Você está na página 1de 5

QA Questão de Aula

Escola Data
Nome N.º Turma
Professor Classificação

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével azul ou preta. Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e
máquina de calcular.
Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não
seja classificado.
Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas ilegíveis ou que não
possam ser identificadas são classificadas com zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é
classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.
Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:
• o número do item;
• a letra identificativa da única opção válida.
Nos itens de resposta aberta de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos os cálculos
efetuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.
As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado.
A questão de aula termina com a palavra FIM.

GRUPO I

1. Uma proveta contém dois líquidos não miscíveis, A e B, sendo o volume de A o dobro do volume de B e a
densidade de B metade da densidade de A.

1.1. Relativamente à situação descrita, selecione a opção correta.

(A) O líquido A fica por cima do líquido B porque tem o dobro do volume.
(B) O líquido B fica por cima do líquido A porque tem metade do volume.
(C) O líquido B fica por cima do líquido A porque tem metade da densidade. X
(D) O líquido A fica por cima do líquido B porque tem o dobro da densidade.
Opção (C).
Numa mistura de líquidos imiscíveis em equilíbrio hidrostático, o líquido menos denso fica por cima
do líquido mais denso.

1.2. Calcule a pressão no fundo da proveta devida aos dois líquidos, sabendo que a densidade de A é
igual a 0,90 g cm–3, a altura do líquido B é 10 cm e g = 10 m s–2.

A pressão no fundo da proveta devida aos dois líquidos é dada por:


p   A g hA  B g hB

1 1
VA  2VB  hA  2hB ; B   A  B   0,90  B  0,45 g cm3
De acordo com o enunciado, 2 2 ;

p  0,90  103  10  20  10 2  0,45  10 3  10  10  10 2  p  2,25  10 3 Pa


1
1.3. Uma pequena esfera maciça é totalmente mergulhada no líquido B e abandonada. A esfera começa
por afundar-se, acabando por ficar em equilíbrio com um terço do seu volume imerso no líquido B.
Usando os dados fornecidos na alínea anterior, calcule a densidade relativa do material de que a
esfera é feita.
Como a esfera flutua com um terço do seu volume imerso em B, os restantes dois terços do seu
volume estão mergulhados no líquido A. Assim:
2  1 
I A  IB  P   A g VA  B g VB   g V   A g  V   B g  V    g V
 3  3 
Simplificando e substituindo, obtém-se:
2  A  B 2  0,90  0,45
     0,75 g cm3
3 3

A densidade relativa do material da esfera é: dr  0,75 .

3
1.4. Admita que quando a esfera de raio r  4,0  10 m se afundou inicialmente no líquido B,
2 1
rapidamente atingiu uma velocidade terminal, v t  1,0  10 m s . Sabendo que a força de
resistência do fluido é função do valor da velocidade da esfera, v, do raio da esfera e do coeficiente

de viscosidade, , e que de acordo com a Lei de Stokes Fresist  6 π  v r , calcule o coeficiente de


viscosidade, .
Se não resolveu a alínea anterior considere que a densidade relativa do material da esfera é

0,80 g cm3 .

Na situação descrita, a resultante das forças aplicadas na esfera é nula:


   
P  Ι  Fresist  0  P  Ι  Fresist

Assim, obtém-se:

4 3 4 2 r
2
   B 
π r  g  π r 3 B g  6 π  v t r     g
3 3 9 vt

Substituindo pelos valores, tem-se:

   0,75  10   10    1,1Pa s
3 2
2 4,0  10  0,45  103
3

  2
9 1,0  10

GRUPO II

1. O diâmetro equatorial de Saturno é, aproximadamente, 1,20  10 km , tornando-o, assim, o segundo


5

maior planeta do Sistema Solar. O seu maior satélite natural é Titã. É o único que possui uma atmosfera
densa e o único objeto estelar, além da Terra, onde já foram encontradas evidências concretas da
existência de corpos líquidos estáveis na superfície. A órbita praticamente circular deste satélite tem um

raio de 1,22  10 km e um período de cerca de 15,9 dias.


