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26/10/2016 Patente WO2013166568A1 ­ Processo de granulação de poliolefina, resina de poliolefina, fibra de ...

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Processo de granulação de poliolefina, resina Número da publicação WO2013166568 A1


de poliolefina, fibra de poliolefina, uso da fibra Tipo de publicação Requerimento
Número do pedido PCT/BR2013/000141
de poliolefina e compósito cimentício  Data de publicação 14 nov. 2013
WO 2013166568 A1 Data de depósito 3 maio 2013
Data da prioridade 7 maio 2012
RESUMO Também publicado
CN104619753A
como
A presente invenção refere­se a um processo de produção de poliolefina com
Inventores OVIEDO Mauro alfredo SOTO, Cristovão de
maior caráter polar proveniente da incorporação de tensoativos para a obtenção LEMOS, DE CARVALHO Fabiana PIRES
de resinas poliméricas utilizadas para a produção de fibras que fornecem maior Requerente Braskem S.A.
desempenho de forma a atuarem como agente de reforço em compósitos
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cimentícios. Mais especificamente, a poliolefina obtida via polimerização é
Citações de patente (6), Citada por (1), Classificações (21),
modificada pela incorporação de tensoativos no processo de granulação. Eventos legais (4)
Descreve­se também uma resina polimérica de polaridade melhorada,
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consistindo em um homopolímero de polietileno ou um homopolímero de
polipropileno ou copolímero ou terpolímero ou uma blenda compreendendo dois
ou mais destes componentes e pelo menos um tensoativo não iônico e/ou iôníco de estrutura parcialmente polar para a preparação de fibras como reforço em
compósitos cimentícios para confecção de componentes estruturais e não estruturais da área de construção civil, tais como vigas de pontes, lajes, pavimentos,
grandes contêineres de concreto, painéis para vedação, telhas de alto desempenho, entre outros.

DESCRIÇÃO REIVINDICAÇÕES (15)

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSO DE REIVINDICAÇÕES
GRANULAÇÃO DE POLIOLEFINA, RESINA DE POLIOLEFINA, FIBRA DE
1. 1. Processo de granulação de poliolefina, caracterizado pelo fato de
POLIOLEFINA, USO DA FIBRA DE POLIOLEFINA E COMPÓSITO Cl­
compreender a incorporação de tensoativo para a produção de fibras
MENTÍCIO".
poliméri­ cas.
A presente invenção refere­se a um processo de produção de poliolefinas tais
2. 2. Processo de granulação de acordo com a reivindicação 1 ,
como polietileno, polipropileno ou copolímero etileno­propileno ou terpo­ límero de
caracterizado pelo fato de que a poliolefina é selecionada dentre:
etileno­propileno­buteno ou uma blenda compreendendo dois ou mais destes
homopolímero de poli­ propileno, homopolímero de polipropileno,
componentes com maior caráter polar proveniente da incorporação de aditivos
copolímero de etileno­propileno, terpolímero de etileno­propileno­
para a obtenção de resinas poliolefínicas, cujas fibras for­ necem um alto
buteno ou uma blenda compreendendo dois ou mais destes
desempenho para atuar como agente de reforço em compósitos de fibrocimento.
componentes.
Mais especificamente, a poliolefina obtida via polimerização é modificada pela
incorporação de tensoativos no processo de granulação. 3. 3. Processo de granulação de acordo com a reivindicação 1 ,
caracterizado pelo fato de que o tensoativo está na forma pura.
Descrição do estado da técnica

