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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS FLAMBOYANT

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA E MECATRÔNICA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


“Ponte Rolante com Arduino”

COMPONENTES DO GRUPO

C14697-8 – AMANDA CARDOSO ROSA [EM5P42]


C134HC-5 – CLAYTON CESAR MATOS DE SOUZA [EM6Q42]
B97958-5 – DANILO ALVES DA SILVA [EM6Q42]
C2047H-0 – ERNANE GODOY BORGES ÁVILA [EM6P42]
C262II-0 – JAIRO AUGUSTO SILVA CASTRO [EM6P42]
B07052-8 – LEONARDO DA SILVA SETTI [EA6P42]
C340BB-2 – LORENA SILVA GOMES [EM5P42]
C01IJE-0 – LUCIANO NERES AZEVEDO [EM6Q42]
C05611-1 – RAFAEL RIBEIRO ALVES [EM6Q42]
C32FCI-1 – VICENTE RAPHAEL SOUZA FREITAS [EM5P42]

Goiânia
2016
[Ficha]
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA E MECATRÔNICA
AMANDA CARDOSO ROSA
CLAYTON CESAR MATOS DE SOUZA
DANILO ALVES DA SILVA
ERNANE GODOY BORGES ÁVILA
JAIRO AUGUSTO SILVA CASTRO
LEONARDO DA SILVA SETTI
LORENA SILVA GOMES
LUCIANO NERES AZEVEDO
RAFAEL RIBEIRO ALVES
VICENTE RAPHAEL SOUZA FREITAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


“Ponte Rolante com Arduino”

Trabalho de pesquisa e desenvolvimento


de protótipo apresentado a Universidade
Paulista Campus Flamboyant como
exigência parcial para aprovação no 6º
semestre do Curso de Engenharia
Mecânica e Mecatrônica.

Professor Orientador: Sizelizio Castro

Goiânia
2016
FICHA CATALOGRÁFICA

Azevedo, Luciano Neres, 2016


Relatório de Atividades Práticas Supervisionadas: Ponte
Rolante
Goiás / Luciano Neres Azevedo
Goiânia – Goiás, 2016.

Orientador: Prof. Sizelizio Castro.


Atividades Práticas Supervisionadas (Graduação)
Universidade Paulista Campus Flanboyant – UNIP.
Inclui biografia.

1. Ponte Rolante. 2. APS. 3. UNIP. 4. Arduino.


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA E MECATRÔNICA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


“Ponte Rolante com Arduino”

Trabalho de pesquisa e desenvolvimento


de protótipo apresentado a Universidade
Paulista Campus Flamboyant como
exigência parcial para aprovação no 6º
semestre do Curso de Engenharia
Mecânica e Mecatrônica.

Professor Orientador: Sizelizio Castro

Aprovado em __/__/__

BANCA EXAMINADORA

__________________________________
Prof. Sizelizio Castro
Coordenador do curso de Engenharia Mecânica e Mecatrônica
Universidade Paulista Campus Flamboyant
“A gravidade explica os movimentos dos
planetas, mas não pode explicar quem
colocou os planetas em movimento. Deus
governa todas as coisas e sabe tudo que é ou
que pode ser feito.”
(Isaac Newton)
RESUMO

O presente trabalho tem como predominante proposta à pesquisa, planejamento e


desenvolvimento de um protótipo de uma ponte rolante que opere com motores
elétricos de 12V comandados por Arduino e permita o levantamento e transporte de
uma massa padrão para posições pré-estabelecidas. Este relatório tem o objetivo de
apresentar em pauta acadêmica o passo a passo da construção através de ilustrações
(fotos), além de descrever os materiais e ferramentas utilizadas, expor o esboço do
projeto, metodologia, conclusões finais e referências bibliográficas. Todo o trabalho,
tanto protótipo quanto parte escrita, está em conformidade com o edital disponibilizado
pela coordenação do curso de engenharia da Universidade Paulista Campus
Flamboyant.

Palavras chaves: Ponte Rolante, Motores Elétricos, Arduino.


ABSTRACT

The following work has the main propousal of the research, the plaining and the
developing of a overhead's crane prototype using eletric powred engines with 12v
controlled by Arduino able to lift and transportare a standard load to predefined
positions. This report has the objective introduce as a academic work the full process
by pictures, and also description of the materials, the tools, the sketches and the
methods and all the references. All this work, both the prototype and the theoric, its
fully according to the rules defined in the notice published by engineering coordenation
of University Paulista Campus Flamboyant.

Keywords: Overhead Crane, Eletric Engines, Arduino


LISTA DE IMAGENS

Figura 2.1: Ponte rolante em siderurgia -------------------------------------------------------------- 14


Figura 2.2: Movimentação da ponte rolante --------------------------------------------------------- 15
Figura 2.3: Exemplo de Estrutura Metálica ---------------------------------------------------------- 16
Figura 3.1: Cálculo das trações na polia -------------------------------------------------------------- 18
Figura 3.2: Diagrama de forças carro superior ------------------------------------------------------ 19
Figura 3.3: Reações de apoio carro superior -------------------------------------------------------- 19
Figura 3.4: Reações de apoio carro inferior --------------------------------------------------------- 20
Figura 3.5: Reações nas rodas e trilho ---------------------------------------------------------------- 20
Figura 3.6: Arduino ---------------------------------------------------------------------------------------- 21
Figura 3.7: Ponte H ---------------------------------------------------------------------------------------- 22
Figura 3.8: Exemplos de motores elétricos ---------------------------------------------------------- 23
Figura 3.9: Circuito eletrônico --------------------------------------------------------------------------- 24
Figura 3.10: Diagrama eletroeletrônico --------------------------------------------------------------- 25
Figura 4.1: Reunião para planejamento -------------------------------------------------------------- 28
Figura 4.2: Estrutura 3D em AutoCAD ---------------------------------------------------------------- 29
Figura 4.3: Mesa montada ------------------------------------------------------------------------------ 30
Figura 4.4: Conjunto eixo, bucha e rolamento ------------------------------------------------------ 31
Figura 4.5: Conjunto de transmissão ------------------------------------------------------------------ 31
Figura 4.6: Montagem dos eixos de transmissão -------------------------------------------------- 32
Figura 4.7: Eixo afixando o motor ---------------------------------------------------------------------- 33
Figura 4.8: Mancais de rolamento tipo flange ------------------------------------------------------- 33
Figura 4.9: Rodizio termoplástico ---------------------------------------------------------------------- 34
Figura 4.10: Mancal adaptado com suporte de rodizio ------------------------------------------- 35
Figura 4.11: Vista lateral do mancal adaptado ------------------------------------------------------ 35
Figura 4.12: Sistema de issagem ---------------------------------------------------------------------- 36
Figura 4.13: Caixa de comando visão interna ------------------------------------------------------- 37
Figura 4.14: Caixa de comando visão externa ------------------------------------------------------ 37
Figura 4.15: Plotagem da estrutura -------------------------------------------------------------------- 38
Figura 4.16: Mesa e carros plotados ------------------------------------------------------------------ 38
Figura 4.17: Teste final ----------------------------------------------------------------------------------- 39
Figura 6.1: Componentes do grupo -------------------------------------------------------------------- 41
LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Custos do projeto ----------------------------------------------------------------------- 39

