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Vinhos:


um gUia
básico
*
Josimar
Meio

Aprenda a identificar
os diversos tipos de vinho

e confira qual a melhor ".,';~


combinação com cada tipo de prato
A Primeira Taça deve ter sido mais fácil acostumar-se à idéia de
ter à mão uma bebida alcoólica tão simples de fa-
zer do que apreciar um sabor tão novo e dife-
rente. Aliás, os gregos costumavam misturar de
Muitas das grandes invenções do ho-
tudo, da água do mar até ervas e mel, a seus
mem se deram por acaso. É o que deve ter acon-
vinhos (hábito retomado na Idade Média). Não
tecido com"o vinho, que, mais do que uma
se sabe se faziam isso para ajudar a conservá-Io
invenção, foi uma descobetta.Visto que é um pro-
ou para disfarçar seu sabor.
duto tão natural que independe da mão do
A região do Mediterrâneo foi o grande
homem, é possível que um belo dia alguém
centro de cultura e difusão do vinho. Os egíp-
tenha armazenado -num saco, que fosse- cios usavam a bebida inclusive nas cerimônias
alguns cachos de uva que, esmagados e fermen-
religiosas dos funerais, isto 3 mil anos an-
tados ao acaso, tenham virado vinho. Tudo isso
tes de Cristo. Cristo, como se sabe, foi também
pode ter acontecido há cerca de 7 ou 8 mil
um cultuador da bebida, que utilizou para sim-
anos, no Oriente Médio, uma vez que a uva já
existia neste local desde a Era Terciária. bolizar seu sangue e que, diz-se, reproduziu por
Uma vez ocorrido o "acidente" com o meio de um milagre (desses que, infelizmente,
não acontecem mais hoje em dia).
saco de uvas, provavelmente não demorou
A Ilíada e a Odisséia, poemas gregos
muito para que a humanidade percebesse o
anteriores ao século 7 a.c., mencionam o vi-
valor desse achado.A princípio, o valor etílico:
nho como produto corrente. Os gregos, à medi-
-
da que expandiam seu domínio, levavam tam- aprendeu-se a evitá-Io.As parreiras americanas
bém a cultura da uva e do vinho, que legaram de uva de mesa eram resistentes a ele; assim,foi
ao futuro Império Romano. Os romanos viriam replantado todo o vinhedo europeu, usando
a fazer o mesmo, pavimentando de vinhas seu pés de parreira americana e sobre ela enxer-
roteiro de conquistas pela Europa.Tanto gregos tando-se as parreiras européias, da variedade
quanto romanos tiveram célebres divindades vitís vinifera -a Única apropriada· para con-
enófilas:Dionísio e Baco. fecção de vinho.
No inicio da Idade Média, a Igreja ca- A artimanha salvou o vinhedo e preser-
tólica. que já pregava seu consumo litúrgico, vou o vinho, possibilitando que ele retomasse
adotou também a produção do vinho. Os hoje sua expansão. Os colonizadores -ou simples
- o preciosos yinhedos da Bourgogne france- migrantes- europeus continuaram levando as
s:t nasceram como fonte de vinho de missa vinhas e os vinhos por onde andavam;é iam pa-
roduzido pelos com-entos. ra cada vez mais longe. No Brasil,as parreiras
Ames disso, a introdução dos tonéis foram introduzidas no século 16, em São Vi-
de madeira, atribuída aos gauleses, transfor- cente (SP), por Brás Cubas, nos primórdios da
mou os métodos de vinificação, antes realiza- colonização portuguesa. Coube aos imigrantes
da nas ânforas da Antiguidade. Mais tarde, no italianos, ao se fixarem na Serra GaÚchano final
século 17, a introdução das garrafas de vidro do século passado, inaugurar aquela que se tor-
(até então usadas apenas para servir) trouxe naria a principal região vinícola do país.
novas possibilidades de conservação e trans- Países produtores surgiram em ou-
porte da bebida. tras regiões do planeta, principalmente aquelas
que, mesmo parecendo longínquas, no fundo
têm a mesma latitude, e semelhantes condições
climáticas e morfológicas, dos vinhedos tradi-
cionais. Hoje há vinho em muitos países pelo
mundo e uma oferta variada de tipos e quali-
dades que tornaram o produto mais acessível.
A expansão do vinho foi sempre acom-
panhada de benefícios, como a implantação de
Na segunda metade do século 19, Louis uma cultura agrícola promissora envolvendo a
Pasteur explicou pela primeira vez como se população rural, a introdução de um produto
processava aquele milagre até então domado que, para além de etílico, é um reconhecido
apenas empiricamente: a ação das leveduras so- alimento, e a difusão de heranças culturais
bre o açÚcarda uva,transformando-o em álcool marcadas pelà história, pela alegria e pela con-
e gás carbônico -e o suco de uva, em vinho. vivalidade humana.
Mas,ao mesmo tempo, a viticultura so- O -Villhoacompanha o homem desde
fria uma brutal ameaça. Uma praga chamada seus primórdios; e se o homem conseguir
fiZoxera dizimou os vinhedos europeus a partir destruir a humanidade, como vem tentando
de Is64.Até hoje não se sabe como eliminar tenazmente,' ao menos que tenha ao lado uma
esse pulgão que ataca as raízes, mas na época taça de vinho para seu último consolo .
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Regiões Produtoras

