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Tecnologia mecânica
SENAI
Tecnologia mecânica
Trabalho elaborado pela Divisão de Currículos e Programas e editorado pela Divisão de Material Didático
do Departamento Regional do SENAI-SP dentro do Acordo de Cooperação Técnica Brasil-Alemanha.
Ficha catalográfica
Elaborada pela Unidade de Editoração - SENAI-SP
621.772
(CDU, IBICT, 1976)
E-mail SenaiI@sp.senai.br
Home page http:// www.sp.senai.br
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Sumário
Conteúdo 5
Objetivos Gerais 11
Classificação dos processos de fabricação 13
Processos manuais de fabricação com ferramentas 27
Processos de fabricação com máquinas 45
Aplainar 53
Furar - escarear - rebaixar - alargar 67
Tornear 97
Fresar 115
Retificar - esmerilhar 129
Fabricação sem cavacos 145
Fabricação sem cavacos (cortar com máquinas) 155
Pinos e roscas 179
Elementos de fixação - parafusos e porcas 195
Rebites 209
Brasagem e juntas coladas 225
Sistemas de transporte 237
Medição 301
Manutenção de máquinas 335
Dispositivos 375
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Conteúdos
Aplainar 1 hora
• Plainas mecânicas
• Fixação das peças
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Tornear 2 horas
• Ângulos da ferramenta de tornear
• Tipos de ferramentas
• Materiais das ferramentas
• Tipos de tornos
Fresar 2 horas
• Método de ação da fresa
• Tipos de ferramentas e aplicações
• Tipos de fresadoras
Teste I 1 hora
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Rebites 2 horas
• União por conformação
• Rebitagem
• Ferramentas de rebitagem
• Erros de rebitagem
• Valores de referência
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Medição 3 horas
• Medir
• Paquímetro
• Esquadro fixo
• Goniômetro
• Equipamento de traçagem
• Precisão em medidas de grandes comprimentos
• Teodolito
• Nivelar
• Tolerâncias
Dispositivos 3 horas
• Classificação dos dispositivos
• Tipos gerais de dispositivos
• Dispositivos e acessórios
• Dispositivos para furar
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Teste II 1 hora
Total 45 horas
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Objetivos gerais
Conhecer
Ser informado sobre:
• Classificação dos diferentes processos de fabricação;
• Diversos tipos de elementos de fixação;
• Meios e sistemas de transporte;
• Tipos de inspeção e aplicação de instrumentos de medição;
• Manutenção e dispositivos aplicados à caldeiraria.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características e aplicação dos diversos processos de fabricação;
• Equipamentos e ferramentas utilizados nos distintos processos de fabricação;
• Aplicação dos diversos tipos de elementos de fixação;
• Seleção, utilização e cuidados com os elementos de elevação, sujeição e
transporte de cargas;
• Utilização dos diversos instrumentos de medição;
• Diversos elementos de máquinas, respectivas providências e procedimentos na
manutenção;
• Junções dos diferentes dispositivos comuns na área de construções metálicas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Orientar seus subordinados na aplicação correta de processos, equipamentos e
ferramental utilizados nos processos de fabricação;
• Coordenar atividades referentes à manutenção e orientar procedimentos
adequados;
• Orientar sobre vantagem da utilização de dispositivos adequados ao trabalho.
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Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Classificação dos processos de fabricação (com e sem cavacos) e suas
características.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Ângulos que formam a ferramenta de corte (de cunha, laterais, de saída, de folga);
• Dimensões dos ângulos de corte e funções na formação do cavaco (geometria de
corte);
• Princípio e efeito da cunha no processo de fabricação com cavacos.
Formação original
Chama-se de formação original a transformação de um material sem forma definida em
um corpo sólido, através da geração ou imposição de uma coesão (união,
consistência).
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Exemplos:
• Fundição de metais
Fundição
• Sinterização de pó metálico
• Pressão em plástico
Pressão em plástico
• Injeção de plástico
Transformar - Conformar
Chama-se de conformação a fabricação de um corpo sólido por intermédio de
modificação plástica, mantendo-se, embora, a sua coesão.
Exemplos:
• Forjar
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• Extrudar
• Laminar
• Trefilar
• Repuxar
• Dobrar
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Separar - Cortar
É um processo de fabricação realizado através da modificação da forma de um corpo
sólido, diminuindo-se a sua coesão (união).
Geram-se cavacos nos processos mecânicos, como tornear, fresar, furar, etc. Podem-
se ter cavacos também nos processos de erosão das partículas ou simplesmente na
forma térmica, como, por exemplo, o corte a maçarico.
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Juntas e uniões
Parafuso Rebite
Solda Cola
Sem cavacos
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Com cavacos
Efeito da cunha
Uma certa força, quando aplicada numa cunha, decompõe-se em duas, a força F1 e a
F2, como mostram as figuras a seguir.
Verificando a figura a seguir, nota-se que quanto menor for o ângulo β da cunha,
maiores serão as forças F1 e F2, e mais fácil será a sua penetração.
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Geometria de corte
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Ângulos:
α = ângulo de incidência ou de folga
β = ângulo de cunha
γ = ângulo de saída
Alfabeto grego
Maiúscula Minúscula Valores Pronúncia
A α a alfa
B β b beta
ī γ g gama
ǻ į d delta
Ǽ İ e épsilon
ǽ ȗ z dzeta
Ǿ η ê eta
Ĭ ș ϑ t teta
ǿ ι j iota
Ȁ κ k capa
ȁ Ȝ l lâmbda
Ȃ µ m mü
ȃ ν n nü
Ȅ ȟ x ksi
ȅ Ƞ o ômicron
Ȇ π p pi
ȇ ȡ r rô
Ȉ σ, Ȣ s sigma
ȉ τ t tau
Ȋ υ u úpsilon
ĭ ϕ f fi
ȋ χ qu qui
Ȍ ψ ps psi
ȍ ϖ ô ômega
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α)
Ângulo de incidência (α
O ângulo de incidência depende de dois fatores:
• Resistência da matéria-prima de que é feita a ferramenta;
• Resistência do material da peça: para materiais duros, α deve ser pequeno; para
materiais moles, α deve ser maior.
β)
Ângulo de cunha (β
O ângulo de cunha para o corte de materiais muito duros deve ser aumentado. Com
isso, serão obtidos:
• Ferramenta mais resistente ao desgaste;
• Aumento do tempo de vida útil da ferramenta;
• Maior dissipação do calor.
Ou seja:
materiais duros - γ menor
materiais moles - γ maior
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Esses três tipos de cavacos estão relacionados não só pelo tipo de material da peça,
como também pelo ângulo de saída γ da ferramenta.
Cavaco partido
O cavaco partido pode ser formado de duas maneiras:
• Por arrancamento, sem deformação do material;
• Por cisalhamento, com deformação plástica do material.
Cavaco partido
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Cavaco contínuo
Quando se usina um material plástico, o cavaco não se apresenta partido, e sim,
contínuo.
Cavaco contínuo
Apara cisalhada
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Questionário - Resumo
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Processos manuais de
fabricação com ferramentas
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Processos manuais de fabricação com auxílio de ferramentas;
• Diversos tipos de ferramentas para usinagem.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características das ferramentas manuais para fabricação;
• Diferentes ângulos de corte das ferramentas manuais;
• Formação de cavacos nos processos manuais de fabricação e o sentido de corte;
• Relação do diâmetro do furo com o diâmetro e passo da rosca e material da peça.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar e adequar o tipo de ferramenta manual ao material a ser trabalhado;
• Consultar tabelas de furação para abrir roscas.
Cinzelar
Esta operação tem por objetivo separar e cortar uma quantidade de material, mediante
a ação de uma ferramenta chamada cinzel.
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Tipos de cinzéis
• Talhadeira;
• Cinzel para acalanar;
• Bedame;
• Goivas ou vazadores.
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Alumínio 30º
Cobre 50º
Aço 65º
Ferro fundido 70º
Aços - liga 75º a 85º
Limar
A lima é uma ferramenta de aço temperado. Em suas faces, existem dentes cortantes
que podem ser fresados ou picados. O grau de dureza da lima varia entre 50 e 60
HRC.
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Lima fresada
É utilizada para materiais bem moles como chumbo, alumínio, estanho, etc.
Lima picada
É utilizada em materiais moles e de média dureza (sem têmpera).
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Para usinagem de materiais moles, tais como Pb, A " , Zn, Sn e Cu, ou suas ligas,
utilizam-se limas de picado simples:
• Picado simples paralelo;
• Picado simples oblíquo;
• Picado simples com raio.
Para usinagem de materiais duros, tais como aço, aço fundido e aços-liga, utilizam-se
limas de picado cruzado, pois o mesmo proporciona um melhor acabamento.
Os picados cruzados podem possuir ranhuras oblíquas de ângulos iguais ou de
ângulos diferentes.
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Serra - manual
Serra manual é uma ferramenta composta de um arco de aço ao carbono, onde deve
ser montada uma lâmina de aço rápido ou aço ao carbono, dentada e temperada.
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A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento, que comumente mede 8”, 10” ou
12”; pela largura da lâmina, que geralmente mede 1/2”; pelo número de dentes por
polegada, que em geral é de:
• 18 dentes por polegada, usada em materiais moles;
• 24 dentes por polegada, usada em materiais duros;
• 32 dentes por polegada, usada em materiais muito duros e de pouca espessura.
A lâmina deve ser escolhida de acordo com o tipo de material da peça e com a
espessura deste, que não deve ser menor que 2 passos de dentes.
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Roscar
A rosca é uma saliência (filete) de secção uniforme (triangular, quadrada, etc.), que se
desenvolve com uma inclinação constante em torno de uma superfície cilíndrica.
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• Sentido à esquerda.
Os machos com quatro ranhuras são mais utilizados em materiais moles, como A1, Zn,
etc.
Os machos com três ranhuras são para materiais de dureza mais elevada, como o aço.
Esses machos são fabricados em jogos de três. Dois são de ponta cônica e um,
totalmente cilíndrica.
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36 SENAI
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Os jogos de machos de roscas para tubos geralmente são de dois machos para roscas
paralelas e um único macho quando se tratar de roscas cônicas.
∅ furo ≅ d - P
Onde:
d = diâmetro nominal da rosca
p = passo
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Observação:
Ver tabelas de furação a seguir.
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Diâmetro
Número de N. P. T Broca N. P. S Broca
nominal
fios poleg. mm poleg. mm
em Poleg.
1/8 27 - 8,5 11/32 8,8
1/4 18 7/16 11,2 7/16 11,2
3/8 18 37/64 14,5 37/64 14,7
1/2 14 45/64 18 23/32 18,3
3/4 14 29/32 23 59/64 23,5
1 11 1/2 1 9/64 29 1 5/32 29,5
1 1/4 11 1/2 1 31/64 38 1 1/2 38,1
1½ 11 1/2 1 47/64 44 1 3/4 44,5
2 11 1/2 2 13/64 56 2 7/32 56,4
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Diâmetro
Número de B. S. P. T Broca B. S. P. Broca
nominal
fios poleg. mm poleg. mm
em Poleg.
1/8 28 21/64 8,3 - 8,8
1/4 19 7/16 11 15/32 11,8
3/8 19 37/64 14,5 39/64 15,3
1/2 14 45/64 18 3/4 19
3/7 14 59/64 23,5 31/32 24,5
1 11 1 5/32 29,5 1 13/64 30,5
1 1/4 11 1 31/64 38 1 35/64 39,3
1 1/2 11 1 47/64 44 1 49/64 45
1 3/4 11 1 31/32 50 2 1/64 51,1
2 11 2 13/64 56 2 1/4 57
Rosar externo
Cossinetes
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O cossinete é utilizado para abrir roscas externas em peças cilíndricas, tais como
parafusos, tubos, etc.
Características
Os cossinetes caracterizam-se pelos seguintes elementos:
• Sistema de roscas;
• Passo ou número de filetes por polegada;
• Diâmetro nominal;
• Sentido da rosca.
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P
Diâmetro do eixo = d −
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Questionário - Resumo
1 Quais os ângulos das cunhas dos cinzéis para aço, ferro fundido, cobre, alumínio e
aços-liga?
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6 Qual o número de dentes da lâmina de serra manual para materiais duros, moles e
muito duros?
44 SENAI
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Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Tipos e processos de fabricação com o auxílio de máquinas operatrizes em geral;
• Formação de cavacos através dos movimentos mecânicos e uniformes das
máquinas operatrizes;
• Tabelas de rugosidades de superfícies.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Fatores que influenciam a velocidade de corte e o acabamento superficial.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Definir a vida útil da ferramenta, em função do material e do avanço, através de
tabelas;
• Comparar os diversos processos de fabricação sob o critério da rugosidade
superficial.
SENAI 45
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Processos de movimento
Em toda máquina-ferramenta há três movimentos distintos:
• Movimento de corte (ou principal);
• Movimento de avanço;
• Movimento de aproximação e penetração.
Aplainar
Tornear
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Furar
Movimentos
Movimento de avanço
Esse tipo de movimento pode ser contínuo, caso típico de tornear, fresar, mas também
pode ser intermitente em seqüência de cortes, como na operação de aplainar.
Esse movimento pode ser feito pela peça (fresar) ou pela ferramenta (tornear, aplainar,
furar, etc.).
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Fresar
Retificar
O ajuste da profundidade de corte (p) normalmente é medido por meio de uma escala
graduada conectada ao fuso.
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Em máquinas com comando numérico, todos esses movimentos são comandados por
elementos eletrônicos, por fitas ou cintas perfuradas, que são calculadas e
confeccionadas especialmente para cada peça.
• Material da peça:
- materiais duros - baixas Vc;
- materiais moles - altas Vc.
• Material da ferramenta:
- muito resistente - altas Vc;
- pouco resistente - baixas Vc.
• Acabamento superficial (desejado)
- tempo de vida da ferramenta;
- refrigeração;
- condições da máquina e de fixação.
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Questionário - Resumo
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Aplainar
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Processos e tipos de máquinas (vertical, horizontal, limadora e de mesa).
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Tipos de aplainamento vertical e horizontal;
• Movimentos da plaina (corte, penetração, ngp);
• Princípio do movimento da plaina-limadora;
• Fixação das peças a serem aplainadas em função das forças de corte.
SENAI 53
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Aplainar
Plaina de mesa
O movimento de corte é executado pela peça.
Plaina limadora
O movimento de corte é executado pela ferramenta.
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Ângulos da ferramenta
Os ângulos da ferramenta dependem do material da peça.
Operações de aplainar
Ângulos da ferramenta
Ângulo
Material
OĮ Oȕ OȖ
Aço 1020 8 55 27
Aço 1045 8 62 20
Aço 1060 8 68 14
Aços ferramentas
6a8 72 a 78 14 a 18
( ± 0,9% C )
Aços inoxidáveis 8 a 10 62 a 68 14 a 18
Ferro fundido até
8 76 a 82 0a6
250 (Brinell)
Ferro fundido
8 70 12
maleável
Cobre, latão, bronze
8 55 27
(macio)
Latão e bronze
8 79 a 82 0a3
(quebradiço)
Bronze para buchas 8 75 7
Alumínio 10 a 12 30 a 35 45 a 48
Duralumínio 8 a 10 35 a 45 37 a 45
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Profundidade e avanço
Na operação de aplainar, existe uma relação importante entre a profundidade P e o
avanço a. A figura a seguir mostra um melhor relacionamento entre esses dois
componentes, resultando numa superfície mais bem acabada.
P2 . a2 = P1 . a1
56 SENAI
Tecnologia mecânica
A figura a seguir mostra que, embora exista uma igualdade na multiplicação dos
fatores, o resultado superficial foi muito pior.
Operação de desbaste
Na operação de desbaste, a ferramenta precisa ser mais robusta, daí a necessidade
de um ângulo da ponta İmaior, pois se utilizam avanços grandes e se retira uma maior
secção de cavaco. Na operação de desbaste, não se consegue um bom acabamento.
