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Avaliação e Intervenção
Manual da Formação
Formador:
Octávio Moura
octavio@octaviomoura.com
octaviomoura.com
dislexia.pt
hiperatividade.com.pt
Dificuldades de Aprendizagem Específicas
Baixa realização e desempenho escolar. Discrepância entre a realização escolar, numa ou mais
áreas, e o seu potencial intelectual. A etiologia radica em alterações ao nível do sistema nervoso central.
Estão presentes ao longo do ciclo de vida do sujeito. As dificuldades abrangem uma ou mais das seguintes
áreas: linguagem oral, leitura, escrita, matemática, raciocínio, aptidões sociais, etc. Embora possam ocorrer
concomitantemente com outras condições deficitárias individuais (ex. privação sensorial, deficiência
mental, perturbação emocional, ...) ou ambientais (ex. condições familiares, diferenças culturais e ensino
insuficiente ou inadequado) não resultam diretamente de tais condições ou influências. (Hammill, 1990).
Definição
A dislexia tem sido, muitas vezes, erradamente interpretada como um sinal de baixa capacidade
intelectual. Pelo contrário, muitos disléxicos conseguem, em certas áreas, um desempenho superior à
média. No nosso sistema de ensino, as competências de leitura e escrita são considerados requisitos
fundamentais para a obtenção de conhecimento, assim, uma criança que leia e escreva mal torna-se
rapidamente deficitária em todas as restantes matérias e disciplinas. Pode-se então definir dislexia como:
A Federação Mundial de Neurologia (1968) define-a como uma perturbação que se manifesta pela
dificuldade na aprendizagem da leitura, apesar de uma educação convencional, uma adequada
inteligência e oportunidades sócio-culturais.
MODELOS DE LEITURA:
Modelos Ascendentes (bottom-up) – Consideravam que a linguagem escrita é a codificação da
linguagem oral. Segundo este modelo a leitura é processada através da descodificação
fonológica e as correspondências grafema-fonema são a base da leitura. O processo de leitura
é efetuado exclusivamente pela via fonológica.
Modelos Descendentes (top-down) – A leitura é efetuada a partir dos processos cognitivos que
dirigem a perceção, onde o acesso à palavra faz-se a partir do reconhecimento imediato da
palavra, sem descodificação. Este modelo explica o porquê das palavras serem mais facilmente
lidas no contexto da frase do que isoladamente.
Modelos Interativos – Combinam o processamento ascendente e o descendente para
cooperativamente determinarem a natureza do input.
A aprendizagem da leitura requer que a criança estabeleça a respetiva correspondência entre as letras
impressas (grafemas) e os sons correspondentes (fonemas). Esta capacidade para fazer as devidas
correspondências entre a ortografia e a fonologia irá permitir a descodificação de novas palavras,
sendo a base futura para uma maior capacidade para a leitura automática.
Está cientificamente comprovado que a componente fonológica é o recurso cognitivo mais importante
para a aprendizagem da leitura e escrita … e que a dislexia resulta de um défice fonológico. O cérebro
PROCESSAMENTO FONOLÓGICO (Torgese et al. 1994; Wagner & Torgesen, 1987) e TEORIA DO DUPLO-
DÉFICE NA DISLEXIA (Bowers & Wolf, 1993; Wolf & Bowers, 1999)
Consciência Fonológica
É a capacidade para focar a atenção e manipular as unidades do sistema
fonológico (sílabas e unidades intrassilábicas). É uma competência metalinguística
que implica a habilidade para identificar e manipular intencionalmente as sílabas e
os fonemas (Albuquerque, 2003).
Estádios de Desenvolvimento da Consciência Fonológica (Adams, 1990): (1)
Sensibilidade aos sons das palavras; (2) Consciência da rima e da aliteração; (3)
Síntese ou reconstrução silábica e fonémica; (4) Segmentação fonémica; (5)
Manipulação fonémica.
A consciência fonológica é o preditor mais consistente para a aprendizagem da
leitura e escrita, em particular nos anos iniciais. Crianças com dificuldades na CF
em idade pré-escolar irão apresentar dificuldades na aprendizagem inicial da
leitura e escrita. É o melhor preditor para a precisão da leitura de texto e de
palavras isoladas.
Codificação Fonológica
Modelo de Memória de Trabalho de Allan Baddeley
2 Sistemas de Armazenamento: Fonológico – responsável pelo
armazenamento (storage) e repetição (rehearsal) da informação verbal.
Visuoespacial – responsável pelo armazenamento da informação
visuoespacial.
Central Executiva: Responsável pela coordenação de várias funções
cognitivas, nomeadamente coordenação de atividades simultâneas,
alternância de tarefas, armazenamento e manipulação da informação na
memória de longo prazo, etc.
Desempenha um papel fundamental na aquisição da linguagem, em particular na
aprendizagem de palavras novas. Crianças com Dislexia na leitura revelam
resultados significativamente inferiores em provas de avaliação da memória
fonológica
NA INFÂNCIA:
Atraso no desenvolvimento da linguagem. Começou a dizer as primeiras palavras mais tarde do
que o habitual e a construir frases mais tardiamente.