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PORTUGAL IDão ~,
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Alentejo ~
Jerez
Mar Mediterrâneo
~WaShington

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ESTADOS UNIDOS
JL NewYork
California

Oceano
IBaja Califomia Atlântico

ESTADOS UNIDOS
California: hoje uma importante região produtora de vinhos,oferece
Oceano MÉXICO quantidade e qualidade graças ao processo de modernização dos últi·
Pacífico mos 30 anos. Produz excelentes vinhos, com uvas européias
(Ca~ernet Sauvignon, Pinot Noir, Chardonnay) e uma californiana
(Zinfandel). Atividade concentrada no vale do Napa, vale do Sonoma,
Monterrey,Mendocino e ,Carneros.
New York: destaque na produção de vinhos da Costa leste ameri.
cana, o Estado de New York tem regiões importantes ao norte
(Finger lakes) e em long Island. Vinhos produzidos com
Chardonnay, Merlot, Pinot Noir e Riesling.
Oregon: conta com uma respeitável produção de vinhos Pinot
Noir, Chardonnay e Pinot Gris.
Washington: o Estado de Washington produz seus vinhos no deser-
to, graças à irrigação artificial. Resulta em vinhos bem concen-
• trados (Cabernet Sauvignon,Merlot, Chardonnay,Sauvignon Blanc).

MÉXICO
Na região da Baja California, sobretudo no vale de Santo Tomás, são ,
produzidos vinhos tintos (Petite Sirah, Cabernet Sauvignon) de boa
qualidade, além de vinhos brancos.

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Vale do Rio São Francisco
BOLÍVIA,
BRASIL

Oceano Oceano
ntana do Atlântico
Pacífico ramento

Aconcagua
~Cafajate

ARGENTINth

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Serra Gaúcha

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Maipo~
Maule
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Pinheiro Machado
Região do
Rio da Prata
CHILE
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BOTSUANA

ÁFRICA DO SUL

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Oceano
Oceano índico
Atlântico

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Pacífico
AUSTRÁLIA

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!Victoria GiSbOrn~
Hawke's BaY!i 1.
Marlborough JL
Canterburyr -

