSCATO, Luiz Alberto de Lima. Op. cit.
102
Fragmento da canção de Raul Seixas e Paulo Coelho Óculosescuro, nunca gravada por Raul
Seixas. Lançada em 1994, no CD “Se o rádio não toca”, a partir de gravações de um show em
Brasília no primeiro semestre de 1974.
103
153
Manuscrito datilografado. Processo nº 562 – caixa 645, p.02 – Departamento da Polícia
Federal, Brasília.
104
154
Parecer nº 10207/73 da Divisão de Censura e Diversões Públicas – Departamento da Polícia
Federal. Brasília: 12/11/1973, vide em Processo nº 562, caixa 645, p.04.
155
Parecer nº 14685/74 da Divisão de Censura e Diversões Públicas – Departamento da Polícia
Federal. Brasília: 24/04/1974, vide em Processo nº 562, caixa 645, p.08.
156
Carta de J. C. Muller Chaves (Consultor Jurídico) da Cia. Brasileira de Discos Phonogram.
Rio de Janeiro, 20/05/1974.
105
157
Parecer nº 15450/74 da Divisão de Censura e Diversões Públicas – Departamento da Polícia
Federal. Brasília: 22/05/1974, vide em processo nº 562, caixa 645, p.11.
158
SEIXAS, Raul (Compositor). “Murungando.” In: O Rebu (LP). Vários Artistas. Rio de
Janeiro: Som Livre, 1974.
106
159
Parecer nº 686/74 do Departamento de Polícia Federal – Serviço de Censura de Diversões
públicas do Estado da Guanabara. Rio de Janeiro: 12/11/1974.
160
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Como vovó já dizia.” In: O Rebu (LP).
Vários Artistas. Rio de Janeiro: Som Livre, 1974.
107
161
SEIXAS, Raul; AZEREDO, Cláudio Roberto (Compositores). “Rock das aranha.” In: Abre-
te Sésamo (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: CBS (138194), 1980.
108
162
ALBIN, Ricardo Cravo. Op. cit. p.151.
163
Ibidem. p.154.
109
165
SEIXAS, Raul; ARAGÃO, Wilson (Compositores). “Capim Guiné.” In: Raul Seixas (LP).
Raul Seixas. São Paulo: Estúdio Eldorado (74830410), 1983.
111
166
VICENT, Gene (Compositor). “Babilina.” In: Raul Seixas (LP). Raul Seixas. São Paulo:
Estúdio Eldorado (74830410), 1983.
167
SEIXAS, Raul; SEIXAS, Kika; AZEREDO, Cláudio Roberto. “Quero mais.” In: Raul Seixas
(LP). Raul Seixas. São Paulo: Estúdio Eldorado (74830410), 1983.
112
170
SEIXAS, Raul (Compositor). “Check-up.” In: A pedra do Gênesis (LP). Raul Seixas. São
Paulo: Copacabana (12967-A), 1988.
114
171
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Bruxa Amarela.” In: Entrada e Bandeiras
(LP). Rita Lee. Rio de Janeiro: Som Livre, 1976.
115
172
AXTON; HOYT; JACKSON (Compositores). “Não quero mais andar na contra-mão.” In: A
Pedra do Gênesis. Raul Seixas. São Paulo: Copacabana (12967-A), 1988.
173
Depoimento de Sylvio Passos, concedido ao autor em 04 de janeiro de 2007, na cidade de
São Paulo.
116
Fragmento da canção de Raul Seixas e Paulo Coelho Loteria da Babilônia, gravada por Raul
Seixas em 1974.
118
174
SEIXAS, Kika. O Baú do Raul. São Paulo: Globo, 1992. p.115.
119
Fragmento da canção de Raul Seixas e Paulo Coelho Rockixe, gravada por Raul Seixas em
1973.
175
GEISEL, Ernesto. Discursos Volume I. Brasília: Assessoria de Imprensa e Relações Públicas
da Presidência da República, 1975. p.65.
