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Finanças Para Não Financeiros

PROGRAMA

{ 1- Estrutura Patrimonial
{ 1.1 - Balanço
{ 1.2 – Demonstração de Resultados
{ 1.3 – Rácios Financeiros
{ 1.4 - Casos Práticos

{ 2– Planeamento Financeiro de Médio/ Longo Prazo


{ 2.1 – Teorias da Estrutura do Capital
{ 2.2 – Capitais Permanentes
{ 2.3 – Fontes de Financiamento de Médio e Longo Prazos
{ 2.4 – Casos Práticos

{ 3 – A rendibilidade da exploração
{ 3.1-A teoria do Custo-Volume-Resultados
{ 3.2 – Ponto Morto Economico
{ 3.3 – Casos Práticos
Finanças Para Não Financeiros
z 1. Estrutura Patrimonial

{ 1.1 - Balanço
{ 1.2 – Demonstração de Resultados
{ 1.3 – Rácios Financeiros
{ 1.4 - Casos Práticos
1.1 Balanço

{ A composição do balanço e o seu significado


financeiro

a) Aplicações de fundos

{Imobilizado Incorpóreo

Activo Imobilizado
{Imobilizado Corpóreo

{Imobilizações financeiras
{ Existências
{ Adiantamentos a Fornecedores
Activo Circulante
{ Créditos
{ Títulos Negociáveis
{ Disponível
1.1 Balanço

b) Origens de Fundos

{Capital Próprio Situação Líquida

{ Empréstimos e Débitos a mais de um


ano
{Adiantamentos por conta de compras Passivo
{ Débitos de curto Prazo

{ Fornecedores

{ Outros credores
1.1 Balanço

c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade


i) Fundo de Maneio Bruto

Fundo Maneio Bruto = Activo Circulante


= Existências +
Créditos + Disponibilidades

{ Activo Imobilizado
{Capitais Próprios e Passivo
Fundo de { Activo Circulante
maneio
Bruto
1.1 Balanço

c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade


ii) Fundo de Maneio Líquido ou Permanente
Fundo Maneio líquido ou Permanente
= Capitais Permanentes – Activo Imobilizado Líquido
= Activo Circulante – Débitos de
Curto Prazo

{ Activo Imobilizado { Capitais Permanentes


Líquido ( = Capitais Próprios + Débitos de
Médio Longo Prazo)
Fundo de
{ Activo Circulante maneio
{ Débitos de Curto Prazo Líquido
1.1 Balanço

c) O fundo de maneio e a relação liquidez/ exigibilidade


iii) Fundo de Maneio Próprio
Fundo Maneio Próprio
= Capitais Próprios – Activo Imobilizado Líquido
= Fundo de Maneio Líquido – Débitos de Médio/ Longo Prazo

{ Activo Imobilizado { Capitais Próprios


Líquido
Fundo de
{ Activo Circulante maneio
{ Débitos de Médio/ Longo Prazo próprio

{ Débitos de Curto Prazo


1.1 Balanço

Deve-se considerar três hipóteses da relação entre


Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo

• AC= DCP
Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é igual ao
grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo

Activos Capitais
Imobilizados Permanentes

Activos Débitos de Curto


Circulantes Prazo
1.1 Balanço

Deve-se considerar três hipóteses da relação entre


Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo

• AC > DCP
Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é superior
ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo

{ Activos Imobilizados { Capitais Permanentes


Líquido
Fundo de
{ Activos Circulantes maneio
{ Débitos de Curto Prazo líquido > 0
1.1 Balanço

Deve-se considerar três hipóteses da relação entre


Activos Circulantes e Débitos a Curto Prazo

• AC < DCP
Caso em que o grau de liquidez dos activos circulantes é inferior
ao grau de exigibilidade dos débitos a curto prazo

{ Activos Imobilizados { Capitais Permanentes


Líquido
Fundo de
maneio { Débitos de Curto Prazo
líquido < 0
{ Activos Circulantes
1.2 Demonstração de Resultados
{ Reflecte a actividade económica da empresa

{ Integra os proveitos e os custos de exploração


que se reflectem no resultado de exploração

{ A função financeira afecta directamente a


rendibilidade global (RESULTADOS LIQUIDOS)
através dos Custos Financeiros
1.2 Demonstração de Resultados

Custos de
Exploração Valores Proveitos de Exploração Valores
Consumo Materiais Vendas de Mercadorias

