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Castro

Diretor / Editor: Sandro Adriano Carrilho Castro-PR, Terça-feira, 19 de Março * Ano XXix * ESPECIAL Castro www.paginaum.com
CASTRO TRANSFORMA-SE E ADQUIRE NOVA IDENTIDADE
Em oito anos município de
Castro mais que dobrou seu PIB Divulgação

De cidade aérea contínua de pernil do


mundo. Além disso, processa
pequena a atualmente 3,200 suínos por
dia e mais de 2 mil toneladas
atrativo de de industrializados por mês.
indústrias Sua produção tanto abastece
o mercado interno como tam-
e grandes bém é exportada para mais de
empresas 25 países.
Em julho de 2016 foi a vez
de inaugurar em Castro a nova
L uana D ias planta da Evonik para fabrica-
Especial para P ágina U m ção biotecnológica do Biolys
(fonte eficiente do aminoácido
Aos poucos e, principal- L-lisina, utilizado como aditivo
mente no decorrer dos últimos na nutrição animal). A unidade
dez anos, os castrenses viram recebeu investimentos de R$
sua cidade passar por uma 250 milhões e é atualmente
Sozinha Cargill gera 238 postos de trabalho
verdadeira transformação. responsável pela criação de
Em oito anos, por exemplo, Divulgação
mais de 100 empregos diretos.
a cidade mais que dobrou pios do estado, Castro também Sua capacidade produtiva é de
seu Produto Interno Bru- se fortaleceu ao longo dos últi- 80 mil toneladas por ano.
to (PIB), passando de R$ mos anos no setor agropecuá- Mais um exemplo do de-
1.024.541, em 2008, para rio, um dos principais impul- senvolvimento pelo qual vem
R$ 2.260,839, em 2015. sionadores da economia local. passando Castro é a passa-
Vale ressaltar que o indica- De acordo com resultados da gem da rede de gás natural
dor é considerado por muitos última pesquisa divulgada pelo pelo município. Além de ser
como o principal termômetro Instituto Brasileiro de Geogra- considerado um diferencial,
de uma economia. fia e Estatística (IBGE), entre por possibilitar o interesse
Em uma década o muni- 2006 e 2016 os produtores e a vinda de mais indústrias
cípio também teve sua frota castrenses aumentaram em para a região, o investimento
de veículos aumentada em 67 mil toneladas a produção ainda traz a vantagem de ser
52.48%, passando de 10.503 de soja, e em 62 mil toneladas Comércio também mostra crescimento uma fonte de energia limpa
para 22.100, o número apenas a de trigo, que estão entre as e ecologicamente mais apro-
de automóveis (considerando principais culturas do municí- bastante considerável, aumen- amidos e adoçantes é a pri- priada, o que reduz custos de

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apenas veículos de passeio). pio. O número total de bovinos tando de 134,00 milhões de meira unidade da companhia produção. O gasoduto, inau-
Já o número de motocicletas também cresceu em mais de litros em 2006, para 255,00 no país a atuar com o conceito gurado em Castro no início de
registradas no município pas- 17 mil cabeças, enquanto os milhões em 2016. O PIB per inovador de biorrefinaria - 2017, possui 76 quilômetros
sou de 2.866 em 2006, para suínos aumentaram de 82.580 capta de 2016 do município planta que integra instalações, entre o Distrito Industrial de
6.215, em 2016. (em 2006), para 210,800 (em fechou em R$ 35.232,68. equipamentos e processos de Ponta Grossa e o Distrito
Com o 25º maior PIB do 2016). E, a produção leitei- Já a população castrense conversão de biomassa, na Industrial castrense Tatsuo
Paraná, entre os 399 municí- ra também teve crescimento passou de 67 mil habitantes, produção de derivados refina- Yamamoto. O investimento,
no ano de 2010, para mais dos. Hoje a unidade gera 238 realizado pela Compagas, foi
de 71 mil, no ano passado. postos de trabalho diretos, de R$ 85 milhões. Atualmente
Em 2018 estava com 71.151 além dos empregos indiretos a rede atende no município as
habitantes. Nesse período, e mão de obra de prestadores indústrias da Cargill e Evonik,
muitos moradores de cidades de serviço. porém, o projeto prevê que
vizinhas ou até mesmo distan- Também inaugurou em ou- em breve novas empresas
tes de Castro passaram a ver tubro de 2015, no Parque In- passem a se beneficiar com
o município como uma opor- dustrial I da cidade, a Alegra o recurso.
tunidade de trabalho, afinal, Foods – uma das Unidades Castro também ganhou
grandes indústrias começaram Industriais de Carnes mais ao longo dos últimos anos o
a se instalar nos parques in- modernas da América Latina. primeiro hipermercado da ci-
dustriais da cidade. Com investimento de R$ 250 dade, um empreendimento de
milhões em 44 mil m² de área alta relevância para a econo-
Novos e expressivos construída, o empreendimen- mia local, e responsável pela
investimentos to é fruto da intercooperação geração de diversos postos
Entre os mais importantes entre as cooperativas Frísia, de trabalho. Além disso, vem
empreendimentos vindos para Castrolanda e Capal, e atu- recebendo diversas empresas
o município, entre os últimos almente emprega cerca de de pequeno e médio porte,
dez anos, está a unidade da 1.500 pessoas. nos mais diversos segmentos,
multinacional Cargill, inaugu- A unidade possui em suas e franquias, o que reforça um
rada em 2014. Com investi- instalações a primeira linha comércio que é amplo e que
mentos de R$ 500 milhões, de desossa aérea contínua reúne tradicionais prestadoras
a fábrica de processamento de paleta das Américas, e de serviços, indústrias de mó-
de milho para a produção de a primeira linha de desossa veis, pincéis e alimentos.

