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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
CONCEITOS BÁSICOS
Autor: Me. Rafaela Guimarães
Revisor: Mario Henrique Bueno
INICIAR
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31/08/2020 Ead.br
introdução
Introdução
Nesta unidade, será feito um estudo inicial das características e propriedades dos
uidos, para que possamos compreender as principais diferenças entre o
comportamento de líquidos e gases, e de niremos importantes conceitos como
massa especí ca e densidade, por exemplo. Após isso, iniciaremos o estudo da
estática dos uidos, também chamada de hidrostática, o ramo dos fenômenos de
transporte que estuda os uidos em repouso. Esse campo da engenharia é muito
utilizado no transporte de grandes cargas, como no caso dos elevadores hidráulicos,
em que precisamos mover um peso do ponto A para o ponto B. Depois serão
estudados os conceitos de tensão super cial e tangencial e do comportamento de
uidos submetidos a essas forças. Também iniciaremos o estudo da pressão que nos
acompanhará em todo o estudo de fenômenos de transporte, porque uidos
produzem pressão na tubulação ou sofrem uma pressão para produzir o resultado
que queremos. Finalmente, introduziremos o conceito de pressão nos uidos
homogêneos e heterogêneos e abordaremos a equação fundamental da estática dos
uidos. Essa equação, como o próprio nome nos diz, será muito utilizada nesta
disciplina. Portanto, ao término desta unidade, o aluno será capaz de entender os
conceitos introdutórios de fenômenos de transporte de maneira clara e precisa.
Bons estudos.
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Conceitos Básicos
Diante disso, essa área da engenharia está presente em uma ampla gama de
aplicações que variam, desde o corpo humano, no qual as veias e artérias
transportam nosso sangue com os nutrientes que necessitamos; no projeto de
carros e espaçonaves, desde o transporte do combustível para o motor até como
podemos vencer o atrito do ar; e até no mais básico dos itens que utilizamos para
viver – a água, que é levada até nossa casa, por meio de um intrincado sistema de
bombas e tubulações.
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Para converter
Para Multiplique por
de
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ρ= (Equação 1.1)
m
= (Equação 1.2)
G
γ
V
Onde G é o peso.
m . g
= = = ρ. g (Equação 1.3)
G
γ ⇒ γ
V V
Muitas vezes, é dado o peso relativo para líquidos, simbolizado por γr e de nido
por:
γ
γr = γ
(Equação 1.4)
á gua
Densidade
A densidade de um uido, representada por SG (do inglês speci c gravity, ou
gravidade especí ca), é de nida como a razão entre a massa especí ca do uido e a
massa da água a 4 ºC, adotada porque nessa temperatura ρ = 1.000 kg/m³.
ρ
SG = ρ
. (Equação 1.5)
á gua
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Muitos problemas fornecem o SG de um uido e não sua massa especí ca. Assim,
para um uido com SG = 0,8, sua massa especí ca será igual a ρ = ρ água . SG = 1.000
x 0,8 = 800 kg/m³.
Massa
Peso Especí co Peso Relativo
Líquido Especí ca ( ρ -
( γ - N/m3) (γr)
kg/m3)
Óleo
880 8.800 0,880
lubri cante
Na Tabela 1.2, temos a massa especí ca, o peso especí co e o peso relativo para
diferentes tipos de uidos.
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praticar
Vamos Praticar
Um reservatório está cheio de óleo para alimentar o sistema pneumático de uma indústria,
cuja densidade é ρ = 850 kg/m³. Se o volume do reservatório é V = 2 m³, podemos
determinar a quantidade de massa m nesse reservatório. A quantidade de massa m nesse
reservatório será um número entre:
a) 0 e 500 kg.
b) 501 e 1.000 kg.
c) 1.001 e 1.500 kg.
d) 1.501 e 2.000 kg.
Feedback: alternativa correta, pois a relação entre massa, densidade e volume é
kg
dada por m = ρ V. Logo, a m = 850 ( 3
) .2 m³ = 1.700 kg. A quantidade de massa
m
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Viscosidade (μ)
Quando aplicamos uma tensão de cisalhamento a um uido, representado pela força
P, na Figura 1.1, esse uido irá se movimentar de maneira contínua com uma
velocidade U, ou seja, o líquido irá se mover com uma velocidade que será função
somente de u representada pelo gradiente de velocidade na Figura 1.1:
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tan δβ = δβ = δa
b
(Equação 1.6)
δβ = U δt
b
(Equação 1.7)
τ α
du
dy
(Equação 1.8)
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Alguns exemplos de uidos newtonianos são a água, o ar, os óleos etc. Já o sangue, as
pastas de dentes, as tintas etc. não são classi cados como uidos newtonianos por
apresentarem uma relação não linear, por exemplo, nos polímeros a viscosidade
diminui enquanto a tensão de cisalhamento aumenta.
