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DIAGNÓSTICO SOCIAL

DO MORRO DO ESTADO

Dezembro de 2006

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FICHA TÉCNICA

Coordenação Geral do Projeto Mário Pires Simão

Equipe Técnica
Equipe de Campo
Marcos Willian Cabral Hiath
José Wilson de Abreu Martins
Aparício Arruda Viana
Alberto Luiz Vieira da Costa

Equipe de Elaboração da Análise


Dalcio Marinho Gonçalves
Débora Santana de Oliveira
Wellen Lyrio Souza Junior

Equipe de Recenseadores
Ângelo da Silva Rodrigues
Cláudia Baltazar Ferreira
Fabiane dos Santos Rodrigues
Fabrícia Barbosa Lourenço
Fernando Luis da Silva Pereira
Geovana Silva Conceição
Ingrid Nogueira Nascimento
Irinéia de Souza Conceição
Marisete Silva da Conceição
Ronaldo Barbosa Martins
Equipe de Digitadores
Alex Conceição da Rosa
Hélio Ricardo B. da Silva Junior
Joelma da Conceição A. Baltazar
Willian Rocha da Conceição

2
SUMÁRIO
CAPA ...............................................................................Erro! Indicador não definido.
FICHA TÉCNICA............................................................................................................ 2
SUMÁRIO........................................................................................................................ 3
ÍNDICE DE TABELAS E GRÁFICOS ........................................................................... 4
APRESENTAÇÃO........................................................................................................... 6
APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ......................................................................... 7
DIAGNÓSTICO............................................................................................................... 9
JUSTIFICATIVA DO PROJETO .................................................................................... 9
A CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO ...................................................................... 12
O LEVANTAMENTO DE CAMPO.............................................................................. 15
RESULTADOS DA PESQUISA DO UNIVERSO DE DOMICÍLIOS ........................ 16
1 - Entrevistas realizadas ............................................................................................ 16
2 – Comentários Gerais .............................................................................................. 18
2.1 - Características gerais da população residente .................................................... 18
2.1.1 – População de 0 a 6 anos.................................................................................. 19
2.1.2 – População de 7 a 14 anos................................................................................ 20
2.1.3 – População de 15 a 24 anos.............................................................................. 22
2.1.4 – População de 25 anos e mais .......................................................................... 25
2.2 – Situação de trabalho dos responsáveis pelos domicílios ................................... 25
2.3 – Ramo de ocupação............................................................................................. 29
2.4 – Rendimento........................................................................................................ 31
RESULTADOS DA PESQUISA AMOSTRAL ............................................................ 36
APRESENTAÇÃO INICIAL DA AMOSTRA ............................................................. 36
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MORADORES ................................................. 37
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS................................................... 38
SITUAÇÃO E AVALIAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA URBANA ......................... 42
TRABALHO E RENDA ................................................................................................ 46
EDUCAÇÃO .................................................................................................................. 50
CONDIÇÕES DE SAÚDE............................................................................................. 51
PRÁTICAS SÓCIO-CULTURAIS ................................................................................ 52
ANEXOS ........................................................................................................................ 57
Formulário da Contagem Geral .................................................................................. 57
Formulário da Pesquisa Amostral .............................................................................. 61
Mapas ......................................................................................................................... 74

3
ÍNDICE DE TABELAS E GRÁFICOS
Gráfico 01 ....................................................................................................................... 17
Tabela 01 – População residente no Morro do Estado por sexo, 2006. ......................... 18
Tabela 02 – Estrutura etária da população residente no Morro do Estado, 2006. .......... 18
Tabela 03 – Responsáveis por domicílio em Niterói e no Morro do Estado por sexo. .. 18
Tabela 04 - Características gerais da população de 0 a 6 anos residente no Morro do
Estado, 2006 ................................................................................................................... 19
Gráfico 02 ....................................................................................................................... 19
Gráfico 03 ....................................................................................................................... 20
Tabela 05 - Características gerais da população de 7 a 14 anos residente no Morro do
Estado, 2006 ................................................................................................................... 20
Gráfico 04 ....................................................................................................................... 21
Gráfico 05 ....................................................................................................................... 21
Gráfico 06 ....................................................................................................................... 22
Tabela 06 - Situação escolar dos moradores de 15 a 24 anos......................................... 22
Gráfico 07 ....................................................................................................................... 23
Tabela 07 - Grau de escolarização dos jovens de 15 a 24 anos residentes no Morro do
Estado não estudantes..................................................................................................... 23
Gráfico 08 ....................................................................................................................... 24
Tabela 08 - Curso freqüentado pela população de 15 a 24 anos residente no Morro do
Estado. ............................................................................................................................ 24
Gráfico 09 ....................................................................................................................... 25
Tabela 09 – Responsáveis por domicílio segundo grupo etário e sexo. ......................... 26
Tabela 10 - Situação do trabalhador do sexo masculino segundo os grupos ocupacionais
........................................................................................................................................ 26
Tabela 11 - Situação do trabalhador do sexo feminino segundo os grupos ocupacionais
........................................................................................................................................ 27
Gráfico 10 ....................................................................................................................... 28
Gráfico 11 ....................................................................................................................... 28
Gráfico 12 ....................................................................................................................... 30
Gráfico 13 ....................................................................................................................... 31
Tabela 12 – Distribuição de rendimentos dos responsáveis por domicílios no Mo. do
Estado (R$) ..................................................................................................................... 31
Tabela 13 - Distribuição de rendimentos da população masculina responsável por
domicílios no Morro do Estado (R$).............................................................................. 32
Tabela 14 - Distribuição de rendimentos da população feminina responsável por
domicílios no Morro do Estado (R$).............................................................................. 32
Gráfico 14 ....................................................................................................................... 33
Gráfico 15 ....................................................................................................................... 34
Quadro 7: Características gerais dos moradores............................................................. 37
Quadro 1: Características gerais dos domicílios do Morro do Estado. .......................... 38
Tabela: Bens Existentes no domicílio ........................................................................... 41
Matriz 01: Indicadores de Infra-estrutura urbana em Niterói e no Morro do Estado..... 42
Quadro 2: Situação e avaliação da infra-estrutura dos domicílios no Morro do Estado. 42
Quadro 3: Avaliação de outros serviços urbanos, segundo os moradores...................... 44
Quadro 4: Ranking da avaliação dos serviços urbanos, segundo os moradores............. 45
Tabela: Situação de Trabalho e Renda dos moradores................................................... 46

4
Quadro 9: População estudante segundo o nível de ensino, em Niterói e no Mo. do
Estado. ............................................................................................................................ 50
Quadro 10: Características educacionais dos moradores ............................................... 50
Quadro 8: Condições de saúde dos moradores............................................................... 51
Quadro 6: Aspectos do acesso à informação e cultura. .................................................. 53
Quadro 11: Identidade e pertencimento.......................................................................... 54
Quadro 12: Territorialidade ............................................................................................ 55

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APRESENTAÇÃO

Este relatório apresenta os resultados do Censo Morro do Estado


realizado pelo Observatório de Favelas em parceria com a Caixa Econômica
Federal, SESC Rio de Janeiro e Prefeitura Municipal de Niterói. Trata-se de
uma pesquisa domiciliar do tipo censitária no bairro Morro do Estado, município
de Niterói.
A realização do Censo Morro do Estado e o sucesso desta pesquisa se
devem ao empenho dos profissionais do Observatório de Favelas, aos esforços
empreendidos pelas instituições parceiras e, principalmente, à comunidade
pesquisada.
A partir do material básico apresentado neste documento, faz-se
necessário um esforço no sentido de fazer os mais variados cruzamentos. A
equipe técnica envolvida na elaboração deste diagnóstico dedicar-se-á a partir
de agora na elaboração de cadernos de análise para permitir um mergulho
mais profundo sobre a realidade do Morro do Estado.

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APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O Observatório de Favelas do Rio de Janeiro é uma OSCIP


(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fundada em 2003. Em
2001, o Observatório de Favelas se constituiu como um programa do Instituto
de Estudos Trabalho e Sociedade – IETS, com o apoio institucional da
Fundação Ford. A partir de agosto de 2003, em função da ampliação
progressiva de suas ações, tornou-se uma entidade autônoma, estando
constituída como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público -
OSCIP.
A entidade é integrada por pesquisadores e estudantes vinculados a
diferentes instituições acadêmicas e organizações comunitárias. Seus
principais coordenadores são moradores ou ex-moradores da periferia do Rio
de Janeiro que atingiram uma formação universitária e conseguiram preservar
seus vínculos e identidades com o território de origem.
Ao contrário de outras entidades que atuam na “ponta”, e que têm como
estratégia central de atuação a oferta de produtos no campo da educação e
cultura, sobremaneira, para a população, o Observatório de Favelas tem como
estratégia fundamental a formulação, o desenvolvimento, o monitoramento e/ou
a avaliação de políticas sociais que possam se tornar políticas públicas, sendo
assumidas pelo Estado. E, para isso, a organização tem como princípio
metodológico o estímulo ao trabalho em rede, entendendo que essa é a melhor
forma de formular, implantar e difundir políticas sociais “exemplares” , no caso,
que podem servir como referência para a formulação de ações massivas;
abrangentes e regulares.
O melhor exemplo dessa proposição é o Programa “Conexões de
Saberes”: nascido em 2002, com o nome de Rede Pesquisadores
Universitários de Origem Popular, que contou com o apoio da Fundação Ford,
ele atingia 7 favelas cariocas e visava formar redes locais de jovens
universitários. Em 2003, o projeto foi desenvolvido em Niterói e São Gonçalo,
pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ). Em 2004 foi incorporado pela MEC, com o nome de
Conexões de Saberes, sendo desenvolvido em parceria com o Observatório de

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Favelas. Em 2005 foram 14 universidades federais envolvidas, com um
repasse de três milhões de reais. Em 2006, já são 31 universidades federais
integrantes do programa, em todas as unidades federativas e um repasse de
seis milhões de reais diretamente para as instituições. Esse programa já foi
incluído no Plano Plurianual do Governo Federal, o que garante sua realização
para o ano de 2007. Por esse empreendimento o Observatório recebeu, em
2005, o prêmio Tecnologia Social na área de Educação, da Fundação Banco
do Brasil.
No processo de construção de sua identidade institucional, o
Observatório de Favelas definiu como eixos centrais de atuação o trabalho com
três temas entrelaçados: Políticas Sociais; Violência Urbana, em particular a
letal, e Direitos Humanos; sendo os territórios populares o espaço privilegiado
de atuação nesses campos. Esses temas são desenvolvidos a partir de quatro
vertentes: a Formação de técnicos sociais nas comunidades populares; a
Produção de Informações sobre o espaço urbano, em particular os territórios
populares; a Comunicação, através de variadas linguagens, de estudos e
experiências desenvolvidas nos espaços populares; a Assessoria a grupos
comunitários locais, em especial na elaboração de diagnósticos sociais e
implantação de projetos de proteção à vida.

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DIAGNÓSTICO

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Nos últimos anos, desenvolveu-se na Região Metropolitana do Rio de


Janeiro um significativo conjunto de pesquisas e ações - encaminhadas tanto
por órgãos governamentais como por organizações da sociedade civil - visando
superar o quadro de segregação social e espacial que caracteriza a região.
Paralelo a esses esforços, todavia, continuou se fazendo presente um leque de
ações macrossociais que contribuíram, de forma significativa, para a
manutenção do histórico processo de exclusão social que se faz presente na
realidade da área em tela.
A principal conseqüência dessas políticas globais foi o agravamento das
contradições do espaço urbano metropolitano, com a multiplicação das
situações de violência - institucionais, legais, espaciais, sociais, profissionais,
educacionais, sexuais e outras - que se abatem sobre o conjunto dos seus
moradores, fenômeno reconhecido, inclusive, internacionalmente.
Essa situação paradoxal - ações pontuais de enfrentamento da
segregação, ao lado de políticas gerais que reforçam a exclusão - é
influenciada, também, pela fragmentação das iniciativas que são efetivadas nas
áreas populares visando ali ampliar as possibilidades de exercício da
cidadania. Mais grave, entretanto, é a ausência de um projeto de intervenção
nessas comunidades que tenha como premissa fundamental o reconhecimento
da ação cotidiana, criativa e complexa, efetivada pelos atores mais
interessados - no caso, os próprios moradores dessas áreas - no sentido de
melhorarem sua qualidade de vida e enfrentarem as dificuldades que lhe são
inerentes.
Na verdade, os cidadãos das comunidades populares da RMRJ
desenvolveram formas ativas e contrastantes para enfrentarem suas
dificuldades do cotidiano, de acordo com as trajetórias de cada localidade e
com a postura assumida pelas entidades comunitárias: seja através de uma
delimitação precisa dos espaços e dos vínculos estabelecidos na favela, do
exercício de formas sutis de enfrentar a violência criminosa e policial, seja

