Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESCUTISMO MUNDIAL
PARA O AMBIENTE
Contributors: Farouk Bouraoui, Jànos Divényi, Zsolt Ecsedi, Ursina El Sammra, Filomena
Grasso, Lorena Gudino, Euloge Ishimwe, Yuhei Kageyama, Melanie Kesteven, Mark
Knippenberg, Ella Maesepp, Mark Shepheard, Tomoko Umemoto, Anne Whiteford and Paul
Whitfield
Supporting organisations: Clean Up the World, Jane Goodall Institute, United Nations
Environment Programme (UNEP), Volvo Adventure, Web of Hope and WWF
worldbureau@scout.org
scout.org
Reproduction is authorized to
National Scout Organizations and
Associations which are members of the
World Organization of the Scout Movement.
Credit for the source must be given.
«O conhecimento da Natureza é um passo
para compreender e conhecer a Deus.»
Baden-Powell
PROGRAMA DO ESCUTISMO MUNDIAL
PARA O AMBIENTE
ÍNDICE 3
Posicionamento Institucional e Pedagógico
do Corpo Nacional de Escutas 4
Programa do Escutismo Mundial para o Ambiente 5
Enquadramento de objetivos para a educação ambiental
no Escutismo 7
O processo para obter a Insígnia Mundial de Ambiente 13
Recursos de Atividades 19
Folhas pegajosas 21
Explorando a água 25
A vida de um rio 27
Sente a natureza 29
Arte natural 33
Conferência de criaturas 35
Apanha o dióxido de carbono 37
Cadeias alimentares e químicos 39
A minha pegada ecológica 43
O que fiz hoje? 47
Desafio do saco de lixo 49
Debate rápido sobre energia 51
Que desastre sou eu? 55
Prepara-te para o desastre! 57
Uma história de um desastre natural 61
Scouts of the World Award 67
Scenes 69
Parcerias 71
Citações de Baden-Powell 75
Introdução
O Programa do Escutismo Mundial para o Ambiente oferece ferramentas,
recursos e iniciativas para ajudar os escuteiros de todo o mundo a traba-
lharem em conjunto em prol do ambiente local e global. Esta publicação
do Programa do Escutismo Mundial para o Ambiente contém recursos de
atividades para ajudar a implementar a educação ambiental no programa
educativo do Escutismo pelo mundo.
É apresentado o enquadramento para a educação ambiental no Escutis-
mo, a Insígnia Mundial do Ambiente, Recursos de Atividades, Scouts of
the World Award (Caminheiros e Companheiros), Parcerias Ambientais /
Oportunidades Educativas e Citações de B-P.
Esta é uma referência útil para ver na generalidade os desafios ambientais
chave com que o planeta se debate e como se relacionam com o projeto
educativo do CNE, em três grupos etários (Lobitos, Exploradores/Moços,
Pioneiros/Marinheiros).
Os 15 recursos de atividade relacionam-se com cada um dos cinco objeti-
vos para a educação ambiental no Escutismo e os três grupos etários. Foi
usado um símbolo para ilustrar qual dos objetivos está a ser trabalhado na
atividade. Estas atividades são apresentadas como exemplos de como o
enquadramento pode ser implementado nos agrupamentos, embora exis-
tam muitas formas de apresentar atividades para a Insígnia Mundial de
Ambiente. Sempre que possível, o programa deve ser implementado ao ar
livre, permitindo aos escuteiros a exploração pelos próprios e descoberta
do mundo natural.
Ambiente
O Corpo Nacional de Escutas habitats naturais suficientes para
(CNE) – Escutismo Católico Por- manterem espécies nativas, garan-
tuguês, movimento de educação tindo a biodiversidade e o risco de
não-formal de crianças e jovens, substâncias nocivas para as pes-
segundo o método escutista pro- soas e o ambiente são minimizados.
posto por Lord Baden-Powell of
Gilwell e à luz do Evangelho, no • O Corpo Nacional de Escutas as-
cumprimento da sua missão, sume o ambiente como elemento
central na sua proposta educativa e
• entende a Natureza como Obra um elemento chave na construção
Divina; de um mundo melhor.
Campos de
Objetivos da Insígnia - por Se
Interesse
Lobitos Exploradores/Moços
A. EXPLORAR e REFLETIR – Completar as atividades baseadas em cada um dos cinco objetivos
Explorar a uma área natural local. Explorar a uma área natural local.
Descobrir algumas espécies nati- Compreender as ligações do
vas de plantas e animais ecossistema de espécies nativas
e as suas de plantas e animais e as neces-
necessidades de habitats. C3 sidades dos seus habitats.
2. Existem
Demonstrar conhecimento de E7 Estar consciente de assuntos
habitats naturais
alguns habitats contrastantes. I1 globais de conservação que
suficientes para
manterem afetam a
espécies nativas. biodiversidade.
ecção
Ações (sugestões)
Pioneiros/Marinheiros
s
Atividades ao ar livre divertidas,
Explorar as fontes de água e ar limpo permitem exploração
no ambiente local. não estruturada e espontânea,
C1 C2 C5
C1 C3 Demonstrar a relação entre as ações incentivam a curiosidade e geram
E8
C6 C8 pessoais e a disponibilidade de água e ar consciência ambiental.
I1 I4
E7 limpo nos ambientes local e global. Experiências baseadas
I5 I6
I1 I3 em atividade que promovem
I7
I5 educação ambiental. Estas podem
S2
ser práticas, físicas ou atividades
em resultados.
Experiências baseadas
em atividades que incentivam
pensamento crítico sobre questões
Explorar uma área natural local.
ambientais e conduzem
Compreender as ligações
a consciência partilhada
do ecossistema de espécies nativas
C3 C7 C8 e aprofundamento de conhecimen-
de plantas e animais e as necessidades
C3 C7 C9 to da responsabilidade individual
dos seus habitats.
C8 E8 pelo ambiente.
Demonstrar a relação entre ações pessoais
E7 I1 I2 I5 Sempre que possível, as atividades
e a disponibilidade de habitats naturais
I1 I6 S1 S2 S4 devem incentivar a reflexão como
suficientes para
S5 os cinco campos de interesse estão
acolher as espécies nativas.
ligados entre si.
Estar consciente de assuntos globais
de conservação que afetam
a biodiversidade.