Nesse contexto, a viscosidade dinâmica pode ser considerada como uma medida da
resistência do uido de se movimentar, correspondendo ao atrito interno gerado
nos uidos – devido às interações moleculares –, que, em geral, é uma função da
temperatura.
A unidade da viscosidade no SI é dada por m²/s. Além disso, destacamos que o nome
cinemática vem das unidades comprimento e tempo, duas das grandezas
fundamentais da cinemática.
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Durante o escoamento, um uido pode sofrer uma pressão de vapor e uma tensão
super cial. Essas tensões são importantes para explicarmos os diferentes
comportamentos de um líquido e um gás quando estão submetidos a um
deslocamento.
Pressão de Vapor
A água e a gasolina evaporam quando colocados em um ambiente ao ar livre. Essa
evaporação ocorre porque algumas moléculas do líquido, localizadas perto da
superfície livre do uido, apresentam quantidade de movimento su ciente para
superar as forças intermoleculares coesivas (forças que fazem com que essas
moléculas se mantenham unidas) e escapem para a atmosfera.
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Por isso, são formadas gotas em uma superfície gordurosa, como ocorre quando a
nossa pele é oleosa, por exemplo. Esse fenômeno ocorre porque um líquido é
submetido a uma força diferente na superfície e no fundo do recipiente que o
contém. Essa tensão é importante quando formos calcular como a água vai escoar no
interior do solo em períodos chuvosos, por exemplo.
praticar
Vamos Praticar
A viscosidade cinemática de um óleo é 0,028 m²/s, e a massa especí ca é 850 kg/m³. A
viscosidade dinâmica no Sistema Internacional de Unidades (SI) será um número
compreendido entre:
BRUNETTI, F. Mecânica dos uidos. 2. ed. rev. São Paulo, Pearson Prentice Hall,
2008. p. 11.
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a) 0 e 10 m²/s.
Feedback: alternativa incorreta, pois a relação entre essas grandezas é dada por
2
b) 11 e 20 m²/s.
Feedback: alternativa incorreta, pois a relação entre essas grandezas é dada por
2
c) 21 e 30 m²/s.
Feedback: alternativa correta, pois a relação entre essas grandezas é dada por ν
2
= 23,8 m²/s.
kg
( 3
)
m
d) 31 e 40 m²/s.
Feedback: alternativa incorreta, porque a relação entre estas grandezas é dada
2
μ kg
por ν = ρ
. Então, μ =ν . ρ = 0,028(
m
s
) x 850 ( 3
) = 23,8 m²/s
m
e) Entre 41 e 50 m²/s.
Feedback: alternativa incorreta, pois a relação entre essas grandezas é dada por
2
μ kg
ν = ρ
. Então, μ =ν . ρ = 0,028( ms ) x 850 ( 3
) = 23,8 m²/s.
m
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O ramo da mecânica dos uidos que trata dos corpos em repouso é denominado
estática, sendo que a dinâmica estuda os corpos em movimento. Na estática, a
tensão, representada pela letra 𝜎 (lemos sigma), é de nida como força por unidade
de área, e pode ser dividida em dois tipos de tensão (normal e tangencial), conforme
apresentado na Figura 1.3:
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Tensão Normal
A tensão normal pode ser expressa por:
Em que a unidade é dada em N/m2, que equivale à unidade Pascal. Quando essa
tensão é aplicada em um uido em repouso, a tensão normal também pode ser
denominada por pressão.
Tensão Tangencial
A força tangencial é também chamada tensão de cisalhamento 𝜏(lemos tau), e é dada
por
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Os princípios da estática dos uidos são utilizados no cálculo de forças sobre objetos
submersos, como na análise da estabilidade de embarcações, no projeto de
submarinos, na medição de pressão etc.
Com a de nição da tensão de cisalhamento, podemos rede nir o uido “como uma
substância que não pode sustentar uma tensão de cisalhamento quando em
repouso” (FOX et al., 2010, p. 27).
