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Ebook Economia Colaborativa PDF
Ebook Economia Colaborativa PDF
ORGANIZAR EM SOCIEDADE
C O N T E Ú D O E X T R A
Todo o conteúdo desse Ebook foi desenvolvido pela
Descola em parceria com os professores do curso.
1
OLÁ ALUNO,
Você já viu ou provavelmente está vendo o curso “Economia Colaborativa: Novas formas de nos or-
ganizar em sociedade”
Esperamos que você tenha gostado do conteúdo e aprendido mais sobre a importância da colabora-
ção e como juntos podemos fazer algo melhor.
Agora é hora de se aprofundar nos conceitos abordados nas vídeo-aulas e continuar aprendendo.
Por isso, montamos com todo o carinho esse report com informações complementares. Você poderá
ver em detalhes sobre metodologias e ter mais explicações sobre temas que abordamos no vídeo.
Também elaboramos um compilado com curiosidades, filmes e livros e links para você nunca parar de
aprender.
Aproveite!
Abraços,
Equipe Descola
1
1 Quem é a professora que ministra esse
curso e porque é a pessoa ideal para
ministrar esse conteúdo
4
Definição de Rede centralizada, descen-
tralizada e distribuída
5 O que é então Economia colaborativa
8
Livros recomendados para continuar o
aprendizado de uma outra perspectiva
9
Filmes recomendados para continuar o
aprendizado de uma outra perspectiva
Precisei de um tempo para notar que os diplomas não diziam muito sobre mim. Trabalhei por quatro
anos com pesquisa aplicada nos temas consumo sustentável, no Centro de Estudos em Sustentabili-
dade (FGV), e economia verde, na Green Economy Coalition (IIED) e esses temas foram minha porta
de entrada para a colaboração. Dediquei minha pesquisa de mestrado ao movimento colaborativo,
especialmente à confiança como seu elemento central.
Desde então, tenho investigado e experimentado a colaboração, com cada vez mais certeza de que
ela é parte de uma transformação fundamental na sociedade. Em 2012, eu e a Anna juntamos duas
grandes paixões - colaboração e educação - e fundamos o Cinese, uma plataforma de aprendizagem
colaborativa. A ideia é que as pessoas percebam que educação está no encontro e coloquem seus
conehcimentos e habilidades para circular, ocupando espaços diversos da cidade a partir da aprendi-
zagem.
http://www.cinese.me
linkedin.com/pub/camila-haddad/42/985/b3a
ECONOMIA COLABORATIVA
CAPÍTULO 2
8
O QUE É ECONOMIA
A palavra “economia” deriva da junção dos termos gregos “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei). É
basicamente as regras de cuidado com a casa.
Pelo ponto de vista da ciência, a economia é o estudo de como uma sociedade administra seus recur-
sos escassos(1) . Ou seja, é uma visão de como usamos recursos finitos (em suma natureza e trabalho)
para produzir, distribuir, comercializar e consumir bens e serviços limitados.
(1)
Importante: só é bem econômico (ou seja, tem valor de troca) aquilo que é escasso. A economia não se preocupa com aquilo que é abun-
dante, como, por exemplo, o ar. Não investigamos o uso do ar, nem criamos processos econômicos em torno dele já que – ao menos
por enquanto – temos ar para todo mundo.
ECONOMIA COLABORATIVA
A ciência econômica é, portanto, uma observação do comportamento humano, partindo do pressu-
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posto de que somos indivíduos auto-interessados, racionais e motivamos por incentivos.
Nesse sentido, ela se propõe justamente a investigar e propor soluções para tensão entre recursos
finitos e necessidades humanas infinitas e insaciáveis. Essa investigação, e as tomadas de decisão
decorrentes baseiam-se em quatro questões fundamentais sobre a produção: “O que produzir?”,
“Quando produzir?”, “Que quantidade produzir?”, “Para quem produzir?”.
O físico Georgescu-Roegen diz que, se analisarmos a economia como um processo físico, com entra-
das e saídas, notamos com clareza que ela é muito eficiente em transformar energia e recursos natu-
rais valiosos em bens que, em última instância, viram lixo.
