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KIT PARA ENTEROBACTÉRIAS

1. FINALIDADE - Tiras reagentes para oxidase (cód. LB 570661);


Sistema destinado à identificação bioquímica de bacilos Gram negativos - Reativo de Kovac’s (cód. LB 571004 ou 570461);
oxidase negativa e fermentadores da glicose. - Manual para identificação impresso (cód. LB 570116) , em disquetes (cód. LB
570110) ou em CD (cód. LB 570115).
2. INTRODUÇÃO
O sistema proposto pela Laborclin utiliza 5 meios de cultura que fornecem 10 7. PROCEDIMENTO TÉCNICO
provas bioquímicas, que associadas à leitura da fermentação da lactose a- Deixar que os meios de cultura e demais materiais atinjam temperatura
(proveniente do meio de isolamento) permitem uma identificação segura da ambiente;
bactéria analisada. b- Verificar se as colônias a analisar são oxidase negativas, pois o sistema não
pode ser usado para identificação de bactérias oxidase positivas;
3. IMPORTÂNCIA CLÍNICA c- Usando a agulha bacteriológica flambada, encostar na superfície de uma
Uma vez que uma grande parte das doenças infecciosas é causada por colônia e inocular no tubo no 1 por picada central até o fundo do tubo e ao voltar a
Enterobactérias, a identificação destas possibilita adoção de medidas mais agulha, semear por estrias a superfície inclinada do meio; fechar o tubo deixando
eficazes de tratamento e controle de tais doenças . a tampa frouxa para uma melhor aeração;
d- Usando a mesma agulha do tubo anterior (sem flambar) inocular o tubo no 2 por
4. AMOSTRA picada central até o fundo e a seguir fechar o tu bo;
a- Tipo de amostra e- Usando a mesma agulha (sem flambar) do tubo anterior, inocular o tubo no 3
Colônias recém-obtidas de bacilos Gram negativos provenientes de meios de por picada central até o fundo, cuidando para que ao voltar, a agulha siga o
isolamento adequados, de preferência meios diferenciais que permitam a mesmo trajeto (para não criar dificuldades na prova da motilidade) fechando o
leitura da lactose, como o Mac Conkey Agar, Ágar Eosina Azul de Metileno, CLED tubo a seguir;
etc. f- Flambar a agulha e encostar na mesma colônia, semeando o tubo no 4 na
superfície, cobrindo-o com vaselina estéril (para garantir ambiente anaeróbio) e
b- Armazenamento e estabilidade fechando o tubo em seguida;
As colônias a serem identificadas devem ser recentes. Caso a identificação g- Flambar a agulha, encostar novamente na mesma colônia e semear a
tenha de ser protelada, deve-se proceder o repique do material em meio superfície do tubo no 5, cuidando para que não haja excesso de inóculo e
apropriado e uma nova incubação a 35 oC por 18-24h, para então realizar a fechando o tubo a seguir;
identificação. h- Incubar a bateria de tubos em estufa bacteriológica entre 35-37 oC por 18-
24h e ler os resultados:
c- Critérios para rejeição
Rejeitar as colônias provenientes de culturas com mais de 24h de semeadura ou Tubo no 1
Desaminação do L-Triptofano (TRI):
colônias que sejam oxidase positiva.
- Positivo: Desenvolvimento de uma cor verde garrafa no ápice do tubo;
- Negativo: Mantém-se a cor original do meio (verde azulado) no ápice do tubo.
d- Precauções e cuidados especiais
Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois podem Fermentação da glicose (GLI):
veicular diversas doenças infecto-contagiosas . Seu descarte deve ser feito - Positivo: Desenvolvimento de uma cor amarela no fundo do tubo (esta cor pode
preferencialmente após sua autoclavação devendo-se evitar sua eliminação estar mascarada no caso de bactérias que produzem H2S ou que hidrolisam a
diretamente no meio ambiente. uréia, formam-se respectivamente coloração negra e azulada);
- Negativo: O fundo do tubo mantém a cor original do meio (verde azulado): não se
5. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO trata de enterobactéria.
a- Registro no Ministério da Saúde: 10097010109 (família de produtos)
Produção de gás a partir da glicose (GAS):
- Positivo: Desenvolvimento de bolhas com intensidade variável no interior do
b- Princípio de técnica meio;
As colônias a identificar são semeadas em 5 tubos de meios de cultura que - Negativo: O meio mantém-se íntegro.
compõe o conjunto, que serão incubados a seguir a 35 oC por 18-24h. Produção de gás sulfídrico (H2S):
Terminada a incubação, é realizada a leitura dos tubos, e os dados são - Positivo: Desenvolvimento de cor negra de intensidade variável no fundo do
analisados através de tabela apropriada ou por via eletrônica, para então se tubo;
obter a identificação da bactéria analisada. - Negativo: O meio mantém coloração diferente da mencionada.