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As cores das tubulações nos processos industriais nos indicam o uido que estão
transportando. As mais comuns são:
Fluido Ideal
Um uido ideal é utilizado para simular um escoamento sem perdas por atrito, um
escoamento com viscosidade zero. Esse uido é utilizado para entendermos a
equação de Bernoulli, que trata da conservação de energia em um escoamento
uido.
Sendo assim, esse comportamento pode ser aplicado para líquidos e gases no estudo
da ventilação.
ti
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praticar
Vamos Praticar
Uma pressão de 88 Pa deve ser aplicada à válvula de uma comporta, conforme a gura a
seguir, para que ela permaneça na posição fechada. A tensão normal exercida por essa
pressão está situada no intervalo entre:
a) 0 e 10 kN.
Feedback: alternativa correta, pois precisamos calcular a tensão normal que é
dada pela fórmula 𝜎 = Fn
= P
= 88
. E, para realizar esse cálculo, temos de obter a
A A A
2
2
A
= 88
0,503
= 174,95 N, que pode ser escrita
como 0,175 kN.
b) 11 e 20 kN.
Feedback: alternativa incorreta, pois precisamos calcular a tensão normal que é
dada pela fórmula 𝜎 = Fn
A
= P
A
= 88
A
. E, para realizar esse cálculo, temos de obter a
2
2
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A
= 88
0,503
= 174,95 N, que pode ser escrita
como 0,175 kN.
c) 21 e 30 kN.
Feedback: alternativa incorreta, pois precisamos calcular a tensão normal que é
dada pela fórmula 𝜎 = Fn
A
= P
A
= 88
A
. E, para realizar esse cálculo, temos de obter a
2
2
0,8
área da válvula, dada por: A = π D
4
=π 4
= 0,503 m². Então, agora podemos
substituir a área na expressão 𝜎 = 88
A
= 88
0,503
= 174,95 N, que pode ser escrita
como 0,175 kN.
d) 31 e 40 kN.
Feedback: alternativa incorreta, pois precisamos calcular a tensão normal que é
dada pela fórmula 𝜎 = Fn
A
= P
A
= 88
A
. E, para realizar esse cálculo, temos de obter a
2
2
0,8
área da válvula, dada por: A = π D
4
=π 4
= 0,503 m². Então, agora podemos
substituir a área na expressão 𝜎 = 88
A
= 88
0,503
= 174,95 N, que pode ser escrita
como 0,175 kN.
e) 41 e 50 kN.
Feedback: alternativa incorreta, pois precisamos calcular a tensão normal que é
dada pela fórmula 𝜎 = Fn
A
= P
A
= 88
A
. E, para realizar esse cálculo, temos de obter a
2
2
0,8
área da válvula, dada por: A = π D
4
=π 4
= 0,503 m². Então, agora podemos
substituir a área na expressão 𝜎 = 88
A
= 88
0,503
= 2933,33 N, que pode ser escrita
como 2,93 kN.
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Equação Fundamental da
Estática dos Fluidos
A pressão é uma força exercida sobre uma unidade de área que pode realizar um
trabalho no transporte de cargas pesadas, como no caso dos elevadores hidráulicos.
Pressão
A pressão nada mais é do que a tensão normal dividida pela área de aplicação dessa
força. Matematicamente, temos:
p= Fn
A
(N/cm2) (Equação 1.13)
Devemos ter em mente que pressão e força são conceitos diferentes. Por exemplo,
podemos ter uma força de 1 N aplicada em uma área de 10 ou 5 cm². A força será a
mesma, mas a pressão, não. As pressões serão iguais a 0,1 e 0,2 N/cm²,
respectivamente, ou seja, quanto maior a área em que a força é exercida, menor é a
pressão.
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dP
dz
= - ρ g (Equação 1.14)
Figura 1.5 - Demonstração da diferença de pressão entre dois pontos em uma garrafa
de refrigerante cheia de água
Fonte: Kirill Cherezov / 123RF.
