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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS

MTR0451 – QUÍMICA E SÍNTESE DE POLÍMEROS

Técnicas de polimerização

Docentes: Dr.(a) Maria Carolina (Carol)

13. Juli 2020 Folie 1


Técnicas de polimerização

 São meios físicos usados nas polimerizações em


cadeia e em etapas.

 Detalhes tecnológicos atualizados dos processos


comerciais de polimerização são difíceis de determinar,
mas há descrições gerais disponíveis.

 A arquitetura macromolecular (DMM, composição do


copolímero, distribuição de ramificações,
estereorregularidade, etc.) depende não só da
natureza química dos monômeros, do tipo de
mecanismo de polimerização e estado físico do
sistema reagente, mas também do tipo de processo e
da configuração do reator.
G. ODIAN, Principles of Polymerization, 4. ed., John Wiley & Sons, 2004.
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Fonte: S.V. CANEVAROLO, Ciência dos Polímeros, 2 ed., Artliber Editora, 2006.
Técnicas de polimerização

Algumas técnicas podem ser usadas para contornar


problemas específicos das polimerizações:

 Geração excessiva de calor;

 Imiscibilidade de monômeros e iniciadores, etc.

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TÉCNICAS DE POLIMERIZAÇÃO

Os polímeros são produzidos sinteticamente através


da reação de polimerização de seus monômeros.
Os métodos mais utilizados são: (HOMOGÊNEA OU
HETEROGÊNEA)
Polimerização em Massa Depende da
forma que
Polimerização em Solução se pretende
Polimerização em Suspensão obter o
polímero
Polimerização em Emulsão final
(HETEROGÊNEA)
Cada uma destas técnicas possui condições específicas, originando
polímeros com características diferentes.
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Técnicas de polimerização

 Alguns sistemas homogêneos podem tornar-se


heterogêneos quando a polimerização ocorre devido
a insolubilidade do polímero no meio reacional

 Para facilitar a manipulação do material polimérico


final e a operação do processo de polimerização,
processos heterogêneos de polimerização são
empregados para a produção de polímero na forma
de partículas como os conhecidos processos de
polimerização em emulsão, por precipitação e em
suspensão

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Técnicas de polimerização
 Todos os monômeros podem ser polimerizados por qualquer técnica.

 A escolha do método depende:

 Das propriedades químicas dos monômeros e polímeros


 Dos equipamentos necessários
 Das aplicações a que se destinam aos polímeros

O método / condições de síntese têm influência nas propriedades do


polímero:

PVC – polimerização via radicais em massa


Diferentes!!
PVC – polimerização via radicais em suspensão

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POLIMERIZAÇÃO EM MASSA:

 Polimerização em massa pode ser dividida em:

 Reações homogêneas: polímero formado permanece


dissolvido no monômero

 Reações heterogêneas: polímero formado não fica


dissolvido no monômero

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POLIMERIZAÇÃO EM MASSA:

A carga reagente é constituída apenas pelo monômero e pequenas


quantidades de iniciadores e catalisadores.

Moléculas capazes de
gerar radicais livres
mesmo em baixas
MONÔMERO temperaturas.
+ INICIADOR
Ex.: Peróxido de
benzoíla

Iniciador

Nenhum solvente é adicionado ao reator


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Polimerização em Massa
O processo consiste em aquecer o monômero em um reator (ou
molde), na presença de um iniciador e, em alguns casos, de um
composto capaz de controlar a massa molar do polímero.

CONTROLADOR
+ INICIADOR + DE MASSA
MOLECULAR

https://equipamentosnei.com.br/index.php/component/k2/item/11
2-reator-de-polimerizacao

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POLIMERIZAÇÃO EM MASSA:

DESVANTAGENS
1. Muito exotérmica
2. Viscosidade alta (EFEITO GEL)
3. Dificuldade de dissipação de calor
VANTAGENS
1. Alta pureza

2. Sem solventes ou diluentes: alta MM pode ser obtida,


freqüentemente alta taxa de reação

3. Obtenção de peças moldadas diretamente a partir do


monômero

4. Mais barata – ausência da etapa de remoção do


solvente e requer equipamentos simples
Não pode ser via catalisadores, pois estes
precisam estar na presença de solventes
orgânicos.
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POLIMERIZAÇÃO EM MASSA:

DESVANTAGENS
1. Muito exotérmica
2. Viscosidade alta (EFEITO GEL)
3. Dificuldade de dissipação de calor

Por estas razões, apesar das aparentes vantagens e por ser


a polimerização em massa frequentemente o método de
escolha para a preparação laboratorial de polímeros
vinílicos, esta técnica não é amplamente utilizada na
indústria, onde apenas três polímeros são produzidos desta
forma: polietileno, poliestireno e poli (metacrilato de metila).
Não pode ser via catalisadores, pois estes
precisam estar na presença de solventes
orgânicos.
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POLIMERIZAÇÃO EM MASSA:

 O PE é produzido a partir de um monômero gasoso sob


pressão, alta ou baixa, e, assim, algumas das desvantagens
mencionadas para polimerização em massa dificilmente se
aplicam.

