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Sigmund Freud - Nascido em família judia

- Era agnóstico (esse fato lhe conferia algumas disposições


*A teoria freudiana encontra-se psíquicas como tendência crítica e independência intelectual

indissociavelmente mesclada à
- A condição judaica é um dado relevante na medida em que
trajetória pessoal de seu fundador explica certos movimentos da trajetória profissional de Freud
ou dos rumos tomados pelo movimento psicanalítico
*Suas experiencias vividas foram

tomadas como material de elaboração


- A educação dada proporcionou um vasto conhecimento na
bíblia e textos sagrados, sua formação humanística foi decisiva
psíquica e reflexão teórica para as feições que a psicanálise viria a tomar

* As noções e hipóteses metapsicológica


“Freud diz que a compreensão metapsicológica de um
são forjadas e articuladas de maneira a fenômeno requer que ele seja abordado simultaneamente sob

constituir modelos para a compreensão três dimensões ou pontos de vista. A dimensão tópica refere-se

de fenômenos psíquicos.
aos lugares ou instancias que compõem o aparelho psíquico
(topos=lugar); a dinâmica diz respeito ao jogo de forças em

* Sua obra comporta conceitos conflito; e a econômica refere-se à distribuição e mobilidade das

distanciados da experiencia empírica


quantidades de energia psíquica em circulação no aparelho”

(METAPSICOLOGIA por ele)


A interpretação dos sonhos

* Se dedicava a observação e -Traz pela primeira vez um amplo modelo sobre a estrutura e o

investigação dos próprios processos funcionamento da psique humana em geral

psíquicos O mesmo vale para o conceito do complexo de édipo

* Realizavas investigações sistemáticas


Complexo de édipo
em si mesmo para contribuir com o

avanço e consolidar teorias


- Fase universal na infância do sujeito em que há uma
triangulação na constituição familiar que poderá definir a
estrutura psíquica do indivíduo.
* O modo de construção dos conceitos
- O complexo de Édipo ocorre quando a criança está
freudianos requer que levemos em atravessando a fase fálica, ou seja, quando descobre que ao
atingir três anos de idade passa a ser alvo de várias proibições
conta a referência bibliográfica, para que para ele eram desconhecidas.

compreensão da montagem de outras


- Freud utilizou da literatura grega para explicar o
desenvolvimento sexual infantil de uma criança do sexo

teorias cientificas ou filosóficas


masculino, que numa determinada fase cria fortes desejos pela
mãe.
certos sintomas. É o que se chama de
Os primórdios da teoria e da
"método catártico”: sob hipnose, o

paciente recorda e revive um evento


técnica psicanalista
que lhe foi traumático, externalizando e

descarregando afetos não manifestados


- Na última década do século XIX, Freud
por ocasião do trauma; tal descarga
propõe as noções que constituirão os
emocional é denominada ab-reação.
alicerces fundamentais da psicanálise

→ Inconsciente Alguns momentos vividos são alvos de REPRESSÃO,

Repressão
mecanismo pelo qual um conteúdo psíquico é excluído da

Sexualidade infantil
consciência e enviado para o sistema inconsciente e lá mantido.

Relação entre sintomas neuróticos


Como efeito da repressão, houver o esquecimento da

representação patógena (onde acontece o aparecimento de
e fenômenos da vida psíquica um sintoma patológico). Quando submetido a hipnose, uma

“normal” pessoa pode reviver a cena e descarregar os afetos suprimidos,

Diretrizes básicas do tratamento


o que lhe possibilita não ter mais sintomas patológicos.

psicanalítico
Mesmo que Freud utilizasse de hipnose,

ele tinha ressalvas em relação ao seu

O livro “os estudos sobre a histeria” que uso: nem todo paciente era hipnotizável

foi publicado por Freud e Breuer e a eliminação dos sintomas eram

traziam relatos sobre vários provisórias ou parciais.

tratamentos dos pacientes histéricas


→ Freud abandona definitivamente a
atormentada por múltiplos sintomas
hipnose devido considerá-la um meio
inclusive corporais.
artificial de neutralizar a resistência.

Nessa época eles usavam a hipnose para A hipnose encobre a existência de

ter acesso a materiais que pudessem uma força/barreira que ativamente

estar na origem dos sintomas. impede o acesso aos conteúdos

reprimidos.
Durante o transe hipnótico surgiam

lembranças que, uma vez relatadas e


Para Freud, é preciso encontrar um meio que permita a

revividas afetivamente, auxiliavam na


dissolução gradual das resistências, de maneira a que o
conteúdo reprimido possa ir se tornando consciente
elucidação e mesmo na eliminação de sem suscitar o mesmo desprazer ou angústia que
motivou sua repressão.
A partir de 1896, Freud passa a usar o outras, de modo a ir formando cadeias

método de associação livre ou livre associativas que tendem a se

associação, que será considerado regra entrecruzarem. Ele supõe que as

fundamental do tratamento associações livres não se dão ao acaso,

psicanalítico. ao contrário, acredita em um

determinismo psíquico, isto é, que no


→ A associação livre ocorre quando
psiquismo tudo possui ou remete a
paciente fala livremente tudo que lhe
um sentido latente.
vem a cabeça sem qualquer tipo de

censura ou inibição.