LISTA DE SIMBOLOS

T1 Tração 01 no cabo de issagem


T2 Tração 02 no cabo de issagem
V Volume
V¹ Volume modular
m massa
Pr Peso dos rolamentos
Pp Peso dos porcas e parafusos
Pm Peso dos motores
Pc1 Peso do carro 1
Pc2 Peso do carro 2
Os Peso da mesa/sustentação
Pt Peso total da estrutura
N Reação década roda do carro 1
Q Reação de cada roda do carro 2
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------- 12
1 OBJETIVO ------------------------------------------------------------------------------------------ 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA --------------------------------------------------------------- 14
2.1 Ponte rolante ------------------------------------------------------------------------------------ 14
2.2 Estruturas metálicas ------------------------------------------------------------------------- 15
3 METODOLOGIA ----------------------------------------------------------------------------------- 17
3.1 Considerações do projeto ------------------------------------------------------------------ 17
3.2 Cálculos estrutural ---------------------------------------------------------------------------- 17
3.3 Tecnologia empregada ---------------------------------------------------------------------- 21
3.3.1 Arduino ------------------------------------------------------------------------------------------ 21
3.3.2 Comandos elétricos -------------------------------------------------------------------------- 22
3.3.3 Ponte H ------------------------------------------------------------------------------------------ 22
3.3.4 Motores elétricos ------------------------------------------------------------------------------ 23
3.4 Circuito elétrico aplicado ------------------------------------------------------------------- 24
3.4.1 Diagrama eletroeletrônico ------------------------------------------------------------------ 24
3.4.2 Código de programação -------------------------------------------------------------------- 25
4 CONSTRUÇÃO DA PONTE ROLANTE ------------------------------------------------------ 27
4.1 Materiais e ferramentas utilizadas -------------------------------------------------------- 27
4.2 Etapas da construção ------------------------------------------------------------------------- 27
4.2.1 Escolha da tecnologia e do design -------------------------------------------------------- 28
4.2.2 Construção das mesas ----------------------------------------------------------------------- 29
4.2.3 Construção do conjunto mecânico -------------------------------------------------------- 30
4.2.4 Construção do sistema de issagem ------------------------------------------------------- 33
4.2.5 Caixa de comando ---------------------------------------------------------------------------- 36
4.2.6 Acabamento ------------------------------------------------------------------------------------ 38
4.2.7 Teste final --------------------------------------------------------------------------------------- 37
5 CUSTOS DO PROJETO ------------------------------------------------------------------------- 39
6 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ------------------------------------------------------------ 41
CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- 42
REFERÊNCIAS --------------------------------------------------------------------------------------- 43
INTRODUÇÃO

Pontes rolantes são equipamentos usados no transporte e elevação de cargas,


geralmente em instalações industriais. Trata-se de uma estrutura que fica suspensa,
normalmente dentro de uma edificação, e que desloca cargas e materiais no sentido
vertical, transversal e longitudinal, sem composta por três itens essenciais: a viga, o
carro e a talha.
Na indústria é possível encontrar 3 categorias de pontes rolantes, que podem
ser móveis ou fixas. A função da ponte rolante é lidar com cargas industriais grandes
e pesadas, que não podem ser movidas facilmente de forma manual, em todas as
etapas do processo de manufatura, sendo muito comuns em indústrias do ramo
siderúrgico, para o procedimento da fabricação do aço, e também em portos para
trazer objetos de dentro para fora dos navios ou em movimentação retro portuária.
Em resposta a proposta apresentada pela coordenação do curso de engenharia
mecânica e mecatrônica da Universidade Paulista, campus Flamboyant, fora
construído, segundo as normas do edital disponibilizado, o protótipo de uma ponte
rolante controlado por Arduino que fosse capaz de transportar uma carga superior à
100 Newtons seguindo os princípios de funcionamento de uma ponte rolante
industrial.
De modo a discorrer e apresentar de forma concreta as atividades e objetos de
pesquisa já mencionados, além de expor em pauta acadêmica os resultados obtidos
com o protótipo desenvolvido, este relatório apresenta de forma simplória um pouco
do estudo e da aplicação de vários conceitos ministrados em sala de aula acerca das
matérias pertencentes a grade de ensino do curso de Engenharia Básica, as quais
podemos mencionar Estática das Estruturas, Elétrica Básica, Eletrônica, Programação
de Computadores, Dinâmica dos sólidos, Processos de Fabricação Mecânica e
Metrologia.

