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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-1000619-85.2016.5.02.0610
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1003F621D22E311E49.
A C Ó R D Ã O
(4ª Turma)
GMCB/lbtf
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-1000619-85.2016.5.02.0610
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À COISA JULGADA. NÃO CONFIGURAÇÃO. NÃO
PROVIMENTO.
O Tribunal Regional registrou que, nos
autos do Dissídio Coletivo nº
1000808-21.2014.5.02.0000, restou
acordado que a reclamada promoveria a
implementação até 30/06/2015 das
promoções oriundas da Certificação
realizada em 2012, de forma a zerar
todas as promoções pendentes dos
trabalhadores já certificados.
Acrescentou ainda a Corte a quo que, no
ACT 2014/2016, referida implementação
se daria de modo a preencher as vagas
remanescentes de promoção de
março/2014, e que isso não significou a
criação de novas vagas, mas apenas o
preenchimento das disponíveis em face
de movimentação na carreira.
Consignou, por outro lado, que, para que
haja a promoção é necessário, além da
certificação, o preenchimento de outros
requisitos, tais como disponibilidade
orçamentária e cumprimento do tempo no
nível ou na carreira. Somente a
classificação/certificação da
reclamante no certame, por si só, não
enseja a sua promoção funcional, razão
pela qual o preenchimento das vagas não
seguiu uma ordem sequencial. Ressaltou,
ainda, que o reclamante não se
desincumbiu do ônus de provar a ausência
de lisura no procedimento relativo à
promoção.
Nesse contexto, tendo o v. acórdão
regional observado a classificação para
as promoções, de acordo com os critérios
estabelecidos nos instrumentos
normativos, não se cogita ofensa à coisa
julgada. Incólumes os artigos 5º,
XXXVI, da Constituição Federal; 831 da
CLT e 494 do CPC/2015.
Agravo a que se nega provimento, com
aplicação da multa prevista no artigo
1.021, § 4º, do CPC.
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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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Tribunal Superior do Trabalho fls.3
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-1000619-85.2016.5.02.0610
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Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo
em Agravo de Instrumento em Recurso de Revista n°
TST-Ag-AIRR-1000619-85.2016.5.02.0610, em que é Agravante ELIANE REGINA
CARVALHO DA SILVA e Agravado COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO - CET.
V O T O
1. CONHECIMENTO
2. MÉRITO
PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-1000619-85.2016.5.02.0610
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são assuntos pertinentes à admissibilidade exercida pelo MM.
Juízo ad quem quando processado o apelo (art. 896-A, § 6º, da
CLT).
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tramitação na forma da Lei n.º 13.015/2014.
Tempestivo o recurso (decisão publicada no DEJT em
13/06/2017 - Aba de Movimentações; recurso apresentado em
20/06/2017 - id. 0f8dcd6 - Pág. 1).
Regular a representação processual, id. 64cc996 - Pág. 1.
Dispensado o preparo (id. aac2d89 - Pág. 3).
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO /
FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO /
COISA JULGADA.
Alegação(ões): - violação do(s) artigo 5º, inciso XXXVI,
da Constituição Federal.
- violação do(a) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo
831; Código de Processo Civil 2015, artigo 494.
- divergência jurisprudencial.
Consta do v. Acórdão:
(...)
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Isso porque a parte agravante não logra êxito em infirmar os
fundamentos da d. decisão agravada, os quais, pelo seu manifesto acerto,
adoto como razões de decidir.
Registre-se, a propósito, que a atual jurisprudência deste colendo
Tribunal Superior do Trabalho tem-se orientado no sentido de que a
confirmação jurídica e integral de decisões por seus próprios fundamentos
não configura desrespeito ao devido processo legal, ao contraditório e à
ampla defesa (motivação per relationem). Nesse sentido, os seguintes
precedentes: Ag-AIRR-125-85.2014.5.20.0004, Data de Julgamento:
19/04/2017, Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa, 1ª Turma, DEJT
24/04/2017; AgR-AIRR-78400-50.2010.5.17.0011, Data de Julgamento:
05/04/2017, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª
Turma, DEJT 11/04/2017; Ag-AIRR-33100-34.2007.5.02.0255, Data de
Julgamento: 29/03/2017, Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, 1ª
Turma, DEJT 31/03/2017; AIRR-2017-12.2013.5.23.0091, Data de
Julgamento: 16/03/2016, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, 2ª
Turma, DEJT 18/03/2016.
(...)
Ante o exposto, confirmada a ordem de obstaculização do recurso de
revista, com amparo no artigo 932, III e IV, “a”, do CPC/2015, nego
seguimento ao agravo de instrumento.”
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III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal,
de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte "
(destaquei).
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Ao exame.