→ Freud fala que tais ideias vão se

encadeando e se remetendo umas às

Sigmund Freud era um médico agnóstico de família judia. Freud começou a se

interessar pelas doenças nervosas e pela histeria – naquela época a histeria era

tratada de uma forma bem complicada, elas eram internadas em hospícios onde eram

tratados em condições precárias – essas mulheres tinham sintomas como cegueira,

convulsão, tremores, desmaio, contração, e elas eram diagnosticas com histerias e

deixadas lá no hospício.

Freud curioso com essas doenças foi para Paris em 1885 para conhecer Jean Charcot

e conhecer as aulas que ele ministrava, ele trabalhava em um hospício e ele tratava

essas jovens histéricas com hipnose. Quando Charcot usava da hipnose, durante o

estado hipnótico, as mulheres não apresentavam os sintomas e ele usava isso para

provar que a histeria não tinha relação com as questões do útero (era chamada de

doença do útero).

Freud então foi influenciado por Charcot e quando volta para Viena e entra no

Instituto de Fisiologia onde conhece Joseph Breuer que era especialistas em doenças

nervosas e juntos começaram a estudar sobre a histeria


Breuer usava o método catártico, onde ele conduzia as histéricas para o estado

hipnótico para descobrir o conflito mental e liberar a emoção e com isso os sintomas

desapareciam. Freud muito curioso queria sabem para onde iam os conflitos, já que

só eram lembrados durante o estado hipnótico e então começou a ter ideia do

inconsciente.

Contudo Freud abandonou a hipnose depois de um tempo, pois ele não a considerava

realmente eficiente já que nem todas as pessoas eram hipnotizadas e os sintomas

voltavam depois.

Freud então começa a usar o método de associação livre, e estabeleceu a sexualidade

como uma questão fundamental em sua teoria, e começou a falar sobre neurose que

são os conflitos infantis não resolvidos, causados por lembranças reprimidas, de

grande intensidade emocional. Freud então fez amizade com Fliz que morava em

Berlim, eles trocavam cartas, e isso foi fundamental para a psicanalise, onde delas

surgiram a teoria do primeiro aparelho psíquico, a teoria da sedução, onde ele

sempre chegava em um conflito da sexualidade (um trauma que a criança tinha

sofrido), onde depois de um tempo ele abandona essa teoria da sedução, chegando a

conclusão de que esse conflito se dava pela fantasia das crianças, onde ficou

conhecida pela teoria da fantasia.

No início do século XX Freud desenvolveu 2 conceitos muitos importantes: conceito

de libido e o conceito de recalque. Em 1900 Freud lança o livro a interpretação do

sonho, onde fala sobre a importância dos sonhos, que é uma forma de acessarmos o

nosso inconsciente, porque quando estamos dormindo deixamos escapar algumas

coisas e assim a inconsciência se comunica com a gente. Freud também fala que tudo

é importante e que tudo tem significado, os atos falhos, os esquecimentos e os

sonhos. Sendo em 1902 Freud briga com Fliz, ficando com vontade de passar seu

conhecimento sobre psicanálise para alguém, criando ema mesa de conversa, com

jovens de vários lugares e profissões, inaugurando a “sociedade psicológica da quarta

feira”, durando por 5 anos.

Em 1905 Freud publica os 3 ensaios sobre a teoria sexual, criando um grande

escândalo devido ao fato de falar que criança tinha sexualidade e se masturbava. Ele

também elabora a teoria do Complexo de Édipo, baseado na história de Sófocles.


Já em 1907, Bleuler entra em contato com Freud, falando que suas teorias estavam

sendo estudadas em Zurique, fazendo Freud ficar feliz por não ter só judeus

estudando suas teorias. Nesse mesmo ano ocorre o encontro de Carl Jung com Freud,

Jung era psiquiatra e aluno de Bleuler, Jung mais tarde foi considerado por Freud

o herdeiro da psicanálise, contudo Carl Jung discordou das ideias de Freud, seguindo

para a área do misticismo oriental e religião. Nesse mesmo ano, Freud conhece

Ferenczi, que se tornou um dos psicanalistas mais influentes do movimento, ele foi

analisado por Freud e em suas teorias ele destacou muito a importância do papel

materno.

Freud, Ernest John, Ferenczi, Carl Abraham fundaram o Movimento Psicanalítico

Internacional. Com a guerra muitos psicanalistas foram se exilar em Berlim, criando

assim a Sociedade De Psicanálise em Berlim. Uma das pessoas dessa sociedade era

Melanie Klein, ela focava sua teoria em analisar crianças pequenas e usava jogos

lúdicos para acessar o inconsciente delas. Foi rival de Anna Freud, que também

analisava crianças.

Em 1020, uma das filhas de Freud falece, e ela começou a desenvolver os conceitos

de pulsão de vida e pulsão de morte.

Depois que Freud falace em 1939, foram formados em Londres “2 grupos” sendo os

psicanalistas que apoiavam Anna Freud e os que apoiavam Klein. Contudo tinham

também os que não apoiavam ninguém, um deles é Winnicott, que foi analisado por

Klein. Tiveram também a 3 geração de psicanalistas, que não conheciam Freud, onde

se destacam Françoise Dolto e Lacan.