176
GASPARI, Elio. A Ditadura Derrotada: O sacerdote e o feiticeiro. São Paulo: Companhia
das Letras, 2003. p.324.
120
177
PASSOS, Sylvio Ferreira. Raul Seixas por ele mesmo. São Paulo: Martin Claret, 2003. p.114.
178
Ibidem. p.115.
179
Programa: “Radiografia 70”. Rádio USP FM/São Paulo, em 21/09/1985 In: Raul Seixas no
Ar. Volume 06, produzido por Sylvio Passos.
121
Em 1984 Raul Seixas lançou o álbum Metrô Linha 743, pela Som
Livre, e, na canção homônima, traduziu o que se compreendia por
perseguição às pessoas naqueles “anos de chumbo”:
O objetivo dos três homens era somente proteger a moral, e por isso
buscavam saber o que o outro pensava, avaliando-o diretamente por aquilo
que raciocinava.
180
Parecer do Pedido de Busca (PB) nº 191/74-E, de 23/04/1974, assinado por Alladyr Ramos
Braga, Delegado de Polícia - Matrícula 700.626 e Diretor Geral Substituto do DOPS/GB. In:
Pasta: 003, Setor: Certidões, Página: 384. Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.
127
Fragmento da canção Mosca na sopa, composta e gravada por Raul Seixas em 1973.
181
Segundo Dalmo de Abreu Dallari no prefácio de Observações sobre a tortura, o Brasil iria
abolir a tortura em 15/02/1981 e a ONU aprovaria em 10/12/1984 a Convenção contra a Tortura
e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
128
182
SKIDMORE, Thomas E. Brasil de Castelo a Tancredo. 7ªed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
p.258.
183
KUCINSKI, Bernardo. “A primeira vítima: a autocensura durante o regime militar.” In:
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (Org.). Minorias Silenciadas. História da Censura no Brasil.
São Paulo: Edusp, 2004. p.538.
129
Raul Seixas, para falar sobre o seu sucesso, citava textos baseados
em filosofias como Krishnamurti, um precursor do Anarquismo Espiritual
da Contracultura187, e Aleister Crowley, entre outros.
184
Programa: “Radiografia 70”. Rádio USP FM/São Paulo 21/09/1985. Raul Seixas no Ar.
Volume 06, produzido por Sylvio Passos.
185
Ibidem.
186
Ibidem.
187
BOSCATO, Luiz Alberto de Lima. Vivendo a Sociedade Alternativa: Raul Seixas e o seu
tempo. São Paulo: Terceira Imagem, 2007. p.110.
130
188
Depoimento de Raul Seixas, concedido ao repórter Walterson Sardemberg, da Revista
Amiga, em 1982. In: PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.122.
189
Conforme P.B. (Pedido de Busca) 191/74, de 02 de maio de 1974, Arquivo Público do
Estado do Rio de Janeiro, Pasta 03, Setor: Certidões, p.381.
131
190
Entrevista com Raul Seixas. Rádio Antena 1 FM/São Paulo, outubro de 1988. In: Raul Seixas
no Ar. Volume 06, produzido por Sylvio Passos.
191
Ibidem.
132
192
Lê-se “há”.
193
Parecer de Jayr Gonçalves da Motta, Responsável pela Turma de Capturas/DOPS, Matr.
66425 In: Pasta: 003, Setor: Certidões, p.380. Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.
133
Até hoje não sei realmente qual foi o motivo. Mas veio
uma ordem de prisão do Primeiro Exército e me detiveram
no Aterro do Flamengo. Me levaram para um lugar que eu
não sei onde era... tinham uns cinco sujeitos... bom, eu
estava... imagine a situação... eu estava nu com uma
carapuça preta que eles me colocaram. E veio de lá mil
barbaridades: choques em lugares delicados... tudo para eu
poder dizer os nomes das pessoas que faziam parte da
“Sociedade Alternativa” que, segundo eles, era um
movimento revolucionário contra o governo. O que não
era. Era uma coisa mais espiritual... eu preferiria dizer que
tinha pacto com o demônio a dizer que tinha parte com a
revolução. Então foi isso... me levaram, me escoltaram até
o aeroporto.195
194
SEIXAS, Kika. Raul Rock Seixas. 2ªed. São Paulo: Globo, 1996. p.22.
