Processos de fabricação
Processos de fabricação
Mecânico geral
Processos de fabricação
Trabalho elaborado pela Divisão de Currículos e Programas e editorado pela Divisão de Material
Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional, SENAI-SP, para o Departamento Nacional do
SENAI, dentro do Acordo de Cooperação Técnica Brasil- Alemanha para o curso de Formação de
Supervisores de Primeira Linha.
Equipe responsável
Equipe de editoração
E-mail senai@sp.senai.br
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SENAI
Processos de fabricação
Sumário
Conteúdos 05
Objetivos gerais 09
Classificação dos processos de fabricação 11
Transformação (conformação) 17
Forjamento 63
Princípios fundamentais de corte dos metais 79
Processos manuais de usinagem dos metais 89
Processos de fabricação com máquinas 115
Torneamento 123
Fresagem 169
Furar 205
Aplainar 237
Brochar 255
Retificar 267
Brunir - lapidar – polir 295
Cortar 301
Eletroerosão 325
Uniões por solda e por cola 339
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Processos de fabricação
Conteúdos
Forjamento
• Processos
• Temperatura para forjar
• Ferramentas - matrizes
• Força de trabalho
• Dilatação e contração dos materiais
SENAI 5
Processos de fabricação
Torneamento 8 horas
• Ângulos da ferramenta de tornear
• Secção do cavaco
• Tipos de ferramentas para tornear
• Fixação e ajustagem da ferramenta de tornear
• Materiais das ferramentas
• Lubrificação
• O torno
• Equipamentos e acessórios
• Cálculo de usinagem
Fresagem 6 horas
• Método de ação da fresa
• Tipos de ferramentas e aplicação
• Afiação das fresas
• Tipos de fresadoras
• Equipamentos e acessórios
• Engrenagem
• Elementos de corte
Teste I 1 hora
Furar 3 horas
• Ângulos das brocas
• Tipos de brocas
• Elementos de corte
• Escarear e rebaixar
• Alargar
6 SENAI
Processos de fabricação
Aplainar 3 horas
• Características das plainas
• Ângulos das ferramentas
• Elementos de corte
• Tipos de plainas
• Fixação das peças
Brochar 3 horas
• Ferramenta
• Tipos de máquinas
Retificar 6 horas
• Rebolos
- características e formatos
- identificação
- inspeção, balanceamento e montagem
• Tipos de máquinas
• Elementos de corte
• Refrigeração
• Defeitos
Cortes 6 horas
• Tesouras
• Corte com estampo
• Tipos de estampo
• Folga entre punção e matriz
• Força de corte
• Passo e disposição da peça na fita
Eletroerosão 3 horas
• Eletroerosão a frio
• Eletroerosão por penetração
• O processo
• Ajustes da máquina
• Eletroerosão
SENAI 7
Processos de fabricação
Teste II 1 hora
Total 75 horas
8 SENAI
Processos de fabricação
Objetivos gerais
Conhecer
Estar informado sobre:
• Classificação dos processos de fabricação com e sem cavacos;
• Tecnologia dos processos de fabricação com e sem remoção de cavacos.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características dos processos de fabricação;
• Funcionamento e aplicação das máquinas operatrizes;
• Tipos de ferramentas aplicadas nos diversos processos de fabricação;
• Cálculos de força, velocidade, tempo e potência de corte.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Calcular parâmetros de usinagem aplicando fórmulas, consultando tabelas e
normogramas;
• Selecionar adequadamente o processo de fabricação em função de suas
vantagens e/ ou desvantagens;
• Escolher dados específicos (velocidade de corte, rotações, secção do cavaco) com
o auxílio de tabelas;
• Determinar o processo de fabricação em função das exigências do trabalho, tais
como: acabamento superficial, tempo de fabricação, vida útil da ferramenta.
SENAI 9
Processos de fabricação
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Classificação dos processos de fabricação (com e sem cavacos) e suas
características.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Classificação dos processos de fabricação, quanto aos princípios de atuação das
forças, nos diferentes processos.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Classificar os processos de fabricação, quanto ao modo de atuação das forças, em
cada processo.
Introdução
SENAI 11
Processos de fabricação
Formação original
Exemplos
• Fundição de metais
• Sinterização de pó metálico
• Injeção de plástico
Formação original
12 SENAI
Processos de fabricação
Transformar (conformar)
Exemplos
• Forjar
• Extrudar
• Laminar
• Trefilar
• Repuxar
• Dobrar
Transformar
Cortar
Exemplos
• Cortar
• Usinar
• Eletroerosão
SENAI 13
Processos de fabricação
Cortar
União
É a fabricação de conjuntos através da junção de duas ou mais peças, quer por solda,
colas ou elementos de fixação, como parafusos, rebites, etc.
Exemplos
• Aparafusar
• Rebitar
• Soldar
• Colar
Uniões
14 SENAI
Processos de fabricação
Questionário- resumo
3. Faça ilustrações, através de rascunhos, das forças que atuam em cada processo
abaixo:
• Fundição, sinterização e injeção de plásticos;
• Forjar, extrudar, laminar, trefilar, repuxar e dobrar;
• Cisalhar e usinar.
SENAI 15
Processos de fabricação
Transformação
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Processos mais comuns para transformação/conformação;
• Condições para deformação dos metais mais comuns;
• Máquinas e ferramentas para transformar e conformar materiais a quente e a frio;
• Força de trabalho para a transformação/conformação;
• Tabelas e normas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características mais importantes dos processos de transformação/conformação e
suas aplicações;
• Importância da zona plástica para a deformação;
• Propriedades dos materiais a serem transformados/conformados, maleabilidade,
flexibilidade. etc.;
• Cálculo da matéria- prima (dimensões e volume), antes da transformação e
conformação (tabelas) e com menor raio possível;
• Tipos e características das ferramentas para transformar/conformar.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Calcular as dimensões e o volume das matérias- primas a serem
transformadas/conformadas com o auxílio de fórmulas e tabelas;
• Consultar tabelas de uso diário na oficina.
SENAI 17
Processos de fabricação
Transformação
Exemplo:
• Dobrar, curvar e enrolar;
• Repuxar, trefilar, estirar, laminar, extrudar e forjar.
Tensão x deformação
R- resistência em N/mm 2
E- limite elástico em N/mm 2
A- alongamento em %
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Processos de fabricação
SENAI 19
Processos de fabricação
Influência do encruamento
As peças encruadas pela deformação, podem sofrer um recozimento, que poderá lhes
conferir a estrutura anterior, através de uma recristalização dos cristais deformados.
Zonas de transformação
20 SENAI
Processos de fabricação
Cada transformação plástica ocorre sempre na zona entre o limite de escoamento (B)
e o limite de resistência (C).
Diagrama de transformação
Metais com baixo limite de escoamento e alta ductibilidade podem ser transformados
com menor força.
SENAI 21
Processos de fabricação
Laminar
O material pode ser trabalhado a quente, resultando dessa operação um produto com
estrutura homogênea, compacta e de granulação fina , e, ainda, a frio, onde se obtém
bom acabamento, boa precisão dimensional e aumento da resistência mecânica.
Princípio da laminação
22 SENAI
Processos de fabricação
Laminação de chapas
Tipos de laminadores
Laminar duo
No laminador duo o material a laminar é
transportado, entre cada passada, de um
lado ao outro da máquina. Para isto, o
material é colocado sobre o cilindro superior
que se encarrega de transportá-lo de volta.
Também é possível inverter o movimento
dos rolos em cada passada. Esse tipo de
máquina é chamado de laminador
reversível. Laminador duo
SENAI 23
Processos de fabricação
Laminador trio
O laminador trio é composto de 3 cilindros superpostos. Quando o material a laminar
passou entre o cilindro inferior e o intermediário, levanta-se a mesa, e torna a passar
em direção inversa entre o cilindro superior e o intermediário e, desta forma, efetua ao
mesmo tempo duas passadas (ida e volta).
Laminador trio
Laminador de barras
As barras são fabricadas por intermédio de cilindros que têm uma série de canais
(calibres). Depois de cada passada, o material a laminar entra num calibre ou secção
mais estreita até obter o perfil desejado. Depois de laminados, os perfis são
endireitados com máquinas antes de serem oferecidos ao mercado.
Laminador de barras
Laminador de perfilados
A figura seguinte nos mostra a seqüência de operação da etapa de laminação de perfil
distinto de peça.
24 SENAI
Processos de fabricação
Seqüência de operação
Processo Mannesmann
Laminador oblíquo
SENAI 25
Processos de fabricação
No mesmo tempo o mandril e o corpo oco voltam. Logo que o bloco, na continuação do
giro, chega ao alcance do calibre inativo, a forma e o bloco oco outra vez avançam por
8 a 25mm, ao mesmo tempo que giram 90º.
O movimento rítmico para frente e para trás deu o nome de passo de peregrino ao
processo.
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Processos de fabricação
Extrusão
Extrusão direta
SENAI 27
Processos de fabricação
Extrusão indireta
Observação
A aplicação do processo de extrusão indireta é limitada em função das dificuldades
apresentadas pelo êmbolo oco.
Extrusão de perfilados
Os materiais macios e de baixa resistência, tais como alumínio e suas ligas, podem
também ser extrudados em forma de barras perfiladas.
Perfilados
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Processos de fabricação
Operação de extrusão
Quanto maior for a plasticidade do material, tanto mais fácil será a extrusão. O Pb, Sn,
Al, Cu, Ni e suas ligas são ótimos materiais para extrusão. A condição fundamental
para obter a extrusão é que a força seja aplicada rapidamente.
Dimensões do material
e = 0,1mm D−d
e=
2
SENAI 29
Processos de fabricação
Dimensionamento
Volume da peça
π 2 2 π
Vp = (D - d ) (H - ef) + D 2 .ef
4 4
π .D2
Volume do disco VD = .h
4
Espessura do disco = h
V(peça)
h=
π . D2
4
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Processos de fabricação
Exercício
D=
h=
Trefilar
As barras pré- laminadas são trefiladas a frio, passando através de uma fieira.
Trefilação
SENAI 31
Processos de fabricação
Por esta razão, os materiais trefilados devem ser submetidos a recozimento, visando
minimizar as tensões internas e reconstituir a granulação.
Produtos trefilados
Os produtos trefilados alcançam uma grande precisão (ISO h 8 até h 11). A velocidade
de trefilamento pode atingir 1 500m/min.
O trefilamento é utilizado no caso de aços- ligas ou carbono para fios, de certos metais
raros como o tungstênio para filamentos de lâmpadas, ou de válvulas, de cobre, de
latão, de alumínio, dos quais a indústria elétrica tem grande necessidade.
As fieiras são peças de aço com furos cônicos e polidos, sendo que, para arames de
precisão, são construídas de metal duro ou diamante.
32 SENAI
Processos de fabricação
As fieiras de aço possuem normalmente a seguinte composição: C até 2%, cromo 11%.
Fieiras
O ângulo útil ∝ deve ser tanto maior quanto maior for o passe e mais macio for o
metal. Deve ser levado em consideração o lubrificante empregado.
Quando o orifício aumenta por desgaste, é possível, no caso de certas fieiras especiais
de aço, martelar o contorno da entrada a fim de fazer voltar o orifício a suas dimensões
originais.
Dobramento
Peça
SENAI 33
Processos de fabricação
Estampo de dobra
Dobradores
O punção é uma peça maciça, cuja parte inferior tem um perfil que corresponde à
superfície interna da peça. Pode ser fixado diretamente no cabeçote da prensa ou
através de espiga. A matriz é de aço, onde a parte superior tem a forma da parte
exterior da peça e pode ser fixada diretamente sobre a mesa da prensa. Normalmente,
é sobre a matriz que se fixam as guias do material da peça, que são elementos
adaptados ao estampo para dar uma posição conveniente à peça.
Perfis
34 SENAI
Processos de fabricação
Fenômeno da dobra
Por causa da recuperação elástica, a peça que foi dobrada tende a recuperar sua
forma inicial, assim é preciso dar um ângulo menor do que o desejado para que,
depois da recuperação elástica, a peça fique com a forma prevista.
Recuperação elástica
SENAI 35
Processos de fabricação
• Existe uma região onde se localiza a fibra neutra, que é a área da dobra onde não
ocorre deformação por tração e nem por compressão, nota-se que na região
tracionada houve diminuição da secção e na região comprimida houve um aumento
da secção.
Modificação da secção
Quando se dobra uma chapa com um raio interno muito pequeno, ela pode trincar,
romper, ter uma redução da espessura da chapa e conseqüentemente perder a
resistência desejada.
Por isso, neste tipo de dobra, deve ser observado um raio mínimo, que depende do
material em que se trabalha.
Raio mínimo
36 SENAI
Processos de fabricação
Podemos recorrer a normas específicas para obter o valor correto para o raio, porém,
na prática, podem ser tomados os seguintes valores aproximados:
a) Materiais macios ou recozidos 1 a 2 vezes a sua espessura
b) Materiais duros 3 a 4 vezes a sua espessura
c) Materiais leves 0,4 a 0,8 vezes a sua espessura
Quando a dobra se realiza de forma correta, a região do material que sofre a ação
permanece uniforme.
Para obtermos uma peça dobrada com as dimensões desejadas, devemos cortar a
matéria- prima na medida da peça desenvolvida.
Esta medida é calculada a partir do desenho da peça, somando-se as partes retas com
os comprimentos dos arcos.
O cálculo dos comprimentos dos arcos deve ser feito com base no raio da linha
neutra, pois, como foi visto, é a linha da região que sofreu deformação devido à dobra.
Quando o raio interno de dobra (r) for maior ou igual a 5 vezes a espessura do
material, a linha neutra passará exatamente pela metade dessa espessura. Neste caso
o cálculo do perímetro do arco será baseado no raio (R).
SENAI 37
Processos de fabricação
Quando o raio interno de dobra (r) for menor do que 5 vezes a espessura do material,
a posição da linha neutra vai depender da relação r/e, a qual denominamos de
coeficiente da linha neutra. A figura abaixo nos dá a posição da linha em porcentagem
da espessura do material.
A tabela seguinte também nos dá os valores práticos para linha neutra, em relação à
formula apresentada.
38 SENAI
Processos de fabricação
r 2mm
Coef = ⇒ Coef =
E 1,9mm
Coef = 1,0
O coeficiente 1,0 indica que a linha neutra passa a 37% da espessura, conforme
tabela, isto é, a 0,70mm.
R = 2,70mm
D = 2. 2,70mm D = 5,40mm
π .D . α
L=A+B
360
3,14 . 5,40mm . 45º
L = 20mm + 30mm +
360º
3,14 . 5,40mm
L = 50mm +
8
L = 50mm + 2,12mm
L= 52,12mm
SENAI 39
Processos de fabricação
Exercício
e
a+b+
2
e
a+b+
2
e
a+b+
2
e
a + 2b +
2
a + 2b + 2c + e
a + 2d + b + c + r π + 1,5 e
a+b+c+d+e
a + b + c + 2d + f + g + 2e
40 SENAI
Processos de fabricação
Força de dobra
C.T.L.E2
FD =
h
FD = Força de dobra em N
C = Coeficiente em função de h e E
T = Resistência à tração do material em N/mm 2
L = Largura a dobrar
E = Espessura do material
h = Abertura de V
SENAI 41
Processos de fabricação
Curvar
Enrolar
As operações de enrolar são muito empregadas na fabricação das mais variadas
formas de peças, como por exemplo, dobradiças.
Dobradiças
42 SENAI
Processos de fabricação
Preparação prévia
Calandrar
SENAI 43
Processos de fabricação
Processo de conformação
44 SENAI
Processos de fabricação
Para a laminação de tubos são empregadas tiras de aço cuja largura corresponde ao
diâmetro do tubo planificado. As tiras são aquecidas e conformadas por intermédio de
cilindros até se obterem tubos. Na saída dos cilindros existe um dispositivo que solda
as bordas do tubo conformado. Continuando o processo, o tubo é novamente laminado
para obter a medida exata.
Conformação em tubo
Repuxar (Embutir)
Peças repuxadas
Ferramenta de repuxo
As ferramentas podem ser simples, ou seja, sem prensa- chapas, as quais são pouco
usadas devido à formação de rugas durante a operação de repuxo da peça.
SENAI 45
Processos de fabricação
As ferramentas de repuxo podem ainda ser com sujeitador (prensa- chapas) que,
embora custem mais, são as mais usadas.
46 SENAI
Processos de fabricação
Extratores
SENAI 47
Processos de fabricação
A folga que se deve deixar entre punção e matriz de repuxo corresponde à espessura
do material mais 40% da tolerância máxima de laminação, para permitir que o material
adapte-se à forma do punção e evite o excesso de atrito, que origina rachaduras e
marcas na peça repuxada.