Lobitos Exploradores/Moços
A. EXPLORAR e REFLETIR – Completar as atividades baseadas em cada um dos cinco objetivos
A8 C3 Rever experiências
Identificar questões ambientais locais A10 C2 C3
C6 C8 de aprendizagem.
e soluções potenciais. C5 C6 C7
E7 Identificar uma questão ambiental
Planear e executar um projeto ambiental. C8 C9 E8
I1 I2 local e compreender a sua ligação
Compreender a ligação global do projeto. I1 I2 I3 I5
I3 I4 entre o local e o global.
Avaliar os resultados do projeto para os I6 I7
I5 I6 Planear e implementar um projeto.
escuteiros, a comunidade e o ambiente. S1 S2 S4
I7 S1 Monitorizar, avaliar e identificar
S5 S6 S7
S3 S5 ações futuras.
S8
S7
Lobitos
Exploradores/Moços
Pioneiros/Marinheiros
o ambiente local.
Exemplo de Plano
Último passo – Aprovação e atribuição individual da Insígnia Mundial de Ambiente a ser usada de acordo com o
Regulamento dos uniformes, distintivos e bandeiras do CNE.
5. AÇÃO
Ação propriamente dita depois de
tudo preparado. É a intervenção no
terreno.
6. AVALIAÇÃO
É uma etapa muito importante, pois
permite perceber como tudo ocor-
reu. Se necessário, pode ser efetua-
do um reforço da ação realizada.
• Reformulação/reforço, caso ne-
cessário
7. CELEBRAÇÃO
É o final da AÇÃO. É um agradeci-
mento que todos fazem a todos. Vai
Foto: Nuno Perestrelo
Recursos de Atividade
Folhas Pegajosas
Material Contexto
Fita-cola transparente, mapas, Um poluidor de ar é qualquer subs-
papel branco. tância ou químico indesejável que
contamina o ar que respiramos, re-
Preparação sultando num declínio na qualida-
Escolher um local adequado de do ar. Poluente do ar inclui fumo,
para realizar a atividade monóxido de carbono, óxido de ni-
trogénio, dióxido sulfúrico, partícu-
las e ozono.
Duração
Uma hora
Poluidores de ar têm origens na-
turais e humanas. As origens na-
Lugar turais incluem vulcões, incêndios,
Local ao ar livre com árvores e pó aéreo, digestão de erva pelo
arbustos. A atividade pode ser gado e decomposição natural ra-
realizada em mais do que um dioativa. Embora alguma poluição
sítio. Se for este o caso, esco- venha de origens naturais, a maior
lher áreas que diferem em pro- parte da poluição resulta da ati-
ximidade de estradas, fábricas vidade humana. As maiores cau-
ou outras fontes de poluição sas são as operações de queima
atmosférica. As áreas deverão de combustível fóssil em centrais
ter árvores ou arbustos com fo- energéticas e automóveis que ope-
lhas, as quais não devem estar ram com hidrocarbonetos.
próximas do chão. Importa sa-
lientar que folhas de superfície A maioria dos poluentes de ar pode
lisa dão melhores resultados ser prejudicial à saúde humana.
que folhas com textura salien- A poluição do ar é frequentemente
te. associada a problemas respirató-
rios. Pode provocar mal-estar ou
doenças prolongadas, particular-
mente nos mais sensíveis à polui-
ção, como crianças e idosos.
Explorando a água
Avaliação
Material 1. Quando todos os grupos tiverem
Mapa, papel, canetas, máquina regressado pede-lhes para apre-
fotográfica (facultativo). sentarem o que encontraram e
discutam as suas descobertas.
Preparação Usa a questões seguintes para
ajudar a discussão.
Encontra um percurso adequa-
do na tua área local e arredores.
Os escuteiros ficaram surpreen-
didos pela quantidade de água
Duração que descobriram? Como entra no
Uma a duas horas ciclo da água, a água que encon-
traram? Como é que a água nos
Lugar ajuda? Como é que a água ajuda
Área local. plantas e animais? Alguém men-
cionou que a água se encontra no
ar como vapor de água? Alguém
mencionou a água no solo e sub-
Guia da atividade terrânea?
Contexto passo-a-passo
A água é vital para a vida e 1. Divide os escuteiros em peque- 2. Se tiraram fotografias, expo-
em muitas partes do mundo nos grupos e dá a cada grupo nham-nas para a comunidade.
pode ser encontrada à nos- um mapa, papel, caneta e má-
sa volta e numa variedade de quina fotográfica (facultativo). 3. Os grupos identificaram a água
sítios diferentes. Em algumas Pode ser marcado no mapa um escondida nos edifícios? Pede-
partes do mundo não está fre- percurso, ou podes dar-lhes -lhes para pensarem como usa-
quentemente disponível água coordenadas para seguirem, mos a água nas nossas casas e
limpa e potável. Esta atividade ou podem ser eles a decidir o como a água chega até lá. O que
incentiva-nos a explorar o nos- percurso numa dada área. acontece à água antes de entrar
so ambiente local e descobrir nas nossas casas e o que aconte-
a nossa água, onde está, para 2. Antes de os grupos partirem, ce à água então?
que é necessária e qual é o seu faz uma breve discussão sobre
aspeto. Quando compreender- onde julgam que encontrarão
mos a nossa água e porque é água. Por exemplo, uma ribeira
importante para nós, podemos ou um rio, casas de banho pú- Atividades adicionais
começar a aprender sobre a blicas, charcos ou poças, fonta-
1. Visita um equipamento de água
água num contexto global. nários, etc.
local e aprende sobre de onde
vem a água que chega a casa,
3. Os grupos seguem o percurso
como é limpa e para onde vai de-
procurando água. Quando en-
pois de ser usada.
contrarem devem pensar sobre
as seguintes questões: Onde
2. Constrói uma maqueta ou faz um
está a água? Para que é usa-
poster mostrando o ciclo da água.
da? Que quantidade de água
está aí? Está lá todos os dias?
3. Se encontraram problemas de
Que cor tem? Tem odor, é des-
poluição de água na vossa área,
colorada? Pode ser bebida por
investiga estes problemas mais
humanos? Pode ser bebida por
profundamente. Descobre o que
animais? Se tiverem uma má-
está a causar a poluição e atua
quina fotográfica, podem tirar
para resolver o problema.
uma foto à água.
4. Identifica formas que podemos
ser mais eficientes no uso da
água no nosso quotidiano.
