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BRICS: AS POTÊNCIAS EMERGENTES, China, Rússia, Índia, Brasil e África

do Sul

A elaboração desse trabalho será através dos pontos principais do texto “BRICS:
AS POTÊNCIAS EMERGENTES, China, Rússia, Índia, Brasil e África do Sul”.
Iremos compreender melhor cada país que compõem o BRICS e suas funcionalidades
nesse grupo. E dessa forma iremos entender melhor os parâmetros econômicos de cada
país e como cada parte influência na economia Mundial.

Logo após o final da segunda Guerra Mundial, a concentração dos polos do


mundo era: Estados Unidos e União Soviética. Durando esse poder bipolar até o fim da
União Soviética, pois os Estados Unidos então passou a exercer hegemonia de poder em
vários aspectos: econômico, político e bélico. No entanto, com o passar do tempo sua
hegemonia foi se enfraquecendo, dando espaço para novos atores aparecerem, como a
União Europeia e a China.
Conforme o texto, podemos compreender que a BRICS teve seu surgimento para
que um equilíbrio se mantivesse, afinal lidavam com a hegemonia americana pós
Guerra Fria. E por essas razões buscaram unir países com interesses em comum, um
grupo de países, que juntos pudessem combater, ou diminuir, o poder exorbitante dos
Estados Unidos.
O acrônimo Bric foi inventado pelo economista inglês Jim O’Neill em 2001 e foi
utilizado para identificar, entre os países emergentes, aqueles que possuíam maior
possibilidade, capacidade, de crescimento e que também tivessem influência no
mercado internacional. Conforme o texto para o embaixador Roberto Jaguaribe o
acrônimo Bric, “é fruto de um impulso externo, o que elimina o arbítrio autolaudatório
de sua concepção” (Pág: 202). Os países que compõem a Bric estavam como os países
com maior desenvolvimento do mundo, fizeram um relatório e observaram que estariam
com sua economia com projeção para um crescimento em 10 anos.
A África do Sul foi incluída depois, tornando-se BRICS. Foi na terceira cúpula
do Brics que a Africa do Sul teve sua adesão 2010. A reunião ocorreu em 2011 na
china. Sua posição foi questionada na Brics, mas foi aceita, pois significava o
reconhecimento do país como potencia econômica dentro do continente africano, pois é
o maior exportador de minérios e de produtos manufaturados, também tinha sofisticado
mercados financeiros e uma crescente indústria de serviços. O Presidente Jacob Zuma,
também via esse ato como natural o motivo de os parceiros do Brics olharem seu país
como uma porta de entrada para a África.
Analisamos que a China e a Rússia possuem economias mais abertas, já que as
exportações respondem a cerca de um terço do seu PIB, já o Brasil e a Índia possuem
economias “fechadas”, ou, com menor participação no comércio mundial, tendo suas
exportações representando menos do um quinto de seu PIB. Todavia, a China e a Rússia
apresentam significativos superávits em suas transações correntes, ao passo que Brasil e
Índia apresentam pequenos déficits. Dessa forma, conseguimos notar que os países
possuem maneiras diferentes de administrarem suas economias.
O OCX remontam a organização Os Cincos de Xangai, formada por China,
Rússia, Cazaquistão, Tadjiquistão e Quirquistão. Em 2001 se transformou em
organização para cooperação de Xangai (OCX), pois entrou Uzbequistão. Desde sua
criação o OCX tem expandido sua relevância no jogo político da Eurásia.
Contudo, Brics, OCX e a meridional Ibas, ganham relevância global. Mas China
e Rússia são os atores mais relevantes, como membros permanentes do conselho de
segurança da ONU e, respectivamente como potencias econômicas e militar-energética,
respectivamente também. Todavia, o IBAS representam um mecanismo de cooperação
Sul-Sul e o BRICS para as potências emergentes, vemos uma grande diferença entre as
duas plataformas em termos de sua utilidade estratégicas. O autor que trata desse
assunto é o Francis Kornegay. Ele diz:
De uma perspectiva trilateral indo-brasileiro-sul-africana, a lógica geoestratégica do Ibas é clara e
cristalina, o propósito de criar uma ligação marítima “Gondwana” entre o Atlântico Sul e o Oceano
Índico. O fato das três potências regionais geoestrategicamente ligadas haverem instituído o Ibsamar
mostra claramente esta lógica. O que os três países escolherem fazer ou não fazer com isto dependerá da
articulação de suas aspirações de forjarem os termos da multipolaridade estratégica e geopolítica do
século 21. O Brics não possui lógica geoestratégica. Ou melhor, ele combina duas lógicas geoestratégicas,
isto é, a lógica hemisférica marítima meridional do Ibas, de um lado, e os imperativos geoestratégicos
centro-eurasiano de Rússia-China-Índia, de outros. (BRICS: AS POTÊNCIAS EMERGENTES, China,
Rússia, Índia, Brasil e África do Sul, Pág: 201)