Influência da folga
Folga pequena: o material tende a romper.
Folga pequena
48 SENAI
Processos de fabricação
Quando essas providências não forem suficientes para a realização do repuxo em uma
única operação, a solução é dividir o repuxo em vários estágios.
Estágios
Número de operações
D= d 2 + 4d. h
SENAI 49
Processos de fabricação
Nomenclatura
Exemplo
Calcular o número de operações e as respectivas dimensões (d) e (h) para realizar o
repuxo da peça da figura seguinte.
Resolução
Cálculo do diâmetro (D) do disco.
D= d 2 + 4d .h
D= 20 2 mm 2 + 4 .20mm .80mm
D= 6800mm 2
D = 82,46mm
∴ D ≅ 82mm
50 SENAI
Processos de fabricação
As alturas para cada estágio são obtidas com a mesma fórmula acima, fazendo para
isto uma transformação para isolar (h). Organizando os cálculos , obtém-se o número
de operações para realizar o repuxo da peça.
D 2 . d 12
h1 =
d1 = D . 0,6 4 . d1
2
1º d1 = 82 . 0,6 = 49,2 6 800 . 49
h1 = = 22,4
d1 ≅ 49 mm 4 . 49
h1 = 22,4 mm
D 2 . d 22
h1 =
d2 = d1 . 0,8 4 . d2
2
2º d2 = 48 . 0,8 = 39,2 6 800 . 39
h1 = = 33,8
d2 ≅ 39 mm 4 . 49
h1 = 33,8 mm
D 2 . d 23
h1 =
d3 = d2 . 0,8 4 . d3
3º d3 = 39 . 0,8 = 31,2 6 800 . 31 3
h1 = = 47,0
d3 ≅ 31 mm 4 . 31
h1 = 47,0 mm
D 2 . d 24
h1 =
d4 = d3 . 0,8 4 . d4
4
4º d4 = 31 . 0,8 = 24,8 6 800 . 25
h1 = = 61,7
d4 ≅ 25 mm 4 . 25
h1 = 61,7 mm
D 2 . d 25
h1 =
d5 = d4 . 0,8 4 . d4
5
5º d5 = 25 . 0,8 = 20,0 6 800 . 20
h1 = = 80,0
d5 ≅ 20 mm 4 . 20
h1 = 80,0 mm
Seqüência de cálculos
SENAI 51
Processos de fabricação
D = 1,414 d 2 + 2 dh D= d 2 + d12 + 4 dh D= (
d + 4 H 2 + dH )
52 SENAI
Processos de fabricação
Diagrama
Exemplo
Qual o número de operações, determinado através do diagrama, para fazer o produto
da figura seguinte.
SENAI 53
Processos de fabricação
Repuxamento
Peças de corpo redondo podem ser obtidas a partir de chapas metálicas, mediante um
repuxamento. Um disco de chapa é preso pela região central a um modelo. Este pode
ser de madeira, plástico ou metal e gira em torno do seu eixo. Uma ferramenta em
forma de bastão ou rolete atua comprimindo a chapa contra o modelo enquanto este
gira. Estendendo esta operação ao longo de todo o raio da chapa obtém-se a peça no
formato do modelo da figura seguinte.
A pressão aplicada à chapa pode ser manual ou mecânica; sendo mecânica, não
necessita habilidade e obtém-se melhores resultados.
Por este processo fabricam-se, por exemplo, refletores, e peças com reentrâncias
como caldeirões e jarros.
54 SENAI
Processos de fabricação
Nos casos com reentrâncias os modelos são desmontáveis para que a peça possa ser
extraída. Podem-se repuxar peças com diâmetros variando entre 6m e 7m, com
chapas de 25mm ou mais de espessura.
O repuxamento pode ser a frio ou a quente. Na maioria das vezes a operação é mais
lenta que a estampagem, porém, com ferramental mais barato, é mais econômica para
pequenas quantidades de peças.
Fluo- torneamento
Fluo- torneamento
A pressão do rolete faz não somente coincidir a chapa inicial com a forma do mandril
cônico, mas provoca, por forçamento, a fluidez do metal ao longo do mandril cônico.
SENAI 55
Processos de fabricação
As peças assim obtidas são identificáveis pelo fato de os fundos e os ressaltos serem
mais espessos que as paredes.
Lubrificação
Empregam-se puros, para trabalhos que exijam melhor lubrificação, e diluídos, para
diversos tipos de materiais.
Tabela de lubrificante
Material Lubrificantes
Sabão em pasta - óleo de rícino -
Aços
talco emulsões de óleos minerais
Querosene - óleo de coco- vaselina-
A " e suas ligas
sebo- óleo grafitado
56 SENAI
Processos de fabricação
A conformação de um objeto por esse processo, que também é conhecido pelo nome
guérim, realiza-se a partir de uma placa apoiada sobre uma matriz invertida.
Início da operação
Fim da operação
SENAI 57
Processos de fabricação
Prensa
Prensa de fricção
Usada para trabalhos de forja, estampagem e dobra, com capacidade de 1 300 a 7
200Kn, tem o princípio de funcionamento através da fricção entre os discos que entram
em ação com acionamento da alavanca.
Prensa de fricção
58 SENAI
Processos de fabricação
Prensa excêntrica
Empregada para operações de corte, dobra e repuxo, e com capacidade de 25 a
5 000Kn, tem o princípio de movimento através do giro do excêntrico.
Prensa de manivela
Capacidade de 1 250 a 40 000Kn. Regulagem da posição do curso é feita pelo fuso da
prensa.
Prensa de manivela
SENAI 59
Processos de fabricação
Prensa de alavanca
Prensa hidráulica
Para operação de repuxo, são mais indicadas prensas hidráulicas, pois permitem
grandes pressões a grandes profundidades. Podem ser de simples efeito, com ou sem
almofada de extração. A vantagem destas prensas reside na facilidade existente para
regular a pressão do óleo, o que permite utilizar somente a força necessária e que esta
seja controlada. Capacidade até 80 000Kn ou maior, para forjaria pesada.
Prensa hidráulica
Questionário - resumo
60 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 61
Processos de fabricação
62 SENAI
Processos de fabricação
Forjamento
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Processos para forjar manualmente ou com o auxílio de máquina;
• Ferramentas e matrizes para forjar (tipos, características);
• Dilatação e contração dos materiais no forjamento (tabelas).
Saber
Reproduzir conhecimentos sofre:
• Temperatura para forjar em função do material;
• Alteração na estrutura do material forjado;
• Aplicação e as vantagens do forjamento.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Determinar aumento de volume inicial do material a ser forjado;
• Especificar sobremetal para usinagem.
SENAI 63
Processos de fabricação
Forjamento
Nos materiais para forjamento, devemos limitar os elementos P + S em < 0,1%, por
atuarem de forma negativa.
Aquecimento da peça
64 SENAI
Processos de fabricação
Forjados
Usinados
SENAI 65
Processos de fabricação
Notamos que na peça formada por corte houve um seccionamento das fibras, o que
evidencia um enfraquecimento do material, pois o mecanismo de coesão foi alterado.
Forjamento manual
Estiramento longitudinal
Produz um efeito duplo as dimensões da peça trabalhada: reduz a secção e aumenta o
comprimento.
Estiramento longitudinal
66 SENAI
Processos de fabricação
Estiramento transversal
Estiramento transversal
Recalcamento
Recalcamento
SENAI 67
Processos de fabricação
o o
1- produto a obter 3-cortar o pedaço 5- estirar 1 perna 7- estirar 2 perna
2- cálculo da peça 4- delimitar 6- formar a saliência 8- dobrar e acabar
inicial
Estampagem
Operação de acabamento que confere à peça uma secção regular e, em geral, circular.
É precedida de desbaste. As figuras seguintes mostram a seqüência do trabalho.
Produto a obter
Acabamento
68 SENAI
Processos de fabricação
Forjamento mecânico
Martelo- pilão
As ferramentas utilizadas têm uma forma análoga à das ferramentas para forjamento
manual, e seu modo de ação é idêntico; entretanto, suas dimensões estão na escala
das peças forjadas e, em conseqüência, freqüentemente mais volumosas. Por outro
lado, sendo submetidas a choques mais intensos devem apresentar o máximo de
dureza e de resistência.
Ferramenta simples
SENAI 69
Processos de fabricação
A seqüência da figura abaixo nos mostra um forjamento mecânico com matriz simples.
Inicialmente, a barra sofre o primeiro desbaste nas pontas (b). Logo após, a peça é
posicionada na matriz (c), sofrendo posteriormente o forjamento (d).
Quando pretendemos forjar peças com perfis bem definidos, utilizamos ferramentas de
formação, chamadas estampos, que formam o perfil desejado e chegam a conferir à
peça precisão de até 0,2mm.
A estampagem é realizada com todos os metais e ligas que podem ser forjados a
quente.
70 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 71
Processos de fabricação
No trabalho por choque (carneiro ou pilão), o metal tem tendência a subir, por efeito da
inércia, em direção ao bloco - matriz superior.
É por isso que nesta parte deve estar a impressão gravada, a mais funda ou a que
comporta os detalhes mais delicados.
É necessário que essas linhas determinem uma posição das fibras que favoreça a
peça, isto é, uma orientação das fibras que dê à peça uma boa resistência na direção
onde deverão aparecer os maiores esforços. O escoamento é facilitado por um
polimento cuidadoso das superfícies sobre as quais desliza o metal e pela supressão
dos ângulos vivos.
A rebarba
A formação de uma rebarba, excesso de metal que se escoa pelo plano de contato das
matrizes, num alojamento que envolve a impressão gravada, é necessária, pois
garante a estanqueidade, o que obriga o metal da peça inicial encher completamente a
impressão gravada.
72 SENAI
Processos de fabricação
Matrizes
Uma matriz é, em geral, composta de dois blocos: um bloco superior e um inferior, nos
quais foram feitas impressões ou gravações que reproduzem numa concavidade a
forma externa da peça.
Matriz independente
Os dois blocos - matrizes não são fixados sobre os órgãos do aparelho de
estampagem; seu posicionamento relativo é garantido por meio de prisioneiros ou
pinos de referências.
Matriz independente
Matriz fixa
Os dois blocos são fixados, um à parte fixa, o outro à parte móvel do aparelho de
estampagem.
SENAI 73
Processos de fabricação
A posição relativa desses dois blocos deve ser bem controlada para assegurar a
coincidência das impressões gravadas.
Matriz fixa
Matrizes especiais
Matrizes especiais são utilizadas quando se trata de grande série de peças, pois as
máquinas são especiais, como prensas horizontais e máquinas automáticas.
Matriz múltipla
74 SENAI
Processos de fabricação
Essas operações prévias, que possibilitam que os volumes de metal sejam repartidos
de acordo com a forma geral da peça, facilitam a realização da estampagem final,
diminuem o trabalho e, conseqüentemente, o desgaste da impressão gravada
destinada ao acabamento.
Estampagem de acabamento
Esta operação consiste em realizar uma segunda estampagem da peça numa matriz
acabadora, a fim de tornar mais precisas as formas e as dimensões da peça.
É também realizada uma calibragem a frio, numa prensa, a fim de suprimir certas
superespessuras de usinagem. Esta calibragem permite obter espessuras com
aproximação de 0,2mm.
Rebarbagem
SENAI 75
Processos de fabricação
Contração do metal
Sob o ponto de vista prático, podem ser considerados os seguintes calores para a
contração, de acordo com o tipo de material.
O excesso de material deve ser determinado em função das dimensões da peça, tanto
para diâmetros como para larguras, do seguinte modo:
Questionário- resumo
76 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 77
Processos de fabricação
Princípios fundamentais de
corte dos metais
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Alfabeto grego maiúsculo e minúsculo.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Princípio e efeito da cunha no processo de fabricação com cavacos;
• Ângulos que formam a ferramenta de corte e formação do cavaco (geometria de
corte);
• Tipos de cavacos em função de vários fatores, tais como: material, ferramenta, etc.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Descrever o efeito da cunha no processo de corte;
• Identificar os ângulos que formam a ferramenta de corte;
• Descrever o efeito da cunha na formação de cavacos.
Introdução
SENAI 79
Processos de fabricação
Alfabeto grego
Alfabeto grego
Princípios de corte
Efeito da cunha
Uma certa força, aplicada numa cunha, decompõe-se em duas forças F 1 e F 2 , como
mostra a figura seguinte.
Efeito da cunha
80 SENAI
Processos de fabricação
Verificando a figura abaixo notamos, através da decomposição das forças, que, quanto
menor for o ângulo de cunha B, maiores serão as forças F 1 e F 2 ,e mais fácil será a
penetração da cunha.
Geometria de corte
SENAI 81
Processos de fabricação
Ângulos
α = ângulo de incidência ou de
folga
β = ângulo de cunha
γ = ângulo de saída (figura ao
lado)
O ângulo de saída γ (figura a seguir) foi criado para facilitar a saída do cavaco e
depende dos fatores:
• Resistência e dureza do material;
• Quantidade de calor gerado pelo corte;
• Área de secção do cavaco.
Ângulos da cunha
SENAI 83
Processos de fabricação
Esses três tipos de cavacos estão relacionados não só pelo tipo de material da peça,
como também pelo ângulo de saída y da ferramenta.
Cavaco partido
O cavaco partido pode ser formado de duas maneiras:
1. Por arrancamento, sem deformação plástica do material.
Cavaco partido
84 SENAI
Processos de fabricação
Cavaco cisalhado
Cavaco contínuo
Quando se usina um material plástico, o cavaco não se apresenta partido, mas
contínuo.
Cavaco contínuo
SENAI 85
Processos de fabricação
Aresta postiça
86 SENAI
Processos de fabricação
Questionário- resumo
SENAI 87
Processos de fabricação
Processos manuais de
fabricação com ferramentas
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Processos manuais de fabricação com auxílio de ferramentas
• Diversos tipos de ferramentas para usinagem.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características das ferramentas manuais para fabricação;
• Diferentes ângulos de corte das ferramentas manuais.
• Tipos de acabamento artificial conforme a ferramenta e o processo manual de
fabricação empregado;
• Relação do ∅ do furo com o ∅ e passo da rosca e material da peça.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar e adequar o tipo de ferramenta manual ao material a ser trabalhado;
• Consultar tabelas de furação para abrir roscas.
Introdução
Cinzelar
Esta operação objetiva separar e cortar uma quantidade de material, mediante a ação
de uma ferramenta chamada cinzel.
Cinzel
Tipos de cinzel
90 SENAI
Processos de fabricação
Ângulos
SENAI 91
Processos de fabricação
Limar
É uma operação que tem por finalidade desgastar, raspar ou polir um material
mediante a ação de uma lima. A lima é uma ferramenta de aço temperado, em cujas
faces existem dentes cortantes, que podem ser fresados (obtidos por fresamento) ou
picados (obtidos por conformação). O grau de dureza da lima varia entre 50 e 60 HRC.
Lima
Lima fresada
Utilizada para materiais bem moles como chumbo, alumínio, estanho, etc.
Lima fresada
92 SENAI
Processos de fabricação
Lima picada
Utilizada em materiais moles e de média dureza (não temperados).
Lima picada
Quanto ao picado
1 Bastarda, 9 dentes por cm.
2 Bastardinha, 16 dentes por cm.
3 Murça, 25 dentes por cm.
Picados
Para usinagem de materiais moles, tais como Pb, A " , Zn, Sn e Cu, ou suas ligas
utilizamos limas de picado simples.
SENAI 93
Processos de fabricação
Para usinagem de materiais duros, tais como aço, aço fundido e aço- liga, utilizamos
limas de picado cruzado, que nos dá melhor acabamento.
Picado cruzado
Grosa
94 SENAI
Processos de fabricação
Quanto à secção
Tipos de formatos
Lima chata
Lima triangular
Lima quadrada
Lima redonda
Lima barrete
Lima amêndoa
Lima faca
Lima para
ferramenteiros
Lima disco
SENAI 95
Processos de fabricação
Limas frescas
Quanto ao comprimento
96 SENAI
Processos de fabricação
Serrar
Essa operação, executada com uma serra ou serrote, consiste em cortar, abrir fendas
e iniciar ou abrir rasgos num determinado material. Serra manual é uma ferramenta
composta de um arco de aço-carbono, onde deve ser montada uma lâmina de aço-
rápido ou aço- carbono, dentada e temperada.