6

2
11 2
Dados: G  6,67  10 N m kg
2

1.1. Relativamente ao valor da constante de gravitação universal, G, indique a afirmação correta.

(A) Depende do valor das massas que se atraem.


(B) Depende do sistema de unidades adotado.
(C) Depende da distância que separa as massas.
(D) Depende do meio onde se situam as massas.

Opção (B).

A constante de gravitação universal só depende do sistema de unidades adotado.

1.2. Determine:

1.2.1. a massa de Saturno.

Como a órbita do satélite é aproximadamente circular, a intensidade da força gravítica é igual à


intensidade da força centrípeta necessária para o manter em órbita.
mS mT 4π 2 r 3
Fg  Fc  G 2
 mT  2 r  mS 
r G Τ2

Substituindo pelos valores, tem-se:

 
3
4 π 2  1,22  109
mS   mS  5,69  1026 kg
  15,9  24  60  60 
11 2
6,67  10

1.2.2. a massa volúmica média de Saturno.

Designando por  a densidade média do planeta temos:


mS mS
 
VS 4
π r3
3
Substituindo pelos valores, tem-se:
5,69  1026
 3
   6,29  102 kg m3
4  1,20  108 
π 
3  2 

1.3. Encélado é outro dos satélites naturais de Saturno, especialmente interessante para os cientistas
planetários pela existência de água líquida a pouca profundidade de sua superfície. O seu raio orbital
é aproximadamente cinco vezes menor do que o de Titã. Determine quanto tempo é que este
segundo satélite demora a descrever uma volta completa em torno de Saturno.

Designando por r ' o raio orbital e por Τ ' o período de translação do segundo planeta, resulta, por
aplicação da Terceira Lei de Kepler, que:
3 3
r '3 r3 r' 3 r'  r'  5
2
 2  Τ ' 2 3 Τ 2  Τ '    Τ  Τ '    Τ  Τ '  25 Τ
Τ' Τ r r
   5 r ' 
Substituindo pelo valor do período orbital do primeiro satélite, tem-se:

3
5
Τ'  15,9  Τ '  1,42 d
25

1.4. Sabendo que a massa de Encélado é 1,08  10 kg e que o seu raio é 2,52  10 m .
20 5

1.4.1.Determine o valor da velocidade com que um corpo, deixado cair livremente, atinge a superfície
deste satélite, supondo que inicialmente estava a grande distância e desprezando a influência
dos outros astros e da atmosfera.

Estando o corpo a grande distância e sendo deixado cair, a energia mecânica inicial do
sistema corpo + satélite é nula. Assim, pela conservação da energia mecânica, temos:

1 m m 2 G mE
Em (f )  Em (i)  m v2 G E 0v 
2 r r
Substituindo pelos valores, tem-se:

2  6,67  10 11  1,08  10 20


v  v  2,39  102 m s1
2,52  105

1.4.2.Calcule o valor da aceleração da gravidade à superfície do satélite.

mE 1,08  1020
g G  g  6,67  10 11   g  0,113 m s 2
 
2 2
r 2,52  10 5

1.4.3.Com base no resultado da alínea anterior, determine o valor da velocidade de escape a partir da
2
superfície do satélite. Se não resolveu a alínea anterior considere g  0,100 m s .

Sabemos que a expressão que permite calcular o valor da velocidade de escape da superfície
de um planeta, de modo a atingir um ponto no infinito com energia cinética nula é:

2G m
ve 
r

Esta expressão pode ser reescrita de forma a ficar em função de g:

2G m 2G m
ve   ve  r  ve  2 g r
r r2

Substituindo pelos valores, tem-se:

v e  2  0,113  2,52  105  v e  2,39  102 m s 1

FIM

ITEM
GRUPO
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4.      
I 70
10 20 20 20      
II 1.1. 1.2.1. 1.2.2 1.3. 1.4.1 1.4.2. 1.4.3. 130

4
10 20 20 20 20 20 20
TOTAL 200

Você também pode gostar