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Resenha: Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens

A Tale of Two Cities (Um Conto de Duas Cidades, em


português) é um romance histórico de autoria de Charles
Dickens lançado em 1859; é também um romance que trata de
temas como culpa, vergonha e retribuição.
Para Francine Cândido:
"O livro em resumo trata do frio, da sujeira, da doença, da
ignorância e da fome que abate a França e a Inglaterra em
tempos difíceis. Repleto de metáforas como por exemplo o
lenhador/Destino, e o Fazendeiro/Morte. E da mesma forma
com Moinho, que montava a miséria transformadora de
pessoas, de crianças em velhas e de doenças desumanas.
Envolvido em muitos conflitos sociais e políticos, a
escrita de Dickens aponta momentos críticos de uma
sociedade dividida entre abastados e miseráveis. Em uma das
páginas é possível ver claramente a intenção de Dickens ao
expor a correria das pessoas para conseguir um punhado de
vinho caído no chão, mesmo que tivesse de lamber a terra.
Demonstrando o sofrimento de um povo capaz de matar por um
pão.
A literatura remonta um realismo de desigualdade e loucura,
mapeando com precisão a história das revoluções da França e
da Inglaterra, cada qual com a sua peculiaridade. Charles
Dickens é um dos melhores escritores de que já tive o
prazer de ler.
Como personagens centrais temos a donzela Lucie Manette e
seu pai, Dr. Manette. A história começa quando Lucie e o
amigo da família Lory estão indo buscar o pai da moça,
solto após 18 anos preso na Bastilha. Os demais personagens
vão surgindo e incrementando a trama, sempre ligados ao
fato da eminente revolução. Dickens consegue trazer
estórias completamente aleatórias, mas que se entrelaçam de
maneira espetacular, deixando de serem vários pequenos nós,
para um único, com um enorme problema em comum.  O amor, a
amizade e a confiança que cresce ao longo dos anos
narrados, em meio às lutas e às dificuldades desse período
da história mundial. É possível sentir cada detalhe da
trama, mergulhando no século XIX, profundamente e a vontade
de voltar a superfície, deixa de existir completamente.

Uma obra impecável!

" Foi o melhor dos tempos,foi o pior dos tempos,foi a idade


da sabedoria, foi a idade da tolice, foi a época da fé, foi
a época da incredulidade,foi a estação da luz,foi a estação
das trevas, foi a primavera da esperança,foi o inverno do
desespero tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante
de nós." Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens

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