Serra manual
A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento, que comumente mede 8”, 10” ou
12”, pela largura da lâmina, que geralmente mede 1/2”, e pelo número de dentes por
polegada, que, em geral, é de:
• 18 dentes por polegada, usada em materiais moles;
• 24 dentes por polegada, usada em materiais duros;
• 32 dentes por polegada, usada em materiais muito duros e de pouca espessura.
Travamento
SENAI 97
Processos de fabricação
Rasquetear
Superfície
98 SENAI
Processos de fabricação
Rasquetes
São ferramentas de corte, feitas de aço especial, com as quais se executa a operação
de rasquetear.
Tipos de rasquetes
Rasquete
SENAI 99
Processos de fabricação
2. Passo - Desbaste
O desbaste deve ser feito conforme a figura abaixo, visando à eliminação dos
sulcos produzidos pela ferramenta de corte.
Desbaste
Friccione a peça no elemento de controle até manchar a peça com tinta nos pontos
mais altos, os quais deverão ser raspados.
100 SENAI
Processos de fabricação
4. Passo - Rasqueteie
Identifique os pontos mais altos, que são as manchas maiores.
Rasqueteamento
5. Passo - Verifique
Verifique quantos pontos por centímetro quadrado se obteve na superfície.
Verificação
Roscar
A rosca é uma saliência ( filete) de secção uniforme (triangular, quadrada, etc.), que se
desenvolve com uma inclinação constante em torno de uma superfície cilíndrica.
Rosca
SENAI 101
Processos de fabricação
O filete da rosca pode ter dois sentidos, como mostra a figura seguinte.
Sentido
1. Sentido à direita
2. Sentido à esquerda
Para confeccionar roscas internar utilizamos machos, que são ferramentas de corte,
construídas de aço especial, com rosca similar a um parafuso com três ou quatro
ranhuras longitudinais.
102 SENAI
Processos de fabricação
Os machos com quatro ranhuras são mais utilizados em materiais moles: Al, Zn, etc.
Os machos com três ranhuras são para materiais de dureza mais elevada: Aço, etc.
Esses machos são fabricados em jogos de três. Dois são de ponta cônica e um
totalmente cilíndrica.
SENAI 103
Processos de fabricação
Detalhes construtivos
Os jogos de machos de roscas para tubos geralmente são de dois machos para roscas
paralelas e um único macho quando se tratar de roscas cônicas.
104 SENAI
Processos de fabricação
Rosca interna
Onde
d =diâmetro nominal da rosca
p =passo
SENAI 105
Processos de fabricação
106 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 107
Processos de fabricação
108 SENAI
Processos de fabricação
Furação para abertura de roscas (Sistema inglês Whit. Grossa - BSW Whit. fina - BSF).
Diâmetro Números de fios Brocas
Nominal
em poleg. BSW BSF Poleg. mm
1/16 60 - 3/64 1,17
3/32 48 - 5/64 1,85
1/8 40 - 3/32 2,54
5/32 32 - 1/8 3,2
3/16 24 - 9/64 3,7
7/32 24 - 11/64 4,5
1/4 20 - 13/64 5,1
- 26 7/32 5,4
9/32 26 - 1/4 6,2
SENAI 109
Processos de fabricação
Roscar externo
Cossinetes
110 SENAI
Processos de fabricação
Os cossinetes possuem quatro ou mais furos, que formam as suas partes cortantes e
permitem a saída do cavaco. Geralmente possuem um corte no sentido da espessura,
que permite regular a profundidade de corte.
Cossinete regulável
O cossinete é utilizado para abrir roscas externas em peças cilíndricas, tais como
parafusos, tubos, etc.
Cossinete bipartido
SENAI 111
Processos de fabricação
p
Diâmetro do eixo = d -
5
Diâmetros
Questionário- resumo
1. Quais os ângulos das cunhas dos cinzéis para aço, ferro fundido, cobre, alumínio e
aços- liga ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
112 SENAI
Processos de fabricação
6. Qual o número de dentes da lâmina de serra manual para materiais duros, moles e
muito duros ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
11. Ao escolher os machos para roscar, quais as características que devem ser
levadas em consideração?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
12. Ao escolher o cossinete para roscar, quais as características que devem ser
levadas em consideração ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
SENAI 113
Processos de fabricação
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Tipos e processos de fabricação com auxílio de máquinas operatrizes em geral;
• Formação de cavacos através dos movimentos mecânicos e uniformes das
máquinas operatrizes.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Fatores ou movimentos que determinam a usinagem dos materiais por corte
(velocidade de corte) em m/min (Vc), avanço por rotação ou por golpe em mm (a) e
profundidade de corte em mm;
• Sentido de corte;
• Fatores que influenciam a velocidade de corte, a vida útil da ferramenta e o
acabamento superficial;
• Influência das forças de corte na peça, na máquina e na ferramenta.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Aplicar e adequar os movimentos das máquinas ao material a ser trabalhado;
• Escolher o processo adequado em função do acabamento superficial, usando
tabelas.
SENAI 115
Processos de fabricação
Introdução
Movimento de avanço
Esse tipo de movimento pode ser contínuo, caso típico de tornear e fresar, mas
também pode ser interminente em seqüência de cortes, como na operação de aplainar.
Esse movimento pode ser feito pela peça (fresar) ou pela ferramenta (tornear, aplainar,
furar, etc.)
116 SENAI
Processos de fabricação
Aplainar Tornear
Furar
Fresar Retificar
SENAI 117
Processos de fabricação
Secção do cavaco
O ajuste da profundidade de corte (p) normalmente é medido por meio de uma escala
graduada conectada ao fuso.
Secção do cavaco
S = a. p mm 2
118 SENAI
Processos de fabricação
Durante a formação de cavacos, forças geradas pelo corte atuam tanto na ferramenta
como na peça. Essas forças devem ser equilibradas, em direção e sentido, pela peça e
pelos dispositivos de fixação da máquina. A figura seguinte ilustra a representação
espacial dessas forças que podem ser aplicadas a outros processos de usinagem.
Fa = Força de avanço
F = Força total para cortar - é a resultante de Fc e Fr, que influem na fixação da peça e
da ferramenta.
F C = S. K S
SENAI 119
Processos de fabricação
1. Material da peça
• Material duro - baixa Vc
• Material mole - alta Vc
2. Material da ferramenta
• Muito resistente - alta Vc
• Pouco resistente - baixa Vc
120 SENAI
Processos de fabricação
Questionário- resumo
SENAI 121
Processos de fabricação
122 SENAI
Processos de fabricação
Torneamento
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• O princípio do torneamento;
• Os tipos de ferramentas;
• Tabelas para torneamento;
• Tabelas de fluidos refrigerantes em função do material a ser usinado;
• Definição de tempo de corte e de fabricação;
• Valores de rendimentos.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Geometria de corte em função do material e do processo;
• Tipos, características e princípio de movimento do torno;
• A influência do ângulo de rendimento;
• Operações mais comuns de torneamento;
• Equipamentos, componentes, funções e tipos de tornos;
• Cálculos: de rpm através de fórmulas, do tempo de corte da potência da máquina
em função do rendimento.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar e adequar as ferramentas de acordo com o tipo de trabalho e material a
ser usinado;
• Selecionar a preparar a máquina e as ferramentas de acordo com a forma e a
quantidade de peças a produzir;
• Determinar rpm, Vc, avanço e penetração com o uso de tabelas e diagramas;
• Determinar força de corte e potência da máquina aplicando e consultando tabelas.
SENAI 123
Processos de fabricação
Torneamento
Torneamento
124 SENAI
Processos de fabricação
• Ângulo de saída (γ) formado pela face de ataque e pelo plano da superfície de
saída, é determinado em função do material.
δ =α+β
SENAI 125
Processos de fabricação
Ângulo x = 45º
A fixação ideal da ferramenta para cilindrar uma peça é posicionar o corpo da
ferramenta a 90º em relação ao eixo de simetria da peça e o ângulo de rendimento x
45º, salvo em casos especiais.
Ângulo x = 45º
Ângulo de inclinação
126 SENAI
Processos de fabricação
Ângulo negativo
Quando a ponta de ferramenta for a parte
mais baixa em relação à aresta de corte.
É usado nos trabalhos de desbaste e em
cortes interrompidos (peças quadradas,
com rasgos ou com ressaltos) em
materiais duros.
Ângulo negativo
Ângulo positivo
Dizemos que λ é positivo quando a ponta
da ferramenta em relação à aresta de
corte for a parte mais alta. É usado na
usinagem de materiais macios, de baixa
dureza.
Ângulo positivo
Ângulo neutro
Dizemos que ( λ ) é neutro quando a
ponta está na mesma altura da aresta de
corte. É usado na usinagem de materiais
duros, e exige menor potência do que λ
positivo ou negativo.
Ângulo neutro
SENAI 127
Processos de fabricação
Secção do cavaco
Secção do cavaco
s = a. p
128 SENAI
Processos de fabricação
r = 4. a
p = (3 a 8). a
Torneamento externo
Existem diversos tipos de ferramentas para tornear externamente. O que as
caracterizam são as formas, ângulos, tipos de operações que executam e o sentido de
corte.
Sentido de corte
SENAI 129
Processos de fabricação
Torneamento externo
130 SENAI
Processos de fabricação
O bedame, quando utilizado para cortar, deve ter uma ligeira inclinação na aresta de
corte, para evitar que a rebarba fique presa à peça.
A relação de medida entre a parte útil (b) e a aresta de corte (a) varia
aproximadamente de 4:1 até 5:1.
O gráfico da figura seguinte nos mostra a relação entre a medida da aresta de corte (a)
e o diâmetro da peça.
Determinação da largura
Exemplo
Para uma peça com diâmetro 45mm de aço 400N/mm 2 teremos para a aresta do
bedame a = 3,8mm.
Ângulos do bedame
SENAI 131
Processos de fabricação
2. Para os ângulos α 1 , α 2 , τ 1, τ 2
usa-se de 1 a 2º.
Torneamento interno
Ferramentas para tornear internamente podem ser de corpo único, com pontas
montadas ou com insertos. Podemos utilizá-las nas operações de desbaste ou de
acabamento, variando os ângulos de corte e a forma da ponta.
Ângulos do bedame
132 SENAI
Processos de fabricação
As figuras seguintes mostram que a posição influi nos ângulos α e γ. Como já vimos,
os ângulos influem na formação do cavaco e, consequentemente, na força de corte.
Torneamento externo
Torneamento interno
SENAI 133
Processos de fabricação
Aço-carbono
Possui teores de 0,7 a 1,5% de carbono e é utilizado em ferramentas para usinagens
manuais ou em máquinas-ferramentas.
Utilizado para pequenas quantidades de peças, não se presta para altas produções. É
pouco resistente a temperaturas de corte superiores a 250ºC, daí a desvantagem de
usarmos baixas velocidades de corte.
Aço-rápido
Possui, além do carbono outros elementos de liga, tais como: tungstênio, cobalto,
cromo, vanádio, molibdênio, boro, etc., responsáveis por excelentes propriedades de
resistência ao desgaste.
Metal duro
Comumente chamado de carboneto metálico, compõe as ferramentas de corte mais
utilizadas na usinagem dos materiais na mecânica.
134 SENAI
Processos de fabricação
Fixação de pastilhas
Fixação da pastilha
SENAI 135
Processos de fabricação
Grupos de materiais
Grupos de usinagem
Classe de carboneto
Materiais
Identificação
Processos de usinagem
Cores de
aço inoxidável
Azul (não fundido) P20 Aço e ferro maleável Tornear, fresar, aplainar com
Crescente velocidade e resistência contra desgaste
nodular ou
→
ligado com Aço e aço fundido com Tornear, fresar, aplainar com
tendência para P40 baixa resistência,
velocidades baixas, grandes
←
→
M Materiais
ferrosos com Aço e aço fundido, aço
Tornear com velocidades
cavacos
←
ao manganês, ferro
→
Aço e aço
fundido ao Aço, aço fundido,
←
manganês,
→
austenítico, ao
austenítico, Tornear com velocidades e
M20 manganês, ferro fundido
corte fácil cinzento, ligado, avanços médios
maleável e nodular
Ferro fundido
Amarelo
Cinzento,
ligado, Aço, aço fundido,
coquilhado, Tornear, fresar e aplainar
austenítico, ferro
maleável, M30 com velocidades médias e
fundido, lidas resistentes
nodular a altas temperaturas avanços médios a grandes
Metais
Resistentes a
altas Aço de baixa
Tornear, formar e cortar com
temperaturas resistência, aço de corte
M40 bedames, especialmente
fácil, metais não
ferrosos para tornos auntomáticos
Metais não
ferrosos
136 SENAI
Processos de fabricação
→
curtos e não- Aço temperado, ferro
←
ferrosos fundido, ligado,
→
DB ≤ 220 Kgf/mm , ferro
2
←
Ferro fundido
Tornear, furar, rebaixar e
Cinzento, maleável de cavacos
K10 fresar. Rasquetear, alargar e
←
nodular, alumínio, plásticos, brochar
ligado, ebonite, vidro,
coquilhado de porcelana, pedra e
←
→
2
Kgf/mm , cobre, latão,
Tornear, aplainar, fresar e
Aco alumínio, ligas não-
K20 furar. Rebaixar, alargar e
←
temperado.
→
ferrosas, compensados
e aglomerados de brochar.
Não ferrosos madeira, pedra e
←
→
Metais não-ferrosos,
K40 madeiras moles e duras Tornear e aplainar
em estado natural
SENAI 137
Processos de fabricação
Possuem dureza maior que o metal duro, podendo ser empregadas a uma velocidade
de corte 5 a 10 vezes maior.
Escala de dureza
São utilizadas na operação de acabamento em ferro fundido, ligas de aço, ligas não
ferrosas plásticas. O gráfico da figura seguinte mostra o tempo de vida da ferramenta
em função da velocidade. Nas usinagens a quente o gume de corte pode resistir ao
desgaste até 1 200ºC.
Vida da ferramenta
Suportes
138 SENAI
Processos de fabricação
Lubrificação
A usinagem de metal produz sempre calor, que resulta da ruptura do material pela
ação da ferramenta e do atrito constante entre os cavacos arrancados e a superfície da
ferramenta.
Geração de calor
SENAI 139
Processos de fabricação
Fluidos de corte
É um líquido composto por várias substâncias com a função de introduzir uma melhoria
no processo de usinagem dos metais.
Ação Lubrificante
140 SENAI
Processos de fabricação
• Função refrigerante
Com o calor passa de uma substância mais quente para outra mais fria, ele é
absorvido pelo fluido. Por esta razão, o óleo deve fluir constantemente sobre o
corte.
Ação refrigerante
Fluidos de corte
• Fluidos refrigerantes
Usam-se, de preferência, como fluidos refrigerantes:
ar insuflado ou ar comprimido, mais usados nos trabalhos de rebolos;
água pura ou misturada com sabão comum, mais usada na afiação de ferramentas,
nas esmerilhadoras.
Observação
Não é recomendável o uso de água como refrigerante nas máquinas- ferramentas por
causa da oxidação das peças.
SENAI 141
Processos de fabricação
• Fluidos lubrificantes
Os mais usados são os óleos. São aplicados, geralmente, quando se deseja dar
passes pesados e profundos, onde a ação da ferramenta contra a peça produz
calor.
O fluido mais utilizado é uma mistura, de aspecto leitoso, contendo água (como
refrigerante) e de 5 a 10% de óleo solúvel (como lubrificante).
O uso dos fluidos de corte, na usinagem dos metais, concorre para maior produção,
melhor acabamento e maior conservação da ferramenta e da máquina.
Fluidos de corte
Durezas
Materiais Fluidos
brinell
Aços
Aço para cementação 100-140
Aço para construção sem liga 100-225
Aço para construção com liga 220-265
Óleo solúvel 5% ou óleo de
Aço fundido 250
corte
Aço para ferramenta sem liga 180-210
Aço para ferramenta com liga 220-240
Aço para máquinas automáticas 140-180
Aço para mola 290 Óleo de corte
Aço inoxidável 150-200 Óleo de corte sulfurado
Fundidos
Ferro fundido 125-290 A seco, ou óleo solúvel 2,5%
Ferro nodular 100-125 Óleo de corte ou solúvel 5%
Não ferrosos
Cobre com 1% de chumbo
Liga, cobre 70% + níquel 30%
Latão comum
Latão para máquinas automáticas A seco, ou óleo solúvel 2,5%
Bronze ao chumbo
Bronze fosforoso
Bronze comum
Alumínio puro
Silumino (alumínio duro) Óleo de corte com 50% de
Duralumínio querosene
Outras ligas de alumínio
Magnésio e ligas A seco
142 SENAI
Processos de fabricação
Torno
Torno mecânico
SENAI 143
Processos de fabricação
Torno revólver
A característica fundamental do torno revólver é o emprego de várias ferramentas,
convenientemente dispostas e preparadas, para executar as operações de forma
ordenada e sucessiva.