9
estabelecendo relações subservientes com órgão estatais que oferecem
serviços públicos nas localidades e relações clientelistas com políticos
fisiológicos; ou, muitas vezes, organizando iniciativas que permitiram o
encaminhamento de atividades culturais, educacionais e reivindicatórias com
ênfase na organização e envolvimento da população.
Inegável, portanto, é a riqueza de interpretações e respostas dos
moradores às condições de violências existentes nas várias localidades. Nesse
sentido, faz-se necessário romper com o discurso historicamente fundado
sobre a ausência - onde os moradores são percebidos e avaliados a partir das
referências e valores de grupos sociais estranhos àquela realidade e
sintomaticamente, normalmente dominantes das estruturas sociais formais.
Esse discurso se faz presente tanto em setores socialmente
progressistas como nos conservadores. Para os primeiros, os moradores das
comunidades são identificados como vítimas passivas - e intrinsecamente
infelizes - de uma estrutura social injusta, noção essa que gera a produção de
respostas insuficientes - e no limite também discriminatórias - ao discurso
conservador, que se alicerça na criminalização desses espaços e de seus
habitantes, em sua totalidade.
Com efeito, a imensa maioria dos projetos desenvolvidos nas favelas e
outros espaços populares são marcados pelo desconhecimento: dos interesses
dos moradores; de suas representações desses projetos e dos grupos que os
propõem; do sentido que atribuem à essas práticas e a respeito de sua
continuidade; das estratégias desenvolvidas pelos moradores para a superação
de suas dificuldades e, o mais grave, pelo significado que os moradores dão às
suas próprias vidas.
Seguramente, os moradores das comunidades populares não analisam
suas vidas a partir das noções de ausência e negação - assim como não
substantivam a violência como os setores médios -, mas levam em conta os
aspectos afirmativos, integrantes de sua cotidianidade. Na verdade, essas
pessoas inventam múltiplos mecanismos para terem uma vida cotidiana mais
feliz e intensa, em um quadro de dificuldades que não é ignorado, mas sim
enfrentado de forma criativa e, sem dúvida, muitas vezes sofrida.
A intervenção, portanto, nos espaços populares exige um conhecimento
sobre a realidade local muito mais abrangente do que tradicionalmente é

10
conseguido através de experiências como o Censo Nacional do IBGE. Há, nas
comunidades, um conjunto de especificidades que exige um trabalho de
investigação de maior capilaridade e capacidade interpretativa. Com efeito,
apesar das distintas iniciativas públicas e privadas de “penetrar” na realidade
contraditória das favelas, a disparidade entre os dados que subsidiam essa
intervenção e o conhecimento preciso da realidade local dificultam,
sobremaneira, a conquista dos resultados esperados.
Esse nível precário de informações, expressa-se, por exemplo, na
diversidade de números a respeito da totalidade da população das favelas. A
falta de precisão a respeito do aspecto mais elementar dentre as
características de um espaço habitacional determinado - o total de moradores e
domicílios - é um dos fatores que mais compromete a eficácia das ações
governamentais, comunitárias e/ou de empresas privadas nos espaços
populares.
Assim, o Projeto Estado Meu Lado, um diagnóstico social do Morro do
Estado: Quem somos, quantos somos e o que fazemos? visa superar um
conhecimento tecido, muitas vezes, sobre bases impressionistas e produzir
dados de maior confiabilidade sobre a realidade domiciliar, econômica, cultural,
e educacional sobre as duas comunidades vizinhas e as instituições (públicas,
privadas, empresas de diversos portes) nela presentes.
Além da produção e difusão dos dados, todavia, a ambição do projeto
permitiu que os moradores locais atuassem como pesquisadores. Assim,
aproveitando o progressivo ingresso de jovens locais no ensino médio e, em
menor dimensão, na universidade, contribuímos também para que eles
adquirissem instrumentos teóricos e metodológicos. Assim, eles puderam se
tornar produtores de conhecimentos científicos sobre o espaço local e,
futuramente, outros espaços populares. O diagnóstico buscou, nessa
perspectiva, fortalecer as redes sociais existentes no bairro, estimular a
reflexão sobre as condições materiais e culturais das comunidades e contribuir
para o fortalecimento de sua identidade.
Os dados gerados a partir do projeto, em particular pelo Censo
domiciliar, tornar-se-ão importantes insumos à iniciativa pública - em suas
diversas instâncias e ao conjunto das ações inseridas no espaço local. Outro
dos desdobramentos almejados nesse trabalho será, a partir do

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conhecimento/reflexão sobre a realidade do Morro do Estado, o estímulo à
articulação dos moradores e demais interessados (órgãos públicos, entidades
comunitárias e privadas) a fim de elaborar, em seminários específicos, o
documento-proposta Agenda Social do Morro do Estado.
Por fim, cabe ressaltar que o conjunto de produtos materializados no
empreendimento – em particular o Banco de Dados - ficará disponível ao Poder
Público, instituições acadêmicas e núcleo de pesquisas que demonstrem
interesse no projeto.

A CONSTRUÇÃO DO DIAGNÓSTICO

A materialização do projeto é fruto da necessidade, diagnosticada pelo


SESC, de mapear, sistematizar e analisar as características populacionais e
estruturais da comunidade do Morro do Estado. Na expectativa de viabilizar
essa demanda, o Observatório se propôs a coordenar um conjunto de ações,
de variados níveis de abrangência.
O primeiro procedimento quanto à organização do levantamento foi a
formação da equipe de profissionais. Montamos uma equipe técnica composta
por:
• Coordenação Geral
• Coordenação de Campo
• Supervisão do campo
• Supervisão da digitação
Estes profissionais foram selecionados a partir dos contatos com
entidades e/ou profissionais especializados no levantamento quantitativo de
dados já desenvolvidos pelo Observatório ou por algum de seus parceiros mais
constantes.
Após a formação da equipe técnica passamos para a formação da
equipe de recenseadores e digitadores, que foram selecionados a partir dos
contatos com instituições e lideranças que atuam no próprio Morro do Estado.
O recenseador é um elemento central na metodologia da coleta de campo.
Articula-se aqui dois princípios metodológicos valorizados pelo Observatório,
ou seja, a formação de uma rede de pesquisadores que estejam envolvidos na
produção da informação sobre os espaços populares e a possibilidade de que

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esses pesquisadores sejam de origem popular e encontrem no diagnóstico a
oportunidade de conhecer melhor sua localidade e de contribuir com sua
própria formação para que este lugar torne-se ainda melhor. A escolha de
moradores para tornarem-se os próprios articuladores da pesquisa também
tende a estimular o compromisso desses indivíduos com sua comunidade de
origem, potencializando as forças positivas da localidade e o alcance de
projetos dessa natureza.
A seleção dos recenseadores aconteceu a partir de uma lista de
pessoas indicadas pelas instituições presentes no Morro do Estado e do
próprio SESC. Dentre os critérios de escolha desses recenseadores e
digitadores os mais valorizados foram: a experiência em outros projetos
sociais, o conhecimento geográfico da comunidade e a disponibilidade para
encarar o desafio de dois meses de coleta incluindo sábados, domingos e
alguns feriados. Foram selecionados 14 moradores, sendo 10 destinados ao
levantamento de campo e 4 para a digitação. O processo consistiu em
entrevista e elaboração de uma redação sobre o projeto.
A fase seguinte foi o treinamento da equipe técnica. Essa formação –
dividida em momentos distintos – será fornecida à equipe de coordenação e
supervisão, à equipe de recenseadores e, finalmente, aos digitadores.
Simultaneamente ao processo de seleção e treinamento, a equipe
técnica dedicou-se ao levantamento das bases cartográficas que pudessem
servir de sustentação para o mapeamento da comunidade. Assim foram
utilizadas as bases cartográficas da Secretaria Municipal de Urbanismo da
Prefeitura Municipal de Niterói e uma atualização desse material elaborada
pela Empresa Águas de Niterói S.A. Com base nesse material, partimos para o
campo para a delimitação dos acessos, da regionalização utilizada pelos
moradores e para definição dos setores censitários que seriam aplicados no
levantamento. Cabe ainda destacar que esse processo de mapeamento da
comunidade não seria possível sem o auxílio prestimoso e dedicado dos
próprios moradores, em especial de Geovana Silva Conceição, que atuou
como recenseadora do projeto.
Os critérios de ordenação dos setores censitários foram as facilidades
existentes para o acesso, desenvolvimento e conclusão da coleta. Nesse caso,
uma combinação de critérios foi aplicada ao Morro do Estado, a saber: o

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número provável de domicílios e unidades comerciais, qualidade do
arruamento, tipos de residência e facilidade de acesso e a própria
regionalização utilizada pelos moradores.
A metodologia proposta visa permitir que a equipe responsável pelo
levantamento de dados vá se qualificando no processo de intervenção, criando-
se uma razoável correspondência entre as inevitáveis dificuldades objetivas e a
necessária eficiência subjetiva. Além disso, ela permite a dispensa da
intervenção-piloto, visto que as características do campo serão enfrentadas de
forma processual.
Concluída a formação da equipe e definida a ordenação das
comunidades, os procedimentos de coleta e sistematização dos dados foram
divididos em três etapas, a saber:
• Divulgação massiva do projeto.
• Levantamento dos dados.
• Digitação dos dados.
Na primeira etapa, foi realizada a sensibilização da comunidade sobre o
Censo. Feita de modo global, nela se utilizou como instrumentos de divulgação
faixas, cartazes e mensagens nos sistemas de som locais.
Ainda nesta etapa, foi realizada a divulgação via o contato singular e
massificado. Esse contato – que consiste na entrega de um folheto explicativo
sobre o censo em todas as unidades domiciliares e comerciais da comunidade.
Além disso, os próprios recenseadores e digitadores selecionados se
envolveram no processo de divulgação do projeto.
Na terceira etapa, foi encaminhado o processo de coleta dos dados.
A fim de desenvolver o levantamento, o Censo contou com a seguinte
equipe de campo:
10 recenseadores: responsáveis pela aplicação dos questionários,
contratados pelo período de 60 dias. Os requisitos a serem possuídos por
esses profissionais foram:
a) Escolaridade mínima: 3a série do Ensino Médio.
c) Disponibilidade de tempo para o trabalho.
d) Aprovação em prova de Redação e entrevista.

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2 Supervisores: Cada um deles será responsável pela coordenação das
atividades de campo de 05 recenseadores. Contratados pelo período de 90
dias. Os requisitos a serem possuídos por esses profissionais foram:
a) Moradia preferencial na comunidade beneficiada.
b) Escolaridade mínima: Ensino superior em curso
c) Disponibilidade de tempo para o trabalho.
d) Capacidade de coordenar equipe de trabalho.
Um Geógrafo: contratado pelo período de 120 dias, responsável pelo
mapeamento das atividades de campo, pela distribuição espacial dos técnicos,
pela orientação técnica direta aos supervisores de campo e contribuição na
formatação dos produtos finais do projeto.
A equipe de campo atuou em conjunto e em duas etapas: na primeira,
foi realizada a aplicação dos questionários do Universo domiciliar. Na segunda,
foi feito o levantamento dos domicílios comerciais e outras instituições que
atuam na comunidade – estatais, comunitárias, ONGs, religiosas, culturais,
esportivas e de lazer.

O LEVANTAMENTO DE CAMPO

A contagem geral foi iniciada em 25 de agosto de 2006 e finalizada no


dia 30 de setembro de 2006.
No que concerne ao processo de coleta de dados, propriamente dito, o
Censo foi desenvolvido a partir de níveis sucessivos e ampliados de
dificuldades. O objetivo, no caso, foi aprimorar sua metodologia e,
conseqüentemente, evitar erros de procedimento. Esse processo pode ser
definido como “particular e massificado”.
Assim, todo processo de coleta foi precedido de um treinamento e de um
pré-teste a fim de que a equipe pudesse se familiarizar com a metodologia de
campo. A coleta em si ocorreu através da intervenção de todos os
recenseadores em um mesmo setor censitário. A coordenação e a supervisão
de campo distribuíam o material de coleta ainda no SESC ou no ponto de
encontro do grupo (em frente à Associação de Moradores). Cada recenseador
recebia uma prancheta, caneta, um croqui para localizar-se na comunidade,
além do seu conjunto de formulários. Ao final da coleta do dia, o material era

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entregue ao supervisor de campo para que fosse conduzido para a digitação.
As pendências do campo, ou seja, domicílios que foram encontrados fechados,
formulários com problema de preenchimento da informação e as possíveis
dúvidas dos recenseadores, retornavam ao final da semana para serem
concluídas. A digitação, embora tenha sido planejada para acontecer
simultaneamente à coleta, foi iniciada duas semanas depois, passando logo a
acompanhar o ritmo do trabalho de campo. Realizado o trabalho, os técnicos
foram para outro Setor, e assim sucessivamente.
A pesquisa amostral foi iniciada em 20 de outubro e finalizada em 05 de
novembro. A amostra foi selecionada de forma aleatória, a partir do material
digitado. Assim, cada recenseador recebeu uma folha para lançamento dos
códigos das unidades domiciliares a visitar e o respectivo questionário para
efetuar a entrevista. Em campo, sob a orientação do supervisor de campo,
direcionava para os domicílios correspondentes em sua folha de lançamentos.

RESULTADOS DA PESQUISA DO UNIVERSO DE DOMICÍLIOS

1 - Entrevistas realizadas

No período de 25 de agosto a 30 de setembro de 2006 , foram


realizadas um total de 1427 entrevistas, sendo 1359 (ou 95%) válidas e outras
68 (5%) não respondidas pelos seguintes motivos: casa fechada (05), recusa
do morador (13) e casa vazia (50), conforme gráfico abaixo.

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Gráfico 01

Percentual da cobertura das Entrevistas realizadas no Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

1%
0% 4%

Realizada

Fechada

Recusada

Vazia

95%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Em relação à abrangência geográfica, utilizou-se a base operacional da


Prefeitura Municipal de Niterói, organizada pela Secretaria Municipal de
Urbanismo, delimitada e dimensionada com base nos setores censitários do
IBGE. A esta base geográfica acrescentamos uma franja de domicílios que se
situa entre a Rua Jornalista Moacir Padilha e a Rua Dr Araújo Pimenta.
Este tipo de pesquisa tem como objetivo efetuar o levantamento das
condições locais de vida nos domicílios e aspectos inerentes à realidade local
com uma maior riqueza de detalhes, levantando, inclusive, informações do tipo
qualitativa não coletadas nas contagens gerais da população realizadas
decenalmente. Deste modo, foi possível mapear múltiplos aspectos da
realidade social, econômica e cultural da área pesquisada.
Ressalte-se a importância deste tipo de iniciativa na atualidade, uma vez
que possibilita a reunião de um conjunto de informações atualizadas
decorrentes das transformações cotidianas que se operam nos territórios e nos
modos de organização da vida em sociedade. Em outras palavras, pode-se
dizer que a intensidade das mudanças ocorridas no cotidiano tende a introduzir
características distintas em diferentes localidades e populações, suscitando,
com isso, levantamentos estatísticos com menor periodicidade e, se possível,
específicos às distintas realidades. Este tipo de preocupação – atualização das

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informações estatísticas em diferentes escalas territoriais – constitui um grande
desafio a ser transposto pelas administrações locais, uma vez que estas
informações são imprescindíveis à orientação de políticas e fins de
planejamento.