4. 4. Processo de granulação de acordo com a reivindicação 1 ,
O mercado da construção civil aumentou significativamente na última década,
caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo
principalmente devido à melhoria da qualidade de vida dos países em
adicionada é entre 0,1 a 10% em massa de resina.
desenvolvimento. Somado a isso, programas habitacionais, mobilidade urbana e
eventos sócio­econômicos mundiais têm contribuído no crescimento desse 5. 5. Processo de granulação de acordo com a reivindicação 1 ,
setor. A necessidade por materiais que atendam o crescimento desse segmento caracterizado pelo fato de que o tensoativo é iônico e/ou não
tem motivado a busca por produtos que sejam competitivos e que apresentem iônico.
bom desempenho. Uma das principais matérias­primas utilizadas nesses
segmentos são produtos à base de cimento, devido a sua excelente 6. 6. Processo de granulação de acordo com a reivindicação 5,
versatilidade, podendo atender a demanda específica relativa ao meio ambiente caracterizado pelo fato de que o tensoativo iônico é selecionado
ao qual estará sujeito, configuração arquitetônica projetada, aos requisitos de dentre derivados de he­ xadeciltrimetilamônio e derivados de
durabilidade, técnicos e de sustentabilidade. dodecilamina e/ou mistura dos mes­ mos.

No entanto, os produtos à base de cimento podem apresentar fissuras, que, 7. 7. Processo de granulação de acordo com a reivindicação 5,
quando submetidos à tensão, ocasionam sua rápida propagação, reduzindo a caracterizado pelo fato de que o tensoativo não iônico
resistência mecânica do material. Dessa forma, através da introdução de fibras compreende: compostos de cadeias hidrocarbônicas saturadas e
naturais ou sintéticas observa­se uma melhora no desempenho do concreto, uma insaturadas de C12 ­ C18 contendo no mínimo uma unidade de
vez que pode obstruir a propagação de microfissuras, retardando seu início e óxido de eteno (EO) e uma unidade de óxido de propeno (PO),
aumentando sua resistência. Os compósitos de fibrocimento apresentam maior até no máximo de 14EO e 20PO, podendo ainda compreender
ductibilidade, capacidade de flexão e resistência à fratura quando comparados a copolí­ meros triblocos não iónicos EO/PO/EO (conhecidos
materiais não fibro­reforçados, sendo utilizados, por exemplo, na indústria de como Poloxâmeros) e polialquileno glicóis
construção de baixo custo, especialmente na construção de coberturas em
8. 8. Resina de poliolefina, caracterizada pelo fato de que compreende 1 a
habitações, instalações rurais, galpões industriais e obras de infraestrutura.
10% em massa de tensoativo em relação à massa da resina.
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26/10/2016 Patente WO2013166568A1 ­ Processo de granulação de poliolefina, resina de poliolefina, fibra de ... ­ Patentes do Google
Nas últimas décadas, o amianto tem sido largamente utilizado nos países em 9. 9. Resina de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo
desenvolvimento como agente de reforço em produtos cimentícios em razão de, fato de que apresenta índice de fluidez de 4 a 20 g/10min,
principalmente, seu baixo custo, disponibilidade e economia de energia. O tenacidade na faixa de 5 a 15 cN/dtex e energia de ligação
amianto apresenta boas propriedades de dispersão em suspensão aquosa sem química na faixa de 1 a 6 J/m2.
formação de aglomerados, boas propriedades térmicas, químicas, elétricas e
10. 10. Resina de poliolefina, de acordo com a reivindicação 8,
mecânicas, sendo esta última a mais importante propriedade, pois confere ao
caracterizada pelo fato de que é obtida pelo processo conforme
produto final uma maior resistência sob tensão.
definido nas reivindicações 1 a 7.
O amianto é utilizado para a produção de chapas de fibrocimento no processo
11. 1 1. Fibra de poliolefina, caracterizada pelo fato de compreender
Hatschek, no qual uma suspensão diluída de fibras de amianto, cimento e
uma resina conforme definida em qualquer uma das
aditivo é misturada em um grande tanque onde cilindros rotatórios captam essa
reivindicações 8 a 10.
pasta através de sucção, removendo a água da mistura até a obtenção de
placas com espessura desejada. No entanto, em decorrência de potenciais 12. 12. Uso da fibra de poliolefina, caracterizado pelo fato de ser utilizada
riscos à saúde humana que o amianto apresenta, novas tecnologias e materiais, como um material de reforço em compósitos cimentícios.
por exemplo, fibras naturais e artificiais, vêm sendo pesquisados tanto na
indústria quanto na área académica, sem negligenciar seu desem­ penho e sua 13. 13. Compósito cimentício, caracterizado pelo fato de que
competitividade frente ao amianto. compreende uma fibra conforme definida na reivindicação 1 1.