Torno revólver
Torre revólver
144 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 145
Processos de fabricação
Torno vertical
Torno vertical
Torno copiador
Neste torno, os movimentos que definem a geometria da peça são comandados
através de mecanismos que copiam o contorno de um modelo ou chapelona.
146 SENAI
Processos de fabricação
O torno copiador tem grande amplicabilidade e não deve ser utilizado em produções
pequenas, por ser antieconômico.
Torno CNC
Torno CNC
SENAI 147
Processos de fabricação
Equipamentos e acessórios
Ponto rotativo
Utilizado nas operações de torneamento que requerem uma fixação entre pontas no
torno.
Ponto rotativo
Placa universal
Equipamento muito comum nos trabalhos de torneamento. Possui 3 castanhas que
efetuam o aperto da peça simultaneamente e uma conseqüente centragem. Pode
efetuar fixação em diâmetros internos e externos.
Placa universal
Placa de arraste
Usada no torneamento de peças fixadas entre pontos, onde se pretende manter uma
maior concentricidade no comprimento total torneado.
Placa de arraste
148 SENAI
Processos de fabricação
Placa plana
Utilizada na fixação de peças irregulares com auxílio de dispositivos.
Placa plana
SENAI 149
Processos de fabricação
Luneta fixa
Esse acessório tem grande utilidade quando pretendemos tornear eixos longos de
pequenos diâmetros, pois atua como mancal, evitando que a peça saia de centro ou
vibre com a ação da ferramenta.
Luneta fixa
Luneta móvel
É utilizada em eixos de pequenos diâmetros, sujeitos a flexões e vibrações na
usinagem . Serve também como mancal e deve ser montada sempre junto da
ferramenta, para evitar vibrações e flexões, pois anula as forças de penetração da
ferramenta.
Luneta móvel
150 SENAI
Processos de fabricação
Mandril pinça
Mandril pinça
Mandril expansivo
Utilizado na fixação de peças em que se pretende tornear totalmente o diâmetro
externo, visando manter uma uniformidade na superfície.
Mandril expansivo
Cálculos de usinagem
Velocidade de corte - Vc
Para efetuar o corte de um material qualquer, por meio de uma ferramenta, é
necessário que o material ou a ferramenta se movimente, um em relação ao outro.
SENAI 151
Processos de fabricação
m m
Vc = ou Vc =
min s
1 1 1
n= ; ;
s min h
Quando o espaço é minuto, dizemos rpm (rotação por minuto), pois esta é uma
abreviação consagrada pela prática.
1
n = min −1 = ou n = [rpm]
min
Conversão
Em toda usinagem, onde o corte é realizado em movimento circular , a velocidade de
corte é a velocidade tangencial ou periférica, que já estudamos no módulo de ciências,
e que é expressa pela fórmula Vt = 2. π rn.
Torneamento
Vt = Vc = 2 π r η
Onde:
Vt = velocidade tangencial
Vc = velocidade de corte em m/min
2r = d = diâmetro da peça, no caso de torneamento
η = número de rotações
portanto Vc = π d η
152 SENAI
Processos de fabricação
Como nas máquinas operatrizes a seleção da velocidade é feita através da rotação (n),
a velocidade de corte (Vc) adequada para o material é escolhida em tabelas, e o
diâmetro é determinado medindo-se a peça, devemos usar a seguinte fórmula de
conversão:
Vc Vc.1000
η= ou η=
d. π dπ
m
A segunda fórmula é a usada, pois, entrando com a Vc em e o diâmetro d da
min
1
peça em mm, obteremos a rotação η em = rpm.
min
Exemplo
Determinar a n (rpm) necessária para usinar um cilindro de aço 1020, com ferramenta
de aço rápido, conforme desenho da figura seguinte.
Desbaste e acabamento
Solução
Desbaste
d = 100mm
m
Vc = 25
min
SENAI 153
Processos de fabricação
Vc . 1000 25 . 1000m/m /
n= = =
d. π 100 . πm/m
/ . min
1
= 80 η = 80 rpm
min
Acabamento
d = 95mm
m
Vc = 30
min
30 . 1000m /m/ 1
η= = 100
95 . πm/m/ . min min
η = 100 rpm
Roscar
Desbaste Acabamento Desbaste Acabamento
Recartilhar
Aço 0,35%C 25 30 10 200 300
Aço 0,45%C 15 20 8 120 160
Aço extra- duro 12 16 6 40 60
Ferro fundido 20 25 8 70 85
maleável 15 20 8 65 95
Ferro fundido gris 10 15 6 30 50
Ferro fundido duro 30 40 10-25 300 380
Bronze 40 50 10-25 350 400
Latão e cobre 60 90 15-35 500 700
Alumínio 25 40 10-20 120 150
Fibra e ebonite
154 SENAI
Processos de fabricação
• Diagrama
Tornear um eixo de diâmetro 90mm com Vc = 20m/min. Qual é a rpm correta? (Figura
seguinte)
Diagrama
Solução
leitura η ≅ 70 rpm
ajustado η = 63 rpm
• Nomograma
Tornear um eixo de diâmetro 35mm com Vc = 40m/min. Qual é a rpm correta ? (Figura
seguinte)
Nomograma
SENAI 155
Processos de fabricação
Solução
η = 355 rpm
36 1 908 1 146 573 382 286 230 191 164 143 127 115 96
40 2 120 1 272 636 424 318 254 212 182 159 141 127 106
45 2 382 1 431 716 477 358 286 239 205 179 159 143 120
50 2 650 1 590 795 530 398 318 265 227 199 177 159 133
54 2 860 1 720 860 573 430 344 287 245 215 191 172 144
60 3 176 1 908 954 636 477 382 318 272 239 212 191 159
65 3 440 2 070 1 035 690 518 414 345 296 259 230 207 173
72 4 600 2 292 1 146 764 573 458 382 327 287 255 229 191
85 4 475 2 710 1 355 903 678 542 452 386 339 301 271 226
120 6 352 3 816 1 908 1 272 954 764 636 544 477 424 382 318
243 1 2900 7 750 3 875 2 583 1 938 1 550 1 292 1 105 969 861 775 646
Tempo de fabricação
É o tempo gasto desde o começo até a entrega de uma tarefa, que não sofra
interrupção anormal em nenhuma de suas etapas.
156 SENAI
Processos de fabricação
Também chamado de tempo principal, é aquele em que a peça se transforma tanto por
conformação (tirar material) como por deformação.
Nesta unidade só trataremos do cálculo do tempo de corte (Tc), onde a unidade usual
é adequada o segundo ou o minuto.
Tc = [s; min ]
Exemplo
Um comprimento de 60mm deve ser percorrido por uma ferramenta com a velocidade
(avanço) de 20mm/min.
Solução
Fórmula geral
Espaço
Velocidade =
Tempo
S S
V= t=
t V
60m/m
/ . min
t= = 3min
/m
20m /
SENAI 157
Processos de fabricação
Torneamento longitudinal
1
Va = a. n mm.
min
Tc =
S
[min ]
a.n
L.i
Tc = [min ]
a.n
Notação
Exemplo
Um eixo de comprimento L = 1 350mm, Vc = 14m/min, diâmetro ∅ = 95mm avanço
a = 2mm, deve ser torneado longitudinalmente com 3 passes.
Rotação da máquina:
24 - 33,5 - 48 - 67 - 95 - 132/min
158 SENAI
Processos de fabricação
Calcule
a) rpm = ?
b) tempo de corte Tc = ?
Solução
Vc . 1000
a) η =
d. π
η=
14 . 1000mm
η= = 46,93/min
95mm . π min
η = escolhida = 48
L.i
b) Tc =
a.n
1350mm . 3
Tc = = 42 min
48
2mm .
min
Torneamento transversal
Torneamento transversal
SENAI 159
Processos de fabricação
A força de corte (Fc) , necessária para usinar uma peça, não só depende da secção do
cavaco (fabricação), mas também do material a ser usinado, ou seja, da resistência do
material.
Força de corte
Através de experiências, foi medida a força de corte por 1mm 2 de secção de vários
materiais e se convencionou chamar força específica de corte Ks em N/1mm 2 de
secção.
Esse valor Ks varia também em função da espessura (h) do cavaco (Figura seguinte),
que exerce grande influência na sua formação. A espessura (h) do cavaco deve ser
calculada para que se possa consultar a tabela “Força específica de corte Ks em
N/mm2 de secção de cavaco”. Força específica de corte Ks em N/mm 2 de secção de
cavaco e extrair dela o valor Ks em função do material.
160 SENAI
Processos de fabricação
St 42 3 090 2 920 2 750 2 600 2 450 2 320 2 190 2 060 1 950 1 830 1 640 1 540
St 50 3 550 3 360 3 140 2 960 2 800 2 640 2 480 2 330 2 200 2 070 1 840 1 730
St 60 3 060 2 940 2 830 2 710 2 620 2 520 2 420 2 330 2 240 2 150 1 990 1 900
St 70 3 440 3 330 3 200 3 080 2 970 2 860 2 760 2 620 2 570 2 470 2 300 2 200
C 22 2 550 2 460 2 360 2 290 2 210 2 130 2 040 1 970 1 900 1 830 1 700 1 640
C 45 2 700 2 560 2 400 2 280 2 150 2 030 1 910 1 800 1 710 1 610 1 440 1 350
gS 20 1 970 1 930 1 880 1 840 1 810 1 770 1 720 1 680 1 650 1 610 1 530 1 500
34 Cr 4 3 930 3 640 3 340 3 080 2 850 2 630 2 420 2 240 2 060 1 900 1 630 1 490
GG-20 1 800 1 700 1 600 1 510 1 430 1 340 1 280 1 200 1 140 1 070 950 900
GG-30 2 210 2 070 1 920 1 800 1 680 1 680 1 460 1 360 1 280 1 190 1 040 960
GTW-35 1 910 1 820 1 730 1 650 1 580 1 500 1 420 1 360 1 290 1 240 1 130 1 070
GS-45 2 320 2 240 2 140 2 060 1 990 1 910 1 840 1 770 1 700 1 630 1 510 1 450
Cu Zn 40 1 010 930 840 770 720 660 600 550 500 460 390 350
Cu Sn 8 1 430 1 350 1 280 1 210 1 140 1 070 1 010 960 900 850 770 720
Al Mg 5 640 620 590 570 550 530 510 490 470 460 420 410
Mg Al g 520 480 440 400 370 350 320 290 270 260 220 200
Fc = s. Ks
[
s = a . p mm 2 ]
N
Ks
mm 2
Fc [N]
SENAI 161
Processos de fabricação
Exemplo
Usando a tabela Ks, calcule a força de corte para tornear um eixo.
Dados:
p = 10mm
a = 1,8mm
x = 45º
material = GG - 20
Solução
Fc = S . Ks
s= a . p = 1,8mm . 10mm = 18mm2
h = a . Senx = 1,8mm . 0,707
h = 1,27mm
N
Ks = 950 conforme a tabela
mm 2
N
Fc = 18mm 2 . 950
mm2
Fc = 17 100N
Espaço
Potência = Força .
Tempo
F.S Unidades
p=
t (W ; KW)
p = F. V V = Velocidade
Pc = ( W; KW)
Fc . Vc
60
162 SENAI
Processos de fabricação
Rendimento
Uma máquina sempre exige uma potência induzida (Pin) maior do que a potência
efetiva (Pef) na ferramenta . A diferença entre essas duas potências é a perda por
atrito e calor entre os componentes da máquina.
η)
Rendimento (η
Motor diesel 0,33
Motor elétrico 0,85
Engrenagem 0,97
Torno 0,70
Plaina 0,70
Pef
n= n<1
Pin
Pc
Pin =
η
Fc . Vc
Pin =
η
Exemplo
Um eixo de aço com resistência de 600N/mm2 (St60) é usinado no torno com a
velocidade de corte Vc = 16m/min. Calcule a potência de corte e a potência induzida.
Dados:
a = 1,13mm
p = 8mm
x = 45º
n = 0,7
Solução
Área da secção:
S = a . p = 1,13mm . 8mm
S = 9mm2
Espessura (h)
h = a . Sen x = 1,13mm. 0,707
h = 0,8mm
N
Ks = 2 150 conforme a tabela
mm 2
Força de corte:
Fc = 9 mm2. 2 150N/ mm2
Fc = 19 350N
Potência de corte:
Fc .Vc 19350N . 16m / min
Pc = =
60 60
Pc = 5 160W
Potência induzida:
Pc 5 160 W
Pin = = = 7 371W
n 0,7
Pin = 7,4KW
164 SENAI
Processos de fabricação
Questionário - Resumo
SENAI 165
Processos de fabricação
Dados:
Ferramenta de metal duro
Solução
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
166 SENAI
Processos de fabricação
Dados:
Avanço a = 0,4mm
= 112rpm
Solução
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
14. Qual o rendimento de um motor elétrico, quando a potência induzida Pin for de
4,5KW e a potência Pef, na ferramenta, de 4,0KW ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
SENAI 167
Processos de fabricação
Fresagem
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Princípios de construção, funcionamento e tipos de máquinas fresadoras;
• Tabelas e diagrama para vc, rpm, e avanço em função do material e da ferramenta;
• Afiação das fresas de perfil constante;
• Meios de fixação da ferramenta e da peça;
• Fórmulas mais utilizadas para o cálculo da engrenagem de dentes retos (módulo).
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características da fresagem frontal e tangencial;
• Tipos de ângulos das fresas, características e aplicação conforme o tipo de
trabalho e material a ser usinado;
• Influência do sentido de corte (concordante e discordante) no acabamento e na
máquina;
• Fatores que influenciam na fresagem (material da peça, material da ferramenta,
VC, avanço, penetração, rpm, refrigeração e rigidez da fixação);
• Equipamentos e acessórios das fresadoras e cabeçote divisor simples.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Solucionar problemas de fabricação com fresadoras no trabalho diário;
• Selecionar e preparar as máquinas e ferramentas de acordo com a qualidade e
quantidade de trabalho a ser efetuado;
• Determinar rpm, VC, avanço e penetração com o auxílio de tabelas.
SENAI 169
Processos de fabricação
Fresagem
Fresadora
A fresa é uma ferramenta que possui vários dentes cortantes e que retira os cavacos
por meio de movimentos circulares.
170 SENAI
Processos de fabricação
Para materiais não ferrosos de baixa dureza, tais como alumínio, bronze, plásticos, etc,
utilizamos fresa tipo W.
Nos materiais de dureza média, como, por exemplo, aço até 700n/mm2, usamos fresa
tipo N.
Para materiais duros, quebradiços e aços com mais de 700N/mm2 usamos fresa tipo H.
→ pequeno
Grande número de dentes
SENAI 171
Processos de fabricação
As fresas com poucos dentes são aplicadas geralmente em materiais moles e, pela
própria construção, podem retirar um maior volume de material.
Poucos dentes
De acordo com o método de ação da fresa, podemos ter uma fresagem tangencial ou
frontal, com movimentos discordantes ou concordantes.
Fresagem tangencial
Nesse tipo de fresagem, o eixo da fresa é paralelo à superfície que está sendo
usinada. O cavaco formado tem a forma de vírgula. A fresagem tangencial exige um
grande esforço da máquina e da fresa. No acabamento superficial não se consegue
baixa rugosidade.
Fresagem tangencial
172 SENAI
Processos de fabricação
Fresagem frontal
Fresagem frontal
O cavaco possui uma espessura regular e a máquina é pouco exigida, porque a força é
distribuída em vários dentes em processo contínuo.
Movimento discordante
Fresagem discordante
SENAI 173
Processos de fabricação
Movimento concordante
Fresagem concordante
Com relação às forças de corte, a resultante tende a fixar a peça à mesa; daí o seu
emprego em peças de rigidez de fixação deficiente e difíceis de prender, como no caso
de chapas de pouca espessura.
Mecanismo de avanço
174 SENAI
Processos de fabricação
Existem muitos tipos de fresas e sua classificação pode ser feita através de vários
critérios.
Fresas planas
Utilizamos na fresagem de superfícies planas, rasgos e canais. Quanto ao corte, temos
dentes retos ou helicoidais.
SENAI 175
Processos de fabricação
Fresas angulares
Utilizamos para fresagem de ranhuras em ângulos ou formação de perfis prismáticos.
Fresas angulares
Fresas- lima
Muito utilizada em ferramentaria na confecção de moldes e matrizes que necessitam
cantos, rasgos e arestas com bom acabamento.