2 – Comentários Gerais

2.1 - Características gerais da população residente

Tabela 01 – População residente no Morro do Estado por sexo, 2006.

Absoluto Percentual

Masculino 2132 47,8%


Feminino 2331 52,2%

Total 4463 100%


Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Tabela 02 – Estrutura etária da população residente no Morro do Estado, 2006.

Faixa etária Absoluto Percentual

De 0 a 6 anos 610 13,7%


De 7 a 14 anos 712 15,9%
De 15 a 24 anos 857 19,2%
De 25 a 59 anos 2035 45,6%
Mais de 60 anos 249 5,6%

Total 4463 100%


Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Tabela 03 – Responsáveis por domicílio em Niterói e no Morro do Estado por sexo.

Niterói* Mo. do Estado**

Absolut Percentua Absolut


o l o Percentual

Homem 93.086 64,7% 723 53,1%

Mulher 50.838 35,3% 638 46,9%

Total 143.924 100,0% 1.361 100,0%


Fonte: (*) IBGE 2002. organização: PMN – Subsecretaria de Ciência e Tecnologia

18
(**) Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

2.1.1 – População de 0 a 6 anos

Do total do grupo de crianças de 0 a 6 anos moradoras nos domicílios


(610), a maioria (93,3%) possui caderneta de vacinação e 61,3% estão
matriculadas em creches, conforme tabela abaixo e gráficos abaixo.

Tabela 04 - Características gerais da população de 0 a 6 anos residente no Morro do Estado, 2006

Quantidade de crianças de 0 a 6 anos que moram no domicílio 607 100,0%


Quantidade de crianças de 0 a 6 anos que não possuem Caderneta de Vacinação 38 6,3%
Quantidade de crianças de 0 a 6 anos que estão na creche ou na escola 374 61,3%
Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Gráfico 02

Percentual da população de 0 a 6 anos residente no Morro do Estado que possuem caderneta de vacinação,
2006.

6%

Quantidade de crianças
de 0 a 6 anos que não
possuem Caderneta de
Vacinação

Quantidade de crianças
de 0 a 6 anos que
possuem Caderneta de
Vacinação

94%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

19
Gráfico 03

Percentual de crianças de 0 a 6 anos residentes no Morro do Estado que estão matriculadas na


creche ou na escola, 2006.

Quantidade de crianças de 0 a 6
38% anos que estão na creche ou na
escola

Quantidade de crianças de 0 a 6
anos que não estão na creche
ou na escola

62%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

2.1.2 – População de 7 a 14 anos

Quanto à população de 7 a 14 anos (712) residente nos domicílios do


Morro do Estado, no que tange à freqüência escolar e à participação no
mercado de trabalho, os resultados obtidos foram os seguintes: 13,6% da
população desta faixa etária ainda se encontram fora da escola e 2,1%
trabalham (vide tabela e gráficos abaixo).

Tabela 05 - Características gerais da população de 7 a 14 anos residente no Morro do Estado,


2006

Quantidade de crianças de 7 a 14 anos que moram neste domicílio 712


Quantidade de crianças de 7 a 14 anos que não freqüentam a escola 97
Quantidade de crianças de 7 a 14 anos que trabalham 15
Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

20
Gráfico 04

Percentual de crianças de 7 a 14 anos residentes no Morro do Estado que freqüentam a escola,


2006.

14%

Quantidade de crianças de 7 a 14 anos


que não freqüentam a escola

Quantidade de crianças de 7 a 14 anos


que freqüentam a escola

86%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Gráfico 05

Percentual da população de 7 a 14 anos residente no Morro do Estado que trabalha, 2006

2%

Quantidade de crianças de 7 a 14
anos que trabalham

Quantidade de crianças de 7 a 14
anos que não trabalham

98%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

21
2.1.3 – População de 15 a 24 anos

O percentual da população analfabeta - que não sabe ler nem escrever -


neste grupo é de 1%, o equivalente a 12 pessoas do total dos 858 moradores
de 15 a 24 anos.

Gráfico 06

Percentual da população de 15 a 24 anos residente no Morro do Estado analfabeta, 2006

1%

Quantidade de moradores de 15
a 24 anos que sabem ler ou
escrever

Quantidade de moradores de 15
a 24 anos que não sabem ler ou
escrever

99%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

No que concerne à permanência na escola, os dados revelaram que dos


858 entrevistados 57,1% parou de estudar (vide tabela abaixo e gráfico
abaixo). Quase todos declararam ter passado pela escola, exclusive um total
de 04 pessoas.

Tabela 06 - Situação escolar dos moradores de 15 a 24 anos

Jovens que nunca estudaram 4


Jovens que pararam de estudar 490
Jovens que ainda estudam 364
Total 858
Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

22
Gráfico 07

Situação escolar dos moradores residentes no Morro do Estado na faixa etária de 15 a 24 anos,
2006.

0%

nunca
estudaram

42% pararam de
estudar

58% ainda estudam

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Quando se analisa a população do grupo que declarou ter interrompido


os estudos, nota-se que 30,1% não concluiu o segundo ciclo do Ensino
Fundamental. Daqueles que alcançaram o Ensino Médio, 25,1% conseguiram
concluí-lo contra 21,2% não concluintes. Observe a tabela e o gráfico a seguir.

Tabela 07 - Grau de escolarização dos jovens de 15 a 24 anos residentes no Morro do Estado não
estudantes

Não concluiu o primeiro ciclo do Ensino Fundamental 40


Concluiu o primeiro ciclo do Ensino Fundamental 16
Não concluiu o segundo ciclo do Ensino Fundamental 150
Concluiu o segundo ciclo do Ensino Fundamental 57
Não concluiu o Ensino Médio 106
Concluiu o Ensino Médio 125
Não concluiu a Graduação 3
Concluiu a Graduação 2
Total 499
Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

23
Gráfico 08

Grau de escolarização da população de 15 a 24 anos não estudante residente no Morro do Estado,


2006

1% 0% 8%
3% Não concluiu o primeiro ciclo do
Ensino Fundamental
25% Concluiu o primeiro ciclo do Ensino
Fundamental
Não concluiu o segundo ciclo do
Ensino Fundamental
Concluiu o segundo ciclo do Ensino
Fundamental
Não concluiu o Ensino Médio
31%
Concluiu o Ensino Médio

Não concluiu a Graduação

Concluiu a Graduação
21%

11%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

No que diz respeito à distribuição do grupo etário segundo os diferentes


graus de escolarização verifica-se que 40,4% da população de 15 a 24 anos
encontram-se cursando o Ensino Médio (regular, supletivo ou
profissionalizante) e 47,3% cursando o Ensino Fundamental (regular I, regular
II ou supletivo), como disposto na tabela e gráfico.

Tabela 08 - Curso freqüentado pela população de 15 a 24 anos residente no Morro do Estado.

Alfabetização de jovens e adultos 0


Primeiro ciclo Ensino Fundamental regular 19
Segundo ciclo Ensino Fundamental regular 102
Ensino Fundamental supletivo 63
Ensino Médio regular 141
Ensino Médio supletivo 8
Ensino Médio profissionalizante 8
Pré-vestibular 7
Graduação na área de humanas 20
Graduação na área de exatas 10
Graduação na área de saúde 5
Especialização (Pós-graduação latu sensu) 0
Mestrado ou doutorado 0

24
Outro 6
Total 389
Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Gráfico 09

Grau de escolarização da população de 15 a 24 anos estudante residente no Morro do Estado,


2006.
0% 0% 2%
1% 0% Alfabetização de jovens e adultos
3%
5%
5% Primeiro ciclo Ensino Fundamental
2% regular
Segundo ciclo Ensino Fundamental
2% regular
Ensino Fundamental supletivo
26%
2% Ensino Médio regular

Ensino Médio supletivo

Ensino Médio profissionalizante

Pré-vestibular

Graduação na área de humanas

Graduação na área de exatas

Graduação na área de saúde


36%
Especialização (Pós-graduação latu
16% sensu)
Mestrado ou doutorado

Outro

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

2.1.4 – População de 25 anos e mais

No que se refere à população residente de 25 anos ou mais, 189


indivíduos, ou 8,3% desta população, declararam não saber ler ou escrever.

2.2 – Situação de trabalho dos responsáveis pelos domicílios

Nesta variável foram encontrados grupos etários a partir de 15 a 24


anos. Estes, por sua vez, foram separados por sexo e subdivididos em 03
categorias, a saber:
• Jovens de 15 a 24 anos
• Adultos de 25 a 59 anos
• Idosos com mais de 60 anos.
De acordo com as informações geradas, verificou-se a seguinte
distribuição dos grupos de responsáveis pelos domicílios:

25
Tabela 09 – Responsáveis por domicílio segundo grupo etário e sexo.

De 15 a 24 anos De 25 a 59 anos Mais de 60 anos

Absoluto Percentual Absoluto Percentual Absoluto Percentual

Homem 61 53,0% 595 55,8% 67 37,4%

Mulher 54 47,0% 472 44,2% 112 62,6%

Total global 8,4% 78,4% 13,2%


Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Ao desagregarmos as informações segundo o sexo, foi possível


perceber algumas diferenças quanto à participação das populações masculina
e feminina como responsáveis pelos domicílios. A participação da população
masculina responsável pelo domicílio é maior que a feminina, nos grupos
etários de 15 a 24 anos e de 25 a 59 anos. No último grupo etário considerado,
dos maiores de 60 anos, a situação se inverte, com as mulheres representando
62,6%.
Outro aspecto relevante é o que se refere à ocupação dos grupos.
Dentre as categorias consideradas (vide tabelas 10 e 11), nota-se que a
maioria dos homens declarou possuir trabalho com carteira assinada nos dois
primeiros grupos; no terceiro grupo, predominam os aposentados e
pensionistas, seguidos daqueles que possuem carteira assinada. Também
convém chamar a atenção para o fato de que na segunda posição apareceram
aqueles que disseram trabalhar por conta própria e os sem carteira assinada.

Tabela 10 - Situação do trabalhador do sexo masculino segundo os grupos ocupacionais

15 a 24 25 a 59 mais de
Grupo ocupacional Total
anos anos 60 anos
01 - Trabalhador doméstico com carteira assinada 0 9 0 9
02 - Trabalhador doméstico sem carteira assinada 0 4 0 4
03 - Empregado com CT assinada 43 337 15 395
04 - Empregado sem CT assinada 9 76 3 88
05 - Empregador 0 1 0 1
06 - Cooperativado 1 3 0 4
07 - Conta própria / autônomo 4 86 9 99
08 - ONGs / associações 0 0 0 0
09 - Militar / Servidor Público 0 6 1 7
10 - Aposentado / pensionista 0 14 36 50

26
11 - Desempregado / sem trabalhar 4 58 3 65
12 - Outra 0 1 0 1
Total 61 595 67 723
Fonte: Observatório de Favelas - Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Na população feminina também foi majoritários o número de


trabalhadoras com carteira assinada; no entanto, na segunda posição
apareceram as aposentadas/pensionistas, seguidas das desempregadas –
onde os números absolutos são bem mais expressivos que os encontrados
para os homens. O destaque do número de desempregadas também aparece
ao se equiparar ao quantitativo de trabalhadoras domésticas – com e sem
carteira assinada –, vide tabela 11.

Tabela 11 - Situação do trabalhador do sexo feminino segundo os grupos ocupacionais


mais
15 a 24 25 a 59
Grupo ocupacional de 60 Total
anos anos
anos
01 - Trabalhador doméstico com carteira assinada 3 51 2 56
02 - Trabalhador doméstico sem carteira assinada 3 49 2 54
03 - Empregado com CT assinada 24 146 9 179
04 - Empregado sem CT assinada 4 59 6 69
05 - Empregador 0 0 0 0
06 - Cooperativado 0 0 0 0
07 - Conta própria / autônomo 1 45 2 48
08 - ONGs / associações 0 0 0 0
09 - Militar / Servidor Público 0 2 3 5
10 - Aposentado / pensionista 3 36 76 115
11 - Desempregado / sem trabalhar 16 82 12 110
12 - Outra 0 2 0 2

Total 54 472 112 638


Fonte: Observatório de Favelas - Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Os gráficos a seguir apresentam a distribuição das populações


masculina e feminina segundo os grupos ocupacionais.

27
Gráfico 10

Distribuição da população masculina do Morro do Estado segundo a situação de trabalho e grupos


ocupacionais, 2006.

Trabalhador doméstico com carteira


0% 1% assinada
9% 1%
Trabalhador doméstico sem carteira
assinada
7% Empregado com CT assinada

Empregado sem CT assinada


1%
Empregador

Cooperativado

14%
Conta própria / autônomo

Militar / Servidor Público


54%
Aposentado / pensionista
1%
0%
Desempregado / sem trabalhar

Outra
12%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Gráfico 11

Distribuição da população feminina do Morro do Estado segundo a situação de trabalho e grupos


ocupacionais, 2006.

