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Estrutura

Nesta aula você vai aprender a montar uma frase verbal em inglês. Frases verbais, ou melhor, orações, são a unidade
fundamental da comunicação. Quando você fala, tudo o que você diz é por meio de orações. E, em sua grande maioria, o
coração de uma oração é um verbo. Ou seja, para tudo o que você for dizer em inglês, você vai precisar de um verbo. É por isto
que este é o ponto de partida do nosso curso.

Em português, o verbo é independente, autônomo, condensando em uma só palavra noções de pessoa, número, tempo,
aspecto, modo, voz. Considere a palavra "veremos". Esta palavra sozinha já deixa claro a pessoa (primeira pessoa), o número
(plural), o tempo (futuro), o aspecto (imperfeito), o modo (indicativo) e a voz (ativa). Isto além de indicar a noção básica do
verbo ("ver, enxergar &c."). Em português nós temos também locuções verbais, ou seja, formas verbais construídas com duas
ou mais palavras; mas são um complemento à conjugação. Nossos verbos têm, a princípio, tudo de que precisam para formar
uma frase, sem nenhum auxílio.

No inglês as coisas são diferentes. Um verbo em inglês é incapaz de se virar sozinho. Com algumas exceções, que veremos
depois, um verbo em inglês expressa apenas a noção básica, o significado que, em português, corresponde apenas à raiz verbal.
Considere o verbo inglês "see". Apesar de corresponder ao nosso verbo "ver", a palavra "see" corresponde mais exatamente à
raiz do verbo, ou seja, podemos dizer que "see" se traduz por "v-" (ou seja, a raiz de "v-er"). Para formar uma frase verbal,
uma oração, em inglês, precisamos juntar outros elementos ao verbo principal. Estes elementos são palavras separadas, não
apenas terminações, como em português. Dois destes elementos são obrigatórios: um elemento indicando pessoa e número (o
sujeito da frase); e um elemento indicando tempo e aspecto (o que chamamos de verbo auxiliar).

Assim, a estrutura básica de qualquer oração em inglẽs é a seguinte:

[sujeito] [auxiliar] [verbo]

O sujeito pode ser qualquer expressão que indique quem ou o que está realizando a ação. Ex.: "as crianças", "minha tia",
"o governo", "todas as pessoas com idade acima de trinta anos" &c. Mas há também um grupo de palavras que representam
as pessoas do discurso ("eu", "você" &c.). Estas palavras são os pronomes pessoais. No inglês estas palavras são: I - you - he -
she - it - we - you - they. Estudaremos estas palavras com detalhes em breve. Por enquanto você precisa lembrar que toda frase
verbal em inglês precisa de um sujeito. Este sujeito pode ser uma expressão como as indicadas acima ("as crianças" &c.), ou
então, no mínimo, um pronome pessoal.

O segundo elemento obrigatório em uma frase verbal é o verbo auxiliar, ou simplesmente o auxiliar. Os auxiliares
fundamentais em inglês são os seguintes:

be - have - do - will - shall - can - may - must

A estes ainda se acrescentam suas formas secundárias ou derivadas:

been - being - am - is - are - has - had - does - did - would - should - could - might

Estudaremos cada um destes auxiliares detalhadamente nas lições seguintes.

A escolha do verbo principal é semântica, ou seja, você decida qual verbo vai utilizar, de acordo com o sentido.

A escolha do pronome sujeito depende dos fatores de pessoa e número: você aprenderá facilmente, mesmo porque o sistema
é bem semelhante ao que temos em português.

Já a escolha do auxiliar é o que dá mais trabalho para aprender. Isto porque é um conceito completamente diferente do que
temos em português. Pode-se dizer que você vai passar a maior parte do seu tempo de estudo de inglês aprendendo a utilizar os
auxiliares.

