Você está na página 1de 29

2 – Representação Gráfica na Aquitetura

2.1 Traços

Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem


possuir constraste umas com as outras.

Linha auxiliar Pena 0,1mm


Linha fina Pena 0,2mm
Linha média Pena 0,4mm
Linha grossa Pena 0,6mm
Linha de eixo Traço-ponto
Linha de corte Traço-ponto
Linha de projeção Tracejado

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena
(ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro espessuras de
pena:

• Linhas complementares - Pena 0,1mm. Usada basicamente para registrar elementos


complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de
projeção, etc.

• Linha fina - Pena 0,2mm (ou 0,3mm). Usada para representar os elementos em vista.

• Linha média - Pena 0,4mm (ou 0,5mm). Usada para representar os elementos que se
encontram imediatamente a frente da linha de corte.

• Linha grossa - Pena 0,6mm (ou 0,7mm). Usada para representar elementos especiais,
como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também
elementos em corte, como a pena anterior).

Quanto ao tipo de traços, é possível classificá-los em:

• Traço contínuo: são as linhas comuns.

• Traço interrompido: representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja, que esteja
além do plano de corte).

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 23


• Traço-ponto: usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de
corte.

Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem delimitados


com um traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso, esses
elementos podem estar preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é
representado com uma trama diferente.

2.2 Escalas

A NBR 6492 (1994) apresenta uma série de escalas padronizadas para desenho
arquitetônico cujos valores mais usuais são descritos abaixo:

• Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;

• Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros compartimentos;

• Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e
fachadas de projetos arquitetônicos;

• Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de


apresentação que não necessitem ir para a obra.

• Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1:50.
Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que não
necessitem de muitos detalhes;

• Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;

• Escala 1:200 e 1:250 - Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de
situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;

• Escala 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia;

• Escala 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e


zoneamento.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 24


Cada folha de desenho ou prancha deve ter indicada em seu título as escalas utilizadas
nos desenhos ficando em destaque a escala principal. Cada desenho terá sua respectiva
escala indicada junto dele.

2.3 Cotagem

Cotas são os números que correspondem às medidas reais no desenho e, portanto,


independem da escala usada no projeto.

É a forma pela qual passam-se nos desenhos, as informações referentes as dimensões


de projeto.

Assim, para quem executa a obra, a visualização e aplicação das dimensões se torna
mais clara e direta. Isso não impede que seja utilizada outra unidade. Normalmente, para
desenhos de alguns detalhes, quando a execução requer rigorosa precisão, as dimensões
podem ser dadas em milímetros. Na hora de cotar, deve-se ter o cuidado de não
apresentar num mesmo desenho, duas unidades diferentes, centímetros e metros por
exemplo.

As áreas podem e devem ser dadas em metros. Assim, procurar sempre informar através
de uma "nota de desenho" as unidades utilizadas, como por exemplo: "cotas dadas em
centímetros" e "áreas em metros". As cotas indicadas nos desenhos determinam a
distância entre dois pontos, que pode ser a distância entre duas paredes, a largura de um
vão de porta ou janela, a altura de um degrau de escada, o pé direito de um pavimento,
etc. A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na dificuldade de
saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do desenho, a informação,
medindo com o metro, a distância desejada.

Portanto, não são indicadas, para os desenhos de projetos executivos, as escalas de


1:25, 1:75, 1:125, difíceis de se transformar com a utilização da trena de obra.

Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem ter as suas medidas
indicadas corretamente.

Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma trazer prejuízos e


aborrecimentos.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 25


A Figura 2.1 ilustra as principais propriedades das cotas.

Figura 2.1 – Utilização de cotas em desenho arquitetônico

MONTENEGRO (2001) aponta alguns erros comuns em cotas ilustrados na Figura 2.2.

Figura 22 – Erros comuns em cotagem (Montenegro, 2001)

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 26


As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, ou seja, fora do
limite das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer outro desenho. Isso não
impede que algumas cotas sejam dadas no interior, mas deve-se evitar, a fim de não
dificultar a leitura das informações.

Assim os princípios gerais podem ser assim resumidos:

• As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade de


medida;

• As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida (m, mm ou cm);

• As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota;

• Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza


das dimensões;

• As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colocados
ACIMA da linha de cota;

• Quando a peça for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de cota:

• Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;

• Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura;

• Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas que se indicam
em porcentagem.