Operação de acabamento
Nessa operação, a remoção de cavaco é pequena, o ângulo İé menor, pois o esforço
também é menor.
SENAI 57
Tecnologia mecânica
Para se conseguir um bom acabamento, deve-se observar que o avanço não poderá
ser maior que o raio r da ponta da ferramenta de corte.
Velocidade de corte
A velocidade de corte relaciona-se com o material da peça, com o material da
ferramenta e com a rugosidade desejada (avanço e profundidade).
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Plainas mecânicas
Plaina limadora
O princípio de acionamento da plaina pode ser mecânico, sistema biela-manivela ou
hidráulico.
Sistema biela-manivela
Esse sistema, como o nome já diz, é composto de uma manivela de curso regulável,
acoplado a um volante.
Regulagem do curso
A regulagem do comprimento do curso está vinculada ao raio de giração da manivela.
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Posicionamento do curso
Após a seleção da abertura do curso, é
necessário posicioná-lo convenientemente, o
que é conseguido soltando-se a trava e
acionando-se o posicionador.
Menor rigidez
Deve-se sempre que possível, para maior rigidez, montar a peça e seu curso de
trabalho bem próximos ao corpo da máquina.
Maior rigidez
Sistema hidráulico
As plainas limadoras também podem ser acionadas hidraulicamente.
60 SENAI
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Curso de trabalho
• Grande volume de óleo;
• Pequena velocidade.
Curso de retorno
• Pequeno volume de óleo;
• Grande velocidade.
Plaina vertical
Características:
• Aplainar interiores, exteriores e perfis;
• Velocidade de corte fornecida pela ferramenta;
• Avanço e profundidade efetuados pela mesa.
Características:
• Aplainar peças grandes;
• Velocidade de corte fornecida pela mesa;
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62 SENAI
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Tipos de fixação
Na fixação da peça na máquina, devem ser levados em consideração vários fatores:
• Rapidez de fixação;
• Firmeza da peça;
• Área de usinagem livre;
• Garantia de paralelismo;
• Proteção contra amassamento, etc.
A figura a seguir mostra duas fixações baseadas no princípio de alavanca com calço
de apoio. É importante que a distância a seja menor que a b, para produzir maior força
de fixação na peça.
As figuras seguintes mostram a fixação baseada no princípio da cunha, que libera toda
a superfície da peça para a usinagem.
SENAI 63
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Questionário - Resumo
3 Quais os ângulos (ºα ºβ ºγ ) das ferramentas para usinar aço 400 N/mm2, ferro
fundido e metais leves?
64 SENAI
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SENAI 65
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66 SENAI
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Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Diversos tipos de furadeiras e seu funcionamento.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Modo de ação das brocas, alargadores, rebaixadores, escareadores e brocas de
centro;
• Tipos e características dos processos em ferramentas para furar, alargar, rebaixar e
escarear;
• Efeitos e erros da má afiação das ferramentas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar os processos, máquinas e ferramentas, em função da qualidade, do
material e do porte da peça a ser trabalhada;
• Consultar tabelas para determinar a vc, avanço e sobremetal;
• Calcular rpm e vc.
SENAI 67
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Furar
Movimentos de corte
Ferramentas de furar
Brocas
São ferramentas de aço temperado ou com ponta de carboneto para usinar furos
circulares nos materiais.
Brocas helicoidais
As brocas helicoidais apresentam a vantagem de conservar o seu diâmetro, embora se
faça a reafiação dos seus gumes várias vezes. Só facilitam a saída do cavaco não for
superior ao comprimento das hélices.
68 SENAI
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Brocas
Brocas
SENAI 69
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70 SENAI
Tecnologia mecânica
Ângulo da Ângulo da
Materiais
SRQWDı hélice
Aço – fofo - duralumínio 118º 28º
Latão – bronze 118º 15º
Alumínio – cobre 130º 40º
Fibra – celeron – fenolite - ebonite 50º - 80º 15º
Baquelite – mármore – granito – grafite
80º - 90º 15º
Nylon – P. V. C
Velocidade de corte
V
V = d. π.n n=
d. π
24m / min
n= = 765rpm
0,01m.3,14
Deve-se furar com 765rpm ou a rotação mais próxima que a máquina possuir.
SENAI 71
Tecnologia mecânica
Ferro fundido
Ferro fundido
(meio macio)
ferro fundido
(meio duro)
Alumínio
(macio)
Cobre
(duro)
Latão
Material
72 SENAI
Tecnologia mecânica
Na figura abaixo, os comprimentos dos cortes frontais são desiguais; o furo terá um
diâmetro maior que a medida nominal da broca.
Comprimento dos cortes frontais a ângulos da ponta desiguais provocam uma furação
com diâmetro maior que o diâmetro normal da broca.
SENAI 73
Tecnologia mecânica
Para se obter um ângulo de corte transversal de 55º (que é o ideal), deve-se deixar o
ângulo de incidência (α) igual a 6º.
74 SENAI
Tecnologia mecânica
Brocas helicoidais
Executam furação em peças, com ou sem pré-furação.
Brocas de centro
São utilizadas para fazer a furação inicial que servirá de guia para outras brocas de
diâmetros maiores.
Nos eixos, essa furação é muito importante para fixação entre pontoas nos tornos,
retificadores, etc.
SENAI 75
Tecnologia mecânica
5a8 3 1,58 5
9 e 25 5 2,33 8
32 a 51 6 3,17 8
57 a 102 8 3,96 11
Servem para executar, numa mesma operação, os furos e seus respectivos rebaixos.
Brocas longas
São aplicadas em furações longas de pequenos diâmetros, por exemplo, furação de
virabrequim.
76 SENAI
Tecnologia mecânica
O fluído de corte é injetado sob alta pressão. No caso de ferro fundido e metais não-
ferrosos, aproveitam-se os canais para injetar ar comprimido, o qual expele os
cavacos.
São próprias para furos profundos de pequenos diâmetros, pois são mais robustas que
as helicoidais e utilizam-se o próprio furo como guia.
Brocas canhão
As brocas canhão têm um corpo semi - cilíndrico com um só gume de corte.
SENAI 77
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Possuem três faces, dois gumes a 120º e uma face para guia.
Possuem refrigeração sob pressão que lubrifica e expele os cavacos pelo próprio
corpo. é o processo mais recente de furação com brocas.
78 SENAI
Tecnologia mecânica
Furações especiais
Quando se precisa executar furos não profundos e de grandes diâmetros na furadeira,
utiliza-se um dispositivo de ajustagem radial de ferramenta, que proporciona a
dimensão desejada.
Furadeiras
Furadeira sensitiva
É a mais simples das máquinas-ferramenta destinadas à furação de peças.
SENAI 79
Tecnologia mecânica
É indicada para usinagem de peças de pequeno porte e furos com diâmetro de até
15mm.
Tem o nome de sensitiva porque o avanço é feito manualmente pelo operador, o qual
regula a penetração da ferramenta em função da resistência que o material oferece.
Furadeira de coluna
As furadeiras de coluna são assim chamadas pela forma de seu corpo.
Com essa furadeira, pode-se executar furação de peças de maior porte e diâmetros
maiores que os da furadeira sensitiva.
80 SENAI
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Furadeira radial
A furadeira radial serve para furação de peças volumosas. Pode executar fresamento,
roscas e furações de até 100mm de diâmetro.
SENAI 81
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Escarear e rebaixar
82 SENAI
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Haste cilíndrica
Haste cilíndrica
Haste cônica
Características:
• Quanto à forma;
• Quanto ao tamanho;
• Quanto à forma de haste (cilíndrica ou cônica).
SENAI 83
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84 SENAI
Tecnologia mecânica
Alargamento
Furo cilíndrico
Furo cônico
Antes de passar o alargador, o furo precisa ficar alguns décimos de milímetro menor
que o diâmetro nominal. ( Ver tabela "Sobremetal" )
SENAI 85
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86 SENAI
Tecnologia mecânica
Acoplamentos em eixos.
Uniões de articulações.
Ângulos do alargador
Na figura a seguir, vê-se um alargador em corte, o que facilita a percepção dos ângulos
de construção.
O corte AA, efetuado no cone ativo, mostra dois ângulos de folga: o primeiro, na aresta
cortante, de 6 a 7º, e o segundo, com uma maior folga, de 15 a 18º.
SENAI 87
Tecnologia mecânica
α = 5 a 20º
β = 70 a 85º
γ = 0 a 5º normalmente 0.
88 SENAI
Tecnologia mecânica
Alargadores
É construído de:
• Aço-carbono, para trabalhos gerais de baixa produção;
• Aço-rápido, para trabalhos gerais de média produção;
• Carbonetos, para produção elevada, em série.
SENAI 89
Tecnologia mecânica
Coincidade do alargador
Os alargadores cônicos normalizados têm
uma coincidade de 1:50 ou 2%.
90 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 91
Tecnologia mecânica
Observação importante:
Quando se alargam furos de peças conjugadas de materiais diferentes, como, por
exemplo, aço e ferro fundido, deve-se tomar cuidado, pois a peça de material mais
mole tende a alargar mais que a outra de maior dureza.
Tabela: Sobremetal
Retirada de material em mm no φ
Material a ser usinado
Até 2,0mm 2 –5 mm 5 – 10 m 10 – 20mm acima
2
Aço até 700N/mm Até 0,1 0,1 – 0,2 0,2 0,2 – 0,3 0,3 – 0,4
2
Aço acima de 700N/mm
Aço inoxidável, material Até 0,1 0,1 – 0,2 0,2 0,2 0,3
Sintético mole
Latão, bronze Até 0,1 0,1 – 0,2 0,2 0,2 – 0,3 0,3
Ferro – fundido Até 0,1 0,1 – 0,2 0,2 0,2 – 0,3 0,3 – 0,5
Alumínio, silumin,
Até 0,1 0,1 – 0,2 0,2 – 0,3 0,3 – 0,4 0,4 – 0,5
eléctron, cobre eletrolítico
Material sintético rígido Até 0,1 0,1 – 0,2 0,2 0,4 0,5
No uso de alargadores com 45º, os valores devem ser aumentados em 50%.
92 SENAI
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
SENAI 93
Tecnologia mecânica
2. Quais os ângulos de ponta e de hélice para furar aço, latão, alumínio, fibra e
baquelite?
3. De quais fatores depende a velocidade de corte para furar com broca helicoidal?
94 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 95
Tecnologia mecânica
96 SENAI
Tecnologia mecânica
Tornear
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Princípio de torneamento;
• Tipos de ferramentas;
• Tabelas para torneamento.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Ângulos mais importantes das ferramentas de tornear;
• Tipos e características de tornos;
• Operações mais comuns de torneamento.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Determinar rpm e Vc com o uso de tabelas.
SENAI 97
Tecnologia mecânica
Introdução
Cilindrar Facear
Torneamento longitudinal
A ferramenta de corte desloca-se no sentido do eixo simétrico da máquina.
98 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 99
Tecnologia mecânica
Tipos de ferramentas
Tornear externamente
Existem diversos tipos de ferramentas para tornear externamente. O que as
caracteriza são as formas, ângulos, tipos de operações que executam e o sentido de
corte. É considerado sentido à direita quando a ferramenta se deslocar em direção à
árvore.
100 SENAI
Tecnologia mecânica
1 Cilindrar à esquerda
2 Facear à esquerda
3 Sangrar
4 Alisar
5 Perfilar forma
6 Cilindrar à direita
7 Perfilar canal
8 Roscar
9 Facear à direita
Tipos de ferramentas
SENAI 101
Tecnologia mecânica
Tornear internamente
Existem vários tipos de ferramentas de tornear internamente. Tais ferramentas podem
ser de corpo único ou com pontas montadas.
Desbastar Desbastar
Facear
Nas figuras a seguir, vê-se que a posição influi nos ângulos α e γ. Como se sabe, os
ângulos influem na força de corte.
102 SENAI
Tecnologia mecânica
Torneamento externo
Torneamento interno
SENAI 103
Tecnologia mecânica
Aços rápidos
As ferramentas de aços rápidos possuem, além do carbono, outros elementos de liga
tais como tungstênio, cobalto, cromo, vanádio, molibdênio, boro, etc., responsáveis por
excelentes propriedades de resistência ao desgaste.
104 SENAI
Tecnologia mecânica
Metal duro
Ferramentas de metal duro é como comumente são chamados os carbonetos
metálicos. Na mecânica, é a ferramenta de corte mais utilizada na usinagem dos
materiais.
Em virtude da alta dureza dos carbonetos, o gume de corte tem grande tempo de
duração, exigindo, porém, máquinas e suportes mais robustos para evitarem-se
vibrações que diminuem rapidamente sua capacidade de corte.
SENAI 105
Tecnologia mecânica
Metal duro
106 SENAI
Tecnologia mecânica
Tabela: Velocidade de corte(Vc) para o torno mecânico (em metros por minuto)
Ferramentas de aço Ferramentas de
Materiais rápido carboneto-metálico
Desbaste Acabamento Desbaste Acabamento
Aço 0,35%C 25 30 200 300
Aço 0,45% 15 20 120 160
Aço extra duro 12 16 40 60
Ferro fundido maleável 20 25 70 85
Ferro fundido gris 15 20 65 95
Ferro fundido duro 10 15 30 50
Bronze 30 40 300 380
Latão e cobre 40 50 350 400
Alumínio 60 90 500 700
Fibra e ebonite 25 40 120 150
SENAI 107
Tecnologia mecânica
Lubrificação
Para manter o calor sob controle, é usado fluído de corte que tem funções
lubrificantes/refrigerante/anti-soldante.
108 SENAI
Tecnologia mecânica
Tipos de tornos
Torno horizontal
É um tipo de torno que, embora possua grande versatilidade, não oferece grandes
possibilidades de fabricação em série, devido à dificuldade que apresenta com as
mudanças de ferramentas.
• Placa de arraste
Usada no torneamento de peças fixadas entre pontas, onde se pretende manter
uma maior concentricidade no comprimento total torneado.
• Placa universal
Equipamento muito comum nos trabalhos de torneamento.
SENAI 109
Tecnologia mecânica
• Placa lisa
Utilizada na fixação de peças irregulares com auxílio de dispositivos auxiliares.
Como se vê na figura a seguir, a placa lisa amplia as possibilidades de fixação de
peças de formato irregular, que necessitam de operações de torneamento.
110 SENAI
Tecnologia mecânica
• Luneta fixa
Esse acessório tem grande utilidade quando se pretende tornear eixos longos de
pequenos diâmetros, pois atua como mancal, evitando que a peça venha a sair de
centro ou vibrar com a ação da ferramenta.
• Luneta móvel
Também é utilizado em eixos de pequenos diâmetros, sujeitos a flexões e
vibrações na usinagem. Serve também como mancal e deve ser montada sempre
junto à ferramenta para evitar vibrações e flexão, pois anula as forças de
penetração da ferramenta.
Torno vertical
Possui o eixo de rotação vertical.
SENAI 111
Tecnologia mecânica
112 SENAI
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
SENAI 113
Tecnologia mecânica
8 Qual a velocidade de corte para desbastar uma peça de aço extraduro com
ferramenta de carboneto-metálico?
114 SENAI
Tecnologia mecânica
Fresar
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Princípios de fresamento;
• Tipos de máquinas fresadoras e ferramentas;
• Tabelas e diagrama para vc, rpm e avanço, em função do material e da ferramenta.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características do fresamento frontal e tangencial;
• Ângulos da ferramenta em função do material a ser usinado.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Determinar rpm, Vc, avanço e penetração, com o auxílio de tabelas;
• Selecionar a ferramenta em função do material a ser trabalhado.
SENAI 115
Tecnologia mecânica
Introdução
A fresa é uma ferramenta que possui vários dentes cortantes e que retira os cavacos
por meio de movimentos circulares.
Para materiais não-ferrosos de baixa dureza, tais como alumínio, bronze, plásticos,
etc., utilizam-se os ângulos α, β e γ.