Os economistas chamam isso de utilidade, o que poderia ser igualado ao nível de satisfação das ne-
cessidades e desejos de um indivíduo. De acordo com o ponto de vista utilitário, sociedades devem
buscar “a maior felicidade para o maior número de pessoas”.
Tendo isso em mente, pode-se supor que a economia é um meio para atingir um fim, que podemos
chamar de utilidade, felicidade ou o gozo da vida. Administramos a casa para vivermos bem nela. E
é aí que reside uma importante diferenciação entre os conceitos de crescimento e desenvolvimento
econômico. Embora vários estudiosos tenham definido o desenvolvimento de forma diferente - um
debate que vai ser mais detalhado no próximo capítulo - o que todos os conceitos têm em comum é
que abrangem uma melhoria qualitativa (e não quantitativa) na vida das pessoas.
ECONOMIA COLABORATIVA
Microeconomia e macroeconomia são os dois grande ramos da economia. A microeconomia estuda
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as várias formas de comportamento nas escolhas individuais dos agentes econômicos, enquanto a
macroeconomia analisa os processos microeconômicos observando uma economia como um todo.
CAPÍTULO 3
ECONOMIA COLABORATIVA
O QUE É DESENVOLVIMENTO 13
SUSTENTÁVEL
DEFINIÇÃO
A realidade que Georgescu aponta, já no início do século XX, sobre estarmos constantemente trans-
formando recursos naturais em lixo, faz emergir o debate sobre sustentabilidade. Se os recursos são
escassos e a capacidade de regeneração do planeta é finita, como podemos conceber a economia a
partir de uma necessidade de crescimento constante? É possível falarmos em geração de bem-estar
humano, sem esquecermos do equilíbrio com o meio ambiente?
Pensando nesses desafios, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da ONU
realizou diversos estudos na década de 80, que culminaram com a publicação do documento “Nosso
Futuro Comum”, em 1987. Nele, desenvolvimento sustentável foi definido como “o desenvolvimento
que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de su-
prir suas próprias necessidades.”
Se você achou essa definição um bocado genérica, você não é o único. Se já é um desafio entender o
que é sustentabilidade, primeiro temos que chegar a um entendimento comum sobre desenvolvimen-
to. Se igualarmos desenvolvimento ao crescimento das riquezas materiais, talvez a própria expressão
desenvolvimento sustentável seja um paradoxo. Por outro lado, se o qualificarmos a partir de um en-
tendimento mais amplo de equilíbrio e interdependência do homem com a natureza, talvez a gente
nem precise mais falar em sustentabilidade.
baseada em renda,
baseada em necessidades,
baseada em direitos
baseada na abordagem participativa.
A baseada em renda é a que mais conhecemos. Ela basicamente iguala desenvolvimento a aumento
de renda agregada em um determinado território. O pressuposto é de que com renda é possível
acessar bens e serviços e, portanto, satisfazer necessidades. Essa abordagem é problemática porque
ela iguala, por exemplo, um morador de rua em São Paulo com um ribeirinho no Vale do Jari, que tem
um roçado de subsistência. Apesar de estarem na mesma faixa de renda, não se pode dizer que esses
sujeitos desfrutam do mesmo bem-estar ou tem experiências similares de vida. Além disso, se olhar-
mos única exclusivamente para a renda, talvez a gente celebre quando esse mesmo ribeirinho migrar
para São Paulo, para se tornar trabalhador da construção civil, pois partirá de uma renda próxima de
zero, para uma renda de, digamos, um salário mínimo. Mas, neste caso, podemos dizer que sua vida
melhorou?