. Matérias Primas Prestação de Serviços

, Mercadorias

Despesas c/Pessoal

.Vencimentos

,Encargos Sociais
Gestão
Operacional
Fornec. Externos

Impostos e Taxas

Amortiz. do Exercicio

Provisões do Exercicio

Outros Custos

RESULTADO OPERACIONAL

Custos Financeiros Proveitos Financeiros

Juros Juros

Diferenças de Câmbio Diferenças de Câmbio


Gestão
Resultados Financeiros
Financeira Resultados Antes de Imposto

Imposto s/rendimento

Lucro Líquido
1.3 Rácios Financeiros

{ Cálculo dos Rácios envolve essencialmente


valores que figuram:

z Nas aplicações de fundos;


z Nas origens de fundos;
z Na demonstração de resultados;
z No plano de financiamento

{ Quanto a características financeiras evidenciadas pelos


rácios podemos ordená-los de acordo com a seguinte
classificação:

z Rácios de Estrutura calculados a partir das Aplicações de


Fundos Æ permitem a carcterização da composição do património
económico da Empresa, dos seus instrumentos de “ produção”,
evidenciando as limitações técnicas, económicas e jurídicas que
influenciam a evolução da Empresa.
1.3 Rácios Financeiros

z Rácios de Estrutura calculados a partir das Origens de Fundos


Æ traduzem a estrutura do financiamento da Empresa, destacando
em particular o grau de estabilidade e a autonomia que a
combinação de origens, de grau de exigibilidade e de proveniência
diversas asseguram à empresa.

z Rácios de Sintese comparam elementos do Passivo e dos Capitais


Próprios com elementos do Activo, procurando demonstrar as
condições de equilíbrio financeiro da empresa.

z Rácios de Rotação são calculados através da comparação entre


as rubricas do Balanço e dos Fluxos que caracterizam a actividade.

z Rácios de Rendibilidade são calculados a partir da demonstração


dos resultados e comparam o valor dos resultados com os valores
que caracterizam o fluxo da actividade ( por exemplo, o volume de
negócios) ou então com as rubricas de origens e aplicações de
fundos da empresa utilizadas para a obtenção destes resultados.
1.3 Rácios Financeiros

{ Rácios de Estrutura
Æ Os rácios de estrutura são calculados através da comparação entre
um elemento ( uma rúbrica ou um grupo de rúbricas) das
aplicações e das origens de fundos com o valor total do Balanço.

z Rácio de Estrutura do Activo

{ Peso das Imobilizações Corpóreas

A1= Imobilizações Corpóreas Líquidas


Aplicações Totais
{ Peso dos Investimentos Financeiros

A2= Investimentos Financeiros


Aplicações Totais

{ Peso das Existências

A3= Existências_____
Aplicações Totais
1.3 Rácios Financeiros

{ Peso dos Créditos Comerciais

A4= Clientes_____
Aplicações Totais
{ Peso das Disponibilidades

A5= ____Disponibilidades___
Aplicações Totais

z Rácio de Estrutura do Passivo e dos Capitais Próprios

{ Indicadores relativos à Estrutura do Financiamento

P1= Capitais Permanentes_____


Origens Totais

P2= Débitos de Curto Prazo_____ = 1-P1


Origens Totais
1.3 Rácios Financeiros

{ Indicadores de Autonomia Financeira

z Autonomia Global

P3= Capitais Próprios_____


Passivo + Capitais Próprios

P4= Passivo__ ___ = 1-P3


Passivo + Capitais Próprios

z Autonomia Financeira a Médio/ Longo Prazo

P5= Capitais Próprios_____


Capitais Permanentes

P6= Débitos de Médio/ Longo Prazo___ = 1- P5


Rácio de
Gearing Capitais Permanentes
1.3 Rácios Financeiros

P7= Capitais Próprios_____


Débitos de Médio/ Longo Prazo

P8= Débitos de Médio/ Longo Prazo ___ = _1_


Capitais Próprios P7
1.3 Rácios Financeiros

{ Rácios de Síntese (ou Equilíbrio Financeiro)

z Os Rácios de síntese relativos às rúbricas a mais de um ano

S1= _____Capitais Permanentes_____


Activo Imobilizado Líquido
{ evidenciam o Modo de Financiamento de Fundos de Médio/ Longo
Prazo.