Maiores geradores de
renda e de emprego Divulgação
De acordo com o presiden- industrialização, hoje, porém,
te da Associação Comercial e muitos dos seus produtos já
Empresarial de Castro (Ace- saem prontos para o consumo,
castro), Anderson Gomes, os além disso, por sua vocação
atuais maiores geradores de no agronegócio, a cidade vem
emprego na cidade são a Pre- se tornando atrativa para a
feitura Municipal, o comércio vinda de grandes empresas do
e o setor do agronegócio. Já setor. Mas também pudemos
entre os principais gerado- acompanhar um grande avanço
res de renda estão também em outros setores, como o da
o comércio, mesmo com as construção civil, a recepção de
dificuldades e necessidade de Comércio ainda é um unidades de grandes redes, de
readequação que ainda enfren- dos que mais gera renda, um hipermercado, isso tudo
ta por conta dos resquícios destaca Anderson Gomes mostra que Castro está sendo
da última crise econômica, e vista por outras regiões, ape-
o agronegócio, por meio de so econômico. “Se formos sar disso, uma pequena parcela
cooperativas, propriedades ainda mais longe, ou seja, da população ainda enxerga a
agropecuárias e demais em- pensarmos numa realidade cidade como pequena e inte-
preendimentos do setor. de 18 anos atrás, víamos as riorana, mas estamos entre as
Anderson também fala do cooperativas, por exemplo, mais populosas do Paraná, e
desenvolvimento da cidade trabalhando apenas com in- temos acompanhado um gran-
nos últimos anos, e lembra sumos e matérias-primas, de desenvolvimento de nosso
fatores que provam o progres- sem processos próprios de município”, destaca.
PERDENDO ESPAÇO PARA O VIRADO DE FEIJÃO
Castropeiro deixa de ser prato principal
Principais
Divulgação
ela, por exigir um feijão tropeiro
especial e uma série de acom-
motivos são panhamentos o prato se tornava
quase um banquete. Amélia
as grandes destaca ainda que o turista ao
variedades de chegar na cidade pedia o prato,
mas o restaurante não tinha como
ingredientes prepará-lo de imediato. Sendo
assim foi aos poucos sendo reti-
Carla Mazzochin rado do cardápio e oferecido em
Especial para Página Um apenas um dia na semana. Hoje
a comida típica é encontrada em
A gastronomia é um impor- apenas um restaurante da cida-
tante atrativo para o turismo. de, e somente sob encomenda.
Além de formar uma imagem
positiva e valorizar a cultura Virando o Virado
também contribui para divulgar o Mas o feijão não saiu da
uso e os costumes de cada local. mesa dos restaurantes da cida-
Como Castro possui um forte de e continua sendo a base do
vínculo com o movimento tropei- novo prato que agora identifica
Em Castro o prato típico leva o nome de Castropeiro
ro que durante décadas foi fonte Castro, o “Virado Tropeiro”.
de desenvolvimento econômico e Divulgação Divulgação No ano passado, a Associação
social, pode ser ver ainda hoje as dos Campos Gerais lançou um
raízes deixadas pelo movimento projeto para instituir os pratos
que marcaram a cultura do mu- que representam cada um dos
nicípio. As comidas tropeiras, 19 municípios da AMCG. Para
até os dias atuais, fazem parte isso, ouviu a comunidade sobre
da alimentação da comunidade a alimentação e a receita caseira
não só de Castro como de outras de maior consumo nos lares da
cidades dos Campos Gerais. Ao região. O virado tropeiro, ou
longo do percurso, os tropeiros, virado de feijão foi apontado
transportavam valores e práti- Virado de feijão pelos castrenses como o prato
cas culturais que até hoje são mais conhecido e usual.
cultivados. Amélia Podolan explica que
Em Castro o prato típico leva to, o que dificulta a populariza- devia ser robusta para manter a Flügel. o nome “Virado” se deve a mis-
o nome de Castropeiro, home- ção do prato nos restaurantes rotina pesada dos trabalhadores Como levafeijão branco com tura que os alimentos sofriam na
nagem a cidade e ao movimento da cidade. e dos animais alguns acom- charque e carne de porco, qui- hora da viagem dos tropeiros.
do tropeirismo. Durante quase Baseado na história de que panhamentos ajudavam a dar bebe, arroz, molho campeiro, “Na época dos pousos dos tro-
trinta anos esse ainda é o prato os longos itinerários que iam do maior valor nutritivo na refeição. farofa, refogado de milho verde peiros, o feijão era cozido com a
oficial do município, oferecido Rio Grande do Sul ao Estado de “Os tropeiros estavam sujeitos e torresmo, a receita é demorada carne, sendo que a sobra, junto