195
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.143.
196
OLIVEIRA, Edigar. Paulo Coelho por ele mesmo. São Paulo: Marin Claret, s/d. p.56.
134
197
“Especial Raul Seixas” Rádio Transamérica FM/ Salvador, 28/06/1989. Entrevista com
Maria Eugênia Seixas. In: Raul Seixas no Ar. Volume 12, produzido por Sylvio Passos.
135
198
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.123.
199
Ibidem. p.123-124.
136
Fragmento da canção de Raul Seixas e Paulo Coelho Super Heróis, gravada por Raul Seixas
em 1974.
200
SEIXAS, Raul (Compositor). “Metamorfose Ambulante.” In: Krig-há, Bandolo! (LP). Raul
Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6349078), 1973.
201
SEIXAS, Raul; COELHO, Paulo (Compositores). “Sociedade Alternativa.” In: Gita (LP).
Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (6349113), 1974.
202
Entrevista com Raul Seixas. Rádio Antena 1 FM/São Paulo, outubro de 1988. In: Raul Seixas
no Ar. Volume 06, produzido por Sylvio Passos.
137
O sapato número 37
37, sem saber que cada pé é diferente um do outro
E que todo mundo tem que calçar o sapato 37
E você calça o sapato, o sapato cria calo
O calo se transforma em ferida
A ferida se transforma em ódio
O ódio se transforma em agressão
A agressão explode, bate no teto
Volta pro chão, do chão não passa
E começa tudo de novo
E você precisa saber que não deve ter
Nenhuma opinião formada sobre tudo
Enquanto você deve deixar as janelas abertas
Para o vento entrar
Porque existem várias saídas
E você só conhece uma
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter essa velha opinião formada sobre tudo
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, que sou
Do que ter essa velha opinião formada sobre tudo
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva o Novo Aeon!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva! Viva!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Se eu quero e você quer
Tomar banho de chapéu
Ou esperar Papai Noel
Ou discutir Carlos Gardel
Então vá!
Faze o que tu queres
Pois é tudo da lei, da lei
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Faze o que tu queres há de ser tudo da lei
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
O número 666 chama-se Aleister Crowley203
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Faze o que tu queres há de ser tudo da lei
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
A Lei de Thelema
203
Aleister Crowley (1875-1947), bruxo e ocultista inglês, que se auto-proclamava o anticristo e
que em 1904 escreveu o livro The Book of the Law, “Livro da Lei”, inspirando a dupla de
compositores na música Sociedade Alternativa.
139
Viva! Viva!
Viva a Sociedade Alternativa!
A lei do forte
Essa é a nossa lei e a alegria do mundo
Viva! Viva! Viva!
Viva o Novo Aeon
Urgente
1.) Ao SP/SNF, para difusão do I Exército, tendo em vista
o solicitado em P.B. 191/74-E, de 22/04/1974,
informamos que o incriminado pediu visto para viagem
nos U.S.A.
2.) Ao SP/SNF, para após a comunicação ao I Exército,
liberar o visto.
08/08/1974, Heitor.205
204
Certamente, houve um engano por parte do escrivão; deve-se ler 1974 e não 1964.
205
Pasta: 003, Setor: Certidões, Página: 384. Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.
141
206
Passaporte de Raul Seixas, gentilmente cedido por Sylvio Passos ao autor, em julho de 2007.
142
207
Passaporte de Raul Seixas, gentilmente cedido por Sylvio Passos ao autor, em julho de 2007.
