Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: Analisam-se as investidas punitivas so- Abstract: It is analyzed the punitive assaults on
bre adolescentes, identificando seus principais adolescents, identifying its main legitimation
discursos de legitimação. Na sequência, estu- discourses. In sequence, it is critically studied
da-se criticamente a construção discursiva do the discursive formation of the Brazilian Juve-
Direito Penal Juvenil brasileiro e a forma com nile Criminal Law and the ways it elaborated the
que elaborou a responsabilidade penal juvenil juvenile responsibility of adolescents. Finally, it
do adolescente; por fim, são apresentadas novas is presented new proposals and perspectives of
propostas e perspectivas de responsabilização, responsibility, based upon the developments on
baseadas nos desenvolvimentos da culpabilidade, the category of culpability, related towards the
relacionada ao adolescente. adolescent.
Palavras-chave: Direito Penal Juvenil – Respon- Keywords: Juvenile Criminal Law – Juvenile cri-
sabilidade penal juvenil. minal responsibility.
1. Introdução
É extremamente preocupante o avanço, incremento e consolidação do
Estado penal1 brasileiro, fenômeno que se representa de forma mais notó-
ria pelos elevadíssimos índices de encarceramento adulto e juvenil, números
que se encontram em crescimento constante desde os anos 90 (CARVALHO,
2013a, 2015; SOUZA; FERRAZ, 2017). Atualmente, nosso Estado penal vem
dirigindo suas engrenagens e baterias punitivas sobre os adolescentes autores
de ato infracional, o que é representado, de forma mais urgente e notória, pelo
significativo avanço legislativo das diversas propostas de redução da maiori-
dade penal e de aumento do tempo de internação, e, de forma menos explícita
ou evidente, pelo próprio comportamento estrutural dos atores do sistema de
Justiça Juvenil, os quais conferem reinterpretação de cunho punitivo-meno-
rista às disposições convencionais, constitucionais e legais vigentes (SOUZA;
FERRAZ, 2016; 2017).
Considerando este cenário, propõe-se uma reflexão crítica a partir do
Direito Penal Juvenil, compreendido aqui como o ramo da ciência jurídico-pe-
nal responsável pela elaboração e sistematização teórica de todo saber penal juve-
nil, com vistas à redução e contenção de poder punitivo exercido sobre adolescentes
autores de ato infracional2. Pretende-se, primeiramente, identificar e estudar os
dois movimentos de expansão punitiva sobre adolescentes – expansão punitiva
penal e expansão punitiva juvenil – e seus discursos jurídicos e político-crimi-
nais de legitimação. Na sequência, será analisado o Direito Penal Juvenil bra-
sileiro de linha tradicional (legitimante), edificado a partir dos anos 90 e 2000
como contradiscurso acadêmico e dogmático de limitação de poder punitivo
sobre adolescentes, que, apesar dos reconhecidos méritos político-criminais,
1. Neste ponto, interessa trazer a obra de Loïc Wacquant, que estuda a reformatação do
Estado na era da ideologia hegemônica do mercado (WACQUANT, 2013. p. 18). O
autor sustenta – analisando o encarceramento em massa dos EUA a partir dos anos
70 e suas relações com o desmonte do Estado social-caritativo – que o Estado penal
aparece como prolongamento ideológico e complemento institucional da mão invi-
sível do mercado de trabalho desqualificado, controlando as desordens geradas pela
difusão de insegurança social e a desestabilização correlata das hierarquias estatutá-
rias até então existentes (idem, p. 32).
2. Conceito que se inspira em Zaffaroni e Batista, que afirmam ser o Direito Penal o
“ramo do saber jurídico que, mediante a interpretação das leis penais, propõe aos
juízes um sistema orientador de decisões que contém e reduz o poder punitivo, para
impulsionar o progresso do estado constitucional de direito” (BATISTA; ZAFFARONI
et al., 2006. p. 40).
