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FACULDADE DE DIREITO
Cuiabá-MT
2021
OTONIEL RODRIGUES DE PAULA
CUIABÁ
2021
OTONIEL RODRIGUES DE PAULA
BANCA EXAMINADORA
Cuiabá, de ano
Dedico este trabalho,
primeiramente a Deus por ser
essencial em minha
vida, autor do meu destino e
meu guia. Aos meus pais “In
Memorian”. À minha
esposa Sâmela, ao meu filho
Samuel e aos meus irmãos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus pelo dom da vida, pela força e coragem durante
todo este curso, à minha esposa e filho pela compreensão e carinho, e aos meus irmãos pelo
incentivo e apoio.
RODRIGUES DE PAULA, Otoniel. A Proteção do Menor Infrator e a Violência no Brasil.
2021. Contendo 23 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Direito – Universidade de
Cuiabá, Cuiabá, 2021.
RESUMO
ABSTRACT
CF Constituição Federal
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente
SAM Serviço de Assistência ao Menor
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................10
2. MENORES INFRATORES: definições, conceitos e história.............................................12
3. MENOR: AUTOR OU VÍTIMA DA VIOLÊNCIA?...................................................................... 15
4REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL, UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA.......................19
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................22
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................23
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1. INTRODUÇÃO
Por fim, este Trabalho de Conclusão de Curso, utiliza como método a pesquisa
qualitativa, descritiva e método bibliográfico. A pesquisa enquanto descritiva tem por
objetivo demonstrar os fenômenos e eventos tais quais se mostram em um tempo
geracional. (Gil, 2012).Enquanto qualitativa, utiliza critérios da subjetividade para
coleta e análise de dados, buscando uma resposta reflexiva sobre determinado evento.
(Gil, 2012). Para fins de desenvolvimento do trabalho, teve como base artigos
publicados, institutos de pesquisa e livros.
No primeiro capítulo é apresentado um breve histórico do menor infrator no
Brasil, as variantes dos termos que os definem e as garantias e proteções alcançadas
desde as primeiras leis formuladas.
No segundo capítulo é uma reflexão da participação do menor infrator nos índices
de violência no Brasil, como autor nos mais diversos crimes.
No terceiro capítulo é feita a uma defesa pela redução da maioridade penal no
Brasil, de 18 para 16 anos, como uma questão de diminuição nos índices de violência.
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No Brasil, a palavra menor foi pela primeira vez positivada, com a criação do
Decreto Nº 17.943-A de 12 de outubro de 1927, que consolidava as leis de assistência e
proteção a menores. Este Código trazia o menor sendo o abandonado ou delinquente.
Em 1940, com a entrada em vigor do Código Penal Brasileiro, fixou-se a idade
de 18 anos para a imputabilidade penal. Em 1942 cria-se o SAM (Serviço de Assistência
ao Menor), órgão do Ministério da Justiça, de orientação correcional-repressiva. O
SAM se estruturou sob a forma de reformatórios e casas de correção para adolescentes
infratores e de patronatos agrícolas e escolas de aprendizagem de ofícios urbanos para
menores carentes e abandonados.
Com a ascensão do militares ao poder em 1964, foi extinguido então SAM e
criou-se a Funabem (Fundação Nacional do Bem-estar do Menor) e as Febems
(Fundação Estadual do Bem-estar do Menor) em cada estado da Federação.
Com o passar dos anos, o Código de Menores foi perdendo eficácia frente às
necessidades da atenção do Estado à criança. Com isso em 1979, foi promulgado um
novo Código de Menores que vigorou até a promulgação da atual Constituição Federal.
Como previa a Constituição, em 1990 criou-se então o Estatuto da Criança e do
Adolescente, que trouxe em seu bojo uma gama de direitos à criança e ao adolescente.
É bom salientar que no Brasil, no que tange aos direito civis, existem duas
modalidades de menores. O absolutamente incapaz menor de 16 anos, e o relativamente
incapaz, maior de 16 e menor de 18 anos.
Nesse sentido, Firmo (2005) escreve:
Verifica-se, no ordenamento jurídico brasileiro, que o parâmetro de idade,
para a fixação da norma, varia de matéria para matéria, pois, enquanto que no
Direito Civil no de 1916 (Lei nº 3.071, de 1.01.1916) era ele 21 (vinte e um)
anos, só passado para 18 (dezoito) anos recentemente pelo no Código Civil,
instituído pela Lei nº 10.406, de 10.01.2002, que entrou em vigência em
10.01.03, e no Direito Penal é
18 (dezoito) anos, o Direito Trabalhista traz distinções normativas para as
idades de 12 (doze), 14 (quatorze), 18 (dezoito) e 21 (vinte e um) anos. Já o
Direito Comercial ressalva aos menores e aos filho- famílias comerciantes o
direito de obrigar, hipotecar e alhear validamente seus bens de raiz. No
Direito Político, a Constituição
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Esse termo veio para definir a pessoa que é menor de dezoito anos de idade,
conforme tipifica o Código Penal Brasileiro (CPB), pelo Decreto-Lei N. 2.848, de 7 de
dezembro de 1940, introduzida em nosso ordenamento jurídico pátrio naquele ano:
observando, claro, o conceito legal do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
que, por meio da Lei N. 8.069, de 13 de julho de 1990, passou a determinar,
diferenciando crianças de adolescentes e criando o conceito de menor infrator.
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Cerca de 90% dos jovens que cumprem medida socioeducativa são do sexo
masculino e a liberdade assistida é a medida mais aplicada aos menores, atingindo
atualmente 83.603 adolescentes. A medida consiste no acompanhamento, auxílio e
orientação do adolescente em conflito com a lei por equipes multidisciplinares, por
período mínimo de seis meses, com o objetivo de oferecer atendimento nas diversas
áreas de políticas públicas e a inserção no mercado de trabalho. A segunda medida mais
aplicada é a prestação de serviços à comunidade, abarcando 81.700 jovens atualmente,
que devem realizar tarefas gratuitas e de interesse comunitário durante período máximo
de seis meses e oito horas semanais.
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Como visto, fica provado que a atuação do menor tem sim influencia nos índices
de violencia, e que precisa de uma atenção especial à esta situação para encontrar uma
solução de modo que a justiça verdadeiramente seja aplicada aos mesmos.
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Fica cristalino a participação do menor infrator nos crimes graves, cujas penas
são de internação.
A Internação é a medida mais dura aplicada ao menor infrator, por isso o levantamento
buscou enfatizá-lo.
O menor em conflito com a Lei será tratado segundo o ECA, uma vez que
prevalece o princípio da especialidade, logo essas medidas, para idades menores, podem
sim trazer uma efetividade da norma consonante à sua criação e aplicação. Já aos de
idades mais avançadas, não teriam tanto sentimento de punição tendo em vista das
medidas serem mínimas.
16 anos acima, seria uma idade ideal para receber uma medida mais rígidas,
como as do Código Penal, tendo em vista que são mais coercitivas para
ressocializar e melhorar o comportamento do apenado.
Por derradeiro, cabe destacar a importância da norma penal na boa convivência
em sociedade, e mais ainda quando a norma trás consigo a efetividade de aplicabilidade.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/o-conceito-de-
menor-infrator/72819. Acesso em 23 de abril de 2021.