12
1 OBJETIVO

Conforme edital disponibilizado pela própria Universidade Paulista, este


trabalho tem como escopo o planejamento, construção e apresentação de um
protótipo de uma ponte rolante controlada por Arduino, que permita o transporte de
uma massa padrão no sentido vertical, transversal e longitudinal.
As normas de construção da ponte contemplam que a mesma deve ter
dimensão de 800mm x 800mm, capacidade para 10,0kgf, movimentos de translação
no carro superior e inferior utilizando mico controlador Arduino, elevação da carga por
motor elétrico de 12 Volts e velocidade de 1 metro por minuto em sua elevação. O
edital disponibilizado menciona que a estrutura deve ser construída em aço 1020
(metalon 20x20 mm) tendo altura superior a 1 metro.
Em relação a apresentação do projeto, o protótipo deverá ser apresentado
próximo as lanchonetes do bloco D, Universidade Paulista, campus Flamboyant. A
ponte deverá fazer os seguintes movimentos:

1. Içar e mover o corpo de massa padrão (fornecido pelos alunos) da


posição inicial fazendo o movimento de translação longitudinal da ponte;
2. Içar e mover o corpo de massa padrão (fornecido pelos alunos) da
posição inicial fazendo o movimento translação transversal do carrinho;
3. Içar o corpo de massa padrão (fornecido pelos alunos) até altura de 1m
com velocidade de 1,0m/mim.

Os critérios para avaliação englobam o respeito as normas de construção,


design da ponte, movimento de translação transversal e longitudinal, velocidade de
elevação, retorno à posição inicial e trabalho escrito.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O planejamento e a construção do protótipo da Ponte Rolante com Arduino só


foram possíveis graças ao legado de diversos cientistas, matemáticos, físicos,
engenheiros, professores e outros, que dedicaram uma parcela significativa de suas
vidas em prol do desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade. Alguns

13
deste, bem como um breve resumo histórico sobre o enfoque do projeto, serão
apresentados a seguir. Confira.

2.1 Ponte rolante

Inventada por Bolton & Wright no século XIX, a ponte rolante é um equipamento
utilizado para issamento, ou seja, para elevação de cargas, e são compostas
basicamente de viga, carro e talha. Podem ser móveis ou fixas, com o propósito de
manipular objetos classicamente grandes e pesados, e que não podem ser movidos
facilmente de forma manual.

Figura 2.1: Ponte rolante em siderurgia

Fonte: DEMAG
Disponível em: <http://www.demagcranes.com.br/files/content/sites/br/files/B%C3%BChnenbilder
/Produkte/Prozesskrane/38263-6e.jpg>

Nas indústrias do ramo siderúrgico (Figura 2.1), geralmente são encontradas


muitas pontes rolantes para lidar com todo o processo de fabricação do aço e estes
equipamentos são também muito utilizados em quase todos os portos de todo o
mundo, para trazer objetos de dentro dos navios para fora, ou para movimentações
na região retro portuária.
Estes guindastes tendem a ser muito grande, apresentam alto custo de
aquisição, mas a relação custo x benefício pode ser muito vantajosa e valer a pena a
aquisição de um modelo no caso de movimentação de grandes volumes de materiais.
Sua construção depende de uma viga que está permanentemente fixada sobre uma
estrutura de suporte. Isto pode ser realizado através da construção de uma grua em
uma estrutura, ou através da construção de uma plataforma que detenha a viga.

14
Alguns fabricantes de móveis também fazem uso das pontes rolantes, permitindo
maior flexibilidade, na montagem e expedição dos produtos.
Neste tipo de guindaste, o mecanismo que opera é montado em um carro que

Figura 2.2: Movimentação da ponte rolante

Fonte: CASTELETTI
Disponível em: <http://www.casteletti.com/wp-content/uploads/2012/11/PONTE-ROLANTE-POWER-
POINT.pdf>.

corre ao longo do eixo transversal, as pontes podem possuir carros principais e


auxiliares, dependendo da operação que se deseja realizar. De acordo com as
aplicações os issamentos podem ser realizados através de cabos de aço, corda ou
correntes, através do mecanismo do carro, e os objetos podem ser movido
horizontalmente ao longo do eixo da própria ponte. Diferente de outros guindastes de
lança flexíveis, que através do balanço, permitem que operadores sejam capazes de
mover objetos em múltiplas direções, ela só realiza o movimento permitido de
translação e o movimento do seu carro ao longo do eixo transversal.

2.2 Estruturas metálicas

A estrutura metálica é uma estrutura composta por aço, usada para fabricar
suportes internos e para fazer revestimentos exteriores. Elas são formadas por
associação de peças metálicas ligadas entre si por meio de solda ou conectores, além
de terem seções transversais e comprimentos limitado em função da capacidade dos
laminadores e dos transportes disponíveis.

15
Figura 2.3: Exemplo de estrutura metálica

Fonte: Soluções Industriais


Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_10018/p_
predio-comercial-estrutura-metalica-8.jpg>

A estrutura metálica ganhou popularidade no início do século 20 e se difundiu


mais ainda após a Segunda Guerra Mundial, quando se tornou mais disponível. Essas
estruturas metálicas se tornaram amplamente aceitas devido à eficiência de custo,
capacitação de design, além da rápida instalação, sendo hoje muito utilizadas na
construção de edifícios, pontes, estádios, aeroportos, guindastes e outros.
A estrutura metálica fornece várias vantagens sobre outros materiais de
construção, tais como madeira. Por ser totalmente composta por aço, à estrutura
metálica é um produto “verde”; é estruturalmente sólido e fabricado seguindo
especificações e tolerâncias rígidas. Ela também é eficiente em termos energéticos e
extremamente resistente a deformação, tração e dobramento, além de possuir fácil
instalação.

3 METODOLOGIA

O planejamento e construção do protótipo da Ponte Rolante com Arduino foram


regidos pelas normas apresentadas nos itens III, IV e V do edital disponibilizado pela
coordenação do curso de engenharia da Universidade Paulista Campus Flamboyant.
Além disso, as demais orientações sobre os critérios de avaliação, trabalho escrito,

16
apresentação, postagem do trabalho e sugestão de modelo também estavam contidas
no documento disponibilizado.

