Ricardo Francisco Rodrigues Silva

Nº22 11ºC

 Questionário Ega e Raquel Cohen

1. Ega encontra-se profundamente deprimido, exprimindo uma nostalgia profunda pela época em

que ainda mantinha uma relação com Raquel Cohen.
1.1 Ega manifesta estas emoções porque ainda amava Raquel Cohen. No entanto, a relação adúltera
que mantinha com ela fora descoberta pelo seu marido, tendo os amantes, consequentemente, sido
forçados a separar-se.
2.
2.1 Nesta afirmação, temos duas metáforas («auréola de amante» e «mar de leite das
confidências vaidosas»), bem como uma hipálage («confidências vaidosas»). Ambas têm o objetivo
de mostrar que, a Ega, o facto de ter conquistado Raquel Cohen proporcionava um enorme
sentimento de orgulho e de vaidade, que ele exibia com deleite.
3. Podemos verificar que esta relação é influenciada pelo Romantismo, em primeiro lugar, pelo
facto de os sentimentos dos amantes se sobreporem às normas sociais. Com efeito, ao envolverem-
se numa relação adúltera, Ega e Raquel mostram a supremacia dos sentimentos e da liberdade
individual em relação às convenções da sociedade da época. Em segundo lugar, a própria forma
como se vai desenrolando a relação amorosa é também influenciada pelo Romantismo: os
amantes começam por trocar ocultamente cartas em livros emprestados, nas quais ela assinava
com um nome falso; em seguida, o primeiro beijo é conquistado por Ega quando ambos
se encontravam próximo de Jacob Cohen; os amantes encontram-se num cemitério, locus
horrendus marcadamente romântico; finalmente, o facto de terem encontros ilícitos num
refúgio amoroso.
4. O efeito de cómico visa quebrar o tom trágico criado pelo desgosto amoroso de Ega, de modo a
evitar que a narração caia num sentimentalismo exacerbado. Com efeito, a curiosidade
quase científica demonstrada por Craft em relação ao relato feito por Ega, bem como o facto de este
se encontrar ébrio, cair no chão e acariciar Carlos como se de Raquel se tratasse investem
esta situação dramática de um tom caricatural.