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F Peres
Secagem de alimentos e inovação
“Através de uma tecnologia de secagem programada a ESBUC produziu, entre outros, cubos de maçã
seca revestidos de bactérias pprobióticas. Os benefícios
f do seu consumo estão documentados em vários
estudos laboratoriais e clínicos, nomeadamente ao nível dos distúrbios e infeções intestinais.
Consumida como aperitivo ou incorporada em outros alimentos, como cereais de pequeno-almoço, a
maçã seca (ou outras frutas) com probióticos pode “constituir uma alternativa à ingestão de snacks
mais incompletos ou menos saudáveis”, explica a ESBUC em comunicado.
Durante o ano de 2011, na Universidade da Florida, Estados Unidos da América, foi realizado um
estudo que revelou que o consumo de maçã seca por 160 mulheres, ao longo de um ano, reduziu os
seus níveis de colesterol total em 14% e de LDL (mau colesterol) em 23%, tendo aumentado os seus
níveis de HDL em 4% “(Vida Rural, 2012). F Peres
SECAGEM DE PRODUTOS VEGETAIS
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OBJECTIVOS
y Aumentar o tempo de vida dos alimentos (↓ aw)
y Reduzir o peso e volume dos alimentos (facilitar transporte e/ou
reduzir custos)
y Facilitar a utilização e diversificar a oferta de produtos
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ESSÊNCIA DO PROCESSO DE SECAGEM
y Qualquer que seja a técnica de secagem um líquido somente se vaporiza
quando a respetiva pressão parcial de vapor excede a pressão a que se
encontram os seus vapores na fase ggasosa envolvente. Porque esta fase ggasosa
é, por norma, o ar ambiente
Para q
que ocorra secagem
g é necessário:
Ps > Pv
Ps ar Pv
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MECANISMO DA SECAGEM
y Para que a humidade de um sólido seja transferida para o ar envolvente,
impõe-se que a água migre do interior do sólido para a superfície. A água
escapa da superfície do alimento pelos seguintes mecanismos:
y Por capilaridade
y Por difusão, provocada pelas diferenças na concentração de solutos
entre distintas partes do alimento
y Por difusão da água, absorvida em diversas camadas sobre a superfície
dos componentes
p sólidos do alimento
y Por difusão gasosa, provocada pelo gradiente de pressão de vapor
existente no interior do alimento.
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F Peres
Fases da secagem
g
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FASES DA SECAGEM
y Fase inicial
Período durante o qqual o produto
p se coloca em equilíbrio
q com as condições
ç de
secagem
y Secagem a velocidade constante
A evaporação
ã à superfície
fí i ddo produto
d t é compensada,d ddurantet um certot período
í d
de tempo, por um fluxo de humidade interna, que ascende por capilaridade ou
por contracção do corpo em secagem (fase BC). Este período mantém-se até se
atingir
ti i a humidade
h id d crítica.
íti
y Para que a secagem se realize de forma adequada neste período o ar deve
cumprir
p as seguintes
g condições:
ç
c temp. de bolbo seco moderadamente elevada
d baixa HR
e velocidade elevada
y Secagem a velocidade decrescente
Vários fenómenos simultâneos e interligados explicam a atenuação da taxa de
secagem a partir da humidade crítica: carência de água livre à superfície do
produto, frente de vaporização e presença de solutos.
TÉCNICAS GERAIS DE SECAGEM
y ª POR CONTACTO COM SUPERFÍCIE QUENTE
Calor transferido ao alimento principalmente por condução
E Contacto
Ex: C ddo produto
d com a superfíciefí i externa dde tambores
b rotativos,
i aquecidos
id
internamente por injecção de vapor (100-120ºC) t= 2-3 min.
. produtos de elevada viscosidade (ex: flocos de batata e flocos de cereais)
→Vantagem: baixo custo do equipamento e continuidade da operação.
Secadores de Túnel:
a) Cocorrente
b)) Contracorrente
c) Saída de ar central
d) De fluxo transversal
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Fonte: Ordóñez et al, 1998
Secadores
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Linha de secagem de puré de batata
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Secador de leito fluidizado
VIBRO-FLUIDIZER®
Fonte:www.niro.com
Secagem por aspersão - “Spray Drying”
- Atomização-
y Aplicado . líquidos
y Pastas e purés de baixa viscosidade
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Tipos
p de secadores
por atomização
SPRAY DRYERS
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Secadores domésticos
Secadores
Secado es solares
so a es
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EFEITOS DA SECAGEM
y As p
principais
p modificações
ç são ao nível da textura dos alimentos.
y O tipo
p de ppré-tratamento e a intensidade com qque se aplica
p (porp ex: adição de
cloreto de cálcio no branqueamento, redução de dimensões, pelagem) são
aspectos que afectam a textura de produtos horto-frutícolas secos.
Produto
d Razão ded Razão de
d Razão de
d
desidratação retracção total rehidratação
Cenouras em rodelas 7.5 12.0 7.0
Pimentos verdes 7.0 8.0 5.5
Cebolas em rodelas 17.0 22.0 8.0
Espinafres 13.0 13.5 5.0
Fonte: Fellows, 99
Velocidade de
secagem rápida
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Alterações de sabor e aroma
y O calor não só p
provoca a eliminação
ç da água
g na secagem,
g ,
mas envolve também a perda de componentes voláteis
do alimento
⇒controlar condições de secagem
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Cor
y Mudanças
u a ças qu
químicas
cas dos
os pigmentos
p g e tos derivados,
e va os, carotenos
ca ote os e
clorofilas, ocorrerão por acção do calor e da oxidação durante o
armazenamento.