Tipo W
116 SENAI
Tecnologia mecânica
Nos materiais de dureza média, como, por exemplo, aço até 700N/mm2, usam-se os
ângulos α, β e γ.
Tipo N
Tipo H
SENAI 117
Tecnologia mecânica
Fresamento tangencial
Nesse tipo de fresamento, o eixo da fresa é paralelo à superfície que está sendo
usinada. O cavaco formado tem a forma de vírgula. O fresamento tangencial exige um
maior esforço da máquina e da ferramenta.
Fresa tangencial
Fresamento frontal
No fresamento frontal, o eixo da ferramenta é perpendicular à superfície a ser usinada.
O cavaco possui uma espessura regular. A máquina é menos exigida, porque a força é
distribuída em vários dentes, em processo contínuo.
118 SENAI
Tecnologia mecânica
Fresa frontal
Fresas planas
São utilizadas na fresagem de superfícies planas, rasgos e canais. Quanto ao corte,
têm-se dentes retos ou helicoidais.
SENAI 119
Tecnologia mecânica
Fresas angulares
São utilizadas para fresagem de ranhuras em ângulos ou formação de perfis
prismáticos.
As ferramentas de aço rápido podem ser retiradas para a afiação ou, ainda no caso, de
metal duro, podem ser reversíveis, pois já são afiadas em todas as suas arestas de
corte cujo número varia em função de sua forma geométrica.
120 SENAI
Tecnologia mecânica
Nos cabeçotes com pastilhas reversíveis mais modernas, a fixação delas é feita
apenas pela ação de uma mola, auxiliada pela ação da resultante das forças de corte.
Tipos de fresadoras
A partir dos tipos básicos, surgiram vários outros modelos especiais, como cortadoras
e geradoras de engrenagens, além de outras que são projetadas em função do tipo de
produção de cada empresa.
SENAI 121
Tecnologia mecânica
Fresadora universal
Foi assim chamada por sua grande versatilidade de operações. Seus movimentos se
processam em vários eixos e sentidos, e podem ser acoplados a ela vários
equipamentos e dispositivos.
122 SENAI
Tecnologia mecânica
Fresadora horizontal
É uma fresadora pouco versátil normalmente é utilizada em peças de grandes
dimensões.
Fresadora vertical
Esse tipo de fresadora, também pouco versátil, presta-se à execução de trabalhos em
peças de grande altura.
SENAI 123
Tecnologia mecânica
124 SENAI
Tecnologia mecânica
Exemplos de trabalho:
• Para furações coordenadas com bastante precisão;
SENAI 125
Tecnologia mecânica
Tabela
126 SENAI
Tecnologia mecânica
Nessa tabela, estão indicados os valores dos avanços por dente, levando-se em
consideração a fresa e o material para passes com profundidade de 3mm.
Questionário - Resumo
1 Quais os ângulos (α, β γ.) da fresa para alumínio, aço até 700N/mm2 e aços com
mais de 700N/mm2?
SENAI 127
Tecnologia mecânica
4 Qual a velocidade de corte e avanço para fresar alumínio, com fresa de aço rápido,
cilíndrica, com diâmetro de 50mm e acabamento desbastado?
128 SENAI
Tecnologia mecânica
Retificar - esmerilhar
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Composição de muitas cunhas na ferramenta de corte;
• Classificação do grau de dureza através de escala mohs;
• Tipos de rebolos e suas aplicações.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Tipos de abrasivos e suas aplicações;
• Normalização dos rebolos;
• Processos técnicos de retificação;
• Montagem de rebolos e discos.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar o rebolo adequado ao tipo de trabalho e de material.
SENAI 129
Tecnologia mecânica
Retificação
É um processo de usinagem mecânica pelo qual se remove material, estabelecendo-se
um contato entre a peça e uma ferramenta abrasiva chamada rebolo, que gira em alta
velocidade.
O desgaste do material a ser usinado é muito pequeno, visto que a ferramenta (rebolo)
arranca minúsculos cavacos na operação de corte.
Cada cristal retira um pequeno cavaco quando sua aresta incide sobre a peça.
Elemento cortante
130 SENAI
Tecnologia mecânica
Elementos cortantes
Abrasivos naturais
As primeiras pedras eram de origem mineral: quartzo, silício, esmeril, corindon,
diamante, etc. Porém, foram desenvolvidos artificialmente abrasivos aluminosos e
siliciosos, de melhores propriedades, e de dureza somente inferior à do diamante.
SENAI 131
Tecnologia mecânica
Abrasivos aluminosos
São obtidos a partir do óxido de alumínio (bauxita), em fornos elétricos.
Possuem uma dureza de 9,4 (escala Mohs). São comercialmente conhecidos pelos
nomes de aloxite, alundum, corindit, recordit.
Abrasivos siliciosos
Os abrasivos siliciosos são obtidos de areia de quartzo e de coque.
Têm uma coloração que varia desde o negro brilhante até o verde, e têm uma dureza
que atinge até 9,75 na escala Mohs.
São apropriados para o trabalho com metal duro, materiais fundidos duros e vidro. São
também utilizados para materiais moles, tais como ligas de cobre e metais leves (não-
ferrosos).
Elementos
Naturais Aluminosos Siliciosos Diamantes
Abrasivos
Quartzo Óxido de Carbureto Diamante Industrial
Material
Sílica Alumínio de Silício Carbureto de Boro
Básico
Corindon Al 0 Si C Bo C
132 SENAI
Tecnologia mecânica
Granulação
O grão é simplesmente o tamanho das partículas cortantes. Se uma peça for cortada
com rebolo, cuja estrutura é muito fechada, haverá risco de embutir os cavacos na
peça. As figuras a seguir mostram como se apresentam o arranjo dos grãos na
estrutura do rebolo.
SENAI 133
Tecnologia mecânica
• Acabamento
médias: no 30 a 80
finas: no 90 a 180
Designação da granulação
muito grossa - 8 - 10
grossa - 12 - 15
média - 30 - 60
fina - 70 - 120
extrafina - 280 - 600
pó - 280 - 600
Aglomerados
Os aglomerados têm como objetivo a união ou retenção dos grãos abrasivos no rebolo.
Tipos de aglomerantes
• Vitrificado = V
Compõe-se de feldspato (mica), argila e quartzo. É muito resistente e é empregado
em 75% dos rebolos.
É chamado também de aglomerante são sensíveis aos golpes e aos choques, mas
suportam bem o aquecimento.
134 SENAI
Tecnologia mecânica
• Silicioso = S
Permite o desprendimento dos grãos abrasivos com relativa facilidade,
proporcionando, assim, sua constante renovação e uma melhor eficiência no corte.
Aglomerantes
Designação
1) V = Vitrificado
2) S = Silicioso
3) B = Resinóide
R = Borracha
E = Goma-laca
4) M = Metálica
• Metálico = M
Usado em rebolos de diamante ou carboneto de boro. Muito consistente, evita que
o abrasivo se solte com facilidade e é muito aplicado em abrasivos de granulação
fina.
Estrutura
SENAI 135
Tecnologia mecânica
Estrutura fechada
Estrutura porosa
Nos rebolos com estrutura mais aberta (ou maior porosidade), os cavacos não ficam
retidos tão facilmente como nos rebolos de estrutura fechada.
136 SENAI
Tecnologia mecânica
Esse código permite conhecer, através de suas letras e números, o tipo de rebolo e a
constituição de sua massa.
SENAI 137
Tecnologia mecânica
Formas de rebolos
Os rebolos são fornecidos nas mais diversas formas, em função de sua aplicação. As
figuras a seguir apresentam alguns tipos mais usados.
Tipo disco reto Tipo disco Tipo prato Tipo copo reto
Pontas montadas
138 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 139
Tecnologia mecânica
140 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 141
Tecnologia mecânica
Retificação cilíndrica
Em todos os processos a peça possui um movimento rotativo adicional, enquanto que
a ferramenta executa um movimento de corte.
Esmerilhadeira - lixadeira
142 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 143
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
144 SENAI
Tecnologia mecânica
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Processos de fabricação sem cavacos;
• Processos de separação com auxílio de ferramentas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Classificação dos processos de fabricação sem cavacos, com corte, transformação
e conformação;
• Princípio do processo de cortar e secção de corte;
• Princípio da alavanca aplicado à tesoura manual.
SENAI 145
Tecnologia mecânica
Introdução
Formação original
Exemplo: fundir.
Cortar - separar
• Com tesoura manual ou mecânica;
• Com talhadeira;
146 SENAI
Tecnologia mecânica
Transformar
• Forjar;
Forjar manualmente
• Extrudar;
• Trefilar;
• Dobrar;
Dobrar
SENAI 147
Tecnologia mecânica
• Repuxar.
Repuxar
Esses processos somente podem ser executados aplicando-se uma força de ação.
Cada força de ação gera uma força de reação por parte da peça.
A reação está em função da resistência que cada material possui. Por isso, a força de
ação deve ser maior do que a resistência do material, pois, caso contrário, este não
poderia ser cortado ou transformado.
Princípios do corte
148 SENAI
Tecnologia mecânica
Secção de corte
Secção de pressão
Secção de cizalhamento
Secção de ruptura
Para se evitar atrito entre as duas faces, têm-se uma folga que deve estar em torno de
1 1
a da espessura.
10 20
SENAI 149
Tecnologia mecânica
A folga correta ocasiona uma superfície mista, onde a área de ruptura fica entre
4 8
até da espessura e o restante da área fica lisa.
10 10
A folga menor provoca atrito entre as faces das facas e aumenta a força de corte.
Tesouras
Tesoura manual
O momento gerado pela força da mão cria um momento nas arestas de corte.
150 SENAI
Tecnologia mecânica
F1. "1
F1. "1 = F2 =
"2
Isso significa que uma pequena força da mão gera uma maior força de corte em função
do princípio de alavancas.
Lei da alavanca
O ângulo gerado pela inclinação das facas desempenha um papel muito importante e,
para se evitarem movimentos da chapa, o ângulo correto deve ser ≅ 14º.
Efeitos
Ângulo maior: a força resultante é maior do que o atrito entre a aresta e a chapa; como
consequência, a chapa move-se.
SENAI 151
Tecnologia mecânica
Princípios:
Com facas paralelas
• A força de corte exigida é bem maior.
• A carga sobre a máquina e ferramenta é bem maior.
152 SENAI
Tecnologia mecânica
Entende-se por furação com estampos a separação total do miolo a ser retirado, sem
formação de cavacos, por intermédio de punção e matriz.
Processo de corte
• O punção, ao descer, pressiona a peça contra a placa-matriz e empurra a parte a
cortar para dentro da cavidade dela, produzindo deformações na superfície a
cortar, iniciando-se as linhas de ruptura.
• Para que o produto obtido não apresente rebarbas, é necessário que a folga entre
o punção e a placa-matriz seja adequada.
SENAI 153
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
154 SENAI
Tecnologia mecânica
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Princípios de funcionamento do cisalhamento a máquina;
• Tipos de corte a máquina;
• Construção básica do estampo de corte.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Tipos, características a aplicações de máquinas;
• Efeito da folga entre matriz e punção na chapa;
• Fatores que determinam a força de corte.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Calcular exemplos simples da força de corte;
• Determinar a folga entre punção e matriz, em função do material e da espessura da
chapa, através de tabelas e cálculos.
SENAI 155
Tecnologia mecânica
Cisalhamento a máquina
Quando a chapa que se corta supera 2mm de espessura, são usados tesourões
mecânicos que proporcionam um corte de maior precisão.
O corte é obtido mediante duas lâminas, das quais uma está fixa à bancada da
máquina e outra é móvel, incidindo perpendicularmente sobre a superfície do corte.
Guilhotina
156 SENAI
Tecnologia mecânica
A guilhotina é formada por uma coluna e uma bancada onde está a lâmina fixa,
enquanto que a outra, a movediça, está presa a um cutelo, que desliza em guias
adequadas, embutidas nos montantes da coluna.
O cutelo é acionado por duas bielas condicionadas por dois excêntricos, os quais estão
ligados a um eixo que te, numa das extremidades, um volante movido por um motor
elétrico.
SENAI 157
Tecnologia mecânica
O fio da lâmina inferior é retilíneo, ao contrário do da superior que é curvo. Essa forma
da lâmina superior permite reduzir a superfície de contato da chapa, com o que se
reduz o esforço do corte. Além disso, com esse recurso, o ângulo formado pelas duas
lâminas preserva um valor constante.
158 SENAI
Tecnologia mecânica
O uso incorreto da folga causa irregularidade no corte e até mesmo um possíve3l dano
à máquina ou à peça.
SENAI 159
Tecnologia mecânica
Quando a produção exige o corte de várias peças com a mesma medida, é indicado o
uso do limitador.
As guilhotinas são máquinas extremamente perigosas, seja pela potência, seja pelo
tipo de trabalho, pois os operadores aproximam as mãos da área de corte, havendo
sempre o perigo de os dedos serem atingidos, tanto na descida do pressionador, como
na própria lâmina superior.
Por essa razão, todas as máquinas devem contar com dispositivo de segurança.
Cisalha universal
Frequentemente, uma peça cortada por uma lâmina deve ser puncionada.
Quando as operações que podem ser executadas nessa máquina são executadas por
uma máquina diferente, o trabalho, embora simples, torna-se demorado e custoso.
160 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 161
Tecnologia mecânica
Cisalhamento
Esta importante máquina corta chapas com espessura de até 18mm e metais planos
de até 80 x 12mm. O comprimento da lâmina atinge cerca de 200mm.
Puncionamento
A parte da cisalha universal que executa o puncionamento fica na dependência da
capacidade da máquina para limitar a espessura do material.
162 SENAI
Tecnologia mecânica
Cinzelagem – Entalhagem
SENAI 163
Tecnologia mecânica
164 SENAI
Tecnologia mecânica
O corte de barras quadradas e redondas é feito com lâminas adequadas para essa
forma de materiais, porém o ajuste delas, bem como o alinhamento, são rigorosos.
SENAI 165
Tecnologia mecânica
Guilhotina
O tempo necessário para execução de um trabalho é um fator importante.
peça 2 (quantidade = 8)
A tabela a seguir determina o tempo para cortar, na tesoura, peças com até 2000mm
de largura por 3000mm de comprimento.
166 SENAI
Tecnologia mecânica
até 10 pçs - T = t
de 11 a 50 pçs - T = t.0,7
T = tf.Q
de 51 a 100 pçs - T = t.0,5
acima de 100 pçs - T= t.0,4
Tf = 5,5min
T1 = 5min
T2 = 3min
T = tf + T1 + T2
T = tf + 2 T2
Exemplo de cálculo:
cortar 20 peças de 1/4” x 300 x 500mm
T = Tf + T1 + T2 + (20t .0,7.1,5 )
T = 5,5 + 5,0 + 3,0 + (20.1, 35.0 , 7.1, 5 )
T = 5,5 + 5,0 + 3,0 + 28,5
T = 42 min .
SENAI 167
Tecnologia mecânica
50 100 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
50 0,12
100 0,20 0,30
200 0,35 0,40 0,50
400 0,65 0,75 1,00 1,30
600 0,90 1,10 1,35 1,80 2,15
800 1,35 1,40 1,70 2,20 2,55 2,80
Comprimento (mm)
168 SENAI
Tecnologia mecânica
A tesoura a punção tem grande emprego nos trabalhos acima relacionados e possui as
características técnicas abaixo:
• Tensão - 220V/~
• Cap. em aço - 5,0mm
• Golpes p/minuto - 600
• Raio de curva - 130mm
• Potência - 1.400w
• Peso - 10,5kg
SENAI 169
Tecnologia mecânica
Estampos de corte
170 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 171
Tecnologia mecânica
Início de corte
Isso só pode acontecer se existir uma certa folga entre punção e matriz. Essa folga
varia em função do material e da espessura da chapa.(Ver "Tabela prática para
determinar a folga entre o punção e a placa matriz)
172 SENAI
Tecnologia mecânica
Cálculo da folga
Dimensionamento
Quando se precisa obter contornos externos, a placa - matriz leva a medida nominal da
peça e a folga fica no punção.
