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Manutenção de

Equipamentos Hospitalares
Tudo o que precisa saber para se tornar um especialista no assunto
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .03
Tipos de Manutenção de Equipamentos .05
Hospitalares e sua evolução
PCM - Planejamento e Controle da Manutenção .11
Principais Indicadores da Manutenção .15
Manutenção Enxuta - Como aplicar .17
Principais Ferramentas da Qualidade .23
Software para Gestão da Manutenção .27
Passo a passo para implementação de um .32
setor de Manutenção em uma EAS
Empresa de Manutenção de Equipamentos .39
Hospitalares: como torná-la LUCRATIVA
Mercado de trabalho: quais as possibilidades? .42
Conceitos da Manutenção de Equipamentos .46
Hospitalares: do básico ao avançado
INTRODUÇÃO

A Manutenção de Equipamentos Hospitalares vai


muito além de apenas consertá-los quando ele
para após acontecer uma falha. O objetivo
principal desse setor é garantir que os ativos
desempenhem suas funções em sua máxima
capacidade e pelo maior tempo possível, sempre
tendo a segurança do paciente como missão.
Independente se o Estabelecimento de
Assistência à Saúde (EAS) tem um setor próprio
de Manutenção ou se os serviços são realizados
por uma empresa prestadora de serviço, deve-se
criar, implementar e acompanhar um sistema que
garanta uma gestão eficiente de todo o parque
tecnológico do centro da saúde, hospital ou
clínica.
Aqui vale lembrar que, para toda essa
engrenagem funcionar, todos os participantes
devem desempenhar seu papel:
técnicos devem estar em constante
capacitação sobre as mais novas tecnologias, o
setor administrativo deve dar o suporte quando
necessário, como para aquisição ou
substituição de equipamentos e o líder da
equipe de manutenção deve acompanhar de
perto a qualidade do serviço prestado.
Nesse guia completo vamos abordar desde
conceitos fundamentais, ferramentas,
indicadores de desempenho, como tornar
uma empresa de manutenção LUCRATIVA,
até as melhores práticas para se
implementar um setor de Manutenção de
Equipamentos Hospitalares de referência.
Então, vamos lá!
TIPOS DE MANUTENÇÃO DE

1.
EQUIPAMENTOS HOSPITALARES E
SUA EVOLUÇÃO

Antes de falarmos sobre a evolução da


manutenção, precisamos entender quais
são os principais tipos existentes. Acredito
que você já conhece esses conceitos mas
vamos dar uma breve explicação para que
não fique nenhuma dúvida.
Manutenção Corretiva de Equipamentos
Hospitalares
Esse tipo de manutenção corrige uma falha
ou um desempenho menor do que deveria
ser entregue. Por acontecer, em sua maioria,
de maneira inesperada, há altos custos
envolvidos devido a parada dos serviços
envolvidos com o equipamento, aquisição de
peças sem planejamento e custos indiretos.
Manutenção Preventiva de Equipamentos
Hospitalares
Seu principal objetivo é evitar que as falhas
ocorram pois a substituição completa de um
dispositivo ou um reparo de emergência são
frequentemente mais caros do que a
manutenção de rotina.
Além disso, alguns equipamentos são
críticos para a segurança do paciente
(ventiladores pulmonares, por exemplo) e
sua falha geram graves consequências.
A periodicidade por ser baseada em
inspeções constantes, em tempos
predeterminados ou em determinadas
condições que o equipamento apresenta.
Entramos em mais detalhes sobre o assunto
no ebook abaixo, vale a pena conferir!