176 SENAI
Processos de fabricação
Após a montagem dessas ferramentas, devemos verificar a altura das arestas de corte
se quisermos obter um bom acabamento.
Nos cabeçotes com pastilhas reversíveis mais modernas, a fixação das pastilhas é
feita apenas pela ação de um mola, auxiliada pela ação da resultante das forças de
corte.
Associação de fresas
A figura seguinte nos mostra a força axial F e seu sentido quando uma fresa helicoidal
trabalha.
Forças no corte
SENAI 177
Processos de fabricação
Trem de fresagem
Trem de fresagem
Dispondo de máquinas com potência suficiente para o trabalho, temos uma grande
economia de tempo, pois executamos os perfis com uma única fresa.
As fresas que compõe o trem de fresagem devem ser afiadas em conjunto, para
manter as relações das dimensões entre os perfis.
178 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 179
Processos de fabricação
As fresas cilíndricas frontais G são montadas com mandris que podem possuir cone
morse de fixação. O movimento é transmitido à fresa por intermédio da chaveta
longitudinal I.
Vida da fresa
Como toda a ferramenta, a fresa também está submetida a desgaste. Esse desgaste
não é provocado somente pelo tempo efetivo de trabalho, mas também pela qualidade
de afiação, condições de trabalho e funcionamento dos órgãos das máquinas.
Vibrações da fresa
180 SENAI
Processos de fabricação
Afiação de fresas
Notamos a necessidade de afiar uma fresa quando ela vibra e produz uma superfície
rugosa e imprecisa.
Face anterior
D . sen γ
h=
2
Face posterior
SENAI 181
Processos de fabricação
3. Acertar as alturas dos dentes tornando o diâmetro D regular, visto que os dentes
foram afiados em separado.
Diâmetro regular
A afiação das fresas de perfil constante deve ser efetuada apenas na face anterior do
dente.
Perfil constante
182 SENAI
Processos de fabricação
O posicionamento do rebolo, por esse motivo, deve ser feito no mesmo plano da face
frontal, conforme a figura seguinte. Para que seja mantido o mesmo ângulo em todos
os dentes da fresa é necessário um aparelho divisor que garantirá, rigorosamente, o
deslocamento angular dos dentes.
Posicionamento Divisor
Tipos de fresadoras
Fresadora universal
É assim chamada por sua grande versatilidade de operações. Seus movimentos se
processam em vários eixos e sentidos, e podem ser acoplados a ela vários
equipamentos e dispositivos.
Fresadora universal
SENAI 183
Processos de fabricação
Sua mesa pode ser posicionada até 45º, tanto à direita como à esquerda, permitindo a
fresagem de superfícies helicoidais.
A figura seguinte mostra um cabeçote vertical que pode ser acoplado a este tipo de
máquina.
Fresadora vertical
Fresadora horizontal
É uma fresadora pouco versátil; sua árvore trabalha na horizontal e a mesa move-se
vertical e longitudinalmente . Alguns modelos são parecidos com a fresadora universal,
mas não inclinam a mesa e não recebem cabeçote vertical.
Fresadora horizontal
184 SENAI
Processos de fabricação
Quando nas produções em série surgem peças de grande comprimento que requerem
fresagem, utilizam-se os modelos da figura seguinte, conforme as operações
necessárias.
Fresadoras horizontais
Fresadora vertical
Esse tipo de fresadora, pouco versátil, presta-se a execução de trabalhos em peças de
grande altura (Fresadora vertical). Trabalha normalmente com fresas frontais,
executando trabalhos de usinagem em vários ângulos, visto que seu cabeçote pode
assumir posicionamentos angulares (Usinagem em ângulo).
SENAI 185
Processos de fabricação
Equipamentos e acessórios
Montagem combinada onde, além de um Montagem com garra e parafuso, com calços
sistema de fixação combinado, há um de alturas escalonadas
regulador de altura que possibilita a
fixação especial da peça
186 SENAI
Processos de fabricação
Montagem de uma peça numa morsa Fixação por intermédio de cunha de aperto
angular orientável, o que possibilita
excelentes recursos nesse tipo de
fresagem
SENAI 187
Processos de fabricação
Observação
Nas pequenas e médias produções os lotes de peças nem sempre viabilizam a
construção de dispositivos; porém, podemos executar montagens combinadas com
igual função, como vemos na figura seguinte.
Aparelho divisor
Quando se usinam peças cujas secções têm a forma de polígonos regulares, como
quadrados, hexágonos, etc, ou executam-se sulcos regularmente espaçados como nas
engrenagens, utilizando-se divisores simples, que fazem divisões diretas em função
do disco divisor. O número de divisões executado pode ser igual ao existente no disco
ou um submúltiplo deste.
Divisor simples
188 SENAI
Processos de fabricação
Divisor universal
Exemplos
1. Efetuar 10 divisões:
40 40
n= = =4
N 10
n = 4 voltas completas para cada divisão.
SENAI 189
Processos de fabricação
2. Efetuar 32 divisões:
40 40 8 4
n= = =1 + = 1+
N 32 32 16
4
1+
16
1 - volta completa
4 - furos a avançar
16 - o disco de 16 furos
190 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 191
Processos de fabricação
Engrenagem
192 SENAI
Processos de fabricação
o módulo p=m.π
passo p
a espessura p=2.s
o diâmetro primitivo e o módulo d e = d p + 2m
diâmetro de
externo o módulo e o no de dentes d e = m(z + 2)
diâmetro da d r = 2 . 1,166. m
dr o diâmetro primitivo e o módulo
raiz
número de dp
z o diâmetro primitivo e o módulo z=
dentes m
Altura (*) h o módulo h = 2,166 . m
p
Espessura o passo s=
s 2
do dentes
o módulo s = 1,57. m
d p1+ d p2
distância os diâmetros primitivos c=
2
entre os C
centros m(z1 + z2 )
o módulo e o no total de dentes c=
2
espessura
da
b o módulo b = de 6 a 10m
engrenage
m
cabeça c o módulo c=m
fundo f o módulo f = 1,166m
(*) A altura total dos vãos entre os dentes das fresas- módulos das engrenagens com
β = 20º de ângulo de pressão é determinada da seguinte maneira:
SENAI 193
Processos de fabricação
Para que a engrenagem trabalhe perfeitamente, é necessário que seus dentes tenham
o mesmo módulo, passo e ângulo de pressão.
Ângulo de pressão
Módulo (m) é uma relação entre o passo (p) e π ; indica quantas vezes o valor de π
está contido no passo e é medido no diâmetro primitivo (d p ) da engrenagem
P
m=
π
P = m. π
α = ângulo de pressão
194 SENAI
Processos de fabricação
Daí a necessidade de termos uma série de fresas de perfis diferentes para um mesmo
módulo.
Para execução das engrenagens acima do módulo 10, o jogo de 15 fresas é assim
fornecido:
o
N da 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8
fresa 1 2 3 4 5 6 7
2 2 2 2 2 2 2
o
N de 12 13 14 15 17 19 21 23 26 30 35 42 55 80 135
dente e e e e e e e e e e e para
s (Z 16 18 20 22 25 29 34 41 54 79 134 cima
SENAI 195
Processos de fabricação
Elementos de corte
Vc
n=
πD
Ábaco A Ábaco B
Exemplo
No ábaco logarítmico A: D = 150mm;
Vc = 15m/min
n = 31,5rpm
196 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 197
Processos de fabricação
Avanço de corte
Temos que:
a = az. Z [mm ]
Se necessitarmos do avanço em [mm / min ] basta multiplicar por n [rpm] da fresa:
a 1 = a z . Z. n [mm / min]
A tabela seguinte recomenda os valores dos avanços por dente, considerando a fresa
e o material para passes com profundidade de 3mm.
198 SENAI
Processos de fabricação
Exemplo
Se desejamos dar um passe de 6mm de profundidade, o avanço lido na tabela (0,02)
deverá ser reduzido à metade (0,01).
O avanço por dente é dado para obter um acabamento uniforme com várias fresas
diferentes e para obter a força do corte nas cunhas da fresa.
Tempo de corte
L .i
Tc =
n.a
Onde:
L = 1 + ea + cp
L = curso completo da ferramenta
ea =espaço anterior
ep =espaço posterior
l = comprimento da peça
Curso da ferramenta
SENAI 199
Processos de fabricação
Exemplo
Calcule:
a) Avanço (a 1 ) em mm/min
b) Tempo de corte (Tc) para dois passes
Dados: Z = 6
a z = 0,2mm
Solução
L = " + ea + ep
L = 380mm + 20mm + 1mm
L = 401mm
a) a 1 = az . z . n
70 mm
a 1 = 0,2mm . 6. = 84
min min
L.i
b) b. Tc =
a1
401mm . 2
Tc = = 9,54min
mm
84
min
200 SENAI
Processos de fabricação
Exercícios
Dados:
Material da peça aço 1020
Passos do trabalho:
1o Fresa de topo 040mm
i =1
a 1 = 80mm/min
Solução:
Dados:
Vc = 20m/min
Profundidade de corte = 2mm
Fresa de topo 012mm
a 1 = 60mm/min
Solução:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
SENAI 201
Processos de fabricação
Questionário- resumo
1. Quais os ângulos ( α, β, γ ) da fresa para fresar alumínio, aço até 700N/mm 2 e aços
com mais de 700N/ mm 2 ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
4. Qual a velocidade de corte e avanço para fresar alumínio, com fresa de aço rápido,
cilíndrica e acabamento desbastado ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
202 SENAI
Processos de fabricação
9. Para 28 divisões, quantas voltas devem ser dadas e quantos furos contados para
um divisor cuja constante N é igual a 40 ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
SENAI 203
Processos de fabricação
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Diversos tipos de máquinas de furar e seu funcionamento;
• Cálculo de secção de cavaco na furação e o tempo de corte.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Movimentos de corte das brocas, alargadores, rebaixadores e escareadores;
• Tipos e características de brocas, alargadores, rebaixadores e escareadores;
• Afiação de brocas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar os processos, máquinas e ferramentas em função da qualidade,
material e porte da peça a ser trabalhada;
• Consultar tabelas para determinar a Vc, avanço e sobremetal.
SENAI 205
Processos de fabricação
Furar
Furar é um processo de usinagem com remoção de cavacos; possui movimento de
corte circular e movimento de avanço na direção do eixo de giro
Movimentos de corte
Para isso, utilizam-se brocas que são ferramentas feitas geralmente de aço rápido,
com ou sem pontas de carbonetos.
Existem vários tipos de brocas, no entanto, utilizaremos o tipo helicoidal para definir as
características gerais das brocas.
As brocas helicoidais têm dois canais helicoidais que permitem a saída do cavaco e a
entrada, na zona de corte, do líquido de refrigeração e lubrificação.
Broca helicoidal
206 SENAI
Processos de fabricação
As estrias guiam a broca no orifício. São finas para reduzir o atrito nas paredes do
orifício. As bordas das estrias constituem os fios auxiliares de corte da broca.
A afiação correta dos fios principais de corte deve ser feita formando linhas retas. Para
conseguir isso, a superfície detalonada é afiada de forma curvilínea.
Esse fio transversal deve formar com o fio principal de corte um ângulo de 55º, dessa
forma a afiação estará correta e exigirá uma menor força de avanço.
Dois terços da força de avanço são absorvidos pelo atrito do fio transversal com a
peça.
Para reduzir esse atrito, pode-se desbastar o fio transversal, no entanto, isso
acarretará uma redução da resistência ao desgaste.
SENAI 207
Processos de fabricação
Afiações especiais
Afiações especiais
Aplicações
DIN 1412
Afiação em cruz 2
Aço com mais de 900N/mm
Quando a broca não está afiada corretamente, não podemos obter um furo preciso. A
figura seguinte mostra o resultado de uma má afiação.
Comprimento desiguais dos Fios de corte com ângulos Fios de corte com ângulos
fios de corte, fio transversal diferentes em relação ao diferentes em relação ao
fora do eixo da broca eixo da broca eixo da broca, fio
transversal fora do eixo da
broca
Conseqüências
1 O esforço será desigual, a carga maior recairá sobre um fio de corte
2 A broca é desviada
3 O furo ficará com um diâmetro maior
Conseqüência de uma afiação incorreta
208 SENAI
Processos de fabricação
Ângulo γ e τ
O ângulo de ataque γ e o ângulo da ponta τ dependem das características do
material a ser cortado.
Características Ângulo
Ângulo da hélice Aplicação
do material da ponta
materiais prensados,
Tipo H τ = 80º ebonite, mármore,
para materiais τ = 118º granito, nylon, PVC latão,
duros e frágeis τ = 140º bronze, celeron, baquelite
aço austenítico
Broca helicoidal
Executa furação em peças, com ou sem pré- furação. Pode ter hastes cilíndricas ou
cônicas.
Broca de centro
É utilizada para fazer a furação inicial que servirá de guia para outras brocas de
diâmetros maiores.
Broca de centro
Nas peças, essa furação é usada para fixação entre- pontas nos tornos, retificadoras,
etc.
Broca escalonada
210 SENAI
Processos de fabricação
Broca longa
Aplicada em furações longas de pequenos diâmetros, por exemplo, furação de
virabrequim.
Broca longa
O fluido de corte é injetado sob alta pressão. Para furar ferro fundido e metais não-
ferrosos, aproveitam-se os canais para injetar ar comprimido, que expele os cavacos.
SENAI 211
Processos de fabricação
É própria para furos profundos de pequenos diâmetros, pois é mais robusta que a
helicoidal e utiliza o próprio furo como guia.
Broca canhão
A broca canhão tem um corpo semi- cilíndrico com um só gume de corte.
212 SENAI
Processos de fabricação
Possui refrigeração sob pressão que lubrifica e expele os cavacos pelo seu próprio
corpo.
Trepanação
Furações especiais
SENAI 213
Processos de fabricação
Elementos de corte
Velocidade de corte
Velocidade de corte da broca é a velocidade que terá um ponto na periferia da broca, e
depende:
• Do material a furar
• Do material de que é feita a broca.
V = π. d . n onde:
Exemplo
Calcule a rpm que devemos utilizar nas condições abaixo.
V
V = π . d. n n=
d. π
24m / min
n= = 765rpm
0,01m . 3,14
Devemos furar com 765rpm ou a mais próxima rotação que a máquina possuir.
Avanço de corte
É a penetração, em cada volta, que a broca realiza no material.
214 SENAI
Processos de fabricação
Secção de corte
É a secção de material retirada pela broca em uma rotação, por aresta de corte.
Secção de corte
Essa tabela apresenta valores para brocas de aço rápido. Usando brocas de aço ao
carbono devemos reduzir os valores à metade.
SENAI 215
Processos de fabricação
( meio macio )
Alumínio
Cobre
Latão
Velocidade de corte ( m /
30 25 22 15 30 50 65 100
min )
Rotações por Avanço
Rotações por minuto ( rpm )
minuto (rpm) (mm/v)
1 0,06 9 550 7 950 7 003 4 774 9 550 15900 20670 31800
2 0,08 4 774 3 975 3 502 2 387 4 774 7 950 10335 15900
3 0,10 3 183 2 650 2 334 1 591 3 183 5 300 6 890 10600
4 0,11 2 387 1 988 1 751 1 193 2 387 3 975 5 167 7 950
5 0,13 1 909 1 590 1 401 954 1 909 3 180 4 134 6 360
6 0,14 1 591 1 325 1 167 795 1 591 2 650 3 445 5 300
7 0,16 1 364 1 136 1 000 682 1 364 2 271 2 953 4 542
8 0,18 1 193 994 875 596 1 193 1 987 2 583 3 975
9 0,19 1 061 883 778 530 1 061 1 767 2 298 3 534
10 0,20 955 795 700 477 955 1 590 2 067 3 180
12 0,24 796 663 584 397 796 1 325 1 723 2 650
14 0,26 682 568 500 341 682 1 136 1 476 2 272
16 0,28 596 497 438 298 596 994 1 292 1 988
18 0,29 530 442 389 265 530 883 1 148 1 766
20 0,30 477 398 350 238 477 795 1 034 1 590
22 0,33 434 361 318 217 434 723 940 1 446
24 0,34 397 331 292 198 397 663 861 1 326
26 0,36 367 306 269 183 367 612 795 1 224
28 0,38 341 284 250 170 341 568 738 1 136
30 0,38 318 265 233 159 318 530 689 1 060
35 0,38 272 227 200 135 272 454 591 908
40 0,38 238 199 175 119 238 398 517 796
45 0,38 212 177 156 106 212 353 459 706
50 0,38 190 159 140 95 190 318 413 636
Tempo de corte
Para calcular o tempo de corte (Tc) temos primeiro de considerar alguns aspectos.
