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ECTO MESO E ENDO Folheto Embrionário
ECTO MESO E ENDO Folheto Embrionário
Índice
A blástula vai se vai se expandindo dentro da zona pelúcida até fazer contato com o útero. A
primeira segregação de células dentro da massa celular interna após sua fixação no útero forma
o hipoblasto. Essas células se separam para revestir a cavidade da blastocele. A massa celular
remanescente, acima do hipoblasto, é agora chamada de epiblasto. Essa separação entre hipoblasto
e epiblasto faz com que o embrião adquira uma estrutura em disco bilaminar.[2]
Nesse disco embrionário bilaminar, será formado um espessamento no epiblasto, que recebe o
nome de linha primitiva. A formação da linha primitiva marca o início da gastrulação, processo que
irá culminar com a origem dos três folhetos embrionários.[8][9]
Esquema do disco
embrionário trilaminar, após a formação da ectoderme, mesoderme e endoderme
intraembrionárias.
Quando as células do epiblasto migram para dentro do hipoblasto, formam a endoderme, e quando
migram para dentro da camada média, formam a mesoderme. As primeiras células do epiblasto a se
movimentar invadem o hipoblasto e deslocam suas células, substituindo completamente os
hipoblastos por uma nova camada de células, a endoderme. Posteriormente, algumas células do
epiblasto migram através da linha primitiva, estendem-se pelo espaço entre o epiblasto e a
endoderme em formação e constituem a mesoderme. Recentes estudos indicam que moléculas
sinalizadoras da superfamília do fator transformador de crescimento-β (TGF- β) induzem a formação
da mesoderme.[16][17][18]
Finalizada a formação da endoderme e da mesoderme, as células do epiblasto param de se
movimentar e migrar pela linha primitiva. O epiblasto remanescente passa então a compor
a ectoderme. A partir desse momento, a gastrulação está finalizada e a formação dos três folhetos
embrionários está completa. Em conclusão, todas as camadas germinativas derivam do epiblasto
durante a gastrulação.
Derivados da Ectoderme
Após a sua formação, o folheto embrionário ectodérmico vai gradualmente adquirindo uma forma
discoide, e se diferencia em placa neural na região central do disco e em ectoderme cutânea na
região periférica. As células da placa neural irão constituir a neuroectoderme.
Derivados da Mesoderme
As primeiras células mesodérmicas inicialmente formarão uma camada fina de tecido ao redor de
cada lado da linha primitiva. As células mais interiores passarão a se dividir até constituírem uma
placa espessa, denominada mesoderme paraxial. Nas regiões laterais, a camada mesodérmica
permanece fina e recebe o nome de placa lateral, tecido que, posteriormente, irá se dividir em
duas camadas: uma camada que cobrirá o âmnio do embrião, a mesoderme parietal; e uma
camada que cobrirá a vesícula vitelínica, a mesoderme visceral. Entre a mesoderme lateral e
paraxial, fica a mesoderme intermediária.
As células da mesoderme paraxial irão se organizar em formas intermediárias denominadas somitos,
cuja formação é induzida por vias de sinalização das proteínas NOTCH e WNT, além de serem
também influenciados pelo FGF8. De acordo com sua posição nessas estruturas, as células dos
somitos poderão constituir o esclerótomo, que irá se diferenciar em vértebras e costelas; além
disso, formarão precursores de células musculares, que culminarão com a formação da maior
parte da musculatura corporal e dos membros; e irão gerar também o dermomiótomo, estrutura
cujas células darão origem à dermeda pele e aos músculos dorsais e intercostais. Essa diferenciação
dos somitos é ativada através de sinalização pelos produtos proteicos dos genes NOGGIN e sonic
hedgehog (SHH), que induzem a formação do esclerótomo. O esclerótomo, por sua vez, passa a
expressar o fator de transcrição PAX1, que então ativa uma cascata de genes indutores da formação
de cartilagens e músculos.[2][17][10][22]
A mesoderme intermediária se diferencia em estruturas urogenitais, formando
os nefrótomos, gônadas, ductos e glândulas acessórias dos órgãos excretores.
A mesoderme lateral, como mencionado, se divide em duas camadas. A camada parietal atuará na
formação da derme da pele na parede corporal e dos membros, dos ossos e do tecido conjuntivo. A
camada visceral irá constituir, juntamente com a endoderme, a parede do tubo intestinal. Ambas as
camadas formarão membranas serosas, que revestem os órgãos, as cavidades peritoneal, pleural e
plericárdica. A mesoderme lateral também é responsável pela formação das células
sanguíneas e linfáticas, por meio de indução por FGF2 e VEGF (fator de crescimento endotelial
vascular), que são secretados pelas células mesodérmicas.[2][1][3][22]
Derivados da Endoderme
Sistema digestivo
Revestimento epitelial do sistema respiratório
Revestimento do Revestimento epitelial da bexiga urinária e uretra
Endoderme
arquêntero Revestimento epitelial da cavidade do tímpano e à
tuba auditiva
Estroma reticular das tonsilas e ao timo
Parênquima da tireoide, paratireoides, do fígado e do
pâncreas
Bibliografia
Referências