S2= ______Capitais Próprios_____


Activo Imobilizado Líquido

{ Traduz a Autonomia da Empresa no que respeita à forma dos seus


investimentos
1.3 Rácios Financeiros

{ Rácios de Síntese (ou Equilíbrio Financeiro)

z Os Rácios de Síntese relativos às rúbricas com menos de um ano

{ Liquidez Geral

LG= _____Activo Circulante____


Débito Curto Prazo

{ Liquidez Reduzida

LR= __Disponivel + Créditos Curto Prazo__


Débitos a Curto Prazo

{ Liquidez Imediata

LI= _______Disponivel______
Débitos a Curto Prazo
1.3 Rácios Financeiros

{ Rácios de Rotação

z Prazo Médio de Existências

R1= _____Valor Médio das Existências____


Compras

z Prazo de Recebimentos
Calculado em:
R2= __Créditos Comerciais__ Anos (x1)
Vendas Meses (x12)
Dias (x360)

z Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores

R3= _____Fornecedores______
Compras
1.3 Rácios Financeiros

{ Rácios de Rentabilidade

z Rentabilidade Financeira

RF= _____Resultados Líquidos____


Capitais Próprios

z Rentabilidade Económica

RE= __Resultados Líquidos__


Total do Activo

z Rentabilidade das Vendas

RV= ______Resultados Líquidos______


Vendas + Prestação de Serviço
1.3 Casos Práticos

{ Caso 1

{ Caso 2
Finanças Para Não Financeiros

z 2. Planeamento Financeiro de
Médio/ Longo Prazo

{ 2.2 - Teorias da Estrutura do Capital


{ 2.2 - Capitais Permanentes
{ 2.3 - Fontes de Financiamento de Médio e Longo
Prazos
{ 2.4 - Casos Práticos
2.1 Teoria Clássica

{ Quando a empresa é inteiramente financiada por capital próprio todo o


cash flow pertence aos accionistas.
{ Quando a empresa tem dívida e acções, deverá dividir o cash flow em dois
subconjuntos: o primeiro, relativamente estável vai para os credores da
dívida; e outro, mais volátil vai para os accionistas.

{ Para os clássicos, existe uma Estrutura óptima de Capital, que se traduz


por um custo mínimo de custo de capital e pela maximização do valor de
mercado da empresa.
z O custo dos capitais alheios (Ke) é a partir de determinado nível de
endividamento crescente, mesmo se tivermos em conta o efeito da
fiscalidade.
z O custo dos capitais próprios (Kc) é também crescente e depende do

risco financeiro da empresa.


2.1 Teoria de Modigliani e Miller

{ Estes autores opõem-se à Teoria Clássica.

{ Consideram que nenhuma combinação entre Dívida e Acções é melhor que


outra.

{ De facto, segundo esta teoria, a verdadeira decisão de gestão diz respeito


aos activos da empresa, que são no fundo os meios necessários para a
geração do cash flow.

{ Hoje em dia, acredita-se que esta formulação só estaria correcta em


mercados perfeitos.
2.1 Efeito do Leverage (Efeito Alavanca)

{ Os custos financeiros advindos do financiamento têm uma importante


vantagem que deve ser utilizada pelas empresas: a sua dedutibilidade
fiscal.
Empresa A Empresa B

Resultado Líquido antes de 1000 1000


juros e impostos

Juros Pagos 0 80

Resultado antes de impostos 1000 920

Taxa de Imposto 34% 340 312,8

Resultado Líquido 660 607,2

Resultado gerado para Dívida e 0+ 660 80 + 607,2= 687,2


Accionistas
Efeito fiscal da dívida 0 27,2

{ O endividamento, ao reduzir o valor do imposto, aumenta o cash flow


disponível para a dívida e para os accionistas. É o efeito alavanca.
2.2 Capitais Permanentes

{ O planeamento financeiro a Médio/ Longo Prazo


abrange fundamentalmente a análise e a composição
dos Capitais Permanentes (Capitais Próprios Vs.
Capitais Alheios a Médio/ Longo Prazo)

{ Vamos analisar 3 Métodos Empíricos para a


estruturação dos capitais permanentes:

z I- Método

{ O Rácio de capacidade de Endividamento a M.L.Prazo (CE)


deve ser igual a 2, ou seja, os Capitais Próprios devem ser
iguais às dívidas a M.L.Prazo.
2.2 Capitais Permanentes

z II- Método

{ Os Capitais Próprios devem financiar as Imobilizações caracterizadas por


uma menor aptidão relativa para gerarem liquidez ( Terrenos,Edíficios,
Imobilizações Incorpóreas, etc.) e cerca de metade do fundo de Maneio
necessário próprio, as Dívidas a M.L Prazo deverão garantir a cobertura
financeira das imobilizações com maior aptidão para criarem meios líquidos
(Equipamentos Básicos e Secundários,etc) e a restante parcela do FMP.

