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Direito Constitucional
Professor: Guilherme Ribeiro
08/02/12
Bibliografia
Avaliação
Federação
1. Aspectos Iniciais
Remete à formação dos Estados Unidos, que elaboraram esta forma de organização. (Final
séc. XVII – Início séc. XVIII).
1.1. Rousseau
Rousseau, pensador da época, ao contrário, defendia que os estados deviam ser pequenos de
forma que os representantes estivessem próximos dos representados. Defendia que a
organização em grandes Estados acarretaria na perda da liberdade, uma vez que a participação
dos indivíduos nas decisões estaria fora de seus alcances.
1.2. Federalistas
Os Federalistas diziam que “para preservar a liberdade, temos que nos organizar em grandes
Estados”. Defendiam que em pequenas comunidades, facilmente formam-se maiorias que
impõem sua forma de vida, etc. O mesmo não aconteceria em grandes comunidades em
virtude da pluralidade dos grupos.
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1.3. Parlamentarismo
Naquela época, na Europa, o poder estava concentrado no Parlamento. Não havia também o
controle de constitucionalidade, possuindo o parlamento a palavra final, isto é, havia uma
concentração de poder.
1.4. Presidencialismo
Neste caso, qualquer juiz pode declarar uma lei como inconstitucional.
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10/02/12
1.6. Brasil & EUA
No Brasil, houve uma descentralização do poder, uma vez que anteriormente adotava-se a
forma de governo Monarquia.
Já nos EUA, ocorreu o inverso, isto é, houve uma centralização do poder, pois anteriormente
as 13 colônias eram independentes e decidiram se unir para garantir maior segurança.
1.7. União
2. Características
2.1. Soberania
2.2. Secessão
A última decisão soberana dos estados é se ingressar na federação, uma vez que nesta forma
de estado fica vedada a possibilidade de secessão, isto é, os estados membros não podem se
desvincular do Estado, cabendo, neste caso, ADI Interventiva.
2.3. Competência
Ex. Realização de Copas do Mundo, Olimpíadas, exigência de que apenas uma língua seja
falada
Ex. Cria-se a ideia de mineiro em virtude da competição com os paulistas, baianos, etc.
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Ex. Atualmente, os demais estados brasileiros estão solidários com o estado da Bahia
Cooperação Consórcio
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal
e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
2.5.1. Institucionalização
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15/02/12
2.7. Centralização vs. Descentralização
Pode-se haver uma federação onde as competências centram-se na união ou então nos
estados.
Nos EUA, por exemplo, o nível de descentralização do poder é mais alto que no Brasil.
Na história do Estado brasileiro, antes mesmo de sua formação, sua organização se mostrava
bastante descentralizada, uma vez que, no início da colonização, Portugal doava significativas
porções de terra.
Em 1808, a família portuguesa vem para o Brasil, passando este então a ter uma estrutura
centralizada. Centralização máxima expressada pelo poder moderador.
Em virtude deste episódio da vinda da família real que o Brasil assumiu a dimensão continental
que possui atualmente.
O imperador, por não conceder poderes às regiões, caiu e a monarquia foi substituída pela
república.
Em 1892, início da república, a vida política do país é controlada pelos governadores através
dos procedimentos de controle do processo eleitoral.
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A partir 1988, a esquerda é fortemente municipalista, uma vez que democracia participativa é
mais fácil de ser instalada no município. Os conservadores também eram a favor da
descentralização. Os liberais, também defendiam a descentralização através do princípio da
subsidiariedade que escalona atribuições em função da complexidade do atendimento dos
interesses da sociedade das seguintes formas:
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17/02/12
3. Características
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
3.2. Autonomia
I. Auto-organização
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
Não é necessária a observação de toda a constituição, uma vez que as competências dos entes
federativos não são, necessariamente, expressas.
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Nesta forma de organização, a União tem a possiblidade de atuar diretamente nos municípios.
Atualmente, a organização federativa do Brasil se assemelha a esta.
Nota:
Autonomia # Soberania
- Soberania
II. Autogoverno
- Eleição
- Autolegislação
III. Autoadministração
- Estrutura administrativa
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24/02/12
3.3. Distribuição de competências
- Legislativo;
Lei federal
- Material/administrativa/executiva;
- Tributária.