Entres os principais materiais utilizados para substituir o amianto, tem­se a fibra 14. 14. Compósito cimentício, de acordo com a reivindicação 13,
de PVA ­ poli(álcool vinílico), fibra de PAN ­ poli(acrilonitrila), fibra de vidro, fibra caracterizado pelo fato de que compreende 0,2 a 5% em massa
de celulose e fibra de PP ­ polipropileno. da fibra em relação à massa do compósito.

A fibra de PVA foi o primeiro material a ser utilizado em larga escala devido as 15. 15. Invenção, caracterizada por quaisquer de suas
suas propriedades intrínsecas, tais como alta resistência à tração, alto módulo concretizações ou categorias de reivindicação englobadas pela
de elasticidade, alta resistência em matriz alcalina, comportamento hidrofílico, matéria inicialmente revelada no pedido de patente ou em seus
boa dispersão em água e boa adesão com materiais à base de cimento. Estas exemplos aqui apresentados.
propriedades citadas para as fibras de PVA também são características para as
fibras de PAN. Porém, ambos os materiais requerem investimentos vultosos e
muitas vezes impraticáveis no caso de países em desenvolvimento. A fibra de vidro, por sua vez, apresenta alta resistência
mecânica, porém baixa durabilidade em meio alcalino. Para garantir melhor desempenho desse material em meio alcalino, a
superfície dessas fibras deve ser modificada pela adição de componentes. No entanto, essa solução não é comercialmen­
te competitiva.

Já as fibras vegetais, tais como celulose, apesar do baixo custo da matéria­ prima, apresentam desempenho insatisfatório
devido à baixa aderência com a matriz cimentícia, baixa resistência ao meio alcalino e umidade.

Por fim, as fibras de PP têm como atratividade o menor custo e são utiliza­ das em várias aplicações devido às boas
propriedades que apresentam, como, por exemplo, elevada ductibilidade, alta energia específica, baixa absorção à umidade
e baixa densidade. Contudo, o caráter hidrofóbico e a baixa rugosidade são propriedades que podem comprometer a
aderência e a ancoragem das fibras de PP à matriz cimentícia, respectivamente.

As propriedades finais de um compósito fibro­sintético reforçado dependem fortemente das propriedades dos componentes
individuais, da concentração de reforço presente no compósito e, principalmente, da interação interfacial entre a matriz e o
reforço. Portanto, a modificação física ou química da superfície da fibra pode ser uma alternativa para a obtenção de um
compósito com propriedades desejáveis. O estado da técnica comprova que esforços técnicos têm sido direcionados para a
modificação superficial de fibras de PP com o objetivo de melhorar a interação interfacial entre a matriz­fibra. O documento
de patente US 20060234048 descreve o uso de agentes anti­ estáticos, surfactantes, compostos poliméricos com cadeia
graxa hidrofóbica tendo grupos funcionais polares como modificadores de fibras de poliolefi­ nas. O documento cita o uso de
polialquilenoglicóis, tais como, polietilenogli­ col (PEG) e polipropilenoglicol (PPG), como lubrificantes das fibras na
concentração de 0,05 a 5% (m/m). Estes modificadores são aplicados na superfície da fibra, a qual é utilizada na produção
de telhas de fibrocimento. No entanto, nesta técnica tem­se a adição do agente modificante na etapa posterior ao
estiramento da fibra (etapa de fiação). Nesse processo de recobri­ mento não se obtém uma boa adesão do aditivo à
superfície da fibra polimé­ rica, uma vez que ocorre a perda do mesmo durante o processo Hatschek e, portanto,
compromete o desempenho da fibra como reforço. Além disso, o aumento da força de adesão apresentada nesse
documento não se refere diretamente à energia de ligação química entre a fibra e a matriz, mas tão somente ao efeito do
aditivo na formulação cimentícia.

