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Curso Profissional de Técnico de Manutenção Industrial - Eletromecânica

DESENHO TÉCNICO 10º H 2015-2016

b] Tipos de linhas

Nos desenhos técnicos, utilizam-se vários ti-


pos de linhas e traços de diversas espessuras.
No quadro seguinte podemos ver os diversos
tipos de linhas e a, sua utilização.

Traço contínuo fino - linhas de cota


- linhas de chamada
- linhas de referência

- construções geométricas auxiliares


- contornos e arestas fictícias

ou TRACEJADO ou INVISIVEIS

Traço misto fino - eixos e traços de planos de simetria


- posições extremas de pecas móveis
- zonas situadas à frente de um plano de corte

ESCOLHER UM DOS SEGUINTE!5 GRUPOS


ESPESSURA DOS TRAÇOS
(Medida de espess ura em mil ímetros)
•BH
J
GROSSO 1,4 1,0 • 0,7 0,5 0,35

MÉDIO 1,0 0,7 0,5 0,35 0,25 0,18

FINO 0,7 0,5 0,35 0,25 0,18 0,13


B2 CONCEITOS TECNOLÓGICOS - 2 DESENHO TÉCNICO

c) Legendas, letras e algarismos


A legenda faz parte integrante do desenho téc- DATA RUBRICA

nico. Esta contém informação complementar muito DESEN.


1 3
importante relativa à identificação e compreensão VERIF.

do desenho.
ESCALA DESEN. N.°

2 SUBSTITUI

SUBSTUiDO POR

1 - Indicações complementares
2 - Designação ou título
3 - Entidade que promove ou executa o desenho

A norma relativa às letras e algarismos admite


dois tipos de escrita:
de eixo vertical ou redonda;
• de eixo inclinado a 75° ou cursiva.

ABCDEFGHIJKLMNOP
abcdefghijklmnop
123456

ABCDEFGHIJKLMNOP
abcdefghijklmnop
123456
d) Escalas e) Cotagem
Quando desejamos fazer um desenho de uma Para que um objecto possa ser executado a
casa, um carro, ou de uma peça de grandes dimen- partir de um desenho técnico, é necessário que
sões, naturalmente que as suas projecções, na este nos informe das medidas dos objectos.
verdadeira grandeza, não cabem na folha de papel. Designa-se por cotagem as informações ins-
critas no desenho e representadas por linhas, se-
É necessário representar estes objectos numa tas, símbolos letras
e valores. Estes valores, ou cotas,
dimensão menor e proporcional, isto é, a uma de- correspondem às dimensões reais dos objectos
terminada escala. representados.
o medidas
. mpliação 2/1 objeto 5/1 10/1 Elementos de cotagem:
Verdadeira grandeza « Linhas de chamada
(escala natural) 1/1 s
Linhas de cota
1/2 1/5 1/10 Setas
educao 1/20 1/50 1/100 • Números de cota (valor da medida)
Definição
1/200 1/500 • Letras e símbolos
• Linhas de referência ou de anotações
Escala é a relação entre as dimensões de Nas figuras seguintes, observa com muita aten-
um desenho e as correspondentes dimensões ção alguns exemplos do processo de cotagem.
do objecto a representar.
Quando empregamos a escala 1/10, isto signi- Linha de contorno
fica que l cm no papel corresponde a 10 cm na
realidade.
Podemos utilizar escalas de ampliação, de
redução ou de verdadeira grandeza, conforme os
objectos a desenhar são muito pequenos, muito
grandes ou com dimensões que permitem ser Linha de chamada
representados na verdadeira grandeza.

1/2 (metade) Linha de cota

Esc. 1/1
Seta

Cota

Cotagem
de um rectângulo
20

2/1 (dobro)
B2 CONCEITOS TECNOLÓGICOS - 2 DESENHO TÉCNICO

1 - Utilização das setas nos casos gerais.


2 - As barras oblíquas e os pontos utilizam-se nos
desenhos de construção civil e construção metálica.

Deve evitar-se o cruzamento de linhas de cota.


Quando as linhas de cota são muito curtas, as setas podem
ser substituídas por pontos.

Localização relativa de um furo ou de outros elementos


(cotagem de posição).

20

O sinal = pode substituir as cotas parciais quando as dimen-


sões são iguais.

60°
x
—/
Formas de cotar diâmetros.
Quando se trata de um raio, utiliza-se a letra R antes
do número.
Cotagem de um ângulo

O símbolo 0 utiliza-se
quando se trata de um
diâmetro.

O símbolo n utiliza-se
quando se trata de um lado
032 a32
de um quadrado.
PROJECÇÕES ORTOGONAIS
Os objectos técnicos, ao serem imaginados
pelos seus criadores, têm de ser representados no
papel, a fim de serem elementos de uma comu-
nicação. Normalmente são peças com volume (a
três dimensões) que têm de ser representadas
num plano (a duas dimensões). Foi necessário es-
tabelecer regras para esta representação. Para
isso criou-se o sistema de projecções ortogonais.
O sistema ortogonal é o que serve de base ao
nosso estudo.
Este sistema baseia-se na projecção ortogonal Situando um objecto simples no triedro e
da peça em três planos perpendiculares. fazendo passar linhas imaginárias pelos vértices
do objecto, estas projectar-se-ão nos planos origi-
nando as suas vistas.

PP - Plano de perfil
Fazendo passar um conjunto de raios luminosos PV - Plano vertical
e paralelos pela peça, eles vão projectar a sua figura PH - Plano horizontal
em cada um dos referidos planos. Esse feixe de raios
tem de ser perpendicular ao plano de projecção.
Para realizares os primeiros exercícios de projec- Projecção num plano de perfil - vista de perfil.
ção ortogonal, recomenda-se que construas em carto-
lina um triedro (três planos perpendiculares entre si).

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Projecção num plano vertical - vista de alçado Rebatimento para um plano

Projecção num plano horizontal - vista em planta


PERFIL ALÇADO

PLANTA

Conjunto das três vistas


Representação cotada
12

• 18

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Representação em perspectiva
A perspectiva é a técnica de representar os
objectos nas suas três dimensões, na superfície
plana, tal como são vistas.
É uma representação gráfica, que pode não
mostrar os tamanhos reais da peça, mas sim os
Isométrica
seus aspectos aparentes.
No esquema seguinte podemos ver os diver-
sos tipos de projecções.

Ortogonal

Dimétrica
Paralela ou cilíndrica

Oblíqua Cavaleira -
l
PROJECÇÃO

Central ou cónica Perspectiva linear ou cónica

Podemos citar quatro tipos de perspectivas:


* cavaleira
isométrica
« dimétrica
cónica
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ISOMÉTRICA

DIMETRICA

CAVALEIRA

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