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Devemos ressaltar que a diferença de pressão entre dois pontos quaisquer é igual ao
produto do peso especí co do uido, multiplicado pela diferença de cotas entre
esses pontos, não importando:
Lei de Pascal
A pressão aplicada em um ponto de um uido em repouso é transmitida
integralmente a todos os pontos do uido. Se a pressão aplicada é distribuída
integralmente em todos os pontos do uido, podemos ampli car ou reduzir a força
aplicada, diminuindo ou aumentando a área de aplicação dessa força,
respectivamente. Portanto, esse é o princípio do elevador hidráulico, que está
ilustrado na Figura 1.6:
Pressão em um Ponto
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Utilizamos a pressão para indicar a força normal atuando sobre um ponto por
unidade de área atuando sobre um uido em um dado plano. Considerando o
diagrama de corpo livre mostrado na Figura 1.7, construímos essa gura removendo
um pequeno elemento do uido, com a forma de uma cunha triangular. Para facilitar
a visualização, não mostramos as forças na direção x e o eixo z foi referenciado como
vertical (por causa da atuação do peso). Analisaremos primeiro o uido em
movimento acelerado para chegarmos à sua análise em repouso.
As equações do movimento (2a Lei de Newton) nas direções y e z serão dadas por:
onde:
ay e az representam as acelerações.
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A pressão necessita ser multiplicada por uma área para obtermos a força gerada por
ela. Ao analisarmos a geometria da cunha, constatamos que:
δy
py - ps = ρ ay 2
(Equação 1.18)
pz - ps = (ρaz + ) δz
2
(Equação 1.19)
py = ps e pz = ps (Equação 1.20)
dp δy dp δy
δ Fy = (p − dy 2
)δ x δ z - (p + dy 2
)δ x δ z (Equação 1.21)
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Figura 1.8 - Forças super ciais e de campo atuando num elemento de uido
Fonte: Munson, Young e Okiishi (2004, p. 36).
dp dp dp
δFs = - ( dx i
ˆ +
dy
^
j +
dz
k) δ x δy δz (Equação 1.25)
^
onde i
ˆ , j
ˆ e k
ˆ
são vetores unitários do sistema de coordenadas da Figura 1.89.
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= ᐁp (Equação 1.26)
dp dp dp
ˆ + ^
i ^
j + k
dx dy dz
sendo que:
ᐁ( ) =
d( ) d( ) d( )
dx
ˆ +
i
dy
^
j +
dz
^
k (Equação 1.27)
= - ᐁp (Equação 1.28)
δF s
δx δy δz
- δW k
^
= - γδ x δy δz k
^
(Equação 1.29)
O sinal negativo indica que a força devida ao peso aponta para baixo (sentido
negativo do eixo z).
∑ δF = δm a (Equação 1.30)
∑ δF = δFs - δW k
^ = δm a (Equação 1.31)
ou
- ᐁp δx δy δz - γ δx δy δz k
^ = ρ δx δy δz a (Equação 1.32)
- ᐁp - γk
^ = ρa (Equação 1.33)
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A Equação 1.33 é chamada equação geral do movimento. Ela é válida para os casos
em que as tensões de cisalhamento no uido são nulas. Ela será muito utilizada para
calcularmos a pressão nos uidos em movimento.
Água
chegando
nas nossas
casas
Deste modo a água chega na nossa casa em
condições próprias para consumo.
- ᐁp - γk
^
= 0 (Equação 1.34)
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dp dp dp
dx
=0 dy
=0 dz
= - γ (Equação 1.35)
dp
dz
= - γ (Equação 1.36)
Fluido Incompressível
A variação do peso especí co de um uido é provocada pelas variações de sua massa
especí ca e da aceleração da gravidade. Isso ocorre porque γ é igual ao produto da
massa especí ca do uido pela aceleração da gravidade (γ = ρ g, peso especí co
N/m³). Como a variação de g não será considerada neste estudo, vamos analisar
somente as variações de ρ (massa especí ca, kg/m³). A variação de massa especí ca
dos líquidos normalmente pode ser desprezada. Nos casos em que a hipótese de
peso especí co é constante, a Equação 1.36 pode ser integrada diretamente,
resultando em:
p2 z2
∫
p1
dp = - γ ∫z 1
dz (Equação 1.37)
onde p1 e p2 são as pressões nos planos com cota z1 e z2, conforme é mostrado na
Figura 1.9:
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Da Equação 1.38 temos que a diferença de pressão entre dois pontos pode ser
especi cada pela distância h, ou seja:
p1 − p2
h= γ
(Equação 1.39)
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reflita
Re ita
Os fenômenos de transporte são fundamentais no nosso dia a dia.
Graças a eles, temos água nas nossas casas. Com as mudanças
climáticas, está cando cada vez mais difícil o abastecimento de
água nas grandes cidades. Com o aquecimento global, esse
fenômeno pode se agravar, demandando projetos cada vez com
menores perdas e mais e cientes. Será que no futuro um país
poderá desperdiçar água com vazamentos em suas tubulações
como ocorre com 30% da água tratada no Brasil?