→ Três sistemas ou instâncias psíquicas:

1- Consciente

O consciente é tudo aquilo que estamos cientes no momento, para Freud o consciente é

a menor parte da nossa mente. Informações que estamos cientes em determinado

momento. Ele é responsável pela nossa ligação com o mundo externo em que estamos.

2- Pré-consciente (usamos subconsciente)

O pré-consciente é uma parte do inconsciente, onde nos acessamos as memorias mais

rápidas e fáceis de serem lembradas. Ele utiliza de memorias e lembranças que o


consciente precisa para manter seu funcionamento saudável. Ele funciona como uma

peneira que filtra as memórias do inconsciente para o consciente

3- Inconsciente

O inconsciente segundo Freud é a parte maior da nossa mente e mais importante, nele

contém os elementos instintivos e o material reprimido que foi excluído da nossa

consciência. No inconsciente também tem TODAS as lembranças, desde o nascimento.

Pode-se ter acessa a uma parte do inconsciente por meio dos sonhos, dos atos falhos e

da técnica de associação livre criada por Freud.

Ele é o maior responsável pela personalidade, e nele contém as fontes de energia

psíquicas das pulsões e dos instintos. Ele é regido por “leis próprias’ e é atemporal, não

tendo noção de tempo.

No elemento ficam processos e elementos que não são acessíveis ao consciente.

Algum desses elemento os são as pulsões (instinto/impulso)

Todos temos pulsões que são pressões ou necessidades que nos dirigem a um

determinado fim. Toda pulsão tem uma fonte, finalidade, pressão, objeto. A pulsão é

uma necessidade psíquica.


- Pulsão de vida

Toda demanda interna que nos leva a buscar o prazer, a criar e realizar projetos

A fonte de energia é a libido, ela é a energia empregada para a manutenção da vida

- Pulsão de morte

Toda demanda interna que nos leva a buscar isolamento, estagnação, agressão e morte

A fonte de energia da pulsão de morte também existe, mas Freud não deu um nome

Essas pulsões residem em todos nós, em conflito permanente e não resolvido e os nossos

pensamentos e ações são resultado da combinação dessas duas forças

- Como se dá a estrutura da personalidade?

Freud percebeu que seus pacientes apresentavam inúmeros conflitos internos, e

muitas vezes lidavam com tais conflitos realizando certos “acordos psíquicos” para

tentar aliviar a ansiedade gerada por eles, e manter algum nível de conforto mental.

Segundo Freud, nossa psique tem como principal meta recuperar um certo nível de

equilibro interno que permita minimizar o desprazer e maximizar o prazer. Essa tarefa

é levada pelo relacionamento dinâmico entre os três componentes básicos da psique:

ID / EGO / SUPEREGO (segunda teoria do aparelho psíquico)

* ID é a estrutura original da personalidade, sendo caótico, desorganizado e sem forma,

todo conteúdo do ID é inconsciente, todos os processos e elementos que estão no

inconsciente formam o ID, no ID contem desejos contraditórios, sem que eles se anulem,

pois a logico não se aplica a ele. Ele também é a fonte de toda a energia das pulsões. O

ID funciona seguindo o princípio do prazer e está ligado a libido e o impulso sexual.

* EGO é a estrutura da personalidade que se desenvolve a partir do ID, a função do ego

é procurar atender e ao mesmo tempo aplacar as exigências constantes do ID,


preservando a saúde, segurança e a sanidade da mente. O ego é irracional e compre a

função de lidar com a realidade externa, fazendo o meio de campo entre o mundo
interno e externo. A energia usada pelo ego é extraída do ID. Segundo Freud o ego se

esforça pelo prazer e tenta evitar o desprazer, mas ele faz isso considerando as

limitações e as oportunidades que são postas pela realidade externa, controlando as

exigências do ID, avaliando se devem ser satisfeitas, ou seja, o ego funciona seguindo o

princípio da realidade, separando o desejo da fantasia. Para Freud o ego é o principal,

sendo o mediador entre as pulsões do ID, as exigências do superego e as demandas do

mundo externo.

* SUPEREGO é uma estrutura que surge a partir do ego e tem a função de atuar como

um juiz das ações e pensamentos do ego. É nele que residem os códigos de conduta

aprendidos no convívio social, as inibições e os ideias. Ele age no sentido de proibir ou

limitar certos pensamento e atitudes. Uma de suas características é a capacidade de

auto observação, uma vez que ele age independente das pressões ID por satisfação e das

pressões do ego que também está envolvido na busca do prazer. O superego de uma

criança segundo Freud se desenvolve de acordo com o modelo de superego de seus

criadores, ou seja, todo seu conteúdo que ele abriga é derivado dos julgamentos, valores

e tradições defendidos durante a sua criação. Ele contem os ideias nobres pelo quais

lutamos, ele gera sentimento de orgulho e amor próprio por conta de nossos

comportamentos, mas também gera sentimentos de culpa e inferioridade pelo

comportamento desaprovado, as vezes ele pode atuar de maneira primitiva, severa e


inflexível com base em julgamentos em busca da perfeição, podendo fazer a pessoa se

sentir culpada por certos pensamentos mesmo que eles não temam provocado nenhuma

ação. Contudo, ele também pode se desenvolver no sentido da compreensão e


flexibilidade, aprendendo a perdoar a si e aos outros quando percebe que a agressão foi

fruto de um mal entendido ou de uma situação de extrema atenção.