6. Importa aprofundar mais este ponto. Nas palavras de Pires, “a teoria da racionalidade
penal moderna (RPM) é uma teoria sociológica sistêmica que descreve a emergência
de um sistema de ideias formado pelas teorias modernas da pena e que apresenta esse
sistema de ideias como um “obstáculo epistemológico” (Bachelard) à reconstrução –
ou à “evolução de patamar” (Simondon) – do sistema de Direito Criminal, tal como ele
se diferenciou e se construiu na Europa e nas américas a partir dos séculos XII e XIII”
(PIRES, 2017. p. 136). Ela é composta por três pilares, na leitura de Xavier: (i) um
direito de punir, que assume a forma de uma obrigação de punir; (ii) essa obrigação é
substancializada de forma mais dura do que uma intervenção qualquer; (iii) a ideia de
“proteção da sociedade”, que seria exercida pelo Direito Penal, que guarda uma visão
hostil do infrator, concebido como inimigo da sociedade (XAVIER, 2015. p. 449-452).
7. A título ilustrativo, Cappi constatou que o argumento do “discernimento” (isto é,
de que a redução se impõe uma vez que o adolescente já teria “consciência” de suas
ações, e, por isso, teria um nível “maior” de maturidade, comparado ao adolescente
ao tempo do CP 1940) figura simplesmente em todas as proposições de redução da
maioridade penal (CAPPI, 2011. p. 154-157).
8. Representação eticizante do Direito Penal que se remete à Welzel (1964. p. 239).
9. Forma de responsabilização penal que foi consolidada na dogmática penal (TANGE-
RINO, 2014. p. 249).
10. Sobre esta passagem, da autodeterminação humana como aspecto essencial do
sujeito culpável a uma qualidade pessoal negativa, que torna a infração penal mais
reprovável, Pavarini percebeu que esse “salto” encontraria origens nas próprias con-
cepções éticas e políticas do iluminismo, uma vez que, visualizando a sociedade a
partir de um modelo contratualista burguês centrado na propriedade privada, todos
aqueles que se encontrassem e agissem fora desse âmbito seriam considerados social-
mente nocivos, imorais, criminosos. Assim, ao mesmo tempo em que o movimento
iluminista encarna defesas ao livre arbítrio do homem, é capaz de forjar uma imagem
negativa do delinquente, retratado como “irracional”, “primitivo”, “perigoso”, “dimi-
nuído” (PAVARINI, 2002. p. 33-35).
11. A respeito da corrupção do princípio da culpabilidade em verdadeira periculosidade
positivista, CARVALHO, 2010. p. 107-108; 2013c, p. 354-356.
12. Criticando esses projetos de aumento sob o prisma constitucional da proporciona-
lidade – alguns chegam a estipular internações por até 10 anos –, vale conferir, por
todos, DAVID, ZAMBIAZI, 2016.
13. Sobre esse trabalho, relevante apontar que as pesquisadoras coletaram decisões que, a
pretexto de proteger o adolescente de sua própria família, mantinham ou impunham
medidas socioeducativas de internação.
14. Em que pese defender direitos e garantias ao adolescente autor de ato infracional,
Veronese entende não ser a medida socioeducativa uma sanção penal, mas, sim, uma
medida de caráter pedagógico, que visa ao resgate da pessoa humana (2015. p. 263).
15. Contrários a essa designação, por todos, ROSA, LOPES, 2011. p. 27; RAMIDOFF,
2003. p. 152-155.
16. WELZEL, 1956. p. 177; 2015. p. 170. Sobre a discussão envolvendo o que o autor
precisa saber para se verificar o conhecimento da proibição, por todos, TANGERINO,
2014. p 190-195.
virada do século XIX para o XX muitas vezes é também atualizada pelo conceito de
“vulnerabilidade” social, categoria que frequentemente é empregada de forma meno-
rista-tutelar na Justiça Juvenil pátria (BATISTA, 2014. p. 289).