Em geral, quanto mais demorado o processo de secagem e
elevada a temperatura, maiores são as perdas destes pigmentos.
y Reações de escurecimento não enzimático dependentes da
temperatura e da aw do alimento
( velocidade
(a l id d desta
d t reação
ã aumenta t notavelmente
t l t se o teor
t dde
água do produto é da ordem dos 4-5% e a temperatura de
armazenamento > 38ºC)
38 C)
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V l nutritivo
Valor t iti
As diferenças observadas no valor nutritivo dos alimentos
secos deve-se a:
y Métodos distintos de preparação
y Temperatura durante o processo
y Condições de armazenamento
Perdas (%)
Alimento Vit.A Tiamina Vit. B2 Niacina Vit.C Ac. Fólico Biotina
Fruta 6 55 0 10 56
Figos - 48 42 37 - - -
Hortaliças 5 <10 <10
Fonte: Fellows, 1994
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DESIDRATAÇÃO OSMÓTICA
Membrana
celular
Agua
Açúcar
solução
Produto
d
açucarada
Eli i ã da
Eliminação d água
á sem troca
t d
de ffase
Produto com mais humidade e textura
similar ao produto fresco F Peres
DESIDRATAÇÃO OSMÓTICA
y Este
E t tipo
ti de
d ddesidratação
id t ã iimplica
li a iimersão
ã dde produtos
d t com um
alto teor de água em soluções açucaradas ou salinas concentradas.
Por efeito da diferente pressão osmótica a água passa do alimento
à solução hipertónica.
y O emprego de soluções muito concentradas (50-75g de soluto
por 100g de solução) permite eliminar até 40-70g de água por
100gg de produto
p inicial,, com a mínima incorporação
p ç de solutos
(5-25g de soluto por 100g de produto inicial) num tempo
relativamente curto;
y Em porções de fruta de 1-2cm3, a 30-50ºC e à pressão
atmosférica, a maior parte da transferência de água faz-se nas
primeiras duas horas.
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Exemplo
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Vantagens
y Possibilidade de obter uma desidratação parcial a pressão
e temp. ambiente
y Simplicidade do processo
y Redução de consumos energéticos
y Menor alteração de cor durante a secagem
y Menor alteração de aroma
y Possibilidade
P ibilid d de d combinar
bi estat técnica
té i com outrast dde
estabilização, como a secagem, liofilização e
congelamento
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Desvantagens
y Produção de grandes quantidades de líquidos residuais
y Perda de solutos e partículas
y Contaminações microbianas
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Aplicação:
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Factores que afectam a taxa de
transferência de massa
Conc. de
C d solutos
l Geometria
G i do
d produto
d
Tipo de soluto Compactação dos tecidos
Temperatura Contacto entre fases
Agitação Pré-tratamento do produto
Tempo
p de imersão Pressão
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No caso de P < Patm
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Possibilidades de aplicação da osmose directa
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Fruta inteira ou em pedaços
P- 100Kg
H-85-90%
Aw>0.998
(pré-tratamento: branqueamento...
Secagem
S Liofilização
Li fili ã P
Pasteurização
i ã congelamento
l
IMF; seco H-1-2%;aw-0.15-0.3
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Desidratação osmótica
ó
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LIOFILIZAÇÃO (Freeze-Drying)
y Este processo de secagem recorre à congelação do produto e
posterior remoção do gelo por sublimação.
A liofilização envolve:
y Congelação
y Secagem
g primária
p - sublimação
ç de todo o gelo
g encerrado no
produto
y Secagem
g secundária - remoção ç de uma parte
p da água
g não
congelável (água fortemente ligada)
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Liofilizador
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y A liofilização tem lugar em 2 fases: na primeira o produto é
sublimado até um teor de água de 15% (em peso húmido) e na
segunda, que se produz por desidratação evaporativa (desorção) da
á não
água ã congelada,
l d o tteor dde áágua reduz-se
d até
té 2% ((peso
húmido). A desorção consegue-se mantendo o liofilizador a baixa
ppressão e elevando a temperatura
p até um valor ppróximo da
ambiente.
y A velocidade de desidratação depende principalmente da
resistência
i ê i que o alimento
li oferece
f à transferência
f ê i dde calor
l e em
menor grau à transferência de vapor ( de massa) desde a frente de
sublimação.
ç
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Liofilizador
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Sistemas de liofilização
(a)Transmissão de calor por
condução através de uma bandeja
compartimentada
p
((c)) Aquecimento
q das bandejas
j por
p
radiação.
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Estrutura porosa dos alimentos liofilizados
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Secagem convencional Liofilização
Eficaz, sobretudo se se trata de É um sistema eficaz para a maior parte
alimentos facilmente desidratáveis dos alimentos, mas normalmente só se
( d
(verduras e grãos)
ã ) utiliza
ili quando
d os outros métodos
é d se
tornam ineficazes
Mais barato Cerca de quatro vezes mais caro que a Fonte: Fellows, 1994
desidratação convencional
Bibliografia
y O
Ordóñez,, J. A.. 1998.. Tecnologia
g de los alimentos.. C
Componentes
p de los
alimentos y processos. Vol I. Editorial Síntesis, SA. Madrid
y Potter, N. N. e J. H. Hotchkiss. 1995. Food science (5ª ed). Chapman & Hall,
L d
London.
y Singh, R. P. e D. R. Heldman. 1997. Introducción a la ingenieria de los
alimentos. Editorial Acribia,, S.A.,, Zaragoza
g
y www.niro.com
y http://www.bsyse.wsu.edu/cnpf/Technologies%20list/OD.html
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