Nota:
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Art. 18
Conforme o atual entendimento do STF deve-se consultar TODA a população dos estados em
questão.
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Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
c) autonomia municipal;
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de
2000)
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I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido,
ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional
ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa
medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe:
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros,
inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
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29/02/12
3.8. Distribuição de Competências
União Legislativa
Municípios Tributária
Coloca-se o município entre parêntesis em virtude de este não estar discriminado no art. 24,
porém não deixa de legislar sobre tais aspectos, porém é regido pelo interesse local, descrito
no art. 30, I.
- Artigo 22
Competência privativa, isto é, somente a união pode legislar sobre o rol de matérias contidas
neste artigo, porém esta pode, através de lei complementar, transferir parte destas
competências para que os estados legislem.
(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo.
Ex. Fernando Henrique Cardoso, através da Lei Complementar 103, definiu que os estados
poderiam legislar sobre seus respectivos pisos salariais.
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- Artigo 25
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
- Artigo 182
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
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*Normas gerais: são normas que, na competência concorrente, consegue-se identificar justificativa para
que a União defina uma mesma norma, que seja aplicada uniformemente entre os entes federativos.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
Nota:
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe
for contrário.
Nota:
Leis dirigidas à administração pública. Nesta matéria, se o Estado legislar para o município, estará
ferindo a autonomia do município (art. 18,29/CF). Ex. Orçamento público
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02/03/12
3.8.3.1. Competência plena/supletiva
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
A residual tem o sentido de prevenção, isto é, o que não foi mencionado, pertence ao estado.
Nota:
Ex.
- art. 22
Lei federal: em sentido estrito, diz respeito somente à União. Geralmente, tratando da mesma matéria,
haverá uma lei estadual e uma municipal.
Para determinadas leis nacionais, também haverão leis federais, estaduais e municipais que preencham
eventuais lacunas.
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07/03/12
3.8.5.1. Art. 23
I. Consulta à lei.
Ex.
II. Princípio da subsidiariedade: cabe ao órgão mais próximo da sociedade, que haja capacidade
suficiente, desenvolver a política pública.
- Interesse Local:
Ex. Caso passe um rio na área urbana de algum município, este deverá usá-la, trata-la e devolvê-la em
boas condições. Caso o município não seja capaz de realizar tal tarefa, aciona-se o estado.
*
Nos casos de conurbação , não se aplica o explicitado acima, uma vez que o mesmo sistema de
distribuição e tratamento será usado em todo o “tecido urbano”, isto é, não cabe o interesse local e a
competência passa então a ser do estado.
*
Conurbação: é a unificação da malha urbana de duas ou mais cidades, em consequência de seu
crescimento geográfico. Geralmente, esse processo dá origem à formação de regiões metropolitanas.
Contudo, o surgimento de uma região metropolitana não é necessariamente vinculado ao processo de
conurbação.
IMPORTANTE:
- Procedimento norma concorrente, isto é, a união só vai fixar normas gerais (art. 24).
- Princípio da simetria As normas estaduais devem ser elaboradas com base nas normas federais.
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Nota:
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09/03/12
4. Distrito Federal (art. 32)
4.3. Cidades-satélites
4.4. União
XIII – organizar (é a lei) e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do
Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio;
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
A polícia militar e o corpo de bombeiros são criados e mantidos pela União para que se
garanta o bom funcionamento da segurança em Brasília, porém são subordinados ao
governador do Distrito Federal.
A Defensoria Pública, apesar de integrar o executivo, não possui uma relação de subordinação
com o Governador, uma vez que após a emenda 45 de 2004 lhe foi conferida um novo grau de
autonomia.
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Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e
do corpo de bombeiros militar.
Para que seja criado um território, deverá ser na forma do artigo 18, §3º.
A criação de um território implica na extinção dos poderes do estado e município, uma vez que
é administrado pela União.
O município do território pode ser extinto por lei, uma vez que sua criação também advém de
lei.
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Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o
disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio
do Tribunal de Contas da União.