0%
9%
17% Trabalhador doméstico com carteira
assinada
8%
Trabalhador doméstico sem carteira
assinada
Empregado com CT assinada

Empregado sem CT assinada

Conta própria / autônomo

18%
Militar / Servidor Público

28% Aposentado / pensionista

Desempregado / sem trabalhar


1%
Outra
8%

11%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Em linhas gerais, depreende-se que:


• Em relação aos responsáveis pelo domicílio, 53,1% são do sexo
masculino e 46,9% são do sexo feminino. Isso indica uma elevada
participação feminina na renda familiar;

28
• 12,9% dos responsáveis pelo domicílio estão desempregados.
Deste universo, 62,9% são do sexo feminino;
• Dos 638 responsáveis pelo domicílio do sexo feminino, 110
declararam trabalhar como empregada doméstica, ou seja,
17,2%;
• Dos responsáveis pelo domicílio, 13,2% possuem mais de 60
anos de idade. Destes, 62,6% são do sexo feminino;
• Dos responsáveis pelo domicílio, 147, ou seja, 10,8% declararam-
se autônomos;
• Dos responsáveis pelo domicílio, 165, ou seja, 12,1% obtêm
renda através de aposentadoria ou pensão. Destes, 69,7% são
do sexo feminino;
• Encontramos 157 responsáveis por domicílio que declararam
trabalhar, mas não possuir carteira assinada. Isso representa
11,5% dos responsáveis por domicílio. Se adicionarmos os
empregados sem carteira assinada e os trabalhadores
domésticos sem carteira assinada aos trabalhadores que atuam
em regimes de trabalho que provavelmente não prevêem carteira
assinada (cooperativado, autônomo, Ongs) e aos
desempregados, 541 responsáveis por domicílios não possuem
situação trabalhista considerada favorável, ou porque estão
desempregados ou porque não possuem proteção trabalhista
prevista na assinatura da carteira. Esse quantitativo significa
praticamente 40% do total de responsáveis por domicílio.

2.3 – Ramo de ocupação

Analisando, a ocupação das populações masculina e feminina segundo


o ramo de atividades, nota-se, que esta segue a tendência verificada em
âmbito nacional; ou seja, a maioria encontra-se ocupada no setor de serviços
(1094 pessoas) e comércio (162 pessoas). Convém destacar a maior
participação feminina no setor de prestação de serviços e menor nas atividades
comerciais, comparados com a população masculina (gráficos 11 e 12). Já o

29
setor de construção civil aparece como a terceira maior concentração
masculina (5%).

Gráfico 12

Distribuição da população masculina do Morro do Estado segundo o ramo de atividade, 2006.

0% 0% 1%
4% 5%
0% em branco

13%
Agrícola

Indústria

Construção civil

Comércio

Serviços

Militar

Órgão público

ONGs / associações

77%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

30
Gráfico 13

Distribuição da população feminina do Morro do Estado segundo o ramo de atividade, 2006.

0% 1%
0% 0%
0%
11%
em branco

3%
Agrícola

Indústria

Construção civil

Comércio

Serviços

Órgão público

ONGs / associações
85%

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

2.4 – Rendimento

Segundo a declaração dos responsáveis por domicílio, 85,5%


encontram-se na faixa de renda acima de meio a dois salários mínimos
(R$175,00 a R$700,00). Pouco mais de 3% declarou não possuir rendimento
atualmente.

Tabela 12 – Distribuição de rendimentos dos responsáveis por domicílios no Mo. do Estado (R$)

15 a 24 25 a 59 mais de % por
Rendimento Total
anos anos 60 anos sexo
01 - Até 175 reais 3 56 8 67 4,92
02 - mais de 175 até 350 reais 40 360 88 488 35,85
03 - mais de 350 até 700 reais 62 541 73 676 49,69
04 - mais de 700 até 1050 reais 2 54 6 62 4,55
05 - mais de 1050 até 1750 reais 1 15 2 18 1,32
06 - mais de 1750 até 2450 reais 0 3 0 3 0,22
07 - mais de 2450 até 3500 reais 0 2 0 2 0,15
08 - mais de 3500 reais 0 1 0 1 0,07
09 - sem rendimentos 7 35 2 44 3,23
Total 115 1067 179 1361 100
Fonte: Observatório de Favelas - Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

31
Enquanto 57,5% dos responsáveis por domicílio do sexo masculino
encontram-se na faixa de renda mais de um até dois salários mínimos, entre os
responsáveis por domicílio do sexo feminino, essa porcentagem cai para
40,7%. Situação oposta verifica-se quando atentamos para as faixa de
rendimentos inferiores a 1 salário mínimo, representando 51,1% das mulheres
responsáveis por domicílio e 31,7% dos homens. Tais distribuições denotam
uma sensível diminuição da renda por sexo, confirmando a tendência dos
menores vencimentos da população feminina verificada no mercado de
trabalho nacional.

Tabela 13 - Distribuição de rendimentos da população masculina responsável por domicílios no


Morro do Estado (R$)
15 a 24 25 a 59 mais de % por
Rendimento Total
anos anos 60 anos sexo
01 - Até 175 reais 1 28 3 32 4,43
02 - mais de 175 até 350 reais 17 161 19 197 27,25
03 - mais de 350 até 700 reais 39 339 38 416 57,54
04 - mais de 700 até 1050 reais 2 38 4 44 6,08
05 - mais de 1050 até 1750 reais 1 13 2 16 2,21
06 - mais de 1750 até 2450 reais 0 3 0 3 0,41
07 - mais de 2450 até 3500 reais 0 2 0 2 0,28
08 - mais de 3500 reais 0 1 0 1 0,14
09 - sem rendimentos 1 10 1 12 1,66
Total 61 595 67 723 100
Fonte: Observatório de Favelas - Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Tabela 14 - Distribuição de rendimentos da população feminina responsável por domicílios no


Morro do Estado (R$)

15 a 24 25 a 59 mais de % por
Rendimento Total
anos anos 60 anos sexo
01 - Até 175 reais 2 28 5 35 5,48
02 - mais de 175 até 350 reais 23 199 69 291 45,63
03 - mais de 350 até 700 reais 23 202 35 260 40,75
04 - mais de 700 até 1050 reais 0 16 2 18 2,82
05 - mais de 1050 até 1750 reais 0 2 0 2 0,31
06 - mais de 1750 até 2450 reais 0 0 0 0 0
07 - mais de 2450 até 3500 reais 0 0 0 0 0
08 - mais de 3500 reais 0 0 0 0 0
09 - sem rendimentos 6 25 1 32 5,01
Total 54 472 112 638 100
Fonte: Observatório de Favelas - Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Cabe ressaltar ainda que, conforme apresentado na tabela 03, a renda


familiar de 46,9% dos domicílios é proveniente, principalmente, dos

32
rendimentos auferidos pela população feminina. Outro dado relevante é o da
participação expressiva da população jovem - 15 a 24 anos - na composição da
renda familiar; estes chegam a um percentual de 8,4% (conforme demonstrado
na tabela 09). Os gráficos que se seguem apresentam a distribuição da
população, segundo o sexo, pelos rendimentos em salários mínimos em dados
percentuais.

Gráfico 14

Distribuição da população masculina residente no Morro do Estado segundo a faixa de rendimento


em reais, 2006.

0% 0% 0% 2%
2% 4%
6%
01 - Até 175 reais

02 - mais de 175 até 350 reais

27%
03 - mais de 350 até 700 reais

04 - mais de 700 até 1050 reais

05 - mais de 1050 até 1750 reais

06 - mais de 1750 até 2450 reais

07 - mais de 2450 até 3500 reais

08 - mais de 3500 reais


59%
09 - sem rendimentos

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

33
Gráfico 15

Distribuição da população do sexo feminino residente no Morro do Estado segundo a renda em


reais, 2006.
0% 0% 5%
0%
5%
0%
01 - Até 175 reais

3%
02 - mais de 175 até 350 reais

03 - mais de 350 até 700 reais

04 - mais de 700 até 1050 reais

05 - mais de 1050 até 1750


46% reais
41%
06 - mais de 1750 até 2450
reais

07 - mais de 2450 até 3500


reais

08 - mais de 3500 reais

09 - sem rendimentos

Fonte: Observatório de Favelas. Censo do Morro do Estado / Niterói, 2006.

Observando os dados do IBGE para o Censo 2000, veremos que pouco


mais de 52% dos responsáveis por domicílio em favelas de Niterói encontram-
se na faixa de renda que vai de mais de meio a dois salários mínimos. Ao
compararmos esse dado com os resultados encontrados pela pesquisa no
Morro do Estado, vemos que a situação se agrava, pois mais de 85% dos
responsáveis por domicílio declararam encontrar-se nessa faixa de renda.

34
Renda das pessoas responsáveis pelos domicílios - Niterói - 2000
Pessoas responsáveis pelos domicílios
Faixas de rendimentos Favelas Niterói
abs. % abs. %
até 1/2 salário mínimo 115 0,81 433 0,30
mais de 1/2 a 1 salário mínimo 3.473 24,50 12.259 8,52
mais de 1 a 2 salários mínimos 4.000 28,22 16.903 11,74
mais de 2 a 3 salários mínimos 2.028 14,31 12.110 8,41
mais de 3 a 5 salários mínimos 1.741 12,28 17.969 12,49
mais de 5 a 10 salários mínimos 879 6,20 29.637 20,59
mais de 10 a 15 salários mínimos 103 0,73 13.200 9,17
mais de 15 a 20 salários mínimos 35 0,25 11.920 8,28
mais de 20 salários mínimos 28 0,20 20.764 14,43
sem rendimento 1.771 12,50 8.729 6,07
total 14.173 100,00 143.924 100,00
Fonte: IBGE - Censo 2000
Organização: Observatório de Favelas

Esse quadro mostra-se ainda mais agudo quando comparamos com o


percentual encontrado para a cidade de Niterói, onde cerca de 20% dos
responsáveis de domicílio no município apontaram, no Censo 2000, estarem
nessa faixa de renda. Isso demonstra uma significativa diferença de renda
entre aqueles que residem em favelas e os que residem fora delas, em
especial, no Morro do Estado, por ser uma das comunidades mais antigas e
consolidadas da cidade e localizar-se em local privilegiado. O que poderia se
esperar um resultado melhor em vista da proximidade do centro de Niterói e do
Rio de Janeiro, onde provavelmente a oferta de trabalho é maior.

35
RESULTADOS DA PESQUISA AMOSTRAL

APRESENTAÇÃO INICIAL DA AMOSTRA

A amostra foi calculada a partir do número de domicílios encontrados no bairro


do Morro do Estado em levantamento censitário que a antecedeu. Tomando
como referência o universo de 1427 domicílios visitados, subtraindo-se os 66
domicílios encontrados vagos, chegamos a um total de 1361 domicílios com
entrevistas efetuadas.
A seleção da amostra ocorreu de forma aleatória, atingindo todos os setores
censitários estabelecidos no levantamento. O conjunto de informações que
serão apresentadas refere-se a um total de 305 domicílios visitados, o que
representa 22,4% do total do bairro. O erro amostral calculado é de 5 pontos
percentuais para mais ou para menos, considerando um intervalo de confiança
de 95%.
Os recenseadores foram orientados a entrevistar somente moradores que
pudessem fornecer as informações mais precisas sobre o domicílio visitado.
Assim crianças e adolescentes foram descartados como entrevistados e
privilegiaram-se os adultos, embora nem todos ocupassem a posição de
responsável pelo domicílio. Cabe ainda destacar que houve a orientação para
que as entrevistas fossem realizadas dentro de cada domicílio e
preferencialmente não fossem interrompidas, do mesmo modo que não era
permitido substituir domicílios visitados por outro seguinte, uma vez que a
amostra seguia sob intervalos de quatro domicílios conforme o material da
digitação.
Por fim, no decorrer do material veremos que um conjunto de informações
refere-se a todos os moradores dos domicílios visitados e as informações sobre
práticas culturais e sobre características gerais dos domicílios são aferições do
entrevistado.

36
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MORADORES

Quadro 7: Características gerais dos moradores.

Rio de Janeiro 78,0%

Ceará 8,5%

Paraíba 4,2%
Naturalidade
Minas Gerais 2,6%

Pernambuco 2,5%

43,2%
Parda
Auto-declaração da cor de
pele ou “raça” Branca 28,8%

Preta 22,6%

Católica Romana 46,5%

Crê em Deus, sem religião 23,4%


Religião
Evangélica Pentecostal 18,8%

Batista Tradicional 2,5%

64,7%
Solteiro(a)

Casamento no civil 9,6%


Estado civil
União consensual 9,4%

Casamento no civil e religioso 6,7%

Viúvo(a) 4,1%

Filho(a) ou enteado(a) 50,1%

Grau de parentesco com o


Cônjuge ou companheiro(a) 23,0%
responsável pelo domicílio
Neto(a) ou bisneto(a) 11,7%
Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

Os resultados encontrados na amostra sobre a naturalidade dos


moradores provavelmente fazem alusão ao fato da comunidade já estar
assentada há algumas décadas na região. Portanto, as famílias originárias de
outros estados do país já estão na segunda ou terceira geração. Ainda assim
encontramos um percentual significativo de moradores originários dos estados
do nordeste brasileiro. A partir de um olhar mais acurado que será lançado
sobre os dados nos cadernos de análise que sucederão esta publicação, é

37
provável que seja apontada uma distribuição bastante heterogênea desta
população nordestina, em vista da própria regionalização utilizada pelos
moradores, que chamam determinada região do bairro de Comando dos
Paraíbas, numa referência nítida aos nordestinos que ali residem.
Em relação à cor da pele, observamos que praticamente 70% da
população se auto-declara preta ou parda. Embora a auto-declaração da cor
seja utilizada por praticamente todos os órgãos de pesquisa, ela tem suas
limitações, porque não nos permite identificar claramente como esta questão
étnica é trabalhada pela população. O fato do número de pardos ser maior que
o número de pretos segue a média nacional, segundo a pesquisa nacional de
amostra domiciliar do IBGE (2000). O número de pretos (22,6%) e alto para a
média nacional, mas em se tratando do Estado do Rio de Janeiro, observa-se
uma presença maior dessa etnia.
No contexto da religião, o resultado difere bastante da média nacional.
Segundo IBGE (2000), pouco mais de 73% declararam-se professar a religião
católica. No Morro do Estado, esse número cai para 46,5%. Talvez isso possa
estar relacionado a presença significativa de instituições religiosas de outras
denominações na própria comunidade.
Os resultados encontrados sobre estado civil dos entrevistados não
permite muitas avaliações, uma vez que reúne todas as faixas de idade.
Cruzamentos posteriores poderão apontar para uma menor ou maior taxa de
união civil formalizada.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS

Quadro 1: Características gerais dos domicílios do Morro do Estado.