18. Em obra específica acerca do reconhecimento de direitos fundamentais a crianças
e adolescentes, Ana Paula Motta Costa assevera que, em decorrência de processos
sociais complexos na sociedade plural do Brasil contemporâneo, desenvolveram-se
normatividades jurídicas paralelas ao sistema jurídico estatal, localizadas, em espe-
cial, nas periferias urbanas (COSTA, 2012. p. 89). Nesse contexto, a autora verifica
que muitos adolescentes brasileiros referenciam-se em distintos planos jurídicos, os
quais se definem por conta das especificidades dos grupos urbanos ou rurais a que
pertencem, ou em razão da geração que representam; tais referências ou normati-
vidades não seriam autônomas em relação ao direito estatal, mas se situariam em
planos distintos (idem, p. 90). A autora prossegue verificando que, tendo em vista a
especificidade dos adolescentes e jovens dessas periferias, poder-se-ia dizer que sua
cultura seria resultado de múltiplas influências (famílias, origens sociais e étnicas,
comunidades em que vivem, etc.), pertencendo, portanto, a diferentes planos cultu-
rais e normativos, cujas regras de comportamento são utilizadas como referência para
a solução dos conflitos que vivenciam (idem, p. 92).
19. Importante pontuar que se trata de uma proposta que se assemelha à ideia de cocul-
pabilidade, sustentada por Eugenio Raúl Zaffaroni (que viria posteriormente a sofrer
modificações significativas, passando-se a denominar culpabilidade pela vulnerabi-
lidade – sobre isso, conferir FERRAZ, 2016). A partir do reconhecimento de que a
ordem sustentada pelo Direito não daria a todos as mesmas possibilidades de reali-
zação, aqueles que podiam mais deveriam arcar com a responsabilidade em relação
àqueles que podiam menos. A sociedade teria, também, parte da culpabilidade que
se atribuiria ao indivíduo, daí, portanto, a denominação “coculpabilidade”. A ideia
não é nova e encontra antecedentes tanto em Frank, quanto, muito antes, em Marat.
Contudo, Zaffaroni percebeu que sua ideia de coculpabilidade seria insuficiente,
pelas seguintes razões: (a) em princípio ela evocaria o preconceito de que a pobreza
seria a causa de todos os delitos; (b) corrigindo este preconceito, concluir-se-ia pela
habilitação de mais poder punitivo sobre as classes hegemônicas e menos sobre as
subalternas, o que poderia conduzir a um direito penal classista a duas velocidades;
(c) fosse rico ou pobre o selecionado (já que a seletividade não opera apenas em
relação a classes marginalizadas), sempre o será com bastante arbitrariedade; (d) em
suma, a construção da coculpabilidade não daria conta da seletividade estrutural do
poder punitivo e tampouco seria satisfatória à luz de um conceito agnóstico de pena,
que Zaffaroni passou a adotar.
De modo a corrigir esses defeitos, mas guardando certa coerência com a proposta ori-
ginária de Zaffaroni, pode-se sugerir, mais modestamente, duas balizas a que a culpa-
bilidade deve respeitar. Primeiro, de forma coerente com a proposta minimalista aqui
levantada, não pode o juízo de culpabilidade se prestar a agravar sofrimentos humanos
e sociais desnecessariamente. Com isso se quer dizer que a culpabilidade, mais do
que todas as categorias dogmáticas da teoria do delito, não pode deixar de considerar
o sujeito culpável em seu mundo real, diante das condições e circunstâncias que o
cerca, sobretudo quando do cometimento de um fato social tão emblemático e com-
plexo como é o delito. Fechar os olhos, deliberadamente, às mazelas humanas e sociais
que atingem a enorme maioria dos condenados, às violações sistêmicas de direitos
humanos, à forma de operação do sistema penal ocorrida antes, durante e depois da
justiça criminal, em um país com um déficit crônico de efetividade constitucional
como o Brasil, é, mais do que tudo, conformar-se, em nome de medos e moralismos
de ocasião, com um projeto de Direito e de sociedade, que até pode ser legalmente
válido, mas que, sem dúvidas, é mais mesquinho e menos generoso, porque menos
humano. Em segundo lugar, não pode o Direito Penal admitir a punição de alguém
por suas condições pessoais, escolhas morais ou classe social – veda-se, porque anti-
liberal e moralizante e autoritário, o Direito Penal de autor. A punição só é permitida,
26. Aliás, é importante destacar que a firmeza com que se costuma sustentar, no Par-
lamento ou no Judiciário, a repressão de toda e qualquer forma de violência sobre
crianças e adolescentes deve se traduzir, na Justiça Juvenil, em mais generosidade,
sensibilidade e garantias no reconhecimento e tratamento de situações de coação
moral sobre adolescentes autores de ato infracional.