SENAI 173
Tecnologia mecânica
Cálculo:
Para determinar as medidas correspondentes ao punção e a placa - matriz, pode-se
aplicar a fórmula seguinte:
D−d
F=
2
e
Para aço macio e latão F=
20
e
Para aço semiduro F=
16
e
Para aço duro F=
14
onde:
F = folga em (mm)
e = espessura da chapa em (mm)
174 SENAI
Tecnologia mecânica
Folgas “F”
Espessura
Da chapa
Em (mm) Aço Alumínio
Latão Siliciosas Cobre Alumínio
Macio duro
SENAI 175
Tecnologia mecânica
Força de corte
É a força necessária para efetuar um corte no material e determinar a capacidade da
prensa a ser utilizada.
Fc = p . e . IJ c N
Exemplo:
Calcular a força de corte para obter a peça onde a tensão de cisalhamento (τc) é igual
a 320N/mm2 e espessura (e), igual a 1mm.
Fc = p. e . τ c
Fc = 140mm .1mm .320N / mm 2
Fc = 44.800N
176 SENAI
Tecnologia mecânica
Exemplo:
P = a + b + c + d.....
P = 30mm + (2 x 20mm) + (3 x10mm + 4 x 10mm) = 140mm
P = 140MM
Questionário - Resumo
SENAI 177
Tecnologia mecânica
178 SENAI
Tecnologia mecânica
Pinos e roscas
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Diversos tipos de pinos utilizados em construção de máquinas e estruturas
metálicas;
• Normas e tabelas para pinos e roscas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Aplicação e função dos pinos de guia quanto ao tipo de montagem e ajuste;
• Tipos, classificação e características das roscas quanto ao perfil e passo de hélice;
• Influência do passo da rosca no esforço de aperto;
• Designação de rosca e aplicação.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Consultar tabelas de pinos e roscas;
• Descrever o emprego e o posicionamento correto de pinos em função das
características da construção;
• Selecionar corretamente as roscas de fixação e movimento em função do passo.
Pinos
São peças auxiliares que servem para assegurar uma união ou impedir um movimento,
posicionando as peças de um conjunto entre si e eliminando a folga dos parafusos de
fixação.
SENAI 179
Tecnologia mecânica
Os pinos não devem ser utilizados no lugar de uma chaveta para impedir o giro, a não
ser que os esforços a serem suportados sejam mínimos.
A calibragem dos furos e do pino com alargador é evitada pela utilização de pinos
tubulares partidos, ou pinos canelados.
180 SENAI
Tecnologia mecânica
Pinos canelados
Pinos cilíndricos
Os pinos são normalizados quanto ao formato, precisão e material empregado na sua
confecção.
A seguir, são apresentados três exemplos de pinos cilíndricos, com ajustes diferentes.
SENAI 181
Tecnologia mecânica
Pinos canelados
Apresentam três caneluras no sentido longitudinal em toda a sua extensão ou somente
em partes, de acordo com a necessidade de se ter maior ou menor pressão no local.
A vantagem da aplicação dos pinos canelados é que furos não precisam ser ajustados
com alargador.
182 SENAI
Tecnologia mecânica
Exemplos de aplicação dos pinos canelados são encontrados nas figuras a seguir.
Roscas
SENAI 183
Tecnologia mecânica
184 SENAI
Tecnologia mecânica
P
Ângulo da hélice = tg α =
D2 . π
P(passo) = tg α . D 2 . π
São utilizadas ainda quando há necessidade de uma ajustagem fina ou uma maior
tensão inicial de aperto e, também, em chapas de pouca espessura e em tubos, por
não diminuir sua secção.
Parafusos com tais roscas são comumente feitos de aços-liga e tratados termicamente.
Observação
Devem-se evitar roscas finas em materiais quebradiços.
SENAI 185
Tecnologia mecânica
186 SENAI
Tecnologia mecânica
Triangular
É o mais comum. Utilizado em parafusos e porcas de fixação, uniões e tubos.
Trapezoidal
Empregado em órgãos de comando das máquinas operatrizes (para transmissão de
movimento suave e uniforme), fusos e prensas de estampar (balancins mecânicos).
SENAI 187
Tecnologia mecânica
Quadrado
Quase em desuso, mas ainda utilizado em parafusos e peças sujeitas a choques e
grandes esforços (morsas).
Dente de serra
Usado quando a força de solicitação é muito grande em um só sentido (morsas,
macacos, pinças para tornos e fresadoras).
Redondo
Empregado em parafusos de grandes diâmetros e que devem suportar grandes
esforços.
188 SENAI
Tecnologia mecânica
À direita
Quando, ao avançar, gira no sentido dos ponteiros do relógio (sentido de aperto à
direita).
À esquerda
Quando, ao avançar, gira em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (sentido de
aperto à esquerda).
SENAI 189
Tecnologia mecânica
Designação:
a) M10 (normal)
b) M20 x 1,5 (passo fino)
Fórmulas:
d = No min al
d1 = d – 1,2268 . P
he = 0,61343 . P
rre = 0,14434 . PD = d ÷ 2a
D1 = d – 1,0825 . P
h1 = 0,5413 . P
rri = 0,063 . P
d2 e D2 = d – 0,64953 . P
A = 0,045 P
H = 0,86603 .
P
I = tg α =
π . d1
190 SENAI
Tecnologia mecânica
Designação
Normal: indica-se somente pelo φ maior ĺ
Fina: diâmetro maior x passo ĺ:[
Rosca Whitworth normal (inglesa)
SENAI 191
Tecnologia mecânica
Designação
Diâmetro externo ( em pol ) x nº de Fios por pol.
Ex. 1.1/8" x 5
ACME
= 29º
P
h = 0,5 x P+ 0,254 d2 = d -
2
h1 = h D = d + 0,508
c = 0,3707 . p D1 = d – P
P
f = 0,3707 . p – 0,132 tgi =
π .D2
d1 = d – 2h
Rosca trapezoidal americana “Acme”
Designação
Ex: Diâmetro maior x passo ĺTr 48 x 8
P = Variável h = 1,866 x p
d1= d – 2h1 h1 = 0,5 x P + a
D = d + 2a h2 = 0,5 X P + a - b
D1 = d – 2(h1 – a) H = 0,5 X P + 2b – a
d2 = d – 0,5 . p = 30º
P
Ângulo da hélice (i) = tgi =
π X d2
Rosca trapezoidal métrica
192 SENAI
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
2 Como se faz a preparação das peças a serem montadas com pinos cilíndricos?
6 Quais são os cinco perfis usados para roscas e qual é aplicação de cada um?
SENAI 193
Tecnologia mecânica
8 Quais são os cinco tipos mais usados de roscas com perfil triangular?
194 SENAI
Tecnologia mecânica
Elementos de fixação -
parafusos e porcas
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Tipos e características de parafusos, porcas e elementos de trava utilizados nas
estruturas metálicas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Normas dos parafusos quanto ao tipo de cabeça, rosca e comprimento;
• Importância e finalidade dos elementos de trava (arruelas, capilhas e grampos).
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Designar o tipo de parafuso, porca e elemento de trava, em função das
características da estrutura metálica.
SENAI 195
Tecnologia mecânica
Os parafusos são formados por um corpo cilíndrico roscado, que pode ter vários
formatos e suas dimensões normalizadas.
d = diâmetro
L = comprimento
b = comprimento da rosca
k = altura da cabeça
S = abertura da chave de aperto
e = medida do diâmetro para execução do sextavado.
Tipos de parafusos
Parafuso sextavado
196 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 197
Tecnologia mecânica
Cavilhas rosqueadas
198 SENAI
Tecnologia mecânica
As porcas têm normalmente forma prismática ou cilíndrica, com um furo roscado, por
onde entra o parafuso.
Tipos de porcas
Porcas sextavadas
Porcas castelo
SENAI 199
Tecnologia mecânica
Porcas recartilhadas
Porcas redondas
Porca cega
200 SENAI
Tecnologia mecânica
Porca especial
Porca borboleta
Arruela de pressão
SENAI 201
Tecnologia mecânica
Arruela ondulada
Arruela serrilhada
Arruela dentada
202 SENAI
Tecnologia mecânica
Para união de duas ou mais peças que necessitam posteriormente ser desmontadas,
utilizam-se porcas, parafusos e arruelas.
Exemplos de aplicação
• Parafusos sextavado (DIN 931);
• Arruela lisa chanfrada;
• Porca sextavada chata;
• Porca sextavada (DIN 934).
SENAI 203
Tecnologia mecânica
204 SENAI
Tecnologia mecânica
• Pino roscado;
• Arruela chanfrada;
• Porca castelo (DIN 935/937);
• Contrapino (cupilha) - (DIN 94).
SENAI 205
Tecnologia mecânica
206 SENAI
Tecnologia mecânica
Parafuso auto-atarraxante.
Parafuso prisioneiro
Questionário - Resumo
SENAI 207
Tecnologia mecânica
208 SENAI
Tecnologia mecânica
Rebites
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Tipos de uniões por conformação;
• Tipos de características de rebites na caldeiraria e nas estruturas metálicas;
• Normas e tabelas para rebites (abnt, din e iso).
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Materiais e suas propriedades para rebitar;
• Forças e solicitações nas juntas rebitadas;
• Erros na rebitagem e suas causas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Calcular as dimensões de rebites;
• Escolher corretamente o tipo de rebite em função do trabalho.
SENAI 209
Tecnologia mecânica
A união de tubos, chapas, arames, perfilados, etc., pode ser feita por conformação.
210 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 211
Tecnologia mecânica
Rebitagem
Rebitar é unir, geralmente chapas, por conformação do rebite. Essa conformação pode
ocorrer a frio ou a quente, dependendo das características do trabalho.
212 SENAI
Tecnologia mecânica
Material de rebite
Os materiais para os rebites são aços de baixo teor de carbono (DIN 17111).
F
τ=
S .m.n
SENAI 213
Tecnologia mecânica
Quando se aplica uma força excessiva num rebite mal dimensionado, ele se rompe na
secção de cisalhamento.
214 SENAI
Tecnologia mecânica
Nas chapas finas, as forças de tração podem formar trincas e provocar deformações
dos furos em direção das forças.
Os rebites sofrem solicitações de forças de tração no sentido axial. Nessa direção, não
devem ser aplicadas forças adicionais. A figura a seguir mostra também o efeito de
alavanca atuando no rebite.
SENAI 215
Tecnologia mecânica
216 SENAI
Tecnologia mecânica
Também podem ser utilizados dois diferentes formatos de cabeça na mesmo rebite,
conforme sua construção.
Formatos de rebites
d = 10 até 36mm
L = 10 até 150mm
D = 1,6d
K = ∼ 0,65d
d = 10 até 36mm
d = 10 até 150mm
∝ = 75º até 16mm
∝ = 60º d17 até d36mm
SENAI 217
Tecnologia mecânica
d = 3 até 5mm
L = 3 até 40mm
D = 2,4 até 1,8d
K = ∼ 0,3 d
d = 1 até 8mm
L = 2 até 60mm
D = ∼ 1,75 d
K = ∼ 0,6 d
218 SENAI
Tecnologia mecânica
d = 1 até 8mm
L = 2 até 60mm
D = ∼ 1,75d
K = ∼ 0,5d
Ferramentas de rebitagem
SENAI 219
Tecnologia mecânica
Contra-estampo pneumático.
Erros na rebitagem
Efeito:
Furo não preenchido pelo corpo do rebite.
220 SENAI
Tecnologia mecânica
Cabeça inclinada.
Rebite recalcado.
Cabeça pequena demais.
SENAI 221
Tecnologia mecânica
Chapas deformadas
Valores de referência
Diâmetro do rebite 3 6 10 12 14 16 18 20 20 22
Comprimento do rebite:
Comprimento do corpo L
Comprimento de aperto s
Excesso do material para se formar a cabeça Z
222 SENAI
Tecnologia mecânica
L=s+Z
Excesso Z
Cabeça
Rebitagem Rebitagem
formada
a frio a quente
Para rebites de diâmetros até 9mm, os furos nas peças a serem rebitadas devem ter
um diâmetro com 0,1 até 0,5mm maior que o do rebite.
SENAI 223
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
224 SENAI
Tecnologia mecânica
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Fatores que influenciam a solda por brasagem;
• Características das juntas soldadas e coladas.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Tipos de juntas brasadas e coladas;
• Preparação das peças a serem unidas;
• Temperaturas do processo;
• Importância do fundente;
• Constituintes das colas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar o tipo de solda ou cola em função dos materiais, dos esforços e da
construção.
• Selecionar os materiais de adição utilizados na brasagem em função dos materiais
a serem juntados;
• Prevenir acidentes no trabalho de colagem;
• Executar a solda por brasagem ou por colagem.
SENAI 225
Tecnologia mecânica
Brasagem
Variáveis do processo
O processo de brasagem possui algumas variáveis que devem ser observadas para
que se alcance uma solda de boa eficiência, a saber:
226 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 227
Tecnologia mecânica
A figura a seguir apresenta a solda com folga em ângulo; nesse caso, admite-se uma
folga maior que 0,2mm.
Temperatura do processo
Metais de adição à base de alumínio com mais de 720%, e adições de silício, cobre,
níquel, estanho e cádmio, são soldados a uma temperatura entre 450º e 590ºC.
Materiais de adição à base de cobre e ligas de cobre são empregados para soldar
metais ferrosos, cobre e níquel. Possuem adições de zinco, estanho e fósforo e são
soldados a temperaturas nas faixas entre 710 e 1100ºC.
A temperatura de fusão varia de acordo com a composição da liga, sendo tanto mais
elevada, quanto maior for a porcentagem de cobre.
228 SENAI
Tecnologia mecânica
Materiais de adição
Os materiais de adição devem possuir uma boa fluidez e apresentar também boas
propriedades mecânicas.
No comércio, são encontrados sob formas de fios, lâminas, fitas, pastas pós ou grão.
Execução da solda
Fontes de aquecimento
Em função do método, podem ser utilizadas as seguintes fontes de calor:
• Arco elétrico;
• Chama oxiacetilênica;
• Indução;
• Resistência elétrica;
• Fornos;
• Banhos.
SENAI 229
Tecnologia mecânica
Fundentes
Os fundentes tem a missão de desprender a capa do óxido do metal e proteger a
superfície contra nova oxidação, a qual seria prejudicial ao processo de difusão da
solda.
Exemplo de execução
A figura ao lado apresenta a sequência
de soldagem de uma ferramenta de
corte, com pastilha de metal duro.
230 SENAI
Tecnologia mecânica
Após a fusão da solda, a pastilha deve ser posicionada e pressionada com um estilete
de pequeno diâmetro, o que conclui a operação.
O resfriamento deve ser cuidadoso, uma vez que os materiais do suporte e da pastilha
de metal duro possuem diferentes dilatações no aquecimento.
Dessa forma, a peça soldada deve ser resfriada lentamente em caixas de cal, cinza ou
areia seca, para se evitarem tensões internas que provocariam a queda da pastilha de
metal duro.
Juntas coladas
Para exemplificar o princípio de adesão das colas, basta tomar duas superfícies planas
e lisas (vidros) e sobre elas espalhar um pouco de água (o suficiente para que se
forme uma camada fina sobre toda a superfície e, em seguida, uní-las.
SENAI 231
Tecnologia mecânica
Para separá-las, será necessária muito mais forças de adesão. Por isso, e pelo fato de
as colas possuírem maior força de adesão do que de coesão, quanto menor for a
espessura da cola, melhor será.
232 SENAI
Tecnologia mecânica
Para o ato de colagem, esses dois elementos devem ser misturadas (nas
proporções recomendadas pelo fabricante) para ativar uma reação química e,
consequentemente, acelerar o endurecimento. O tempo de reação é limitado;
portanto, ao se considerar a quantidade a ser utilizada e ter tudo preparado para
pronta aplicação.