ECONOMIA COLABORATIVA
Já a abordagem participativa parte do entendimento de que desenvolvimento é totalmente subjetivo
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e, portanto, deve ser definido pelo sujeito que está sendo observado. Um dos autores mais impor-
tantes dentro desta abordagem é o economista indiano Amartya Sen. Ele define desenvolvimento
como a liberdade de um sujeito de se tornar aquilo que ele almeja se tornar. Essa liberdade tem dois
elementos centrais: a agência, que é minha capacidade de sonhar combinada a minha habilidade de
perseguir meus sonhos; e a oportunidade, que são os fatores externos que me possibilitam ou me
impedem de fazê-lo.
Para saber mais sobre esse conceito leia Desenvolvimento como Liberdade, do Amartya Sen.
http://www.saraiva.com.br/desenvolvimento-como-liberdade-443169.html
Redes sociais são estruturas compostas por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários
tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns. As redes podem se organizar de três
formas distintas : centralizadas, descentralizadas e distribuídas, conforme a figura a seguir.
Toda a informação passa por um dos nós (o centro) para, então, poder ser distribuída para os demais.
Esse é o modelo clássico de broadcasting, no qual o poder de controle e distribuição da informação
é concentrado na fonte emissora.
Funcionam como várias redes centralizadas conectadas entre si, na qual vários nós centralizam e
distribuem a informação. Dessa forma, trata-se de uma rede com vários centros. A maior parte das
organizações hierárquicas que conhecemos (igreja, governo, empresas, etc.) funcionam nesse modelo
– departamentos, que são centros localizados na rede, conectando-se a outros departamentos e com
a informação controlada e disseminada por esses centrinhos.
Redes distribuídas
Não existem centros e qualquer nó da rede pode receber e disseminar a informação para qualquer
outro nó. Nesse tipo de organização, o poder e o controle são distribuídos, não há donos nem hierar-
quia instituída. A abundância de caminhos para a informação amplia exponencialmente o campo de
possibilidades.
ECONOMIA COLABORATIVA
Os três tipos de redes sociais co-existem e as mesmas pessoas que formam uma rede social podem
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se organizar dessas três formas, dependendo de como se conectam. Observe que os nós, nas três
configurações de rede, estão exatamente no mesmo lugar e são as mesmas pessoas. Deste modo, o
que determina se uma rede social ou organização é centralizada, descentralizada ou distribuída não
são os nós e suas posições e sim a dinâmica das conexões entre os nós e a estrutura que proporciona
essa dinâmicas. Em outras palavras, é o que acontece entre os nós da rede.
É possível perceber que as tecnologias digitais, em especial a Internet, foram as grandes catalisadoras
para a existência global de organizações distribuídas e vem modificando completamente o cenário
social, por nos mostrar que é possível nos conectarmos diretamente, para fazer qualquer coisa.
Um fator importante ao olharmos para tipos de organização é como eles influenciam no comporta-
mento das pessoas conectadas. Em organizações hierárquicas, mais centralizadas que distribuídas, o
único caminho é o topo, e nem todo mundo pode chegar lá. Dado esse pressuposto, é difícil esperar
outro tipo de comportamento que não o da competição e o auto-interesse. Cooperar com o outro
seria como escolher o bem alheio em detrimento do meu.
Em estruturas horizontais, por não haver a escassez de caminhos, colaborar com o outro é a única
forma de materializar uma dentre as infinitas possibilidades do campo. Nesses tipos de organização, o
melhor para o todo é também o melhor para mim. Vamos olhar para o exemplo da Wikipedia: quando
eu uso meu tempo livre para editar um artigo voluntariamente, estou adicionando o meu conheci-
mento a um corpo de conhecimento gratuito e disponível a todos, em tempo real, inclusive para mim
mesma. Eu sou, ao mesmo tempo, produtora e consumidora; contribuidora e beneficiária.
CAPÍTULO 5
ECONOMIA COLABORATIVA
O QUE É ECONOMIA COLABORATIVA 21
DEFINIÇÃO
A economia colaborativa é uma economia construída sobre redes distribuídas de pessoas e comuni-
dades conectadas, em oposição a instituições centralizadas.
A economia colaborativa traz um novo olhar para os processos de organização social, que estão dire-
tamente ligados às organizações distribuídas. É, de forma simples e direta, o processo de pessoas se
juntando para resolver problemas ou criar coisas novas.