A vida de um rio
Avaliação
Material Os rios mudam naturalmente 1. Pede aos escuteiros para apre-
Jarros de vidro, papel e cane- ao longo da paisagem, com di- sentarem as suas observações
tas, máquina fotográfica (facul- ferentes plantas e animais que enquanto seguem a vida do rio.
tativa), equipamento de canoa- aproveitam as áreas em torno Isto pode incluir mostrarem as
gem ou rafting (facultativo). do rio. As pessoas usam água suas fotografias ou desenhos,
dos rios, das plantas e dos amostras de água ou histórias na
animais e das terras nas suas ordem em que são recolhidas.
Preparação margens, que muitas vezes são
Identifica um troço de rio ou ribei- bastante férteis. Muitas povoa- 2. Discute os resultados e a ativida-
ra local acessível, que possa ser ções começaram ao longo do de. Usa as seguintes questões
seguido de forma a observar as rio e progressivamente cres- para ajudar a discussão.
mudanças. Se forem realizadas ceram para vilas ou cidades.
atividades náuticas, assegura- Estas mudanças no ambiente
-te que foram tomadas medidas Quais foram as observações dos
construído também afetam o rio
de segurança e os participantes escuteiros sobre a natureza?
de modos diferentes.
têm experiência adequada. O ambiente mudou ao longo do
rio?
Duração
As mudanças eram naturais ou in-
Variável, até um dia. fluenciadas pelas pessoas?
Sente a natureza
Atividade 1
Material Contexto
Caça ao Tesouro
A natureza pode ser apreciada
Vendas, papel, canetas.
usando todos os nossos senti- Sentido: Visão
dos. O sentido que usamos, mais 1. Divide os escuteiros em bandos e
Preparação frequentemente, para perceber pede-lhes para encontrarem dez
Encontra um espaço adequado o nosso ambiente é a visão, mas objetos que tenham alguma coi-
para visitar. na realidade estamos a usar os sa em comum. Por exemplo, dez
outros sentidos que simultanea- objetos naturais que sejam mo-
Duração mente nos ajudam a construir a les. Outras ideias são objetos que
figura do que nos rodeia. Ao con- sejam duros, verdes, castanhos,
Uma hora.
centrarmo-nos em cada um dos mortos, feitos pelo homem, etc.
nossos sentidos individualmente
Lugar podemos ganhar maior consciên-
2. Cada bando pode ter a mesma
categoria ou um bando pode ter
Uma área natural local, por cia do nosso ambiente local. de encontrar objetos moles e outro
exemplo floresta, praia, monta-
bando objetos duros.
nha ou parque.
3. Os escuteiros devem ser cuidado-
sos para não prejudicar ou pertur-
bar espécies vivas.
4. Logo que tenham encontrado os
objetos, devem apresentá-los ao
Guia da atividade restante grupo.
passo-a-passo
5. Discute sobre o que encontraram.
1. Encontra um local próximo ade-
Algumas ideias para perguntas
quado e leva o grupo para lá.
são dadas abaixo.
2. Pergunta ao grupo o nome dos
6. Depois da discussão devolve os
cinco sentidos e discute como
objetos naturais aos seus locais
eles podem ser usados no nos-
de origem. Se um bando recolheu
so quotidiano. Como é que os objetos feitos pelo homem, asse-
nossos sentidos nos ajudam a gura-te que estes são levados e
compreender o que nos rodeia? devidamente colocados no lixo.
3. Explica ao grupo que vão ex-
plorar o ambiente natural que Quantos objetos naturais diferen-
os rodeia usando cada um dos tes foram encontrados no total?
sentidos individualmente. Que
sentidos usam mais? Que senti- O grupo está surpreendido pelo
dos eles julgam que lhes darão número de coisas diferentes que
mais e menos informações? encontraram?
Qual é o objeto mais surpreen-
4 .Realiza as seguintes atividades.
dente que foi encontrado?
Cada atividade identificará dife-
rentes elementos do ambiente Quanto material feito pelo homem
natural que se está a explorar. foi encontrado?
Escreve estes elementos à me-
Quão representam os seres vivos
dida que a atividade progride.
da área natural em que se encon-
A atividade final resume como
tram, os objetos recolhidos?
os nossos sentidos pintaram um
quadro do ambiente local. Esta atividade foi fácil? Depende
do nosso sentido da visão. Quão
útil é a nossa visão? Quão im-
portante é a visão para a nossa
consciência de compreender a
natureza?
Atividade 2 Atividade 3
Caminhar descalços Encontra a tua árvore Quão fácil foi encontrar a vossa
árvore?
Sentido: Tato Sentido: Tato
1. Divide os escuteiros aos pares e 1. Apresenta esta atividade obser- Que elementos da vossa árvore
escolhe um dos membros dos pa- vando e discutindo as árvores ajudaram a encontrá-la?
res para serem os primeiros. ao redor. Pergunta aos escutei- Enquanto tocavam na árvore, foi
ros quais são os elementos que fácil imaginá-la?
2. O escuteiro começa por se des- distinguem as árvores e visita al-
calçar e colocar a venda. gumas árvores para ver as suas Quão sensíveis são os vossos de-
diferenças e semelhanças. dos?
3. Os escuteiros vendados são leva- Que elementos da árvore pude-
dos pelos seus parceiros por um 2. Divide o grupo aos pares e venda ram sentir (por exemplo, diferen-
percurso. um dos parceiros. tes texturas, diferentes temperatu-
ras, humidade, secura)?
4. Enquanto caminham, os escutei- 3. O escuteiro vendado rodopia
ros vendados devem-se concen- sobre si mesmo e depois cui- Se fizeram a atividade de cami-
trar no que os seus pés estão a dadosamente é guiado até uma nhar descalços, sentem que os
sentir. Devem descrever ao seu árvore. É melhor fazer isto em si- vossos dedos são mais sensíveis
parceiro como se sente o terreno lêncio. que os vossos pés?
sob os seus pés e identificar so- Como comparam tocar na árvore
bre o que estão a caminhar. 4. Eles devem tocar na árvore e com apenas observá-la?
O caminho deve ser seguro evi- descobrir o seu tamanho, forma e
tando objetos afiados e perigo- textura. Eles precisam descobrir O que conheceram da árvore por
sos e deve incluir texturas e su- o suficiente da árvore para se- tocarem-na que não saberiam se
perfícies diferentes. rem capazes de identificá-la sem apenas a observassem?
as vendas. Coisas interessantes
5. O par troca os papéis e repete a para sentir são os padrões distin-
atividade. tivos do tronco, ramos, raízes ou Atividade 4
planta na base da árvore. Uma O que ouviste?