§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma
desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua
competência deliberativa.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;
c) autonomia municipal;
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Nos incisos I, II, III e V, o presidente consultará o Conselho da República (art. 90) e o Conselho
de Defesa (art. 91) e, se decidida a intervenção, expedirá o decreto de intervenção (art. 84, X)
e o encaminhará para o Congresso Nacional (Art. 36, §1º)
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido,
ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional
ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa
medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
IMPORTANTE:
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14/03/12
7. Federalismo Fiscal
- Como que as parcelas estaduais são divididas entre os estados e as parcelas municipais são
divididas entre os municípios
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- União
IV - produtos industrializados;
IMPORTANTE:
Ao privilegiar os Estados e Municípios com baixa população, reduz-se a desigualdade, uma vez
que os Estados e Municípios com menor população possuem altos índices de pobreza.
Ao repassar parte da verba para os municípios, não há retorno, uma vez que este é social e não
econômico.
- ICMS
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Nota:
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16/03/12
Princípios da administração
1. Princípio da Legalidade
1.1. Conceito
- Pública: Os servidores só podem fazer o que a lei determina e autoriza. (art. 37). Prevalece a IDEIA DE
FUNÇÃO/DEVER.
- Privada: Ninguém é obrigado a ou deixar de fazer algo a não ser que previsto em lei. (art. 5º, II). Prevalece a
AUTONOMIA DA VONTADE.
Com o Estado Liberal, em relação ao tamanho, é um Estado Mínimo, para não atrapalhar o
mercado.
Suas funções primordiais são segurança, justiça, emissão de moeda, etc., isto é, há um volume
pequeno de atuação do estado.
O Estado, como era mínimo, não atribuía ao Executivo suas funções atuais.
- Artigo 5º, II
Art. 5º
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Pode-se fazer tudo que a lei não proíbe. Refere-se ao INDIVÍDUO, uma vez que para o Estado o
raciocínio é o inverso, ou seja, o Estado somente pode fazer aquilo que está previsto em lei.
O Estado tem a propensão de criar mecanismos para a sua atuação pelo meio privado.
Ex. Privatização
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- Artigo 37
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência...
Quando se refere ao princípio da legalidade, em princípio não está se referindo somente às leis
aprovadas, e sim a todo o ORDENAMENTO JURÍDICO.
- Artigo 84, IV
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução;
O legislador pode então ou prever tudo em lei ou então deixar algumas matérias para o
regulamento.
- Artigo 84, VI
Decretos que não necessitam de respaldo em via de lei, uma vez que este já está previsto na
Constituição:
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Nota:
- Resolução:
II. Atos expedidos pela administração pública, em especial por órgãos colegiados.
Exceção é o REGULAMENTO que não possui seu respaldo na lei, e sim na Constituição.
Define que há matérias que devem ser necessariamente disciplinadas por lei.
Ex.
- Art. 5º
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
Ex. não se pode aumentar o imposto de renda com dispositivo inferior à lei.
- Para que haja restrição de acesso a cargo público, deve haver RESPALDO NA LEI, ou seja, fica
vedada somente a restrição SEM FUNDAMENTAÇÃO LEGAL.
Nota:
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30/03/12
3. Princípio da Impessoalidade
3.1. Características
A ideia de uma república é a de que não há distinção entre nobreza e clero, etc.
Para conferir impessoalidade numa sociedade de massa deve-se haver uma estrutura burocrática.
Para dar um tratamento impessoal a um grande contingente de pessoas, deve-se haver uma estrutura,
uma série de procedimentos pré-definidos.
Ocupantes de cargos públicos utilizam de poderes a eles garantidos para cometer abusos, como
contratação de parentes, etc.
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É vedada a contratação de parente quando este é contratado SOMENTE por ser parente, uma vez que o
cargo comissionado pressupõe a competência técnica (AUSENTE nestes casos) e a confiança.
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta colateral ou por afinidade até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em
cargo de direção, chefia ou assessoramento para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou
ainda de função gratificada na administração pública direta ou indireta em quaisquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas viola a Constituição Federal.”
e. Entendimento do STF de que regra que veda a contratação de parentes carecia de iniciativa dos
poderes (ADI-MC no. 1.521-RS)
O poder legislativo não poderia dar início a projetos de lei que vedasse o nepotismo, por legislar sobre o
servidor público e somente o executivo pode legislar sobre o servidor público.