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aos turistas que chegam à cidade São Paulo exigiam que os tro- a percorrer longos trechos des- e exige que seja feita pelo menos com a farinha, era guardada nos
e querem conhecer um pouco peiros carregassem somente ali- povoados, sem possibilidade um dia antes pelo cozinheiro. alforjes, tipo de presa na sela do
mais dos costumes. Lançado em mentos não perecíveis, para que de adquirir produtos frescos. “Mesmo sendo o prato oficial, animal, e guardado para o dia
1992, o prato a base de feijão suportassem a viagem, o prato Por isso, carregavam nas suas o Castropeiro acabou não se seguinte. O  balanço do lombo
exige demanda de tempo no típico de Castro é composto bruacas o  feijão, o charque, a instituindo nos restaurantes e da mula ou do cavalo se encar-
preparo e um número grande de de gêneros como feijão e carne farinha e o toucinho” comenta nas mesas de Castro”, lamenta regava de misturar ou virar os
ingredientes no acompanhamen- seca. E como a alimentação historiadora, Amélia Podolan a historiadora. De acordo com ingredientes”, diz ela.
CELEBRADA EM CASTRO
Primeira missa completa 250 anos
Rezada em
Divulgação Divulgação

latim, ela foi


celebrada em
julho de 1769

Carla Mazzochin
Especial para Página Um

Quem vê a arquitetura da Ma-


triz Sant’Ana pela primeira vez,
FOTO Escultura em madeira do Frei Mathias de Genova
dificilmente imagina que ela nas- Divulgação

ceu de uma pequena capelinha em permanente exposição na


construída a margem esquerda entrada da Matriz e é apontado
do Rio Aipo. Pesquisas feitas por como um dos uma das principais
historiadores da cidade relatam que heranças religiosas da cidade e
tudo começou quando o primeiro um marco do fim da segunda
sesmeiro dono de um lote de terras guerra mundial. Como naquele
distribuídos em nome do rei de tempo os meios de comunicação
Portugal herdou o patrimônio. Para ainda não eram tão avançados,
dar posse da terra e seu exemplo o sino da igreja era uma forma
de fé, o Capitão Mor Inácio Taques de anunciar grandes notícias. E
de Almeida, mandou erguer uma foi ele que reverberou com suas
cruz e construir uma pequenina e badalas o anúncio de que chegava
rústica igrejinha. O local passou ao fim a Segunda Guerra Mun-
a ser frequentado pelos tropeiros dial. Em 1945 os moradores em
que por ali passavam com destino comemoração ao fim da guerra
a outras paragens e ajudou a fixar tocaram tanto os badalos e de
moradores nos arredores, dando forma tão eufórica que o sino
início a um povoado de nome Lustres doados por D. Pedro II rachou e comprometeu o som
Sant’Ana do Iapó. Segundo a his- e o seu uso. Atualmente o sino
toriadora Amélia Podolan Flügel, do município. Seu interior além de imponência. As pinturas feitas a Sino de bronze também está em permanente exposição
a dedicação dos fiéis durante os amplo e acolhedor é também de óleo também chamam a atenção, doado por D. Perdo II na entrada da Matriz.
anos seguintes contribuiu para que grande beleza e bom gosto. Os como a que fica bem no centro
a capela fosse constantemente con- altares ricamente emoldurados do altar e retrata a Assunção da
sertada e ampliada, sendo a última
grande reforma em 1960, quando o
e majestosos proporcionam mo-
mentos de reflexão. Para o padre
Virgem Maria, quando ela sobe
aos céus de corpo e alma, segun-
Beleza da Matriz atrai
telhado foi trocado e as paredes que
noivos de outros lugares
Martinho que está na cidade há do a crença católica.
antes eram de barro e palha, foram dois anos, a igreja é uma das mais As esculturas em madeira
substituídas por tijolos. belas do Estado. Segundo ele, as esculpidas por Frei Mathias de Divulgação