Tipo casa 99,3%

Uso exclusivamente residencial 97,1%

Construção através de autofinanciamento 74,1%

Posse de carnê de IPTU 1,6%

93,1%
Particular permanente
Espécie de domicílio
Particular improvisado 5,6%

80,0%
Próprio quitado

38
80,0%
Próprio quitado
Situação de domicílio

Alugado 7,5%
Escritura definitiva
Situação de domicílio
Documentação do imóvel Não possui 47,2%

Não sabe 33,4%

1 pavimento 68,5%
Quantidade de pavimentos das edificações
2 pavimentos 23,0%

Lajes 57,4%
Cobertura das edificações
Telhas de amianto 33,4%

Tijolo com embolso 52,5%

Paredes externas das edificações Tijolo sem revestimento 30,8%

Tijolo revestido 11,5%

Até 4 cômodos 46,9%


Quantidade de cômodos por domicílios
5 ou mais cômodos 51,8%

1 cômodo 43,3%
Quantidade de cômodos como dormitórios
2 cômodos 42,0%

Cimentado 80,3%

Asfaltado 11,2%

Terra/barro 5,3%

96,1%
Banheiros com uso exclusivo do domicílio
Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

O quadro sintético sobre as características gerais dos domicílios nos


permite tecer algumas considerações. Primeiramente observa-se que as
construções no Morro do Estado atendem basicamente a uso residencial. A
pouca expressão de outras formas de utilização dos domicílios, como uso misto
com empresa ou a presença de instituições variadas, pode estar relacionada à
significativa oferta de serviços e comércio externa à comunidade, uma vez que
está localizada nas proximidades do centro da cidade.
Os dois critérios básicos utilizados pelo IBGE para caracterizar uma
localidade como favela, ou como aglomerado subnormal, conforme chama, são
a questão da legalidade jurídica do terreno e a questão da conformidade com

39
os padrões urbanísticos. Em relação a isso, observamos que a maioria
significativa dos lotes da comunidade não é legalizada, bem como suas
construções, marcadas fortemente pela autoconstrução. A ausência de
documentação sobre a propriedade e do carnê de IPTU confirmam a situação
do não atendimento aos requisitos jurídicos. Apesar disso, as nossas
investigações sobre o terreno para atender ao trabalho de mapeamento da
comunidade nos levou a uma planta topográfica nos arquivos da Secretaria
Municipal de Urbanismo do Município, onde consta um projeto de loteamento e
de abertura de vias particulares de 1936. Segundo esta planta, toda a região,
que inclui os terreno situados entre as Ruas Fagundes Varella e São
Sebastião, estaria como espólio do Dr. Antônio Coutinho de Araújo Pimenta, e
seria objeto de loteamento. Provavelmente a ocupação regular atingiu apenas
o trecho da Rua São Sebastião, que embora esteja no perímetro do Morro do
Estado, não foi adicionada ao projeto.
No que diz respeito à conformidade com os padrões urbanos, os
terrenos do bairro são majoritariamente irregulares, as vias de acesso são
praticamente constituídas por becos e vielas, não permitindo a passagem de
veículos e boa parte das construções domiciliares se enquadram no modelo
tipicamente atribuído à favela, ou seja, cobertura em laje e paredes revestidas
com embolso. Em relação à tendência de verticalização verificada nas favelas,
em especial da cidade do Rio de Janeiro, observa-se que praticamente um
terço dos domicílios possuem mais de um pavimento. Assim ainda que não
possamos falar de um processo de verticalização, se quase 60% dos domicílios
possuem cobertura em laje, podemos estar diante das bases para que esse
processo se efetive no bairro, dependendo do incremento populacional nesta
região.
Em relação às condições domiciliares, este quadro preliminar
aponta que praticamente metade dos domicílios possui apenas um cômodo
como dormitório. Se tomarmos a média de habitantes por domicílio encontrada
a partir da contagem do universo, ou seja, de 3,28 hab/dom, veremos que é
significativo o número de famílias em que os residentes compartilham de um
único dormitório. Nesse caso, em se tratando de famílias nucleares, podemos
deduzir que o casal tenha compartilhe do dormitório com o(s) filho(s).

40
Tabela: Bens Existentes no domicílio

Acesso a bens de consumo em Niterói 1991 2000

Geladeira 94,4 98,9

Televisão 94,4 99,0

Telefone 41,6 67,1

Computador S / inf. 34,4

Fonte: PNUD/IPEA/IBGE/FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO 2003.


Organização: PMN/Subsecretaria de Ciência e Tecnologia 2003

Acesso a bens de consumo no Morro do Estado Amostra


(2006)

Possuem televisão 98,0%

Possuem geladeira 97,7%

Telefone móvel de cartão 63,5%

Telefone fixo 56,7%

Aparelho de Som ou rádio 85,9%

DVD 64,3%

Computador 12,5%

Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral /


Realização: Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, 2006.

Pouco mais da metade dos domicílios da amostra possui telefone fixo


instalado: 56,7%. O percentual de domicílios com telefone celular é maior, com
forte predomínio dos planos pré-pagos: 63,5% utilizam celular de cartão e
5,6%, de conta pós-paga.
O DVD player ocupou o lugar do vídeo-cassete: 64,3% dos domicílios da
amostra estão equipados com este aparelho. O vídeo-cassete aparece em
menos de um terço dos domicílios da amostra, 29,8%.
O aparelho de som ou rádio está presente em 85,9% dos domicílios da
amostra, enquanto 98,0% dos domicílios possuem televisão.

41
A amostra indica que a TV por assinatura é um item raro de consumo:
apenas 1,0% dos domicílios dispõem deste serviço. A utilização de antena
parabólica também é restrita: apenas 1,6% dos domicílios têm este
equipamento.
Assim como o aparelho de televisão, o fogão e a geladeira são bens de
consumo amplamente utilizados: respectivamente, 99,0% e 97,7% dos
domicílios possuem esses artigos.
A posse de computador é limitada, 12,5%, enquanto para o município,
segundo tabela anterior da Subsecretaria de Ciência e Tecnologia (2003), o
percentual alcança 34,4%. Dos domicílios com computador, 57,9% estão
equipados para conexão na internet, o que corresponde a apenas 7,5% dos
domicílios da amostra.

SITUAÇÃO E AVALIAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA URBANA

Matriz 01: Indicadores de Infra-estrutura urbana em Niterói e no Morro do Estado.


% de domicílios com % de domicílios com % de domicílios com % de domicílios
abastecimento de esgoto sanitário serviço de coleta de com serviço de
água (1) adequado (2) lixo (3) energia elétrica

Niterói* 98,0 73,0 96,9 100,0

M. do Estado** 97,1 96,1 86,2 89,8


Fontes:
(*) IBGE- Censo demográfico 2000. Organização: PMN – Subsecretaria de Ciência e Tecnologia 2003
(**) Diagnóstico social do Morro do Estado – Observatório de Favelas 2006.
Domicílios servidos pela rede geral de abastecimento de água canalizada;
Domicílios atendidos pela rede geral de esgotos ou fossa séptica;
Domicílios atendidos pelo serviço de coleta de lixo ou por caçambas.

Quadro 2: Situação e avaliação da infra-estrutura dos domicílios no Morro do Estado.

58,0%
Em pelo menos 1 cômodo
Canalização Apenas na propriedade 39,1%

Não canalizada 2,3%


Abastecimento
de água
Freqüência do abastecimento Duas vezes por semana 87,9%

Adequado 25,6%

Avaliação do serviço,
Bom, mas precisa ser ampliado 42,3%
segundo os moradores
Ruim, precisa ser melhorado 27,5%

Tipo Rede geral de esgotos 96,1%

42
Tipo Rede geral de esgotos 96,1%

Adequado
Bom, mas precisa ser ampliado 30,5%
21,3%

Avaliação do serviço,
Ruim, precisa ser melhorado 44,3%
Esgotamento segundo os moradores
sanitário
Coletado por serviço de limpeza 60,7%

Destino Coletado em caçambas 25,6%

Coleta de lixo Terreno baldio, logradouro ou 11,2%


encostas

Adequado 23,0%
Avaliação do serviço,
Bom, mas precisa ser ampliado 30,5%
segundo os moradores
Ruim, precisa ser melhorado 36,1%

Com medidor 89,8%


Tipo
8,9%
Sem medidor
Energia
elétrica Adequado 53,1%

Bom, mas precisa ser ampliado 36,7%

Ruim, precisa ser melhorado 6,20%


Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

Em relação aos serviços urbanos oferecidos no Morro do Estado,


podemos fazer algumas considerações, a saber:
• Em relação ao abastecimento de água, ao esgotamento sanitário
e à coleta de lixo, constata-se que a difusão da oferta do serviço
não pode ser confundida com a qualidade, ou seja, se o
abastecimento da água alcance praticamente todos os domicílios,
porém não chega em todos os cômodos destes ou mesmo dentre
dos domicílios; o esgotamento embora esteja presente em todas
os setores não atende mais pelo acréscimo de demanda; a coleta
de lixo fica restrita a alguns lugares;
• Observamos que com exceção do esgoto, os outros serviços
apresentam menor alcance na comunidade se compararmos com
os dados do município, o que pode apontar para a necessidade
de aplicação de mais recursos para dotar a região de melhor
infra-estrutura.

43
• Quase 9% dos domicílios possuem luz elétrica, mas não possuem
medidor. Enquanto cerca de 90 % o possuem. Mas esses
números podem não nos ajudam a revelar a quantidade de
domicílios que compartilham de um mesmo relógio e daqueles
que possuem ligações clandestinas;
• Embora os quatro serviços alcancem praticamente toda a
comunidade, na avaliação de pouco mais de um terço dos
moradores, estes serviços precisam ser melhorados ou
ampliados.

AVALIAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS URBANOS

Quadro 3: Avaliação de outros serviços urbanos, segundo os moradores.

Adequado 13,4%

Postos de saúde Bom, mas precisa ser ampliado 49,2%

Ruim, precisa ser melhorado 29,5%

28,9%
Bom, mas precisa ser ampliado
Creches públicas Não sabe / desconhece 25,9%

Inexistente 19,7%

33,8%
Escolas de Ensino Não sabe / desconhece
Fundamental
Bom, mas precisa ser ampliado 28,9%

62,0%
Escolas de Ensino Inexistente
Médio
Não sabe / desconhece 25,6%

Bom, mas precisa ser ampliado 41,3%


Segurança pública
20,7%
(polícia) Ruim, precisa ser melhorado

Não sabe / desconhece 19,7%

Adequado 31,5%
Iluminação das vias
públicas Bom, mas precisa ser ampliado 45,9%

Ruim, precisa ser melhorado 18,0%

Adequado 16,70%
Limpeza das vias
públicas Bom, mas precisa ser ampliado 29,20%

44
Ruim, precisa ser melhorado 43,60%

Manutenção de 63,00%
praças, árvores e Inexistente
jardins
Não sabe / desconhece 19,70%

Quadro 4: Ranking da avaliação dos serviços urbanos, segundo os moradores

15,7%
Iluminação pública
Serviços / Abastecimento de água 13,4%
equipamentos
urbanos Postos de saúde 9,2%
considerados de
melhor
atendimento Coleta de lixo 7,8%

Policiamento 6,7%

Postos de saúde 11,2%


Serviços /
Esgotamento sanitário 10,7%
equipamentos
urbanos
considerados mais Telefonia pública 9,2%
necessitados de
investimentos Escolas de Ensino Médio 7,5%

Abastecimento de água 6,8%


Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

No rol de serviços urbanos que são apresentados no quadro anterior (nº


?) encontramos serviços das mais distintas áreas, ou seja, os serviços de
educação, de limpeza urbana, de saúde, de segurança e de paisagismo.
Portanto é um leque relativamente grande de áreas para serem analisadas. Os
piores indicadores recaem sobre a limpeza de vias públicas, onde quase a
metade dos entrevistados classificou com ruim. A manutenção de praças,
árvores e jardins e escola de ensino médio são serviços inexistentes na
comunidade.
Numa análise mais geral destes serviços podemos apontar um limite na
qualidade e no alcance destes. A indicação de que os serviços precisam ser
melhorados atesta este limite.
Se utilizarmos o quadro a seguir como medida de comparação,
observamos que os mesmos serviços que ora são considerados de melhor
atendimento, constam na lista dos que necessitam de mais investimentos, ou
seja, esse dado revela a não uniformidade na distribuição e na qualidade dos

45
serviços oferecidos à comunidade. Assim é possível compreender que
serviços tão essenciais como o abastecimento de água e o atendimento de
saúde configurem nas duas listagens e que esses serviços sejam avaliados
como bons, mas precisarem de melhora ou ampliação.
Podemos seguir a mesma direção no que se refere ao
esgotamento sanitário. Praticamente todos os domicílios estão conectados a
rede oficial, porém esse serviço é um dos que recebe avaliação negativa,
precisando de mais investimentos no olhar dos moradores entrevistados.