143
208
Passaporte de Raul Seixas, gentilmente cedido por Sylvio Passos ao autor, em julho de 2007.
144
209
Passaporte de Raul Seixas, gentilmente cedido por Sylvio Passos ao autor, em julho de 2007.
210
Carta escrita e assinada pelo próprio punho de Raul Seixas. Pasta: 003, Setor: Certidões,
Página: 382. Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.
145
[...] ali é brabeza. Não sei como não morri. Acho que Deus
protege os inocentes. Altas horas da noite e eu por dentro
daquelas ruelas, na barra-pesada... e aqueles crioulões, de
chapéu para baixo... e tem uma história que eu nunca me
esqueço. Numa dessa buscas, eu fui parar numa rua sem
saída. E lá havia um palhaço – bonito, todo vestido
pomposamente – comendo lixo. E ele me ofereceu. Fez
um gesto assim com a mão para eu comer lixo com ele. Eu
fui. Pelo menos o lixo americano é bem mais saudável,
tem uma porção de coisas pra você comer. Eu fiz a festa.
Eu e o palhaço. Eu não ia desrespeitar o cara. Vai saber
quem era – de repente, um paranóico, um maníaco.214
213
PASSOS, Sylvio Ferreira. Op. cit. p.144.
214
Ibidem.
147
215
Ibidem. p.144-145.
148
216
MOTTA, Nelson. Noites Tropicais. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.273-277.
217
SEIXAS, Raul; COUTINHO, Lena; AZEREDO, Cláudio Roberto (Compositores). “Quando
acabar o maluco sou eu.” In: Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (LP). Raul Seixas. São Paulo:
Copacabana (612950-B), 1987.
149
CONSIDERAÇÕES FINAIS
FONTES E BIBLIOGRAFIA
FONTES
→ Álbuns:
Novo Aeon (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (81034718), 1975.
Entrada e Bandeiras (LP). Rita Lee. Rio de Janeiro: Som Livre, 1976.
Raul Rock Seixas (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (8389681),
1977.
O dia em que a Terra parou (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: WEA
Warner Bros (6704094-B), 1977.
Mata virgem (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: WEA Warner Bros
(6704226-B), 1978.
152
Por quem os sinos dobram (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: WEA
Warner Bros (6704129-B), 1979.
Abre-te Sésamo (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: CBS (138194-B), 1980.
Raul Seixas (LP). Raul Seixas. São Paulo: Estúdio Eldorado (74830410),
1983.
Raul Seixas ao vivo: único e exclusivo (LP). Raul Seixas. São Paulo:
Estúdio Eldorado (85840429A), 1984.
Metrô linha 743 (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Som Livre (4070139-
B), 1984.
Raul Rock Seixas - Volume 2 (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips
(8303251), 1986.
O baú do Raul (LP). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Philips (5128561), 1992.
153
→ Compactos Simples:
→ Compact Disk:
Raul Seixas gravado em casa - 1964/1988 (CD). Raul Seixas. São Paulo:
Produção Independente Raul Rock Club - Raul Seixas Fã-Clube, 1999.
Raul Seixas na Praia do Gonzaga/SP - 1982 (CD). Raul Seixas. São Paulo:
Produção Independente Raul Rock Club - Raul Seixas Fã-Clube, 1999.
Raul Seixas no Parque Laje/RJ - 1985 (CD). Raul Seixas. São Paulo:
Produção Independente Raul Rock Club - Raul Seixas Fã-Clube, 1999.
Let me sing my rock´n´roll - 1985 (CD). Raul Seixas. São Paulo: Produção
Independente Raul Rock Club - Raul Seixas Fã-Clube, 1999.
Se o rádio não toca - 1974 (CD). Raul Seixas. São Paulo: Gravadora
Eldorado, 1999.
Raul Seixas documento (CD). Raul Seixas. Rio de Janeiro: MZA Music,
2000.