216 SENAI
Processos de fabricação
Antes que a broca corte a peça com toda sua capacidade, ela percorre um espaço
(ea), o qual depende do ângulo da ponta da broca.
L = " + ea
L = curso da broca
ea = espaço percorrido pela broca antes
de estar cortando com toda sua
capacidade ( diâmetro )
" = comprimento da peça ( espessura )
d = diâmetro da broca
L. i onde:
Tc =
a.n
L = curso da broca em mm
i = número de passes
a = avanço em mm/rotação
n = número de rotações/min
SENAI 217
Processos de fabricação
Calcule:
a) rotações por minuto
b) curso da broca L
c) tempo de corte Tc
Dados:
Material: aço 1020
d = 25mm
a = 0,15mm
Vc= 25m/min
i = 2 furos
Solução:
a) V = π . d. n
V
n=
d. π
25000mm
n=
25mm . π min
n = 318,4/min = 318/min
b) L = ea + 30mm
L = 0,3. 25mm + 30mm
L = 37,5mm
L.i
c) Tc =
a.n
37,5mm . 2
Tc =
1
0,15mm . 318
min
Tc = 1,5min
218 SENAI
Processos de fabricação
Escarear e rebaixar
Escareamento
Rebaixamento
SENAI 219
Processos de fabricação
Alargar
220 SENAI
Processos de fabricação
Alargador
Os alargadores podem apresentar haste paralela para trabalho manual e haste cônica
para trabalho em máquinas operatrizes.
• Cônicos
SENAI 221
Processos de fabricação
No tipo manual, os dentes podem ser retos ou helicoidais com 8º e, no tipo para
máquina, o ângulo da hélice varia entre 50º e 60º.
Pode possuir, também, uma haste postiça, onde apenas a ponta cortante é feita de aço
rápido. Essa ponta é fabricada a partir do diâmetro de 24mm (Figura anterior: f)
222 SENAI
Processos de fabricação
Ângulos do alargador
Na figura seguinte um alargador em corte, o que facilita a percepção dos ângulos de
construção:
• O ângulo de entrada é de 45º;
• O ângulo de conicidade do cone ativo é de 10º.
O corte AA efetuado no cone ativo nos mostra dois ângulos de folga: o primeiro, na
aresta cortante é de 6 a 7º e o segundo, com uma maior folga, é de 15 a 18º.
SENAI 223
Processos de fabricação
1. Furar utilizando uma broca de diâmetro igual ao diâmetro do furo final menos o
sobremetal.(Conforme tabela seguinte)
Tabela de sobremetal
Material Retirada de material em mm no ∅
a ser usinado até 2,0 mm 2-5mm 5-10mm 10-20mm acima
Aço até 700N/mm 2 até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,4
Latão, bronze até 0,1 0,1 -0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3
Ferro fundido até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,5
Material sintético rígido até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,4 0,5
224 SENAI
Processos de fabricação
Estrias retas
2
Aço até 500N/mm ou à esquerda 10 - 12 0,1 – 0,2 0,3 0,4 Emulsão
45º
Estrias retas
Aço acima de
ou à esquerda 8 - 10 0,1 – 0,2 0,3 0,4 Emulsão
500 700N/mm
45º
Estrias retas
Aço acima de event. Emulsão ou
2 6-8 0,1 – 0,2 0,3 0,4
700 900N/mm com entrada óleo de corte
dupla
Estrias retas
Aço acima de event. Emulsão ou
2 4-6 0,1 – 0,2 0,3 0,4
900N/mm com entrada óleo de corte
dupla
Ferro fundido Emulsão ou
Estrias retas 8 - 10 0,2 – 0,3 0,4 – 0,5 0,5 – 0,6
até 220DB óleo de corte
Ferro fundido Emulsão ou
Estrias retas 4-6 0,2 0,3 0,4
acima de 220DB óleo de corte
Estrias retas
Aço inoxidável ou event. à 3-5 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,4 Óleo de corte
direita
A seco ou
Latão Estrias retas 10 - 12 até 0,3 0,4 0,5 - 0,6
emulsão
Estrias retas
Bronze ou event. à 3-8 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,4 Emulsão
direita
Estrias retas
Cobre eletrolítico ou event. à 8 - 10 0,1 - 0,2 0,2 - 0 0,5 - 0,6 Emulsão
direita
Estrias esq.
A seco ou
Alumínio 45º ou estrias 15 - 20 até 0,3 0,4 0,4
emulsão
retas
Silumin Estrias retas 8 - 10 até 0,2 0,3 - 0,4 0,5 - 0,6 Emulsão
SENAI 225
Processos de fabricação
Observação
Quando alargamos furos de peças conjugadas de materiais diferentes (exemplo: aço e
ferro fundido) devemos tomar cuidado, pois a peça de material mais mole tende
alargar mais que a outra de maior dureza.
226 SENAI
Processos de fabricação
Mandrilar
SENAI 227
Processos de fabricação
Esse processo de usinagem se viabiliza nas produções em série, onde as peças como
na figura seguinte possuem um grande número de operações, que são executadas
simultaneamente.
Ferramentas de mandrilar
Esse mandril deve ser tão forte quanto permita o diâmetro do furo, e não deve ser
muito longo para evitar desvios e vibrações.
228 SENAI
Processos de fabricação
Ferramentas fixas
Ferramentas reguláveis
SENAI 229
Processos de fabricação
Furadeira sensitiva
É a mais simples das máquinas- ferramentas destinadas à furação de peças. É
indicada para usinagem de peças de pequeno porte e furos com diâmetros de até
15mm.
Tem o nome de sensitiva porque o avanço é feito manualmente pelo operador, o qual
regula a penetração da ferramenta em função da resistência que o material oferece.
Furadeira de coluna
As furadeiras de coluna são assim chamadas pela forma de seu corpo. Possuem
tamanhos variáveis e grande capacidade de trabalho.
230 SENAI
Processos de fabricação
Com essa furadeira podemos executar furação de peças de maior porte e diâmetros
maiores que a furadeira sensitiva.
Furadeira radial
A furadeira radial serve para furação de peças volumosas. Pode executar fresagens,
roscamentos e furações de até 100mm de diâmetro.
Seu cabeçote pode se deslocar no sentido horizontal, por meio do braço, e, no vertical,
ao longo da coluna.
SENAI 231
Processos de fabricação
232 SENAI
Processos de fabricação
Mandriladora
Broqueadoras
SENAI 233
Processos de fabricação
Questionário- resumo
2. Quais os ângulos de ponta e de hélice para furar aço, latão, alumínio, fibra e
baquelite ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3. De quais fatores depende a velocidade de corte para furar com broca helicoidal ?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
234 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 235
Processos de fabricação
Aplainar
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Processos e tipos de máquinas (vertical, horizontal, limadora e de mesa), assim
como os tipos de trabalhos que podem ser desenvolvidos na fabricação com
plainas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Tipos de aplainamento vertical e horizontal;
• Movimentos da plaina (corte, avanço e penetração);
• Cálculo do número de golpes por minuto;
• Cálculo do tempo de corte;
• Princípio de movimento na plaina limadora;
• Ferramentas para aplainamento vertical e horizontal e seus ângulos;
• Fixação das peças a serem aplainadas em função das forças de corte.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Seleção de velocidade de corte em função do material da peça, da ferramenta do
avanço;
• Resolver problemas típicos no trabalho de aplainamento, tais como: tipos de
ferramenta, fixação de peças, etc.
SENAI 237
Processos de fabricação
Aplainar
Aplainar
Tipos de plainas
Plaina de mesa
O movimento de corte é executado pela peça.
Plaina de mesa
238 SENAI
Processos de fabricação
Plaina limadora
O movimento de corte é executado pela ferramenta.
Plaina limadora
Ferramentas e operações
SENAI 239
Processos de fabricação
Ângulos da ferramenta
Ângulos da ferramenta
Ângulos da ferramenta
Material α β γ
Aço 1020 8 55 27
Aço 1045 8 62 20
Aço 1060 8 68 14
Aços ferramentas (±0,9%C) 6a8 72 a 78 14 a 18
Aços inoxidáveis 8 a 10 62 a 68 14 a 18
Ferro fundido até 250 (brinell) 8 76 a 82 0a6
Ferro fundido maleável 8 70 12
Cobre, latão, bronze (macio) 8 55 27
Latão e bronze (quebradiço) 8 79 a 82 0a3
Bronze para buchas 8 75 7
Alumínio 10 a 12 30 a 35 45 a 48
Duralumínio 8 a 10 35 a 45 37 a 45
240 SENAI
Processos de fabricação
Aplainamento
Operação de desbaste
Desbaste
SENAI 241
Processos de fabricação
Operação de acabamento
Acabamento
Para um bom acabamento o avanço deve ser maior que o raio r da ponta da
ferramenta de corte.
Elementos de corte
Secção de cavaco
A secção de cavaco S é determinada pelo avanço a e pela profundidade p.
S=p.a [ mm2 ]
Secção do cavaco
242 SENAI
Processos de fabricação
Profundidade e avanço
Profundidade e avanço
Velocidade de corte
St70 42 36 30 25 P 30
C60 16 12 10 8 6 5 SS
Aços ligas 25 20 17 15 P 30
8,5 6,5 5 4 3 SS
Aços fundidos 26 24 21 19 16 14 P 30
16 12 10 8 7 6 4,5 SS
Ferro fundido 36 32 28 26 25 22 K 10
12 9 7 5,6 5 4 SS
Alumínio 200 180 160 140 125 112 100 90 K 20
fundido
40 32 25 20 18 16 SS
SENAI 243
Processos de fabricação
Vc = Ng . 2L
Comprimento total
Vc
Ng =
2.L
Exemplo
Determinar o número de golpes por minuto com que se deve regular a plaina para
usinar 5mm na espessura da peça da figura seguinte.
Dados:
Material- St42
Ferramenta- aço rápido
Avanço- 0,4mm
" 1 = " 2 = 20mm
244 SENAI
Processos de fabricação
Solução
a) Procurar na tabela velocidade de corte em mm a velocidade de corte adequada.
Vc = 22m/min
b) Comprimento total.
L = "1 + " 2 + " 3
L = 20 + 100 + 20 [mm]
L = 140mm = 0,14m
Vc
Ng =
2L
22 m /
Ng = m . min
2 . 0,14 /
1
Ng = 78
min
Tempo de corte
S S
V= ⇒ t=
t V
Assim, calculamos:
curso da ferramenta L
=t=
velocidade de corte Vc
curso da ferramenta L
=t=
velocidade de retorno Vr
L L
t= +
Vc Vr
SENAI 245
Processos de fabricação
Com a largura b da peça e o avanço a, por golpe, teremos o número de golpes ida e
volta Ng.
b
Ng =
a
Número de golpes
Definimos então o tempo de corte (Tc) para n golpes necessários e i passes, através
da seguinte fórmula:
L L b.i
Tc = + .
Vc Vr a
Outra fórmula para o cálculo do tempo de corte (Tc), quando se conhece o número de
golpes (ida e volta) por minuto, é:
b.i
Tc =
Ng . a
Onde:
a = avanço por golpe (ida e volta) em mm
b = largura da peça em mm
i = número de passes
Ng = número de golpes/min
L = comprimento em m
Vc e Vr = velocidade em m/min
Tc = tempo de corte em min
246 SENAI
Processos de fabricação
Exercícios
Dados:
Tempo para execução de golpe de corte: t = 18s
Tempo para execução de golpe de retorno: t = 8s
Largura da peça: b = 600mm
Avanço transversal: a = 1,2mm
Dados:
16 golpes (ida e volta) por minuto
" 1 + " 3 = 40mm
a = 0,8mm por golpe
SENAI 247
Processos de fabricação
Dados:
Vc = 30m/min
L 1 = L 3 = 15mm
L 2 = 120mm
Largura = 50mm
Plaina limadora
O princípio de acionamento da plaina limadora pode ser sistema biela- manivela ou
hidráulico.
248 SENAI
Processos de fabricação
Regulagem do curso
A regulagem do comprimento do curso está vinculada ao raio de giração da manivela.
SENAI 249
Processos de fabricação
Posicionamento de curso
Devemos, sempre que possível, montar a peça e seu curso de trabalho bem próximos
ao corpo da máquina, para maior.
Posicionamento do curso
Sistema hidráulico
Acionamento hidráulico
250 SENAI
Processos de fabricação
Plaina vertical
Plaina vertical
A plaina vertical tem como características aplainar interiores, exteriores e perfis. Sua
velocidade de corte é fornecida pela ferramenta. O avanço e a profundidade são
efetuados pela mesa.
Plaina de mesa
SENAI 251
Processos de fabricação
252 SENAI
Processos de fabricação
Tipos de fixação
Tipo 1
Utilizando o princípio da alavanca, o
parafuso de fixação deve ficar o mais
próximo possível da peça.
Tipo 2
A peça de aperto oferece uma
autofixação da altura, tornando
desnecessário o uso de calços.
Tipo 3 e 4
Utilizados quando necessitamos usinar
a superfície total da peça. A peça é
fixada pela ação semelhante à de uma
cunha.
Tipo 5
Utilizamos a morsa quando usinamos
peças pequenas. A força de corte deve
ser exercida sempre contra a
mandíbula fixa.
Questionário- resumo
3. Quais os ângulos (α, β, γ) das ferramentas para usinar aço 400N/mm 2 , aço 600N/
mm 2 , ferro fundido e metais leves?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
SENAI 253
Processos de fabricação
Dados:
" 1 + " 3 = 70mm
254 SENAI
Processos de fabricação
Brochar
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Processos e tipos de fabricação com máquinas de brochar, sua utilização e
aplicação geral;
• Tabelas de velocidade de corte, líquidos refrigerantes e lubrificantes em função do
material da peça.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características e tipos de ferramentas para brochar, a parte ativa das brochas,
formação, quebra e alojamento dos cavacos;
• Tipos de ataque das ferramentas (frontal, lateral e combinado);
• Fixação das brochas e das peças;
• Acabamento superficial e precisão na brochagem.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Solucionar problemas de fabricação com máquinas brochar no seu trabalho diário;
• Decidir quando e por que o processo de brochagem é viável, considerando
quantidade de peças e qualidade exigida.
SENAI 255
Processos de fabricação
Brochagem
As ferramentas para brochagem são construídas geralmente de aço rápido com uma
porcentagem de 0,70 C, 0,25 Mn, 0,40 Si, 18,00 W, 4,0 Cr, 1,10 V, e utilizadas para
usinar diversos perfis internos e externos.
As brochas são temperadas e revenidas para maior resistência à tração, porque seus
dentes são submetidos a grandes esforços de cisalhamento.
Ferramenta de brochar
256 SENAI
Processos de fabricação
Formação do cavaco
Formação do cavaco
Materiais tenazes
Material quebradiços
SENAI 257
Processos de fabricação
Alojamento do cavaco
Alojamento correto
Alojamento incorreto
Alojamento insuficiente
Tipos de brochagem
Brochagem externa
Esse processo substitui a fresagem, pois a brocha é semelhante a uma fresa que atua
mediante um avanço retilíneo.
Brochagem externa
258 SENAI
Processos de fabricação
O ângulo de saída γ varia em função do material. Nos materiais moles, γ deve ser
maior.
Brochagem interna
Na brochagem interna, obviamente, é necessário uma pré- furação. A partir do furo
existente, a brocha ou o jogo de brochas executa os perfis desejados. A brochagem
pode substituir com grande vantagem as operações com plaina limadora e fresadora,
além de oferecer maior precisão. Porém, sua utilização somente é viável para grandes
lotes de peças, devido ao seu custo elevado.
Brochagem interna
SENAI 259
Processos de fabricação
Acabamento superficial
Velocidade de corte
260 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 261
Processos de fabricação
Profundidade de corte
Refrigeração do corte
262 SENAI
Processos de fabricação
Refrigeração do corte
Materiais brochados Líquidos para o corte
Óleo mineral com base de enxofre ou
Aços sem ligas ou com poucas ligas
misturas de óleos graxos
Aços inoxidáveis ou com alta Óleo mineral com base de enxofre e
percentagem de ligas tetracloreto de carbono
Óleo solúvel e parafina ou trabalho a seco
Ferros fundidos
Óleo solúvel puro ou óleo mineral com base
Latões - Bronzes
de enxofre
Óleo solúvel (ligas pouco siliciosas)
Ligas leves
Óleo mineral (ligas siliciosas)
Tipos de máquinas
Brochadeira horizontal
Esse tipo de máquina, de grande aplicação na indústria mecânica, tem a vantagem de
trabalhar com ferramentas de grande comprimento.