* Essas três estruturas se relacionam com as instancias psíquicas. O inconsciente abriga

os elementos que constituem o ID, já o ego e superego são formados por elementos que

abrigam o consciente e pré-consciente, mas também o inconsciente, logo eles são

parcialmente inconscientes.
ID CONSCIENTE

EGO PRÉ-CONSCIENTE

SUPEREGO INCONSCIENTE
Freud desenvolveu suas teorias sobre a sexualidade infantil, quando publicou seus

escritos sobre as fases sexuais causou uma grande revolta, por afirmar que as crianças

tinham sexualidade. Quando Freud fala sobre sexualidade infantil ele quer dizer que

a criança tem prazer através da satisfação em se conhecer e conhecer o mundo,

diferente da sexualidade dos adultos que são para ter um prazer por meio de relações.

Freud postulou cinco fases, sendo elas

- Fase oral: tem seu inicio no nascimento e é a fase em que a criança sente o prazer pela

boa, sua zona erógena esta localizada lá, nessa fase a criança sente prazer e conhece o

mundo através de sua boca, então na amamentação ela se sente acolhimento,

confortada, amor. Pode se notar que a criança durante esse período leva tudo a boca,

porque é assim que ela conhece o mundo. Como a mãe é o primeiro contato que a criança

tem com o mundo externo, a enxerga como o primeiro amor objetal. Essa fase termina

com o desmame, por volta de 1, 2 anos variando de criança para criança

- Fase anal: tem seu início por volta dos 1,2, anos 2 anos variando de criança para

criança. Essa fase é quando a criança começa a ter controle muscular, ela começa a

andar, a falar e começa a controlar se irá fazer suas necessidades ou não, por isso o

nome da fase. A criança percebe suas fezes é sua primeira produção e pode oferecer aos

familiares como um presente, contudo ela pode começar a reter suas fezes e vê isso
como uma forma de controlar o mundo ao seu redor. Nessa fase o prazer se encontra na

região anal. Essa fase termina por volta dos 3 anos, variando de criança para criança

- Fase fálica: tem seu início por volta dos 3 anos, onde começam as descobertas dos

órgãos genitais, o prazer e a libido se encontram direcionado aos órgãos genitais,

contudo esse prazer não é igual o adulto, esse prazer se da pelas descobertas e

autoconhecimentos que tem do prazer. Por isso é comum nessa fase as crianças se

masturbarem, e nessa fase as crianças percebem as diferenças entre meninas e

meninos. Quando as meninas percebem as diferenças em suas genitálias, surge o

complexo de castração, onde elas em suas fantasias imaginam que fizeram algo de
errado e foram castradas. Também acontece o complexo de édipo nessa fase e quando é

resolvido a criança termina a fase.

- Latência: ela não é uma fase pois os impulsos e desejos sexuais são reprimidas por um
tempo, fazendo a criança focar em outra coisa, a criança está na fase de aprendizado,

então toda sua energia psíquica esta voltada para as questões de aprendizagem, escola,

amigos e desenvolvimento intelectual e social. O seu desejo sexual ainda existe, porém

é reprimido.

- Fase genital: nessa última fase a energia volta para os órgãos genitais, e com sua

estrutura do ego formada e o desenvolvimento sexual maturado ela forma sua

sexualidade adulta. Sua fase se encontra desde a puberdade até a vida adulta. Espera-

se que a pessoa tenha nessa fase sua identidade sexual definida, desenvolva relações

amorosa e consiga procurar o prazer sexual de uma forma saudável.

O modo que a criança passa essas fases define muito o adulto que ela vai ser no futuro.

Existe uma tensão entre as pulsões que o ID deseja realizar e as limitações impostas

pela realidade externa. Contudo nem sempre pode-se realizar os desejos do ID, então

muitos desses desejos precisam ter a satisfação adiada por longo tempo, ou até mesmo

frustradas. Outras vezes as pulsões do ID podem ser canalizadas para objetos diferentes

do objeto original, por exemplo desejos de agressão podem ser canalizados para o box,

onde a agressividade será expressa dentro de regras aceitas. Mas só é possível canalizar

os desejos porque as pulsões são características mutáveis, flexíveis e podem ser

gratificadas de formas alternativas

Contudo para a pulsão ser inibida pode ter um gasto de energia muito grande,

resultando em cansaço, aborrecimento e ansiedade (onde existe uma sensação de perigo

eminente, diferente do medo)


Para Freud a ansiedade pode ser um resultado de uma libido contida, ou seja, de pulsões

não realizadas, ou pode ser também resultado de experiencias traumáticas. Para ele a

ansiedade é resultado do conflito entre as inclinações do ID e as ameaças de punições

do superego, de forma resumido , o ID sente ou sente ou deseja algo, o superego reprova

e em consequência instalasse no EGO a desconfortável sensação de medo, como se a

punição estivesse prestes a acontecer. Para se livrar desse sentimento doloroso, o ego

cria mecanismos de defesa.