Poderá apresentar alguns problemas de linguagem durante o seu desenvolvimento, dificuldades
em pronunciar determinados sons.
Revelou dificuldades em construir frases lógicas e com sentido.
Apresentou dificuldades em memorizar e acompanhar as canções infantis e as lenga-lengas, e
revelou dificuldades nas atividades de rimas.
Dificuldade na consciência e manipulação fonológica. Dificuldade em se aperceber que os sons das
palavras podem dividir-se em bocados mais pequenos.
NA IDADE ESCOLAR:
Lentidão na aprendizagem dos processos da leitura e escrita. Maior lentidão que o normal na
aprendizagem das letras e na leitura de sílabas.
Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas.
A velocidade da leitura é significativamente abaixo do esperado para a idade: muitas vezes silábica
e por soletração.
Bastantes dificuldades na leitura, com a presença constante de alterações e de falhas nos
processos de descodificação grafema-fonema e/ou na leitura automática de palavras.
Dificuldades na compreensão de textos escritos devido à sua fraca qualidade na leitura. Normal
compreensão quando as histórias lhe são lidas.
Dificuldades na fluência, precisão e compreensão da leitura.
Leitura silábica, decifratória, hesitante, sem ritmo e com bastantes incorreções.
A escrita surge com muitos erros ortográficos, com trocas fonológicas e/ou lexicais (Dupla Via).
Dificuldades em seguir e realizar corretamente determinadas ordens ou instruções mais complexas
que envolvam várias tarefas diferentes a serem executados sequencialmente.
C. Se estiver presente um défice sensorial, as dificuldades de leitura são excessivas em relação ás que lhe
estariam habitualmente associadas.
Tipologia da Dislexia
+ Wider language _
Percentagem de 5 a 10% das crianças com idade escolar (segundo o DSM-IV é de 4%).
Em Portugal foi observada uma prevalência de 5.4% em crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico (Vale et al.,
2011).
Maior frequência de casos diagnosticados com Dislexia no sexo Masculino (estudos mais recentes
apontam para percentagens próximas entre o género).
Aproximadamente 30% a 40% dos irmãos de crianças disléxicas apresentam de uma forma mais ou
menos graves a mesma perturbação. Elevada concordância entre gémeos monozigóticos [68%] e
dizigóticos [38%] (Fisher & DeFries, 2002).
A criança apresenta um risco de 50% de vir a ser disléxico se o pai for disléxico e 40% no caso da mãe ser
disléxica (Snowling, 2006).
Pessoas famosas: Einsten, Alexander Bell, Thomas Edison, Antony Hopkins, Bill Gates, Agatha Christie,
Julio Verne, Franklin D. Roosevelt, Leonardo da Vinci; Louis Pasteur, Picasso, Spielberg, Tom Cruise, etc.
Comorbilidade
Inicialmente atribui-se aos fatores pedagógicos a origem da dislexia. Mais tarde, pensava-se que a
dislexia era resultante de défices ao nível da perceção (visual e/ou auditiva, etc.). Atualmente, estas duas
correntes teóricas estão totalmente excluídas dos fatores etiológicos da dislexia. Presentemente, a
comunidade científica associa a dislexia a 3 fatores que se encontram relacionados entre si:
Fatores Genéticos – grande percentagem de disléxicos numa mesma família, em especial entre
gémeos monozigóticos e dizigóticos; identificados alguns genes nos cromossomas 6, 15 e 18, entre
outros.
Os problemas emocionais e comportamentais surgem como uma reação secundária aos problemas
de aprendizagem provocados pela dislexia. As suas repercussões são muitas vezes consideráveis, quer ao
Recusa na realização das atividades escolares e exercícios que exijam a leitura e escrita.
Sintomatologia ansiosa e depressiva.
Baixa autoestima e autoconceito académico.
Sentimentos de tristeza, vergonha e culpa pelo seu fraco desempenho escolar.
Sentimentos de incapacidade e insegurança.
Baixa tolerância à frustração.
Enurese noturna, encoprese e alterações do sono.
Sintomas psicossomáticos diversos.
Problemas comportamentais diversos no contexto de sala de aula e no contexto familiar.
Comportamentos de oposição e desobediência.
Défice no controlo da atenção e da impulsividade.
Reduzida motivação pela escola, faltas às aulas que menos gosta e maior tendência para um
abandono escolar precoce.
Etc.
Willcutt, E. G. & Pennington, B. F. (2000). Psychiatric comorbidity in children and adolescents with reading
disability. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 41, 1039-1048:
Os sujeitos disléxicos apresentam um maior número de problemáticas internalizadas e
externalizadas. Os sintomas internalizados (em particular a depressão) estão mais associados
às raparigas. As problemáticas comportamentais (PHDA, Perturbação de Oposição,
Perturbação do Comportamento) são mais significativas nos rapazes.
1 - ANAMNESE
Recolha de informação de índole escolar, clínica, desenvolvimental, familiar e dificuldades
específicas na aprendizagem.