O agente modificante descrito na US 2006234048 é adicionado na fibra de poliolefina em um ou mais estágios do processo
de fiação, com a função de melhorar o estiramento do fio durante seu transporte nos vários estágios de produção,
minimizando assim as cargas eletrostáticas oriundas do processo de produção. Esses agentes modificadores podem ser
adicionados na forma pura, solução diluída, dispersão ou emulsão. O contato do agente modificante com a mistura
polimérica na presença de água pode ainda apresentar o inconveniente de formar espuma durante o processo.

O documento de patente US6258159 descreve um aumento da hidrofilicida­ de da superfície da fibra de PP pela adição de
aditivos na massa de polímero fundido, durante o processo de produção da fibra de PP, que acabam migrando para a
superfície por não apresentarem interação com a matriz.

A modificação apenas na etapa da produção da fibra pode comprometer a dispersão destes aditivos na matriz polimérica,
prejudicando a interação in­ terfacial fibra­matriz cimentícia. Ademais, os agentes tensoativos descritos na US 6258159 são
surfactantes de silicone, polissiloxanos, ésteres de ácidos graxos e politetra­hidrofurano que são quimicamente
considerados anti­ espumantes (evita a formação de espumas). Esses compostos com a função antiespumante são
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26/10/2016 Patente WO2013166568A1 ­ Processo de granulação de poliolefina, resina de poliolefina, fibra de ... ­ Patentes do Google
frequentemente utilizados em meio reacional de produ­ ção de fibras de PP. Por outro lado, os agentes tensoativos não
iónicos utilizados na US 6258159 pertencem à família dos polióis poliéteres, e possuem características dispersantes, sendo
a performance do sistema final afetada pelo balanço lipofílico e hidrofílico (HLB) do tensoativo, ou seja, esse balanço HLB
afeta a dispersão do surfactante na matriz polimérica.

As fibras de PP também podem ser modificadas através de tratamento superficial, tais como, texturização, tratamento
corona, plasma, à chama e de­ posição química. Porém, essas soluções são de alta complexidade e elevado custo, o que
as tornam inviáveis industrialmente.

Convencionalmente, a adição do modificador somente na etapa de fiação de uma fibra de polipropileno, cujo processo é em
meio aquoso, pode acarretar em perdas por lixiviação e ou espumação, visto que o surfactante não sofre boa aderência à
fibra, ocasionando a facilidade de lixiviação.

A presente invenção descreve a adição de tensoativos não iónicos e/ou iónicos na resina de poliolefina durante a etapa de
granulação, ou seja, etapa anterior ao processo de fiação. Sendo assim, o aumento da adesão entre a fibra de PP e a
matriz cimentícia é consequência da adição desse agente modificador na resina de PP durante a granulação e não na etapa
de fiação conforme descrito no estado da técnica.

Adicionalmente, a presente invenção prevê a adição de um tensoativo que tem uma parte polar e outra apolar que contribui
no aumento da hidrofilicida­ de da superfície da fibra de PP, que por sua vez melhora o ancoramento da fibra polimérica aos
constituintes do compósito cimentício.

Em vista das fragilidades das técnicas que compõem o estado da técnica no segmento de compósitos com fibras
sintéticas, onde na maioria dos casos a modificação do polipropileno, obtido após etapa de polimerização, com a utilização
de outros materiais, tais como anidrido maleico, metacrilato de gli­ cidila e ácido acrílico, apresenta uma solução inovadora
que envolve a incorporação de tensoativos não iónicos e/ou iónicos em poliolefinas na etapa de granulação. Estes
tensoativos não iónicos e/ou iónicos também podem ser denominados como surfactantes ou agentes modificadores.

Além disso, o processo descrito na presente invenção não apenas torna a poliolefina mais competitiva no mercado, como
também promove o aumento da polaridade superficial da fibra da poliolefina (maior tensão superficial) e, portanto, maior
adesão como compósito cimentício, pela incorporação de tensoativos não iónicos e/ou iónicos.

Objetivos da invenção

O principal objetivo da presente invenção consiste em prover um processo para a preparação de uma resina polimérica
modificada com tensoativos não iónicos e/ou iónicos, envolvendo a adição do dito tensoativo na dita resina pós­reator, ou
seja, durante a etapa de granulação das esferas da poliolefina no estado fundido, com posterior peletização desse material.