6. Reúne o grupo e discute a ativida- forma excelente de identificar a Sentido: Audição
de. Algumas ideias para a discus- árvore é saber o seu diâmetro. 1. Pede a cada escuteiro que se
são são dadas abaixo: Pede aos escuteiros que abra- sente confortavelmente.
cem a árvore para este efeito.
Como se sentia o terreno? Era ma- 2. O grupo deve permanecer senta-
5. Então, são afastados da árvore do em silêncio durante cinco mi-
cio, duro, quente, frio, molhado,
e rodopiados sobre si próprios, nutos e ouvir os sons à sua volta.
seco etc.? Tenta pensar em pala-
tirando depois a venda. Eles de- Quando ouvirem um som devem
vras imaginativas para descrever
verão usar a memória de como pensar sobre o que o originou e
como se sentia o terreno.
se sentia a árvore para descobri- memorizá-lo.
Caminhavam sobre o quê? rem-na.
Quão sensíveis são os pés? São 3. Passados cinco minutos, pergun-
6. O par troca os papéis e repete a ta ao grupo o que ouviu e discu-
mais, o mesmo ou menos que
atividade. te os sons, algumas ideias para
as mãos? Usaram o sentido da
audição para ajudar a identificar questões estão abaixo:
7. Reúne o grupo e discute a ativida-
sobre o que estavam a andar?
de. Algumas ideias para a discus- Que sons ouviram?
(por exemplo, se andaram sobre
são são dadas abaixo:
folhas, lama ou água) Foram sons humanos ou naturais?
Como é que a venda vos fez Ficaram surpreendidos com a
sentir? quantidade de barulho que havia?
Ouviram alguns sons que nunca
tinham ouvido?
Como é que os sons ajudaram a
compreender o que os rodeia?
AMBIENTE MUNDIAL
Recursos de Atividade
Foto: Maria Fernandes
Arte natural
Conferência de criaturas
Grupo etário
Mais de 15 anos de idade.
Guia da atividade
passo-a-passo
1. Apresenta o tema das cadeias mentar que mostra um progres- O vencedor no final é o carnívoro
alimentares. Faz algumas per- so claro desde diversas plantas que tiver mais pontos. Isto pode-
guntas aos escuteiros para sa- na base da cadeia alimentar até rá parecer injusto para as plantas
beres o que eles sabem sobre um predador no topo, mas com e os herbívoros mas a situação
cadeias alimentares. Que cadeia alguns animais conectados a será alterada no jogo seguinte
alimentar existe no ambiente na- mais do que uma criatura. Pede quando os químicos forem intro-
tural local? Que cadeia alimentar aos escuteiros para explicarem duzidos na cadeia alimentar.
conhecem de outros ambientes a cadeia alimentar. É uma ca-
naturais. Escolhe uma variedade deia alimentar ou uma rede ali- 4. Repete o jogo, mas desta vez
de exemplos, como o oceano, mentar? Esta atividade produzir distribui uma etiqueta colorida
uma floresta tropical, o deserto. uma rede alimentar, que é uma a todos os jogadores que re-
imagem mais realista do que real- presentem o nível mais baixo
2. Dá a cada escuteiro diversos ca- mente acontece na natureza. da cadeia alimentar (as plantas
bos longos e um cartão de ca- verdes). Eles foram vaporizados
deia alimentar. Eles devem usar 3. A atividade seguinte joga-se com um pesticida e a etiqueta
o cartão visível para os outros com as etiquetas. O objetivo colorida representa o químico.
escuteiros. Explica a ativida- do jogo é apanhar a tua presa. Quando são apanhados têm de
de. Eles vão criar uma cadeia Começa por deixar as plan- dar a sua etiqueta e deitar-se no
alimentar. Os cartões mostram tas correrem num espaço para chão. No final do jogo, pergunta
todos os organismos diferentes aquecerem. Manda os herbívo- a cada carnívoro para contar o
numa cadeia alimentar. Eles de- ros (alimentam-se de plantas) numero de etiquetas coloridas
vem ver as diferentes plantas e apanharem as plantas. Quando que colecionou.
animais nos cartões e pensar o apanhar uma planta, o herbívo-
que a usa criatura deverá comer ro recebe um ponto e a planta
e o que os comeria. Quando deve sentar-se. Após uns mi-
descobrirem algo que comem, nutos, manda os carnívoros
devem-se conectar com essa (comem animais) começarem
criatura com o cabo. Devem a jogar. Quando apanharem um
pousar o cabo no chão. Eles herbívoro, ele automaticamente
acabaram com uma cadeia ali- fica com os seus pontos.
Avaliação
1. As etiquetes coloridas repre- 2. Incentiva os escuteiros a pen- 3. Quão conscientes estão os es-
sentam pesticidas que foram sarem sobre a razão de utili- cuteiros dos pesticidas no seu
espalhados em plantas para zação dos pesticidas e que ambiente local? Usa estas ques-
assegurar que as culturas dos alternativas aos pesticidas tões para ajudar esta discussão.
agricultores são bem sucedidas. estão disponíveis. Usa as se-
Discute como as ações dos agri- guintes questões para ajudar
cultores têm afetado o ambiente a vossa discussão.
natural. Usa as seguintes ques-
tões para ajudar a tua discus-
são.
Que animais acabaram com Acham que os agricultores dei- Que culturas são cultivadas no
maior numero de etiquetas colo- xariam de usar pesticidas se vosso ambiente local, região,
ridas? soubessem o que prejudicam país?
os níveis superiores da cadeia
Se as etiquetas são químicos no- Sabem se são usados pesticidas
alimentar?
civos, então ter muitos é bom ou localmente, regionalmente, na-
mau? Como poderia o agricultor prote- cionalmente?
ger as suas culturas de pestes,
O que poderão provocar os quí- Alguém ouviu alguns problemas
doença e outras plantas sem
micos nos diferentes animais? locais sobre o uso de pesticidas?
usar pesticidas nocivos?
Como é que a cadeia alimentar Acham que os problemas gera-
ajudou a aumentar a concentra- dos pelo uso de pesticidas são
ção de químicos? bem publicitados?
Que propriedades dos químicos O que podem fazer os indivíduos
permitiu que isto acontecesse? para reduzir o risco de pesticidas
no ambiente?