Apenas para mostrar como o sistema funciona, damos a seguir algumas frases verbais em inglês e a correspondente
tradução em português:
Sujeito Auxiliar Verbo Tradução
2
I do understand entendo
you did pass (você) passou
it will rain choverá
we shall see veremos
he would come (ele) viria
they have arrived chegaram
I would like (eu) gostaria
the boss does complain o chefe reclama
the children will stay as crianças ficarão
we had left saíramos

Não é possível aprender todos os auxiliares de uma vez só. Mas você deve pelo menos memorizar a lista de auxiliares, para
poder identificá-los facilmente.

Há exceções para esta estrutura básica. Orações imperativas, por exemplo, normalmente consistem apenas no verbo
principal. Ex.: “listen!” =”ouça!”

Também o auxiliar “do” e suas formas secundárias (“does”, “did”) podem ser omitidos em orações afirmativas, originando as
formas reduzidas (simple present, simple past). Neste curso vamos aprender, primeiramente, a estrutura fundamental. Depois de
dominar a formação de frases, você vai aprender as reduções e formas simplificadas. Este método pode parecer mais trabalhoso,
mas a vantagem é que você vai aprender a estrutura da língua de forma clara. Estudar as formas simplificadas primeiro só causa
mais confusão posteriormente.

Uma informação importante: diferente do português, o inglês não tem exatamente “conjugações”. Muitos materiais,
professores, cursos &c. ensinam a conjugar os verbos como no português. Mas isto é apenas uma maneira de aproximar as duas
línguas. O resultado é uma grande confusão, quando você percebe que a realidade entra em conflito com o que lhe ensinaram.
Não perca tempo estudando conjugações verbais. A chave está nos auxiliares. Aprender inglês consiste basicamente em aprender
quando e como utilizar os auxiliares. Tabelas de conjugação são uma muleta desnecessária, uma tentativa de dar conforto ao
aluno, apresentando-lhe as coisas de uma forma mais familiar, mas ilusória. Porém, alguns termos estão associados ao uso de
alguns auxiliares específicos. P. ex., “simple present” refere-se ao uso de do/does; “present continuous” está relacionado ao uso
de am/is/are; &c. É necesssário aprender estes títulos, pois são usados em praticamente todo material de referência. Mas
lembre-se de que são apenas títulos; o importante, mesmo, é conhecer os auxiliares, seu sentido, suas funções, suas
peculiaridades.

Pronomes Pessoais
A noção de pessoa gramatical é de importância fundamental para o aprendizado de qualquer língua. “Pessoa” se refere aos
seres envolvidos em qualquer ato de comunicação: alguém diz algo a alguém. Sempre há um ser que expressa uma ideia ou
sentimento. Esta é a primeira pessoa. Sempre há um ser que recebe a mensagem. Esta é a segunda pessoa. E sempre há o
conteúdo da mensagem. Esta é a terceira pessoa.
Explicando de maneira diferente:
-a pessoa que emite a mensagem, o “eu”, o “nós” (=eu + alguém), é a primeira pessoa;
-a pessoa que recebe a mensagem, o “você” ou “vocês”, é a segunda pessoa.
-todo o resto (sim, todo o resto do mundo, do universo; ou seja tudo o que não seja primeira “eu” nem “você”), é a terceira
pessoa.
Outra distinção importante nos pronomes pessoais é a de número: singular (apenas um indivíduo) e plural (dois ou mais
indivíduos). Neste ponto quase não há diferenças entre o inglês e o português.

Os pronomes pessoais em inglês são os seguintes, identificados por pessoa e número:


1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa
singular I (“eu”) he / she / it (“ele”, “ela”)
you (“você”, “vocês”)
plural we (“nós”) they (“eles”, “elas”)
3
Observando a tabela, duas coisas ficam evidentes:
-não há distinção de número (singular ou plural) na segunda pessoa; ou seja: “you” corresponde tanto a “você” quanto a
“vocês”
-há três formas diferentes na 3ª pessoa do singular (he / she / it)

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