A presente invenção tem por objetivo também descrever uma resina polimé­ rica modificada com maior caráter polar e
consiste na incorporação de pelo menos um tensoativo não iônico e/ou iônico em uma poliolefina selecionada dentre
homopolímero de polipropileno ou homopolímero de etileno ou copo­ límero etileno­propileno ou terpolímero de etileno­
propileno­buteno ou uma blenda compreendendo dois ou mais destes componentes via processo de granulação,
promovendo um aumento da polaridade superficial da fibra de poliolefina e, consequentemente, uma maior tensão superficial
da fibra.

A resina polimérica modificada da presente invenção é empregada na confecção de fibras de menor tensão superficial,
permitindo sua melhor dispersão e aderência em compósitos cimentícios e com excelentes propriedades mecânicas.

A presente invenção também descreve uma fibra de poliolefina apresentando polaridade superficial e compreendendo uma
resina polimérica modificada com tensoativos iónicos e não iónicos obtida via granulação.

Por fim, a presente invenção refere­se ao uso da fibra de poliolefina que é utilizada como um material de reforço em
compósitos cimentícios bem como a um compósito cimentício compreendendo a dita fibra de poliolefina.

Breve descrição da invenção

A presente invenção descreve um processo que envolve a adição de tensoativos na resina de pós­reator, ou seja, a
aditivação é realizada na etapa de granulação das esferas da poliolefina no estado fundido, com posterior peletização desse
material, fornecendo uma resina de polímero modificado, mais especificamente, resina de poliolefina modificada com
tensoativos não iónicos e/ou iónicos.

A presente invenção apresenta como vantagem a produção de resina polio­ lefínica modificada pela incorporação de
tensoativo não iônico e/ou iônico pelo processo de granulação, o qual será empregado na confecção de fibras de poliolefinas
com maior polaridade superficial (tensão superficial), permi­ tindo sua melhor dispersão e aderência em compósitos
cimentícios, resultando em um produto com excelentes propriedades mecânicas.

Adicionalmente, a presente invenção apresenta como vantagem o baixo custo de incorporação para se obter a resina de
poliolefina cujas fibras apresen­ tam maior caráter polar, que, por sua vez, torna essa solução mais competitiva.

Outra vantagem do processo de granulação da presente invenção consiste no fato do agente modificador (tensoativo) ser
adicionado somente na forma pura através de dispositivo específico acoplado à extrusora (bomba dosado­ ra de líquidos).

Durante o processo de granulação, o agente modificador é misturado na matriz polimérica no estado fundido e sobre
cisalhamento que contribui para melhor incorporação deste aditivo à resina poliolefínica.
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Além disso, os tensoativos são frequentemente empregados para modificar o meio reacional permitindo solubilizar espécies
de baixa solubilidade ou promover um novo meio que pode modificar a velocidade reacional. A adição de tensoativos em um
polímero no estado fundido durante a etapa de granulação não foi descrito nem sugerido no estado da técnica.

Assim, o estado da técnica refere­se a modificações da fibra de poliolefinas enquanto a presente invenção prevê a
modificação da resina de poliolefina. A adição dos tensoativos na etapa de granulação da poliolefina da presente invenção
permite uma melhor incorporação dos tensoativos na resina e consequentemente fornece um aumento da adesão entre a
fibra de poliolefina e o compósito cimentício, sem perdas por lixiviação.

Breve descrição dos desenhos

A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado
nos desenhos. As figuras mostram:

figura 1 ­ é uma imagem de microscopia de força atómica da fibra de poli­ propileno puro;

figura 2 ­ é uma imagem de fibra de polipropileno com surfactante 1.

Descrição detalhada da invenção A tecnologia desenvolvida na presente invenção propõe um processo envolvendo a adição
de tensoativos na resina de pós­reator, ou seja, a aditivação é realizada na etapa de granulação das esferas da poliolefina
no estado fundido, com posterior peletização desse material. Também são descritas resi­ nas de polímero modificado, mais
especificamente, resina de poliolefina modificada de caráter polar à adição de tensoativos não iónicos e/ou iónicos,
promovendo um aumento da polaridade superficial da fibra da poliolefina e, portanto, maior adesão com o compósito
cimentício.