A antiga capela de 1704 é memórias daquela época estão Genova, no século passado, entre
considerada a paróquia mais em todos os cantos da construção elas a do Cristo Crucificado é de
antiga da região, segundo conta o que pode acomodar mais de três uma riqueza de detalhes impres-
pároco Martinho Luiz Hartmann. mil pessoas. sionante. Assim como as estações
Ele que trabalha hoje com 22 O interior desse templo sa- da Via Sacra que adornam as
comunidades e quatro paróquias grado para os católicos apresenta paredes. Outro atrativo são os
está preparando uma grande diversas curiosidades ainda do vitrais, doados por famílias da
festividade para os 250 anos tempo do Império. A passagem cidade. Eles ornamentam toda a
da primeira missa. A festa será de Dom Pedro II e sua comitiva lateral da igreja trazendo luz e cor.
em julho no dia da padroeira e pela cidade de Castro em 1880 Em especial o vitral redondo que
deve reunir um grande número renderam além da importância fica na parte da frente inspirado
de pessoas de todo os Campos da visita alguns presentes que na Catedral de Norte Dá-me, de
Gerais. Estima-se que a cidade até hoje servem como atração Paris, ele tem a forma de rosa.
tenha perto de 71 mil habitantes, para estudantes, turistas e estu- )Já o sino de bronze, doado
sendo a maioria de católicos. diosos. Cinco lustres de cristal juntamente com os lustres por
“É um público grande dividido que ornamentam o teto da igreja D. Pedro II é considerado uma Casamento de Caru Biagi e Giovanni Oliveira
em pontos diferentes da cidade, seguem desde aquela época. verdadeira relíquia. Na época, o

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que exige bastante dedicação, e Apesar de terem sofrido uma sino que pesa 120 quilos exigiu Carla Mazzochin fazer a recepção no moinho da
para esta data em especial tão pequena mudança no visual, re- um trabalho minucioso e exaus- Castrolanda que também é um
importante para a cidade vamos tratam a suntuosidade do Brasil tivo para ser erguido e durante Além de atrair turistas pela lugar lindo e a matriz completou
caprichar”, diz ele. Império. As velas, que antes anos anunciou o início da missa herança cultural a Matriz de com muito mais beleza o nosso
iluminavam os rituais católicos e chamou fiéis para o compro- Castro também é procurada para grande dia”, disse ela.
Interior da Matriz foram substituídas por lâmpadas misso religioso. Mas acabou cerimônias de casamento de O que mais a impressionou
A igreja é um ponto de refe- mais modernas, mesmo assim os sendo substituído por causa de moradores de cidades vizinhas. para fazer esta opção, segundo
rência histórico e um pilar de arte lustres continuam com a mesma uma rachadura. Hoje se encontra Segundo o pároco, Martinho Luiz ela foi o altar. Com um estilo
Hartmann de cada dez casamen- próprio mais rock in roll ela que
tos realizados, pelo menos dois até hoje fica impressionada com
são noivos de outra cidade. Há a beleza das fotos e vídeos que o
dois anos quando decidiu casar local proporcionou.
a empresária Caru Biagi que Para ela que trabalha com
trabalha com cerimoniais e mora cerimonias de casamento a igreja
em Ponta Grossa, optou casar é uma das mais belas da região.
em Castro. “Escolhi a matriz Desde que começou neste ramo
de Castro porque achei a igreja já organizou pelo menos seis
maravilhosa. Eu queria muito casamento em Castro.

No silêncio de
uma das torres
Do alto o relógio controla e dá caso com martelos que ao bater
ritmo à cidade. Da torre esquerda nos sinos provocam o som”.
da Matriz viu durante todos esses Por uma porta que dá acesso
anos a frenética mudança no à escadaria da torre, o dentista
comportamento dos moradores e sobe por uma escada estreita e vai
se mantém sempre pontual. Esse até um patamar de madeira onde
tesouro que veio da Alemanha em há um buraco retangular no chão.
1913, graças a uma campanha Por ali, passam três pesos que
realizada pelo maestro Benedi- movem o relógio e uma manivela
to Alves Pereira é tratado com puxa um peso de cada vez, o que
carinho há décadas pela família controla a marcação das horas.
Ávila. Seu Edison José Ávila faz Nos quartos de hora as batidas
a manutenção do relógio há mais são mais graves e a hora cheia
de 20 anos, um oficio que herdou tem o som mais agudo. Ao lado do
do seu pai que durante décadas relógio numa espécie de armário,
dava assistência para que ninguém fica a máquina que mantém os
perdesse a hora. ponteiros.
Dentista de profissão seu Seu Edison, o guardião das
Edison de 80 anos uma vez por horas já vê a continuidade do seu
semana, deixa o consultório e sobe trabalho no filho José Carlos que
na torre para dar corda no relógio. também é dentista. Mas, como às
“Meu pai cuidou deste relógio com vezes eles viajam juntos foi preciso
muito carinho desde a década de que outra pessoa ajudasse no ofí-
30 e em respeito a ele vou conti- cio, então seu amigo César Vilela
nuar até quando me for permitido acabou aprendendo o ofício e hoje
cuidar deste patrimônio cultural da também contribui para que as
cidade”, destaca ele que descreve horas sigam o ritmo certo e assim
como faz esse trabalho. “O traba- eles garantam que as badaladas
lho é rápido, dura apenas uns 15 orientem moradores e turistas
minutos e o funcionamento é igual sem que ao menos precisem olhar
ao do relógio cuco, só que neste para os ponteiros.
TERRAS CASTRENSES E SEU 'OURO BRANCO'
Cidade é a maior produtora de calcário
Castro é a
Divulgação