NOVA ZELÂNDIA
ça. A uva tipo Merlot às vezes entra na com-
Tipos de Uva posição de outros vinhos da região e do sudoeste
da França, como Cahors e Languedoc-Roussillon.
Produtores da Itália, Nova Zelândia, Califórnia e
CabernetSauvignon Austrália também empregam a uva Merlot, mas
Está difundida por todo o mundo. Com ela com menos êxito.
são produzidos os vinhos tintos de Bordeaux, na
França, nos quais ela em geral é combinada com Pinot Noir
outras uvas para suavizar seu sabor e torná-Io mais
Única uva a compor os grandes Bourgo-
refinado.
vinhos A uva
fortes Cabernet Sauvignon
e concentrados dá origem a,'~
(Califórnia,Austrália, li gne tintos da Côte d'Or, na França. A Pinot
Noir é cultivada em outros países e outros
Itália e Portugal)
Nova Zelândia ou mais leves (Espanha, Chile,
e Brasil). 'I locais da França, como o vale do Loire e a
Alsace. Na Alemanha e Áustria recebe o
Chardonnay nome de Spatburgunder. Esse tipo pode ser
encontrado ainda na Suíça, Espanha, Hun-
É considerada a melhor uva para a produ- gria, Nova Zelândia, Austrália e Oregon, nos
ção de vinho branco seco. Cultivada em Bourgogne, Estados Unidos.
é mais verde no paladar quando usada em Cham-
pagne ou no Loire. Nos grandes Bourgogne, a uva
fermenta e amadurece em tonéis de carvalho, uma Riesling
técnica adotada também na Califórnia, Itália, Alemã, é responsável pelos melhores vi-
Espanha e Austrália. A uva Chardonnay também é nhos brancos do Rhein, do Mosel e daAlsace fran-
usada no Chile, Argentina, Nova Zelândia, África cesa. É empregada também por produtores da
do Sul e Alemanha. Itália, Califórnia, África do Sul e Nova Zelândia.