Fluido Compressível
Os gases, como o oxigênio e o nitrogênio, são modelados como uidos compressíveis
porque suas massas especí cas variam de modo signi cativo com as alterações de
temperatura e pressão. Por isso, temos de considerar a possibilidade da variação do
peso especí co do uido antes de integrarmos a Equação 1.31. Na maioria das vezes,
essa aproximação não precisa ser feita porque o gradiente de pressão do ar é muito
pequeno quando comparado com o dos líquidos. Só a título de ilustração, o peso
especí co do ar ao nível do mar a 15 ºC é 1,2 x 10¹ N/m³, enquanto que o da água, nas
mesmas condições, é de 9,8 x 10³ N/m³.
p = ρ R T (Equação 1.40)
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dp g p
dz
=- R T
(Equação 1.41)
p2 p1 g z2
∫
p1
dp = ln p2
=- R
∫
z1
dz
T
(Equação 1.42)
saiba mais
Saiba mais
O artigo sobre “Abordagem didática e prática da
ação do vento em edi cações”, apresentado na
ConstruMetal de 2016, trata de uma forma
simples e precisa sobre os cuidados que devemos
tomar nos projetos de grandes edifícios, devido à
pressão que a força do vento exerce nos andares
superiores.
ACESSAR
g (z2 − z1 )
p2 = p1 exp [− R T 0
] (Equação 1.43)
A Equação 1.43 fornece a relação entre a pressão e a altura numa camada isotérmica
de um gás perfeito. Para tubulações de gases, como a de gás natural, esse efeito não
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praticar
Vamos Praticar
A gura a seguir apresenta esquematicamente uma prensa hidráulica, em que os dois
êmbolos têm, respectivamente, as áreas A1 = 10 cm² e A2 = 100 cm².
BRUNETTI, F. Mecânica dos uidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2008.
Considerando que uma força de 200 N seja aplicada no êmbolo (1), assinale a alternativa
que indica qual será a força transmitida ao (2).
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a) Entre 0 e 500 N.
Feedback: alternativa incorreta, pois a pressão transmitida pelo êmbolo (1) será
P1 = . A pressão P1 será transmitida totalmente ao êmbolo (2). Logo, P2 A2 =
P1
A1
10
= 20 N/cm². Portanto, F2 = 20 x 100 = 2.000 N.
b) Entre 501 e 1.000 N.
Feedback: alternativa incorreta, pois a pressão transmitida pelo êmbolo (1) será
P1 = . A pressão P1 será transmitida totalmente ao êmbolo (2). Logo, P2 A2 =
P1
A1
10
= 20 N/cm². Portanto, F2 = 20 x 100 = 2.000 N.
c) Entre 1.001 e 1.500 N.
Feedback: alternativa incorreta, pois a pressão transmitida pelo êmbolo (1) será
P1 = . A pressão P1 será transmitida totalmente ao êmbolo (2). Logo, P2 A2 =
P1
A1
10
= 20 N/cm². Portanto, F2 = 20 x 100 = 2.000 N.
d) Entre 1.501 e 2.000 N.
Feedback: alternativa correta, pois a pressão transmitida pelo êmbolo (1) será P1
= . A pressão P1 será transmitida totalmente ao êmbolo (2). Logo, P2 A2 = P1
P1
A1
10
= 20 N/cm². Portanto, F2 = 20 x 100 = 2.000 N. Esse
princípio também é utilizado em servomecanismos, dispositivos de controle de
freios etc.
e) Entre 2.001 e 2.500 N.
Feedback: alternativa incorreta, pois a pressão transmitida pelo êmbolo (1) será
P1 = . A pressão P1 será transmitida totalmente ao êmbolo (2). Logo, P2 A2 =
P1
A1
10
= 20 N/cm². Portanto, F2 = 20 x 100 = 2.000 N.
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indicações
Material
Complementar
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LIVRO
Editora: McGraw-Hill
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conclusão
Conclusão
Depois iniciamos o estudo da estática dos uidos, em que aprendemos que uidos
são líquidos e gases e que a estática é a parte da ciência que estuda os líquidos em
repouso.
Vimos, também, que a viscosidade é uma propriedade fundamental dos uidos. Cada
uido tem uma determinada viscosidade que apresenta importância fundamental no
projeto de tubulações e de equipamentos como os elevadores hidráulicos.
referências
Referências
Bibliográ cas
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