Observação:
A linha de colas e adesivos encontrada no mercado compreende produtos desde os
mais simples até os de mais complexas características de aplicação: colas que são
fabricadas simplesmente para colar rótulos de papel; colas capazes de resistir à ação
de óleos, águas, solventes, extremos de temperaturas, produtos químicos, vibrações, e
choques, até aquelas capazes de colar efetivamente os materiais mais heterogêneos
possíveis.
Portanto, para cada tipo de trabalho com cola, devem-se consultar os catálogos dos
fabricantes quanto às instruções técnicas a respeito do produto.
SENAI 233
Tecnologia mecânica
A resistência das juntas coladas varia em função do tipo de cola, da superfície colada
(área) e da temperatura.
234 SENAI
Tecnologia mecânica
Portanto, o contato desses elementos com a pele ou com os olhos deve ser evitado,
assim como a aspiração dos gases por eles desprendidos. Para tal, devem-se tomas
as seguintes precauções (para trabalhos com grande quantidade de cola e por longo
tempo):
• As oficinas devem ser ventiladas; a exaustão do ar contaminado é aconselhável.
• Usar máscara ou óculos de proteção.
• Não fumar nos locais de trabalho com cola.
Vantagens
• Não alteram as estruturas dos materiais a serem colados;
• Materiais de composições diferentes podem ser colados;
• Distribuição uniforme da cola por toda a superfície;
• Não provocam tensões e deformações nos materiais colados.
Desvantagens
• Resistência limitada aos esforços.
Questionário - Resumo
2 Por que a folga paralela entre 0,1 e 0,2mm é a mais favorável na brasagem?
SENAI 235
Tecnologia mecânica
6 Por que, para conseguir-se uma junta com alta resistência, a espessura da camada
da cola deve ser fina?
7 Relacione quatro fatores dos quais depende a resistência de uma junta colada.
8 Como devem ser preparadas as peças a serem coladas para garantir um bom
poder de adesão?
236 SENAI
Tecnologia mecânica
Sistemas de transporte
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Principais aparelhos e máquinas para transporte e elevação de cargas;
• Diversos tipos de elementos de elevação e fixação;
• Tabelas de dimensionamento e carga para elementos de elevação e transporte.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Critérios a serem considerados na escolha dos aparelhos de elevação de cargas;
• Providências necessárias no uso de correntes, cabos e cordas;
• Fixação correta/errada dos elementos para elevação de cargas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Orientar o subordinado quanto à fixação, transporte e elevação correta de cargas;
• Garantir a segurança necessária no local de trabalho.
Introdução
SENAI 237
Tecnologia mecânica
Para transportar essas cargas mais racional e economicamente, a indústria conta com
uma série de aparelhos, máquinas, acessórios e utensílios aqui denominados
elementos de deslocação, tais como:
• Macaco mecânico ou hidráulico;
• Talha simples;
• Talha de trole;
• Ponte rolante;
• Carro comum;
• Empilhadeira;
• Guindaste de parede;
• Guindaste;
• Pórtico rolante; etc.
238 SENAI
Tecnologia mecânica
Carro comum
Guindaste
Pórtico rolante
SENAI 239
Tecnologia mecânica
Gancho
Manilha
240 SENAI
Tecnologia mecânica
Linga quádrupla
Garra a vácuo
Balanço
SENAI 241
Tecnologia mecânica
242 SENAI
Tecnologia mecânica
Macaco
Macaco mecânico
Existem vários tipos e modelos de macaco mecânico. Os mais usados ficam dentro
dos seguintes parâmetros:
• Capacidade: 1,5 até 20t;
• Altura: 400 até 800mm;
• Peso: 12 até 75kg;
• Curso: entre 190 e 350mm;
• Relação de força: geralmente 5kg para cada tonelada levantada;
• Diâmetro da rosca: entre 35 e 90mm;
• Movimentos: de 2 a 4.
SENAI 243
Tecnologia mecânica
Macaco hidráulico
Existem dois tipos principais de macaco hidráulico: um tipo mais versátil e de menor
capacidade de levantamento de carga, e outro pouco versátil, mas de grande
capacidade de levantamento de carga.
Tipo coluna
Tipo compacto
Talha
244 SENAI
Tecnologia mecânica
Número de roldanas 2 3 4 5 6 7 8
Fator f 0,54 0,37 0,28 0,23 0,20 0,17 0,15
Z = f .Q
SENAI 245
Tecnologia mecânica
Exemplo:
Qual a força para se levantar a carga de 24000N (=2,4t), com um atalha simples de 6
roldanas, e quantas pessoas são necessárias?
Z = 0,20 24000 N
Z = 48000 N (unidade antiga = 0,48t )
4800N
x=
700N
x = 7 pessoas
246 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 247
Tecnologia mecânica
248 SENAI
Tecnologia mecânica
Como existem diversos tipos de talhas no mercado, para a escolha do tipo adequado
aos trabalhos, devem-se considerar:
• Qual o peso das cargas que deverão ser movimentadas nas suas instalações?
• Que altura de elevação da carga é necessária?
• A que altura será suspensa a talha?
• Que velocidade de elevação é requerida?
• A carga somente terá movimentação vertical ou também necessita translação
horizontal?
• Qual a energia elétrica disponível?
• Quais são as condições de operação da talha? (carga máxima, estado de
solicitação, funcionamento, etc).
Ponte rolante
SENAI 249
Tecnologia mecânica
250 SENAI
Tecnologia mecânica
Pórtico
Pórticos e semipórticos
Pórticos e semipórticos são equipamentos de uma ou duas vigas., com ou sem trave
em balanço. Possuem comando desde o piso, por botoeiras ou cabina, podendo esta
ser fixa na viga ou móvel junto ao carro. As velocidades de elevação e translação são
de acordo com as necessidades.
Pórtico
Semipórtico
SENAI 251
Tecnologia mecânica
Guindaste
Tipos de guindaste
252 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 253
Tecnologia mecânica
Peso
cada giro da
(rend. 70%)
manivela
kN mm N kg
5 700 1850 2325 671 847 867,5 1234 250 18 80 162
10 800 2000 2550 745 925 990 1390 290 17,5 120 210
20 900 2150 2795 818 1024 1125 1570 357 16,5 210 325
30 1000 2300 3015 890 1140 1260 1769 423 16 280 475
Observação:
Em comparação com a ponte rolante e com o pórtico rolante, a carga máxima
suportada pelo guindaste é menor, por causa do braço livre.
Corrente
254 SENAI
Tecnologia mecânica
Vantagens:
• Flexibilidade;
• Preço menor;
• Resistência;
• Necessidade de pequenos diâmetros das polias.
Desvantagens:
• Pouca elasticidade;
• Maior peso;
• Sensibilidade a choque e sobrecarga;
• Vida útil limitada.
SENAI 255
Tecnologia mecânica
256 SENAI
Tecnologia mecânica
Cabo de aço
O cabo de aço é formado por vários cabos menores chamados pernas, torcidos sobre
um núcleo chamado alma.
A alma de aço pode ser formada por uma perna ou por cabo independente.
SENAI 257
Tecnologia mecânica
No cabo de torção regular, os fios de cada perna são torcidos no sentido oposto ao das
próprias pernas, e no cabo de torção longa, no mesmo sentido das pernas.
Fatores de
Aplicação
segurança
Cabos e cordoalhas estáticas 3a4
Cabo para tração no sentido
4a5
horizontal
Guinchos 5
Pás, guindastes, escavadeiras 5
Pontes rolantes 6a8
Talhas elétricas e outras 7
Laços (slings) 5a6
Elevadores baixa velocidade 8 a 10
Elevadores alta velocidade 10 a 12
258 SENAI
Tecnologia mecânica
• Sapatilha.
mm pol. mm mm mm mm kg
9,5 3/8 54 29 11,1 2,8 0,13
12,7 1/2 70 38 14,3 3,6 0,25
15,9 5/8 90 45 17,5 4,4 0,44
19,0 3/4 105 51 20,6 5,6 0,72
22,2 7/8 123 57 23,8 5,6 1,05
25,4 1 135 64 27,0 6,4 1,45
31,8 1.1/4 155 73 34,9 6,4 2,30
38,1 1.1/2 185 90 41,3 12,7 5,50
44,4 1.3/4 229 114 47,6 12,7 9,80
50,8 2 305 152 54,0 12,7 12,70
63,5 2.1/2 330 170 67,0 15,9 22,00
Sapatilha montada
SENAI 259
Tecnologia mecânica
Sapatilha desmontada
• Uniões roscadas.
• Uniões cunhadas.
260 SENAI
Tecnologia mecânica
Cordas de cânhamo
São menos resistentes que os cabos de aço, porém mais flexíveis e fáceis de serem
manuseadas.
Vantagens: Desvantagens:
• Peso menor; • Sensível ao atrito;
• Preço menor; • Sensível à umidade;
• Facilidade para nós e laçadas. • Aceita menor carga de trabalho.
onde Q é apresentado em N e d2, em cm2. O valor numérico 700 tem como unidade
N
.
cm 2
SENAI 261
Tecnologia mecânica
Exemplo:
Calcular a carga máxima para uma corda de cânhamo nova de 20mm de diâmetro.
Q ≤ 700N / cm 2 x d 2
Q ≤ 700N / cm 2 x (2cm)
2
Q ≤ 700N / cm 2 x 4cm 2
Q ≤ 2800N
A corda de cânhamo, assim como a corrente e o cabo de aço, tem sua resistência à
carga alterada em função da sua posição no instante do içamento.
Gancho
262 SENAI
Tecnologia mecânica
Gancho olhal
• Usado para facilitar a ajustagem de corrente ou linga;
Dimensões Carga de
Peso
trabalho
Para corrente de por
A B C Classe
peça
BC AC
mm pol. mm mm mm kN kN kg
6,3 1/4 13 50 9 4 6 0,15
7,9 5/16 14 57 11 6 9 0,2
9,5 3/8 17 65 13 9 14 0,4
12,7 1/2 22 86 17 15 25 0,8
15,9 5/8 27 104 20 24 39 1,5
19,0 3/4 35 131 24 34 56 2,7
22,2 7/8 40 150 27 46 77 4,2
25,4 1 46 171 30 60 101 6,3
SENAI 263
Tecnologia mecânica
Gancho giratório
• Usado para manter a corrente ou o cabo de aço sempre distorcidos.
264 SENAI
Tecnologia mecânica
carga
A B C D E F
kN
5 56 4 16 32 91 30
10 60 4 14 37 100 35
15 68 5 17 43 112 38
20 80 5 18 38 117 43
30 87 11 21 52 123 50
40 96 13 24 58 138 52
50 104 15 26 63 150 53
75 124 17 33 76 196 65
100 134 17 38 83 200 70
120 158 21 42 102 255 83
150 170 23 48 113 285 90
200 200 25 54 125 320 120
300 242 30 60 175 335 120
Carga de
Dimensões trabalho
Peso
Classe por
D A B C E BC AC peça
kg
mm pol. mm mm mm mm kN kN
9,5 3/8 138 30 23 21 5 7 0,5
12,7 1/2 165 32 27 23 7 10 0,7
15,9 5/8 183 34 32 27 17 25 1,1
19,0 3/4 210 36 36 30 25 40 1,4
22,2 7/8 250 38 41 34 40 55 3,0
25,4 1 300 47 50 47 47 68 5,3
28,6 1.1/8 360 60 55 55 55 80 7,4
31,8 1.1/4 405 64 66 65 68 100 11,4
38,1 1.1/2 460 70 75 78 80 120 19,0
SENAI 265
Tecnologia mecânica
Gancho de haste
• Usado em guindastes, moitões, talhas, etc.
Carga de
Peso
Dimensões trabalho
Por
Classe
peça
A B C D E F G H AC AL
mm mm mm mm mm mm mm mm kN kN kg
15 50 17 57 25 14 19 20 8 10 0,3
17 57 19 64 26 15 21 23 10 15 0,4
18 63 22 68 28 19 25 29 15 20 0,6
22 69 25 77 31 21 28 33 20 30 0,9
29 82 31 96 38 28 36 41 30 45 1,7
36 95 39 120 47 34 46 52 50 70 3,2
43 107 49 149 57 41 57 66 75 110 5,8
47 114 55 163 63 49 65 74 100 150 8,2
57 140 67 280 86 61 76 89 150 220 14,5
266 SENAI
Tecnologia mecânica
Gancho garfo
• Usado para facilitar o engate em corrente, elo ou argola;
SENAI 267
Tecnologia mecânica
Gancho corrediço
• Usado para amarração de carga por laçada;
268 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 269
Tecnologia mecânica
270 SENAI
Tecnologia mecânica
Soquete e terminal
SENAI 271
Tecnologia mecânica
272 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 273
Tecnologia mecânica
Dimensões em mm Carga de
Bitola
Trabalho
“D”
A B C
kN
3/4” 50 80 140 30
1” 70 100 180 50
1.1/2” 100 150 270 100
1.3/4” 120 180 300 150
2.1/4” 150 230 410 250
274 SENAI
Tecnologia mecânica
Dimensões Peso
Carga de
Por
trabalho
D A B peça
mm pol. mm mm kN kg
Manilha
SENAI 275
Tecnologia mecânica
Carga de
a b c d e f
trabalho
pol. mm mm mm mm mm mm kN
5/16 8 11 25 16 8 36 2,5
3/8 9,5 14 30 20 10 45 4
1/2 13 17 37 24 12 54 6,3
5/8 16 21 47 32 16 72 10
3/4 19 27 61 40 20 90 16
7/8 22 30 68 44 22 99 20
1 25 38 86 54 27 123 30
1.1/8 28,5 42 96 60 30 135 40
1.1/4 32 47 107 72 36 162 50
1.1/2 38 53 121 78 39 176 60
1.5/8 41 60 136 90 45 203 80
1.3/4 44 66 150 96 48 216 100
2 50 73 167 104 52 234 120
2.1/4 57 81 185 120 60 270 160
2.1/2 64 90 206 136 68 306 200
2.3/4 70 100 226 144 72 324 250
3 76 110 250 160 80 360 320
Carga de
Dimensões
trabalho
Peso
Classe
por
D A B C E
BC AC peça kg
mm pol. mm mm mm mm kN kN
5,0 3/16 9 22 6,0 16 1,6 - 0,02
6,4 1/4 12 29 8,0 19 2,5 - 0,05
8,0 5/16 14 31 10,0 22 4 - 0,09
9,5 3/8 16 38 11,1 27 7 11 0,11
12,7 1/2 22 51 15,9 33 13 20 0,27
15,9 5/8 26 60 19,0 42 20 32 0,54
19,0 3/4 32 73 22,2 51 29 46 0,96
22,2 7/8 36 83 25,4 58 39 62 1,48
25,4 1 44 92 28,6 68 51 81 2,10
28,6 1.1/8 48 108 31,8 73 60 96 2,80
31,8 1.1/4 51 121 34,9 82 75 120 4,18
38,1 1.1/2 57 140 41,3 92 107 170 7,31
44,4 1.3/4 70 178 50,8 127 146 233 12,20
50,8 2 83 197 57,2 147 192 307 17,80
57,2 2.1/4 98 235 63,5 164 244 390 21,00
63,5 2.1/2 105 267 69,9 181 306 489 32,00
76,2 3 127 330 82,6 197 439 702 45,00
88,9 3.1/2 152 385 101,6 257 650 1000 130,00
276 SENAI
Tecnologia mecânica
Relação
Dimensão Carga de trabalho Peso por peça
pol. kN kg
3/4” 120 1550
7/8” 240 2100
Linga
Cargas de trabalho
Bitola de Peso
45º 90º 120º
corrente aprox.