Por outro lado, vem o Poder Judiciário, através do STF, e elabora a súmula vinculante versando sobre o
tema.
Ex. Estatuto
4. Princípio da moralidade
Ex. Atos praticados de boa fé poderia não acarretar em consequências para o servidor.
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O ato administrativo está perfeito no que tange à forma, porém, no fundo, há um desvio de
finalidade.
Ex. Prefeito deseja desapropriar a casa do seu adversário político, sob o pretexto da instalação
de um equipamento público. Mesmo que todos os procedimentos formais sejam seguido, não
se exclui a configuração de uma perseguição política.
*Probidade Administrativa:
5. Princípio da Publicidade
Ex. A não decisão não é publicada. Utiliza-se então dos prazos prescricionais para causar a não
decisão, resultando na não publicação.
- “O poder tem uma irresistível tendência a esconder-se.” Bobbio, Teoria Geral da Política, p.
387.
- A decisão que define o que não deve ser realizado em público deve ser pública.
Art. 93 IX e X da CR
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Exige que o mesmo que acontece no Siafi (à União), aconteça nos estados e municípios.
IMPORTANTE:
6. Princípio da Eficiência
I. Estabilidade
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XX/04/12
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18/04/12
Poder Legislativo
1. Funções Típicas
O Legislativo, ao mesmo tempo em que controla o poder, este também o exerce juntamente
com o executivo.
- Legislativa
No século XIII, o legislativo era exercido pelo Parlamento, que tinha a função de controlar o rei,
autorizando os novos impostos que o rei pretendesse arrecadar.
2. Funções Atípicas
3.2. Governabilidade
3.2.1. Características
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3.3.1. Características
- Lista Aberta: No Brasil, vota-se no candidato, possuindo este um grau de liberdade que foge
dos ideais dos partidos.
presidencialismo, multipartidarismo
No poder legislativo, notou-se que o poder é, em alguma medida, concentrado, que faz parte
do processo de governabilidade.
As emendas passam a ser votadas em bloco e o partido escolhe algumas matérias das
emendas como prioritárias.
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As decisões que atinjam os direitos dos indivíduos devem seguir o devido processo legal.
4.2. Previsão
- Constituição;
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL vai controlar a legalidade do processo legislativo apenas à luz
da constituição. Se na tramitação da lei não se respeitar o regimento interno, o Superior não
tomará conhecimento.
Discussão Decisão*
Qual é a postura que o parlamentar deve ter para o exercício democrático de seu mandato.
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20/04/12
5. Princípio da simetria
O que está previsto na Constituição da República para o processo legislativo federal se aplica a
Estados e municípios. Artigos 25 e 29.
Exceção
- Eleição da Mesa.
6. Bicameralismo
Enfraquecimento do Poder dos EUA, uma vez que, na época, este era muito forte em virtude
do Parlamentarismo.
Os EUA, para sanar as preocupações dos grandes estados, formam a Câmara dos Deputados.
Para sanar as preocupações dos pequenos estados, forma-se o Senado Federal.
Buscam este modelo na Inglaterra que, por sua vez, possui justificativa totalmente diferente
para adotá-lo (uma representando a nobreza e a outra representando o restante da
população).
Nota:
A votação do projeto de lei é iniciada, normalmente, na câmara dos deputados. Logo após, vai
para o senado. O senado pode:
- Aprovar (vai para o presidente para que este decida sobre a sanção);
- Reprovar (é arquivado);
- Emendar (volta para a câmara dos deputados, para aprovação. Caso seja aprovado, vai pro
presidente);
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A explicação histórica para a Câmara dos Deputados, as forças políticas contrárias à ditadura
invadiam os grandes estados, porém os partidos ditadores mantinham o domínio dos estados
pequenos. Então, os ditadores aumentaram o poder dos pequenos estados e diminuíram o dos
grandes.
53 – 12 = 41
41 + 36 = 77
4 anos
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
- Ordinárias:
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- Extraordinária:
13. Órgãos
- Presidência
Concentra o poder
- Mesa
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro
ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2
(dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.