Mecanismos de defesa são estratégias que o ego coloca em ação para evitar entrar em

contato com os aspectos da personalidade que são reprovados pelo superego e que por

isso põem gerar ansiedade. Mas quando a realidade externa nos amedronta, alguns

desses mecanismos também são usados, sendo eles:

- Projeção: é um dos mecanismos mais comuns, ela ocorre quando uma pessoa aponta

nos outros as inclinações que existem nela, e que o superego considera reprováveis.
Pela projeção as inclinações internas e inaceitáveis são projetadas para fora e vistas

como externas

- Formação reativa: ocorre quando uma pessoa tem inclinações por um comportamento

que ela considera reprovável, então adota um comportamento que representa

exatamente oposto daquela inclinação, ou seja, utiliza uma máscara social não só para

o convencimento dos outros, mas também para o seu. Em geral a formação reativa só é

percebida quando ela falha.

- Racionalização: uma ação inaceitável que foi cometida é reconhecida, mas a intenção

por traz da ação não é reconhecida. A pessoa reconhece o ato, mas nega a intenção, dessa

forma o comportamento é interpretado como aceitável ou até inevitável, escapando a

desaprovação do superego.

- Negação: pode acontecer de duas maneiras:

Negação da realidade – um evento frustrante ou doloroso é negado como forma de se

proteger psicologicamente daquela dor.

Negação de um pensamento ou desejo – a pessoa se recusa a admitir o que sente


- Isolamento: existe uma separação entre pensamento e emoção, assim o conteúdo

emocional de uma lembrança ou desejo pode ser separado da lembrança ou desejo

propriamente dito.

- Deslocamento: redireciona um impulso agressivo para um objeto que não seja

ameaçador.

- Regressão: retrocede a um tipo de comportamento mais primitivo como forma de

evitar a ansiedade.

- Sublimação: uma pulsão é canalizada para um objeto diferente do original, geralmente

um objeto considerado culturalmente superior. Em vez da pulsão ser enfrentada, ela é

orientada para finalidades belas e nobres. De acordo com Freud a essência da civilização

está na capacidade da sublimação, ou seja, de canalizar as energias destrutivas e

sexuais, para finalidades nobres como literatura, artes, arquiteturas e demais

conquistas civilizatórias, para ele sem a sublimação estaríamos na idade das pedras,
gratificando nossas pulsões com sexo e pancadaria.

- Recalque: ou repressão é um mecanismo de defesa fundamental mais estudado por

Freud. No recalque o pensamento, sentimento ou desejo inaceitável é simplesmente

descartado para o inconsciente, o que requer um gasto de energia permanente para

manter o que é indesejável longe da consciência. O recalque também é um papel

coadjuvante, ou seja, sem uma dose de recalque, os outros mecanismos de defesa não

conseguem operar de forma eficaz, nós estamos sempre fazendo o uso de uma mescla

de todos esses mecanismos de defesa.

→ A psicanálise surge justamente nesse espaço entre a psicologia e a psiquiatria

como a primeira abordagem teórica das doenças mentais que propõe uma

psicoterapia e revoluciona tanto o campo da medicina psiquiatra quanto o da

psicologia, pois traz uma compreensão completamente original sobre o psiquismo

humano, marcado por um objeto e um método específicos. Nesse sentido, a

psicanálise pode ser considerada a teoria que inaugura a pratica da psicoterapia,

sendo portanto, pioneira na constituição da chamada psicologia clinica


Anna Freud era a filha mais nova de Freud, nascida em dezembro de1895, ela foi
analisada pelo seu pai em duas ocasiões 1918-1920 e 1922-1924, foi professora primaria

e lecionou durante a primeira guerra mundial. Durante 1913, quando Freud tinha os

encontros com os vários psicanalistas, Anna foi cortejada por Ernest Jones, e Freud

não gostou disso. Anna era muito devotada e dedicada ao seu pai, e cuidou dele até seus

últimos dias.

A grande importância de Anna Freud foi porque ela inaugurou a psicanálise de

crianças, e seguiu muito as linhas de Freud, principalmente o caso de Hans (Freud

analisou o garoto através de seu pai). O seu tratamento era diferente, pois achava que

a criança era muito frágil para ser analisada como os adultos, não tinha uma

interpretação do inconsciente. Durante a guerra, ela montou uma creche onde atendeu

e cuidou de mais de 80 crianças e nos anos 70 ela se preocupou em cuidar de crianças

emocionalmente privadas, principalmente as que tinham uma que tinham uma

condição social precárias. Ela também estudou as divergências da demora do

desenvolvimento infantil.

Anna Freud é considerada uma neofreudiana, por ser uma nova geração estudando

psicanálise de Freud, eles aceitavam os fundamentos e as premissas centrais da

Psicanálise, mas modificaram e ampliaram certos aspectos do sistema de Freud. Seu

primeiro artigo acadêmico. Intitulado “Fantasias e Devaneios de Espancamento”,

abordava a questão do incesto, tratando de um relacionamento amoroso entre pai e

filha. Portanto, ela fantasiou-o (pois ainda não tinha pacientes). O artigo rendeu à Anna

a sua admissão na Sociedade, além de ter sido bem recebida por Freud.