Chenin Blanc Sauvignon Blanc


Cultivada na França, nos vales do Loire, do A Sauvignoh Blanc é uma uva branca uti-
Vouvray e do Arrjou,origina bons vinhos brancos. lizada na produção do Sancerre, do Loire (França).
Também é empregada na África do Sul, Nova Ze- Junto com a Sémillon, entra na composição de
lândia, ~alifórnia e Austrália.. vinhos secos e dos grandes vinhos doces de Bor-
deaux, como o Sauternes e o Barsac. Produtores
Gewürztraminer da África do Sul, Califórnia, Austrália e Nova Ze-
Com essa uva são produzidos vinhos bran- ~l!
f
lândia perseguem o estilo.
cos de aroma intenso, em geral mais alcoólicos.
Destaca-se a produção da Alsace (Franç~), mas 1t Sémillon
esse tipo também é usado na Alemanha, Austria,
Itália, EUA,Nova Zelândia e Austrália. Uva empregada com êxito na região de
Bordeaux (França) em vinhos brancos secos
Medot (Graves) e na produção dos vinhos doces Sau-
ternes e Barsac (junto com Sauvignon Blanc).
Utilizada na produção de vinhos Pomerol Também é usada na Nova Zelândia,Austrália, Chile
e Saint-Émilion,é cultivada em Bordeaux, na Fran- e África do Sul.
Como Nasce o Vinho e será mais doce, Se para deter a fermentação
(matando as leveduras) for adicionado álcool ao
vinho, ele ficará mais doce e mais alcoólico,
sendo chamado de vinho fortificado, como o
Bebida essencialmente natural, o vinho vinho do Porto. Se a uva é deixada no pé até
é o simples resultado da fermentação do suco secar, concentrando seus açúcares, produzirá
de uva (mosto). O processo de fermentação, que também um vinho mais doce (como o Sauter-
ocorre por ação de levedos naturais, consome o nes). Finalmente, o vinho pode ser depois desti-
açúcar do suco e o transforma em álcool e em lado, originando os brandies (como o Cognac),
gás carbônico. da mesma forma que o bagaço restante do
esmagamento das uvas pode ser fermentado e
destilado, produzindo a bagaceira (chamada de
grappa na Itália,ou marc, na França).
É claro que toda esta explicação é bas-
tante esquemática, e os processos não cor-
respondem mais às técnicas tradicionais, mais
simples. Na produção moderna do vinho é
comum utilizar leveduras selecionadas em labo-
ratório, não somente aquelas que vêm natural-
mente na casca da uva. O suco raramente é
extraído esmagando-se as uvas com os pés, mas
sim por meio de prensas pneumáticas -que
entram em ação depois que outras máqui-
nas cuidaram de tirar os pedi:ínculos dos ca-
chos (desengaçar). A fermentação hoje é feita
A partir dessa base, vêm todas as varia- em cubas de aço inoxidável, com refrigeração
ções. Se as uvas são tintas e a casca fica mistu- e temperaturas controladas -os tonéis de ma-
rada ao mosto durante a fermentação, o vinho deira são usados somente para envelhecer os
fica tinto; se a casca fica pouco tempo, o resul- vinhos, e somente os melhores.
tado é o vinho rosé; se as uvas são brancas ou A descrição acima também se refere a
se são tintas' mas a casca é imediatamente sepa- vinhos que correspondem a um nível mínimo
rada do mosto, o vinho fica branco. Se,ao longo de qualidade. Não é difícil encontrar vinhos es-
da fermentação, deixa-se o gás produzido es- pumantes cujo gás não foi produzido natural-
capar, o vinho fica "tranquilo",o vinho de mesa mente, mas sim adicionado no final (como num
comum. Se o gás carbônico é aprisionado e mis- refrigerante); vinhos doces cujo açúcar não
tura-se ao líquido, o vinho fica espumante, veio da uva, mas da cana-de-açúcar, e foi adi-
como o Champagne. Se a fermentáção é levada cionado depois; vinho rosé que é somente uma
até o fim, praticamente todo o açúcar é consu- mistura de tinto e branco; ou Cognac que é um
mido, e o vinho fica seco. Se a fermentação é in- ,destilado alcoólico qualquer, sem jamais ter
terrompida antes, o vinho conterá mais açúcar, visto um vinho por perto.
Produzidos com enorme variedade de
Tipos de Vinho uvas, os vinhos TINTOS apresentam resultados
que variam de acordo com a região e as técni-
Vinhos de Mesa cas de produção empregadas. Existem os tipos
mais leves e refrescantes, que devem ser bebi-
Os vinhos BRANCOS DOCES também dos inlediatamente (como o Beaujolais Nouveau
são conhecidos como vinhos de sobremesa e da Bourgogne francesa), e alguns bastante den-
têm um açúcar natural da uva. Os mais famosos sos e encorpados, como os Cabernet Sauvignon
são O Sauternes e o Barsac, da região de da Califórnia (EUA).
Bordeaux, na França, produzidos com uvas Sé- Os mais leves são o Valpolicella e os Bar-
millon e Sauvignon. Destacam-se também os ale- dolino, na Itália. Entre os mais sutis destacam-
mães Beerenauslese e Trockenbeerenauslese e se os bons Bourgogne, Côtes-du-Rhône, a maio-
o húngaro Tokaji. ria dos Bordeaux (na França), Rioja (Espanha),
Chianti (Itália), Dão, Douro e Bairrada (Por-
Feitos geralmente com uvas brancas (na tugal) e os Cabernet Sauvignon produzidos no
verdade, de casca verde), os vinhos BRANCOS Chile, Austrália e Nova Ze1ândia.Alguns vinhos
SECOS costumam ser jovens, frescos e mais tintos são fortes, com grande concentração e
sinlples. Um exemplo são os Bordeaux brancos, de cor profunda. Alguns exemplos são o
os Chablis mais simples, Aligoté e Mâcon (os Cabernet Sauvignon da Califórnia e o Shiraz
três da Bourgogne francesa) e os italianos Fras- produzido na Austrália.
cati, Verdicchio, Orvieto e Soave, entre outros.
Também podem ser frutados e aromáticos, Os ESPUMANTES são feitos de uvas bran-
como os melhores alemães do Reno e Mosel cas e tintas. Em geral, resultam em um vinho
(Riesling), os franceses da Alsace (produzidos branco ou rosé, com gás. O melhor exemplar é
com uvas Riesling e Gewürztraminer) e os da feito na região de Champagne (na França). A
Nova Zelândia. Destacam-se também os encor- mesma bebida recebe nomes diversos: musseux
pados e aromáticos, como os Bourgogne bran- ou crémant também na França, spumanti na Itá-
cos (feitos de Chardonnay e maturados em bar- lia, cava na Espanha e sekt na Alemanha.
ris de carvalho) e os melhores vinhos da Alsace
(de Riesling e GewÜrztraminer), do vale do Produzidos como vinhos de mesa, os
Loire (Sancerre, pouilly) e da Rioja espanhola. FORTIFICADOS são acrescidos de álcool. São
Há uma boa produção de vinhos brancos secos mais doces e têm maior durabilidade. Alguns
na Itália, Califórnia, Austrália e África do Sul. exemplos são o vinho do Porto e do Madeira
(portugal), do ]erez (Espanha) e os vinhos usa-
Os vinhos ROSÉ são feitos com uvas dos em sobremesas, como os franceses Muscat
tintas, cuja casca é retirada no meio do pro- de Beaunes-de-Venis, Rivesaltes e Banyuls e o
cesso. Deste modo, o vinho adquire uma to- português Moscavel de Setúbal.
nalidade mais suave. São produzidos na
França, no vale do Rhône (Tavel) e no vale do
Loire (Rosé d'Anjou).