TRABALHO E RENDA

Tabela: Situação de Trabalho e Renda dos moradores

Teve alguma atividade Sim 58,0%


remunerada em 2006

Não 40,3%

Sem rendimentos 40,4%

Rendimento mensal no
Mais de 175 até 350 reais 22,3%
trabalho principal

Mais de 350 até 700 reais 27,1%

Atividades remuneradas além sim 13,8%


da principal

Ramo da atividade principal Serviços 79,4%

Comércio 10,3%

Construção Civil 3,2%

Órgão Público 2,7%

Situação no trabalho principal Empregado com Carteira de Trabalho assinada 51,5%

Empregado sem Carteira de Trabalho assinada 21,2%

46
Conta própria / autônomo 10,0%

Não soube informar 9,3%

Instrumentos financeiros que Conta bancária 33,8%


possuem

Caderneta de Poupança 26,2%

Cartão de Crédito 43,3%

A quem recorre quando Parentes 45,2%


precisa de ajuda material

Ninguém 42,3%

Vizinhos / Amigos 5,9%

Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

Dentre os dados sobre rendimentos, podemos destacar que o percentual


de moradores sem rendimentos é o maior. Ainda sobre aqueles que possuem
renda, enquadram-se na faixa que vai de ½ a 2 salários mínimos. Essas
informações apontam para a necessidade de oferta de novas oportunidades de
trabalho e renda para os moradores da comunidade. Mesmo localizando-se ao
redor do centro comercial do município, encontramos um contingente muito
grande de moradores que sequer obtiveram rendimentos no ano de 2006.
Se considerados apenas os que tiveram algum tipo de rendimento
registrado, vê-se que 45,4% recebem no máximo um salário mínimo mensal.
Se o corte for deslocado para o patamar máximo de dois salários mínimos,
91,8% estão aí concentrados.
Entre os moradores selecionados na amostra, com exceção das
crianças, 42,4% não exerceram atividade remunerada em 2006. Este
percentual é quase idêntico ao de moradores que não possuem rendimentos
atualmente (40,4%).
A ligeira diferença entre esses dois percentuais se deve, por um lado, à
existência de uma parcela de inativos que recebe aposentadoria ou pensão,
tendendo a ampliar o contingente daqueles que não exerceram atividade
remunerada em 2006. No sentido inverso, deve-se considerar o fato de que

47
alguns dos moradores que não possuem rendimento atualmente chegaram a
exercer atividade remunerada em 2006.
13,8% dos entrevistados na amostra exercem outra atividade
remunerada além da principal. Menos de 10% deles exercem duas ou mais
atividades além da principal.
Na amostra, observa-se que entre os moradores que exercem alguma
atividade remunerada, 89,7% estão ligados ao setor de serviços e comércio.
Atividades relacionadas à construção civil absorvem somente 3,2% dos
moradores que trabalham e somente 1,8% trabalha na indústria. Cabe registrar
também que outros 2,7% trabalham em algum órgão público (embora a
atividade também possa contemplar o setor de serviços).
Na amostra, observa-se que entre os moradores que exercem alguma
atividade remunerada, 89,7% estão ligados ao setor de serviços e comércio.
Atividades relacionadas à construção civil absorvem somente 3,2% dos
moradores que trabalham e somente 1,8% trabalha na indústria. Cabe registrar
também que outros 2,7% trabalham em algum órgão público (embora a
atividade também possa contemplar o setor de serviços).
• Artesanato
• Atividades têxteis
• Atividades de metalurgia e serralheria
• Atividades de mecânica e elétrica
• Atividades de eletrônica e telemática
• Atividades comerciais
• Serviços administrativos, contábeis e jurídicos
• Serviços de saúde
• Serviços de alimentação e culinária
• Serviços de esportes e lazer
• Serviços de educação e cultura
• Serviços de construção civil (marcenaria, hidráulica...)
• Serviços militar e de segurança civil
• Serviços turismo e hotelaria
• Serviços domésticos
• Serviços “informais”

48
• Serviços urbanos
• Agrícola / pesca
• outros
As informações referentes aos moradores que exercem uma atividade
remunerada indicam que pouco mais da metade deles possui carteira assinada
– 51,5%. No município de Niterói, segundo o Censo Demográfico de 2000,
44,9% da população economicamente ativa (PEA) trabalha nessa mesma
condição.
Próximo também se encontra o percentual de empregados sem carteira
assinada, 21,9% na amostra do Morro do Estado e 18,6% em Niterói.
Porém, com relação aos autônomos (informais ou não) observa-se a
ampliação da diferença: aparecem na amostra do Morro do Estado
representam 10,0% dos moradores, enquanto em Niterói, o percentual chega a
21,3%.
São empregadores 2,5% dos moradores selecionados na amostra. Para
a PEA de Niterói, o percentual é de 5,6%.
Os cooperativados correspondem a apenas 1,7% dos moradores.
Embora mais da metade dos moradores com atividade remunerada
possua vínculo empregatício formal, o quadro de baixa remuneração se reflete
na posse ou disponibilidade de instrumentos financeiros: somente um terço dos
responsáveis pelos domicílios, 33,8%, possui conta bancária (se forem
considerados todos os moradores, espera-se uma redução ainda mais
significativa deste percentual).
Paradoxalmente, embora um contingente um pouco maior, 43,3%,
possua cartão de crédito, a eventual necessidade de empréstimo é geralmente
suprida por familiares, amigos e vizinhos: 51,4% dos responsáveis pelos
domicílios recorrem a este tipo de ajuda, tornando os citados entes seus
credores. Tal tendência parece guardar forte relação com o limitado percentual
verificado na variável “posse de conta bancária”.

49
EDUCAÇÃO

Quadro 9: População estudante segundo o nível de ensino, em Niterói e no Mo. do


Estado.

Niterói (2000)* Morro do Estado (2006)**

Creche 3,7% 15,3%

Pré-escolar ou classe de alfabetização 13,8% 23,1%

Alfabetização de adultos 0,3% 1,1%

Fundamental 44,4% 44,8%

Médio 16,4% 12,5%

Pré-vestibular 2,6% 0,7%

Superior de graduação 17,1% 2,5%

Mestrado ou doutorado 1,6% 0,0%

Total 100% 100%


Fontes: (*) IBGE – 1991 e 2000; Organização: PMN – Subsecretaria de Ciência e Tecnologia 2002.
(**)Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas do
Rio de Janeiro, 2006

Quadro 10: Características educacionais dos moradores

Fundamental I (antigo primário) 29,6%

Curso mais elevado concluído Fundamental II (antigo ginásio) 25,6%


(daqueles que pararam de
estudar) Médio (antigo 2°grau, científico). 29,2%

Nunca estudou 5,9%

Não sabe informar 49,3%

Informática 30,9%
Áreas de cursos
profissionalizantes concluídos
Saúde/nutrição 3,0%
nos últimos
6 anos
Alimentação/Cozinha 2,7%

Metalurgia 2,7%

Não sabe informar 60,5%

Informática 24,0%
Áreas de cursos
profissionalizantes que mais
Saúde/nutrição 2,2%
gostariam de fazer
Alimentação/Cozinha 2,0%

Metalurgia 1,8%

50
Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

No quadro relativo à população estudante pode-se perceber que os


percentuais encontrados para o Morro do Estado são maiores que os
encontrados para Niterói até o Ensino Fundamental: 84,3% dos estudantes do
Morro do Estado freqüentam até este nível de ensino, enquanto que para todo
o município o percentual é de 62,2%. Esta situação se inverte quando
atentamos para os níveis mais altos de escolarização (Médio, Pré-vestibular,
Superior, Mestrado e Doutorado): 37,8% dos estudantes de Niterói freqüentam
do Ensino Médio à Pós-graduação contra apenas 15,7% na comunidade.
Questão que se confirma no quadro seguinte, onde 55,2% dos moradores que
pararam de estudar ainda estavam no Ensino Fundamental.
Outro dado chamativo se refere às características educacionais dos
moradores. Quando a pergunta se refere aos cursos profissionalizantes, os
maiores percentuais foram para a opção Não sabe informar, o que demonstra
um certo desconhecimento das atividades profissionalizantes realizadas ou
pretendidas pelos co-habitantes dos próprios domicílios.

CONDIÇÕES DE SAÚDE

Quadro 8: Condições de saúde dos moradores.

Deixou de realizar, em 2006,


alguma atividade habitual Sim 9,2%
por motivo de saúde?

Hipertensão 4,8%

Principais problemas de
Coração 2,7%
saúde crônicos
Ósseo / muscular / articular 2,0%

1,7%
Portadores de necessidades Motora
especiais
Cegueira 1,6%

Atualmente não faz acompanhamento médico 54,4%


Tipo de instituição em que
fazem acompanhamentos Posto ou centro de saúde 21,9%
médicos
Hospital público 17,2%

Localização da instituição Na própria comunidade 27,0%


onde faz o acompanhamento

51
onde faz o acompanhamento
médico Em bairro próximo 16,1%

Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

PRÁTICAS SÓCIO-CULTURAIS

20,2%
Assistir TV

Ouvir ou tocar música 16,9%


Atividades mais realizadas
no tempo livre Ir a praia 10,1%

Assistir vídeos / DVDs 8,4%

Ir a espaços religiosos 7,2%

Viajar 13,6%

Ir a shows 7,9%
Atividades que mais
gostariam de realizar no Ir a praia 7,1%
tempo livre
Ir a festas 6,9%

Ouvir ou tocar música / Ir ao cinema 6,4%

Nenhum lazer 15,4%

Atividades de lazer mais Reuniões na casa de parentes 9,8%


realizadas no Morro do
Estado Barzinho 9,3%

Reuniões na casa de amigos 8,0%

22,6%
Pagode

Samba 15,4%
Manifestações culturais que
mais se identificam Festas religiosas 13,3%

Forró 13,0%

Baile funk 5,7%

Futebol 24,5%

Natação 20,0%

Esportes de maior Voleibol 15,1%


preferência
Basquete 8,5%

Capoeira 6,0%

Igrejas 14,5%
Participação em

52
instituições sociais e
políticas Nenhuma 74,5%

Uma análise inicial sobre as atividades mais realizadas no tempo livre


aponta para o fato de que este é utilizado principalmente no próprio ambiente
doméstico. Com exceção da praia, as outras atividades indicadas são
provavelmente realizadas pelos moradores dentro da própria comunidade.
Esta questão ganha um contorno mais nítido quando cruzamos com as
atividades que mais gostariam de realizar no tempo livre e as que mais
praticam no próprio bairro. Há uma avaliação implícita dos moradores
entrevistados quanto à ausência de opções de lazer no Morro do Estado. Lazer
é aparentemente visto como algo que se pode fazer fora da comunidade e é o
que mais atrai o interesse do morador.
Poderíamos ainda fazer uma associação com o último item da tabela,
onde vemos que a grande maioria dos entrevistados indicou não participar de
nenhuma instituição social ou política. Agregadas essas informações, constata-
se uma avaliação negativa por parte dos moradores no que diz respeito a
oportunidades de lazer e cultura dentro da própria comunidade. Apesar disso,
não observamos uma clara movimentação e organização do conjunto de
moradores para promover mudanças e fomentar uma agenda social na
comunidade que atenda em parte esta lacuna.

Quadro 6: Aspectos do acesso à informação e cultura.

45,6%
TV
Veículos de informação mais
utilizados para se manter Jornal impresso 25,2%
ciente dos acontecimentos da
cidade / país / mundo
Rádio (emissoras de alta freqüência) 21,5%

Internet 2,0%

Novelas 30,0%

Jornalístico 21,6%
Tipos de programas de TV
preferidos
Filmes 16,4%

Esportivos 10,5%

73,4%
Quantidade de livros lidos por Nenhum
ano (sem contar os
escolares). De 1 a 3 livros 19,7%

53
Mais de 4 livros 5,3%
Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006.

Os dados do quadro anterior provavelmente não impressionam ao leitor.


Assim como a maioria da população, os dados reforçam o peso dos meios de
comunicação de massa, em especial da televisão, na formação dos hábitos de
acesso à informação e cultura. Esse dado se reforça quando a maioria dos
entrevistados indica não ter lido livros no decorrer do ano de 2006.

Quadro 11: Identidade e pertencimento

Custo de moradia 48,5%


Motivos pelo quais residem no
Morro do Estado Proximidade do local que trabalho 18,7%

Proximidade da família / parentes 12,1%

Principal motivo que faria sair


do Morro do Estado Falta de segurança 29,5%

Comunidade 67,9%
Formas de identificação do
Bairro 21,6%
Morro do Estado
Favela 8,5%

Sim 46,90%
Desejo de mudar-se do Morro
do Estado
Não 52,10%
Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral / Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006

Os resultados da pesquisa amostral sobre identidade e pertencimento


possuem muitas congruências com as mais clássicas representações sobre os
espaços favelados que são socialmente compartilhados.
A amostra consagra o termo comunidade como expressão utilizada
pelos moradores para designar a localidade em que vivem. A expressão
favela, usualmente carregada de sentido negativo, é condenada pelos
moradores, assim menos de 10 % dos entrevistados identificam sua localidade
como favela. Em parte isso pode ser associado ao conjunto de representações
negativas que são atribuídas aos espaços populares da cidade, mas por outro
lado expressa o sentimento de boa parte dos moradores dessas localidades de
valorizar seu local de moradia, realçando um elemento central da urbanidade,

54
que em parte se perdeu na cidade moderna, que é a dimensão do encontro das
diferenças e da construção de redes de relações solidárias, presente no termo
comunidade.
Essa segunda opção pode ser reforçada quando observamos que mais
da metade dos entrevistados não deseja mudar-se do Morro do Estado. Essa
escolha também pode ser compreendida quando observamos que quase 20%
dos entrevistados apontou que o principal motivo pelo qual reside na localidade
tem a ver com o fato de ser próximo do local de trabalho (18,7%)
Ainda assim, vale a pena ressaltar que o motivo que mais se destaca
quando os entrevistados são questionados sobre motivos que o fariam sair da
comunidade, é a falta de segurança. Isso mais uma vez reforça a idéia de que
tais comunidades resgatam elementos imprescindíveis do urbano, embora
careçam de mais empenho no que se refere à ações do Estado na garantia dos
direitos e da segurança dos cidadãos que residem nos espaços populares.