A respeito do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), tem como objetivo


conseguirem mudanças globais de governança da área comercial e da área financeira.
Seu objetivo é como o da BRICS de conseguir ser porta voz dos países mais pobres,
tentando ajudar, refletindo a nova realidade do cenário internacional e o anacronismo de
algumas estruturas do sistema multilateral. Deixando claro que é esse o interesse e não o
de formarem uma aristocracia dos emergentes, mas para se pensar assim temos que
analisar a fundo o que estão fazendo pelos mais pobres, e mediante a isso
encontraremos respostas, positivas e negativas.
Afinal, os países do Ibas tentam a todo custo reforçar seu desenvolvimento
econômico por meio do caráter complementar das suas indústrias, serviços, comércio e
tecnologia. Obtendo três parâmetros, com a indústria sul-africana de combustíveis
sintéticos, a experiência do Brasil na área da aeronáutica e da produção de energia não
convencional; e o recente sucesso indiano no campo da tecnologia da informação e na
indústria farmacêutica. São suas complexidades a serem exploradas. E são os pontos
que desafiam suas realidades para um plano futuro melhor em suas áreas da economia.
Desafios que se realmente forem explorados trará mais empregos e mais visibilidade
para cada país, mundialmente falando, aumentando seu PIB (Produto Interno Bruto).
Mas não podemos deixar de observar que China e Rússia, que são duas grandes
potências juntas no OCX, o que poderíamos observar que existe uma interrogação na
sua viabilidade. Existe muita competição entre as duas, pois o próprio papel da OCX e
os recursos energéticos da Ásia Central, especialmente se observarmos a crescente
disparidade econômica e populacional entre Rússia e China, em beneficio da última.
Lembrando que as duas entregam o Conselho de Segurança da ONU. A China aumenta
cada vez mais sua capacidade de dissuasão, já a Rússia mantém ainda um arsenal
estratégico capaz de rivalizar com a megapotência americana. São questões importantes
para se pensar nesses dois países e como atuam na OCX.
Abordaremos agora um pouco de cada país da BRICS, que possuem países que
atuam também na IBA e OCX:
A China tem conseguindo olhares de quase todos os países, afinal é a nação mais
populosa do mundo e também a quarta mais extensa, com sua economia em segundo
lugar, sem contar que é a mais antiga e contínua civilização, representando o epicentro
da Ásia. No entanto, a China deixa a desejar no seu desenvolvimento socioeconômico,
sistema político, pois conservam uma estratégica diplomático-militar de difícil
entendimento, que afeta de forma terrível sua população.
O sistema político da China é o Socialismo com características chinesas, porém
não previu a diluição da legitimidade e do poder do partido. Mesmo com a carta para
que o Socialismo fosse implantado como sistema, percebemos que à organização de
Estado, o povo deve obedecer ao centralismo democrático, de maneira que as “esferas”
menores devem referir-se às maiores para sugerir alguma solução, mas também devem
acatar as decisões dos superiores. O que não caracteriza um sistema Socialismo de fato.
A China sofreu muito em seu passado, tendo seu país invadido pelo Japão e
assim iniciando uma guerra civil da China, que se arrastou até 1910, com a derrota do
Japão na Guerra. E logo algumas regiões se mantiveram com a República Popular da
China, o que foi instituído para ajudar no crescimento econômico, tecnologias,
fortalecendo sua economia.
Atualmente os lideres chineses se dividem em duas facções: “populistas” e
“eletistas”. Muito podemos dizer sobre sua civilização, economia e seus métodos de sair
da crise pós guerra, porém o que mantém sua economia e o que fez com que seu
crescimento fosse notável é sem duvida a exploração de sua população no trabalho.
Com baixos salários e longas cargas horárias. Mas sua influência tem deixado alguns
países acuados.
A Federação Russa foi o país do grupo que mais sofreu mudanças, ela surgiu no
fim da URSS em 1991, com toda sua história de um passado imperial, com sua própria
experiência de ser o primeiro Estado comunista do sistema internacional, como também
suas perdas, deixando de ser superpotência experimentada no período da Guerra Fria. A
Russa teve uma perda de quatorze ex-repúblicas socialistas soviéticas, o que diminuiu
seu território. Sua população também teve uma diminuição. Mas não podemos esquecer