z III- Método

{ O autofinanciamento anual ( ou medio) da Empresa deve ser suficiente


para permitir o reembolso das dívidas a MLPrazo num período máximo de 5
anos, também e sempre no pressuposto de que os Capitais Permanentes
Reais da Empresa se situam a nível adequado.
2.2 Capitais Permanentes

{ A estruturação dos Capitais Permanentes adequado é


influenciada pelos seguintes factores:

z a) As características da Empresa
z b) As características do Mercado Financeiro.
z c) A tesouraria da Exploração.
z d) A rendibilidade dos Capitais Próprios.
z e) A inflação.
z f) O Risco e a Reserva Financeira Estratégica.
2.2 Capitais Permanentes

a) As características da Empresa

z Capacidade do recurso ao Crédito


z Acesso aos Mercados de Capitais
z Alteração do Capital Social

b) As características do Mercado Financeiro

z Existência de Mercados de Capitais (Mercado Obrigacionista e Accionista)


z Intermediários Financeiros

c) A Tesouraria da Exploração

z O Rácio de Cobertura dos Custos financeiros espressa a relação entre os


Resultados de Exploração(RE) e os Custos de Financiamento (CFF)

RCF= RE
RFF
2.2 Capitais Permanentes

Através de um exemplo simples, poderá ver-se como a rendibilidade e a tesouraria de Exploração


podem afectar a capacidade de reembolso da empresa e, consequentemente, agir sobre a
estruturação dos capitais permanentes adequados

As Empreas N,O e P têm a mesma dimensão, praticam as mesmas políticas de crédito aos
Clientes, de formação de Stocks e de obtenção de créditos de Exploração, mas possuem
distintos níveis de rendibilidade de Exploração:

Empresa N Empresa O Empresa P

1-MLB(exploração) 50 000 75 000 100 000


2- Clientes 40 000 40 000 40 000
3- Stock 20 000 20 000 20 000
4- Créditos de Explor. 10 000 10 000 10 000
5- TE (1) - (2+3) +(4) 0 25 000 50 000
2.2 Capitais Permanentes

d) Rendibilidade dos Capitais Próprios

Os Resultados Líquidos anuais (RL)

RL= (Rea.CI - r.DMLP). (1-t)

z Rea- Rendibilidade dos capitais totais investidos, ou seja, o quociente entre os


Resultados antes de juros e imposto sobre orendimento(RAIJ) e os Capitais
Totais Investidos(CI)
z DMLP- Dívida a Médio e Longo Prazos

z r - Taxa correspondente ao custo nominal total ponderado da DMLP e não


corrigido de efeitos fiscais

z t - Taxa anual do imposto s/ rendimento


2.2 Capitais Permanentes

Vejamos o seguinte exemplo:

Três Empresas (Q,R e S) do mesmo sector de actividade económica possuem


idêntico volume de Capitais investidos (400 000 contos), mas diferentes
estruturas financeiras:

- A Empresa Q é exclusivamente financiada por Capitais Próprios.


- A Empresa R é igualmente financiado por capitais próprios e alheios e,
portanto, o rácio de endividamento a M.L Prazo é de 100%.
- A Empresa S é financiada por capitais próprios ( 100 000 cts) e capitais
alheios (300 000ct), sendo o rácio de endividamento de 300%.
- A taxa de juro é de 20% e taxa anual de impostos s/lucros é de 40%.

1ª HIPÒTESE
Q R S
RAIJ 70 000 70 000 70 000
Rea (%) 17.5 17.5 17.5
CFF - 40 000 60 000
RAI 70 000 30 000 10 000
ISRE 28 000 12 000 4 000
RL 42 000 18 000 6 000

RC´P 10,5 9,0 6,0


2.2 Capitais Permanentes

2ª HIPÒTESE
Q R S
RAIJ 80 000 80 000 80 000
Rea (%) 20.0 20.0 20.0
CFF - 40 000 60 000
RAI 80 000 50 000 20 000
ISRE 32 000 16 000 8 000
RL 48 000 24 000 12 000