Manutenção Preditiva de Equipamentos


Hospitalares
Com a evolução do acompanhamento,
análise e interpretação dos dados dos
equipamentos, tornou-se possível predizer
o tempo de vida útil dos componentes dos
equipamentos e as condições necessárias
para maximizar esse tempo.
Nesse tipo de manutenção é possível saber
qual o estado atual do equipamento e assim
reduzir o número de paradas de emergência
e os custos envolvidos com o mesmo.
Bom, agora vamos falar sobre a evolução da
manutenção ao longo das décadas.
Até a década de 1930 não havia grande
preocupação com a produtividade dos
equipamentos e por esse motivo as
manutenções não eram comum.
A partir da década de 1940, durante o
período da 2ª Guerra Mundial, pôde-se
indentificar, mesmo que timidamente, uma
evolução na área. Essa é considerada a
primeira geração, segundo Alan Kardec &
Julio Nascif, e iremos falar um pouco mais
sobre ela e quais foram as evoluções desde
então!
Primeira Geração
Período
Até meados da década de 1940
Expectativa em relação à Manutenção
Basicamente lubrificação e reparo após
falha (corretiva)
Visão quanto a falha do equipamento
Com o tempo os equipamentos
apresentam desgaste e por isso falham
Mudança nas técnicas de Manutenção
Técnicas voltadas para o reparo dos
equipamentos
Segunda Geração
Período
Meados da década de 1940 à meados da
década de 1960
Expectativa em relação à Manutenção
A necessidade de maior disponibilidade dos
equipamentos bem como a redução com
custos de manutenção fez com que de
buscasse um aumento da vida útil dos
mesmos
Visão quanto a falha do equipamento
De acordo com a curva na banheira
(explicaremos esse conceito mais a frente)
Mudança nas técnicas de Manutenção
Início das manutenções preventivas
baseadas no tempo
Terceira Geração
Período
Meados da década de 1960 à meados da
década de 1980
Expectativa em relação à Manutenção
Maior confiabilidade e melhor custo
benefício para os equipamentos
Visão quanto a falha do equipamento
De acordo com a Manutenção Centrada da
Confiabilidade, existem 6 padrões de falha
Mudança nas técnicas de Manutenção
Início das manutenções preventivas bem
como uso de computadores mais modernos
para análise e interpretação dos dados de
manutenção
Quarta Geração
Período
Meados da década de 1980 à meados da
década de 2000
Expectativa em relação à Manutenção
Nessa geração a segurança do paciente
passou a ser um dos principais pontos a ser
melhorado
Visão quanto a falha do equipamento
Reduzir as falhas prematuras devido aos
padrões identificados
Mudança nas técnicas de Manutenção
Análise cada vez maior das causas de falha
bem como redução drástica de
manutenções preventivas e corretivas não
programadas
Quinta Geração
Período
Meados da década de 2000 até os dias
atuais
Expectativa em relação à Manutenção
Otimizar o ciclo de vida dos equipamentos
Visão quanto a falha do equipamento
Ciclo de vida do equipamento planejado
desde o seu projeto para reduzir as falhas
Mudança nas técnicas de Manutenção
Garantir que os ativos operem em
máxima eficiência participando desde o
projeto até a operação
2.
PCM - PLANEJAMENTO E
CONTROLE DA MANUTENÇÃO

Fazer menos com menos.


Essa é certamente a visão que o setor de
Manutenção de Equipamentos Hospitalares
deve ter.
Para colocar essa visão em prática, deve
haver um líder ou até mesmo um setor
responsável por planejar, mensurar e
propor melhorias na alocação de recursos
para garantir a eficiência e adequação das
operações de manutenção.
Muitos são os benefícios de um bom PCM
como a minimização de paradas
inesperadas, redução de custos e elevação
na qualidade dos serviços.
O PCM é peça fundamental para provar que a
Manutenção não deve ser vista como um
centro de custo mas sim um setor
responsável por maximizar os lucros da
instituição.
Inclusive, produzimos uma planilha que
calcula, baseada nas melhores práticas de
PCM do mercado, quanto é possível
economizar em um mês ou um ano.

Podemos dividir o PCM, para que fique mais


claro, em 3 etapas: planejamento,
programação e controle.
Planejamento
Essa é a primeira e talvez mais importante
etapa. Nela, após se definir um objetivo a
seguir alcançado, deve-se identificar fatores
como custos, cronogramas e recursos
necessários a fim de manter os ativos
disponíveis e com alto índice de
confiabilidade.
Dentre as principais ações, podemos
destacar:
Plano de manutenções corretivas e
preventivas
Plano de melhoria contínua
Plano de contingência
Plano de calibração
Plano de estoque
Plano de desenvolvimento pessoal e
profissional da equipe
Planos de custos diretos e indiretos do
setor de manutenção
Programação
Após definir o passo a passo da etapa
anterior, agora é hora de definir o momento
em que ações devem ser feitas. Isso
significa, em resumo, dar prazo
para as atividades de acordo com os
critérios de priorização que foram
definidos.
Deixar claro quem é o responsável por cada
atividade também é fundamental e ter essa
informação visível para todos é uma ótima
maneira de controlar prazos e
responsabilidades (mais a frente falaremos
sobre o Kanban, ferramenta que auxilia
bastante nessa etapa).
Controle
Nada adianta planejar e programar se não
medir a efetividade do que está sendo feito.
E nesse ponto é que muitos erram. No pior
caso, não avaliam nada. No caso mais
comum, avalia-se apenas ao final de um
ciclo e sem se aprofundar nas causas e
efeitos.
Analisar o que está acontecendo deve ser
um processo contínuo e com indicadores
muito bem definidos para que se identifique
gargalos e problemas em seus estágios
iniciais e assim seja possível colocar em
prática o plano de ação o mais rápido
possível.
Iremos falar sobre esses principais
indicadores da manutenção na próxima
seção com maior detalhe!
PRINCIPAIS INDICADORES DA