cidade que mais Divulgação

produz calcário
no Brsasil

LUANA DIAS
ESPECIAL PARA PÁGINA UM

E por falar em números,


vale destacar que a cidade de
Castro é a maior produtora de
calcário agrícola da América
Latina. Sozinha a atividade é
responsável pela geração de Jan Petter
pelo menos 250 empregos
diretos e por contribuir com Itatinga trabalha atualmente com uma única jazida
a economia local, com R$ 50 Divulgação

milhões em faturamento ao
ano, considerando só o valor Divulgação

do produto.
A exploração do minério
em Castro ocorre através de
três empresas, e só a Calpar,
que é a maior delas na cidade
e a maior indústria de calcário
agrícola do Brasil, já tem 50
anos de extração. Sua principal
jazida já atingiu a capacidade
de produção de 1.800.000
toneladas / ano. E, segundo
Marcos Bertolini, um de seus
sócios-proprietários, ainda há
matéria-prima disponível para Marcos Bertolini
mais pelo menos 50 anos de
atividade. “O afloramento de Mina da Calpar surpreende pelo seu tamanho
calcário que existe na região
é muito extenso. Para se ter esse período pode ser ainda segunda maior do setor em (diferenciado por originar-se diretor da mineradora, juntas
uma ideia, as duas margens do maior”, explica Marcos. Ao Castro, em termos de capa- de pedras macias e com mais as duas minas têm capacidade
Rio Ribeira têm uma ocorrên- todo, a mineradora emprega cidade produtiva. Atualmente umidade). de extração para mais de 100
cia de calcário muito grande, hoje cerca de 150. a empresa gera 40 empregos Segundo Jan Petter, que é anos de atividade. Além disso,
portanto, na unidade que nós Sucessora da antiga Pa- diretos, só no processamento proprietário da mineradora, a vem investimento mais, com
já exploramos, sem dúvida domar (que iniciou suas ati- dos dois tipos de calcário que empresa trabalha atualmente foco em ampliação e qualida-
tem minério para mais meio vidades em 1968), a Itatinga extrai – o calcário dolomítico com uma única jazida, que de produtiva. “No início de
século de trabalho, sendo que Calcário e Corretivos é a seco, e o calcário tipo friável possui dois pontos diferentes 2018 a Kraemer adquiriu um
de extração. A capacidade equipamento para ampliar sua
de produção total é de 2.000 produção, tendo um melhor
toneladas/dia. beneficiamento do minério
A previsão do empresário é em termos de qualidade de
de pelo menos mais 200 anos processo e granulometria do
de trabalho no local. “A área calcário. Esse equipamento é
da qual estamos falando tem algo inédito entre as empre-
uma reserva muito grande, por sas produtoras de calcário da
isso é possível falar em longo região dos Campos Gerais”,
período. Apesar de que é pre- destaca Amandio.
ciso considerar que a atividade Ainda no setor de fertiliza-
de extração de calcário é uma ção do solo, a empresa também
atividade para ser pensada em vem ampliando suas ativida-
longo prazo, porque diferente des. É o que explica o diretor
de uma árvore, por exemplo, é da mineradora. “Confiante na
um produto que nunca mais irá evolução do agronegócio no
crescer no local de onde é tira- país, a Kraemer iniciou fabri-
do, não se regenera, e quanto cação de fertilizantes foliares
mais se tira, mas ele encarece, especiais com fábrica e marca
portanto, é preciso pensar em própria, a KraFF Fertilizantes.
longo prazo e em um planeja- O projeto vem sendo executado
mento que não prevê baixar o desde 2015”, finaliza.
preço para vender mais, mas
sim na manutenção da ativi- Necessidade, logística
dade e dos preços de forma e qualidade
que permita a lucratividade ao O calcário produzido em
longo prazo, para o negócio ser Castro chega também às terras
saudável”, explica Petter. paraguaias, além de abastecer
Somando 40 anos entre regiões do Paraná e dos esta-
a atividade extrativista e ex- dos do Mato Grosso do Sul e
periência acumulada também São Paulo. De acordo com Jan
na aplicação do calcário, a Petter, que também é presiden-
castrense Kraemer Corretivos te do Sindicato das Indústrias
e Fertilizantes também está de Extração de Mármores
entre as tradicionais do esta- Calcários e Pedreiras do Para-
do no setor. Hoje a empresa ná, o sucesso da atividade na
é responsável por empregar cidade está diretamente ligado
cerca de 60 colaboradores, à necessidade de correção dos
que se dividem entre as áreas solos da região e à logística
administrativa e operacional privilegiada.
- extração do minério, benefi-
ciamento e expedição. Divulgação

