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Mas o que essa concepção tem a ver com as narrativas históricas dos
alunos em relação ao Regime Militar? E porque é válido trabalhar com
narrativas como forma de subsídio nas aulas de história? retomando
novamente GEVARD, Narrar histórias em aulas de história é uma forma de
relatar o passado e, consequentemente, interpretar este passado e, por isso,
as narrativas são um componente significativo do pensamento histórico e uma
ferramenta central no ensino e na aprendizagem em história, podendo ser
considerada como fundamental nessas aulas. (2009, p.67).
Entendendo como se dá a formação e como se constroem as
narrativas dos alunos, não só sobre o Regime Militar, mas sobre os vários
conceitos e conteúdos históricos, o professor terá uma importante ferramenta
para fazer que o seu trabalho com esses conteúdos não seja uma mera
repetição daquilo que está nos livros didáticos ou na mídia, mas um trabalho
que dialogue com as experiência dos alunos e o conhecimento historiográfico
produzido sobre esses temas.
Além disso devemos ter em mente que não há uma única narrativa
histórica, pelo contrário existem uma multiplicidade de narrativas históricas, e
dialogando com Lowenthal, essas narrativas acabam influenciando nossas
ideias cotidianas como nossas concepções sobre o mesmo passado, trocando
em miúdos, O passado nos cerca e nos preenche; cada cenário; cada
declaração; cada declaração; cada ação conserva um conteúdo residual de
tempos pretéritos. Toda consciência atual se funda em percepções e atitudes
do passado. (1998, p.70).