Quadro 12: Territorialidade

Trabalho 30,0%

Consumo 23,1%
Principais atividades realizadas
fora do Morro do Estado
Lazer 21,1%

Saúde 16,9%

Circulação pelos bairros mais


ricos da cidade Freqüentemente (19,3%) / as vezes (34,1%) 53,4%

Circulação por outras áreas


similares ao Morro do Estado Raramente (13,4%) / nunca (38,7%) 52,1%

Razões que levam a não Medo da guerra do tráfico 35,1%


freqüentar outras áreas
similares ao Morro do Estado Não gosta de freqüentar favelas 22,0%

Sentimento de discriminação Sim 25,6%


ao circular fora do Morro do
Estado Não 71,8%
Fonte: Diagnóstico Social do Morro do Estado – Pesquisa Amostral/Realização: Observatório de Favelas
do Rio de Janeiro, 2006

As informações coletadas sobre territorialidade não podem ser


compreendidas sem levarmos em consideração que o Morro do Estado já está
incorporado à geografia da cidade há tempos. Por localizar-se nas
proximidades do centro, seus moradores costumam freqüentar constantemente

55
outras localidades da cidade. Com exceção da questão de saúde,
encontramos com ocorrência significativa a realização de atividades de lazer,
consumo e trabalho fora da comunidade. Algo reforçado pelo fato de que
existem poucas instituições comerciais e as construções são basicamente
residenciais na comunidade.
Mais uma vez se reforça a importância de uma intervenção pública mais
qualificada no sentido de garantir a circularidade das pessoas pela cidade, sem
que atividades ilícitas como o tráfico, as impeçam. O medo da guerra do tráfico
é apontado como a principal razão que leva o morador a não freqüentar outras
áreas similares ao Morro do Estado. Tal fato demonstra que uma parcela
significativa desses moradores condena a ação do tráfico, embora tenha
aprendido a conviver com essa realidade.

56
ANEXOS

Formulário da Contagem Geral

CONTAGEM GERAL – DOMICÍLIOS

I – Códigos identificadores: ( / / )
(Setor censitário / Quadra / Código das ruas)

Data: ( / / )

Entrevistador:____________________________________________________________________

Situação da Entrevista: 1.( ) Realizada 2.( ) Fechada 3.( ) Recusada


4.( ) Vazia 5.( ) Outra:______________________________

1 2 3 4 5
Número de visitas (pôr a data): :

Entrevistado:
____________________________________________________________________________________

Idade do entrevistado (anos completos em 2006): ( ) anos

Relação com o responsável pelo domicílio (grau de parentesco):

1.( ) Responsável pelo domicilio 2. ( ) Cônjuge ou companheiro(a)


3.( ) Filho(a) ou enteado(a) 4. ( ) Pai, mãe ou sogro(a)
5.( ) Neto(a) ou bisneto(a) 6. ( ) Irmão ou irmã
7.( ) Genro ou nora 8. ( ) Outro parente
9.( ) Divide moradia 10.( ) Agregado(a) 11.( ) Empregado(a)

57
Nome da comunidade:
_____________________________________________________________________________________________
___

Logradouro (endereço completo):


_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_________

Responsável pelo domicílio:


________________________________________________________________________

II – DADOS GERAIS:
Sexo do responsável pelo domicílio: 1.( ) Masculino 2.( ) Feminino

Idade do responsável pelo domicílio (anos completos em 2006): ( ) anos

Qual a situação atual de trabalho do responsável pelo domicílio? (na atividade principal)
1. ( ) Trabalhador doméstico com carteira assinada 7. ( ) Conta própria / autônomo
2. ( ) Trabalhador doméstico sem carteira assinada 8. ( ) Aprendiz ou estagiário com
remuneração
3. ( ) Empregado com CT assinada 9. ( ) Militar / Servidor Público
4. ( ) Empregado sem CT assinada 10.( ) Aposentado / pensionista
5. ( ) Empregador 11.( ) Desempregado / sem trabalhar
6. ( ) Cooperativado 12.( ) Outra / qual?
(_______________________________)

Qual o ramo de trabalho do responsável pelo domicílio? (na atividade principal)


1. ( ) Agrícola 2. ( ) Indústria 3. ( ) Construção civil
4. ( ) Comércio 5. ( ) Serviços 6. ( ) Militar
7. ( ) Órgão público 8. ( ) ONGs / associações

Qual a atividade principal do responsável pelo domicílio? (__________________________________________)

Qual o rendimento nominal mensal do responsável pelo domicílio?


1.( ) até 175 reais 2.( ) mais de 175 até 350 reais 3.( ) mais de 350 até 700
reais
4.( ) mais de 700 até 1050 reais 5.( ) mais de 1050 até 1750 reais 6.( ) mais de 1750 até 2450
reais
7.( ) mais de 2450 até 3500 reais 8.( ) mais de 3500 reais 9.( ) sem rendimentos

Quantidade de crianças de 0 a 6 anos que moram neste domicílio: ( )


(anos completos em 2006 / caso resposta seja zero, siga para questão 9)

Quantas destas crianças de 0 a 6 anos não possuem Caderneta de Vacinação? ( )

Quantas destas crianças de 0 a 6 anos estão na creche ou na escola? ( )

Quantidade de crianças de 7 a 14 anos que moram neste domicílio: ( )


(anos completos em 2006 / caso resposta seja zero, siga para questão 12)

Quantas destas crianças de 7 a 14 anos não freqüentam a escola? ( )

Quantas destas crianças de 7 a 14 anos trabalham? ( )

Quantidade de jovens de 15 a 24 anos que moram neste domicílio: ( )

58
(anos completos em 2006 / caso resposta seja zero, siga para questão 17)

Qual a situação escolar destes moradores de 15 a 24 anos? (colocar o número de indivíduos)


1.( ) Nunca freqüentaram a escola 2.( ) Pararam de estudar 3.( ) Ainda estudam
Escolarização dos jovens de 15 a 24 anos que pararam de estudar? (colocar o nº de indivíduos)
1. ( ) Não concluiu o primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries – antigo primário)
2. ( ) Concluiu o primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries – antigo primário)
3. ( ) Não concluiu o segundo ciclo do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries – antigo ginásio)
4. ( ) Concluiu o segundo ciclo do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries – antigo ginásio)
5. ( ) Não concluiu o Ensino Médio (antigo 2º grau)
6. ( ) Concluiu o Ensino Médio (antigo 2º grau)
7. ( ) Não concluiu a Graduação
8. ( ) Concluiu a Graduação

Dos jovens de 15 a 24 anos que estudam, qual curso freqüentam? (colocar o n° de indivíduos)
1. ( ) Alfabetização de jovens e adultos
2. ( ) Primeiro ciclo Ensino Fundamental regular (1ª a 4ª séries - antigo primário)
3. ( ) Segundo ciclo Ensino Fundamental regular (5ª a 8ª séries - antigo ginásio)
4. ( ) Ensino Fundamental supletivo (5ª a 8ª séries - antigo ginásio)
5. ( ) Ensino Médio regular (antigo 2º grau)
6. ( ) Ensino Médio supletivo
7. ( ) Ensino Médio profissionalizante
8. ( ) Pré-vestibular
9. ( ) Graduação na área de humanas
10.( ) Graduação na área de exatas
11.( ) Graduação na área de saúde
12.( ) Especialização (Pós-graduação latu sensu)
13.( ) Mestrado ou doutorado
14.( ) Outro / Qual? (__________________________________________________________)

17- Quantidade de moradores de 15 a 24 anos que não sabem ler ou escrever: ( )

Quantidade de moradores com 25 anos ou mais que não sabem ler ou escrever: ( )
(anos completos em 2006)

Quantidade de moradores (homens e mulheres) que tiveram filho(s) quando eram menores de 18 anos; ou
estão prestes a ter: (considerar apenas os nascimentos a partir do ano 2000). ( )

Quantidade de moradores com 60 anos ou mais residentes neste domicílio: ( )

Há algum morador com necessidade especial (mental ou física) que limite de forma permanente suas
atividades? 1.( ) Não 2.( ) Sim; quantos? ( )

22- Todos os moradores possuem registro civil? 1.( ) Sim 2.( ) Não; quantos? (
)
(certidão de nascimento ou de casamento ou carteira de identidade)

Há algum morador que freqüenta ou freqüentou no último ano o SESC Niterói? ( )


(colocar o n° de indivíduos)
24- Quantidade de moradores de 25 a 59 anos residentes neste domicílio: ( )

25- Quantidade de moradores neste domicílio, por sexo: 1.( ) masculino 2.( ) feminino

Observações do recenseador:

59
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________

60
Formulário da Pesquisa Amostral

AMOSTRA DOMICILIAR

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

1) Códigos identificadores: ( / / / ) 2) Data: ( / / )


(Setor censitário / Quadra / Código das ruas/ nº unidade)

3) Entrevistador:________________________________________________________

4) Situação da Entrevista: 1.( ) Realizada 2.( ) Fechada 3.( ) Recusada


4.( ) Outra:______________________________

1 2 3 4 5
5) Número de visitas (pôr a data): :

6) Entrevistado: ________________________________________________________________________________________________________________________________

61
7) Logradouro (endereço completo):
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________

8) Responsável pelo domicílio: ___________________________________________________________________________________________________________________

BLOCO 2 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MORADORES

Relação de moradores
N° de Nome 9) Nacionalidade 10) 11) Grau de 12) 13) 14) 15) Cor 16)
ordem Naturalidade parentesco Estado Idade Sexo ou raça Religião
civil
1

10

62
11

12

13
OBS.: Colocar o responsável pelo domicílio no campo do número de ordem 1.

BLOCO 3 – EDUCAÇÃO DOS MORADORES


Número de ordem da relação de moradores
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
17) Sabe ler e escrever?

18) Se estuda, qual curso freqüenta?

19) Se parou de estudar, qual o curso mais elevado


concluído?

20) Faz ou concluiu nos últimos 6 anos algum curso


profissionalizante?

21) Qual a área do curso profissionalizante?

22) Deseja fazer algum curso profissionalizante, em


qual área?

BLOCO 4 – RENDIMENTO DOS MORADORES


Número de ordem da relação de moradores
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
23) No ano de 2006 trabalhou em alguma atividade
remunerada?

63
remunerada?

24) Quantas atividades remuneradas tem além da


principal?

25) Qual o ramo de atividades do trabalho principal?

26) Qual é a sua função no trabalho?

27) Qual a situação empregatícia no trabalho


principal?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

28) Qual o rendimento mensal no trabalho


principal? (em reais)

29) Qual o rendimento mensal nos demais


trabalhos? (em reais)

30) Quantas horas trabalha, habitualmente, por


semana?

31) Recebe ou recebeu em 2006 algum auxílio-


remuneração?

32) Contribuiu para Instituto de Previdência (INSS)?

33) Possui rendimentos provenientes de aluguel de


imóveis?

34) Possui rendimentos provenientes de aluguel de


máquinas / equipamentos?

64
BLOCO 5 – SAÚDE DOS MORADORES
Número de ordem da relação de moradores
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
35) No ano de 2006 deixou de realizar alguma
atividade habitual por falta de saúde?

36) Qual foi o principal motivo que o impediu de realizar


sua(s) atividade(s) habitual(ais) no período de referência?

37) Possui algum problema de saúde crônico?

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

38) Tipo de instituição em que faz o


acompanhamento médico:

39) Localidade da instituição onde faz o


acompanhamento médico?

40) Tem algum plano de saúde?

41) Tem algum tipo de deficiência?

BLOCO 6 – CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DOMICÍLIOS

42) Espécie de domicílio: 1.( ) particular permanente 2.( ) particular improvisado1 3.( ) coletivo2

1
São aqueles localizados em unidade não-residencial (loja, fábrica etc), que não tenha dependências destinadas exclusivamente para moradia. Também são considerados improvisados os
seguintes locais: prédio em construção, carroças, vagões de trens, trailers, tendas, barracas, grutas, aqueles situados sob pontes, viadutos, marquises etc.