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1988
1995
1994
1993
1997
1992
1991
1990
1996
1989 ****
***
Côte
•Cabernet
*Hermitage
***d'Or
*** * *****
*Graves
*Rioja
Côte-Rotie,
Toscana
Médoc,
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Vinhos, Temperaturas e Pratos Pinot Gris, Pinot Grigio ou Tokay d'Alsace (Alsace,
França; Itália, Áustria, Alemanha, EUA) - 10°C
Bisque; molho ao pesto ou de ervas; peixes defumados;
Mais de 150 combinações de peixes leves, mariscos; quenelles de peixe; truta defumada;

vinhos e seus pratos favoritos risoto; salada de frutos do mar

Pouilly-Fuissé (Mâcon, Bourgogne, França) - 6°C


ESPUMANTES Aves e porco; cozinha chinesa; molho ao pesto ou de ervas; pescados firmes
(crustáceos, atum, salmão); queijos firmes (parmesão, emmental)
Champagne, espumantes doces, meio-doces - 5°C
Carnes defumadas; suflês doces Riesling-seco (Alsace, França; EUA,
África do Sul, Áustria, Eslovênia, Brasil) - 10°C
Champagne, espumantes secos - 5°C Cozinha chinesa e japonesa; fondue de queijo; moqueca
Caviar; cozinha chinesa e japonesa; cozinha picante (México, índia, Tailândia);
ostras; peixes defumados; peixes leves, mariscos; sushi, sashimi Sancerre (Loire, França) - 6°c
Frios; queijo de cabra; truta defumada

BRANCOS Sauvignon Blanc (Itália, África do Sul, EUA,


Chile, Austrália, Nova Zelândia) - 6°c
Bordeaux (Graves / Bordeaux, França) - 5°C Carnes de aves e vitela assadas; porco; cozinha picante
Carnes de aves e vitela assadas; ostras; peixes leves, mariscos; (México, índia, Tailândia); massas com frutos do mar;
pescados firmes (crustáceos, atum, salmão) molho ao pesto ou de ervas; pescados firmes
(crustáceos, atum, salmão); sushi, sashimi; bouillabaisse
Bourgogne Grand Cru e Premier Cru
(Bourgogne, França) -10°C Soave (Itália) - 6°c
Aspargos; haddock; peixes leves, mariscos; pescados firmes Massas com frutos do mar

(crustáceos, atum, salmão)


Spatlese (Alemanha) - 6°c
Chardonnay encorpado (EUA, Austrália) - 10°C Carnes defumadas; pato com molho de frutas; peixes defumados;
Aspargos; haddock; molhos brancos; peixes leves; pescados firmes peixes leves, mariscos
(crustáceos, atum, salmão)

Chardonnay mais leve (Nova Zelândia, Itália,


ROSÉS
África do Sul, Chile, Argentina, Brasil) - 6°C
Tavel (Rhône, França) - 6°C
Cozinha chinesa e japonesa; massas com molho branco;
Cozinha chinesa e japonesa; bouillabaisse
molhos brancos; peixes leves, mariscos; vatapá