Na brochagem, por força de tração, a montagem deve ser precisa, e, para ferramentas
de grande comprimento, deve-se evitar a flexão provocada pelo seu próprio peso.
Brochadeira horizontal
Brochadeira vertical
Nas brochagens verticais pode-se utilizar tanto brochadeira como prensa vertical.
A força de trabalho pode ser de compressão, tração ou ambas, tanto para aplicações
internas como externas.
SENAI 263
Processos de fabricação
Pelo aspecto construtivo é a mais indicada quando não se dispõe de grande espaço
físico.
A figura seguinte apresenta uma brochagem vertical interna individual, porém, existem
máquinas de cabeçotes múltiplos que podem executar operações em mais de uma
peça por vez.
Brochadeira vertical
Questionário- resumo
264 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 265
Processos de fabricação
Retificar
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Composição das muitas cunhas na ferramenta de corte;
• Classificação do grau de dureza através da escala Mohs;
• Tipos de rebolos e suas aplicações;
• Processos especiais de retificação;
• Características das máquinas retificadoras;
• Composição e aplicação das soluções refrigerantes;
• Defeitos nas superfícies retificadas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Tipos de abrasivos e suas aplicações;
• Normalização dos rebolos;
• Processos técnicos de retificação cilíndrica e plana;
• Montagem e afiação de rebolos.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Identificar e/ou especificar rebolos através das normas;
• Escolher o processo adequado de retificação quanto ao acabamento superficial e
quanto às condições de trabalho.
SENAI 267
Processos de fabricação
Retificação
Rebolo
Cada cristal retira um pequeno cavaco quando sua aresta incide sobre a peça.
268 SENAI
Processos de fabricação
Abrasivos
SENAI 269
Processos de fabricação
Granulação
É indicada pelo número da peneira pela qual os grãos conseguem passar. Portanto,
um grão de tamanho no 10 poderá passar por uma peneira que tem 10 malhas por
polegada linear, e ficará retido pela peneira com malha menor.
Peneira 10
Aglomerante
V = Vitrificado
S = Silicioso
B = Resinóide
R = Borracha
E = Goma- laca
M = Metálico
270 SENAI
Processos de fabricação
V = Vitrificado
Compõe-se de feldspato (mica), argila e quartzo; muito resistente, é empregado em
75% dos rebolos.
S = Silicioso
Permite o desprendimento dos grãos com relativa facilidade, dando assim uma
constante renovação de grãos abrasivos, proporcionando uma melhor eficiência no
corte.
B = Resinóide
É um composto orgânico sintético ou plástico. Resistente e bastante flexível, permite
elevada velocidade de retificação.
R = Borracha
Composta de borracha vulcanizada bastante dura, de densidade elevada, essa liga
permite a fabricação de rebolos fortes, flexíveis e bastante finos.
E = Gama- laca
Permite acabamentos finos em produtos tais como girabrequins e cilindros de
laminadores. produz um corte frio em aço temperado e secções de pouca espessura.
M = Metálico
Usado em rebolos de diamante ou carboneto de boro. Muito consistente, evita que o
abrasivo se solte com facilidade e é muito aplicado em abrasivos de granulação fina.
Grau de dureza
Um rebolo muito duro para um determinado serviço retém seus grãos até depois de
terem perdido a capacidade de corte.
SENAI 271
Processos de fabricação
Um rebolo muito mole perde seus grãos antes destes terem executado inteiramente se
serviço.
Estrutura
Estrutura
272 SENAI
Processos de fabricação
Esse código permite conhecer, através de suas letras e números, o tipo de rebolo e a
constituição de sua massa.
SENAI 273
Processos de fabricação
fresas cilíndricas,
machos, cabeçotes
porta- bits.
disco reto corpo reto
broca de 3 e 4 arestas
cortantes, fresas frontais,
fresas de topo.
corpo cônico
perfilado
superfícies.
segmentos
disco
detalonadas, fresas
cilíndricas frontais, fresas
de disco
prato fresa pontas montadas
274 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 275
Processos de fabricação
Balanceamento de rebolos
276 SENAI
Processos de fabricação
Dressagem
A seguir, deve-se posicionar o dressador para que forme um ângulo de ataque, sempre
negativo, que varie entre 10 e 15º em relação à linha de centro do rebolo.
SENAI 277
Processos de fabricação
O deslocamento do dressador deve ser com ângulo negativo e da ponta de eixo para a
máquina.(Figuras seguintes)
Iniciar a dressagem pelo lado mais alto da superfície do rebolo, avançando ± 0,020mm
por passe, em operação refrigerada, ou 0,010mm, em operação a seco.
Profundidade do passe
278 SENAI
Processos de fabricação
Retificação plana
Seu objetivo é conseguir superfícies planas. Existem dois tipos:
Quando se usa uma inclinação no eixo do rebolo de 0,3 a 0,5, a superfície usinada tem
a estrutura de raios.
Retificação cilíndrica
O objetivo da retificação cilíndrica é conseguir superfícies cilíndricas ou perfilados.
280 SENAI
Processos de fabricação
O avanço longitudinal deve ser, para cada volta da peça, no máximo, igual a 1/3 da
largura do rebolo e a profundidade de corte deve ser menor que na retificação
cilíndrica externa.
Na figura abaixo vemos a retificação cilíndrica de perfis. Nesse caso, o rebolo possui
forma idêntica à superfície desejada, e não há o avanço longitudinal.
O disco de arraste gira devagar e serve para imprimir movimento à peça, bem como
produzir o avanço longitudinal. Por esta razão, o disco de arraste possui uma
inclinação de 3 a 5º, que é a responsável pelo avanço da peça.
D
h=
2
onde:
h = diferença de altura entre o centro da
peça a ser usinada e o centro do rebolo.
D = diâmetro da peça a ser retificada.
h máx. = 15mm
SENAI 281
Processos de fabricação
Podemos afirmar que maior inclinação ocasiona maior velocidade de avanço da peça.
Podemos retificar os diâmetros internos sem os centros, conforme nos mostra a figura
seguinte.
Retificadoras
Para realizar os diversos tipos de trabalho foram construídas máquinas que oferecem
uma faixa excelente de precisão. Essas máquinas chamamos de retificadoras, que
classificamos como cilíndricas, planas e especiais.
282 SENAI
Processos de fabricação
Retificadora cilíndrica
É utilizada para retificar peças cilíndricas, cônicas e perfis.
Na retificação de cones, a mesa pode ser deslocada para ajuste do ângulo desejado.
Retificadora cilíndrica
Retificadora plana
Na retificadora plana fixam-se as peças com dispositivos ou com mesa magnética.
Retificadora plana
SENAI 283
Processos de fabricação
O sobremetal que se deve deixar para a retificação é função da dimensão das peças
planas ou do diâmetro em peças cilíndricas e fica em torno de 0,1 a 0,6mm.
Rugosidade
Rugosidades
Retificação Rt 25 a 1 µm
plana Normal 6,3 a 2,5 µm
Retificação Rt 25 a 0,1um
cilíndrica Normal 4,0 a 1,6 µm
284 SENAI
Processos de fabricação
Granulação 40 a 60
Profundidade 10 a 30µm
Granulação 80 a 100
Profundidade 5 a 15µm
Granulação 200 a300
Profundidade 1 a 8µm
Velocidade
Os rebolos não devem ultrapassar a velocidade periférica máxima indicada, pois, com
o aumento da velocidade, ocorre o aumento da força centrífuga que poderá romper o
rebolo.
SENAI 285
Processos de fabricação
286 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 287
Processos de fabricação
288 SENAI
Processos de fabricação
Refrigeração
Como refrigerantes, essas emulsões são baratas e eficientes para muitos tipos de
refrigeração quando preparadas convenientemente.
Os principais óleos emulsionáveis (solúveis em água) são óleos minerais leves, com os
seguintes aditivos: sulfonato de petróleo, ácidos aminograxos, condensados de resina
e oleatos de cromo.
A proporção em sua preparação é basicamente de uma parte de óleo para vinte partes
de água.
Refrigerantes não alcalinos e soluções de óleos solúveis são usados para a retificação
de qualquer material, especialmente para alumínio e suas ligas, que são atacados
quimicamente por soluções alcalinas.
SENAI 289
Processos de fabricação
Defeitos na retificação
Defeitos na retificação
Aspecto da superfície Origem Correções
A dressagem do rebolo foi Dressar o rebolo mais fino.
feita muito rapidamente Apertar bem o diamante ou
(grosseira). O diamante ficou trocá-lo.
solto na haste.
290 SENAI
Processos de fabricação
Quando as fixamos em mesa magnética, elas poderão nos dar a idéia falsa de
planicidade.
A figura seguinte nos mostra como devemos proceder , ou seja, fixá-la inicialmente
sobre calços paralelos, com um suporte no topo para escora. Primeiro, retificamos com
pouca profundidade um lado; a seguir, viramos e retificamos o outro lado, mantendo a
dimensão.
Na figura a seguir fica evidente que, quando trabalhamos com a peça diretamente na
mesa magnética, o correto é fixar a peça com a cavidade para baixo, de encontro à
mesa. Com isto a peça não irá fugir ao ataque do rebolo, pois existe o ponto de apoio.
Fixação da peça
SENAI 291
Processos de fabricação
Questionário- resumo
292 SENAI
Processos de fabricação
9. Qual a rotação por minuto para um rebolo de 200mm de diâmetro com uma
velocidade de corte de 18m/s?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
10. Para retificar um eixo de aço temperado com 50mm de diâmetro e 500mm de
comprimento, deseja-se saber:
(usar os ábacos e tabelas)
SENAI 293
Processos de fabricação
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Finalidade dos processos de usinagem de precisão;
• Processo para polir.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Processos para brunir e lapidar, suas características e aplicações;
• Tipos de abrasivos utilizados nos processos de usinagem fina.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar o tipo de fabricação por processos finos de usinagem (brunir, lapidar e
polir) conforme as tolerâncias, grau de acabamento superficial e características
exigidas pelo trabalho.
Brunir, polir e lapidar são processos de usinagem fina, que visam melhorar a forma, a
tolerância e o acabamento superficial de uma peça.
SENAI 295
Processos de fabricação
Brunir
Brunidor
296 SENAI
Processos de fabricação
Superacabamento
Polir
Polimento radial
A ferramenta abrasiva apóia-se contra a peça a polir e gira com grande velocidade
(V ≅ 45 a 50m/s ou 2 700 a 3 000m/min.
SENAI 297
Processos de fabricação
Polimento axial
Lapidar
Sobre uma placa metálica coloca-se um líquido (água ou óleo) e nele o pó abrasivo.
Em seguida, passa a
superfície da peça a
lapidar sobre este
preparado, imprimindo-lhe
movimentos circulares,
conforme mostra a figura
ao lado.
Lapidar
298 SENAI
Processos de fabricação
Existem machos especiais para lapidação que são dotados de ranhuras e dispositivos
de formas variadas, cuja finalidade é o de recolher o excesso de pó abrasivo.
Observação
Quanto mais duro for o material da peça a lapidar, maior deverá ser a dureza do grão
abrasivo.
Questionário- resumo
SENAI 299
Processos de fabricação
Cortar
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Princípio do corte com tesouras;
• Processo de fabricação com estampos;
• Nomenclatura das peças de um conjunto e suas funções;
• Disposição e distribuição das peças nas fitas, de forma mais econômica;
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Relação entre a resistência do material a ser cortado e a folga entre punção e
matriz;
• Cálculo das forças de corte com auxílio de tabelas;
• Estampos de corte, características, tipos e sua aplicação em função da qualidade e
quantidade de peças.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Optar pela confecção de um estampo de corte em função da qualidade e
quantidade de peças a serem produzidas;
• Consultar tabelas de folga de corte em função da resistência do material a ser
cortado;
• Calcular as forças de corte de uma ferramenta.
SENAI 301
Processos de fabricação
Cortar
Corte
Princípio do corte
Princípio do corte
302 SENAI
Processos de fabricação
Para obter um corte preciso, sem rebarbas, é necessário que as trincas, que se iniciam
nos fios de corte, se encontrem. Isso acontece se existir uma folga adequada entre o
punção e a matriz.
Tesoura
Tesoura
Para evitar atrito entre as duas faces temos uma folga que deve estar em torno de 1/10
a 1/20 da espessura da chapa.
Quando a folga está correta, a secção de corte apresenta uma área de ruptura
(aspecto rugoso) que tem 0,4 a 0,8 da espessura da chapa.
Folga correta
Com uma folga maior que a especificada aparecerão rebarbas. Se for menor, o atrito
entre as facas aumentará, ocasionando maior esforço de corte.
SENAI 303
Processos de fabricação
F 1 . "1 = F 2 . " 2
F1 . " 1
F2=
"2
Tesoura manual
A faca aplica uma força de corte perpendicular à aresta de corte. Essa força pode ser
decomposta em uma força horizontal e em outra força vertical.
304 SENAI
Processos de fabricação
F 1 "1 = F 2 " 2
Tipos de facas
Facas paralelas
A força de corte exigida é bem maior do que na tesoura de faca inclinada.
Facas inclinadas
A força de corte é distribuída de forma progressiva, exigindo menos esforço da
máquina.
SENAI 305
Processos de fabricação
Estampo de corte
Peça e retalho
306 SENAI
Processos de fabricação
Espiga
É uma peça geralmente cilíndrica de aço 1020 a 1030 que, introduzida e presa no
alojamento do cabeçote, sustenta o conjunto superior.
Espiga
Placa superior
É uma placa de aço ao carbono 1010, 1020 ou FoFo que tem por finalidade fixar a
espiga e unir por meio de parafusos a placa de choque e a placa porta- punção.
Placa superior
SENAI 307
Processos de fabricação
Placa de choque
É uma placa de aço 1060 a 1070, temperada e retificada, que tem a função de receber
choques produzidos pelas cabeças dos punções no momento em que estes furam ou
cortam a chapa, evitando sua penetração na placa superior. A espessura da placa de
choque varia conforme o material a ser cortado.
Placa de choque
Placa- guia
É uma placa de aço 1020 a 1030 que tem a função de guiar os punções e pilotos
centradores nas cavidades cortantes da matriz.
Placa- guia
308 SENAI
Processos de fabricação
Guias laterais
São duas peças de aço 1040 a 1060 colocadas na lateral da placa- matriz.
Podem ser temperadas e revenidas. Sua função é guiar a tira de material a cortar.
Guias laterais
Placa- matriz
É uma placa de aço indeformável, temperada, revenida e retificada, provida de
cavidades que têm a mesma secção dos punções. Sua função é reproduzir peças pela
ação é reproduzir peças pela ação desses punções.
Placa- matriz
SENAI 309
Processos de fabricação
As placas- matrizes podem ser inteiriças, quando construídas de uma única peça, e
seccionadas, quando construídas de várias peças, como nos estampos de grandes
dimensões
Placa- base
É uma placa que serve de apoio à placa- matriz e fixada a esta por meio de parafusos
e pinos de guia.
Placa- base
É construída de aço 1020 a 1030 ou ferro fundido. Quando o produto obtido sai pela
parte inferior da matriz, a placa- base terá uma cavidade maior, para facilitar sua saída.
Punções
310 SENAI
Processos de fabricação
Os punções podem ser classificados em simples, quando suas formas não apresentam
dificuldades de construção, e punções com peças postiças, quando apresentam partes
frágeis que serão submetidas a grandes esforços.
Punções simples
O processo pode ser representado por um disco plano de chapa que deve ser
transformado por um repuxamento profundo.
Com o prensa- chapas essa fluidez do material é mais uniforme e evita a formação de
rugas nas abas da peça.
Para conseguir um bom resultado de corte, o punção e a matriz têm que ser bem
ajustados.
Esses estampos não podem ser aplicados na produção em série, porque apenas um
pequeno deslocamento entre a matriz e o punção pode destruir as arestas de corte. As
tolerâncias das peças cortadas estão na faixa IT - IT 13 , ou seja ± 0,2mm.
312 SENAI
Processos de fabricação
No mínimo, empregam-se duas colunas, e seu comprimento deve ser suficiente para
impedir a separação dos conjuntos durante o trabalho . Seus diâmetros devem permitir
boas condições de rigidez e fixação.
SENAI 313
Processos de fabricação
314 SENAI
Processos de fabricação
Quando precisamos obter contornos externos, a placa - matriz leva a medida nominal
da peça e a folga fica no punção.