É conhecida também pela psicologia do ego, em vez de ser o escravo do id, o ego tem um

papel mais amplo. o ego pode levar suas funções a efeito independentemente do id, o

que constitui um significativo afastamento do pensamento freudiano ortodoxo.

Anna ampliou o papel do ego, enfatizando o seu funcionamento independente do Id. A

psicologia do ego desenvolvida por Anna Freud teve uma grande contribuição para a
sociedade. Porque ela e outros psicanalistas da época, conhecidos como neofreudianos,

empenharam-se em fazer da psicanálise parte da psicologia científica.

Essa psicologia se tornou a principal forma de psicanálise americana, sendo muito


utilizada entre a década de 1940 e o início da década de 1970.

Tratamento psicanalítico de crianças, não acreditava ser possível – nem desejável – o

estabelecimento de uma relação puramente analítica com uma criança. Utilizando de

um viés pedagógico-educativo.
Melanie Klein nasceu em Viena em março de 1882, durante sua vida ela sofreu algumas
perdas e quando completou 20 anos se casou e teve 3 filhos e anos depois se separou,

sabe-se também que ela teve depressão. Aos 32 anos Melanie leu o livro sobre a

Interpretação dos sonhos de Freud, e logo depois ela iniciou a analise com Ferenczi para

as suas questões de depressão, contudo ela se interessou e em 1919 ela apresenta o seu

artigo “Cidade húngara de psicanalise” onde relatava a analise de seu filho mais novo.

Melanie decide analisar crianças e em vários momentos entra em atrito com Anna

Freud, pois cada uma seguia por uma linha diferente de análise infantil.

Klein foi a pioneira sobre a Teoria da Relações Objetais, ela descobriu o bebê escondido

na criança, e ao contraio de Anna Freud, ela excluía os pais do tratamento porque

acreditava que o problema fundamental era intrapsíquico.

A Teoria das Relações objetais deriva da teoria da de Freud sobre as Pulsões, contudo

sua teoria se diferencia da teoria de Freud em 3 pontos:

→ A teoria das relações objetais da ênfase menor aos impulsos biológicos e maior

importância aos padrões de relacionamento que a criança desenvolve com as

pessoas em seu entorno.

→ Klein tem uma abordagem mais maternal, destacando a intimidade e o cuidado da

mãe. Ao contrário de Freud que enfatiza o poder e controle da figura paterna

→ A teoria das relações objetais considera que a busca por contato e relacionamento

é a motivação fundamental do comportamento humano e não o prazer sexual.

Pode-se dizer que o termo relações objetal são as relações que a criança estabelece com

os objetos que estão ligados com a satisfação de seus desejos e necessidades. Esses

objetos podem ser pessoas, partes de pessoas como o seio da mãe ou até mesmo coisas

inanimadas. Klein parte do princípio básico de que o ser humano busca sempre reduzir
a tensão que é provocada por desejos insatisfeitos, no caso das crianças pequenas, o

objeto que reduz essa tensão é a pessoa ou a parte da pessoa que atende suas
necessidades, por isso Klein estuda como as relações que as crianças estabelecem com

seus primeiros objetos, que são a mãe e seu seio, tornam-se modelos para todos os seus

futuros relacionamentos interpessoais.

Melanie Klein destaca as experiencias que ocorrem dos 4 aos 6 meses de idade, ela

acredita que todos nascem com a pré disposição para tentar reduzir a ansiedade que é

causada pelo conflito que entre a pulsão de vida e a pulsão de morte. Essa prontidão

inata para agir e reagir, indica que nós já nascemos com conteúdo psíquicos, conteúdos

primitivos herdados de gerações passadas através do inconsciente. Esse conteúdo

psíquico faz com que o recém nascido tenha uma vida mental tenha uma vida repleta

de fantasias (diferente das fantasias de crianças mais velhas).

As fantasias dos bebês estão totalmente baseadas no conteúdo primitivo do

inconsciente, são imagens e noções básicas de BOM e MAU, para um bebê a sensação de

estomago cheio é visto como bom, já estomago vazio é algo ruim. O bebê que dorme
chupando o dedo pode estar fantasiando que suga o seio da mãe, já o bebê faminto que

chora e chuta pode estar fantasiando o seio mau da mãe que não o alimenta.

Na medida em que a criança amadurece, as fantasias inconscientes relacionadas ao seio

materno continuam exercendo influência sobre ela, mas outras fantasias emergem e

são formatadas tanto pela realidade quanto pelas pré disposições herdadas, um dessas

fantasias é o complexo de édipo.