A capacidade atual de pro-


dução da mineradora, con-
siderando os dois pontos de
beneficiamento que dispõem, é
de mais de 600 mil toneladas
por ano.
Além da jazida que opera

5
em Castro, a de calcário do-
lomítico, situada no distrito
do Abapan, a mineradora
também possui uma jazida de
calcário calcítico na cidade
de Campo Largo. E, segun-
do Amandio Kraemer Neto, Amandio Kraemer Neto
ALÉM DE SEGUIR OS PASSOS DO COMPOSITOR
Maestro Paulo Torres divulga lá
fora as obras de Bento Mossurunga Divulgação

Paulo Torres é
Divulgação

Camargo Guarnieri e Bento


Mossurunga.
sobrinho-neto Uma de suas inúmeras con-
de Bento quistas se deu em 2014 quando
foi eleito para ocupar a cadeira
Mossurunga de número 16 daAcademia
Paranaense de Letras, onde o
próprio Bento Mossurunga, seu
tio-avô frequentou. Ao falar dele,
CARLA MAZZOCHIN Paulo Torres lembra que “na
ESPECIAL PARA PÁGINA UM cerimônia de posse falei sobre
sua trajetória como compositor
Entre os parentes próximos e apresentei duas de suas obras
do compositor Bento Mossurun- com a Orquestra de Câmara da
ga e que segue o gosto pela arte PUC PR”. Mas, ao longo de sua
da música está o sobrinho-neto- carreira o maestro executado
Paulo Sérgio da Graça Torres as obras do compositor Bento
Pereira (conhecido como Paulo Mossurunga, não somente no
Torres). Maestro e violinista Brasil, mas também internacio-
ele é nascido em Castro onde nalmente como na Rússia e em
morou parte da sua infância. vários outros países da América
Maestro Paulo Torres Maestro Bento Mussurunga
Na épocaseus pais queriam que e Europa.
ele fosse médico, mas seguindo muito cedo. Aos 17 anos já era que fosse estudar nos Estados nica de Caracas (na Venezuela) Amante da música desde
o coração preferiu desde muito primeiro violinista da orquestra Unidos onde tocou em diversos onde morou por seis anos. sempre o maestro encerra a
jovem a carreira de músico. O de óperas e, na sequência, teve grupos musicais e se graduou Entre as inúmeras apresen- entrevista falando que não se
que se deve muito a grande in- a mesma função na orquestra como bacharel em Educação tações em 1994 em Campos vê fazendo outra coisa e cita o
fluência musical familiar. ém de da cidade paulista de Campos Musical na Universidade Tec- do Jordão, o maestro apresen- filósofo chinês Confúcio: “esco-
seu tio-avô Bento Mossurunga do Jordão. A paixão pelo inglês nológica do Tennessee. Na tou repertório de composições lha fazer algo que ama e jamais
também seu pais e suas irmãs e uma apresentação brilhante sequência, fez mestrado e in- para cordas de Francisco terás de trabalhar um só dia em
tocavam instrumentos musicais. possibilitou um convite para gressou na Orquestra Filarmô- Mignone, Heitor Villa-Lobos, sua vida”.
“Sinto muito orgulho de ter mú-
sica de alta qualidade em minha
genética. Meus pais também
foram músicos. Meu pai, Eduar-
do Albuquerque Torres Pereira
foi Maestda Banda de Castro e
Teatro Bento Mossurunga deve
minha mãe toca piano atéhoje
aos seus 91 anos de idade. passar por reforma neste ano
Sinto que sua música não seja
muito divulgada, apesar de sua CARLA MAZZOCHIN do Cleilson Mascarenhas que compositor. maestro José Nunes.
altíssima qualidade”, declara o trabalha no teatro desde sua Sua experiência com a mú- Casou-se em 1924 e seis
maestro. A importância do ilustre e implantação, a agenda deste ano sica se deu ainda no ambiente anos depois retornou para Curi-
Hoje com 65 anos Paulo eterno morador de Castro, Bento ainda não foi aberta. Após 16 familiar, já que seu pai e irmão tiba com a família. Lá dirigiu
Mossurunga levou a comunidade anos, o teatro deve passar por tocavam viola e violão. Ainda um curso de música e trabalhou
Torres que se mudou para
a escolher seu nome para um dos uma reforma. O projeto ainda bem pequeno Bento aprendeu na Sociedade Musical Renas-
Flóem 2017, conta quais suas lugares mais queridos da cidade, está em processo de licitação, a tocar violinha sertaneja e cença. Ai fundou a Sociedade
atividades por lá. “Sou Minis- o antigo Cine Marajá. Localizado mas a previsão é de que as por- cresceu ouvindo os violeiros Orquestral Paranaense e passou
tro da Música nos hospitais no coração da cidade o prédio tas reabram em outubro com o populares e os escravos libertos a produzir teatro musicado e
AdventHealth Daytona Beach foi reinaugurado depois de uma telhado consertado e uma nova que moravam em uma colônia compor hinos e canções para
e AdventHealth Palm Coast. ampla restauração em 2003 pintura. O valor da obra depen- perto da sua casa. orquestras. Responsável pela
“Maestro de uma orquestra de e abriga hoje o Teatro Bento de ainda do orçamento que está Em 1895 Bento mudou-se criação da Orquestra Sinfônica
cordas, Spalla da Orquestra Mossurunga. Tombado pelo pa- sendo concluído. para Curitiba onde foi estudar do Paraná, o músico também é
trimônio histórico do município piano e violino no conservatório o compositor do Hino oficial do
Palm Coast Chamber Soloists
o prédio em capacidade para Maestro Bento Mossurunga de Belas Artes. Além de estu- Paraná, reconhecido oficialmen-
e primeiro Violino da Daytona 314 lugares e recebe produção Bento João de Albuquerque dar, trabalhava em uma loja de te em 1947.
Solisti”. Mas apesar de estar de dança, música, teatros e pa- Mossurunga nasceu em Castro chapéus e frequentava o Grêmio Mas se engana quem pensa
fora do Brasil ele confirma que lestras. Só no ano passado foram em 1879. Filho do tabelião João Musical Carlos Gomes, onde que Bento se dedicava apenas
fazendo parte da Orquestra realizados 150 eventos. Bernardes e Graciliana Reis de conviveu com compositores e a música erudita, ele também
Sinfônica do Paraná, onde atua O local que já recebeu gran- Albuquerque hoje ele nomina músicos da época. Dez anos tinha apreço por obras popula-
como Spalla, nome dado ao des nomes, como o ator Luiz ruas, teatro, escolas em todos depois foi para o Rio de Janeiro res, tanto que em suas criações
Mello, a madrinha do teatro os cantos do país. De grande onde atuou como violinista. constam sambas, tangos, choros