2 - AVALIAÇÃO INTELECTUAL
As crianças com Dislexia (mesmo com um QI elevado) fazem menores progressos na leitura do que
a generalidade das restantes crianças em idade escolar, pois as suas dificuldades não se encontram
a nível do funcionamento intelectual, mas em défices neuropsicológicos/neurolinguísticos
específicos.
WISC-III
o Capacidade intelectual (QIEC) pelo menos normativa (QIEC >80, >85 ou >90).
o Análise da QIV-QIR e a existência de discrepâncias estatisticamente significativas.
o Análise dos diferentes subtestes; análise dos fatores (Compreensão Verbal, Organização
Percetiva, Velocidade de Processamento).
o Análise da presença do padrão de Bannatyne (habilidade espacial > habilidade conceptual
> habilidade sequencial) e dos perfis ACID, SCAD e FD (total, parcial e medidas
compósitas).
3 - AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Avaliação NP das Funções da ATENÇÃO e das FUNÇÕES EXECUTIVAS (opcional, apenas em algumas
situações é que se justifica esta avaliação)
Funções da Atenção: Teste D2; Testes de Cancelamento, TMT-A, etc.
Funções Executivas: Planeamento, Flexibilidade Cognitiva, Inibição, Fluência Verbal, etc.
Có-morbilidade com a PHDA (diagnóstico diferencial).
5 - AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Leitura
Testes específicos para avaliação da fluência e precisão da leitura:
Teste de Idade de Leitura (TIL; Sucena & Castro, 2009)
O Rei: Precisão e Fluência da Leitura (Carvalho & Pereira, 2009)
Avaliação da Leitura em Português Europeu (ALEPE; Sucena & Castro)
Prova de Avaliação da Capacidade de Leitura (DECIFRAR; Emílio Salgueiro)
Leitura de diversos textos com níveis diferentes de complexidade
Escrita
Escrita de textos/composições, ditados
Escrita de palavras regulares, irregulares, frequentes, pouco frequentes, pseudopalavras
Análise e avaliação da construção e estruturação frásica
Análise e caracterização da tipologia dos erros ortográficos encontrados nos cadernos
diários
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
Processamento Fonológico:
Rimas e lengalengas; Perceção das palavras que começam ou terminam pelo mesmo som;
Reconstrução, segmentação e consciência fonémica e silábica; Manipulação Fonológica (omissão,
adição e inversão de sílabas iniciais, intermédias e finais); Processos de descodificação fonema-
grafema e grafema-fonema; Memória auditiva (verbal) de curto prazo (dígitos, palavras, frases,
pseudopalavras); Leitura e escrita de pseudopalavras.
Atividades lúdicas e multimédia que apelem para os processos de descodificação da leitura e escrita
para outras competências cognitivas.
Este DL define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e
secundário dos setores público, particular e cooperativo, visando a criação de condições para a
adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações
significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de
alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao
nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal
e da participação social.
Perturbação que afeta as aptidões da escrita, onde se observa um conjunto de défices na capacidade
da criança para compor textos escritos, evidenciando erros gramaticais ou de pontuação na elaboração
das frases, organização pobre dos parágrafos, múltiplos erros de ortografia e uma grafia
excessivamente deficitária (DSM-IV-TR, 2002).
A. As aptidões de escrita, medidas através de provas normalizadas (ou avaliações funcionais das
aptidões da escrita), aplicadas individualmente, situam-se substancialmente abaixo do nível
esperado para a idade cronológica do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para
a sua idade.
C. Se estiver presente um défice sensorial, as dificuldades nas aptidões de escrita são excessivas em
relação às que lhe estariam habitualmente associadas.
A discalculia é uma perturbação estrutural da capacidade matemática que tem a sua origem numa
alteração genética ou congénita das áreas do cérebro que estão anatómica e fisiologicamente na base
da maturidade das competências matemáticas adequadas para a idade sem se observar
simultaneamente qualquer perturbação do funcionamento mental. [Kosc, L. (1974). Developmental
dyscalculia. Journal of Learning Disabilities, 7, 46-59.]
Prevalência:
1% segundo o DSM-IV e surge isoladamente em 1 em cada 5 casos de Perturbação da
Aprendizagem.
3% a 6% segundo vários outros autores e investigações.
Percentagem semelhante entre rapazes e raparigas.
¼ das discalculias apresentam uma comorbilidade com a dislexia e a hiperatividade.
Sinais Indicadores:
Dificuldades em contar e associar ao respetivo número.
Dificuldades na compreensão da quantidade, do conceito de medida (maior/menor; pesado/leve,
1kg=4x250g, ...), etc.
Dificuldade ou resultados inconsistentes nas operações matemáticas básicas (+, -, x, :).
Dificuldade no cálculo e raciocínio matemático.
Dificuldades na compreensão da linguagem matemática e dos símbolos e em recordar conceitos
matemáticos, regras, fórmulas, unidades matemáticas e sequências.
Quando escreve, lê ou se recorda de números estes frequentemente surgem errados (adição,
substituição, omissão e inversão de números).
Dificuldades em lidar com o dinheiro e com conceitos monetários.
Problemas em copiar números e/ou desenhos geométricos, ou de os reproduzir após
memorização.
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