Gewürztraminer (Alsace, França; EUA), TINTOS


]erez (Espanha) - 10°C
Peixes defumados; carnes brancas (aves, porco); consommé; gazpacho
Barbaresco (Piemonte, Itália) -18°C
Carnes vermelhas; assados (cordeiro, pato)
Mersault (Bourgogne, França) -10°C
Carnes de aves e vitela assadas; haddock; peixes leves, mariscos
Barbera (Piemonte, Itália) -18°C
Carnes cozidas; cozinha chinesa e japonesa;
Muscadet (Loire, França) - 6°c massas com molho de tomate;
Caldeirada de peixes; frios; peixes leves, mariscos; ostras queijos de veios (roquefort, gorgonzola)

Orvieto (Umbria, Itália) - 6°c Barolo (Piemonte, Itália) - 18°C


Massas com molho branco; molhos brancos Carnes assadas ou cozidas; rabada
Beaujolais - Cru de Beaujolais Hermitage / Côte-Rôtie (Rhône, França) -18°C
(Bourgogne, França) = 18°C Carnes de boi e cordeiro assadas; carnes cozidas; pato assado
Cozinha chinesa e japonesa; hambúrguer; feijoada
Malbec (Argentina) -18°C
Beaune (Bourgogne, França) - 18°C Churrasco; matambre; pizza
Carnes brancas (aves, porco); queijos de veios (roquefort, gorgonzola)
Merlot (Chile, EUA, Itália, Nova Zelândia, ,
Bordeaux Cru Bourgeois (Bordeaux, França) - 18°C Austrália, Hungria, Bulgária, Romênia) -18°C
Carnes de boi e cordeiro assadas; churrasco; codornas assadas Carnes de aves e vitela assadas; carnes brancas (aves e porco);

molho ao pesto ou de ervas; pizza


Bordeaux Grand Cru (Bordeaux, França) - 18°C
Carnes de boi e cordeiro assadas; carnes cozidas;
Pinot Noir (EUA, Alemanha, Itália, Suíça, Nova
carnes grelhadas e fritas (cordeiro, boi, vitela); queijos de veios ZeIândia, Austrália, África do Sul) - 18°C
(roquefort, gorgonzola) Carnes de boi e cordeiro assadas; pato com molho de frutas;

pescados firmes (crustáceos, atum, salmão)


Bourgogne genérico (Bourgogne, França) - 18°C
Pato com molho de frutas; pescados firmes (crustáceos, atum, salmão)
Ribera deI Duero (Espanha) -18°C
Brunello di Monta1cino (Toscana, Itália) - 18°C Carnes vermelhas; assados (cordeiro, pato)

Molho ao pesto ou de ervas; bisteca à fiorentina


Rioja (Espanha) -18°C
Cabernet Sauvignon encorpado Carnes cozidas; paella; pizza; rabada

(EUA, Austrália, Itália, Portugal) - 18°C Shiraz (Austrália) - 18°C


Carnes grelhadas ou fritas (cordeiro, boi, vitela);
Carnes cozidas; pizza
cordeiro assado; queijos de veios (roquefort, gorgonzola);

vaca atolada; feijoada Valpolicella (Veneto, Itália) - 18°C


Churrasco; pizza
Cabernet Sauvignon mais leve
(Chile, Nova ZeIândia, Brasil) - 18°C SOBREMESA
Churrasco; queijos de veios (roquefort, gorgonzola); steak .au poivre;

xinxim de galinha; pato no tucupi Banyuls (Languedoc-Roussillon, França) - 10°C


Sobremesas com chocolate
Châteauneuf-du-Pape (Rhône, França) - 18°C
Churrasco }luscat de Beaumes-de-Venise (Rhône, França) -10°C
Tortas de frutas
Chianti (Toscana, Itália) -18°C
Carnes grelhadas ou fritas (cordeiro, boi, Vitela); churrasco; Porto Ruby (Portugal) - 18°C
massas com molho de tomate; minestrone Melão; nozes