Atividades adicionais
1. Explora como os alimentos 2. Descobre que animais na tua
são cultivados localmente. área local são predadores do
Consegues encontrar exem- topo da cadeia alimentar. Achas
plos de alimentos cultivados que poderão ser afetados por
biologicamente? Existem sí- químicos na paisagem?
tios que cultivam alimentos
com químicos? Quais são uti- 3. Cultiva alguns dos teus próprios
lizados e porquê? Descobre alimentos usando métodos bio-
alternativas aos pesticidas. lógicos.
Recursos de Atividade
Material
Cartões de perguntas e cartões
Avaliação
1. Logo que todos tenham termina-
do o seu tapete, discute usando
as ideias abaixo.
O que podem fazer para reduzir 4. Pede aos escuteiros para escre-
a respetiva pegada ecológica? verem uma lista de dez coisas
O que seria fácil e o que seria que podem fazer para reduzir a
difícil fazer? sua pegada ecológica. Eles de-
vem pensar sobre coisas fáceis
O que já está o grupo a fazer para de ser atingidas e outros desa-
reduzir a pegada ecológica? fios maiores. Após algumas se-
Está a fazer isso de propósito ou manas, descobre se reduziram a
por acidente? sua pegada ecológica.
Reciclas?
Nunca Cartão Vermelho
Perguntas da Algumas vezes Cartão Laranja
minha pegada Tanto quanto possível Cartão Verde
ecológica
Compras produtos alimentares locais?
Tanto quanto possível Cartão Verde
Algumas vezes Cartão Laranja
Não/não sei Cartão Vermelho
Avaliação
Material 1. Depois de todos terem partici-
Bola. pado, faz uma breve discussão
com o grupo usando as ideias
Preparação abaixo.
Nenhuma.
Foi mais fácil pensarem em coi-
sas que eram boas ou coisas
Duração que eram más?
Dez a vinte minutos.
Pensamos que é importante
Lugar considerar o ambiente?
A sede.
Que diferenças existem no gru-
po? Porque será?
Grupo etário
11 a 14 anos de idade.
Material
Sacos de plástico do lixo, sele-
ção de objetos de lixo (limpos e
seguros).
Preparação
Prepara os objetos de lixo.
Duração
Trinta minutos.
Lugar
A sede.
Material
Cronómetro, apito ou campai-
nha.
Preparação
Nenhuma.
Duração
Trinta minutos.
Lugar
A sede.
Avaliação
1. No final da competição discute o 2. Reflete sobre os assuntos que
debate com os escuteiros. Algu- os debates trouxeram. Discute
mas ideias para discussão são com os escuteiros as suas ver-
dadas abaixo. dadeiras opiniões sobre a pro-
dução de energia e uso. Algu-
mas ideias para a discussão são
Que assuntos foram mais fáceis dadas abaixo.
de debater e quais foram mais
difíceis? De onde vem a energia?
Atividades adicionais
1. Visita um centro de energia reno- água pela atividade de explora-
vável local. ção mineira, problemas associa-
dos com plataformas petrolíferas
2. Faz a tua própria energia reno- no oceano.
vável, por exemplo um forno
solar, uma turbina de vento, um 5. Decide como o teu grupo de es-
moinho. cuteiros poderia reorganizar as
energias no mundo. Faz de con-
3. Explora como a energia á produ- ta que tens controlo sobre todos
zida no teu país. É não renovável os recursos da Terra. Reflete so-
ou renovável? bre todas as diferentes maneiras
de produzir energia e todas as
4. Aprende sobre problemas am- coisas para as quais é necessá-
bientais associados ao uso ria energia e também todas as
de energia não renovável, por formas possíveis de poupança
exemplo alterações climáticas, de energia. Podes fazer esta ati-
poluição atmosférica, a deposi- vidade como debate ou compe-
ção de lixo nuclear, poluição da tição.
Carvão é maravilhoso
versus
Carvão é mau
Verde é a melhor cor
Adoro energia solar versus
versus Vermelho é a melhor cor
Detesto energia solar
Bananas são o fruto pior
Aquecimento global versus
é muito importante Maçãs são o fruto pior
versus
Aquecimento global Só deveríamos tomar banho
não é importante uma vez por semana
versus
Será bom se a temperatura subir Deveríamos tomar banho
versus todos os dias
Será mau se a temperatura subir
Precisamos de reduzir
o consumo de energia
versus
Não precisamos de reduzir
o consumo de energia
Urbanização é boa
versus
As pessoas deveriam ser
incentivadas a permanecer
no campo
Material
Cartões mostrando imagens
com desastres naturais, clips
ou outro material que permita
fixar os cartões à roupa.
Preparação
Imprimir cartões mostrando ima-
gens com desastres naturais e o
seu nome. Deve haver um car-
tão por escuteiro.
Duração
Vinte minutos.
Grupo etário
11 a 14 anos de idade.
Material
Papel, canetas, itens do kit
de emergência (facultativo),
filme da OMME Natural Di-
sasters: Will You Be Prepa-
red? (facultativo)
Preparação
Estuda a lista de equipamento
de emergência, fornecida
Duração
Trinta minutos
Lugar
A sede.
Guia da atividade
Contexto passo-a-passo
Desastres naturais ocorrem em 1. Introduz o tema de desastres
todo o mundo e podem ter efei- naturais. Pede aos escuteiros
tos devastadores no ambiente que identifiquem alguns tipos
natural e nos humanos. Existem de desastres naturais. Asse-
muitos tipos diferentes de desas- gura-te que eles têm conhe-
tres naturais, por exemplo, fura- cimento suficiente para come-
cão, tornado, seca, inundação, çarem o jogo e, se necessário
erupção vulcânica, deslizamento mostra ao grupo algumas ima-
de terras, tsunami, onda de ca- gens e pede-lhes que as des-
lor, incêndios, praga de insetos, crevam.
fome, epidemia, avalanche, ter-
ramoto. 2. Um pequeno filme está dis-
ponível no sítio de internet da
É muito importante compreender OMME (www.scout.org) para
os desastres naturais. O efeito de introduzir como vários desas-
um desastre natural, por vezes, tres naturais afetam escuteiros
pode ser minimizado com pre- pelo mundo, ou tem informa-
paração cuidadosa, consciência ção de desastres naturais re-
dos sinais de aviso (se aplicá- centes para partilhar com os
vel) e conhecimento do que fa- escuteiros.
zer quando desastres ocorrem.
Precisamos de estar preparados 3. Escolhe um desastre natural
para lhes responder quando nos adequado. Este pode ser rele-
acontecerem e ser capaz de aju- vante para a tua área local ou
dar quando afetar os outros. pode ser melhor compreendi-
do pelos escuteiros. Reúne os
escuteiros num grupo e des-
creve-lhes o desastre natural.