3.1 Considerações sobre o projeto

De modo a manter conformidade com o edital do trabalho, o protótipo da Ponte


Rolante com Arduino foi construído a partir de uma estrutura metálica de aço carbono
1020 nas dimensões de 20x20 milímetros, também conhecida como metalon. Essa
estrutura foi dimensionada de modo a contemplar as singularidades do projeto e ao
mesmo tempo oferecer o menor custo.
Outros pontos serem avaliados no escopo do projeto são a execução dos
movimentos de translação longitudinal, transversal e vertical, em que neste último
deve ser levantado e transportado um corpo com massa superior à 10kg. Esses
movimentos devem originar de motores elétricos alimentados por corrente elétrica
contínua com diferencial de potência de 12 Volts, sendo acionados por micro
controlador Arduino.

3.2 Cálculo estrutural

Saber-se as reações e os tipos de esforços em um projeto estrutural, bem como


poder mensurar os seus respectivos valores numéricos, faz total diferença no
dimensionamento e, principalmente, no funcionamento dos projetos mecânicos. É
evidente que sem a estimativa desses valores, ainda que com largas precisões, pode
implicar de maneira pejorativa nos processos de fabricação e no bom êxito do
protótipo.
Sabendo disso e após uma minuciosa análise dos itens regidos pelo o edital,
foram mensurados as reações de apoio e os esforços resultantes nas estruturas
metálicas empregada no projeto utilizando conceitos ministrados em sala de aula, ao
qual podemos destacar as matérias de Mecânica Vetorial e Estática das estruturas.
Vale ressaltar que os cálculos a serem dispostos a seguir não comtemplam todos os
fatores que, em uma aplicação real, devem ser estudados e considerados no intuito
de corresponder, com a maior aderência possível, à situação proposta.
Com base, são necessárias algumas considerações sobre os cálculos
apresentados a seguir nas imagens:

17
 O peso da polia (P1) é desprezado e, apesar dos apoios remeterem a
engastamentos, os momentos e a reação na horizontal são anulados por
se tratar de um sistema regido pela simetria das forças;
 A reações (P2) e (P3) não possuem sumário por se tratarem de variáveis
utilizadas apenas para fins matemáticos;
 Gravidade adotada sendo igual à 9.76 m/s³;
 A estrutura metálica de todo o protótipo é simétrica, portanto o somatório
das reações verticais pode ser feito de maneira direta e os apoios terão
reações idênticas.

Figura 3.1: Cálculo das trações na polia

Fonte: Acervo Pessoal

Note que, em um sistema de issamento que utiliza polias, a força necessária


para se levantar uma dada carga é dividida em duas componentes de tração. O
diagrama a seguir mostra como se comportam as reações de apoio no carro superior,
bem como a ação da tensão cisalhante e o momento fletor. É válido lembrar que a
simetria na construção da estrutura metálica do carrinho faz a distribuição de maneira
igualitária sobra o carro superior, e também por toda estrutura, ao qual podemos notar
ao visualizar o diagrama de forças. Veja:

18
Figura 3.2: Diagrama de forças carro superior

Fonte: Acervo Pessoal

Apenas ressaltando que, os esforços relatados na Figura 3.2 são referentes ao


issamento da carga no sistema polia. Já as reações que associam o peso do carro
superior estão apresentadas na Figura 3.3.

Figura 3.3: Reações de apoio carro superior

Fonte: Acervo Pessoal

19
As mesmas considerações valem para o carro inferior. Portanto teremos:

Figura 3.4: Reações de apoio carro inferior

Fonte: Acervo Pessoal

O último fator observado acerca da estrutura metálica e seus componentes


foram os esforços que atuariam nas rodinhas e, consequentemente, no trilho. Veja a
Figura 3.5.

Figura 3.5: Reações nas rodas e trilho

Fonte: Acervo Pessoal

20
3.3 Tecnologia empregada

A partir do cálculo das reações na estrutura metálica do protótipo, o passo


seguinte referente ao processo de fabricação do protótipo foi a escolha da tecnologia
a ser empregada. De modo a manter conformidade com as normas regulamentadoras
apresentadas no edital e a disposição do grupo, acabamos escolhendo o Comando
Elétrico, associado a componentes eletrônicos, como principal mecanismo a ser
empregado devido a sua praticidade e extensa aplicação.

3.3.1 Arduino

O Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de


placa única com linguagem de programação padrão C/C++, que por sua vez são
linguagens de programação compiladas multi-paradigma e de uso geral. Foi
desenvolvido na Itália em 2005 com o intuito de interagir em projetos escolares de
forma a ter um orçamento menor que outros sistemas de prototipagem disponíveis
naquela época.
Figura 3.6: Arduino

Fonte: Enbarcados – Sua fonte de Informação


Disponível em: < https://www.embarcados.com.br/wp-content/uploads/2013/
11/Arduino-Primeiros-passos-destaque-696x418.jpg>

Voltado a profissionais, mas também a estudantes e hobbystas, o Arduino


funciona de forma autônoma, mas é programado por meio de um ambiente
(relativamente) amigável que você instala no seu computador (Linux, Mac ou
Windows). Ele é dotado de acessórios inteligentes, denominados shields, que

21
ampliam suas funcionalidades de acordo com a demanda de cada projeto: você pode
instalar shields que acrescentem a funcionalidade de GPS, ou de conexão à rede
local, por exemplo.

3.3.2 Comandos elétricos

Por definição, os comandos elétricos são dispositivos elétricos ou eletrônicos


usados para acionar motores elétricos, como também outros equipamentos elétricos,
sendo compostos por uma variedade de peças e elementos como contatores, botões
temporizadores, relés térmicos e fusíveis.
Permitem um controle sobre o funcionamento das máquinas, evitando, ao
mesmo tempo, manejo inadequado pelo usuário e, além disso, dispõe de mecanismos
de proteção para a máquina e para o usuário, melhorando o conforto para manejar
máquinas e possibilitando também controle remoto das máquinas.