Classe Classe Classe
por metro
BC AC BC AC BC AC
mm pol. kN kN kN kN kN kN kg
9,5 3/8 15 25 11 19 8 14 5,1
12,7 1/2 27 45 21 35 15 25 9,6
15,9 5/8 43 70 33 54 24 39 15,3
19,0 3/4 61 100 47 78 34 56 22,2
22,2 7/8 82 138 64 107 46 77 29,7
25,4 1 108 181 84 141 60 101 40,2
31,8 1.1/4 171 - 133 - 95 - 63,3
SENAI 277
Tecnologia mecânica
Cargas de trabalho
Peso aproximado
Bitola da 45º 90º 120º
por metro
corrente Classe Classe Classe
BC AC BC AC BC AC Tripla Quádrupla
mm pol. kN kN kN kN kN kN kg kg
9,5 3/8 22 37 17 29 12 21 8,4 10,5
12,7 1/2 40 67 31 52 22 37 15,9 18,9
15,9 5/8 64 105 50 81 36 58 24,3 30,0
19,0 3/4 91 151 71 117 51 84 34,8 42,0
22,2 7/8 124 200 96 161 69 115 46,2 56,1
25,4 1 162 272 126 212 90 151 62,7 75,0
31,8 1.1/4 256 - 199 - 142 - 107,4 120,8
278 SENAI
Tecnologia mecânica
Balanço e garras
SENAI 279
Tecnologia mecânica
Amarração de carga
Corda
Os nós a serem realizados devem apertar e travar cordas durante a manobra e,
entretanto, devem ser fáceis de serem desamarrados. Os nós são o resultado da
combinação de anéis ou meio-anéis, cujo deslizamento é impedido pela pressão da
corda esticada sobre a corda não esticada.
escota catau
280 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 281
Tecnologia mecânica
A figura a seguir mostra a utilização de uma corda sem fim, com costura e dois tipos de
corte duplo e com espaçador de madeira para manter o nó da carga aberto.
Corrente
A corrente apresenta a vantagem de ser mais resistente que a corda, mas, por outro
lado, ele é mais escorregadia e mais agressiva com a carga.
282 SENAI
Tecnologia mecânica
A figura a seguir mostra uma carga pesada levantada com duas lingas de correntes e
com proteção no ponto de agarramento.
A figura abaixo mostra a possibilidade de se formarem também, com corrente sem fim,
um nó de segurança em gancho simples e uma amarração com corrente aberta, com
gancho duplo e proteção nos cantos.
SENAI 283
Tecnologia mecânica
284 SENAI
Tecnologia mecânica
As figuras seguintes mostram a necessidade do uso de calços nos cantos vivos das
cargas.
Cabo de aço
O cabo de aço necessita de preparação antecipada, que lhe projeta de desfiamento,
esmagamento, etc.
Na amarração de carga, ele pode ser usado com gancho corrediço, ou laçadas sem
cantos vivos.
SENAI 285
Tecnologia mecânica
Resistência de carga dos cabos de aço de 1/4” (6,5mm) até 2 1/2” (64mm)
Capacidade de carga (kN)
Peso Comprimento
do Mínimo
Cabo dos Laços
Prático
kg/m (em mm) (em mm)
Movimentação da carga
A movimentação de carga por meio de talha, ponte rolante ou pórtico é precedida pela
fixação de um cabo na carga e amarração desta no gancho.
Condições a respeitar
A vertical materializada pela corrente de talha deve passar pelo centro de gravidade da
carga e cair no interior do polígono formado pelos cabos ou pelas cordas.
286 SENAI
Tecnologia mecânica
Quando vários cabos (ou pernas) são utilizados, seu comprimento deve ser suficiente
para ter α = 30º. Cada um é disposto de modo que a carga não possa deslizar,
desequilibrar-se e provocar a ruptura do cabo em consequência de sobrecarga local.
Caso a amarração comporte nós, estes não devem nem deslizar, nem se desapertar
durante a manobra.
No levantamento com uma perna, o esforço F suportado pelo cabo pode ser calculado
aproximadamente através da seguinte fórmula:
F = P.10 N
Exemplo:
P = 2000kg
F = 20000N
SENAI 287
Tecnologia mecânica
P .ǿ1 P.ǿ 2
F1 = F=
L L
Exemplos:
P = 2000kg = 20000N P = 2000kg = 20000N
I1 = 300mm I2 = 700mm
L = 1000mm L = 1000mm
P .ǿ1 P .ǿ 2
F1 = F2 =
L L
20000N.300mm 20000N.700mm
F1 = F2 =
1000mm 1000mm
F1 = 6000N F2 = 14000N
F1 F2
F3 = F4 =
cos α 1 cos α 2
288 SENAI
Tecnologia mecânica
Exemplos:
P = 2000kg P = 2000kg
I1 = 300mm I2 = 700mm
L = 1000mm L = 1000mm
α 1 = 14º α 2 = 30º
F1 F2
F3 = F4 =
cos α 1 cos α 2
6000N 14000N
F3 = F4 =
cos α1 cos α2
6000N 14000N
F3 = F4 =
0,97030 0,86603
F3 = 6183N F4 = 16165N
Segurança
SENAI 289
Tecnologia mecânica
Correntes
O metal das correntes oxida-se e endurece; os elos desgastam-se. Cada corrente,
identificadas por um número e carga máxima indicados no anel ou no gancho, deve
ser recozida semestralmente e invertida quando todo o seu comprimento não é
utilizado. Os elos gastos devem ser trocados. As correntes não utilizadas devem ser
untadas com graxas e suspensas.
290 SENAI
Tecnologia mecânica
Cabos de aço
Os fios de aço dos cabos oxidam-se e quebram-se. Portanto, os cabos são untados
com graxa e, em seguida, enrolados num tambor com grande diâmetro, evitando-se a
formação de anéis que iniciam a ruptura dos fios. Do mesmo modo que as cordas, uma
proteção em cada extremidade impede a distorção do cabo.
O cabo de aço deve ser trocado quando, num comprimento igual a trinta vezes o seu
diâmetro, 10% dos arames estejam quebrados, ou quando apresentarem deformações
no perfil.
Corpo de prova
Cabo de aço só deve ser usado quando o trabalho a ser realizado o recomenda.
O cabo deve ser examinado antes e após o uso. Em caso de dúvida quanto ao estado
do cabo, o melhor é eliminá-lo.
Cordas de cânhamo
O cânhamo dos cordames desgasta-se (a parte exterior é arrancada), ou mofa (o
interior torna-se pó), o que torna obrigatória uma substituição.
SENAI 291
Tecnologia mecânica
Pontes rolantes
Das máquinas de transporte interno, a operação mais complexa é a da ponte rolante
com operador. Todas as recomendações aqui expostas servem para operação da
ponte rolante parte delas par utilização de talhas, pórticos e guinchos.
O uso da ponte rolante está sujeito a acidentes que o somente conhecimento, o bom
senso e o cuidado podem evitar.
292 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 293
Tecnologia mecânica
Chave-limite - seu funcionamento deve ser observado, levando-se o gancho até ela.
294 SENAI
Tecnologia mecânica
• Não levantar carga além da capacidade dos estropos, correntes ou cabos de aço.
• Levantar a carga a uma altura suficiente, para não atingir homens ou equipamentos
no piso.
• Evitar transportar carga sobre os homens do piso. Usar a buzina, para avisá-lo de
sua aproximação.
• Não aplicar bruscamente o freio de pé. Os calos das rodas resultam da patinação
da ponte.
• Ao levantar qualquer carga próxima à capacidade nominal da ponte, elevá-la
alguns centímetros e testar os freios do gancho antes do levantamento completo.
SENAI 295
Tecnologia mecânica
O balanço da carga
O balanço da carga é resultado da conexão flexível entre a ponte e a carga (cabo de
aço da ponte).
Quando se liga o motor da ponte, ela imediatamente se movimenta, porém a carga fica
ligeiramente para trás, com o cabo formando um ângulo com a perpendicular.
O mesmo acontece quando a ponte tem sua marcha diminuída, sendo que, nesse
caso, o impulso da carga exerce um puxão na ponte.
296 SENAI
Tecnologia mecânica
Em lugar de permitir que a carga passe do ponto em que vai ser descarregada e
depois volte atrás até atingir o prumo, o operador deve parar a ponte antes do local de
descarga e, quando a carga balançar, acelerá-la rapidamente para frente,
acompanhado o balanço da carga, de maneira que tanto a ponte como a carga
possam ter seus movimentos simultaneamente interrompidos quando atingirem o local
de descarga.
Questionário - Resumo
SENAI 297
Tecnologia mecânica
4 Considerando uma talha de duas roldanas e outra de oito, em qual delas o fator f é
maior?
298 SENAI
Tecnologia mecânica
16 Quais as diferenças entre o elo de ligação, argola, o anel pena, o anelão e o tornel
giratório.
SENAI 299
Tecnologia mecânica
20 Qual a forma correta de passar a corrente pelo gancho e pelo canto da carga?
300 SENAI
Tecnologia mecânica
Medição
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Construção e características dos instrumentos para medições diretas, linear e
angulares;
• Manuseio e cuidado com os instrumentos de medição;
• Importância da aferição dos instrumentos;
• Características dos instrumentos para medição indireta.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Importância do nônio na precisão dos instrumentos de medição;
• Influência da temperatura no resultado da medição e temperatura de referência;
• Erros de medição.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Selecionar o instrumento de trabalho correto em função da precisão do processo,
de acordo com o tipo de trabalho;
• Fazer a leitura dos exemplos de medição com paquímetros, goniômetros,
compassos, trena e teodolito;
• Evitar erros de medição através do manuseio correto dos instrumentos e de
condições adequadas de uso.
SENAI 301
Tecnologia mecânica
Introdução
Para medidas lineares, foi fixado o metro como unidade. Para grandes ou pequenas
distâncias, convencionou-se o uso de múltiplos ou submútilplos dele.
km m dm cm mm
Exemplos: 2m, 45dm, 80cm. Os múltiplos do metro não são usados e o milímetro se
subdivide em décimos, centésimos e milésimos.
O ângulo tem como unidade de medida o grau (º) que equivale a uma parte da
circunferência, quando esta estiver dividida em 360 partes iguais (1/360). Exemplo: 10º
significa que a circunferência foi dividida em 360 partes iguais e foram pegas 10
partes.
302 SENAI
Tecnologia mecânica
0 I II
I 60 3600
Medir
SENAI 303
Tecnologia mecânica
Nos trabalhos com peças aquecidas, pequenas e médias, é frequente o uso da escala
com encosto para executar-se a medição.
304 SENAI
Tecnologia mecânica
Para fins comerciais e industriais, são adotadas no Brasil as fieiras empregadas mais
comumente nos Estados Unidos e Inglaterra, que abrangem, geralmente, números de
fieira desde 6/0 (maior dimensão) até 50.
O número 6/0 (000000) corresponde a 11, 905mm na fieira USG. Nesta fieira,
encontra-se, como número maior, o 38, que corresponde a 0,159mm.
SENAI 305
Tecnologia mecânica
Paquímetro
306 SENAI
Tecnologia mecânica
É utilizado para se fazer medição com rapidez em peças cujo grau de precisão é
normalmente 0,1mm.
Tomando-se nove divisões da escala fixa e dividindo-se em dez partes, cada uma
9
dessas divisões será ou 0,9 da escala fixa, e a diferença será, portanto,
10
1 − 0,9 = 0,1 (no caso dos paquímetros com aproximação de 0,1mm), que é a precisão
máxima que pode ser fornecida pelo instrumento.
SENAI 307
Tecnologia mecânica
Exemplo:
UEF 1mm
Aproximação = =
NDN 20
Aproximação = 0,5mm
Onde:
UEF = Unidade da escala fixa
NDN = Número de divisões do nônio
Cálculo de aproximação
Exemplo:
Calcular a aproximação ou precisão de leitura de um paquímetro, graduado no sistema
métrico em milímetros, cujo nônio tenha vinte divisões.
Leitura:
1 mm Escala fixa
0,3mm Nônio (3o traço coincidente)
1,3mm Total (Leitura final)
308 SENAI
Tecnologia mecânica
Leitura:
103 mm Escala fixa
0,5 mm Nônio (5o traço coincidente)
103,5 mm Total (leitura final)
Leitura:
73mm Escala fixa
0,65mm Nônio
73,65mm Total
1mm
Aproximação: = 0,05mm
20
Precisão de leitura: 0,05mm
SENAI 309
Tecnologia mecânica
Leitura:
68mm Escala fixa
0,32mm Nônio
68,32mm Total
1mm
Aproximação: = 0,02mm
50
Precisão de leitura: 0,02mm.
1' '
Assim, cada divisão tem ou 0,025’’.
40
310 SENAI
Tecnologia mecânica
Leitura:
0,050’’ Escala fixa
0,014’’ Nônio
0,064’’ Total
Leitura:
1,700’’ Escala fixa
0,021’’ Nônio
1,721 Total
1' ' 7
Cada divisão da escala fixa mede . O nônio tem um comprimento total de da
16 16
polegada e é dividido em oito partes iguais.
7 7 1 7 ''
Cada uma dessas partes mede, portanto: :8 = x .
16 16 8 128
SENAI 311
Tecnologia mecânica
Exemplos de leitura
3 '' 5 ''
Escala fixa 1 Nônio
16 128
29 ' '
Total: = 1
128
312 SENAI
Tecnologia mecânica
7 ''
Total; =
64
Observação:
As frações sempre devem ser simplificadas à irredutível.
Exercícios
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
SENAI 313
Tecnologia mecânica
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
Leitura: ______________mm
10
Leitura: ______________mm
314 SENAI
Tecnologia mecânica
11
Leitura: ______________mm
12
Leitura: ______________mm
13
Leitura: ______________mm
14
Leitura: ______________mm
• Paralaxe
SENAI 315
Tecnologia mecânica
Assim, os traços do nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).
Para não cometer o erro de paralaxe, o aconselhável é que se faça a leitura em uma
posição perpendicular aos olhos.
• Força de medição
É a força necessária para vencer o atrito de funcionamento do instrumento mais a
pressão de contato com a peça a ser medida.
Por outro lado, uma regulagem muito justa elimina consideravelmente a sensibilidade
do operador, o que pode também ocasionar erros.
316 SENAI
Tecnologia mecânica
• Temperatura
A dilatação de um corpo é proporcional ao seu coeficiente de dilatação térmica, ao
aumento de temperatura, e à sua dimensão inicial. As dilatações térmicas afetam o
funcionamento dos mecanismos, modificam as dimensões das peças, provocando
erros de medição. Portanto, as peças mais precisas devem ser medidas após o seu
resfriamento à temperatura ambiente (± 20º).
Nas medições mais precisas, é necessário que haja um equilíbrio de temperatura entre
a peça e o instrumento a 20ºC, pois é essa a temperatura de aferição dos instrumentos
e de emprego dos padrões.
SENAI 317
Tecnologia mecânica
Esquadro fixo
O mais usado é o de 90º, mas são usados também os de 45, 60, 120º e 135º. Os
esquadros fixos de 90º são fabricados normalmente em três tipos.
318 SENAI
Tecnologia mecânica
O esquadro fixo mais comum é o de 90º. Esquadros de 60, 120 e 135º são usados
quando existe um grande fluxo de trabalho que requeira esses ângulos, razão pela
qual se justifica sua aquisição ou fabricação.
Goniômetro
SENAI 319
Tecnologia mecânica
320 SENAI
Tecnologia mecânica
Equipamentos de traçagem
SENAI 321
Tecnologia mecânica
Desempeno
São fabricados geralmente de ferro fundido,
com nervuras interiores para evitar
deformações; são de tamanhos variados.
Possuem superfície de apoio bastante plana e
deve ser usado com cuidado, evitando-se
batidas, choques e corrosão.
Graminho graduado
Tem a mesma função do graminho simples, apenas com maior precisão, e permite a
regulagem da medida direta pela escala graduada.
322 SENAI
Tecnologia mecânica
Compasso de ponta
(tipo com mola e regulador; fixo sem alça de trava e fixo com alça de trava e
borboleta).
SENAI 323
Tecnologia mecânica
Esquadros de centrar
São usados normalmente dois tipos: um, com apoios em ângulo e encosto na parte
exterior da peça; outro, com apoio formado por pinos que permitem encosto na parte
exterior e interior da peça.
