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Síntese, reação e atualização

1. O que o texto diz?

Para o autor Peter Berber (2011), e reiterado por suas primeiras obras, a sociedade
é um fenômeno eminentemente dialético, que traduz simultaneamente a dimensão da
realidade produzida pelo sujeito, mas que reage continuamente ao seu produtor. Para
contribuir com essa reflexão é utilizado de autores da sociologia como Marx, Durkheim,
Weber e seus conceitos fundamentais.
O processo dialético da sociedade, é, portanto, definido de acordo com Berber em
três momentos: exteriorização, objetivação e internalização. Esse momento é o momento
equivalente à expressão humana no mundo. No momento da objetivação é quando os
valore, leis, regras ali produzidos ganham um caráter de realidade objetiva, portanto é
opaca e passa a confrontar-se com o seu produtor. E é essa realidade objetiva que faz o
mundo habitável, uma vez que se tem um quadro referencial a se seguir. Por fim, o
momento de internalização, quando o homem aprende e assume os diversos elementos do
mundo objetivado (BERBER; 2011).
Uma dualidade presente se encontra no imperativo cultural da instabilidade e o
caráter de instabilidade inerente à cultura, uma vez que o ser humano de acordo o Peter
Berger busca construir um mundo humano, porém este pode não funcionar de forma
satisfatória. Seu funcionamento satisfatório está diretamente, ligado a ordem, social. Por
sua vez a ordem possibilita significância e conduta satisfatória, possibilitando assim
socialização. Tal socialização produz um consenso duradouro, mas outros mecanismos são
essenciais para a manutenção da ordem significativa. Como exemplificado por Peter Berger
a legitimação, esta possui quatro variações, incipiente, rudimentar, teorias explícitas e
universos simbólicos.
Transferir universos simbólicos as gerações futuras é completo e pode ser
problemático, o que gera uma dificuldade na socialização. Além disso, pode ser ainda mais
grave quando versões diferentes do universo simbólico passam a ser partilhadas.

2. O que o texto me diz?

Ao falar sobre o processo dialético da sociedade, Peter Berger sustenta que a


sociedade é construída pelo próprio homem num processo dialético composto por três
fases: exteriorização, objetivação e interiorização. A sociedade é um resultado das
atividades físicas e mentais dos homens por meio da exteriorização, sendo através da
objetivação que a sociedade se torna uma realidade sui generis. A partir da interiorização, o
próprio homem se torna um produto da sociedade, sendo capaz de construir tal sociedade.
Dentre as três fases descritas, a mais chamativa e que, de certa forma, merece destaque
nessa dialética é a interiorização. É por meio desse processo que o homem consegue
transformar as estruturas objetivas do mundo em estruturas da consciência humana. Assim,
segundo Peter Berger o mundo socialmente construído resulta da ordenação da experiência
dos indivíduos, isto é, corresponde a uma atividade ordenadora.

3. O que o texto me faz dizer?

As instituições também são criações humanas e nesse ambiente está a objetividade. O que
é coerente uma vez que é por meio de uma instituição, coesa, objetiva e que reverbera
práticas, normas, regras e valores que o ser humano age e consequentemente pode mudar
essa estrutura se houver a constituição de novas práticas e regras difundidas.
Pensando nos três momentos, definido pelo autor, conseguimos perceber uma
associação a matéria de Instituições Internacionais com autores como Berger e Luckmann.
Tais explicitam que o ambiente limita as ações humanas e o homem se produz, cria um
ambiente estável, uma ordem social e consequentemente um desenvolvimento. Isto porque
o ser humano constroem sentidos comuns baseados em suas interações, com condutas
reciprocamente orientadas e quanto mais racional o significado daquela ação mais
normatividade esta terá, gerando assim identidade e consequentemente as instituições que
tem um controle indissociável e os comportamentos estão bem definidos.
Consequentemente a objetivação como coloca o autor Berber foi internalizada.
Para conservação da realidade subjetiva, é importante também a manutenção de
estruturas de plausibilidade, para assim suspender as dúvidas. E é aqui que se encontra o
campo religioso. A reflexão a partir dessa pontuação que objetivamos é que não
necessariamente estruturas plausíveis suspendem dúvidas, mas sim podem engatilhar
ainda mais pontuações. As estruturas não são inflexíveis
No que envolve a ordem significativa, de acordo com os mesmo autores ponderados
anteriormente, o que o texto me faz dizer é que, a socialização cristaliza os papéis sociais e
a ordem. Esta passa a ser apreendida como uma realidade social objetiva, pois desde o
início os papéis sociais são definidos e serão tipificados por cada autor por meio da
transformação de uma realidade subjetiva em uma realidade objetiva, se tornando assim
fatos indiscutíveis e a legitimidade é a explicação racional para as realidades objetivas e tais
fatos.
No ponto de transferência de universos simbólicos o texto me faz dizer é que
transmitir esses as gerações futuras ou a outra comunidade é um pouco problemático. E o
ponto de reflexão sobre essa questão se dá, na perspectiva oriental e ocidental, os
universos simbólicos são diferentes, não compartilháveis, logo, orientar gerações por meio
dessas perspectivas pode gerar enfrentamentos, exemplificado em situações de guerra ou
do posicionamento da mídia.

Bibliografia

TEIXEIRA, Faustino. Peter Berger e a religião. In: TEIXEIRA, Faustino (Org.). Sociologia da
religião: enfoques teóricos. Petrópolis: Vozes, 2011.

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