- Plenário
- Comissões
- Permanentes
- Temporais
CPI’s
Representação §4º
14. Remuneração
Os Vereadores definem uma escala que leva em consideração o salário do deputado estadual e
o tamanho do município. (art. 29, VII, art. 29-A)
Art. 29
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco
por cento da receita do Município;
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Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e
excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao
somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159,
efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação
dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000
(quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001
(quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda
Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de
2009)
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001
(oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
§ 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento,
incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
2000)
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
25, de 2000)
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
2000)
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
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24/04/12
15. Quórum
15.1. Classificação
- Funcionamento
- Deliberação
15.2. Tipos
- Maioria simples/relativa: Maioria dos votos dos presentes, sendo necessário, no mínimo, a
presença da maioria absoluta dos membros.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões
serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
- Maioria qualificada:
I. 3/5: PEC
II. 2/3: Rejeição do Parecer do Tribunal de Contas pelas Câmaras Municipais e Impeachment
(Cassação do Presidente)
- Unanimidade
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16.1. Classificação
I. Leis orçamentárias;
II. PEC’s;
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
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25/04/12
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02/05/12
I. Banco de legislação
b. Técnico
Deve-se haver uma diferença entre controle e fiscalização, porém nem a constituição nem a
doutrina fazem esta distinção.
Função de Controle: são as decisões que são do executivo que dependem do legislativo.
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
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Ação que busca identificar eventuais irregularidades na Administração Pública é apenas uma
parte da função fiscalizadora.
Ex. A legalidade da regularização do serviço de táxi pela BHTrans não dispensa sua discussão,
uma vez que este serviço pode ser melhorado.
Ex.
- Sustar atos do Executivo que exorbitem de seu poder regulamentar (art. 49, V, da CR)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites
de delegação legislativa;
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Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência
da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de
informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo,
importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias,
bem como a prestação de informações falsas.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais
entidades referidas no inciso II;
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
Ex.
- O Plenário
- O parlamentar cidadão
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4. O Pedido de Informação
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na
forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
- Regimento Interno
5.2. Criação
- O Regimento Interno
O STF aplicou às CPI’s o princípio da simetria em relação aos estados, porém não estendeu as
mesmas prerrogativas às CPI’s municipais, uma vez que estes não possuem autoridade
judiciária.
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O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado.
Possibilidade de limitação das CPI’s que, por sua vez, é feita pelos Regimentos Internos.
Plenário do Supremo Tribunal Federal não referendou decisão liminar, que havia impedido o
acesso de câmeras de televisão e de particulares em geral a uma determinada sessão de CPI,
em que tal órgão parlamentar procederia à inquirição de certa pessoa, por entender que a
liberdade de informação )que compreende tanto a prerrogativa do cidadão de receber
informação quanto o direito do profissional de imprensa de buscar e de transmitir essa mesma
informação) deveria preponderar no contexto então em exame.
V. Quebra de sigilo bancário, fiscal e telefone, desde que exista forte indício de irregularidade
e o ato seja fundamentado.
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09/05/12
Espécies Normativas
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das
leis.
1. Emendas à Constituição
1.1. Considerações
Caracterizada por uma maior rigidez para a sua alteração, sendo o principal a exigência de 3/5
em ambas as casas, em dois turnos (com interstício de 10 dias) para sua aprovação.
Quando parte da emenda é alterada, esta se torna uma nova emenda a ser aprovada,
desmembrando-se, portanto, da emenda originária, que avança no processo de aprovação.
1.2. Promulgação
São promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado. Não vai à sanção
presidencial.
1.3. Tipos
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da
Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão
unicameral.
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II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
- Materiais
Art. 60 (...)
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa
ou de estado de sítio.
III. Temporais
Ex. Constituição Imperial que definia que nos 4 anos seguintes a aprovação não se alteraria a
constituição.
IV. Formais
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2. Lei Complementar
Até a constituição de 1967, toda a legislação que a constituição menciona de forma esparsa
era chamada de lei complementar.
2.2. Quórum
Maioria absoluta.
Grau de rigidez superior ao da lei ordinária, uma vez que são mais difíceis de serem aprovadas,
serão mais difíceis de serem alteradas.