Avaliação
1. Pergunta aos escuteiros se pen-
saram sobre como lidariam com
o desastre natural antes. Al-
gum escuteiro já tem um kit de
emergência ou plano em casa?
Algum dos escuteiros irá para
casa ajudar a sua família a criar
um kit de emergência ou plano?
CENÁRIO 1 A história
SECA PROLONGADA A vossa família vive muito feliz Pergunta
numa quinta no campo próxima Que estratégias vai a família pôr em
Instruções de uma pequena vila. Têm gado, ação para viver neta seca?
Leiam a seguinte história sobre uma horta e alguns campos culti-
como uma seca prolongada afeta vados. O abastecimento de água Estamos agora no período de seca
uma família. é feito a partir de um reservatório há cinco meses. Apenas 40% das
local e os vossos próprios tan- nossas chuvas usuais veio, e as cul-
A história não está completa. A ques de recolha de água da chu- turas não cresceram, então os ani-
cada interrupção da história há va. mais têm pouca comida. Vocês têm
uma questão para ajudar o vosso duas opções. Primeiro podem com-
grupo a pensar sobre como decidir O vosso pai atualiza regularmen- prar comida para os animais. Esta
o que acontece a seguir. te a informação sobre o tempo, solução não é a ideal já que há pou-
mercados de gado e a indústria ca disponível no mercado e é muito
Transforma a história numa peque- agrícola através da internet e jor- cara. A segunda opção é vender
na peça teatral para mostrar ao res- nais. algum gado. Contudo, toda a gente
to do grupo. está a vendar os seus animais tam-
Uma noite, ele pede a toda a bém, e o preço que a vossa família
família que permaneça sentada receberia é muita baixo.
à mesa depois do jantar. “Temo
que tenho algumas más notí- As previsões climatéricas dizem
cias,” disse ele. “As informações que a seca vai durar mais um ano.
do tempo na televisão avisam A horta da vossa mãe ainda está
que podemos enfrentar uma muito bonita, mas o vosso pai não
seca este ano. Isto poderá ser parece muito feliz por estes dias.
muito mau para as nossas cultu-
ras e gado. Temos que começar Pergunta
a pensar como vamos lidar com O que vocês e a vossa família fa-
a situação.” zem?
CENÁRIO 2 A história
UM FURACÃO A vossa família vive numa casa grande tempestade. Os níveis do
APROXIMA-SE numa colina com vista para o ocea- oceano podem aumentar ate 5 me-
no, perto do equador. Vocês têm tros devido à sucção ascendente
Instruções o vosso próprio abastecimento de do sistema do ciclone.
energia de um gerador eólico e
Leiam a seguinte história sobre co- Pergunta
painéis solares. Vocês vivem numa
mo um furacão se aproxima e afeta Isto altera alguns dos planos que a
área que recebe furacões e quando
uma família. tua família fez?
a época de furacões chega, vocês
sabem estar preparados. A vossa
A história não está completa. A São agora 19h30m. Os ventos es-
família tem permanentemente o kit
cada interrupção da história há uma tão terrivelmente fortes esta manhã
de emergência preparado e vocês
questão para ajudar o vosso grupo vindos de Este – partes de edifícios
mantêm-se atentos às previsões
a pensar sobre como decidir o que e ramos de árvores estão a voar por
meteorológicas.
acontece a seguir. toda a parte, árvores caíam e a chu-
Nos últimos dias, a vossa família va continuava a cair. Anteriormente,
Transforma a história numa peque- a seguir ao almoço, o olho da tem-
na peça teatral para mostrar ao res- tem visto previsões nas notícias da
noite de um sistema de baixa pres- pestade por vocês – estava estra-
to do grupo. nhamente calmo e o sol brilhava.
são que tem vindo a aprofundar-se
consideravelmente, tornando-se Então BOOMMM! Os ventos vieram
num ciclone tropical e está a viajar a uivar novamente, desta vez de
pelo oceano na vossa direção! A úl- oeste, e mais chuva caiu. Mais ma-
tima previsão é que atingirá a costa teriais vivam, e a grande tempesta-
amanhã de manhã. Toda a gente é de surgiu. A 1km da costa foi tudo
avisada para estar em alerta máxi- inundado – havia peixes nas ruas.
mo e preparados para os danos do Agora os ventos estão a acalmar,
furacão imediatamente. É esperado mas a chuva continua a cair.
que o furacão traga ventos fortes
durante 12 horas. Pergunta
Que estragos sofreu a vossa casa?
CENÁRIO 2 A história
TERRAMOTO É uma manhã normal de fim de se- Pergunta
Instruções mana e a vossa família está a tomar O que faz a vossa família?
Leiam a seguinte história sobre como o pequeno-almoço no vosso apar-
tamento. Vocês vivem numa grande O abano para. A vossa casa está
um terramoto afeta uma família.
cidade numa ilha do Pacífico. De um desastre, a vossa mãe queimou
repente, o vosso gato parece mui- o braço quando água quente no fo-
A história não está completa. A cada gão atingiu a sua pele, e vocês es-
interrupção da história há uma ques- to agitado e de repente ouve-se um
tão todos assustados, mas de resto
tão para ajudar o vosso grupo a pen- som forte e tudo começa a abanar
estão todos bem, incluindo o gato.
sar sobre como decidir o que acon- violentamente. A televisão apaga- Contudo, vocês sabem que pode
tece a seguir. -se, começam a cair coisas das haver sequelas.
prateleiras, o candeeiro cai do teto
Transforma a história numa peque- e a vossa mão grita “Terramoto!” Pergunta
na peça teatral para mostrar ao res- O que fazem agora?
to do grupo.
Após uns minutos deixa de haver
energia elétrica. Vocês conseguem
cheirar gás que vem da cozinha.
Pergunta
O que podem fazer quanto ao gás,
estando no escuro?