Côtes-du-Rhône / Villages (Rhône, França) -18°C Porto Tawny (Portugal) - 18°C


Carnes cozidas; ensopados; churrasco; molho ao pesto ou de ervas; Nozes

pescados firmes (crustáceos, atum, salmão)


Porto Vintage (Portugal) - 18°C
Do1cetto (Piemonte, Itália) - 18°C Queijos de veios (roquefort, gorgonzola); queijos da serra da Estrela

Pizza; queijos de veios (roquefort, gorgonzola)


Sauternes / Barsac (Bordeaux, França) -10°C
Gevrey-Chambertin / Vosne-Romanée Creme brOlée, queijos de veios (roquefort, gorgonzola); tortas doces

(Bourgogne, França) - 18°C Tokaji (Hungria) -10°C


Pato com molho de frutas; rabada Pudins; sobremesas com chocolate
"

Peixe se come com vinho branco; carne,


Verdades e Mitos com vinho tinto.
EMTERMOS.As carnes brancas, mais leves, se
harmonizam mais facilmente com os vinhos
Quanto mais velho, melhor o vinho. brancos, também mais leves; as carnes verme-
lhas, mais fortes, com os vinhos tintos, mais en-
ERRADO. Há vinhos que se aperfeiçoam ao lon-
corpados. Mas não é uma regra defmitiva, válida
go de anos, como o vinho do Porto, mas depois
do amadurecimento e do apogeu o vinho entra para qualquer caso. O melhor é ter em conta
em decadência. Muitos percorrem este ciclo outra regra que não depende tanto da cor:
num curto período. Um exemplo é o Beaujolais pratos mais leves pedem vinhos mais leves; e os
Nouveau, que deve ser bebido nos primeiros mais fortes, vinhos mais encorpados.
meses de vida. Os "vinhos de guarda", que me-
lhoram com os anos, são exceção.
Vinhos brancos devem ser resfriados; os
tintos, bebidos à temperatura ambiente.
o copo altera o gosto do vinho. EM TERMOS. É verdade que a maioria dos vi-
nhos tintos fica melhor à temperatura ambi-
CERTO. O copo influencia no gosto que
sentimos da bebida. Isso acontece porque a ente, enquanto os brancos são melhores quan-
taça, que tem as bordas convergentes, con- do resfriados. Mas não se pode tomar isso ao pé
centra mais os aromas em nosso nariz (o olfa- da letra: se a temperatura ambiente for em
to é um componente importante do paladar). torno de 18°C, é uma temperatura adequada
para o vinho tinto. Mas, se o "ambiente" estiver
Além disso, dependendo do formato, o copo
"joga" o vinho em uma direção ou outra - a 30°C, não hesite em resfriar o vinho tinto, por
e cada região da língua percebe melhor sensa- mais que isso choque seus convidados.
ções diferentes.
Quanto mais caro, melhor é o vinho.
o vinho deve ser guardado deitado. ERRADO. Existem vinhos de países emergen-
CERTO. Diz a tradição que, com a garrafa dei- tes, como o Chile, cuja qualidade é maior que a
tada, o líquido mantém a rolha úmida e inchada, de um vinho do mesmo preço produzido na
impedindo a passagem de ar ou de microorga- Europa; e mesmo em países como a França há
nismos daninhos para o vinho. pequenas regiões que, por não terem entrado
na moda, têm bons preços.
Numa refeição, bebe-se primeiro o vinho
branco, depois o tinto. Vinho bom é aquele em que se pode sentir
CERTO. Normalmente, esta e a ordem. Segue-se o gostinho da uva.
a lógica de começar com os vinhos mais leves e ERRADO. Sentir gosto de uva não é critério de
ir passando para os mais potentes. Normalmen- qualidade de um vinho. Ao contrário, os
te bebem-se os vinhos brancos antes dos tintos; melhores vinhos desenvolvem, com o tempo,
uma série de características de aromas e sabo-
os secos antes dos doces; os mais jovens antes
dos mais velhos. Mas exceções existem, e aliás res que lembram referências diversas, como
são bem-vindas. aromas e sabores de frutas e flores.

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