Em oposição, os mercados colaborativos se valem abundância. Se há vários carros parados nas ga-
ragens, porque não compartilhar o seu uso? Se muitas pessoas tem um pouquinho de dinheiro guar-
dado, porque recorrer a um banco para financiar projetos? Se todo mundo tem algum conhecimento
interessante, porque manter a “educação” restrita às escolas e instituições de ensino. No mercado
colaborativo, os agentes econômicos tem um papel distinto: o de conectores. Eles criam ferramentas,
serviços, para conectar as pessoas e garantir o fluxo de recursos abundantes daqueles que tem para
aqueles que precisam.
Isso passa necessariamente pela conexão de pessoas em estruturas horizontais e não hierárquicas,
que estimulam confiança e colaboração.
ECONOMIA COLABORATIVA
CAPÍTULO 6
O QUE É CONSUMO
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COLABORATIVO
DEFINIÇÃO
As ações de consumo colaborativo, quase sempre saem da esfera privada, pois para colaborar é pre-
ciso me envolver com outras pessoas, e encontrar uma solução que sirva a um coletivo que transborda
o núcleo privado indivíduo-família.
ECONOMIA COLABORATIVA
NEGÓCIOS COLABORATIVOS
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Claro, é verdade que os termos “colaborativo” e “compartilhado” tem sido usados para di-
versos propósitos. Muitas das coisas que se encaixam na categoria “economia colaborativa”,
são serviços que antigamente costumávamos chamar por “aluguel”. Sem falar das compras
coletivas, que passaram a se vender também como “vendas colaborativas”.
Ok. Mas, como entro nessa onda colaborativa? Como isso influencia – e agiliza – minha vida?
Simples, pense no AirBnb: bens que são privados podem ser compartilhados ou alugados via
plataformas “peer-to-peer”. Outro serviço menos conhecido, mas promissor, é o Muber, que
permite que qualquer pessoa seja um “transportador de mercadorias” (courrier), sendo que
a transação é direta entre quem tem a mercadoria e quem fará a viagem
2. Redistribuição de produtos
Esse é um modelo de consumo colaborativo baseado em produtos que são usados ou semi-
-novos, cujos donos querem repassar via vendas ou trocas para alguém.
Sim, você com certeza já usou algum serviço – mais ou menos – nesses moldes. Falamos aqui
do eBay ao MercadoLivre.
Essa é a sub-categoria mais ampla. Consiste no modelo de troca de bens mais intangíveis,
como tempo e habilidades. Para funcionar, é necessário conectar pessoas com interesses
similares que queiram trocar aprendizados. Vamos supor que você toque guitarra e queira
aprender espanhol.
Provavelmente na tua cidade há alguém que saiba espanhol e queira aprender guitarra. En-
tão, para quê pagar por aulas se vocês podem trocar essas habilidades? Via plataformas
como o Bliive, essa troca fica muito mais fácil de acontecer. Há muita gente que troca via
Skype e similares também.
ISSO É SÓ O COMEÇO
Como você pode notar, diversos produtos e serviços, novos e antigos, se encaixam nas ca-
tegorias da economia colaborativa. O tema é amplo, assim como é cada vez maior a predis-
posição da população em ser parte ativa desse movimento: uma pesquisa da Nielsen em 60
países mostrou que 2 em cada 3 pessoas querem compartilhar ou alugar seus produtos
Claro, onde há muita gente, há muito dinheiro. O mercado que engloba as categorias acima
tem um valor de mercado estimado em U$ 26 bilhões. Mais importante que isso: muitos dos
produtos e serviços da economia colaborativa empoderam cidadão comuns, seja permitindo
que suas habilidades sejam valorizadas ou garantindo renda extra.
ECONOMIA COLABORATIVA
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CAPÍTULO 7
DILEMA DO PRISIONEIRO
O QUE É TEORIA DOS JOGOS
Teoria dos jogos é um ramo da matemática aplicada que estuda a tomada de decisão. Ela
olha para situações diversas onde indivíduos (“jogadores”) tem de fazer escolhas para melho-
rar seu próprio resultado.