27. Um dos argumentos para que a obediência hierárquica se restrinja a relações de
Direito Público é que a relação de subordinação difere profundamente entre o con-
texto privado e público, dado que ao particular se lhe garante não ser obrigado a fazer
ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei (art. 5º, II, CRFB), o que não ocorre
em relações administrativamente vinculadas de Direito Público. Porém, essa liber-
dade individual é, em regra, concebida em função de uma pessoa adulta, plenamente
capaz, a qual se pressupõe livre e sem condicionamentos à sua vontade. Pode-se,
realisticamente, afirmar que um adolescente em uma relação de trabalho – que, em
boa parte dos casos, não respeita os limites e garantias impostos pelo ordenamento
jurídico – dispõe do mesmo nível de liberdade?
28. Nesse tipo de contexto, deve-se fazer um aporte ao Direito Civil e perceber que
podem surgir situações de exculpação decorrentes do que se costuma denominar
“temor reverencial”.
A doutrina civilística afirma que o temor reverencial, o receio de desagradar aos pais,
mestres ou qualquer pessoa por quem o paciente tenha respeito, ou a quem se ligue
por uma relação de dependência ou subordinação hierárquica, normalmente não
constitui coação apta a ensejar um vício de vontade (PEREIRA, 2009. p. 455-456) – o
que é consagrado expressamente pelo art. 153 do Código Civil.
Porém, se o temor reverencial, por sua gravidade e determinação que imponha à
vítima, puder se converter em verdadeira força de intimidação, geradora da declara-
ção de vontade nas mesmas condições que a coação específica, admite-se sua carac-
terização para fins de invalidar um negócio jurídico. Tepedino, Barboza e Moraes
afirmam, contudo, que se deve levar em conta as circunstâncias culturais e sociais
que são capazes de transformar o temor reverencial em verdadeira coação, especial-
mente quando a atitude da pessoa reverenciada realimenta e intensifica a fragilidade
subjetiva de quem tem medo, resultando em verdadeira ameaça ou violência moral
irresistível (TEPEDINO, BARBOZA, MORAES, 2007. p. 292). Tais considerações
devem reverberar no Direito Penal Juvenil, em que muitos atos infracionais podem
ser praticados por influência, temor, fragilidade ou ordem familiar, a partir das quais
o adolescente pode se sentir compelido a agir, encontrando-se, materialmente, ou em
coação moral irresistível, ou em uma situação similar de pressão e insuportabilidade,
pelo que o agir conforme ao Direito (considerado de forma legal ou supralegal) seria
inexigível.
29. Essa é uma situação extremamente delicada, em particular diante da política de crimi-
nalização de drogas em curso no País, cujos efeitos mais perversos se fazem sentir nos
adolescentes submetidos à Justiça Juvenil. Nesse ponto, deve-se diferenciar a análise.
Em relação a casos de autoria mediata, em que o adolescente atua como instrumento
a serviço de outrem (no caso, um adulto ou um adolescente mais velho, a depen-
der da diferença de idades), deve-se prescindir de sua responsabilização infracional.