A faixa quantitativa de tensoativo adicionado durante a etapa de granulação compreende entre 0,1 ­ 10% em massa,
preferencialmente de 0,1 a 7%, e a faixa quantitativa de polímero é de 90,0 a 99,9 % em massa.

Está previsto na presente invenção que a poliolefina utilizada no processo de polimerização é um homopolímero de
polipropileno ou homopolímero de etileno ou copolímero etileno­propileno ou terpolímero etileno­propileno­buteno ou uma
blenda compreendendo dois ou mais destes componentes. A blenda polimérica pode ser obtida tanto em reator como em
pós­reator.

A poliolefina utilizada é preferencialmente um homopolímero de polipropileno que consiste somente em unidades repetitivas
de monômeros de propileno, apresentando índice de fluidez na faixa de 2,0 a 40 g/10min (conforme de­ terminado pela
norma que determina o método de teste padrão para taxas de fluxo de fusão de termoplásticos ASTM D­1238, na
temperatura de 230°C e célula de carga de 2,16 kg), preferencialmente 4 a 20 g/IOmin, sendo mais preferencialmente 16 a
20 g/10min. Esse homopolímero é obtido via polimerização em fase gasosa ou líquida ou lama, utilizando­se catalisador
Ziegler­ Natta ou metaloceno (A).

Os tensoativos podem ser iónicos e/ ou não iónicos.

Os tensoativos iónicos são selecionados dentre derivados de hexadeciltrime­ tilamônio e derivados de dodecilamina e/ou
mistura dos mesmos.

Os tensoativos não iónicos são selecionados dentre: compostos da família polióis poliésteres e devem apresentar grupos
funcionais polares, possibilitando o aumento da interação entre as fibras de reforço e a matriz cimentí­ cia. Os tensoativos
não iónicos podem ainda compreender compostos de cadeias hidrocarbônicas saturadas e insaturadas de C12 ­ C18
contendo no mínimo uma unidade de óxido de eteno (EO) e uma unidade de óxido de pro­ peno (PO), até no máximo de
14EO e 20PO, podendo ainda compreender copolímeros triblocos não iónicos EO/PO/EO (conhecidos como Poloxâme­ ros)
e polialquileno glicóis nas concentrações de 0,1 ­ 10%. (m/m) durante o processo de granulação, em extrusoras monorrosca
e dupla rosca.

O aumento da hidrofilicidade superficial é alcançado a partir da adição de lubrificantes, agentes antiestáticos, surfactantes,
compostos de cadeias áci­ do­graxos, álcoois alcoxilados e seus derivados, e polímeros que apresentem grupos funcionais
polares.

Por outro lado, além de incrementar a polaridade superficial, esses aditivos (puros ou misturados) também podem ser
adicionados ao óleo de encima­ gem utilizado na etapa anterior ao estiramento da fibra, acarretando melhor desempenho
nas propriedades de reforço da fibra.

Em uma concretização preferencial, a composição polimérica aqui revelada compreende o polipropileno, preferencialmente
na forma de esfera porosa, aditivado com os tensoativos não iónicos com o objetivo de aumentar sua polaridade (tensão
superficial). Adicionalmente, outros aditivos tais como antioxidantes, agentes nucleantes, neutralizantes, óleos, pigmentos
orgânicos e inorgânicos e cargas minerais podem ser acrescidos às composições poliméricas de polipropileno da presente
invenção.

A granulação do polipropileno, preferencialmente na forma física de esferas porosas, juntamente com aditivos descritos
anteriormente, ocorre preferen­ cialmente em uma extrusora, de mono ou dupla rosca, em condições apropriadas para a
obtenção de um polipropileno de alto desempenho para reforço de compósitos, após a obtenção de dito polímero por
polimerização do monômero base (propeno) pelo processo Spheripol. O processo de incorporação do tensoativo não iônico
e/ou iônico na resina de polipropileno ocorre no processo de granulação, cujo tensoativo, na forma pura, é dosado por um
dispositivo acoplado à extrusora diretamente na massa polimérica fundida ou diretamente na esfera (umectação) após
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processo de polimerização. A resina da presente invenção apresenta índice de fluidez preferencialmente 4 a 20 g/10min,
sendo mais preferencialmente 16 a 20 g/10min, tenacidade na faixa de 5 a 15 cN/dtex e energia de ligação química na faixa
de 1 a 6 J/m2.