 A polimerização em massa é, certamente, mais grave para a


polimerização de monômeros líquidos, tais como estireno e
metacrilato de metila.

 No caso de poliestireno, a polimerização em massa é, no


entanto, utilizada para a produção comercial do polímero. Para
minimizar este problema da reação exotérmica a síntese do
polímero ocorre em fases distintas, em diferentes partes da
planta.
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POLIMERIZAÇÃO EM MASSA:

APLICAÇÕES PRÁTICAS
1. MMA, estireno, LDPE
2. Fabricação de chapas de PMMA e PU

A polimerização em massa é
muito usada na fabricação de
lentes plásticas amorfas,
devido às excelentes
qualidades ópticas obtidas
pelas peças moldadas do
poli(metacrilato de metila).

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

A carga reagente é constituída pelo solvente, pelo monômero e


iniciadores ou catalisadores que podem ser solúveis ou insolúveis.
Quando o polímero formado é insolúvel no meio reacional, é chamada
de polimerização em leito de lama ou com precipitação.

MONÔMERO INICIADOR SOLVENTE


+ +

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

 Polimerização homogênea em solução: monômero e


polímero resultante são solúveis no solvente

 Polimerização heterogênea em solução (polimerização


em precipitação): polímero precipita ao longo da
reação

Caso o polímero formado seja solúvel no meio, o produto final é


uma solução do polímero no solvente, normalmente sendo
empregada como tal.

Caso o polímero seja insolúvel no solvente, tem-se a polimerização


em lama ou com precipitação.
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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

VANTAGENS

1. Facilidade de dissipação do calor gerado


para o meio contínuo (fácil controle da
temperatura)

2. Viscosidade do sistema é menor, reduzindo


o problema de limitação difusional no
sistema reacional

3. Manuseio em geral são facilitados

4. A solução polimérica formada pode ser


diretamente utilizada

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

Aspectos a serem considerados para polimerização em cadeia:

 Pode haver transferência de cadeia para solvente: redução da


massa molar

 Em polimerização iônica: efeito do solvente ainda é maior (além


de transferência de cadeia, reações com iniciadores)

 Em alguns casos, solvente influencia na configuração

 Escolha cuidadosa do solvente!

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

Aspectos a serem considerados em polimerização em etapas:

 Reação de dióis com diácidos: vantajoso para produção de


poliéster que não suporta alta T ou quando MM > 30.000 g/mol
necessária

 Temperaturas relativamente mais baixas: minimização de


reações paralelas

 A seleção de um solvente completamente inerte não pode, na


verdade, ser feita, o que significa que existe quase sempre
transferência de cadeia para o solvente e, consequentemente,
uma restrição da massa molar do produto. Este último ponto é
particularmente importante e é o principal responsável pela
raridade de técnicas em solução para síntese de polímeros
comercialmente importantes.

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

DESVANTAGENS

1. Despesas com separação, armazenamento e reaproveitamento


do solvente

2. Nem sempre é possível remover totalmente o solvente contido


no polímero e portanto, este polímero pode não ser indicado
para alguns tipos de aplicações (como embalagens de produtos
alimentícios)

3. O uso de grandes quantidades de solventes (tóxicos ou


inflamáveis) requer maior cuidado quanto a segurança

4. Baixa massa molar (transferência de cadeia para o solvente)

5. A temperatura de reação é limitada pelo ponto de ebulição do


solvente usado, que por sua vez restringe a velocidade de
polimerização

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

APLICAÇÕES PRÁTICAS

1. Colas e adesivos

2. Poliolefinas, utilizando-se o próprio monômero como solvente

3. Acetato de vinila, acrilonitrila e ésteres de ácido acrílico são


polimerizados em solução.

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POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO:

O solvente é escolhido de forma que o


monômero possa se dissolver totalmente nele.

BARATO

SOLVENTE
IDEAL BAIXO PONTO DE EBULIÇÃO

FÁCIL REMOÇÃO DO
POLÍMERO

https://www.wikiwand.com/pt/Reator_em_batelada

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2004.
Fonte: S.V. CANEVAROLO, Ciência dos Polímeros, 2 ed., Artliber
Editora, 2006.
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