3.
MANUTENÇÃO

Existe uma quantidade enorme de indicadores


da manutenção e ai reside um grande perigo.
Por não entender a fundo sobre o setor é
muito comum que indicadores sejam
escolhidos apenas para dizer que está sendo
acompanhando algo, sem realmente extrair
alguma informação relevante daquela variável.
Além disso, outro ponto importantíssimo é
frequentemente deixado de lado: constância.
Indicadores estão ai para ajudar no
diagnóstico do que está dando certo e o que
precisa melhorar e por isso devem ser
avaliados regularmente para que as tomadas
de decisões sejam rápidas.
Sem mais delonga, vamos listar as principais
categorias de indicadores da manutenção.
4.
MANUTENÇÃO ENXUTA -
COMO APLICAR

O conceito de Manufatura Lean (enxuta em


português) surgiu na Toyota, no período pós
Segunda Guerra Mundial. Seu foco principal
é a eliminação total de qualquer tipo de
desperdício, seja ele de recursos materiais,
físicos ou humanos.
Aplicada a realidade dos equipamentos
hospitalares e laboratoriais, a Manutenção
Enxuta age de maneira proativa a fim de
maximizar a disponibilidade e confiabilidade
dos ativos, aumentando a produtividade de
sua equipe e eliminando as fontes
recorrentes de desperdício.
Não existe uma receita de bolo para aplicar
a Manutenção Enxuta, porém algumas boas
práticas podem servir com guia inicial. Os
principais passos seriam:
Identificar as fontes de desperdício
Estabelecer Procedimentos Padrões de
Manutenção
Automatize todo e qualquer processo
que seja possível
Todo esse processo se baseia nas práticas da
Manutenção Produtiva Total (TPM). São 8
pilares (mostrados na imagem abaixo, que
você deve conhecer bem) que sustentam a
estratégia TPM e cada um deles conta com
conceitos e ferramentas que iremos falar um
pouco mais agora!

Manutenção Produtiva Total (TPM)


Trata-se da base da manutenção enxuta. O
foco é na melhoria das pessoas, ativos e a
qualidade total.
Manutenção Centrada na Confiabilidade
(RCM)
O principal objetivo dessa política é diminuir
ao máximo o Custo do Cíclo de Vida do
Equipamento (LCC). Para atingir tais
resultados, deve-se:
Reduzir o máximo possível de falhas
Reduzir o máximo possível a gravidade
das falhas
Aumentar o máximo a agilidade da
detecção da falha
Com auxilio de ferramentas para
identificação e análise das falhas é possível
realizar um plano de manutenção eficiente e
é exatamente sobre isso que falaremos a
seguir!
Análise de Causa Raiz (RCA)
Quantas vezes você já tomou um
antitérmico para tratar de uma febre sem ao
menos saber o que a estava causando?
Esse é um exemplo clássico no qual se trata
o sintoma e não a causa do problema. E o
mesmo ocorre frequentemente na
Manutenção de Equipamentos
Hospitalares.
Na correria do dia-a-dia pela falta de
planejamento, é muito comum gastar mais
tempo “apagando incêndios” sem se
preocupar em identificar a origem do
problema.
A seguir vamos apresentar algumas
ferramentas que auxiliam no processo de
identificação da causa raiz!
Os cinco porquês (5Ps)
Essa técnica é poderosa pois evita a
superficialidade e o “achismo”.
Ao se perguntar o porquê de algo de
acontecido mais de uma vez é possível se
aprofundar mais nos reais motivos e
encontrar evidências que uma simples
análise prévia mascararia.
FMEA
Após identificar a causa raiz dass falhas com
alguma das técnicas existentes é hora de
parar e entender o que está acontecendo.
A Análise de Modos e Efeitos das Falhas
(FMEA), é composta por 4 partes principais:
Ponto de falha:
Identifica o equipamento, sua função e os
seus componentes.
Análise de falha
Como a falha se apresenta (visual, tato…),
qual o efeito da falha e qual a sua causa.
Avaliação de risco
Calcula-se o Risk Priority Number (RPN),
multiplicando-se a frequência de ocorrência,
a gravidade e chance de se detectar a falha.
Atividade de prevenção
Quais ações podem prevenir ou identificar as
falhas ainda em estágio inicial.
5S
Dentro da Manutenção Enxuta o
desenvolvimento e organização das pessoas é
peça central. A ferramenta 5S visa melhorar
cinco sensos presentes em nosso dia-a-dia: de
utilização, organização, limpeza, padronização e
disciplina.
Os benefícios de um 5S bem executado são
muitos como aumento da produtividade da
equipe, facilidade da detecção de falhas e
principalmente na qualidade do ambiente de
trabalho no qual passamos grande parte da
nossa vida!
Kanban
Trata-se de uma metodologia de gestão visual
que possibilita ter maior clareza do que está se
passando, reduzindo burocracias e acelerando
as entregas.
No ambiente da Manutenção de Equipamentos
Hospitalares pode ser aplicada em diversas
circunstâncias como para controle das O.S ou
até mesmo para controle de estoque de peças.
5.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA
QUALIDADE