A presente invenção também se destina à produção de fibras para reforço de compósitos, cuja seção transversal é
preferencialmente redonda, não excluindo a possibilidade de ser triangular ou trilobal. As fibras de polipropi­ leno apresentam
alta tenacidade de pelo menos 4 cN/dtex, mais preferencialmente de pelo menos 7 cN/dtex e particularmente de 8 a 9
cN/dtex. Essa faixa de tenacidade pode ser alcançada pelo ajuste nas condições de extru­ são das fibras, utilizando o
processo de uma maneira apropriada.

As fibras obtidas em extrusoras multifilamentos são geralmente na forma de fibras cortadas apresentando comprimento na
faixa de 2 a 20 mm, preferencialmente de 8 a 2 mm. As fibras de acordo com a presente invenção são utilizadas como
agente de reforço em compósitos fibro­sintétícos na proporção de 0,2 a 5% em massa relativa ao produto acabado
(compósito).

Para permitir uma melhor compreensão da presente invenção e demonstrar claramente os avanços técnicos obtidos, são
apresentados a seguir os resultados dos Exemplos 1 e 2 compreendendo as composições poliméricas re­ veladas no
presente pedido de patente.

Exemplo 1 : Para o preparo das ditas composições, foram utilizados os seguintes materiais:

• Polipropileno: homopolímero de índice de fluidez de 18 g/10min.

• Surfactante 1 : Copolímero de álcool laurílico com razão de 3EO/6PO, viscosidade 45 cP (25 °C) e densidade de 0,96
g/cm3 (25 °C).

A Tabela 1 apresenta o percentual mássico de surfactante adicionado ao polipropileno durante a etapa de granulação.

Tabela 1

Exemplos

1 2

% em massa

Polipropileno 100 98,5 Surfactante 1 0 1 ,5

Os péletes assim obtidos foram processados em uma extrusora multifilamen­ tos para a obtenção de fibras de polipropileno,
as quais foram caracterizadas por teste de pull­out, microscopia de força atómica (AFM) e propriedades mecânicas, por
exemplo, tenacidade e alongamento. As técnicas emprega­ das para as respectivas caracterizações são definidas a seguir:

• Teste de Pull­out: A adesão da fibra em uma matriz cimentícia foi avaliada por um teste de laboratório no qual um
filamento é embutido até um comprimento entre 0,5 mm a 2 mm em uma formulação que simula a matriz do compósito
compreendida por cimento, cargas, areia, água, plastificantes e modificadores de viscosidade, nas seguintes proporções
mássicas, respectivamente: 1 ,0; 1 ,2; 0,8; 0,55; 0,01 ; 0,001 . Após 28 dias de cura da matriz, a ponta livre do filamento é
submetida à tração, sendo determinados a força de tensão e o ponto de deslocamento. O teste de pull­out foi realizado com
uma célula de carga de 0,1 N e velocidade de tração de 0,001 a 0,01 mm/min. A partir da curva de força de desacoplamento
versus deslocamento é possível determinar a energia de ligação química (Gd) e força de atrito (τ) entre a fibra e o compósito
cimentício.

• Caracterização superficial da fibra por microscopia de força atómica (AFM): A migração do surfactante para a superfície
da fibra foi avaliada por AFM Veeco, NanoScope V. As fibras foram fixadas diretamente no porta­ amostra e analisadas
utilizando o modo tapping (intermitente). Foi utilizado scanner 4955J e sonda de haste única de antimônio dopada com
silício com constante de mola de 20 a 80 N/m e frequência de oscilação de 250­299 kHz. Para avaliação da superfície da
fibra foi monitorada a variação de fase, a qual fornece informações relativas à densidade eletrônica dos materiais na
superfície e dissipação de energia envolvida no contato entre a ponta e a amostra. Além disso, a diferença de contraste
indica o nível de dissipação, ou seja, contraste mais escuro revela menor dissipação e menor densidade eletrônica.