3.3.3 Ponte H

Ponte H é um circuito eletrônico que permite variar velocidades de um motor


DC, assim como comutar o sentido de rotação dos motores, através de um sinal PWM
(Pulse Width Modulation ou Modulação de Largura de Pulso). Estes circuitos são
muito utilizados em robótica e estão disponíveis em circuitos prontos ou podem ser
construídos por componentes.
Figura 3.7: Ponte H

Fonte: Baú da Eletrônica


Disponível em: < http://lghttp.57222.nexcesscdn.net/803B362/magento/media/catalog/
product/cache/1/image/650x/040ec09b1e35df139433887a97daa66f/l/2/l298n-ponte-h.jpg>

22
3.3.4 Motores elétricos

Um motor elétrico é um dispositivo que funciona com corrente alternada ou


contínua e que converte a energia elétrica em movimento ou em energia mecânica.
Desde sua invenção, os motores elétricos são ferramentas muito úteis para realizar
diversos tipos de tarefas e se encontram em diversos objetos como ventiladores,
eletrodomésticos, automóveis e etc.

Figura 3.8: Exemplo de motores elétricos

Fonte: Portal Eletricista


Disponível em: <http://www.portaleletricista.com.br/wp-content/uploads/
2015/02/motores-eletricos.jpg>

Bases de um motor elétrico: Todo motor se baseia na ideia de que o


magnetismo produz uma força física que move os objetos. E depende de imãs que
podem atrair ou repelir outro imã. Nos motores é utilizado a eletricidade para criar
campos magnéticos que se opõe entre si, de modo que movam uma parte giratória
chamada Rotor. No Rotor se encontra a bobina que tem o campo magnético oposto
ao da parte estática do motor. O campo magnético desta parte gera imãs permanentes
e a ação repelente destes polos opostos é o que faz com o que o rotor começa a girar,
transmitindo energia mecânica.
Os motores de corrente contínua são mais primitivos que os de corrente
alternada porém podem ser úteis em lugares que não exista uma fonte de corrente
elétrica. A engenharia moderna realizou grandes invenções e o motor elétrico é um
exemplo disso. Apesar do magnetismo ser estudado por muitos anos, a utilização
disso para criar energia mecânica é algo novo.

23
3.3 Circuito elétrico aplicado

De fato, foi necessário adaptar vários dispositivos elétricos e eletrônicos para


que fosse possível alcançar a funcionalidade do protótipo, mas foram mantidos todos
os princípios fundamentais acerca do emprego de comandos elétricos em conjunto
com a plataforma Arduino.

3.3.1 Diagrama eletroeletrônico

A parte eletroeletrônica do protótipo da Ponte Rolante com Arduino, ao qual


engloba a caixa de comando e o sistema de força, foi constituído basicamente de
botoeiras de acionamento, plataforma de prototipagem eletrônica Arduino, driver
motor ponte H e motores elétricos que trabalham em corrente contínua à 12V. Confira
a seguir o diagrama elétrico/eletrônico.

Figura 3.9: Circuito eletrônico

Fonte: Arduino e Cia


Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/-zriE64I1kz8/U_zgiFwLh-
I/AAAAAAAAClM/i2OzWl_2i9s/s1600/Circuito-L298N-motor-de-passo.png>

Vale lembrar que o circuito exposto na Figura 3.9 faz menção a apenas um
motor elétrico, situação que é praticamente repetida nos outros dois motores, onde
ocorre apenas a triplicação dos contatos ligados ao Arduino e fonte de alimentação
12v DC, além do uso de outras duas pontes H.
De modo a abranger todas as ligações pertinentes ao sistema de comando e
de força, fora desenvolvido o diagrama eletroeletrônico do projeto ao qual serviu de

24
guia no momento da montagem da caixa de comando (item 4.2.5 deste documento).
Segue abaixo o referido esquema:

Figura 3.10: Diagrama eletroeletronico

Fonte: Acervo pessoal

3.3.2 Código de programação

Como já fora mencionado anteriormente, o Arduino opera com linguagem de


programação padrão C/C++, o que permite a conversão de ideias para uma forma ao
qual ele consiga processar. Essa conversão foi realizada em compilador chamado
ambiente de desenvolvimento ou simplesmente IDE (do inglês Integrated
Development Environment) e essas instruções é chamada de algoritmo ou programa.
A seguir, se encontra o algoritmo empregado no protótipo da Ponte Rolante
com Arduino:
//Programa: Ponte Rolante com Arduino
//APS – Atividade Pratica Supervisionada
void setup() {
pinMode(2, INPUT_PULLUP);
pinMode(3, INPUT_PULLUP);
pinMode(4, INPUT_PULLUP);
pinMode(5, INPUT_PULLUP);
pinMode(6, INPUT_PULLUP);

25
pinMode(7, INPUT_PULLUP);
pinMode(8, OUTPUT);
pinMode(9, OUTPUT);
pinMode(10, OUTPUT);
pinMode(11, OUTPUT);
pinMode(12, OUTPUT);
pinMode(13, OUTPUT);
Serial.begin(9600);
}

void loop() {

if(digitalRead (2) == '1') digitalWrite(8 , HIGH);


if(digitalRead (2) == '0') digitalWrite(8 , LOW);

if(digitalRead (3) == '1') digitalWrite(9 , HIGH);


if(digitalRead (3) == '0') digitalWrite(9 , LOW);

if(digitalRead (4) == '1') digitalWrite(10 , HIGH);


if(digitalRead (4) == '0') digitalWrite(10 , LOW);

if(digitalRead (5) == '1') digitalWrite(11 , HIGH);


if(digitalRead (5) == '0') digitalWrite(11 , LOW);

if(digitalRead (6) == '1') digitalWrite(12 , HIGH);


if(digitalRead (6) == '0') digitalWrite(12 , LOW);

if(digitalRead (7) == '1') digitalWrite(13 , HIGH);


if(digitalRead (7) == '0') digitalWrite(13 , LOW);

26
4 CONTRUÇÃO DA PONTE ROLANTE

4.1 Materiais e ferramentas utilizadas

Segue abaixo a lista contendo os principais materiais e as ferramentas


utilizadas durante o processo de fabricação e montagem do protótipo da Ponte
Rolante com Arduino.