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primeiro violino de uma orques-
Louise Cardoso, o humorista importância para a música brasi- Prosseguiu seus estudos e in- e até marchinhas de carnaval.
tra e também como Maestro
Paulo Mixaria e tantos outros, leira Mossurunga, que na verda- tegrou a Orquestra do Centro Um dos maiores cantores da
Adjunto. também conta com uma galeria de é o um apelido acrescentado Musical. Mas a carreira como alma paranaense silenciou em
Formado, pela Escola de para exposição de artistas locais no registro de nascimento era maestro começou a partir de outubro de 1970 em Curitiba
Música Belas Artes vinculada à e de toda a região. Segun- maestro, pianista, violinista e 1916 quando foi auxiliar o aos 91 anos.
Universidade Estadual do Para-
ná, Paulo se tornou profissional

Que o Trabalho realizado até


aqui seja fonte de inspiração
para seguirmos em frente
com profissionalismo e a
certeza de que o futuro
nos reserva grandes vitórias.

Nós do Sindicato Rural


de Castro parabenizamos Parabéns Castro pelo
315 anos de História
a nossa cidade pelos
315 anos de História.
Viva Castro!
ÚNICO DO GÊNERO NO BRASIL
Museu do Tropeiro guarda memórias Divulgação

Só no ano
Divulgação

passado cerca
de 8 mil pessoas
conheceram o
rico acervo

Carla Mazzochin
Especial para Página Um

Das cidades do Paraná que


tem sua origem ou desenvolvi-
mento ligado ao tropeirismo,
Castro é a que possui o maior e
mais importante arquivo docu-
mental e peças originais deste
ciclo econômico. Em cima do Museu do Tropeiro visto do lado de fora Vestimenta típica do Tropeiro
lombo de mula, tropeiros des- Divulgação Divulgação