Cálculo da folga
SENAI 315
Processos de fabricação
D−d
F=
2
e
Para aço macio e latão - F =
20
e
Para aço semiduro - F =
16
e
Para aço duro - F =
14
Onde:
F= Folga em mm
e = Espessura da chapa em mm
Folgas F
Espessura
da chapa
Aço Alumínio
em mm Latão Siliciosas Cobre Alumínio
macio duro
0,25 0,015 0,01 0,015 0,015 0,008 0,02
0,5 0,03 0,02 0,03 0,03 0,01 0,04
0,75 0,04 0,03 0,04 0,04 0,015 0,06
1,0 0,05 0,04 0,05 0,05 0,02 0,08
1,25 0,06 0,05 0,06 0,06 0,03 0,1
1,5 0,075 0,06 0,075 0,075 0,04 0,12
1,75 0,09 0,07 0,09 0,09 0,05 0,14
2,0 0,105 0,08 0,105 0105 0,06 0,16
2,5 0,13 0,11 0,13 0,13 0,08 0,19
3,0 0,18 0,14 0,16 0,16 0,1 0,22
3,5 0,25 0,18 0,22
4,0 0,325 0,21 0,28
4,5 0,41 0,27 0,34
5,0 0,5 0,325 0,42
5,5 0,62 0,4 0,5
6,0 0,75 0,48 0,6
316 SENAI
Processos de fabricação
Força de corte
Fc = P . e . τc
Perímetro de corte
SENAI 317
Processos de fabricação
Exemplo
Calcular a força de corte para obter uma peça com resistência ao cisalhamento
τc = 320N/ mm 2 e espessura e = 1mm.
(O cálculo do perímetro da peça é dado na figura seguinte).
Solução
Fc = p . e . τc
Fc = 140mm. 1mm. 320N/ mm 2
Fc = 44 800N
Para reduzir a área de corte pode-se afiar a área ativa dos punções e placa- matrizes,
conforme a figura seguinte.
Afiações especiais
318 SENAI
Processos de fabricação
Outra forma de reduzir o esforço de corte é fazer com que punções e matrizes
trabalhem de forma escalonada.
Forma escalonada
Passo do estampo
Passo do estampo
Observações
1. O espaçamento a é aproximadamente igual à espessura da chapa, devendo ser no
mínimo de 1mm.
SENAI 319
Processos de fabricação
L = " + 2b
Exemplos
1. Cálculo do passo
e = 2mm
c = 18mm
a = 2mm
b = 3mm
P = c + a ⇒ = 18 + 2 ⇒ P = 20mm
2. Cálculo do passo
P=c+a
P = 30 + 2
P = 32mm
e = 2mm
c = 30mm
a = 2mm
b = 3mm
Reta
320 SENAI
Processos de fabricação
Inclinada
Sem intervalos
Alternadas
Arruelas
Ap . N
Pa = . 100
A
SENAI 321
Processos de fabricação
onde:
Ap = área da peça em mm 2
N = número de peças por metro de tira
A = área de um metro de tira em mm 2
Questionário- resumo
7. De quanto deve ser a folga entre o punção e a matriz para estampar chapa de
cobre com espessura de 1mm?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
322 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 323
Processos de fabricação
Eletroerosão
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Dielétrico mais comuns.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Princípio de funcionamento do processo de eletroerosão;
• Aplicação do processo de usinagem por eletroerosão;
• Materiais utilizados na confecção dos eletrodos;
• Cálculo da amperagem;
• Fatores que devem ser considerados para determinar as dimensões do eletrodo.
Ser capaz de
Aplica conhecimentos para:
• Resolver problemas práticos do processo de usinagem por eletroerosão no seu
trabalho.
Eletroerosão
SENAI 325
Processos de fabricação
Eletroerosão a fio
Neste processo, o eletrodo é um fio contínuo com menos de 1mm de diâmetro (o
menor é de 20mm).
Eletroerosão a fio
Vantagens da eletroerosão
Processo do erodir
Processo de erodir
Ao se aproximar o eletrodo da peça, salta uma centelha elétrica entre os dois. No local
do impacto da centelha ocorre um forte aquecimento que provoca a fusão e a
evaporação do metal, formando pequenas depressões (crateras), tanto na peça como
na ferramenta.
Esse processo ocorre dentro de um líquido isolante, o dielétrico, que tem as seguintes
finalidades:
• Estabilizar a condução das centelhas;
• Remover as partículas provenientes da erosão da peça e do eletrodo;
• Refrigerar o eletrodo e a peça.
O dielétrico pode ser composto de óleos minerais, querosene, óleos à base de silicone
e água desionizada.
SENAI 327
Processos de fabricação
328 SENAI
Processos de fabricação
Ajustes da máquina
Polaridade
A polaridade do eletrodo (+ ou -) depende do material do eletrodo e da peça.
Polaridade do eletrodo
grafite
cobre
WCu
eletrodo
Aço
peça
aço + + + +
metal duro -
cobre - - +
Freqüência
O gerador de impulsos produz corrente contínua de 80 a 300 volts, que se transmite à
peça e à ferramenta através de um emissor de impulsos com freqüência ajustável de
0,2 a 500KHz*.
SENAI 329
Processos de fabricação
Intensidade de corrente ( I )
A intensidade da corrente elétrica (amperes) depende do material da peça e da
ferramenta e da área a erodir (Tabela Prática usando eletrodo de cobre e peças de
aço). Quanto maior a amperagem maior o volume erodido.
Movimento vertical
Nos trabalhos onde as condições de limpeza são ruins, as partículas que se
desprendem da peça e do eletrodo podem se acumular em algum lugar, provocando as
descargas elétricas somente neste local. Por isso, nas máquinas modernas existe um
sistema onde se pode controlar um movimento vertical (sobe e desce) do eletrodo, que
facilita a limpeza do local de trabalho.
330 SENAI
Processos de fabricação
Processo de limpeza
Para não se formar dentro do dielétrico pontes condutoras de energia elétrica, entre o
eletrodo e a peça, o material erodido deve ser retirado imediatamente, através de uma
boa lavagem.
SENAI 331
Processos de fabricação
Observação
A peça deve ficar, no mínimo, 30mm submersa no dielétrico, para evitar que haja
superaquecimento na superfície do dielétrico e um possível incêndio.
332 SENAI
Processos de fabricação
Dimensões do eletrodo
Cálculo da amperagem
Cálculo de amperagem ( I )
Exemplo
Calcular a amperagem de um eletrodo de cobre para usinar uma matriz de aço, que
tem um furo retangular de 15mm x 20mm.
Solução
Área
A = 15mm x 20mm A = 300mm 2
Amperagem
I = 300mm 2 x 0,07A/mm 2 I = 21A
SENAI 333
Processos de fabricação
Medida do eletrodo
Dependendo do tipo de trabalho, são feitos dois eletrodos: um eletrodo para desbaste
e outro para acabamento.
Eletrodo de desbaste:
Mf = Mn - (2 GAP + 2r + % C s )
Eletrodo de acabamento :
Mf = Mn - (2 GAP + 2r)
onde:
Mf = Medida final
Mn = Medida nominal
GAP = Comprimento da centelha
r = Rugosidade
C s = Coeficiência de segurança
Exemplo
Calcular as medidas do eletrodo do exemplo da página 340, sabendo que a tolerância
do furo = 0,10mm.
Solução
Eletrodo de desbaste
Os ajustes da máquina são para obter a maior capacidade de erosão e o menor
desgaste do eletrodo.
334 SENAI
Processos de fabricação
Mf = 14,71mm
Mf = 19,71mm
Eletrodo de acabamento
SENAI 335
Processos de fabricação
Na tabela “Prática usando eletrodo de cobre e peças de aço”, vamos usar 2 amperes.
Adotando uma rugosidade de 6µm na peça, obtemos:
I = 2A
rugosidade = 6µm
tempo de impulso = 3
tempo de pausa = 2
GAP = 16µm
Mf = Mn - (2GAP + 2r)
Mf = 15 - (2.0,016 + 2.0,006)
Mf = 14,956mm
Mf = 20 - (2.0,016 + 2.0,006)
Mf = 19,956mm
Questionário- resumo
3. O que é GAP?
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__________________________________________________________________
336 SENAI
Processos de fabricação
6. O que é dielétrico?
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__________________________________________________________________
10. Qual o material do eletrodo e a polaridade recomendados para erodir metal duro?
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__________________________________________________________________
SENAI 337
Processos de fabricação
Objetivos
Conhecer
Estar informado sobre:
• Classificação dos processos de soldagem e colagem;
• Equipamentos utilizados nos processos de soldagem: oxiacetilênico e arco elétrico;
• Formas de chanfros de chapas ao serem soldadas;
• Riscos e equipamentos de segurança nos trabalhos de soldagem.
Saber
Reproduzi conhecimentos sobre:
• Características a aplicações dos tipos de juntas soldadas e coladas;
• Funções do revestimento do eletrodo;
• Características dos processos de solda e cola;
• Vantagens e desvantagens das juntas coladas e soldadas.
Ser capas de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar o tipo de junta a ser empregada na construção mecânica, em função
das forças se solicitação, da construção e do material;
• Evitar acidentes nos trabalhos de soldagem.
SENAI 339
Processos de fabricação
Uniões soldadas
Soldar pode ser definido como a união de peças metálicas, cujas superfícies se
tornaram plásticas ou liquefeitas por ação de calor ou pressão de ambas. Poderá ou
não ser empregado metal de adição para a execução da união.
Solda oxiacetilênica
A solda oxiacetilênica é aplicada aos aços- carbonos, metais não- ferrosos e ferro
fundido.
Esses gases são fornecidos em garrafas de aço, com capacidade para 40 " . Na saída
da garrafa é acoplada uma válvula reguladora de pressão, que tem por finalidade
reduzir a elevada e variável pressão da garrafa a uma pressão adequada para a
soldagem e manter essa pressão constante durante o processo.
340 SENAI
Processos de fabricação
Maçarico de soldar
Maçarico de soldar
Chama oxiacetilênica
SENAI 341
Processos de fabricação
Chama oxiacetilênica
Tipos de chama
342 SENAI
Processos de fabricação
Usada para metais como ferro fundido, aço maleável, aço macio, bronze, cobre,
alumínio.
Chama oxidante
Nesse tipo de chama, a proporção de oxigênio na mistura é maior do que a de
acetileno, observando-se uma diminuição no cone brilhante.
Chama oxidante
Usada para metais como latão com grande porcentagem de zinco e ligas de bronze.
Chama redutora
É aquela em que a proporção de acetileno é maior do que a de oxigênio (Fig. 16.6).
Chama redutora
A solda ao arco elétrico é um sistema que utiliza uma fonte de calor (arco elétrico) e
um meio gasoso, gerado pela combustão do revestimento do eletrodo, segundo o qual
é possível a fusão do metal adicional e o da peça.
SENAI 343
Processos de fabricação
Esse processo se realiza por intermédio do circuito elétrico. A fonte de energia para
soldar provém de uma máquina de corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA),
a qual forma um circuito elétrico, através dos fios condutores, do eletrodo e da peça.
Esse circuito se fecha através do contato da peça com o eletrodo. O arco formado é a
parte onde o circuito encontra maior resistência; portanto, é o ponto onde a fonte de
calor é gerada.
Eletrodo
Fio metálico especialmente preparado para servir como material de deposição nos
processos de soldagem por arco. É fabricado de material ferroso ou não- ferroso.
344 SENAI
Processos de fabricação
Tipos de solda
Eletrodo revestido
O núcleo é a parte metálica do eletrodo que serve como material de deposição. Sua
composição química deve ser compatível com a composição do material a ser soldado.
É normalmente utilizado em aço- carbono, ferro fundido, metais não- ferrosos, ligas,
etc.
SENAI 345
Processos de fabricação
Solda mig
É um processo no qual um eletrodo consumível sem revestimento é continuamente
alimentado numa solda, com velocidade controlada, enquanto um fluxo contínuo de um
gás inerte envolve a zona de solda, protegendo-a da contaminação pelo ar
atmosférico.
Com o processo Mig, pode-se soldar todos os metais com considerável qualidade.
O processo Tig difere da solda convencional e do Mig, pois o eletrodo não se funde e
não deposita material. Quando necessário, pode-se utilizar metal de adição (vareta
sem revestimento).
346 SENAI
Processos de fabricação
É normalmente utilizado para todos os aços, aços inoxidáveis, ferro fundido, ligas
resistentes ao calor, cobre, latão, prata, ligas de titânio, alumínio e suas ligas, etc.
Devido à presença do fluxo que age como fundente, e também como isolante térmico,
o intenso calor gerado fica concentrado, fundindo o eletrodo e o metal base, formando
a chamada poça de fusão.
A parte do fluxo fundido flutua sobre essa poça absorvendo impurezas, refinando o
metal pela formação de liga, quando desejado, e isolando a atmosfera e outros gases.
SENAI 347
Processos de fabricação
Solda ponto
Dois eletrodos de liga de cobre comprimem as duas peças sobrepostas; a ação
combinada do calor desprendido pela resistência à passagem da corrente elétrica e a
força de aperto une as duas peças, formando um ponto de solda.
Solda ponto
Esse processo é empregado para soldar chapas de aço (espessura até 5mm) e metais
não- ferrosos (espessura até 2,5mm).
348 SENAI
Processos de fabricação
SENAI 349
Processos de fabricação
Há, nesse caso, uma perda de material que precisa ser compensada quando se deseja
um comprimento determinado das peças a unir.
Esse processo é utilizado para unir peças redondas tubulares, retangulares e perfis
laminados.
Pode-se unir peças de aço com secções de até 5 000mm 2 , cobre até 2 000mm 2 e
também outros metais como latão, bronze, alumínio.
Grupo gerador
É uma máquina que gera corrente contínua de baixa tensão, usada para soldar. É
composta por um motor que fornece energia mecânica, por um eixo comum, sob a
forma de movimento giratório, ao gerador de corrente adequada para a soldagem.
Grupo gerador
Retificador
É uma máquina que transforma corrente alternada em corrente contínua, muito
semelhante à corrente do gerador.
Retificador
A aplicação desse tipo de corrente permite realizar soldagens com qualquer tipo de
eletrodos.
350 SENAI
Processos de fabricação
Transformador
É um aparelho elétrico que transforma a corrente alternada, diminuindo a tensão da
rede de alimentação a uma tensão e intensidade adequadas para soldar. Essa corrente
alternada de baixa tensão e de intensidade regulada permite obter a fonte de calor
necessária para soldagem.
Transformador
Tipos de chanfros
SENAI 351
Processos de fabricação
Tensões na soldagem
A solda forma uma ponte líquida que une duas partes da peça. Ao se solidificar e
esfriar até a temperatura ambiente, essa ponte se contrai, provocando deformações na
peça.
Deformação na peça
A região que foi soldada também sofre um resfriamento rápido, o que provoca
transformações da estrutura, como as ocorridas na têmpera.
Irradiação do calor
Para minimizar esses problemas fazem-se cordões de solda por partes e, após toda a
soldagem, submete-se a peça a um recozimento.
Regras de segurança
1. Nunca engraxar uma válvula de oxigênio, pois o oxigênio em contato com a graxa
ou óleo pode explodir.
2. Proteger os olhos contra a luz emitida pelo arco elétrico respingos de solda.
352 SENAI
Processos de fabricação
Uniões coladas
SENAI 353
Processos de fabricação
A viscosidade da cola deve ser adequada à rugosidade da superfície, pois a cola deve
formar uma película uniforme e aderente à superfície.
Tipos de colas
Colas a frio
A reação química para endurecer ocorre à temperatura ambiente (20ºC). O tempo de
endurecimento varia de 5 segundos a vários dias.
354 SENAI
Processos de fabricação
Colas a quente
Endurecem no prazo de 5 minutos a várias horas, quando aquecidas entre 150ºC e
250ºC.
Algumas colas necessitam, para endurecer, uma compressão que pode chegar a
300N/mm 2 .
Questionário- resumo
SENAI 355
Processos de fabricação
6. Quais são os dois gases usados na soldagem oxiacetilênica e por que eles são
usados ?
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__________________________________________________________________
356 SENAI
Processos de fabricação
20. Qual é a diferença entre a solda ponto e a solda por costura com respeito a
equipamentos, processo, resultado e aplicação ?
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__________________________________________________________________
21. Quais são as fases do processo de solda de topo com arco elétrico ?
__________________________________________________________________
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22. Quais são as duas possibilidades para gerar corrente contínua de tensão adequada
para soldar ?
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SENAI 357
Processos de fabricação
25. Como as tensões internas provocadas pela soldagem podem ser diminuídas ?
__________________________________________________________________
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358 SENAI
Formação de Supervisores de Primeira Linha
Mecânica Geral
Tecnologia
46.25.23.400-0 Processos de fabricação