As ferramentas da qualidade tem como


objetivo identificar gargalos, planejar e
implementar soluções e acompanhar os
resultados. Você sabe quais são as
principais e como escolher a melhor de
acordo com sua necessidade?
É exatamente sobre isso que falaremos
agora!
PDCA
Quando se fala em melhoria contínua
dentro da Manutenção de Equipamentos
Hospitalares o Ciclo PDCA vem logo em
mente.
Trata-se de um método de gestão iterativa,
composto por 4 etapas:
planejar
desenvolver
conferir
agir
Não vamos entrar em detalhes em cada uma
das etapas pois existem diversos conteúdos
bem completos falando sobre o assunto. Mas
ai vai uma dica:
Aplicar o PDCA não é garantia de sucesso!
Apesar de simples, se não houver o
engajamento de toda a equipe os resultados
alcançados não causarão o impacto que o
método pode trazer.

Diagrama de Ishikawa (diagrama de peixe)


Para quem deseja uma técnica mais visual,
essa é a pedida. Esse diagrama de causa e
efeito funciona da seguinte maneira:
Após identificar um problema (efeito,
representado pela espinha central do peixe),
enumera-se todas os possíveis grupos de
causas. A ideia é ir subdividindo em causas
menores até que seja identificado o real motivo.

Fluxograma
Essa ferramenta da qualidade é a
representação das etapas do processo de
maneira gráfica afim de mostrar o caminho a
ser seguido para as situações que podem
acontecer.
Cada forma geométrica representa um estado
diferente, por exemplo: etapa manual, período
de espera, processo alternativo, entre outros.
Dessa maneira, é possível ter a compreensão
de como ocorrem as interligações do inicio ao
fim, desde as atividades, documentos e
decisões a serem tomadas até quem são os
responsáveis por cada etapa.
Diagrama de Pareto
Uma dúvida muito comum ao tratar de
problemas é saber por onde começar.
Como devo fazer a priorização? É exatamente
para isso que serve o Diagrama de Pareto. Ele
possibilita que você identifique a frequência
das principais causas e ataque aquelas que
realmente estão gerando os maiores prejuízos
ao setor de manutenção.

Suponha, por exemplo, um equipamento que


ficou parado 30 dias no último ano e foram
identificadas 10 diferentes tipos de falhas.
Desse tempo, 25 dias foram decorrentes de
paradas para manutenção corretiva por falta
de lubrificação de uma das peças. Dessa
maneira, percebe-se que um tipo de falha gera
mais de 80% do tempo de parada e por isso
deve ser tratado antes das demais.
6.
SOFTWARE PARA GESTÃO DA
MANUTENÇÃO

Os primeiros Softwares para Gestão da


Manutenção foram desenvolvidos na década
de 1960.
Esses eram softwares tradicionais, que
demandavam alto investimento em licença e
infraestrutura. Além disso, sua função inicial
era basicamente abrir e gerir as ordens de
serviços.
Com a evolução dos últimos anos, esses
softwares passaram a ser em nuvem, o que
trouxe diversas vantagens:
Flexibilidade e escalabilidade a custo baixo
Acessado de qualquer lugar a qualquer
momento
Segurança de informação pelos dados
armazenados na nuvem
Não vamos entrar em detalhe de todas as
funcionalidades que ele apresenta, mas é
importante deixar claro quais problemas são
atacados e quais os benefícios em se ter um
bom Software de Manutenção em sua
empresa ou setor de manutenção.
Sua empresa ou setor na palma da mão em
tempo real
Acompanhe o estado de todos os serviços
bem como a qualidade do atendimento.
Rastreabilidade aliada a agilidade
Por meio de um sistema de identicação como
os QR Codes é possível ter acesso a toda ficha
vida dos equipamentos, além de ser possível
abrir chamados ou executar os checklists
necessários.
Comunicação e entrega eficiente para o
cliente ou setor
Sem um Software de Manutenção, os
chamados são feitos por canais não eficientes
como telefone, e-mail ou até boca a boca.
Além disso, a entrega de um certificado, por
exemplo, pode levar dias. Com um Software de
Manutenção esses problemas não existem.
Através do login solicitante, o cliente pode
abrir e acompanhar os serviços, bem como
assinar e receber os certificados digitalmente
e em tempo real.
Aplicativo Offline - evite o retrabalho!