c- Reagentes Hidrólise da uréia: apesar desta prova não fazer parte do sistema, ela pode ser
utilizada como subsídio para a identificação (prova complementar);
- Tubo no 1: consiste no meio de Rugai sem sacarose , sólido e inclinado em um
- Positivo: Desenvolvimento de coloração azul na base do tubo (que pode
tubo com tampa de rosca;
mascarar a leitura da prova da glicose, ou pode estar mascarada quando a
- Tubo no 2: consiste no meio LMI - Lisina, Motilidade e Indol, semi-sólido, em um
bactéria produz concomitantemente H2S);
tubo com tampa de rosca;
- Tubo no 3: consiste no meio de MIO - Motilidade Indol e Ornitina, semi- sólido, - Negativo: Coloração diferente da mencionada.
em um tubo com tampa de rosca; Tubo no 2
- Tubo no 4: consiste no meio de Rhamnose, líquido, em um tubo com tampa de Descarboxilação da lisina (LIS):
rosca; - Positivo: Desenvolvimento de coloração que passa do amarelo ao púrpura no
- Tubo no 5: consiste no meio de Citrato, sólido e inclinado em um tubo com meio;
tampa de rosca; - Negativo: Desenvolvimento de coloração amarela no meio.
- Vaselina estéril (LB cód. 570069).
Tubo no 3
d- Armazenamento e estabilidade Descarboxilação da ornitina (ORN):
Para fins de transporte o produto pode ser mantido em temperatura ambiente - Positivo: Desenvolvimento de coloração que passa do amarelo ao púrpura no
por até 3 dias. No laboratório os meios devem ser armazenados em geladeira (2- meio;
8 oC) aonde permanecem estáveis até a data de validade impressa em rótulo - Negativo: Desenvolvimento de coloração amarela no meio.
desde que isentos de contaminação química ou biológica e sem sinais de
ressecamento. Não congelar . Observação: Tanto no meio para lisina como no meio para a ornitina, a coloração
inicialmente amarela nas primeiras horas de incubação é devida a fermentação
e- Precauções e cuidados especiais
-Deve-se manipular os reagentes com cautela no sentido de se evitar sua da glicose presente no meio, indicativo da viabilidade da bactéria inoculada. Em
contaminação química ou biológica. ambos os meios (LMI e MIO) podem ser feitas as leituras de indol e motilidade.

6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (porém não incluídos) Motilidade (MOT):