A egrégia Corte Regional examinou a matéria sob os
seguintes fundamentos:
REENQUADRAMENTO FUNCIONAL
A recorrente não tem razão. Perfazendo-se a leitura dos autos, infere-se
que no processo nº 1000808-21.2014.5.02.0000 (dissídio coletivo de greve
- fls. 119/124), suscitado pelo Ministério Público do Trabalho em face
dos suscitados Sindicato dos Trabalhadores no Sistema de Operação,
Sinalização, Fiscalização, Manutenção e Planejamento Viário e Urbano do
Estado de São Paulo e outros 02, restou consignado na cláusula nº 02 que "as
partes, Sindicato dos Trabalhadores no Sistema de Operação, Sinalização,
Fiscalização e o Sindicato dos Engenheiros, concordam com a
implementação até 30/06/2015 das promoções oriundas da Certificação
realizada em 2012 e, deste modo zerar todas as promoções pendentes dos
trabalhadores já certificados". Por sua vez no ACT 2014/2016 (fls. 99/114),
os acordantes estabeleceram na cláusula 2.4.4 do referido instrumento
normativo que "A COMPANHIA implementará até 30 de junho de 2015 as
promoções oriundas da Certificação de Competências realizada em 2012
de modo a preencher as vagas remanescentes de promoção de março/2014,
tudo conforme consta da Ata de 30.06.2014 firmada entre as partes no
Núcleo de Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos -
NCC do E. Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região -TRT". A
análise conjunta das cláusulas constantes do dissídio coletivo de greve e do
Acordo Coletivo de Trabalho evidencia a correção da tese defensiva. A
previsão do instrumento normativo de preencher todas as vagas
remanescentes da promoção de março/2014 até 30.06.2015 demonstra
que o exaurimento de todas as promoções dos trabalhadores
certificados, não significou a criação de novas vagas, mas sim o
preenchimento daquelas disponíveis em face de movimentação na
carreira. E, dentro dessa sistemática de classificação, a certificação de
competências seria um dos requisitos para a promoção, tais como a
disponibilidade de vaga no nível da carreira de concentração para qual
o empregado será promovido; disponibilidade orçamentária e
cumprimento do interstício de tempo no nível ou na carreira (fl. 249). A
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simples classificação no certame interno não confere a promoção
automática, daí porque o preenchimento de vagas não ter seguido uma
ordem sequencial. Há que se ressaltar também que a alegada falta de lisura
nos procedimentos de promoção deveria ter sido provada pela reclamante, a
rigor do disposto nos artigos 818 da CLT e 373, inciso I, do CPC/2015. E
desse ônus, a apelante não se desincumbiu. Destarte, nego provimento ao
recurso.
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"AGRAVO. RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE
DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. PROMOÇÃO
FUNCIONAL. PROGRESSÃO AUTOMÁTICA. IMPOSSIBILIDADE.
OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS DO PLANO DE CARGOS E
SALÁRIOS. OFENSA À COISA JULGADA. NÃO CONFIGURAÇÃO .
Como salientado na decisão agravada, o Tribunal Regional, após análise dos
fatos e das provas, manteve a sentença, que concluiu pela impossibilidade de
a Reclamante ser promovida em razão da inexistência de vagas que
contemplassem sua classificação, nos moldes da norma interna de nº 66 e do
acordo firmado no dissídio coletivo de greve. Conforme se infere dos dados
transcritos no acórdão regional, a Reclamada tem cumprido o acordo
celebrado no dissídio coletivo, porém com observância de todos os requisitos
impostos no Plano de Cargos e Salários e no item 2.1 da norma interna de n°
66, entre os quais a existência de vaga, não havendo, por outro lado,
compromisso firmado pela empresa, tanto nos Termos de Audiência, quanto
no Acordo em Dissídio Coletivo (Processo nº 1000808-21.2014.5.02.0000),
de criação de vagas para implementação de todos os aprovados na
certificação de 2012. Além disso, depreende-se que o acolhimento do pleito
da Reclamante implicaria desrespeito à ordem de classificação e observância
do número de vagas, em desobediência aos termos do plano de cargos e
salários instituído pela empresa. Dessa forma, não se divisa violação aos arts.
5º, XXXVI, da CF, 831 da CLT e 494 do CPC/15. Observa-se que o Tribunal
Regional decidiu em consonância com o entendimento desta Corte,
compreendendo que a promoção da Reclamante deve atender a todos os
critérios e requisitos fixados na norma interna da empresa. Com efeito, o
entendimento desta Terceira Turma era o de que, se a empregadora não
implementasse os procedimentos necessários para a avaliação de
desempenho do trabalhador relativamente às promoções por merecimento, às
quais se obrigou ao instituir o Plano de Cargos e Salários, não poderia o
empregado sofrer os prejuízos advindos do inadimplemento de tal obrigação.
Contudo, a SDI-1/TST, na sessão do dia 08/11/2012, no julgamento do
processo E-RR-51-16-2011-5-24-007, pacificou a controvérsia acerca da
promoção por merecimento em face do descumprimento, pelo empregador,
da obrigação de realizar as avaliações como pressuposto para a concessão da
referida promoção. Segundo esse entendimento, a condição prevista no
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regulamento empresarial para se efetuarem as promoções horizontais por
merecimento é válida (e não meramente potestativa), ao fixar dependência
das promoções não apenas da vontade da empregadora, mas também de
fatores alheios ao desígnio do instituidor dos critérios de progressão
(desempenho funcional e existência de recursos financeiros, por exemplo).
Assim sendo, a decisão agravada foi proferida em estrita observância às
normas processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, III e IV,
"a", do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou
reconsideração. Agravo desprovido " (Ag-RR-1001688-93.2017.5.02.0004,
3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 19/06/2020).
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1000808-21.2014.5.02.0000 não fixou a promoção de todos os funcionários
aprovados na certificação, mas sim estabeleceu que à reclamada caberia
realizar as promoções pendentes, atendidos os demais requisitos das normas
internas, notadamente a existência de vaga. Entendeu, pois que o
mencionado acordo não conferiu direito às promoções sem qualquer critério,
indistintamente ou de forma automática. Dessa forma, concluiu que a
reclamante não detém direito imediato ao reenquadramento pleiteado, razão
pela qual não haveria que se falar em preterição da autora. A matéria
debatida não possui transcendência econômica, política, jurídica ou social.
Agravo de instrumento de que se conhece e a que se nega provimento porque
não reconhecida a transcendência" (AIRR-1000042-22.2015.5.02.0003, 6ª
Turma, Relatora Desembargadora Convocada Cilene Ferreira Amaro Santos,
DEJT 31/05/2019).
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conhecido e não provido" (AIRR-1001129-04.2017.5.02.0048, 8ª Turma,
Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 14/02/2020).
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