2.4 Caligrafia Técnica

A norma NBR 8402 (1994) fixa características de escrita usadas em projetos. Aplica-se a
escrita à mão livre ou por instrumentos. As prescrições encontram-se na Figura 2.3.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 27


Figura 2.3 – Prescrições normativas para caligrafia técnica

2.5 Representação de Materiais

A norma NBR 6492 (1994) fixa características de representação de alguns materiais


usados na contrução civil segundo indica a Figura 2.4.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 28


Concreto em vista

Concreto em corte

Mármore/granito em vista

Madeira em vista

Madeira em corte

Aço em corte

Isolamento térmico

Argamassa

Enchimento de piso

Borracha, neoprene ou mastique

Mármore/granito em corte

Figura 2.4 – Representação de materiais em desenho arquitetônico (NBR 6492:1994)

2.6 Elementos Construtivos: Paredes

São representadas de acordo com suas espessuras e com simbologia relacionada ao


material que as constitui. Normalmente desenham-se as paredes internas com 15cm
(meio tijolo) e as externas com 25cm (1 tijolo). A Figura 2.5 apresenta particularidades.

a) parede de tijolos:

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 29


b) parede de concreto:

Figura 2.5 – Particularidades das paredes

2.7 Elementos Construtivos: Portas

São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas


auxiliares, se necessário, procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço
ocupado conforme a Figura 2.6.

de abrir/pivotante pivotante de correr


eixo lateral eixo central externa/interna

pantográfica/ camarão sanfonada


Figura 2.6 – Representação das portas

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 30


Todas as portas e portões devem ser cotados, identificando-se sua largura e altura, de
acordo com o seguinte:

a) Sempre na ordem “l x h” (largura por altura);

b) Algarismos padronizados;

c) Posicionamento ao longo das folhas;

A Figura 2.7 ilustra a composição das dimensões.

80 x 210

Figura 2.7 – Representação das dimensões físicas das portas

2.8 Elementos Construtivos: Janelas

São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas.

São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a uma maior
interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria.

a) para escalas inferiores a 1:50:

b) para escala 1:50 (mais adotada):

c) convenção alternativa:

d) convenção com detalhamento:

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 31


Todas as janelas devem ser cotadas em Planta Baixa, identificando-se sua largura, altura
e peitoril (Figura 2.8), de acordo com o seguinte:

a) Sempre na ordem “l x h / p” (largura por altura sobre peitoril);

b) Algarismos padronizados;

c) Posicionamento interno ou externo à construção (apenas uma opção em um projeto).

130 x 100
110

Figura 2.8 – Representação das dimensões físicas das janelas

Devem ser usadas no projeto dimensões encontradas em mercado caso as esquadrias


sejam formadas por materiais metálicos (aço, alumínio, cobre) ou PVC.

Procura-se calcular as áreas de janelas com valor mínimo igual a 1/8 da área do cômodo
para cozinhas, banheiros e lavabos; para salas e dormitórios pode-se usar o valor mínimo
de 1/6 da área do cômodo para efeito de iluminação. Em relação à ventilação deve-se
usar um mínimo de 50% da área de iluminação.

2.9 Níveis e Áreas das Dependências

Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada
Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero). A colocação os níveis
deve atender ao seguinte (Figura 2.9):

a) Colocados dos dois lados de uma diferença de nível;

b) Evitar repetição de níveis próximos em planta;

c) Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada);

d) Algarismos padronizados pela NBR;

e) Escrita horizontal;

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 32


f) Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível;

g) Indicação sempre em metros;

h) simbologia convencional:

00 + 0,30 - 2,10

Figura 2.9 – Representação dos níveis

As áreas das dependências (dormitórios, garagens, cozinhas, etc.) devem ser indicadas
abaixo do respectivo nome do cômodo em metros quadrados (m 2):

SALA DE ESTAR GARAGEM


18,30 m² 15,10 m2

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 33


Projeto 03:

Considerando um terreno com dimensões de 10m x 20m, projete uma residência popular
de até 70m2 de área construída, utilizando-se dos recuos estabelecidos no Projeto 03,
considerando a necessidade dos seguintes cômodos abaixo:

 Dois dormitórios;
 Uma cozinha;
 Uma sala;
 Uma área de serviço;
 Um banheiro;

Dimensione a cobertura em duas ou quatro águas usando-se telhas francesas com


declividade mínima de 36%. Fornecer a planta da cobertura, da edificação, bem como as
elevações frontais e laterais. Indicar as esquadrias usadas usando-se as medidas
comerciais. Forneça todos os níveis e as dimensões de todas as paredes. Faça a
representação da área de cada cômodo em metros quadrados (m 2).

