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PARENTE, André.

Narrativa e modernidade: Os cinemas não-narrativos do


pós-guerra. Tradução: Eloisa Araújo Ribeiro. Campinas: Papirus, 2000.

PRIMEIRA PARTE: ABORDAGEM GERAL DA NARRATIVA CINEMATOGRÁFICA

CAPÍTULO 1

CAPÍTULO 2

Objetivo: “As linhas que se seguem não têm por objetivo oferecer um modelo a
mais para o estudo da narrativa, mas refletir sobre o que torna possíveis os
principais modelos. ” (PARENTE, 2000, p. 31)

Justificativa: “Tal reflexão se mostra de grande importância, pois a


compreensão da narrativa fílmica é, com freqüência, condicionada pela
concepção que se tem da narrativa em geral.” (PARENTE, 2000, p. 31)

“Se a narração não é um fato cinematográfico, se os processos narrativos não


são imanentes aos processos fílmicos, isso se deve ao fato de ela ser
concebida como objeto linguístico.” (PARENTE, 2000, p. 31)

“A narrativa é uma função pela qual é criado o que nós contamos e tudo o que
é preciso para contá-lo, ou seja, seus componentes: enunciados, imagens etc.
A narrativa não é o resultado de um ato de anunciação: ela não conta sobre
personagens e coisas, conta as personagens e as coisas. As personagens e os
acontecimentos da narrativa são contados da mesma maneira que os de um
quadro são pintados e os de um filme, fotografados.” (PARENTE, 2000, p. 35, 36)

“Para que a narrativa seja comunicada, é preciso que o destinatário leia ou


escute os enunciados e veja as imagens, de tal modo que ele possa se instalar
no sentido (= movimento de pensamento) no qual o mundo ‘representado’,
assim como os enunciados e as imagens materializadas, foi criado. Dito de
outro modo, é precisamente porque o destinatário pode aceder, por meio dos
enunciados e das imagens, ao acontecimento, ao ‘representado’, ao
movimento de pensamentos na consciência do doador, que este último pode
lhe comunicar o que imaginou ou viveu.” (PARENTE, 2000, p. 36)

“Ao contrário do que as teorias estruturalistas dão a entender, nem toda frase da
narrativa supõe um narrador.” (PARENTE, 2000, p. 36)

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