Os objetos que satisfazem as necessidades do bebê podem ser pessoas, parte de pessoas

ou objetos inanimados, segundo Klein o bebê se relaciona com objetos externos tanto de

forma fantasiosa/imaginativa, quanto de forma real. Seu primeiro objeto é o seio que a

alimenta, porem logo surge também o interesse por outras partes de figura materna

como rosto e mãos, que atendem suas necessidades e gratificam ele. Por meio das

fantasias os bebês internalizam ou introjetam em sua estrutura psíquica esses objetos

externos. Essa noção de objetos internalizados de Freud tem parentesco com a noção

de superego de Freud, que é a internalização das ideias e dos valores morais dos pais.
As formas pela qual o bebê organiza suas experiencias com seu mundo interno e

externo é a chamada Teoria das Posições descritas com Klein. O mundo interno é um

espaço povoado por objetos e carregado de pulsões, instintos, funções e relações.

→ Klein substituiu o termo FASES (psicanálise clássica de Freud) para POSIÇÕES.

→ As FASES são estruturas fixas determinadas por idades correspondentes ao

desenvolvimento humano.

→ POSIÇÕES: são estruturas flexíveis que emergem em diferentes idades do

desenvolvimento humano.

Essas posições são períodos normais do desenvolvimento da vida de todas as crianças,

tais como as fases do desenvolvimento psicossexual criadas por Freud

Teoria das posições:

→ Posição paranóide: relações de objeto parciais e uma preocupação básica ou


ansiedade persecutória sobre a sobrevivência do self. Ocorre a clivagem

→ Posição esquizóide: designa uma tendência para dirigir a atenção para a vida

interior em vez do mundo exterior.

→ Posição depressiva: O bebê percebe que nem sempre a mãe atenderá as

necessidades dele como este exige.

A posição ESQUIZO-PARANÓIDE (ocorre do nascimento até os seis meses, mais ou

menos) e a posição DEPRESSIVA (Ocorre por volta dos quatro meses e é

progressivamente superada durante o primeiro ano de vida) ocorrem no primeiro ano

de vida, podendo aparecer em diversos momentos na vida.

A criança pode experimentar a posição equizo-paranóide de forma simultânea.

Ex: como a mãe é minha, não a divido com ninguém (pai, irmãos...) (posição

esquizóide) e tento afastá-la de tudo e todos com medo de que a tirem de mim

(posição paranóide).

Ex: Criança tímida e egocêntrica que não divide seus brinquedos temendo que os

destruam (posição esquizóide). Briga e guarda todos os brinquedos das outras

crianças (posição paranóide).


Posição depressiva:

→ Bebê vê a mãe na sua totalidade e não mais em partes. Ex: seio bom.

→ Na posição depressiva, a mãe é um objeto total

→ A mãe nem sempre atenderá as necessidades dele como este exige.

→ A mãe está ali e pode não estar mais.

Ex: Se a relação entre mãe e bebê foi suficientemente boa, quando a mãe não estiver

perto a lembrança/memória compensará sua frustração e o bebê controlará sua

ansiedade.

Elementos presentes na Posição Depressiva

→ Luto: perda do objeto bom

→ Culpa: o objeto bom foi destruído pela sua agressividade (fantasia)

→ Reparação: “consertar” o objeto destruído (surgimento da esperança de realizar o

reparo – tomada de consciência sobre a nossa destrutividade)

Ex: bebê que perde o seio e tenta agradar a mãe para tê-lo de volta.

Melanie Klein CONCORDOU com Freud:

→ Que a agressão e a libido são os dois instintos básicos.

→ Que o instinto agressivo é uma extensão do instinto de morte e a libido uma

extensão do instinto de vida.

DIVERGIU de Freud afirmando:

→ Que o instinto de morte é traduzido após o nascimento em sadismo oral, o qual,

projetado para fora, dá lugar às fantasias de um seio mau, destrutivo, devorador

(fantasias inconscientes).
Klein diferenciou inveja e ciúme como manifestações do instinto agressivo.

→ Inveja: sentimento de raiva porque alguém tem mais e desfruta de algo desejável;

a resposta invejosa é tomar isso ou estragá-lo.

Ex: inveja oral do seio bom (belisca/morde);

Em um nível mais maduro, a inveja da criatividade dos outros. Isso frustra o

desenvolvimento da criatividade pessoal.

→ Ciúme: medo de perder o que se tem. O ciúme se desenvolve a partir de

relacionamentos triangulares.

Ex: situação edípica: a terceira pessoa é odiada porque esta recebe o amor ou a

atenção e potencialmente diminui a disponibilidade das provisões libidinais.

Alguns outros conceitos:

→ Idealização: é uma operação defensiva que preserva objetos internos e externos

(todos bons), deste modo satisfazendo fantasias.

Ex: idealizar uma pessoa da forma como gostaríamos que ela fosse.

→ Identificação projetiva: a projeção de partes dissociadas de um objeto interno

sobre uma outra pessoa é usada para expelir maus objetos internos e partes más
do self.

Ex: Pessoa que é invejosa/gananciosa e só consegue ver isso no outro e não em si.
A pessoa sobre quem a projeção de impulsos sádicos é feita passa a ser vista como

um perseguidor que deve ser controlado.

→ Fantasia: a relação de objeto existe desde o início do nascimento. Assim, o objeto

está presente na realidade e na fantasia.

Ex: expectativas dos pais quanto ao bebê que ainda não nasceu.

➢ Os Instintos reverberam na mente criando fantasias.

➢ A Realidade influencia e é influenciada pela fantasia.