Qual a sua importância o certificado, a insígnia e o logotipo. a felicidade é contribuir para a feli-
no Escutismo Estes recursos podem ser obtidos cidade dos outros. Procurai deixar
junto da Equipa Nacional SWA – o mundo um pouco melhor de que
O Scouts of the World Award é CNE que pode ser contactada atra- o encontrastes e quando vos che-
uma área chave para atingir os vés do endereço de correio eletróni- gar a vez de morrer, podeis morrer
objetivos da IV Seção. co: swa@cne-escutismo.pt. felizes sentindo que ao menos não
O CNE tem já uma estrutura monta- desperdiçastes o tempo e fizestes
A insígnia atrai, capacita e empe- da ao nível da realização de proje- todo o possível por praticar o bem.”,
nha os jovens para atuarem em te- tos SWA e atribuição do certificado Baden-Powell.
mas de importância global. A sua e insígnia, de forma que todas as
ação baseia-se em valores univer- vossas questões podem ser res- Taiwan
sais como liberdade, tolerância, pondidas de acordo com as linhas SW Voluntary Service of Water
igualdade, respeito pela Natureza, orientadores e a especificidade do Conservation (Serviço de Volun-
responsabilidade partilhada, res- CNE. tariado para a Conservação da
peitados em qualquer cultura e re- Água dos SW). Caminheiros de
Para mais informações consultem Taipei aproveitaram a oportunida-
gistados na Declaração do Milénio www.internacional.cne-escutismo.pt.
das Nações Unidas. O Escutismo de para apresentarem exposição
tem promovido esses mesmos valo- sobre “Proteção de Recursos Hí-
res em mais de 100 anos de exis-
Exemplos de diferentes dricos” para promoverem ideias de
tência. locais no mundo conservação de recursos hídricos.
Desenvolveram três tipos de ativi-
Portugal - Cantanhede dades num Centro de Conserva-
Cria raras oportunidades para jo-
O primeiro projeto Scouts of the ção, incluindo perguntas e respos-
vens trabalharem em equipas in-
World Award que foi realizado em tas sobre recursos hídricos, mapa
ternacionais multiculturais. Torna o
Portugal foi no CNE, pelo Clã do desses recursos em Taiwan, e jogo
Escutismo mais atrativo como um
Agrupamento 382 – Cantanhede, de retransmissor de bambu. Estes
mecanismo para que os jovens se
da Região de Coimbra. jogos, não só permitem que jovens
unam em redes internacionais e fa-
Seis Caminheiros desenvolveram, adultos se divirtam, mas passem
çam a diferença nas suas comuni-
durante dois anos, um projeto de muitos conhecimentos sobre con-
dades aos níveis local, nacional e
serviço na área do Desenvolvimen- servação de água. Todos os cami-
internacional.
to. Tiveram três locais de ação: o nheiros continuaram a desenvolver
Hospital, o Lar da Santa Casa da novas atividades e a aplicá-las em
O Scouts of the World Award ajuda
Misericórdia e idosos que vivem futuras oportunidades de serviços
as organizações nacionais de Es-
sós, nas suas casas. de voluntariado.
cutismo a desenvolverem parcerias
Cada local onde estes Caminheiros
com outras organizações nacionais
intervieram teve um impacto dife- França
de Escutismo, disponíveis para
rente, seja nos que foram alvo do Base SW em Provença. Todos os
se interajudarem a implementar o
projeto seja nos próprios Caminhei- verões campos de pioneiros e ca-
SWA, partilhando recursos huma-
ros. Durante vários meses as pesso- minheiros estão organizados nas
nos e conhecimentos (animadores,
as do lar habituaram-se a ter estes áreas mais ameaçadas. Os escu-
documentos, etc.).
jovens a dinamizar atividades du- teiros recebem formação específica
rante as suas tardes, as pessoas do para serem capazes de acampar
Recursos disponíveis hospital habituaram-se a ter jovens sem ameaçar o ambiente. Parte das
do seu lado, ajudando-os nas mais suas atividades são focadas na pre-
Existem recursos disponíveis para diversas tarefas e conquistas, bem venção de incêndios. Equipados
consulta em inglês que a Equipa como desfrutando da missa anima- com binóculos, rádio-transmissores
Nacional SWA – CNE tem vindo da com as canções escutistas, e os e bússolas, fazem turnos na torre de
a traduzir e que disponibiliza nas idosos que viviam sós acabaram vigia para detetarem fumos e dar a
suas páginas ou sempre que pedi- por ter muita ajuda no que respeita sua localização precisa aos bom-
do via e-mail. à manutenção da sua casa. beiros. Também percorrem a flo-
Existem as Guidelines em forma de Durante os dois anos que o projeto resta em bicicletas de montanha e
livro, o flyer, o poster, o passapor- durou existiram várias contrarieda- informam os turistas sobre os riscos
te (atribuído pela Equipa Nacional des que tiveram que ser contorna- de incêndios. As formações, orga-
SWA – CNE a quem está a desen- das que foram sempre encaradas nizadas pelos caminheiros, tornar-
volver um projeto no âmbito do pro- com um sorriso. -se-ão a fase da Descoberta dos
grama Scouts of the World Award), “Mas o melhor meio para alcançar Scouts of the World.
des eventos como o Jamboree do grama mundial de educação huma- Internacionais da Juventude e da
Escutismo Mundial. Adicionalmen- nitária e ambiental da JGI, apoian- Criança da UNEP, dentro do Pro-
te, cinco países europeus (Alema- do pessoas de todas as idades em grama da Juventude de Tunza; tal
nha, Hungria, Itália, Suíça e o Reino projetos que beneficiam pessoas, como têm tido representações nos
Unido) são apoiados para aprofun- animais e o ambiente, encorajando encontros do Conselho de Governo
darem o desenvolvimento dos seus estudantes a analisarem problemas da UNEP e receberam conselhos
programas ambientais. nas suas comunidades e depois especializados para o desenvolvi-
podem agir para lidar com esses mento do Programa do Escutismo
problemas. Mundial para o Ambiente.
zar a informação relativa aos vários te ou Centro Comercial Dolce Vita - Educação da juventude: apoio a
assuntos pertinentes identificados e mais próximo. Haverá um prémio iniciativas educacionais que incen-
referentes a todo o território nacio- para o Agrupamento que recolha tivem a próxima geração de defen-
nal; promover a cidadania ativa e a mais rolhas. O Projeto já resultou na sores da natureza.
democracia ambiental, sobretudo plantação de árvores, em novembro
no público mais jovem; responder à de 2012 de árvores, no Centro Na- - Alcance local: incentivo à aplica-
necessidade premente de disponi- cional de Atividades Escutistas de ção de práticas de protecção am-
bilizar ao cidadão informação agre- Idanha-a-Nova (CNAE) do CNE. Os biental ao nível local.