A Teoria dos Jogos foi inicialmente desenvolvida como ferramenta para compreender o com-
portamento econômico e, através dela, foi possível notar que em determinadas situações, ao
contrário da teoria de mercado diz, quando cada pessoa age de forma egoísta, o resultado
coletivo pode ser desastroso.
ECONOMIA COLABORATIVA
O DILEMA DO PRISIONEIRO
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Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes para os con-
denar, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um dos prisio-
neiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que
confessou sai livre enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos
ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um. Se ambos
traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem
saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro. A questão
que o dilema propõe é: o que vai acontecer? Como cada prisioneiro vai reagir?
Olhando pelos óculos do indivíduo a estratégia dominante sempre será delatar e, se ambos
decidirem assim, o resultado será de suas condenações de 5 anos enquanto a alternativa me-
lhor para ambos seria a da negação, que resultaria numa condenação de 6 meses.
CAPÍTULO 8
ECONOMIA COLABORATIVA
LIVROS RECOMENDADOS
31
Beber de novas referências é sempre uma fonte para se obter conhecimento. Para nossa sorte,
estudiosos e pessoas que são referências no assunto estudaram e disseminaram conteúdo em forma
de livros.
DICAS DA Pedimos para a professora do curso separar algumas leituras que podem ajudá-lo a
continuar o aprendizado e ir além, se aprofundar no tema quando achar necessário,
PROFESSORA confira a lista abaixo:
SACRED ECONOMICS
Sacred Economics traça a história do dinheiro de economias
da dádiva antigos ao capitalismo moderno , revelando a for-
ma como o sistema monetário contribuiu para a alienação ,
competição e escassez, comunidade destruída, e exigiu um
crescimento sem fim . Hoje , essas tendências tenham atin-
gido o seu extremo , mas na sequência do seu colapso , po-
demos encontrar uma grande oportunidade para a transição
para uma forma mais conectados , ecológica e sustentável de
ser.
ECONOMIA COLABORATIVA
A SOCIEDADE DO CUSTO MARGINAL ZERO: A internet das 33
ECONOMIA COLABORATIVA
O QUE É MEU É SEU: Como o consumo colaborativo 35
Separamos alguns filmes que agregam muito ao conteúdo do curso, todos ligados em uma forma
ampla com os temas abordados no curso.
LINK: https://www.youtube.com/watch?t=300&v=7ofxZHuWz9Q
LINK: https://www.ted.com/talks/rachel_botsman_the_currency_of_the_new_economy_is_trust
ECONOMIA COLABORATIVA
39
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=NLlGopyXT_g
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=h2br2_twHfw
ECONOMIA COLABORATIVA
41
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=_JKOcb3UygA
Elencamos opções de sites para você sempre ficar a par das novidades e não parar de aprender.
HADDAD
Depois de assistir ao curso e ler quase todo esse ebook ainda ficamos com algumas dúvidas na ca-
beça, e isso é ótimo, pois a ideia do curso é te dar uma pitada do conteúdo e te incentivar a buscar
esse conhecimento cada dia mais!
Pensando nisso fizemos 5 perguntinhas para a Camila nos responder seu ponto de vista, o que ela
acredita em certos pontos e compartilhamos aqui com vocês:
CAMILA HADDAD: Cada vez mais temos notícias de que o modelo econômico atual não res-
ponde às nossas necessidades. A economia colaborativa apresenta um caminho interessante
porque ela não me parece ser uma tendência nem ter caráter reformista.
O processo que temos assistido nas estruturas distribuídas e colaborativas tem um aspecto
muito transgressor e revolucionário porque desafia duas premissas básicas da economia: a
da escassez (não tem para todo mundo) e a de que as pessoas são inerentemente egoístas
e competitivas. Como falar de abundância em um cenário no qual os recursos estão se exau-
rindo? Somos tão consistentemente treinados na escassez- que é a base de todas as ciências
de “management” - que falar em abundância parece ingenuidade, utopia ou hippismo. Mas
basta uma mudança de ótica.