Representação esquemática do terreno (dimensões em “m”)

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 34


Projeto 04:

Considerando o projeto abaixo, já contruído, de uma casa de campo, pede-se propor uma
solução de sua ampliação da seguinte forma:

 Inserir 3 dormitórios;
 Inserir 1 cozinha e 1 área de serviço;
 Informar no projeto a área regularizada e a regularizar usando-se uma legenda;
 Desenhar as seguintes vistas: em planta, frontal (fachada) e as laterais direita e
esquerda do projeto alterado cotando-se todas as dimensões;
 Indicar as dimensões das esquadrias (usar catálogo de fabricante) considerando os
valores mínimos de área para iluminação e ventilação;
 Desenhar a planta de locação considerando o terreno com dimensões 15m x 30m
levando-se em consideração os recuos mínimos frontal e lateral respectivamente
de 4,0m e 1,5m;
 Considerar a construção existente alocada com o recuo mínimo frontal e
centralizada no terreno em relação à dimensão lateral;

Perspectivas isométricas sem escala da construção existente e regularizada

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 35


560

30 15 500 15

30 15 340 60 100 15

60x60/140

15

15
15

15

120x100/90
120

SALA

275

275
275

13.75 M²
155

90x210

+0.50

15

15
15

15

25
70

100x60/140

100

150
150

BANHO
70

5.70 M² +0.50 +0.48


70x210
10
885

15

25
15

15
15

120 380
15 15

VARANDA

370
400

400
21.20 M²

+0.35
15 30
15

15

15

PROJ. COBERTURA
+0.20
160

00

30 170 160 200

200 160 200

Planta arquitetônica sem escala da construção existente (dimensões em “cm”)


Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 36
3 – Medidas, Proporções e Cortes
3.1 Garagens

A Figura 3.1 apresenta algumas dimensões que podem ser usadas para projetos de
garagens. Em geral, para projetos residenciais, podem-se usar as dimensões de um carro
de tamanho grande como o Mercedes 300, 1956.

Figura 3.1 – Medidas usuais em “mm” para automóveis (NEUFERT, 2004)

3.2 Áreas de Serviço

A Figura 3.2 apresenta algumas dimensões de alguns equipamentos e instalações


comuns em áreas de serviço. Podem ser usadas medidas comerciais caso se conheça o
fabricante de determinado equipamento (eletrodomésticos, tanques, etc.).

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 37


Figura 3.2 – Medidas usuais em “m” equipamentos e instalações em áreas de serviço
(MONTENEGRO, 2001)

3.3 Peças Sanitárias

A Figura 3.3 apresenta algumas dimensões das principais peças encontradas em lavabos
e banheiros.

Figura 3.3 – Medidas usuais em “m” de peças sanitárias (MONTENEGRO, 2001)

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 38


3.4 Cozinhas

A Figura 3.4 apresenta algumas dimensões usuais para cozinhas.

Figura 3.4 – Medidas usuais em “m” para cozinhas (MONTENEGRO, 2001)

3.5 Móveis

A Figura 3.5 apresenta algumas dimensões usuais de alguns móveis. Outras informações
consultar Neufert, 2004.

Figura 3.5 – Medidas usuais em “m” de alguns tipos de móveis (MONTENEGRO, 2001)

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 39


3.6 Cortes: Princípios Gerais

Os cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas


quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL,
normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de
informações escritas que o complementam. Assim, neles encontramos o resultado da
interseção do plano vertical com o volume. Os cortes são os desenhos em que são
indicadas as dimensões verticais.

O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações


entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em altura, e que, por
conseqüência, não são devidamente esclarecidos em planta baixa. A sua orientação é
feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço.

Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro longitudinal ao objeto


cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios, sempre dentro do mesmo
compartimento, para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. Os
cortes podem ser transversais (plano de corte na menor dimensão da edificação) ou
longitudinais (na maior dimensão).

A quantidade de cortes necessários em um projeto, porém, é de exclusiva determinação


do projetista, em função das necessidades do projeto. São fatores que influenciam a
quantidade de cortes:irregularidades das paredes internas;

b) sofisticação de acabamentos internos;

c) formato poligonal da construção;

d) diferenças de níveis nos pisos;

e) existência de detalhamentos internos.

A Figura 3.6 ilustra um esquema, em perspectiva, da composição dos cortes


longitudinais e transversais em projetos arquitetônicos.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 40


PLANO QUE GERA O CORTE TRANSVERSAL:

PLANO QUE GERA O CORTE LONGITUDINAL:

Figura 3.6 – Representação de cortes transversais e longitudinais

Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela presença de: pés-
direitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis, equipamentos de
construção, escadas, elevadores, dentre outros.

A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do interesse de


visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiro e
cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores.

Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e
interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 41


A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica conforme visto na
Figura 3.7.

Figura 3.7 – Simbologia para os cortes em planta

A orientação dos cortes é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço
cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a
sua localização (Figuras 3.8 e 3.9).