· Propriedades mecânicas, as propriedades de tenacidade e alongamento foram determinadas de acordo com o método
ASTM D2256. Exemplo 2

O Exemplo 2 comparativamente ao Exemplo 1 apresenta o efeito do surfac­ tante 1 nas propriedades mecânicas da fibra e
seu desempenho nos testes de adesão ao compósito cimentício.

Tabela 2

Os respectivos resultados na Tabela 2 evidenciam que as propriedades mecânicas, tais como tenacidade e alongamento, e
a força de atrito (τ) são ligeiramente afetadas pela presença do tensoativo não iônico, porém não comprometem seu
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desempenho. É observado o aumento expressivo na e­ nergia de ligação química (Gd), sendo esse valor similar ao

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desempenho observado para fibra de PVA. Ditas características do novo material o tornam industrialmente interessante
devido ao aumento de desempenho da fibra como reforço de compósitos.

Sendo assim, o aumento expressivo da energia de ligação química (Gd) tal como observado na Tabela 2 indica que houve
um aumento significativo da polaridade superficial da fibra devido à migração dos agentes modificadores à superfície da
fibra e posterior ancoramento dos mesmos, permitindo assim a sua exposição na referida superfície da fibra. A dita
exposição na superfície da fibra fornece uma melhor adesão ao compósito cimentício.

A resina compreendendo maior polaridade obtida via granulação apresenta índice de fluidez preferencialmente de 4 a 20
g/10min, sendo mais preferencialmente de 16 a 20 g/10min, tenacidade na faixa de 5 a 15 cN/dtex e energia de ligação
química na faixa de 1 a 6 J/m2.

A figura 1 mostra a imagem de microscopia de força atómica da fibra de po­ lipropileno puro, na qual se verifica uma
superfície contínua e sem contraste. Por outro lado, na figura 2 é possível observar a modificação da superfície da fibra
pela presença de fase dispersa (coloração escura) na matriz de poli­ propileno, evidenciando a migração dos surfactantes
para a superfície da fibra, conferindo assim um aumento da hidrofilicidade (maior polaridade). Tendo sido descrito um
exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis varia­
ções, sendo limitadas tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.

CITAÇÕES DE PATENTE
Citada Data de depósito Data de publicação Requerente Título
JP3444674B2 * Título indisponível
JPH11269281A * Título indisponível
Kanegafuchi Polyamide fibers with aliphatic sulfonic acid containing
US3637900 * 20 abr. 1970 25 jan. 1972
Spinning Co Ltd antistatic agents
Product and method for incorporating synthetic polymer fibers
US6258159 * 30 ago. 1999 10 jul. 2001 Polymer Group, Inc.
into cement mixtures
Saint­Gobain
Polyolefin reinforcing fibre, use thereof and products comprising
US20060234048 * 15 dez. 2003 19 out. 2006 Materiaux De
same
Construction S.A.S.
Hydrophilized Compositions Comprising Normally Hydrophobic
Rhodia Recherches
US20090105679 * 3 mar. 2006 23 abr. 2009 Thermoplastic Polymers/Anionic Surfactants and Articles
Et Technologies
Shaped Therefrom
* Citada pelo examinador

CITADA POR

Citação Data de depósito Data de publicação Requerente Título


Construction Research & Composite material including hydrophilic
WO2014139734A1 * 6 fev. 2014 18 set. 2014
Technology Gmbh plastic fibers
* Citada pelo examinador

CLASSIFICAÇÕES

Classificação
D01F1/10, C08K5/17, C08J3/12, C08J3/20, C04B16/06, C08K5/10
internacional
Classificação C08J3/203, C08K5/06, C08J2323/10, C08K5/19, C08L23/12, C08L23/06, C08L23/04, C08L23/10, C08L2205/02, C08L2205/025,
cooperativa C08L2205/16, C04B28/02, C04B16/0625, C04B16/0633, D01F1/09

EVENTOS LEGAIS
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