Chapelona
Usada para traçagem de perfis complexos e geralmente para trabalho repetitivo.
Confeccionada em metal e quando se justifica sua utilização.
324 SENAI
Tecnologia mecânica
Como curiosidade, um metro padrão de platina com irídio, suspenso por uma das
extremidades, alonga-se em 0,0005mm.
Para contornar o efeito que a gravidade possa exercer sobre a precisão das medidas,
deve-se efetuar as operações sempre no sentido da anulação das tensões.
Nas grandes medidas, existe sempre a flexão natural dos instrumentos ou das peças a
serem medidas, portanto a localização dos apoios é de grande importância para
reduzir essa flexão.
SENAI 325
Tecnologia mecânica
326 SENAI
Tecnologia mecânica
Teodolito
Nivelar
SENAI 327
Tecnologia mecânica
O nível ótico permite conferir a superfície de uma peça mediante auxílio de uma escala
graduada.
328 SENAI
Tecnologia mecânica
Tolerâncias, denominações
D = Dimensão nominal
É a medida ou a cota que vem marcada
no desenho e corresponde à linha zero.
SENAI 329
Tecnologia mecânica
T = Tolerância
É a variação permitida na dimensão da peça. É a diferença entre as dimensões
máxima e mínima.
T = D máx - D mín
D = 20mm
D máx = D + As
D máx = 20mm + 0,2mm
D máx = 20,2mm
D mín = D - Ai
D mín = 20mm - 0,1mm
D mín = 19,9mm
De = Medida real da peça
Ex: 20,15mm
330 SENAI
Tecnologia mecânica
T = D máx - D mín
T = 20,2mm - 19,9mm
T = 0,3mm
As = +0,2mm
Ai = -0,1mm
As = Afastamento superior
É a diferença entre D máx e D.
Ai = Afastamento inferior
É a diferença entre D mín e D.
Observação:
Os afastamentos podem ser positivos ou negativos.
Observação:
Usa-se essa tabela só quando na contagem do desenho não for especificado p
afastamento.
SENAI 331
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
1 Qual submúltiplo do metro foi convencionado para uso em mecânica e quais suas
subdivisões?
332 SENAI
Tecnologia mecânica
7 Qual a precisão de leitura num paquímetro cujo nônio possui vinte divisões?
SENAI 333
Tecnologia mecânica
16 O que é tolerância?
17 Quando na cotagem do desenho não está especificada a tolerância, qual deve ser
usada?
334 SENAI
Tecnologia mecânica
Manutenção de máquinas
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Análise de danos e defeitos em peças, componentes e conjuntos mecânicos;
• Tipos de rolamentos, eixos, mancais, engrenagens, correias, polias, cabos, molas e
elementos estruturais.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Danos típicos dos eixos e mancais;
• Precauções quanto à vida útil dos rolamentos;
• Boa utilização dos conjuntos engrenados;
• Precauções quanto à utilização de correias e polias;
• Boa utilização dos cabos de aço;
• Manutenção de molas;
• Manutenção e conserto de elementos estruturais;
• Cuidados com instrumentos de medição;
• Lubrificação de máquinas e motores;
• Danos por transporte.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Planejar e executar uma rotina de manutenção preventiva e de lubrificação das
máquinas e equipamentos.
SENAI 335
Tecnologia mecânica
Introdução
As falhas das máquinas e instalações são provocadas por danos em suas peças
componentes. A máquina nunca quebra totalmente de uma só vez, mas pára de
trabalhar quando alguma parte vital para o seu funcionamento está danificada.
Dessa maneira, poderão ser tomadas as medidas preventivas que assegurarão a vida
longa e proveitosa da máquina.
336 SENAI
Tecnologia mecânica
A análise de danos e defeitos deve ser feita pelo supervisor, em conjunto com o setor
de manutenção, pois cabe a ele prevenir danos futuros do equipamento. O supervisor
deve responder a algumas perguntas fundamentais. São elas:
• Quais eram os sintomas;
• Se já aconteceu antes;
• Quanto tempo trabalhou a máquina;
• Quais foram os reparos que já sofreu a máquina;
• Em quais condições de serviço ocorreu a falha;
• Quais foram os serviços anteriores;
• Qual era o operador e por quanto tempo;
• Outros dados úteis.
Componentes e conjuntos
Por componentes e conjuntos, identificam-se as peças, subconjuntos e conjuntos que
supostamente apresentam maiores possibilidades de danos. São denominados como
se seguem:
• Eixos;
• Mancais;
• Rolamentos;
• Engrenagens;
SENAI 337
Tecnologia mecânica
• Correias e polias;
• Cabos de aço;
• Molas;
• Elementos estruturais;
• Máquinas diversas;
• Máquinas de levantamento e transporte;
• Instrumentos de medição.
Eixos
Cuidados na montagem
• Alinhamento perfeito;
• Limpeza absoluta;
• Cuidado para não arranhar;
• Cuidado ao apertar a gaveta;
• Cuidado na colocação de retentores;
• Cuidado para não entortar o eixo.
338 SENAI
Tecnologia mecânica
Mancais
Material do mancal
Os mancais menos duráveis são de metal patente, mas tem a vantagem de melhor
proteger o eixo. Os mais duráveis são os mancais trimental e buchas de bronze com
alta porcentagem de chumbo. A especificação do fabricante da máquina, porque o
material é sempre mais segura, porque o material foi escolhido para o serviço previsto.
Medidas preventivas
SENAI 339
Tecnologia mecânica
• A ponta do eixo não deve terminar na área da bucha, para não levantar uma
lombada que provocará obstrução para o lubrificante e o conseqüente
superaquecimento e engripamento dela.
• Os mesmos defeitos do item anterior são causados pelo eixo provido de canaleta.
• Os furos de lubrificação não devem ficar desalinhados para não provocar um
excesso de temperatura.
• O espaço fechado na ponta do eixo provoca aumento da pressão e
superaquecimento. O óleo deve ter possibilidade de sair.
• Uma saliência no arredondamento do canto prejudica a circulação do óleo.
• Duas buchas de precisão (sem repasse) podem estar desalinhadas por causa de
soma de tolerâncias, provocando sobrecarga no canto.
• Não devem ser usadas buchas de metais amarelos ou alumínio com eixos de
dureza abaixo de 250 BR.
Rolamentos
• De agulhas;
340 SENAI
Tecnologia mecânica
• De rolos.
Quanto à duração, os rolamentos tem uma vida nominal prevista em função do tipo de
máquina.
Vida nominal
Tipo de máquina
horas
Instrumentos e aparelhos de uso ocasional,
500
carros de corrida.
Máquinas de carga intermitente cuja parada não
provoca consequências sérias: máquinas
4.000____ 8.000
agrícolas e domésticas, guinchos, máquinas
operadas manualmente e motores de caminhões.
Máquinas cuja parada provoca conseqüências
sérias: máquinas auxiliares, transportadores,
8.000 ____ 12.000
motores diesel ferroviários e de máquinas de
construção e eixos de vagões.
Máquinas que trabalham 8 horas por dia com
12.000 ____ 20.000
carga parcial: redutores e elevadores.
Máquinas que trabalham 8 horas por dia com
plena carga: máquinas industriais, ventiladores, 20.000 ____ 30.000
guindastes, motores e laminadoras.
Máquinas que trabalham 24 horas por dia:
compressores, bombas, elevadores de minas,
40.000 ____ 60.000
máquinas de navios, geradores de força e
locomotivas.
Máquinas cuja parada provoca consequências
desastrosas: usinas de força, de tratamento de
100.000 ____ 200.000
água, fábricas de papel e de cimento e bombas
de minas.
SENAI 341
Tecnologia mecânica
Falhas
Desgaste
342 SENAI
Tecnologia mecânica
Fadiga
SENAI 343
Tecnologia mecânica
Como se pode notar, todos esses danos originam-se de montagem deficiente, que
submete o rolamento a cargas parasitárias.
Danos mecânicos
344 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 345
Tecnologia mecânica
Engrenagens
346 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 347
Tecnologia mecânica
Uivo
Aparece em rotações mais altas, com engrenagens apresentando folga insuficiente,
desalinhamento, excentricidade ou ovalizações.
Tinido
Aparece com uma mossa (saliência) no dente, causada por alguma batida ou
passagem de corpo duro entre os dentes.
Matraqueamento
Aparece na caso de folga excessiva entre os dentes e falta de esquadro entre o sem
fim e a coroa.
Chiado
Aparece em caixas de engrenagens, quando a expansão térmica dos eixos elimina as
folgas nos mancais ou nos encostos.
348 SENAI
Tecnologia mecânica
Baque
Aparece com o estrago do rolamento e com o descascamento nas coroas e
cremalheiras.
Choramingo
Aparece nas engrenagens com crateração e com perda do perfil.
Correias e polias
SENAI 349
Tecnologia mecânica
Exemplo: Uma correia com 1500mm de comprimento nominal pode ter o comprimento
entre 1485 e 1525mm, mas a variação entre as correias selecionadas para trabalho,
em paralelo numa folga, não deve ser maior que 4mm.
Precauções na manutenção
• Nunca trocar uma só correia num jogo. Se uma se quebrar ou se danificar, devem
ser trocadas todas.
• Nunca misturar, em um jogo, correias de marcas diferentes.
• Indicar, no pedido de compra, que se trata de jogo que trabalhará em paralelo.
• Verificar se os comprimentos enquadram-se nas tolerâncias da tabela "Variação de
comprimento de correias (para trabalho em paralelo)".
350 SENAI
Tecnologia mecânica
Correias Ângulo
K
V T S W Y Z H U=R X L
min.
perfil Dia. ext. mm Graus
de 75 a 120 34º
A de 125 a 190 36º 9,50 15,0 13,0 3 2,0 13 5,0 1,0 5,00
B de 180 a 270 36º 11,50 19,0 17,0 3 2,0 17 6,5 1,0 6,25
Largura = 2T + S(N - 1)
Acima de 350 38º
N = no de canais
D 22,00 36,5 32,0 6 4,5 28 12,5 1,5 11,00
Acima de 450 38º
SENAI 351
Tecnologia mecânica
Para sua eficiência (96%) e durabilidade (mínimo 1 ano), as transmissões por correias
devem obedecer às seguintes recomendações:
• As polias acionadas e acionadoras devem ser perfeitamente alinhadas e seus eixos
paralelos.
• O esticador deve ter um “jogo” suficiente para que as correias possam ser
colocadas sem serem forçadas.
• Os canais das polias devem estar livres de rebarbas, porosidade e outros defeitos.
• Os canais e correias V devem estar livres de impurezas, especialmente de
lubrificantes, tanto na hora da primeira colocação, como durante o serviço. A
transmissão deve ser protegida contra os respingos de óleo, caída de corpos
estranhos e contra cortes e machucaduras.
• Todas as correias V do jogo devem enquadrar-se nas tolerâncias do comprimento,
ter a mesma procedência e a mesma data de aquisição. Se uma delas tiver outro
comprimento ou receber tensão diferente, poderá torcer durante o trabalho, ou
pular fora da casa da sua canaleta.
352 SENAI
Tecnologia mecânica
Manutenção de correias V
Além de manter as correias limpas (a seco), os cuidados cotidianos devem obedecer
ao seguinte:
• Das dez a cinquenta primeiras horas de serviço das correias novas, verificar a
tensão e ajustar o esticador. Nesse período, as correias sofrem maior esticamento.
• Incluir a verificação de tensão de correias V nas revisões de cem horas.
• Nas revisões de cem horas, observar o desgaste das correias e polias. No caso de
as correias novas tocarem no fundo da canaleta, as polias devem ser consertadas
(repassar no torno se isso não prejudicar as rotações em demasia, revestir
canaletas com material condizente com a polia e tornear), ou substituídas. Se as
correias velhas tocarem no fundo, sem a modificação do perfil da canaleta, isso
indica desgaste e o jogo inteiro deve ser substituído.
SENAI 353
Tecnologia mecânica
O diâmetro dos tambores e polias deve ser o maior possível, dependendo de vários
fatores, tais como intensidade de trabalho, velocidade, tipo de cabo, etc. Para uma
avaliação rápida, podem ser considerados os diâmetros indicados na tabela a seguir.
Canais redondos
Máximo de durabilidade
354 SENAI
Tecnologia mecânica
Os canais não devem ser largos demais para que o cabo tenha apoio nas laterais e
não deforme.
O material deve ser resistente tanto à abrasão quanto à fluência, a fim de não se
desgastar nem deformar com facilidade.
Cabos de aço
SENAI 355
Tecnologia mecânica
O cabo deve ser mantido lubrificado, de preferência com um pincel, para que o
lubrificante penetre até o núcleo, retirando-se, então, o seu excesso. A lubrificação do
cabo deve ser incluída na tabela de lubrificação da máquina.
Efeitos em serviços
Quando um cabo de aço não corresponder às expectativas, devem ser procurados os
seguintes defeitos
• Cabo rompido
Em caso de rompimento de um cabo novo ou seminovo e o cabo mantendo-se
reto, é excesso de carga ou choque. Solução: Eliminar a causa.
Em caso de rompimento com entortamento, é provável que o cabo tenha-se
soltado da polia e se apoiado sobre o eixo ou armação. Providenciar o protetor.
356 SENAI
Tecnologia mecânica
• Gaiola de passarinho
É provocada pelo choque de alívio de tensão, ou seja, quando a tensão,
provavelmente excessiva, tenha sido aliviada instantaneamente. Solução: Treinar
o operador.
• Cabo amassado
Trata-se, provavelmente, de cruzamento de cabos sobre o tambor ou de subida do
mesmo sobre a quina da canaleta. Solução: Manter o cabo esticado. Procurar
manter um enrolamento ordenado do cabo no tambor.
• Quebra de fios externos. Trata-se de:
- diâmetro da polia ou tambor excessivamente pequeno ou mudança de direção;
SENAI 357
Tecnologia mecânica
Molas
Uma mola devidamente especificada e usada durará muito tempo. Em caso de abuso,
apresentará os seguintes problemas:
• Quebra
Trata-se de excesso de flexão ou de torção. Solução: Aplicar um coxim ou encosto
no fim do curso previsto da mola.
• Flamba
É defeito característico de molas helicoidais longas, comprimidas. Solução:
Verificar o esquadro de apoios. Aplicar guia interno ou externo, devidamente
lubrificado. Mudar a forma da mola para barriletada ou cônica.
• Amolecimento
Solução: Procurar o superaquecimento devido ao ambiente ou calor gerado pelas
flexões. Eliminar a causa externa ou aplicar refrigeração. Diminuir a frequência ou
curso de flexões. Aplicar uma mola dupla com secção menor.
Manutenção de molas
• Não sobrecarregar a mola. Ela foi especificada para uma solicitação determinada,
não devendo ser submetida a um esforço, flexão ou torção maiores do que os
previstos.
• Não provocar nem permitir a sua flambagem. Se a mola helicoidal comprimida
envergar no sentido lateral, providenciar um guia.
• Não permitir o aquecimento excessivo. Excedendo uma certa velocidade, o calor
gerado no interior da mola vai destemperá-la. O mesmo vai acontecer com o
trabalho na temperatura excessiva. Providenciar o esfriamento. Trocar a mola que
mudou a coloração.
• Não permitir o desgaste desuniforme das pontas. Isso criaria um esforço adicional,
não previsto.
• Na ocasião de revisões da máquina, testar a mola num dispositivo que indique a
relação sobre a mola. Trocar a mola que enfraquecer.
• Existem ocasiões de emergência em que é indispensável a fabricação de uma
mola. Nesse caso, considerar que os materiais principais para a sua fabricação são
os seguintes:
Aço piano: contém de 0,70 a 1% de carbono e 0,25 a 0,40% de manganês, tendo
a resistência de aproximadamente 17000kgs/cm2.
Aço mola trefilado duro: contém 0,5 a 0,65% de carbono e 0,7 a 1% de
manganês, tendo a resistência de 8400 a 12600kgs/cm2.