gada sobre ambiente na sua área escuteiros serão também envolvi-
de residência. dos nesta plantação. Princípios Leave No Trace:
O projeto WATERSHED-WATCH, Com a Liga para a Proteção da 1. Planeia e prepara antecipada-
tem como principais objetivos me- Natureza (LPN) foi estabelecido mente a tua atividade.
lhorar o conhecimento da situação um protocolo com vista ao desen- 2. Circula e acampa em superfícies
ambiental das massas de água em volvimento do Projeto ECOs-Locais resistentes.
lagos, albufeiras e pauis do territó- que tem como objetivos: promover 3. Recolhe, deposita e elimina os
rio nacional e sensibilizar as esco- a cidadania ambiental, incentivan- teus resíduos adequadamente.
las, grupos de jovens, instituições do uma participação mais ativa e 4. Deixa o que encontrares.
e população em geral para os pro- informada dos jovens na sociedade 5. Minimiza impactes de fogueiras.
blemas resultantes dos impactes da e contribuir para uma maior sen- 6. Respeita a vida selvagem.
atividade humana na gestão dos re- sibilização e participação na pre- 7. Sê cordial com os outros visitan-
cursos hídricos. venção dos problemas ambientais. tes.
A ECO-Ação é o desafio realizado Para mais informações sobre os
O protocolo com o GEOTA com- quando os escuteiros aderem ao nossos Parceiros e Projetos está
preende ainda a possibilidade de ECOs-Locais. Consiste no projeto disponível a publicação “Projetos
utilização pelas estruturas do CNE que cada grupo se propõe realizar, Ambiente Oportunidades Educati-
do Centro Ecológico Educativo do concretizando uma ação específi- vas” onde podes encontrar informa-
Paul de Tornada Prof. João Evan- ca de prevenção ou resolução de ção detalhada sobre os mesmos e
gelista - CEEPT. Neste Centro po- um problema ambiental. Tem como indicação sobre como cada projeto
derão desenvolver-se as seguintes parceiro o Serviço de Proteção da de ambiente pode contribuir para
atividades: herbários, ninhos e co- Natureza (SEPNA) da Guarda Na- alcançar determinados trilhos edu-
medouros para aves com materiais cional Republicana. cativos / objectivos educativos.
naturais reutilizáveis, anilhagem e
recuperação de aves selvagens, Estabelecemos um protocolo com
visitas acompanhadas de observa- a Floresta Unida no âmbito de
ção de espécies animais e vegetais ações de reflorestação e formação
ao Paul, entre outras. de elementos do CNE na área de
proteção da floresta.
Com a QUERCUS - Associação
Nacional de Conservação da Na- O CNE é aceite como parceiro edu-
tureza foi estabelecido um proto- cativo da Leave No Trace - Centro
colo no âmbito do Projeto GREEN de ética em atividades ao ar livre:
CORK, programa de reciclagem Não deixes vestígios. A Leave No
de rolhas de cortiça desenvolvido Trace defende um modelo de ati-
pela Quercus, em parceria com a vidades na natureza com impacto
Corticeira Amorim, o Continente e a mínimo, com forte consciencializa-
Biological. Aos escuteiros é pedido ção ecológica e social. Pretende
empenho em animar, localmente, afirmar-se como líder na educação
este simples gesto de recolher ro- para a ética em atividades na natu-
lhas de cortiça. A recolha nos Agru- reza.
pamentos deve ser feita em sacos As sua prioridades pautam-se por:
de plástico do Continente que,
quando estiverem cheios, devem - Participação da comunidade lo-
ser fotografados, pesados e a foto e cal: apoio a membros voluntários no
o peso enviados por mail para am- desenvolvimento de programas que
biente@cne-escutismo.pt, depois envolvam as comunidades locais.
devem ser entregues no Continen-
«O estudo da natureza não deveria «Por observar continuamente ani- «Para aqueles que têm olhos para
ser o mero método formal de ensinar mais no seu estado natural, começa- ver e ouvidos para ouvir, a floresta é
da escola, mas a busca interessada se a gostar demasiado deles para os ao mesmo tempo um laboratório, um
de cada rapariga na área que lhe for matar. O desporto de caçar animais clube e o templo.»
mais apelativa, através do manusea- baseia-se na arte de os perseguir,
mento prático e lidar com isso.» não em matá-los.» «Não há nada como “Estar Alerta”
pois não, para o que possa parecer
«O homem que for cego à beleza da «Um animal foi feito por Deus tal possível, e até se não parecer pro-
natureza perdeu metade do prazer como tu foste. Então ele é uma cria- vável.»
da vida.» tura próxima. Ele não tem o poder de
falar a nossa linguagem, mas pode «Faz o teu melhor.»
«Uma dirigente de alcateia estava a sentir prazer ou dor tal como nós, e
ensinar um lobito sobre história na- pode sentir gratidão por qualquer «Tenta deixar o mundo um pou-
tural e perguntou-lhe: “Um coelho é um que for amável com ele. co melhor do que o encontraste e,
coberto com – cabelo, ou lã, ou pe- quando chegar a tua vez de morrer,
los, ou o quê?” O lobito respondeu: Um escuteiro ajuda sempre pessoas podes morrer feliz em sentir que de
“Meu Deus, Áquelá, nunca viste um incapacitadas, cegos, surdos-mu- nenhuma forma desperdiçaste o teu
coelho?”». dos; então ele é também bom para tempo mas fizeste o teu melhor.»
os animais, nossos companheiros.»
«Deus deu-nos um mundo para vi- «O ar livre é o real objetivo do es-
vermos que é cheio de belezas e «Como escuteiro, és o guardião dos cutismo e a sua chave para o su-
maravilhas e Ele deu-nos não só bosques. Um escuteiro nunca dani- cesso.»
olhos para vê-las mas mentes para fica uma árvore com um canivete ou
as compreender, se ao menos tivés- machado. Não demora muito para «A chave que abre o espírito do
semos o sentido para as vermos sob que caia uma árvore mas demora movimento é o romance entre habi-
essa luz.» muitos anos que uma cresça, en- lidade manual e o conhecimento da
tão um escuteiro apenas corta uma natureza.»
«Um escuteiro/um guia deve prote- árvore por boas razões – não ape-
ger os animais de dor tanto quanto nas para usar o machado. Por cada «Escutismo é uma escola de cidada-
possível, e não deve matar nenhum árvore caída, devem ser plantadas nia através da vida ao ar livre.»
animal desnecessariamente, nem duas.»
mesmo a criatura mais pequena de
Deus.»
worldbureau@scout.org
scout.org