• 18m Aço 1020 20mm x 20mm • 3 Motores mabuchi 12v


• 18m de barras rosqueada de 3/8‘’ • 3 Botoeiras de acionamento
• 60 porcas e 60 arruelas 3/8’’ • 3 Potenciômetro
• Broca 3/8’’ • 1 Fonte de computador
• 2m de barra rosqueada 3/16’’ • Fio paralelo cristal 2x0,75
• 30 porcas e 30 arruelas 3/16’’ • 20 Conectores fêmeas
• Broca 3/16’’ • 1 Caixa de madeira
• 1 Cola para rosca • Cola quente
• 2 Suportes de rodas • Fitas de marcação de solo
• 8 Rolamentos blindados de 20mm • Furadeira fixa e móvel
• 2 Rolamentos para mancais 20mm • Fresadora
• 9 Abraçadeira • Torno convencional
• 1 Arduino UNO • Lixadeira
• 3 Ponte H L298N • Alicate de pressão
• 1 Protoboard • Chave de boca n° 15
• 8 Rodas de tecnil • Chave de boca n° 7
• 1 Eixo de issagem de tecnil • Arco de serra
• 2,5m de cabo de aço revestido 1/8’’ • Morsa
• 2 Fixadores de cabo • Máquina de solda MIG
• 1 Rosca soberba • Máquina de solda estanho
• 1 Gancho de poço • Marreta

4.1 Etapas da construção

O processo de planejamento e construção do protótipo da ponte rolante


basicamente ficou dividido em 6 etapas (planejamento, compra dos componentes,

27
montagem, ajustes, testes dos carros e teste de issagem), mas é claro que se trata
de um trabalho bem mais amplo e minucioso do qual não cabe ser empregado à risca
neste documento por sua extensão. Confira a seguir o passo a passo referente as
etapas mais importantes acerca da criação do projeto.

4.2.1 Escolha dos parâmetros e do design

Antes de mais nada, fez-se mais que necessária a escolha dos parâmetros a
serem seguidos para dar início as atividades referentes a construção do protótipo.
Após várias pesquisas e discursões sobre qual a melhor maneira de se aplicar a
tecnologia solicitada, chegamos à conclusão que, assim como mencionado
anteriormente, o sistema da ponte rolante englobaria princípios da eletrônica digital e
comandos elétricos, além de linguagem de programação C/C++.

Figura 4.1: Reunião para planejamento

Fonte: Acervo Pessoal

A partir daí, começou a se pensar no quesito design de modo que


representasse bem o grupo, expressando originalidade, sofisticação e personalidades
definidas, o que felizmente foi bem expresso com a proposta de uma ponte rolante
que seja ajustável, permitindo, por meio de elementos de fixação não permanentes,
maior facilidade acerca dos processos de montagem, regulagem e desmontagem do
protótipo.

28
A partir de então, pensou-se em visualizar como seria propriamente dita a
estrutura metálica a ser confeccionada, quais as dificuldades a serem encontradas e
como solucionar eventuais falhas no projeto. Com a ajuda de softwares de
modelagem, foi possível enxergar com maios clarezas como e quais seriam as
singularidades do protótipo. A seguir, a Figura 4.2 representa o esboço do projeto em
3D simulado no AutoCAD.

Figura 4.2: Estrutura 3D em AutoCAD

Fonte: Acervo Pessoal

NOTA: Para tornar possível o projeto ser auto ajustável, tivemos que fazer 80%
das fixações com o conjunto de barras rosqueadas, arruelas e porcas, tendo em vista
a liberdade de posicionamento no projeto por se tratar de elementos de fixação não
permanentes.

4.2.2 Construção das mesas

A mesa e os carros foram as únicas partes em que fora utilizada a solda como
elemento de fixação em virtude de proporcionar mais segurança e estabilidade de
sustentação no projeto. Todos os recortes foram feitos com um esquadro de 45° em
suas pontas. Este ângulo foi escolhido com o intuito de fornecer um melhor encaixe
nas barras de sustentação da mesa, ao qual há um recorte rebaixado em 30 mm para

29
dispor um perfeito acoplamento as hastes de sustentação e, no caso do carro inferior
e superior, um melhor acabamento.

Figura 4.3 – Mesa montada

Fonte: Acervo Pessoal

4.2.3 Construção do conjunto mecânico

Depois de muitos debates, ideias e propostas sobre os mancais, as rodas e


principalmente sobre a transmissão do conjunto motor-roda, optamos por fabricar
rodinhas de tecnil nas quais os eixos de transmissão seriam as próprias barras
rosqueadas e, como mancal, foram utilizados dois rolamentos em cada conjunto de
transmissão. Tendo em vista que o diâmetro interno dos rolamentos a nossa
disposição era bem maior que o diâmetro externo da barra rosqueada, decidimos
usinar buchas em tecnil buchas de modo promover encaixa do rolamento na barra
rosqueada mediante a um ajuste com interferência, porém, mantendo a facilidade de
montagem e desmontagem dos componentes.
A partir da decisão de como e quais seriam as partes integrantes dos conjuntos
mecânicos no sistema mancal de rolamento e eixo, começou o processo de usinagem
e ajustagem dos componentes que iriam promover os movimentos transversais e

30
longitudinais dos carros de cima estrutura metálica. Observe a seguir as figuras 4.4 e
4.5.

Figura 4.4: Conjunto eixo, bucha e rolamento

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 4.5: Conjunto de transmissão

Fonte: Acervo Pessoal

Para realizar a fixação dos eixos de transmissão nos carros, foram usadas
braçadeiras de 5/8’’ que nos possibilitou liberdade no posicionamento dos rolamentos

31
com função de mancal em cada um dos carros. Decidimos por instalar os rolamentos-
mancais o mais próximo possível das rodas (Figura 4.6) para evitar que a flexão dos
eixos de transmissão, situação ao qual poderia influenciar pejorativamente no correr
dos carros em seus trilhos.