358 SENAI
Tecnologia mecânica
Elementos estruturais
Projeto
Matéria-prima
As pequenas variações na composição da matéria-prima não influem na corrosão, mas
as variações dos valores de tensão nas áreas adjacentes podem promover a formação
de célula galvânica, especialmente em ambiente corrosivo ou desfavorável.
SENAI 359
Tecnologia mecânica
Fatores geométricos
A observância das recomendações indicadas a seguir poderá estender a vida das
estruturas.
• Os membros estruturais devem ser dispostos de maneira que eliminem o perigo de
acumulação de umidade ou sujeira. Em caso de ser isso impossível, devem-se
permitir aberturas de tamanho apropriado para o escoamento total desses
materiais.
360 SENAI
Tecnologia mecânica
• As junções e fixações devem resultar numa linha lisa e ininterrupta. Como se vê, os
rebites são mais recomendados que os parafusos; a solda de topo mais que a
solda com filete.
• O ar parado aumenta a possibilidade de condensação da umidade. A boa
circulação de ar, livre ou forçada, ajuda na eliminação da umidade.
SENAI 361
Tecnologia mecânica
• Deve ser evitado o contato de metal com madeira, papelão, eucatex ou qualquer
material higroscópico, ou emanador de vapores.
• Devem ser evitadas as áreas que formam abrigo contra evaporação da umidade.
Sistema de proteção
Tratando-se de elementos estruturais que trabalham com líquidos, os processos de
proteção podem começar com a aplicação de inibidores no próprio líquido, de proteção
catódica ou de tratamento do líquido, tornando-o não corrosivo.
362 SENAI
Tecnologia mecânica
• Para cobre e suas ligas, que devem preservar a cor natural, a superfície pode ser
coberta com um verniz incolor.
As peças em contato com o solo podem ser protegidas com tintas plásticas ou com
revestimento betuminoso.
Não se deve aplicar, aqui, tintas grafíticas, pois irão provocar corrosão acelerada.
Construção
Algumas providências tomadas durante a fabricação podem melhorar a resistência dos
elementos estruturais à corrosão. As principais providências durante o processo de
fabricação são:
• Aliviar as tensões por meio da normalização ou outro processo adequado.
• Evitar as mudanças de estrutura metalográfica durante o corte, solda ou
deformação a quente, controlando as temperaturas na área crítica.
• Recozer as peças encruadas pela deformação a frio.
• Induzir um leve endurecimento da superfície (bem controlado), por martelamento,
por grenalha de aço ou laminação.
• Polir a superfície, onde for visível.
• Evitar a destruição de camadas ou filmes protetores.
Manutenção e consertos
Manutenção de elementos estruturais consiste, principalmente, na reposição da
camada protetora contra a corrosão e pintura para efeitos estéticos, devendo-se,
antes, reparar eventuais danos mecânicos que possam influir na resistência ou
aparência da peça e preencher com massa os defeitos superficiais.
Instrumentos de medição
Seleção
Para todos os instrumentos de medição, pode ser aplicada a seguinte recomendação:
sempre que possível, usar equipamentos protegidos contra a corrosão. Uma das
proteções é o material inoxidável, outra é a cobertura com camada protetora
permanente. Os instrumentos de medição usuais estão, quase sempre, na hora de
uso, em contato com as mãos, e uma mancha de suor em um instrumento, deixada por
descuido por algum tempo, é suficiente para iniciar uma corrosão progressiva violenta.
SENAI 363
Tecnologia mecânica
Operação
Um instrumento deve ser aplicado com suavidade, sem aperto excessivo das roscas,
sem forçar sua entrada nos lugares apertados e sem o bater. Caso contrário,
apresentará desgaste rápido. Deve ser, também, protegido contra quedas, porém, se
cair, deve ser sempre aferido.
Manutenção
A manutenção de instrumentos de medição deve ser executada por pessoal
especialmente treinado para este fim, em lugar isento de poeira, sem mudanças
bruscas de temperatura (ideal é 15,5 a 20,5ºC), com umidade constante (ideal é entre
55 e 65%) e livre de vibrações.
Para isso, convém construir um centro especial, protegido com isolante das fundações,
na profundidade de 0,8 a 1,0 e 10cm de espessura, com massa isolante de cortiça,
asfalto e piche, em proporção 1:1:1.
Os lubrificantes são óleos e graxas neutras finas, como, por exemplo, óleo para bebê e
vaselina pura.
Paquímetros
A manutenção de paquímetros consiste na remoção das rebarbas, provocadas
ocasionalmente nos cantos, e da manutenção das guias lubrificadas.
Uma vez por mês, deve ser verificada a folga nas pontas. Quando excedera 0,02mm
nos paquímetros decimais e 0,02mm nos centesimais, deve-se reajustá-lo. O reajuste
pode ser feito por aplicação de cromo duro e posterior lapidação com pedra fina Índia
ou Arkansas a óleo.
364 SENAI
Tecnologia mecânica
Em caso de desgaste maior, pode ser feito, com devido cuidado, um recalcamento na
parte plana do canto externo, que faz à ponta da medição recuar, e posterior lapidação
com pedra do tipo mencionado acima.
Micrômetros
A manutenção de micrômetros consiste na sua desmontagem mensal, seguida de
lavagem em benzina e lubrificação da rosca e da catraca, com óleo fino especial.
Das superfícies das castanhas, devem ser, nesta ocasião, removidas as pequenas
rebarbas, com pedra de granulagem números 600 a 800. A aferição do micrômetro
deve ser feita toda vez que este for requisitado , fazendo-a com blocos padrões, ou
padrão fornecido com o micrômetro. Note-se que a aferição deve ser feita com as
temperaturas do padrão e do micrômetro iguais, que pode ser conseguida durante
alguns minutos.
Relógios indicadores
A manutenção dos relógios indicadores consiste na sua desmontagem, uma vez por
mês, retirando-se os parafusos da parte posterior e removendo-se a ponta, a a
cremalheira e o fio.
Os componentes devem ser lavados em benzina e lubrificados com óleo fino especial,
montando-se o indicador em seguida.
Calibres
Os calibres de qualquer tipo devem ser mantidos nas caixas, sem o contato entre si,
cobertos sempre, quando fora de uso, com graxa protetora.
Os calibres tampões e outros calibres passantes fixos devem ser aferidos uma vez por
semana, no mínimo, devido a seu desgaste em uso. O desgaste máximo ocorre com
medição de peças em ferro fundido e alumínio.
SENAI 365
Tecnologia mecânica
Máquinas operatrizes
Estas máquinas possuem, geralmente, um ou mais sistemas de lubrificação: manual,
semi-automático e automático.
No caso de existirem pontos com óleos de vários tipos, convém assinalá-los com cores
diferentes, para se evitar que eles sejam misturados.
Rotinas diárias
Várias vezes por dia:
• Os barramentos horizontais expostos devem ser limpos e cobertos com uma
camada de óleo recomendado, cada vez que este for removido por ação da mesa
ou contaminado por abrasivos.
366 SENAI
Tecnologia mecânica
Motores
A cada dez horas ou, se necessário, mais freqüentemente, devem ser verificados:
Cárter - Verificar o nível de óleo, e completar caso necessário. Ter o cuidado de não
permitir penetração de sujeira ou de tinta nessa ocasião.
Radiador - Verificar e completar o nível d’água (colocar somente água limpa; não
colocar água fria num motor quente parado).
SENAI 367
Tecnologia mecânica
Compressores
A cada quatro horas (duas vezes por dia), deve-se:
• Verificar a pressão do óleo lubrificante.
• Verificar a pressão no esfriador intermediário.
• Verificar a pressão do ar fornecido.
• Se o compressor for de dupla ação e possuir lubrificador para cilindro - verificar o
número de gotas por minutos nos visores dos lubrificantes; completar o depósito de
óleo.
• Se o compressor for esfriado a água - verificar a diferença de temperatura da água
de refrigeração.
• Drenar as condensações, abrindo as torneiras de drenagem (do filtro de ar, das
válvulas reguladoras, do pós-esfriador, do receptor de ar).
• Verificar se a água do esfriamento está límpida.. Em caso de estar turva, deve-se
parar imediatamente o compressor que está com vazamento no esfriador.
• Verificar a atuação da válvula-piloto do comando das válvulas.
368 SENAI
Tecnologia mecânica
Pontes rolantes
Tratando-se de máquinas cuja falha envolve perigo para a vida humana e danos
graves, as tarefas de lubrificação estão conjugadas com a inspeção de vários pontos e
devem ser executadas por pessoal treinado.
SENAI 369
Tecnologia mecânica
Se a viga for mantida com sua secção mais alta em posição vertical, haverá um
envergamento, mas, após ser colocada no chão, ela se endireitará.
Se a viga for levantada com a sua secção maior no sentido horizontal, o próprio peso
vai entortá-la em caráter permanente, de maneira que as pontas, às vezes, nem sairão
do chão. Uma máquina comporta-se, de certa maneira, de modo semelhante for maior
que sua resistência, sofrerá deformação permanente.
Para evitar isso, sua estrutura deve ser reforçada com uma plataforma ou engradado
adequado.
Além disso, em caso de máquinas ou peças delgadas, deve-se indicar, de modo claro,
os pontos de colocação de cabos, alavanca, roletes, etc.
370 SENAI
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
SENAI 371
Tecnologia mecânica
372 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 373
Tecnologia mecânica
374 SENAI
Tecnologia mecânica
Dispositivos
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Diversos tipos de dispositivos usados em caldeiraria e estruturas metálicas.
Saber
Reproduzir conhecimento sobre:
• Características construtivas e funcionamento dos dispositivos;
• Aplicações dos dispositivos acessórios, dos dispositivos de furar, dobrar e curvar e
dos dispositivos para soldagem;
• Modo de aplicação dos dispositivos livres para pontear e restritivos com pré-
deformação.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Esboçar dispositivos simples para produção seriada na fabricação.
SENAI 375
Tecnologia mecânica
Dispositivos
376 SENAI
Tecnologia mecânica
As variedades dos dispositivos são amplas para atender às mais diversas operações
de produção e montagem.
• Dispositivos acessórios;
SENAI 377
Tecnologia mecânica
Dispositivos e acessórios
São aqueles que, devido a sua larga aplicação nos trabalhos gerais de mecânica,
tornam-se acessórios obrigatórios dos postos de trabalhos.
Morsa
É um dispositivo de fixação de peças, apresentam nos mais variados modelos. As mais
usadas são:
• Morsa de bancada ou de mesa;
• Morsa para máquinas operatrizes;
• Morsa para tubos;
• Morsa de mão.
378 SENAI
Tecnologia mecânica
Mandril
É um dispositivo de fixação de ferramentas de haste cilíndrica, hexagonal ou triangular.
É normalmente usado em furadeira para prender broca de haste cilíndrica.
Placa
É um dispositivo para prender corpos cilíndricos ou corpos que tenham um número de
faces proporcional ao número de castanhas. Existem modelos com três ou quatro
castanha, com fechamento independente por cada castanha. Sua aplicação é
acoplada ao eixo-árvore do torno para prender o material a tornear.
SENAI 379
Tecnologia mecânica
Posicionador
O dispositivo acessório tipo posicionador é largamente usado em caldeiraria. Tem
aplicação em várias operações, mas sua forte aplicação é nos serviços de soldagem.
O tipo varia bastante em função da capacidade e da versatilidade, podendo ser
comprado pronto ou projetado, ou ainda construído na própria empresa, dependendo
da análise de viabilidade.
380 SENAI
Tecnologia mecânica
Aplicação na soldagem
Movimentos
O posicionador pode ter normalmente de um a quatro movimentos. Esses movimentos
podem ser manual ou automático. O número e tipo de movimentos é que determinam a
versatilidade e custo do posicionador.
SENAI 381
Tecnologia mecânica
Dimensões e uso
O posicionador teve sua origem dentro das caldeirarias.
382 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 383
Tecnologia mecânica
384 SENAI
Tecnologia mecânica
Giratório
Os dispositivos acessórios do tipo giratórios são usados para trabalhos em geral na
área de caldeiraria. Sua maior aplicação é na soldagem de peças grandes e de grande
peso.
SENAI 385
Tecnologia mecânica
386 SENAI
Tecnologia mecânica
SENAI 387
Tecnologia mecânica
• Conjunto com barramento próprio duplo e roletes duplos, com capacidade até 300
toneladas. Apoiado no solo, deslocação motorizada e regulagem para diâmetros e
comprimentos pequenos e grandes.
388 SENAI
Tecnologia mecânica
Princípio
Nos dispositivos para usinagem, as guias asseguram a orientação e o
autoposicionamento das ferramentas em ação nas peças, e, em conseqüência, uma
posição relativa correta das superfícies usinadas. Trata-se de elementos de precisão
submetidos ao desgaste por atrito e, por isso, feitos de aço duro com as superfícies
ativas bem lisas ( ∇∇∇ ), de preferência retificadas:
• Os elementos pequenos, até 20mm, são de aço ao carbono ou nitretados;
• Os elementos maiores são de aço para cementação.
É a guia que assegura a co-axialidade do furo a abrir com o eixo da broca. Esse
alinhamento é realizado por cima da peça (guia de furação).
SENAI 389
Tecnologia mecânica
• Dispositivos tipo máscara com pino de centragem. Sem aperto. Baixo custo de
fabricação.
390 SENAI
Tecnologia mecânica
• Dispositivo com fecho tipo dobradiça. Alavanca para rápida fixação da peça.
Para as inúmeras operações de furar, a adoção dos diâmetro9s 8, 10, 12, 16mm, com
a disposição dos furos e em quantidade escalonada de 3, 4, 6, em circunferências de
40, 63, 100mm, etc. permite a utilização de placas universais. Essa prática, vantajosa
em mecânica geral, suprime a traçagem dos furos e dispensa a fabricação de um
dispositivo especial para furação.
SENAI 391
Tecnologia mecânica
Funcionamento
Independente do modelo, o princípio de funcionamento é o mesmo. A morsa prende a
peça contra o apoio interno na medida estabelecida pelo limitador; depois, com o
acionamento da alavanca, a peça é dobrada no ângulo estabelecido.
392 SENAI
Tecnologia mecânica
A peça foi fixada entre a morsa e o apoio interno e na medida do limitador; o apoio
externo foi regulado encostado na peça e a alavanca foi acionada no sentido horário
em ± 30º.
SENAI 393
Tecnologia mecânica
A figura a seguir mostra um dobrador pequeno fixo em morsa, realizando uma segunda
operação de dobra numa mesma peça. Essa e outras operações podem ser realizadas
em função da flexibilidade do dispositivo.
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Tecnologia mecânica
Assim como a grifa e os moldes para curvar, existe uma série grande de outros
dispositivos simples, mas de ótima aplicação no curvamento. A figura a seguir dá um
exemplo desses tipos de dispositivos. Consiste num cilindro maciço de aço, fixo numa
ponta ou apoiado, que se presta para dobragem com força manual e acabamento das
bordas com martelo.
SENAI 395
Tecnologia mecânica
396 SENAI
Tecnologia mecânica
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Tecnologia mecânica
• Tipo restritivo
Sua função é justamente evitar a indução da deformação na estrutura, a fim de
garantir as dimensões finais, dentro de limites de tolerância bastante estreitos.
Para tanto, existem vários tipos de dispositivos, cada qual com suas características
peculiares.
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SENAI 399
Tecnologia mecânica
Dispositivo de pré-deformação
Esses tipos de dispositivos não exigem a marcação prévia nas peças nem seu
ponteamento às mesmas, e ainda servem para prevenir a ocorrência de distorções
inaceitáveis, sendo, por essas razões, os mais utilizados nos trabalhos de
submontagem de sistemas estruturais.
400 SENAI
Tecnologia mecânica
Questionário - Resumo
SENAI 401
Tecnologia mecânica
402 SENAI
Caldeiraria e estruturas metálicas
46.30.23.028-7 Tecnologia mecânica