que a Rússia possui recursos naturais como enormes reservas de petróleo e, também gás
natural, atraindo assim diversos olhares. Sendo a Rússia um país que compõem a ONU
e tendo uma grande influência. Com a dissolução da URSS gerou ao sistema
internacional quinze novos países. Pensando em sua localização estratégica, a relevância
de tal fenômeno não se resume ao mero surgimento de estados. A Rússia se favoreceu
do crescimento da China, pois ganhou mais espaço no mundo Asiático e assim
conseguiram apoio dos países asiáticos e de suas organizações internacionais, com a
Asean, que é utilizada como sua parceira com a China como um cartão de visita. A
Rússia com suas perspectivas são mais favorecidas pelos eventos sistêmicos do que
pelas capacidades do país. Tendo em vista que a conjuntura internacional aponta a
ascensão de potências emergentes com s quais a Rússia pode mais ou menos se nivelar
(retirando a China disso), o que é interessante, pois não ocorria em 1990.
A República da Índia contemporânea é a maior democracia do mundo,
observamos também que o segundo país mais populoso, com diversos pontos positivos,
como contingente militar e sendo a quarta maior economia do planeta. A Índia vem
cada vez mais ganhando espaço. A religião é algo notável, um fenômeno do hinduísmo.
A Índia também nunca foi endogenamente concebida como um território unificado, que
para os hindus existe uma noção de integralidade cultural associada à região. A política
indiana se dividiu tradicionalmente entre as coalizões lideradas pelo Indian National
Congress Party (Partido do Congresso) ou pelo BJP (Bharatiya Janata Party) único que
conseguiu vencer o Partido do Congresso. A Índia possui muita dificuldade na
infraestrutura, carece de energia, ferrovias, estradas, água e telecomunicações, sistema
de transporte marítimo e aéreo, pois precisam atender uma grande demanda pelo
aumento com o desenvolvimento acelerado. Existe uma rivalidade da Índia com o
Paquistão, após o fim da Guerra fria, a hostilidade entre eles pioraram.
O Brasil foi visto, e continua sendo, como um grande potencial para se
transformar em uma potência no sistema internacional. O Brasil conseguiu seu espaço
com sua economia crescendo. Com as transformações internacionais ocorridas com o
fim da Guerra Fria e com a aceleração do processo de globalização acentuaram as
tendências, aberturas, multipolares do sistema internacional, abrindo possibilidades para
grandes países periféricos. Coma politica do governo Lula aumento o pode de barganha
no exterior, e também foi mais reconhecido pela ONU com suas políticas. O Brasil
também se tornou grande parceiro comercial da China, o que explica como o BRICS
influência o sistema econômico. O Brasil ainda tem dificuldades de países
“subdesenvolvidos”, sua educação não é priorizada, saúde, saneamento básico e por
assim vai. Com uma grande parte da população vivendo de quase nada, na miséria.
Obviamente nossos problemas são devido a nossa colonização, que dividiu nossas
terras, de forma que concentrou o poder nas mãos de poucos. Então mesmo com sua
colocação como país emergente, o Brasil necessita de muitas melhorias para que se
possa chamá-lo de um país desenvolvido. Sua economia cresceu, mas sua infraestrutura
deixa a desejar. Diferente da China e Rússia.
A África do Sul pós-apartheid. O Estado Sul-africano nasceu tardiamente para o
sistema internacional. Com a institucionalização do regime racista sul-africano,
materializada através da ascensão do Partido Nacional ao poder, em 1948, a África do
Sul teve como único objetivo de sua política exterior a preservação do sistema erguido
pela minoria branca. Só após o fim do apartheid, segregação de raças, que a África do
Sul começou a ser vista, e como falado acima, para os Brics sua aceitação foi baseada
em algumas dúvidas, mas que foi aceita pois daria uma forma de se conseguir uma porta
de entrada para África. Uma figura muito conhecido é a de Mandela que conduziu a
transição a parti da ideia de relações exteriores universais, revolucionando a África do
Sul.
Referência Bibliográfica

VISENTINE, Paulo___ Brics: as potências emergentes: China, Rússia, Índia, Brasil e


África do Sul______Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. ____Outros autores: Gabriel Adam,
Maíra Vieira, André Silva e Analúcia Pereira

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