Figura 4.6: Montagem dos eixos de transmissão

Fonte: Acervo Pessoal

Um dos problemas percebido apenas durante o processo de montagem do


protótipo envolvia a maneira mais oportuna de se fazer a transmissão de movimento
entre a engrenagem presente no motor elétrico e a barra rosqueada. Depois de várias
discursões acerca do assunto, grupo decidiu por abrir um furo na engrenagem do
motor e fazer o encaixe por meio de rosca, utilizando um macho de 3/8” (três oitavos
de polegada).
De modo a garantir que o motor não viesse a se desenroscar durante a
execução dos movimentos, utilizamos de porcas e arruelas para proporcionar um
travamento sob pressão, ao qual propôs segurança a conexão e manteve também o
aspecto modular ao protótipo.
Ainda sobre os encaixes e ajustes envolvendo os motores elétricos no sistema
de transmissão de movimento transversal e longitudinal, fora afixado na estrutura
metálica lateral do carro superior e inferior um único conjunto, em cada carro, com
uma barra 3/16’’ (três dezesseis avos de polegada) e suas respectivas porcas e

32
arruelas para prender os motores, evitando que este realizasse movimento de rotação
durante a translação dos carros.

Figura 4.7: Eixo afixando o motor

Fonte: Acervo Pessoal

4.2.4 Construção do sistema de issagem

Figura 4.8: Mancais de rolamento tipo flange

Fonte: Acervo Pessoal

33
A proposta inicial do sistema de issagem seguiria o esboço 3D feito no
AutoCad, utilizando chapas de acho 1020 e mancais de rolamento do tipo flange.
Porém, como nada é perfeito neste mundo, ouve um erro no momento da escolha e
compra do conjunto mancal rolamento, aonde não foi possível adequar esse tipo de
estrutura de forma benéfica ao nosso protótipo.
Diante dessa problemática, procuramos adaptar da melhor maneira possível os
materiais e componentes que já possuíamos em mãos ao, até então, indissolúvel
dilema. Pensamos e repensamos até que, semelhante ao curioso caso entre a maçã
e a cabeça de Isaac Newton, uma ideia brotou como um passe de mágica: utilizar a
estrutura de aço de dois rodizio termoplásticos, Figura 4.9, comprados ao acaso como
mancal de deslizamento.

Figura 4.9: Rodizio termoplástico

Fonte: Cobequi
Disponível em: < http://www.cobequi.com.br/loja/config/imagens_conteudo/produtos
/imagensGRD/GRD_1818_1.jpg>

Este suporte foi aberto através de marteladas e cortado ao meio com o auxílio
de uma lixadeira, aproveitando-se assim 4 partes iguais a partir de dois rodízios. Os
furos que já estavam presentes na estrutura original foram úteis a nova aplicação do
componente e, como se pode perceber na Figura 4.10 disposta a seguir, as barras de
fixação rosqueadas com diâmetro de 3/16” (três dezesseis avos de polegada)
transpassam a estrutura de metalon da mesma maneira que em todas as outras
fixações realizadas no projeto. Mais uma vez salientamos a preferência pelos

34
elementos de fixação não permanente, aos quais potencializaram os aspectos
modulares no protótipo.

Figura 4.10: Mancal adaptado com suporte de rodizio

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 4.11: Vista lateral do mancal adaptado

Fonte: Acervo Pessoal

35
Já com os mancais em seus respectivos lugares, fora feito a ajustagem do
conjunto eixo de issagem, onde fora fabricado uma camisa em tecnil para enrolar o
cabo de aço durante a suspensão do peso.

Figura 4.12: Sistema de issagem

Fonte: Acervo Pessoal

Com a ponte rolante já montada, foi possível realizar todos os testes


necessários com vários corpos de prova e, obviamente, com o peso padrão de massa
10kg regulamentado pelo edital. É válido lembrar que o sistema de polia aplicado na
issagem proporcionou redução de 50% da carga a ser erguida pelo motor, fato melhor
explicado na seção 3.2 deste documento. Abaixo, segue os links para os vídeos dos
testes preliminares realizados, disponíveis em plataforma YouTube.

 Teste Estrutural: <https://youtu.be/AR8AFkbI2g8>


 Teste de Issagem: <https://youtu.be/rtoBw7Xb5VU>

4.2.5 Caixa de comando

A caixa de comando foi feita com o acoplamento das 3 botoeiras em uma caixa
de madeira pintada de preto e com detalhes no formato de engrenagens em dourado.
O sistema elétrico, por sua vez já representado na Figura 3.9, é alimentado por uma
fonte de conversora, retirada de um computador, cujo a entrada é 220v em tensão

36
alternada e a saída são 12v de corrente contínua com intensidade de 15 A. Veja as
Figuras 4.13 e 4.14.

Figura 4.13: Montagem da caixa de comando

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 4.14: Caixa de comando visão externa

Fonte: Acervo Pessoal

37
4.2.6 Acabamento

Visando poupar esforços e dar um bom acabamento, usarmos fita para


marcação de solo para plotar toda a estrutura da ponte rolante, opção que se fez bem
mais atrativa do que a pintura convencional.

Figura 4.15: Plotagem da estrutura

Fonte: Acervo pessoal

Figura 4.16: Projeto finalizado

Fonte: Acervo Pessoal

38
4.2.7 Teste final

Com todos os elementos estruturais já montados, mesa e carros plotados e


com os controles devidamente instalado na caixa de comandos, fora realizado o teste
final. Acesse <https://goo.gl/photos/rAQtNpJA4WfDGM3u7> e confira o teste final.

Figura 4.17: Teste final

Fonte: Acervo Pessoal

5 CUSTOS DO PROJETO

Bem como qualquer empreendimento, o projeto e a execução da Ponte Rolante


com Arduino também tiveram seus custos, além de tempo e dedicação para enfim
executar e finalizar o projeto com sucesso. Em meio ao planejamento do protótipo, foi
visada a economia de recursos e materiais desde o início no intuito de reduzir os
gastos e desperdícios. A seguir, a relação dos materiais utilizados e seus respectivos
valores.