Ter uma versão mobile não é mais uma opção.


Além disso, a falta de internet em campo é
uma situação frequente e que não pode ser
ignorada.
Com um App Offline, porém, você executa
todas as atividades mesmo quando estiver
offline. A sincronização dos dados é feita
assim que tiver acesso à internet, sem
precisar repassar os dados manualmente.
Business Inteligence: tome decisões
Estratégicas!
Dados sem serem interpretados não tem
nenhum valor.
Hoje já existem Softwares que auxiliam na
aquisição, interpretação e análise de dados,
possibilitando: identificar riscos ao negócio,
revelar oportunidades de otimização dos
processos ou indicar possibilidades para
aumentar as vendas.
Está a procura de um Software de
Gestão da Manutenção completo?
Hoje a Arkmeds já se consolidou como
referência no mercado de Software de Gestão
da Manutenção de Equipamentos Hospitalares
e Laboratoriais.
Com mais de 300 clientes espalhados pelo
Brasil, a Arkmeds já tem a expertise de ajudar
empresas de manutenção e AES de todos os
portes e perfis a atingirem resultados de
maneira expressiva.
O que acha de conversa com um
especialista?
Ele está te esperando para entender sua
realidade e ajudar no que for preciso para levar
você e sua instituição a um outro nível.

Quero falar com um especialista


Aplicativo Offline - evite o retrabalho!

Ter uma versão mobile não é mais uma opção.


Além disso, a falta de internet em campo é
uma situação frequente e que não pode ser
ignorada.
Com um App Offline, porém, você executa
todas as atividades mesmo quando estiver
offline. A sincronização dos dados é feita
assim que tiver acesso à internet, sem
precisar repassar os dados manualmente.
Business Inteligence: tome decisões
Estratégicas!
Dados sem serem interpretados não tem
nenhum valor.
Hoje já existem Softwares que auxiliam na
aquisição, interpretação e análise de dados,
possibilitando: identificar riscos ao negócio,
revelar oportunidades de otimização dos
processos ou indicar possibilidades para
aumentar as vendas.
PASSO A PASSO PARA

7.
IMPLEMENTAÇÃO DE UM SETOR
DE MANUTENÇÃO EM UMA EAS

Vários fatores são levados em consideração


quando uma EAS decide internalizar
parcialmente ou totalmente os serviços de
Manutenção da instituição:
1. Tamanho do parque tecnológico
2. Complexidade dos equipamentos
3. Mão de obra qualificada para os serviços
4. Orçamento para as várias etapas do projeto
Nessa seção vamos considerar um hospital de
tamanho e complexidade média.
A partir de agora vamos falar os principais
passos, de maneira resumida, para a validação e
implementação de um setor de Manutenção de
Equipamentos médicos dentro de uma EAS.
Inventário + precificação do parque
tecnológico
É natural que ao se ter uma ideia ou projeto novo
em mente, haja o desejo de colocá-lo em prática
o quanto antes. Mas existem algumas etapas
anteriores fundamentais para o sucesso.
Nesse caso é conhecer o que a instituição tem
em mãos, ou seja, realizar o inventário de todo
parque tecnológico bem como sua
precificação.
A precificação pode ser feita de diversas
maneiras, sempre lembrando de calcular a
depreciação dos equipamentos que ocorre ao
longo dos anos.