- Agulha bacteriológica (preferencialmente em platina , código LB 570657); - Positiva: Crescimento difuso com turvação total ou parcial do meio;
- Bico de Bunsen; - Negativa: Crescimento restrito à linha de picada.
- Estufa bacteriológica;
Indol (IND): 0800-410027. Quaisquer problemas que inviabilizem uma boa resposta do
Adicionar 2-4 gotas do reativo de Kovac’s sobre a superfície do meio e aguardar produto, que tenham ocorrido comprovadamente por falha da Laborclin serão
cerca de dois minutos: resolvidos sem ônus para o cliente.
- Positivo: Surgimento de um anel vermelho;
- Negativo: Não se desenvolve coloração no reagente. 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Edwards, P.R. & Ewing, W.H. Identification of Enterobateriaceae, 3rd edition,
- Tubo no 4 Burgess Pub. Co., CINN, 1972.
Rhamnose (RHA): 2. Fontes, C.F. Proposição de dois novos meios de cultura e de um sistema
- Positivo: Desenvolvimento de uma coloração amarela com turvação do meio; simplificado para identificação de enterobactérias, Escola Paulista de Medicina,
- Negativo: O meio mantém sua coloração ori ginal e com crescimento São Paulo, 1979.
(turvação). 3. Lenette, Edwin H. Microbiologia clínica, B. Aires: Editorial Medica
panamericana, 3 ed., 1982.
- Tubo no 5 4. Finegold, S.M.; Baron, E.J. Diagnóstico microbiológico. B. Aires: Ed. Medica
Citrato (CIT): Panamericana, 7 ed, 1989.
- Positivo: Observa-se crescimento no meio e/ou desenvolvimento de coloração 5. Mahon, C.E.; Manuselis Jr., G. Diagnostic microbiology, Philadelhia: W.B.
azul; Saunders Co., 1995.
- Negativo: A coloração do meio se mantém inalterada e sem sinais de 6. Koneman, Elmer W. et al. Diagnostic microbiology, 5th ed., 1997.
crescimento. 7. Ewing, W.H. Edwards and Ewing’s Identification of Enterobacteriaceae, 4th
ed. Elsevie Science Pub. Co., Inc, N.Y., 1986.
- Precauções e cuidados especiais
- Para assegurar uma boa performance, procurar utilizar apenas uma colônia, Visite nosso site na internet (www.laborclin.com.br) , no link “Manual de
usando metade desta para os 3 primeiros tubos e a outra metade para os tubos Técnicas” estão disponíveis diversas fotografias dos meios descritos
restantes ; (crescimento, mudanças de coloração etc.).
- Manter a tampa do meio de Rugai sempre frouxa (tubo no 1);
- Observar rigorosamente o tempo e temperatura de incubação, que devem
estar respectivamente entre 18-24h e entre 35-37 oC;
- Todos os tubos devem apresentar crescimento , exceto o último tubo, aonde a
prova do citrato negativa implica em não crescimento;
- Existem casos em que a identificação é duvidosa, e o próprio sistema sugere a
execução de provas complementares para proporcionar um melhor grau de
certeza;
- É indispensável o uso do Manual de Identificação impresso, em CD ou em
disquete para se chegar no resultado final;
- Bactérias não fermentadoras da glicose crescem apenas na superfície dos
meios, devendo-se ter cuidado na interpretação dos resultados, em especial
com Stenotrophomonas maltophilia e Acinetobacter sp que são oxidase
negativas.

8. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
Praticamente a metodologia empregada sofre limitação em se tratando de
bactérias oxidase positiva (não fermentadores da glicose) ou bactérias não
catalogadas no sistema . Muito comuns são os problemas de inoculação
(excesso ou falta de material), temperatura de incubação (alta ou baixa) e erros
no reconhecimento de cores. Para uma identificação com maior precisão, a
Laborclin disponibiliza o sistema Bactray, que permite identificação de BGN
tanto fermentadores da glicose como não fermentadores (incluindo oxidase
positiva ou negativa). Consulte o SAC para maiores informações.

9. CONTROLE DA QUALIDADE
- Materiais necessários
- Cepas padrão ATCC ou derivadas de boa procedência, ou amostras oriundas de
programas externos de controle da qualidade.

- Periodicidade
Sugere-se testar as cepas padrão a cada novo lote de meios a usar, podendo o
laboratório definir outros critérios de execução segundo sua rotina e interesses.

- Interpretação e avaliação
Os meios deverão apresentar o perfil bioquímico característico para cada cepa
testada, do contrário deverá o laboratório avaliar o ocorrido e não liberar o
produto para uso até esclarecer a situação.

10. GARANTIA DE QUALIDADE


A Laborclin obedece o disposto na Lei 8.078/90 - Código de Defesa do
Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor desempenho, é
necessário :
- que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente procedimento técnico;
- que os materiais estejam sendo armazenados em condições adequadas;
- que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam em boas
condições de uso , manutenção e limpeza.
Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido a testes
específicos, que são repetidos periodicamente até a data de vencimento
expressa em rótulo. Os certificados de análise de cada lote podem ser
solicitados junto ao SAC - Serviço de Assessoria ao Cliente, bem como em caso
de dúvidas ou quaisquer problemas de origem técnica, através do telefone

Dúvidas, sugestões Laborclin produtos para laboratórios ltda.


e/ou reclamações
ligue para o nosso:
R. Cassemiro de Abreu, 521 Pinhais/PR - CEP. 83.321-210
CNPJ: 76.619.113/0001-31 - Insc.Est.: 13700129-26
Responsável Técnico: Elisa H. Uemura CRF-PR 4311
www.laborclin.com.br
LB 170145 - Rev. 04 - 07/04 Indústria Brasileira

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