Roxin, embora reconheça que possa ser teoricamente possível que a criança ou ado-
lescente eventualmente apresentem maturidade suficiente para entender o injusto
do fato e agir conforme a esse entendimento, aplica, nessa hipótese, seu princípio
da responsabilidade e os exime de responsabilidade, por ausência de necessidade
preventiva da pena (ROXIN, 2014. p. 125-126). Em relação ao Direito Penal Juvenil
brasileiro, os princípios do superior interesse, da condição peculiar e da proteção
integral apontam para o mesmo sentido.
Mais complexos são os casos em que não se está diante de autoria mediata, já que
nesses, provavelmente, todos os envolvidos serão responsabilizados, seja na Justiça
Juvenil, seja na Justiça comum, de acordo com suas respectivas idades.
Para essas hipóteses se vislumbra pelo menos uma redução de responsabilidade. A
partir da própria legislação, encontra-se o conhecido art. 244-B do ECA (“corrupção
de menores”). Tal artigo constitui um delito associativo especial, e não sem razão:
a lei pressupõe que crianças e adolescentes, por sua condição de desenvolvimento
e maturidade, podem sofrer severos danos à formação de sua personalidade se se
envolverem em delitos praticados por adultos. Se essa é a premissa do ordenamento,
não parece razoável que, praticando, por exemplo, tráfico de drogas, um adulto e um
adolescente sejam censurados em similar gravidade, cada qual a partir de sua justiça
competente. O julgamento da culpabilidade do adolescente pela Justiça Juvenil deve
considerar que nessas circunstâncias, a exigibilidade de atuação conforme ao Direito
é menor, impondo-se menor censura.
Considerações finais
Estudar a culpabilidade no Direito Penal Juvenil pode revelar um pouco
mais sobre a culpabilidade de modo geral. Longe de ser um juízo de reprova-
ção ou censura, a culpabilidade é um juízo de responsabilização que vincula
pessoalmente o injusto a seu autor. Mais do que qualquer outro estrato da teo-
ria do delito, trata-se da categoria dogmática que não apenas reconhece e con-
fere concretamente a alguém a sua condição de sujeito de direitos. Ela convida
o aplicador do direito a se imergir na vida real do sujeito culpável e naquilo
que o cerca, para que, com racionalidade e humanidade, seja possível avaliar
se, naquela dada situação da vida, diante daquelas circunstâncias concretas, era
possível e exigível o agir de acordo com o Direito.
Embora centrada nas discussões jurídico-penais e dogmáticas do Direito
Penal Juvenil, a proposta aqui esboçada não rejeita – muito ao contrário, pres-
supõe e abraça – formas distintas de responsabilização do adolescente. É o
caso da Justiça Restaurativa, cujas rupturas com o sistema de justiça tradicio-
nal permitem possibilidades concretas e efetivas de resolução de conflitos31.
30. Como estuda no Direito Penal comum CARVALHO, 2013c. p. 162. Com nuances
diversas, BITENCOURT, 2015. p. 64.
31. Por todos, ACHUTTI, 2014.
Referências
ACHUTTI, Daniel. Justiça restaurativa e abolicionismo penal. São Paulo: Saraiva,
2014.
BARRETO, Tobias. Menores e loucos. Edição do Estado de Sergipe, 1926.
BATISTA, Nilo; ZAFFARONI, Eugenio Raúl et al. Direito Penal brasileiro, I.
3. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2006.
BATISTA, Nilo; ZAFFARONI, Eugenio Raúl; et al. Direito Penal brasileiro II, II.
Rio de Janeiro: Revan 2017.
BATISTA, Vera Malaguti. A juventude popular e o direito de ir e vir. Revista
Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, ano 22, n. 109, jul.-ago. 2014.
p. 283-294.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral 1. 21. ed.
rev., ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2015.
BORGHI, Adriana Padua; FRASSETO, Flávio Américo. A noção de responsabi-
lização no sistema de Justiça Juvenil: notas históricas sobre sua emergência,
impasses e desafios. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, ano
22, n. 109, jul.-ago. 2014. p. 147-179.