RC´P 12,0 12,0 12,0

3ª HIPÒTESE
Q R S
RAIJ 90 000 90 000 90 000
Rea (%) 22.5 22.5 22.5
CFF - 40 000 60 000
RAI 90 000 50 000 30 000
ISRE 36 000 20 000 12 000
RL 54 000 30 000 18 000

RC´P 13,5 15,0 18,0


2.2 Capitais Permanentes

e) A Inflação

{ É mais importante analisar os efeitos sobre a rendibilidade


(resultados de exploração e líquidos) e sobre a situação da
financeira da Empresa do que propriamente sobre a situação
patrimonial;

{ A Inflação contribui decisivamente para incrementar o nível dos


capitais permanentes da Empresa adequados à Empresa, pois os
Investimentos em Capital Fixo (substituição, expansão ou
inovação) tornam-se mais onerosos e o nível do Fundo Maneio
necessário também se eleva;
2.2 Capitais Permanentes

{ Suponha que a Empresa T recorreu a um Empréstimo bancário de 10 000 cts,


no início do ano I, à taxa de juro anual de 9% e reembolsável no termo do
ano 2; todavia e devido a uma taxa de inflação incrementada de 6% para
17% durante o primeiro ano, a taxa de juro foi elevada para 20% no início do
ano 2. A taxa de imposto sobre os resultados é de 40%.

1 º CENÁRIO (SEM AUMENTO DA TAXA DE JURO)

Ano1 Ano2 Total


1- Custos Financeiros Nominais 900 900 1 800
2- Custos Financeiros Efectivos 540 540 1 080
3 - Reembolso do Empréstimo - 10 000 10 000

4 - Fluxos Financeiros Totais 540 10 540 11080


2.2 Capitais Permanentes

2 º CENÁRIO (COM AUMENTO DA TAXA DE JURO)

Ano1 Ano2 Total


1- Custos Financeiros Nominais 900 2 000 2 900
2- Custos Financeiros Efectivos 540 1 200 1 740
3 - Reembolso do Empréstimo - 10 000 10 000

4 - Fluxos Financeiros Totais 540 11 200 11 740


2.2 Capitais Permanentes

{ O Risco Financeiro decorre do risco económico e da estrutura financeira da


empresa (capitais alheios exigíveis a médio prazo versus capitais próprios) e,
obviamente, repercute-se sobre a rendibilidade dos capitais próprios.

{ O Risco económico é, portanto, e ao contrário do risco financeiro,


independente da estrutura do capital da empresa, o que significa que as
principais variáveis aleatórias são constituídas pela rendibilidade dos capitais
investidos(Rea) e a rendibilidade dos Capitais Próprios(RC´P)
2.2 Capitais Permanentes

f) O Risco e a Reserva Financeira Estratégica

{ O Risco Económico resulta da aleatoriedade dos resultados de


exploração futuros da Empresa, o que naturalmente também se
pode reflectir na rendibilidade dos capitais investidos

desta forma:
z os factores tecnológicos (ritmo da evolução do progresso tecnológico,
surgimento de novos produtos, grau de especialização dos equipamentos,
etc)
e
z comerciais (quota de mercado da empresa, concentração regional dos
clientes, etc.)

exercem (para além do nível e composição dos capitais investidos) uma


influência determinante sobre o risco económico da empresa.
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo

{ Introdução
{ Os indivíduos, as empresas e o Estado são,simultaneamente,
fornecedores e utilizadores de fundos e podem efectuar operações
financeiras directas junto dos mercados financeiros ou indirectas,
I.e., através dos intermediários financeiros.

{ Mercados Financeiros são constituídos por “ locais” intangíveis, onde


se processa a oferta e a procura de fundos e efectuam transacções
directas;

{ Os Intermediários financeiros aceitam poupanças e colocam-


nas(empréstimos ou aplicações financeiras), além de prestarem
determinados serviços especializados.
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo
{ Os Principais instrumentos dos mercados monetários e de
capitais são:

{ - Certificados de depósito, bilhetes de tesouro,papel


comercial, titulos comerciais e aceites bancários

{ - Acções, obrigações, titulos do Tesouro, obrigações do


Estado e títulos de participação

{ As Bolsas de Valores são um dos principais mercados de


capitais e um autêntico mercado secundário contínuo, onde
se efectuam transacções e se obtêm importantes
informações sobre a cotação dos titulos e sobre os próprios
utilizadores dos fundos.
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo
As principais fontes de financiamento a médio e longo
prazo são as seguintes:

Capitais Próprios

z Capital Social
z Prestações Suplementares de capital
z Autofinanciamento
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo

{ Capitais Alheios
z Créditos renováveis de fornecedores correntes e do
Estado
z Créditos dos Fornecedores de Imobilizações
z Empréstimos Bancários internos a médio e longo prazos
z Empréstimos Externos
z Locação financeira mobilária e imobiliária e(leasing)
z Papel Comercial
z Empréstimos Obrigacionistas
z Empréstimos dos Sócios
z Outras fontes de financiamento - empréstimos estatais
reembolsáveis (gratuitos e onerosos), subsídios estatais,
etc
2.3 Fontes de Financiamento a
Médio/ Longo Prazo

{ As Principais caracteristicas genéricas das fontes de


financiamento a médio e longo prazo são as
seguintes:

z Os custos nominais do custo do dinheiro e respectivas


comissões de estruturação e montagem (custo all in).
z O grau de exigibilidade e a forma de reembolso.
z O impacto sobre o risco financeiro
2.3 Casos Práticos

{ Caso 1

{ Caso 2
Finanças Para Não Financeiros

{ 3- A rendibilidade da Exploração

{ 3.1-A teoria do Custo-Volume-Resultados


{ 3.2 – Ponto Morto Economico
{ 3.3 – Caso Prático
3-A rendibilidade da exploração
{ O conceito e os limites da teoria do CVR

{ A teoria do CUSTO-VOLUME-RESULTADOS(CVR) tem como objectivo


o estudo da rendibilidade de exploração da empresa através da
análise dos proveitos, dos custos de exploração e das relações
entre si, em estreita e exclusiva ligação com o nível de actividade.

{ Esta teoria do CVR é muitas vezes confundida com a teoria do


ponto morto económico quando esta, como teremos ocasião de
verificar, constitui apenas uma importante aplicação daquela
teoria.
3-A rendibilidade da exploração
CONTA DE EXPLORAÇÃO E RESULTADOS

contos %
{ 1- Vendas líquidas x 100
{ 2 - Custos variáveis x x
{ 3 - Margem Bruta (1-2) x x
{ 4 - Custos Fixos Totais x x
{ 5 - Resultados de Exploração (RE) (3-4) x x
{ 6 - Custos financeiros de financiamento (CFF) x x

{ 7 - Resultados antes de impostos s/lucros (RAI)


(5-6) x x

{ 8 - Imposto s/rendimento (ISRE) x x

{ 9 - Resultados Líquidos (RL) (7-8) x x


3-A rendibilidade da exploração
{ como VL= P.Q, temos
MT = (P - Cvu) .Q …………1)

{ e portanto:
RE = MT - CF …………..2)

{ Se designarmos por q o coeficiente de não absorção do preço de venda unitário pelo


custo variável unitário, I.e., se:

q= 1.00 – Cvu
{ p

……………3)

{ resultará das expressões 1) e 3)

{ MT = q . VL …………….4)
3-A rendibilidade da exploração
{ Sejam :

{ CT - Custos Totais
{ CF - Custos Fixos Totais
{ CV - Custos Variáveis Totais
{ MT - Margem Total das Vendas Líquidas ( excesso das vendas em relação a CV)
{ Q - Unidades produzidas e vendidas ( nível de actividade)
{ CV u- Custo variável unitário ( CV )
Q
{ VL- Valor das Vendas líquidas totais anuais (receitas anuais)
{ P - Preço de venda unitário
{ RE - Resultados de Exploração Anuais

{ Os Custos Totais podem ser assim obtidos

{ CT = Cvu . Q + CF
3-A rendibilidade da exploração
Ponto Morto Económico

{ O Ponto Morto económico ( ponto crítico das vendas,


ponto de equilíbrio, break even point,etc) identifica-se,
dentro de todos os pressupostos económicos da teoria
CVR, com o nível de actividade da empresa a que
correspondem Resultados de Exploração (RE) nulos.

{ A determinação do ponto morto económico numa óptica


contabilística pode ser efectuada em termos quantitativos
( Qo) ou em termos valóricos (Vo).
3-A rendibilidade da exploração
{ A- Em termos quantitativos (Qo)
RE= (P - Cvu) x Q - CF = 0

{ Resulta: Qo = CF
P- CVu

{ B - Em termos valóricos ou monetários ( Vo)

Como por definição:

{ Vo = P. Qo

{ Temos:
Vo = CF
(P -Cvu)/ P
3.3 Caso Prático
{ Caso 1

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