Com os números exatos em mãos, bem como


com informações relevantes sobre os
equipamentos, será possível apresentar uma
proposta mais assertiva para o setor de
manutenção.
Algumas informações que podem ser
levantadas:
Tempo de uso do equipamento
Quem é o setor/funcionário/empresa
responsável pelas últimas manutenções do
equipamentos
Qual tempo médio de reparo (MTTR) do
equipamento?
Qual o tempo médio entre falhas (MTBF) do
equipamento?
DICA IMPORTANTE: caso a instituição não
tenha nenhum sistema de identificação para
os equipamentos, essa é uma excelente
oportunidade para implementar um.
Através desse sistema, que pode ser, por
exemplo, através de um código de
identificação ou, melhor ainda, através de um
sistema QR Code, é possível garantir a
rastreabilidade do equipamento e dos
serviços atrelados a ele.
Proposta de implementação
Após realizar os levantamentos do passo
anterior é a hora de elaborar a proposta de
implementação.
Aqui deve-se estar atento a diversos
aspectos e principalmente entender que não
existe uma receita de bolo. Cada EAS
apresenta pontos fortes e fracos bem como
urgências muito específicas.
Algumas perguntas que devem ser
respondidas:
Toda a Manutenção será realizada
internamente ou algumas continuarão a
serem feitas por empresas terceiras?
Quantos técnicos serão necessários?
Os colaboradores estão preparados ou
precisam ser treinados previamente?
Quais as dimensões físicas do setor?
Quais equipamentos de suporte já
existem? Quais devem ser comprados?
É papel do responsável pela proposta de
implementação mostrar que o setor de
Manutenção não é um centro de custo mas sim
de lucro para a EAS. Só assim a administração
perceberá o valor do setor e quanto ele é
importante para a saúde financeira da instituição.
Gestão das atividades de Manutenção
O setor de Manutenção é responsável não
apenas pela manutenção propriamente dita mas
também por outras atividades:
Suporte ativo na aquisição dos equipamentos,
participando da especificação, escolha dos
fornecedores e instalação dos mesmos.
Documentar todas as informações referentes
ao serviço realizado em uma Ordem de Serviço
(O.S). Com essas informações será possível
gerar relatórios para entender como anda a
evolução do setor. Por exemplo: produtividade
dos técnicos, SLA de cada serviço, valor da
hora técnico e muito mais.

A realidade da maioria das EAS do Brasil é realizar


a Gestão das atividades de Manutenção em
papel. Vários são os prejuízos de realizar essa
prática mas vamos ter uma seção falando
exatamente sobre isso!
Agora é hora de discutirmos sobre a rotina das
Manutenções.
Rotina das Manutenções
Ter processos bem definidos é diferente de
ter processos enrijecidos. A verdade é que,
sem uma descrição detalhada do que é
necessário para uma atividade ser realizada,
as pessoas se perdem facilmente.
É por esse motivo que a criação de um
Procedimento Operacional Padrão (POP) é
fundamental para eliminar falhas durante o
processo de manutenção.
Para o caso das Manutenções Corretivas
(MC) deve-se ter bem definido, entre
outros detalhes: qual canal de
comunicação entre o solicitante e o setor
de Manutenção, tempo de resposta e
entrega do serviço por tipo de
equipamento, responsável pela execução,
disponibilidade de peças e como será
avaliado o serviço.
Já para o caso das Manutenções
Preventivas (MP) dentre as principais
etapas, podemos destacar: priorização das
manutenções de acordo com determinado
critério (criticidade ou sujeitos a
fiscalização em datas específicas, por
exemplo); frequência de MP por
equipamento; e qual o checklist de
atividades para ter documentado tudo que
deve ser verificado.
Aquisição de equipamentos
Outro ponto importante da gestão dos
equipamentos em que há participação ativa da
equipe de Manutenção é na sua aquisição.
Após a equipe do hospital identificar a
necessidade de troca ou compra de um novo
equipamento, alguns passos são necessários.
Podemos destacar:
Levantar as especificações de acordo com
a demanda
Buscar pelos fornecedores que atendem os
requisitos
Avaliar a infraestrutura da EAS para receber
e instalar o equipamento
Após aprovar os passos citados a equipe de
Manutenção deve coordenar o recebimento e
instalação do equipamento bem como realizar
os testes necessários de acordo com o
equipamento.
Vale lembrar que, em paralelo, a equipe deve
ser treinada para realizar as manutenções
caso seja uma tecnologia nova.
Gestão de serviços externos
Outro papel que cabe ao setor de Manutenção,
mais especificamente ao seu líder, é a gestão
de serviços externos.
Mas o que seriam esses serviços externos?
Como dito anteriormente, muitas vezes
empresas terceirizadas de Manutenção e
Engenharia Clínica são necessárias para suprir
algumas demandas, seja pela quantidade ou
por capacidade da equipe. Alguns exemplos:
Manutenção de um grupo específico de
equipamentos, como os de imagem
Calibração dos equipamentos médicos
Fornecedor de peças
Serviço de qualificação térmica
Cabe, portanto, ao líder do setor realizar a
seleção dos melhores fornecedores e fazer a
gestão desses contratos, garantindo a
entrega de um serviço com a qualidade
acordada e dentro do tempo de atendimento
estabelecido.
Concluindo ...
Todo esse processo de implementação ou
adequação só faz sentido caso seja
financeiramente vantajoso. Segundo a
literatura (Bronzino), os custos da
Manutenção devem estar na faixa de 5% e 9%
do valor total do parque tecnológico.
Portanto, provar com números concretos a
eficiência do setor é fundamental para ter a
adesão da administração da instituição.
EMPRESA DE MANUTENÇÃO