➢ Ocorre um sistema de trocas que perpassa por toda a vida.

Para Klein, a causa de distúrbio emocional está embasada na:

→ força inata da agressão

→ aliada à formação de ansiedade excessiva do ego

→ baixa tolerância de ansiedade.


Nascido no dia 7 de abril de 1896, se formou em medicina, trabalhando como pediatra.

Em 1927 foi aceito na sociedade britânica de psicanálise e foi qualificado para analisar

crianças, em suas obras ele destaca a importância da mãe no desenvolvimento infantil

e a importância do brincar. Os conceitos mais conhecidos desenvolvidos por ele foi: mãe

suficientemente boa, objeto transicional, self verdadeiro, self falso, holding e handling.

Foi influente no campo das teorias das relações objetais e do desenvolvimento

psicológico.

- Ênfase nos distúrbios psíquicos - Psicose e Tendência antissocial (psicoses, assim

como a tendência anti-social, são resultados do fracasso ambiental). Os distúrbios

psíquicos podem ter naturezas radicalmente diferentes (neuroses e as depressões

denotam conflito inconsciente, relativo a material reprimido.

- Teoria do amadurecimento - O amadurecimento começa em algum momento após a

concepção e não cessa até a morte.

Winnicott dava ênfase na figura materna e o ambiente que o cercava aguem no início

da vida. Ele discordava de Klein pois não é possível compreender a vida psíquica

primitiva do bebê olhando apenas para esse e suas fantasias, mas deve-se analisar
também o ambiente no qual ele está inserido e como são os cuidados que ele recebe.

Para ele existiam dois tipos de mães, a mãe (ou ambiente) suficientemente boa e a mãe

(ou ambiente) insuficientemente boa.

A mãe suficientemente boa esta sempre atenta as necessidades do bebê, porém não

totalmente e sim na medida certa, isto é ao mesmo tempo que ela supre as necessidades

do bebe ela permite que ele se desenvolva e torne independente, sendo assim ela

também precisa falham para que o bebe se constitua pelas falhas. Nessa relação existe

a percepção do bebê de que a mãe o situa e esta presente. Quando o bebe nasce existe a

Preocupação Materna Primaria, ela é definida pela capacidade que a mãe tem de estar

disponível e atenta a todas as necessidades mesmo que ela esteja cansada, e Winnicott
diz que essa mãe se torna capacitada para compreender e perceber mais do que

ninguém a criança, permanecendo em um estado diferenciado psiquicamente.

A mãe insuficientemente boa é aquela que ao está atenta as necessidades do bebe, uma

características é quando as necessidades do bebe não são atendidas, ou quando ele é

cuidado por várias pessoas, para Winnicott a falha materna considerada saudável para

o bebe é quando a mãe investe em objetos como trabalho, marido e outros, o que ajuda

no autodesenvolvimento do bebe. Uma falha na estrutura é considerada grave.

As falham podem ser percebidas de forma diferente de bebê para bebe, bem como a mãe

pode ser aquela pessoa que exerce a função materna, não tendo vínculo biológico.

Existem também funções maternas, são as principais:

- Holding ele refere-se ao acolhimento, proteção e sustento físico e psíquico uma vez

que o bebê está totalmente desamparado. Ela permite a função de formação que é a

integração, onde o bebê a partir de um outro integrado se integra também, ele começa

a se perceber e perceber o outro.

- Handling se refere ao cuidado físico, a troca de fraudas, arrumar a criança, conversar

com o bebê, as experiências do bebê são puramente sensoriais, sendo a luz, a voz das

pessoas, o som e os objetos formadores do psíquico do bebê. A handling permite a função

de formação que é a personalização, ela é a formação de noção de imagem corporal,

quando o bebê reconhece seu corpo e suas partes.

- Apresentação do objeto é a apresentação do bebe ao mundo e aos objetos que é visto

como novo para ele, quem faz isso é a mãe com a apresentação do primeiro objeto, o seio,

que representa o alimento, que representa o primeiro objeto de satisfação, e a partir da

apresentação do objeto o bebe começa a interagir


* Objeto transicional

Durante a transição da fase de dependência absoluta (0-4 meses) e dependência relativa

(4-12 meses) a criança precisa lidar com a dependência da mãe para desenvolver sua

autonomia e com isso surge o sentimento de angustia e para isso o objeto transicional

auxilia nessa passagem como suporte a essa travessia, esse objeto pode ser um pano,

um urso ou qualquer objeto que a criança adote como sendo aliviador de sua angustia.

Talvez a criança não adote nenhum objeto e sim um comportamento como chupar o

dedo, enrolar o cabelo etc. e por isso chama esse comportamento de fenômeno

transicional, para caracterizar. Esse fenômeno pode caracterizar o desmame, mudança

de casa, mudança de escola, ou até início dela.

Distúrbios psíquicos - As manifestações da tendência antissocial e da psicose infantil

Relacionados ao fracasso ambiental na sua missão de facilitar as conquistas dos estágios

iniciais – que começam em algum momento da vida intrauterina e vão até o estágio do

EU SOU que ocorre, em geral, por volta de um ano ou um ano e meio.

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