155
O baú do Raul - Uma homenagem a Raul Seixas (CD). Vários Artistas. Rio
de Janeiro: Som Livre, 2004.
O baú do Raul revirado (CD). Raul Seixas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
Bate papo com Raul Seixas e Paulo Coelho – 1985 (CD). Raul Seixas e
Paulo Coelho. São Paulo: Produção Independente Raul Rock Club - Raul
Seixas Fã-Clube, 1999.
Volume 04: Programa “Você faz o show” do SBT/SP: Entrevista com Raul
Seixas -1983; Programa “Blota Jr. Show” da TV Record/SP: Entrevista
com Raul Seixas -1983; Programa “Senhor Sucesso” com Maurício
Kubrusky na Excelsior FM: Entrevista com Raul Seixas - 1983;
Depoimento de Raul Seixas para a Rádio Band/SP - 1983.
Volume 09: Entrevista com Raul Seixas para a Rádio Antena 1 FM/SP -
1988.
Volume 10: Entrevista com Raul Seixas e Marcelo Nova para a Rádio
Globo FM/SP - 1988.
157
Volume 11: Entrevista com Raul Seixas e Marcelo Nova para a Rádio
Tansamérica FM/SP - 1988.
Volume 13: Especial “Um ano sem Raul Seixas” na Rádio Tansamérica
FM/SP: Entrevista com Marcelo Nova - 1990.
Volume 14: Especial “10 anos sem Raul Seixas” na Rádio 89 FM/SP:
Depoimentos de Cássia Eller, Sergio Hinds, Boris Casoy, Kika Seixas,
Vivian Seixas, Marcelo Nova, Maria Eugênia Santos Seixas, Dalva Borges.
Volume 15: Especial “Eu nasci há 55 anos atrás” na Rádio Brasil 2000
FM/SP - 2000.
→ Arquivos:
→ Depoimentos:
→ Internet:
→ Revistas:
Caros Amigos. Especial Raul Seixas. Número 04. São Paulo: Casa
Amarela, 1999.
159
Revista Desvendando a História. Ano 02, nº11. São Paulo: Escala, 2007.
Revista do Arquivo Nacional. Nada será como antes. Os anos 60. Volume
II, números 1 e 2. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1999.
Rock Book nº 01. Raul Seixas: Maluco Beleza. Rio de Janeiro: Griphus,
s/d.
→ Vídeos:
Volume 01: Imagens de Raul Seixas entre 1974 e 1989: Entrevista e prévia
do show de lançamento do álbum Mata Virgem; Entrevista e prévia do
show de lançamento do álbum Abre-te Sésamo; Show completo de Raul
Seixas na Praia do Gonzaga; Entrevista com Raul Seixas sobre o incidente
em Caieiras/SP.
Volume 02: Imagens de Raul Seixas entre 1974 e 1989: Clipe alternativo de
How Could I Know e Sunseed, durante o exílio do artista nos Estados
160
Volume 03: Imagens de Raul Seixas entre 1983 e 1989: Show realizado no
Ginásio do Ibirapuera - 1983 e no Olímpia em São Paulo/SP - 1989;
Apresentação no Programa do “Faustão” e diversas reportagens sobre o
falecimento de Raul Seixas em várias emissoras de televisão.
Volume 04: Imagens de Raul Seixas entre 1974 e 1991: Raul Seixas
cantando Gita na entrega do “Troféu Imprensa” - 1975; Raul Seixas
cantando marchinhas de carnaval ao lado de Wandelréa - 1978; Bastidores
da gravação do álbum Raul Seixas no Estúdio Eldorado - 1983;
Participação do Festival Iacanga - 1983; Clipe Cowboy Fora da Lei, ao
Programa do Fantástico, apresentado pelo cantor Lobão - 1987; Show de
Raul Seixas e Marcelo Nova em Itajaí/SC, com imagens e entrevistas no
camarim; Clipe Pastor João e a Igreja Invisível - 1989; Reportagens sobre
o falecimento de Raul Seixas e tributo ao artista no Programa Matéria
Prima - 1991.