Tabela 01: Custos do projeto


Peça Local Nota Valor
Rolamentos Tipo 01 Dinasol Fiscal 92,00
Mancal Dinasol Fiscal 16,00
Arduino Uno Mercado Livre Fiscal 69,90

39
Ponte H L298N Mercado Livre Fiscal 74,70
Barra Rosqueada 3/8 RPM Fiscal 36,00
Porca RPM Fiscal 3,30
Arruela RPM Fiscal 2,49
Protoboard Mercado Livre Fiscal 29,90
Tecnil Casa das Chapas Fiscal 22,00
Chapa 3/8 Ferro e aço dourado Fiscal 20,00
Ferragista Ferragista Fiscal 18,00
Ferragista Ferragista Fiscal 25,00
Caixa de comando Veronica Fiscal 87,00
Braçadeiras Giseldo Onofre Santos Fiscal 4,00
Porcas Giseldo Onofre Santos Fiscal 5,75
Arruela Giseldo Onofre Santos Fiscal 4,75
Porcas Nacional Borrachas Fiscal 50,00
Cabos Multi eletricidade Fiscal 4,00
Roldana/ cabo de aço / fixadores Martins Maquinas e ferramentas Fiscal 23,45
Componentes Eletrônicos Sellnet Tecnologia Fiscal 30,00
Porcas/ barra rosqueada Circular parafusos Fiscal 4,00
Barra rosqueada/ broca Circular parafusos Fiscal 7,00
Porcas/ trava parafusos Circular parafusos Fiscal 17,00
Chapinhas de aço Ferro e aço Dourado Fiscal 20,00
Barra rosqueada 3/8 RPM Fiscal 12,00
Organiza fio Mozaico ferramentas Fiscal 5,00
Fitas adesivas Capitão américa Fiscal 54,00
Terminal fêmea Santos Dumont Fiscal 4,50
Fita Isolante Ferragista Fiscal 6,15
Motores, botões, roda DF peças e acessórios LTDA Fiscal 210,00
Aço 1020 Metalúrgica Regis Fiscal 125,00
Montagem da Mesa Metalúrgica Brasil Anotação 58,00
TOTAL 1.140,89

Apesar do custo do protótipo ter ficado relativamente alto em virtude de sua


complexidade, o valor individual ficou em R$115,00 o que não se configura como tão
oneroso. Além disso, deste o início das atividades visou-se a economia como um dos
priores para o projeto, aliado a praticidade e inovação, de modo a garantir a
maximização dos resultados esperados com o mínimo de recursos possíveis.

40
6 APRESENTAÇÃO DO PROJETO

A apresentação do protótipo foi realizada no dia 12 de novembro de 2016, às


10 horas e 30 minutos, no bloco de D da Universidade Paulista de Goiânia (Campus
Flamboyant). Esta consistia em içar um corpo com massa de 10kg a uma altura de 1m
com uma velocidade de 1metro/minuto e posteriormente desloca-lo longitudinalmente
e transversalmente, retornando, por fim, a posição inicial com a descida da carga.
Todo este processo foi minunciosamente avaliado e cronometrado pelo professor
Clodoaldo Valverde com base nos critérios pré-estabelecidos no edital.

Figura 6.1: Componentes do Grupo

Fonte: Acervo Pessoal

Mediante a avaliação do professor Clodoaldo e na ciência de que todos os


critérios previstos no item V do edital foram respeitados, obtemos nota máxima (4,5)
no que se refere a apresentação do protótipo.

NOTA: O projeto exposto neste relatório é uma extensão do protótipo de Ponte Rolante apresentada em maio de 2016 por
parte do grupo responsável por este documento à Universidade Paulista. Para mais informações sobre o protótipo anterior,
acesse: <https://www.academia.edu/29952106/APS_ENGENHARIA_MEC%C3%82NICA_UNIP_V_SEMESTRE_-_PONTE_
ROLANTE> .

41
CONCLUSÃO

Marcados por grandes desafios e superações, o planejamento, a pesquisa, a


execução e a apresentação do protótipo da Ponte Rolante com Arduino como
exigência parcial para aprovação no 6º semestre do curso de engenharia Mecânica e
Mecatrônica se fez uma experiência ímpar, cheia de conteúdos que agregam em
muito na formação acadêmica e pessoal de qualquer indivíduo.
O contato de aproximação com novas tecnologias que são tendência de
prosperidade para o futuro nos instigou a querer fazer parte deste processo com mais
afinco, colocando à disposição do progresso tecnológico e da humanidade os esforços
que empregamos durante os anos de estudo vivenciados neste início de carreira e
que ainda teremos pera frente.
Através de pesquisas e discursões, a temática sobre os princípios de
funcionamento de uma ponte rolante, bem como sua estrutura e particularidades, nos
possibilitou formular a fundamentação teórica e execução na prática deste protótipo É
verídico afirmar o quão rico e fascinante são os conceitos físicos inseridos neste
contexto que vão deste a física clássica a física atual, utilizando e colocando a prova
o legado de vários cientistas renomados, como por exemplo, o pai da física moderna,
Isaac Newton.
Em resumo, a proposta de atividade supervisionada foi de grande valia para a
nossa formação acadêmica, levando em consideração toda a temática e dinamismo
existentes no trabalho apresentado. A pesar dos vários contratempos, conseguimos
finalizar com êxito o protótipo até a data prevista, apresentando-o a comissão
avaliadora, representada na pessoa do professor Clodoaldo Valverde, no dia 12 de
novembro de 2016, ás 10 horas e 30 minutos no hall de entrada do campus da
Universidade Paulista de Goiânia (Campus Flamboyant), alcançando nota máxima
(4,5) pelo desenvolvimento e execução do protótipo.

42
REFERÊNCIAS

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Direitos exclusivos para a língua portuguesa: LTC – Livros Técnicos e Científicos
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7ª Edição Norte-Americana, 2010. Editora Cengage Learning, Brasil, 2010.

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Americana, 2010. Editora Pearson Education, Brasil, 2010.

BEER, Ferdinand P. E; JOHNSTON, Russel Jr. e CORNWELL Phillip J. -


Mecânica Vetorial para Engenheiros: Dinâmica. Tradução da 9ª Edição Norte-
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45

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