65
43) Tipo de domicílio: 1.( ) casa 2.( ) apartamento 3.( ) cômodo3

44) Uso do domicílio: 1.( ) apenas residencial 2.( ) uso misto com empresa 3.( ) uso misto com instituição cultural / desportiva
4.( ) uso misto com instituição religiosa 5.( ) uso misto de outro tipo / qual? (_________________________________)

45) Quantos pavimentos possui o prédio do domicílio: 1.( ) um 2.( ) dois 3.( ) três 4.( ) quatro 5.( ) cinco ou mais

46) Quantos cômodos existem no domicílio: 1.( ) um 2.( ) dois 3.( ) três 4.( ) quatro 5.( ) cinco ou mais

47) Quantos cômodos servem de dormitório para os moradores do domicilio: 1.( ) um 2.( ) dois 3.( ) três 4.( ) quatro ou mais

48) Situação do domicílio: 1.( ) próprio quitado 2.( ) próprio, ainda pagando 3.( ) alugado 4.( ) cedido por empregador
5.( ) cedido de outra forma 6.( ) ocupação 7.( ) outra condição / qual? (_________________________________)

49) Possui carnê do IPTU? 1.( ) sim 2.( ) não 3.( ) não sabe (caso de não proprietário)

50) Possui documentação do imóvel? 1.( ) sim, escritura definitiva 2.( ) sim, declaração de órgão público 3.( ) sim, documento da associação
4.( ) sim, documento de cartório 5.( ) não sabe 6.( ) Outro (_____________________________________)

51) Qual a origem da edificação? 1.( ) finanças próprias 2.( ) financiamento público 3.( ) financiamento privado 4.( ) doação municipal
5.( ) doação estadual 6.( ) doação federal 7.( ) doação particular 8.( ) ocupação 9.( ) outro 10.( ) não sabe

2
São aqueles quando no estabelecimento o relacionamento entre as pessoas que nele habitam é restrito a normas de subordinação administrativas: hotéis, pensões, presídios, orfanatos, asilos,
hospitais, quartéis, alojamento de trabalhadores, campings, conventos, repúblicas de estudantes, etc.
3
É o domicílio particular composto por um ou mais aposentos localizados em uma casa de cômodos, cortiço, cabeça de porco etc

66
52) Material predominante na construção das paredes externas? 1.( ) tijolo sem revestimento 2.( ) tijolo com embolso 3.( ) tijolo revestido
4.( ) madeira aparelhada 5.( ) madeira aproveitada 6.( ) estuque / taipa 7.( ) outro material

53) Material predominante na cobertura do prédio do domicílio? 1.( ) telha de amianto 2.( ) telha de cerâmica 3.( ) laje
4.( ) outro / qual? (____________________________________)

54) Iluminação do domicílio? 1.( ) elétrica, com medidor 2.( ) elétrica, sem medidor 3.( ) outra / qual? (________________________________)

55) Abastecimento de água do domicílio? 1.( ) rede geral 2.( ) poço na propriedade (ou terreno) 3.( ) poço fora da propriedade (ou terreno)
4.( ) bica pública 5.( ) carro-pipa 6.( ) outra / qual? (_________________________________)

56) A água utilizada no domicílio chega canalizada: 1.( ) em pelo menos um cômodo 2.( ) apenas na propriedade (ou terreno) 3.( ) não canalizada

57) Qual a freqüência da entrada de água canalizada no domicílio? 1.( ) diariamente 2.( ) uma vez por semana 3.( ) duas vezes por semana
4.( ) três vezes por semana 5.( ) de quatro a seis vezes por semana 6.( ) não sabe informar 7.( ) não canalizada

58) A água utilizada para beber no domicílio é: 1.( ) filtrada 2.( ) fervida 3.( ) filtrada e fervida 4.( ) mineral 5.( ) da bica (rede geral)
6.( ) nascente 7.( ) outra / como? (_________________________________)

59) Quantos banheiros existem no domicílio? 1.( ) com chuveiro e sanitário 2.( ) só com sanitário 3.( ) só com chuveiro 4.( ) nenhum
(colocar a quantidade dentro da lacuna)

60) Esse(s) banheiro(s) é de uso: 1.( ) apenas do domicílio 2.( ) comum a mais de um domicílio 3.( ) não tem banheiro

67
61) Que tipo de escoadouro sanitário existe no domicílio? 1.( ) rede geral de esgotos 2.( ) fossa séptica 3.( ) fossa rudimentar 4.( ) vala
....... 5.( ) rio, lago ou mar 6.( ) outro / qual? (_________________________________)

62) Qual o destino do lixo domiciliar? 1.( ) coletado por serviço de limpeza regularmente 2.( ) coletado por serviço de limpeza irregularmente
3.( ) coletado em caçamba do serviço de limpeza 4.( ) jogado em terreno baldio ou no logradouro 5.( ) queimado
6.( ) enterrado 7.( ) jogado em rio, lago ou mar 8.( ) jogado em encostas

63) O arruamento onde se localiza o domicílio é: 1.( ) asfaltado 2.( ) cimentado 3.( ) de paralelepípedos 4.( ) pé-de-moleque
5.( ) de terra / barro 6.( ) ponte de palafitas

64) Qual o principal tipo de combustível utilizado para cozinhar? 1.( ) gás de botijão 2.( ) gás canalizado 3.( ) energia elétrica
4.( ) lenha / carvão 5.( ) nenhum 6.( ) outro / qual? (_________________________________)

65) Assinale os bens existentes no domicílio (colocar a quantidade de cada um dos itens existentes no domicílio): 1.( ) telefone fixo 2.( ) celular cartão 3.( ) celular
assinatura 4.( ) fax 5.( ) vídeo cassete 6.( ) DVD 7.( ) aparelho de som / rádio 8.( ) computador
9.( ) modem (internet) 10.( ) televisão 11.( ) TV por assinatura 12.( ) antena parabólica 13.( ) geladeira 14.( ) fogão

66) Tempo de residência no domicílio (do morador mais antigo; colocar por anos):____________________

67) Tempo de moradia no Morro do Estado (do morador mais antigo; colocar por anos):____________________

BLOCO 7 – AMOSTRA SÓCIO-CULTURAL / AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS

68) Qual o principal motivo que o faz morar no Morro do Estado? 1.( ) proximidade do local de trabalho 2.( ) proximidade da família / parentes
3.( ) relação com amigos 4.( ) custo da moradia 5.( ) proximidade de comércios e serviços 6.( ) outro / qual? (________________________________)

68
69) Quais os principais motivos que o fariam sair do Morro do Estado? (escolher duas alternativas) 1.( ) distância do local de trabalho
2.( ) distância da residência de amigos e parentes 3.( ) falta de opções educacionais/culturais 4.( ) falta de serviços públicos básicos 5.( )
falta de segurança 6.( ) enchentes 7.( ) desmoronamentos/deslizamentos 8.( ) Outro motivo(_______________________________________)

70) Você considera o Morro do Estado: 1.( ) bairro 2.( ) favela 3.( ) comunidade 4.( ) outro (_____________________________________)

71) Freqüenta outras áreas da cidade similares ao Morro do Estado? 1.( ) frequentemente 2.( ) as vezes 3.( ) raramente 4.( ) nunca

72) Freqüenta os bairros mais ricos da cidade? 1.( ) frequentemente 2.( ) as vezes 3.( ) raramente 4.( ) nunca

73) Relacione os instrumentos financeiros que possui: 1.( ) conta bancária 2.( ) caderneta de poupança 3.( ) cartão de crédito
4.( ) “caderno” em algum comércio da comunidade 5.( ) troca de cheques em algum comércio da comunidade 6.( ) outras aplicações financeiras
74) Indique as quatro atividades que você mais realiza no seu tempo livre: 1.( ) ir a praia 2.( ) praticar esportes 3.( ) ver TV 4.( ) ver vídeo/DVD 5.( )
ouvir/tocar música 6.( ) ler/escrever 7.( ) ir a shows 8.( ) ir a bailes 9.( ) ir a clube/SESC 10.( ) ir a shopping 11.( ) viajar
12.( ) ir a bares/restaurantes 13.( ) ir ao cinema 14.( ) ir ao teatro 15.( ) ir a festas 16.( ) ir a espaços religiosos 17.( ) ir ao circo

75) Indique as quatro atividades que você mais gostaria de fazer no seu tempo livre: 1.( ) ir a praia 2.( ) praticar esportes 3.( ) ver TV 4.( ) ver vídeo/DVD 5.( )
ouvir/tocar música 6.( ) ler/escrever 7.( ) ir a shows 8.( ) ir a bailes 9.( ) ir a clube/SESC 10.( ) ir a shopping 11.( ) viajar
12.( ) ir a bares/restaurantes 13.( ) ir ao cinema 14.( ) ir ai teatro 15.( ) ir a festas 16.( ) ir espaços religiosos 17.( ) ir ao circo
76) Relacione as duas atividades de lazer que mais faz no Morro do Estado: 1.( ) esportes 2.( ) reuniões na casa de parentes 3.( ) reuniões na casa de amigos
4.( ) bailes 5.( ) barzinho 6.( ) reuniões em espaços religiosos 7.( ) nenhuma 8.( ) outra/qual? (________________________________)

77) Relacione as duas manifestações culturais que mais se identifica? 1.( ) samba 2.( ) pagode 3.( ) forró 4.( ) baile funk 5.( ) hip hop
6.( ) festas folclóricas 7.( ) festas religiosas 8.( ) outras/quais? (_______________________________________)

69
78) Cite os três esportes de sua maior preferência: 1.( ) natação 2.( ) futebol 3.( ) voleibol 4.( ) handebol 5.( ) boxe 6.( ) capoeira
7.( ) artes marciais 8.( ) basquete 9.( ) atletismo 10.( ) ciclismo 11.( ) skate 12.( ) outro/qual? (________________________________)

79) Das razões apontadas abaixo, quais levariam a não freqüentar uma outra localidade como o Morro do Estado? 1.( ) medo da guerra entre facções do tráfico
....... 2.( ) medo da violência do tráfico 3.( ) medo da violência policial 4.( ) não gosta de freqüentar favelas 5.( ) nenhuma delas

80) Algum morador deste domicílio foi vítima de alguma forma de violência física dentro do Morro do Estado, no ano de 2006? (colocar a quantidade de moradores).
1.( ) sim, por arma de fogo 2.( ) sim, por faca 3.( ) sim, por espancamento 4.( ) sim, por outro objeto 5.( ) Não

81) Quem foi o agressor? 1.( ) parente / amigo(a) 2.( ) vizinho(a) 3.( ) desconhecido 4.( ) forças policiais 5. ( )Outro:___________________

82) Já se sentiu discriminado ao circular fora do Morro do Estado? 1.( ) sim, pela forma de me vestir 2.( ) Sim, pela minha cor/raça 3.( ) Sim, pela minha aparência
4.( ) Sim, pela minha forma de falar 5.( ) Sim, por ter me identificado como morador de favela 6.( ) não circulo fora de comunidades 7.( ) nunca

83) Relacione as atividades que são realizadas fora do Morro do Estado: 1.( ) trabalho 2.( ) estudo 3.( ) saúde 4.( ) consumo
5.( ) lazer 6.( ) nenhuma

84) Tem vontade de mudar-se do Morro do Estado? 1.( ) sim 2.( ) não

85) Quais os dois principais veículos que utiliza para se manter informado dos acontecimentos da cidade / país / mundo? 1.( ) jornal 2.( ) TV 3.( ) rádio
4.( ) rádio comunitária 5.( ) internet 6.( ) revistas / periódicas 7.( ) outro/qual?(_________________________________________)

86) Quantidade de livros lidos por ano, sem contar os escolares: 1.( ) nenhum 2.( ) de 1 a 3 3.( ) de 4 a 7 4.( ) de 8 a 10 5.( ) mais de 10

70
87) Quais os dois tipos de programas de TV preferidos? 1.( ) esportivo 2.( ) jornalístico 3.( ) novela 4.( ) filmes 5.( ) seriados 6.( ) humorístico 7.( )
infantil 8.( ) educativo 9.( ) musical 10.( ) auditório 11.( ) documentário 12.( ) outro/qual? (__________________________________)

88) Participa de quais dessas instituições? 1.( ) associação de moradores 2.( ) sindicato/associação de classe 3.( ) igrejas 4 .( ) ONGs
5.( ) partido político 6.( ) grêmio estudantil 7.( ) clube 8.( ) escola de samba 9.( ) grupo de mulheres, homens ou idosos 10.( ) nenhuma

89) Quando precisa de alguma ajuda material recorre a: 1.( ) associação 2.( ) instituição religiosa 3.( ) ONGs 4.( ) políticos 5.( ) órgãos públicos 6.( )
parentes 7.( ) vizinhos / amigos 8.( ) nenhum 9.( ) outro/qual? (______________________________________________________)

90) Alguém do domicílio possui documentos ou fotografias que possam ajudar a contar a história do Morro do Estado? 1.( ) sim 2.( ) não

91) Indique os quatro serviços ou equipamentos em que considera o Morro do Estado mais bem atendido: 1.( ) iluminação pública 2.( ) saúde (postos médicos)
3.( ) policiamento 4.( ) escolas de ensino fundamental (1º grau) 5.( ) escolas de ensino médio( 2º grau) 6.( ) creches
7.( ) Associação de Moradores 8.( ) água 9.( ) esgoto 10.( ) coleta de lixo 11.( ) limpeza das vias públicas 12.( ) calçamento 13.(
) arruamento 14.( ) praças e quadras de esporte 15.( ) parques e arborização em geral 16.( ) lazer 17.( ) comércio 18.( ) correio 19.(
) entregas domiciliares 20.( ) transportes 21.( ) telefonia pública 22.( ) telefonia residencial 23.( ) título de propriedade

92) Para a melhoria da qualidade de vida na comunidade, é necessário mais investimentos em (cite quatro): 1.( ) iluminação pública 2.( ) saúde (postos médicos) 3.( )
policiamento comunitário 4.( ) escolas de ensino fundamental (1º grau) 5.( ) escolas de ensino médio( 2º grau) 6.( ) creches
7.( ) Associação de Moradores 8.( ) água 9.( ) esgoto 10.( ) coleta de lixo 11.( ) limpeza das vias públicas 12.( ) calçamento 13.(
) arruamento 14.( ) praças e quadras de esporte 15.( ) parques e arborização em geral 16.( ) lazer 17.( ) comércio 18.( ) correio
19.( ) entregas domiciliares 20.( ) transportes 21.( ) telefonia pública 22.( ) telefonia residencial 23.( ) título de propriedade 24.(
) agência bancária
93) Quanto à Associação de Moradores, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

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94) Quanto à limpeza das vias públicas, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

95) Quanto à coleta de lixo domiciliar, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

96) Quanto à saúde pública, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

97) Quanto à iluminação das vias públicas, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

98) Quanto ao fornecimento de energia elétrica domiciliar, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

99) Quanto às creches públicas, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

100) Quanto às escolas de Ensino Fundamental, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

101) Quanto às escolas de Ensino Médio, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece
102) Quanto à manutenção de praças, jardins e árvores, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

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103) Quanto aos serviços da polícia, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

104) Quanto ao fornecimento de água, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

105) Quanto ao sistema de esgotos, o serviço prestado no Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

106) Quanto ao SESC, o serviço prestado aos moradores do Morro do Estado é: 1.( ) adequado 2.( ) bom, mas precisa ser ampliado
3.( ) ruim, precisa ser melhorado 4.( ) inexistente 5.( ) não sabe / desconhece

Observações do recenseador:
____________________________________________________________________________________________________________________
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Mapas

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OBSERVATÓRIO DE FAVELAS DO RIO DE JANEIRO

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