bravaram matas, enfrentaram


as intempéries da natureza,
para chegar ao destino, que
era o estado de São Paulo. O
município que hoje tem sua
economia baseada na agrope-
cuária e agricultura, nasceu da
rota de tropeiros no histórico
Pouso do Iapó. Áreas planas e
abundantes em pasto permitiam
que os tropeiros que percorriam
longas distâncias parassem no
local para descansar o rebanho.
Dessa forma, cada ponto de
parada da caravana fez surgir Amélia Podolan Flügel, coordenadora do Museu e historiadora Quarto utilizado pelos tropeiros
um pequeno povoado que mais
tarde transformou-se em Fre- eram de taipa-de-pilão, reves- até a altura das coxas e manta caram que foi necessário criar redes confeccionadas com taipa
guesia de Sant’Ana do Iapó, já tida com estuque de vigas em sobre os ombros, parece vir ao uma extensão do Museu, cha- de pilão. Também tem a Casa
que contava com uma capela, madeira e o telhado já em telha. encontro do turista, que entra mada Casa de Sinhara. Rece- Emília Ericksen, que abrigou o
um vigário, fazendas povoadas Parte dessa estrutura ainda é na sala onde estão expostas as beu esse nome em homenagem 1º Jardim de Infância do Brasil
e comércio. Mais tarde foi ele- original. “O prédio é histórico peças que fazem parte da lida do as mulheres que eram assim e a Fazenda Capão Alto que é
vada a Vila, até que chegou ao e o espaço é o único do Brasil dia a dia. “Essa roupa é típica chamadas pelas suas escravas. um Casarão do século XVII que
Município que hoje completa a conter peças originais usadas da época e além de protegê-los Por conta, das viagens dos ma- funcionou como um quilombo
315 anos. no ciclo do tropeirismo”, afirma fisicamente, também fazia uma ridos tropeiros, as mulheres as- onde escravos permaneceram
E toda essa história que du- Amélia. Só no ano passado distinção hierárquica entre os sumiam as funções masculinas e por mais de cem anos em regi-
rou do Século XVII ao XIX está cerca de oito mil pessoas entre componentes da tropa”, explica tomavam conta dos negócios e me de semi-liberdade.
guardada no Museu do Tropei- estudantes, turistas e pesquisa- à coordenadora. da casa. O local foi inaugurado
ro, que fica no centro de Castro dores passaram pelas salas que Em outra sala o conjunto em 2004, e retrata o ambiente
e é considerado o mais antigo do abrigam o acervo. São mais de usado para medir o peso de doméstico e o dia a dia nas fa- PROGRAME-SE
gênero no Brasil. Inaugurado em 2500 peças originais que vão produtos sólidos e líquidos, que zendas. A exposição conta com
1977, o Museu foi idealizado desde objetos de montaria, mobiliário da época, roupas de MUSEU DO TROPEIRO
eram utilizados no comércio
De 2ª a 6ª-feira
pela professora Judith Carneiro roupas até móveis. da época, é uma das mais im- cama, louças, roupas femininas,
das 8 às 17 horas.
de Mello que não mediu esforços portantes e históricas doações. utensílios domésticos e outras Aos sábados e domingos
para realizar seu projeto. Ela Peças curiosas As peças foram doadas pelo diversas outras peças. das 9 às 13 horas.
defendia que a cidade precisava Entre as peças estão o ves- imperador D. Pedro II em 1880 O prédio que hoje também Fone: (42) 2122-5534
de um local para guardar todas tuário típico e apetrechos como quando esteve em Castro. A faz parte do patrimônio his- Entrada de graça
essas memórias que hoje servem estribos, arreios, cangalhas e escrivaninha que pertenceu ao tórico é a segunda casa mais
de pesquisa para estudiosos instrumentos de trabalho deste tropeiro Bonifácio José Batista, antiga da cidade, tem seu CASA DE SINHARA
sobre o assunto. E também é pioneiro que desbravou o inte- primeiro registro em 1843. De 2ª a 6ª-feira das
o “Barão de Monte Carmelo”,
8 às 17 horas.
um dos pontos turísticos mais rior do país. “Cada uma das também faz parte da rica e Tanto o Museu do Tropeiro
Fone: (42) 2122-5534
visitados da cidade. peças tem uma história única já diversificada coleção. Na área quanto a Casa de Sinhara são Entrada de Graça
A historiadora e coordena- que trazem um recorte daquele externa do museu foi construído administrados pela Prefeitura
dora do Museu, Amélia Podolan tempo e fazem parte do cotidiano um prédio anexo, que abriga a e passaram recentemente por CASA DA PRAÇA
Flügel, conta que a casa onde dos sítios e fazendas da região”, biblioteca do Museu do. uma restauração. Praça Sant’Ana do Iapó, 10
fica o Museu também é histórica diz a coordenadora do Museu. Tropeiro, um espaço peque- Fone: (42) 3906-2128
A casa é a mais antiga da cidade “As pessoas se identificam com no, mas com uma boa variedade Outros pontos culturais
fato que pode ser comprovado a história do município. Muitas Outros locais da cidade que CASA EMÍLIA ERICKSEN
de documentos e livros que
Rua Dr. Jorge Xavier da Silva

7
em uma aquarela pintada por são descendentes de tropeiros e registram a época e atende também valem ser visitados é
(antiga Rua das Tropas)
Debret em 1827. Neste qua- trazem seus filhos e netos para estudantes e pesquisadores de a Casa da Praça que sempre Fone: (42) 3906-2127
dro a casa aparece no plano de que conheçam suas raízes”, todo o país. está com exposições de arte
fundo da obra da Igreja Matriz. comenta Amélia Flügel. permanente e temporárias. A Fazenda Capão Alto
A casa em estilo colonial rústico A figura de um homem em Casa de Sinhara casa foi construída em 1870 e Colônia Castrolanda
era de propriedade da família tamanho natural com o chapéu As doações da comunidade restaurada em 2000. Em sua Fone: (42) 3232-5856 /
Carneiro Lobo. As paredes de feltro, botas de couro flexível e de personalidades se multipli- construção apresenta ainda pa- (42) 9109-5999

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