Ex. Uma lei complementar não pode ser alterada por medida provisória
2.3. Matéria
A lei sempre será complementar quando, além da sociedade, o próprio legislador deve
observar.
Ex.
- Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim
de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
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- Art. 23
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em
âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
- Uma corrente defenderá que não há hierarquia, uma vez que a Constituição define o rol de
matérias que é de objeto de lei complementar e, o que não é definido, é matéria de lei
ordinária.
Em linhas gerais, não há hierarquia porque estas espécies normativas TRATAM DE MATÉRIAS
DIFERENTES.
- Outra corrente diz que os campos são diferentes, porém não são estanques, havendo
interseção entre eles. Nestas interseções, prevalece a lei complementar.
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2.4.1. Matéria
Se se coloca matéria de Lei Ordinária em Lei Complementar, é válido, uma vez preenchido o
requisito originário (maioria simples), porém, caso seja alterada, será necessário somente a
Se se coloca matéria de Lei Complementar em Lei Ordinária, não é válido, uma vez que não é
preenchido o requisito originário (maioria complementar).
2.4.2. Todas as lei complementares são leis nacionais, ou podem estar se referindo a leis
federais em sentido estrido, estadual e municipal?
Art. 41.
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11/05/12
2. Lei Delegada (art. 68)
2.1. Slides
Por Resolução do Congresso Nacional delega esta competência, fixando limites de tempo e
matéria.
Nota:
- Lei no sentido material: lei que é genérica e abstrata, ou seja, é matéria de lei.
2.2. Procedimento
O poder executivo pede ao legislativo autorização para legislar sobre determinado tema.
O poder legislativo, por meio de resolução, que disporá sobre a matéria, o prazo e eventuais
restrições, autoriza. Pode exigir também que o projeto de Lei Delegada seja aprovado pelo
Congresso. NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE EMENDA, ou seja, o Congresso Nacional pode
APROVAR ou REJEITAR.
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- Matérias internas
Nota:
I. Ato normativo inferior a lei, uma vez que a lei quem cria o órgão que edita esta espécie
normativa, ou seja, esta espécie é um desdobramento do que é disposto pela lei. TEM BASE
NA LEI.
II. Desdobramento da prática legislativa do estado: Não é fruto do processo legislativo porém
o fundamento
Na constituição, se divide em 3:
a. Da câmara
b. Do senado
c. Congresso Nacional
3.1. Eficácia
4. Decreto Legislativo
4.1. Eficácia
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IMPORTANTE:
Tanto a Resolução quanto o Decreto Legislativo têm, hierarquicamente, o mesmo valor da lei,
porém a sua aprovação se dá, exclusivamente, pelo Congresso Nacional ou Poder Legislativo.
Nota:
- Decreto: Ato que o chefe do executivo expede para regulamentar a lei. Art. 84, IV;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução;
5. Medida Provisória
5.1. Eficácia
IMPORTANTE:
- Decreto Lei: Vigora durante 60 dias. Não aprovou, passa a valer com força de lei.
- Medida provisória na CR/88: Vigora durante 60 dias, não aprovou, não pode mais ser
reeditado e perde eficácia.
IMPORTANTE:
Matéria de prova:
Texto 8 CPC
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01/06/12
Poder Executivo
1. Eleição
Redação deficiente do §3º que dispõe prazo diverso do disposto no caput. Ocorre em virtude
do fato de o caput ser fruto de uma emenda.
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e
considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. (REDAÇÃO DEFICIENTE)
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
2. Reeleição
- Inelegibilidade de cônjuge
Art. 14.
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3. Atribuições do Presidente
- Chefe de Estado
- Chefe de Governo
Nota:
Art. 84.
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e
os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
Diversos
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
4. Responsabilidade do Presidente
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
V - a probidade na administração;
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VI - a lei orçamentária;
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
julgamento
Necessidade de se assegurar o direito de defesa na apreciação da Câmara dos Deputados. SEJA PARA
AUTORIZAR, SEJA PARA CASSAR, SÃO NECESSÁRIOS OS 2/3.
- O presidente, durante o exercício do mandato, não pode ser processado por crime comum
que não esteja correlacionado ao exercício de suas funções.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
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