ECONOMIA COLABORATIVA
Com a ascensão de uma economia baseada em abundância e escassez, 47
o modelo baseado em escassez e egoísmo tende a acabar? Ou eles
convivem juntos?
CAMILA HADDAD: Hoje vivemos em uma fase um pouco esquizofrência, onde as duas coisas
convivem às vezes até dentro da mesma organização. Muitos negócios colaborativos ainda
mantém, da porta para dentro, estruturas hierárquicas e competitivas. Ou pior: consideram
que negócios similares e com o mesmo propósito são seus competidores. Mas acho que é ca-
racterística inerente de todo o processo de transição. De toda forma, escassez e abundância,
competição e colaboração não são mutuamente excludentes. Basta termos uma percepção
mais equilibrada. Estruturas centralizadas e escassas garantem a eficiência e a sobrevivência,
enquanto as colaborativas e abundantes garantem a eficácia e a evolução.
Como surgiu a ideia do Cinese e qual o papel que ele tem na economia
colaborativa?
CAMILA HADDAD: A história do Cinese se mistura com a minha história e da minha irmã, que
hoje é minha sócia, a Anna. Durante o meu mestrado conheci o fenômeno da colaboração
como um ingrediente importante para pensar novos modelos econômicos. Enquanto isso a
Anna, que estava saindo de um grande escritório de advocacia, repensava a carreira e quali-
dade de vida. Ela notou que o processo tradicional de educação era excludente, hierárquico
e homogeneizador, que propagava um único modelo de sucesso. O Cinese surgiu como uma
alternativa que combinava educação com colaboração, para estimular processos mais aber-
tos em termos de autonomia e liberdade, para formar pessoas críticas. Tentamos criar uma
ferramenta que facilitasse ao máximo o compartilhamento de conhecimentos, habilidades e
experiências.
Um jeito interessante é listar tudo que você possui e não precisa/usa. Junte essas coi-
sas, participe de um bazar de trocas ou faça doações através de plataformas como o Freecy-
cle ou o Free your stuff. Também vale vender por plataformas como Enjoei.
Depois liste aquilo que tem e não usa com frequência, e que poderia ser compartilha-
do. Disponibilize essas coisas para uso de seus vizinhos e amigos. Tem muitas plataformas
que te ajudam nesse processo, como o Tem Açucar, mas em última instância você pode fazer
uma lista de e-mails, grupo no whatsapp ou até mesmo um álbum no facebook (com fotos das
coisas que estão disponíveis para empréstimo).
Convide seus vizinhos para um café, converse sobre seus sonhos para o prédio/a rua
e convide-os para pensarem em formas de realizar essa transformação. Coisas como ter um
parklet, fazer uma horta ou fechar a rua para lazer aos domingos são muito simples, mas só
podem ser realizadas em comunidade.
Se tiver espaço sobrando em casa, receba turistas, cobrando ou não por isso. O Airbnb
e o Couchsurfing pode te ajudar nessa tarefa. Ao viajar também considere ficar na casa de
outras pessoas ou então encontrá-las para te mostrarem a versão delas da cidade.
ECONOMIA COLABORATIVA
Se for usuário de transporte individual, ofereça caronas ou compartilhe seu veículo
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com outras pessoas (Fleety e Pegcar são alternativas interessantes). Também é possível alugar
carros compartilhados por hora de uso. Em São Paulo existem empresas como o Zazcar.
Se puder, separe um valor por mês para financiar projetos e iniciativas em que você
acredita. O nosso dinheiro também pode trabalhar a serviço de um mundo mais colaborativo.
Você pode fazer isso através de plataformas de financiamento coletivo como Catarse, Benfei-
toria e o Unlock.
Ocupe os espaços públicos. Faça festas, plante hortas, leve as crianças para brincar.
Ocupar a cidade é receita para ter espaços mais seguros, mais bem cuidados e que se tor-
nem, de fato, bens comuns.