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 42


CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE AB SENTIDO INDICADO

CORTE CD INDICADO CORTE CD INDICADO


Figura 3.8 – Representação de cortes

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 43


D
01
560

30 15 500 15

30 15 340 60 100 15

60x60/140

15

15
15

15

120x100/90
120

SALA

275

275
275

13.75 M²
155

90x210

+0.50

15

15
15

15

25
70

100x60/140
A B

100

150
150

BANHO
01 01
70

5.70 M² +0.50 +0.48


70x210
10
885

15

25
15

15
15

120 380
15 15

VARANDA

370
400

400
21.20 M²

+0.35
15 30
15

15

15

PROJ. COBERTURA
+0.20
160

00

30 170 160 200

200 160 200


C
01

Figura 3.9 – Representação dos cortes A-B e C-D em planta

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 44


3.7 Cortes: Elementos Construtivos

- Fundações:

São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral, com
dimensões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projeto estrutural.
A Figura 3.10 ilustra alguns exemplos de fundações mais utilizadas:

VIGA VIGA
BALDRAME BALDRAME

BLOCOS DE SAPATA
CONCRETO DE
CONCRETO

Figura 3.10 – Representação de elementos de fundação em cortes

- Pisos e Contrapisos:

Normalmente identifica-se apenas a espesssura do contrapiso + piso com espessura


aproximada de 10cm, através de duas linhas paralelas, cortadas – espessura de linha
média (0,6mm). O solo ou aterro são indicados através de hachura inclinada. O
contrapiso-piso ocorre alinhado com a viga baldrame das paredes.

PISO-
CONTRAPISO

VIGA
BALDRAME

HACHURA
SOLO

Figura 3.11 – Representação de pisos e contra-pisos em cortes

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 45


- Paredes:

Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes


seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Existindo
paredes em vista (que não são cortadas pelo plano de corte) a representação é similar
aos pisos em planta conforme a Figura 3.12.
10

10
70

70
210

210

Parede totalmente Parede parcialmente


Parede convencional
impermeabilizada impermeabilizada
Figura 3.12 – Representação de paredes em cortes

- Louças Sanitárias:

As louças sanitárias podem aparecer em corte ou em vista na representação dos cortes


verticais. Tanto numa situação como em outra, basta representá-los com suas linhas
básicas, que identificam o aparelho ou equipamento. Abaixo, na Figura 3.13, algumas
representações:

Figura 3.13 – Representação de louças sanitárias em cortes

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 46


- Forros e Lajes:

Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto, representadas de maneira


similar ao contrapiso, com espessura de 10cm. Sobre as paredes, representa-se as vigas
em concreto. Pode haver forro de madeira ou gesso, por exemplo, abaixo da laje ou sem
a presença desta. Estes forros serão representados por duas linhas finas paralelas com a
espessura do forro conforme a Figura 3.14.

VIGA
LAJE

FORRO

Figura 3.14 – Representação de forros e lajes em cortes

- Esquadrias:

Portas: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno. Em corte, indica-se apenas o
vão, com a visão da parede do fundo em vista. Janelas: em vista seguem as mesmas
diretrizes das portas. Em corte têm representação similar à planta baixa, marcando-se o
peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas em traço
cheio e médio). A Figura 3.15 ilustra essas informações.

PORTA VISTA JANELA VISTA PORTA CORTE JANELA CORTE

Figura 3.15 – Representação de esquadrias em cortes

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 47


- Níveis:

São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a
repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de
desníveis iguais (escada). A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada
da simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa
devem ser os mesmos indicados nos cortes. A simbologia utilizada para indicação dos
níveis em cortes está representada na Figura 3.16.

00 +0,30 -0,15

Figura 3.16 – Representação de níveis em cortes

Os níveis devem ser sempre indicados em metros e acompanhados do sinal, conforme


localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00).

3.8 Exemplos de Cortes


150

150

150

150
10

10

10
10

10
30

30
55
70

25

475
60
265

267
280

250

210
210

152

+0,50 +0,48
+0,35
WC
VARANDA
00
45

45
35

35

CORTE AB
SEM ESCALA
Figura 3.17 – Representação do corte A-B

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 48


Figura 3.18 – Esquema de concepção de cortes

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 49


475

150 10 265 50

80 10 60 10 30 5 200 30 50

75 100 90

+0,50
+0,50

50 215
+0,35
+0,20

SEM ESCALA
CORTE CD
00

80 10 10 60 30 250 20 15

150 10 280 35

Figura 3.19 – Representação do corte C-D

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 50


Projeto 05:

Considerando as plantas e elevações segundo o Projeto 03, construa dois cortes, um


longitudinal e outro transversal, que passem necessariamente pela cozinha e pelo
banheiro. Realizar a humanização “lay-out” da projeção em planta inserindo-se os
elementos especificados nos capítulos 3.1 a 3.5.

Projeto 06:

Tomando-se como base o desenvolvimento do Projeto 04, faça a representação de dois


cortes passando-se pela cozinha e pelo banheiro. Realizar a humanização “lay-out” da
projeção em planta inserindo-se os elementos especificados nos capítulos 3.1 a 3.5.

Projeto Arquitetônico Interdisciplinar I data:abr/2014 fl. 51

Você também pode gostar