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REDAÇAO SOBRE VIOLÊNCIA NO BRASIL

Desde a colonização, há, no Brasil, uma grande diversificação de povos, tanto


por fatores históricos quanto por fatores socioculturais. Essa raça híbrida e
heterogênea tem, com o passar do tempo, aumentado ano a ano, o que tem
gerado desigualdades e a compulsória aproximação entre os mais diversos
grupos sociais, as quais têm sido fonte de intolerâncias, preconceitos e
violências contra minoria, formando-se, assim, uma guerra fria entre os grupos.

Consoante o pensador Urich Beck, vivemos na sociedade de risco, na qual


todas as ações do homem contribuem para a desestabilização da espécie
humana e do planeta, logo, os bens e direitos coletivos, como a segurança, não
estão mais garantidos vez que a produção social é acompanhada pela produção
de riscos incontroláveis. Estes têm ganhado proporções inimagináveis em todos
os âmbitos sociais, através da violência, seja nas escolas, ou, até mesmo, no
trânsito, fazendo, por conseguinte, com que o Brasil se torne o nono país com
maior índice de homicídios do mundo, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS).

Nesse diapasão, embora haja garantias sociais elencadas na Constituição


Federal de 1988 (CF/88), há que se falar, ainda, da intolerância social, vez que o
cenário, atualmente, agravou-se a um ponto de haver duas pontas radicais, ou
melhor, a extrema esquerda e a extrema direita. As batalhas desses dois grupos
não são travadas apenas nas ruas mediante manifestações, como era
antigamente, elas tomaram proporções maiores e invadiram meios idôneos ou
inidôneos de comunicação. É notório o ódio que, ainda mais agravado, é
propagando, dando origem a mais violências e restrições entre indivíduos.
Segundo Zygmunt Bauman, todo esse conflito social decorre da modernidade
líquida, caracterizada fragilidade nas relações interpessoais contemporâneas.

Portanto, cabe aos poderes estatais instituir políticas públicas que coíbam
não somente os usos, mas os abusos de práticas que vão de encontro às
garantias individuais dos cidadão através de um maior controle de ações que
visem a inibir liberdades individuais, assim como aplicar o conceito do cidadão
global, cunhado por Beck, que estabelece uma cidadania conjunta em prol da
coletividade, a fim de amenizar conflitos. Dessarte, dar-se-á aplicabilidade ao
direito elencado no Art. 3º da CF/88 que garante, como objetivo constitucional,
construí uma sociedade livre, justa e solidária.

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