BUSTOS RAMÍREZ, Juan José; MALARÉE, Hernán Hormazábal. Lecciones de
Derecho Penal, teoría del delito, teoría del sujeto responsable y circunstân-
cias del delito. Madrid: Editorial Trotta, S.A, 1999. v. II.
BUSTOS RAMÍREZ, Juan José; HORMAZÁBAL MALARÉE, Hernán. Nuevo sis-
tema de Derecho Penal. Madrid: Editorial Trotta, S.A, 2004.
CAPPI, Riccardo. Motifs du controle et figures du danger: L’abaissement de l’âge de
la majorité pénale dans le débat parlementaire brésilien. Tese de Doutorado.
Université Catholique de Louvain, Faculté de Droit et de Criminologie, 2011.
LEITE, Alaor. Dúvida e erro sobre a proibição no Direito Penal. São Paulo: Atlas,
2013.
MARTINS, Antonio. Culpabilidade como instituição política: um esboço. In:
GRECO, Luís e MARTINS, Antonio. (Org). Direito Penal como crítica da pe-
na: Estudos em homenagem a Juarez Tavares por seu 70º Aniversário em 2
de setembro de 2012. São Paulo: Marcial Pons, 2012. p. 389-404.
MINAHIM, Maria Auxiliadora (Coord.), ECA: apuração do ato infracional atri-
buído a adolescentes. Série Pensando o Direito, n. 26/2010, Brasília: Mi-
nistério da Justiça-UFBA – Programa para o Desenvolvimento das Nações
Unidas, 2010.
PAVARINI, Massimo. Control y dominación: teorías criminológicas burguesas y
proyecto hegemónico. Trad. de Ignacio Muñagorri. Buenos Aires: Siglo XXI
Editores Argentina, 2002.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil, v. I. 23. ed. rev. e
atual. por Maria Celina Bodin de Moraes. Rio de Janeiro: Forense, 2009.
PIRES, Álvaro. A racionalidade penal moderna, o público e os direitos huma-
nos. São Paulo, Novos Estudos Cebrap, n. 68, mar. 2004. p. 39-60.
PIRES, Álvaro. A teoria da “Racionalidade Penal Moderna” e os desafios da jus-
tiça juvenil. Plural, Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da
USP, São Paulo, v. 24.1, 2017. p. 124-160.
RAMIDOFF, Mário Luiz. Direito Penal Juvenil: quem garante os jovens desta
bondade punitiva. Revista da ESMESC: Escola Superior da Magistratura do
Estado de Santa Catarina, Florianópolis, v. 9, n. 15, 2003. p.151-169.
RODRIGUES, Ellen Cristina Carmo. A Justiça Juvenil no Brasil e a responsabi-
lidade penal do adolescente: rupturas, permanências e possibilidades. Tese
de Doutorado. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-
-Graduação em Direito, 2016.
ROSA, Alexandre Morais da; LOPES, Ana Christina Brito. Introdução crítica ao
ato infracional. Princípios e garantias constitucionais. 2. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2011.
ROXIN, Claus. Derecho Penal: parte general. 2. ed. Trad. de Diego-Manuel
Luzón Peña, Miguel Díaz y García Conlledo e Javier de Vicente Remesal.
Madrid: Civitas, 1997. t. I.
ROXIN, Claus. Derecho Penal: parte general. Trad. de. Diego-Manuel Luzón
Peña, Miguel Díaz y García Conlledo, José Maneul Paredes Castañon e
Javier de Vicente Remesal. Civitas: Cizur Menor, 2014. t. II.
SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito Penal: parte geral. 3. ed. Curitiba: ICPC,
Lumen Juris, 2008.
SARAIVA, João Batista Costa. Adolescente em conflito com a lei, da indiferença à
proteção integral. Uma abordagem sobre a responsabilidade penal juvenil.
2. ed. rev. e amp. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.
Pesquisas do Editorial