Volume 05: Imagens de Raul Seixas entre 1983 e 1989: Clipe alternativo de
A verdade sobre a nostalgia; Participação do Festival Iacanga – 1983;
Show de Raul Seixas e Marcelo Nova em Santa Bárbara d´Oeste/SP; Show
em Minas Gerais; homenagem a Raul Seixas no Programa Interferência.
Volume 06: Imagens de Raul Seixas entre 1981 e 1991: Entrevista com
Raul Seixas no Teatro Pixinguinha em São Paulo/SP - 1981; Participação
de Raul Seixas no II Festival de Águas Claras - 1981; Entrevista sobre a
161
Volume 07: Imagens de Raul Seixas entre 1974 e 1989: Clipes de Gita, O
trem das sete, Sociedade Alternativa, Rock around clock, Carimbador
Maluco, Geração da luz, Judas e Cowboy fora da lei; Trechos dos shows
em São Paulo/SP no Teatro Bandeirantes - 1977, Dama Xoc - 1988 e
Olímpia - 1989; Entrevista para Nelson Motta - 1976, “TV Mulher” - 1983,
Pedro Bial - 1983, Jornal Hoje - 1982/1983, Glória Maria - 1978, Maurício
Kubrusly - 1987.
Volume 08: Imagens de Raul Seixas entre 1973 e 1995: Raul Seixas
cortando o próprio cabelo - 1973; Show realizado no Parque Laje, no Rio
de Janeiro - 1985; “Especial Raul Seixas” no “Programa Livre”, com
participação de Marcelo Nova, Jerry Adriani, Zé Ramalho, Barão
Vermelho, entre outros - 1992; Especial “MTV Rockstória”, com
participação dos Panteras, de Maria Eugênia Santos Seixas, Cláudio
Roberto, Marcelo Nova, Kika Seixas, Plínio Seixas, Paulo Coelho entre
outros - 1995.
Volume 10: Imagens de Raul Seixas entre 1981 e 1995: Ensaio e show de
Raul Seixas e Marcelo Nova em Araraquara/SP - 1988; Curta-metragem As
aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor; Reportagem sobre o 4º ano da
morte de Raul Seixas; Matéria sobre o lançamento do compact disk Se o
rádio não toca...; Matéria sobre o show de Raul Seixas em Brasília/DF -
1981; Reportagem sobre a homenagem da Escola de Samba Sociedade
Alegre a Raul Seixas no carnaval paulista - 1995; Desfile no Sambódromo
do Anhembi/SP; Reportagens sobre o Raul Rock Club e o 50º aniversário
de Raul Seixas.
Volume 11: Curta-metragem “Tanta estrela por aí”, com Rita Lee
interpretando Raul Seixas; Clipe “Mosca na Sopa”, com Rita Lee; Clipes
“O dia em que a Terra parou”, “Eu também vou reclamar”, “A maçã”,
“Caminhos”, “Rock do Diabo”, “É fim de mês”, entre outros. Imagens de
Raul Seixas e Zé Ramalho - 1984.
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Paulo César de. Eu não sou cachorro não – Música popular
cafona e ditadura militar. 4ªed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
CHACON, Paulo Pan. O que é Rock. Coleção Primeiros Passos 68. São
Paulo: Brasiliense, 1982.
165
OLIVEIRA, E. Paulo Coelho por ele mesmo. São Paulo: Martin Claret, s/d.
________. Raul Seixas por ele mesmo. São Paulo: Martin Claret, 2003.
SÁ, T. S.; BARRELLA, M. F. Dez anos sem Raul Seixas. São Paulo:
Castelhan, 1999.
ANEXOS
Figura 01 – Gibi-Manifesto.
173
Figura 03 – Saudação.
175
Figura 13 – O Sol.
185