8.
DE EQUIPAMENTOS
HOSPITALARES: COMO
TORNÁ-LA LUCRATIVA

Dentro do cenário nacional de Manutenção de


Equipamentos Médicos, as empresas
prestadoras desse serviço exercem papel
essencial no processo.
Como dito anteriormente, cabe ao
responsável pelas Manutenções da EAS gerir o
contrato com essas empresas. Os tipos mais
comuns são:
Por período determinado: comum para casos
nos quais a mão de obra é muito especializada,
com equipamentos de alta complexidade.
Nesse caso, estabelece-se um período
(geralmente 365 dias), no qual a empresa fica
total ou parcialmente disponível para
realização do serviço.
Sob demanda: nesse caso a empresa será
solicitada apenas quando houver a
necessidade de uma MC ou MP, sendo
cobrado o valor de acordo com tempo de
serviço e peças utilizadas.
Vista a grande concorrência dessas empresas
e a exigência das EAS por um serviço rápido,
de qualidade e com preço competitivo,
investir nas tecnologias certas é crucial para
atingir o sucesso.
Mas como tornar sua empresa de
Manutenção de Equipamentos Médicos
LUCRATIVA?
Bem…
já falamos em um tópico anterior sobre a
importância em se ter um Software de Gestão
de Manutenção.
Mas as vezes não fica claro qual retorno
financeiro ele trás para a empresa.
Basicamente, existem 3 maneiras para se
lucrar mais com o auxílio do software:
Oferecendo novos serviços: Além das
manutenções preventivas ecorretivas,
equipamentos médicos precisam ser
calibrados e passar por testes de segurança
elétrica (TSE) periodicamente, por exemplo.
Ganhando licitações e novos contratos: um
software especializado em Manutenção abre
uma gama de possibilidades, dentre
elas participar de licitações de contratos com
hospitais.
Enxugando folha salarial: Isso não significa
necessariamente demitir uma pessoa, mas não
ter a necessidade de contratar outro técnico
ou um administrativo, por exemplo.
Muitas empresas insistem nas planilhas por
não entenderem como seria possível atingir
esses valores.
Preparamos um ebook falando mais sobre o
assunto e dando um exemplo prático, vale a
pena conferir!

Depois de tudo que já falamos nesse post,


acredito que deve ter surgido algumas dúvidas:
Onde eu posso chegar atuando no ramo de
Manutenção de Equipamentos Médicos? Como
anda o cenário brasileiro?
É exatamente o que iremos abordar agora!
MERCADO DE TRABALHO:

9. QUAIS AS POSSIBILIDADES?

Aqui vamos discutir sobre o que o mercado tem


exigido e quais as possibilidade para você se
tornar um profissional de destaque no cenário
nacional!
Técnico de manutenção em equipamentos
biomédicos
É crescente a necessidade de profissionais
capacitados para atuarem em EAS e empresas
de manutenção de equipamentos hospitalares e
laboratoriais. Hoje existem cursos técnicos por
todo o país, que duram em média 2 anos e
abordam em sua grade temas focados
principalmente em mecatrônica e eletrônica.
O que faz
Esse profissional é responsável, principalmente,
pelas manutenções corretivas e preventivas
dos equipamentos.
Além disso, muitas vezes o técnico faz parte do
processo de montagem e instalação dos
equipamentos quando necessário e também d
o planejamento das atividades do setor.
Vale ressaltar que algumas características
como saber lidar com clientes, planejamento e
gestão das atividades do dia-a-dia são tão
importantes como as habilidades técnicas
adquiridas durante a formação.
Mercado de trabalho
Hoje ainda faltam profissionais especializados
nessa área, por isso você não terá dificuldades
em encontrar boas oportunidades.
Segundo o portal Love Mondays, a
remuneração pode variar de R$ 1.805 a R$
3.603, dependendo do tempo de experiência e
a região de atuação.
Coordenador de manutenção em
equipamentos biomédicos
O que faz
A principal atribuição do coordenador se
relaciona a itens como supervisão,
acompanhamento e avaliação das tecnologias
em saúde. Nesse sentido, ele é responsável por
avaliar o registro e a incorporação dos novos
equipamentos, analisar seu ciclo de vida e
prever falhas em sua utilização.
Esse profissional pode trabalhar dentro do
ambiente hospitalar como funcionário ou
prestar serviços como empregado terceirizado.
Também atua como consultor independente,
realizando o diagnóstico das empresas,
elaborando um plano de ação e avaliando as
atividades dos colaboradores.
Mercado de trabalho
Hoje ainda faltam profissionais especializados
nessa área, por isso você não terá dificuldades
em encontrar boas oportunidades.
Segundo o portal vagas.com, a remuneração
média desse cargo é de R$ 7.404,00.
Abra sua Empresa de Manutenção
Caso você tenha o espírito empreendedor, abrir
a sua própria Empresa de Manutenção pode ser
uma opção. Para tal, ter habilidades para
administração de empresas e aquisição de
clientes é
fundamental para o sucesso da mesma.
Destacando-se com a entrega de um serviço
de qualidade você irá conseguir ótimos
contratos com grandes instituições de saúde
pelo país.
CONCEITOS DA MANUTENÇÃO DE
EQUIPAMENTOS HOSPITALARES: DO

10. BÁSICO AO AVANÇADO

O universo da Manutenção é grande demais


para podermos falar sobre tudo nesse post. Por
esse motivo, para não deixar passar em branco,
resolvermos falar brevemente sobre alguns
termos e conceitos importantes que estão
presentes do dia-a-dia da Manutenção.
Ciclo de vida do equipamento: tempo no qual o
equipamento ainda apresenta capacidade de
funcionamento.
Não conformidade: refere-se ao não
atendimento de um requisito previamente
estabelecido, seja ele interno ou externo à
empresa.
CMMS: sigla em inglês para Computerized
Maintenance Management System. É o
equivalendo aos Softwares de Gestão da
Manutenção.
Check List: trata-se de todas as atividades que
devem ser realizadas pela equipe de
manutenção, como valores a serem testados.
Educação continuada: muitas vezes exigida
nas principais certificações e acreditações
hospitalares, consiste na constante
atualização do profissional nos âmbitos
profissional, acadêmico ou pessoal.
O.S: documento que contém todas as
informações pertinentes para a realização do
serviço como dados do equipamento, do
operador e da Check List.
Chamado: é uma solicitação de um serviço
feito à equipe de manutenção, podendo ser
feita via telefone, e-mail, boca boca ou por um
software que realiza a abertura de chamados.
Zero perda: faz parte da filosofia TPM na qual
se busca eliminar qualquer tipo de perda
durante as etapas da manutenção.
POP: sigla para Procedimento Operacional
Padrão. Refere-se a rotina de procedimentos
padrões para realização de determinada
atividade.
WCM: sigla em inglês para World Class
Manufacturing. É uma metodologia de
melhoria de processos, incluída no contexto
do Lean.
Curva da banheira: comportamento de um
equipamento em relação à taxa de falhas no
decorrer do tempo.
EPI: sigla para Equipamento de Proteção
Individual. Trata-se de acessórios destinado a
proteção contra riscos a sua integridade
física.
EPC: sigla para Equipamentos de Proteção
Coletiva. Tem como objetivo proteger os
trabalhadores dos riscos inerentes aos
processos.
Plano de contingência: planejamento de
alternativas para contornar da forma mais
rápida possível eventos inesperados.
Segurança do paciente: ações promovidas
pelas EAS para reduzir a um mínimo aceitável,
o risco de dano desnecessário associado ao
cuidado de saúde.
TSE: sigla para Teste de Segurança Elétrica. A
norma NBR IEC 60601-1 determina que sejam
testados equipamentos cuja falha poderia
acarretar risco de segurança, em condição
normal ou condição anormal, podendo causar
choque elétrico no paciente ou operador.
Teste de performance: teste para verificar
se tudo está dentro do que é especificado
pelo fabricante do equipamento.
Tecnovigilância: sistema de vigilância de
eventos adversos e queixas técnicas de
produtos para a saúde na fase de pós-
comercialização.
Controle de estoque: garantir a
disponibilidade máxima dos equipamentos
com o menor nível de estoque possível.
Lucro cessante: valor que a instituição
deixou de lucrar referente a um serviço
prestado com a utilização de um determinado
equipamento por esse estar fora de uso (por
conta de uma manutenção, por exemplo).

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