ϫ$12;9,,Ό12207

Romanée-Conti
$VDIUɞSRU
Aubert de Villaine

Report Uruguai
2VPHOKRUHVHQWUH
PDLVGHYLQKRV

DOC
$VTXDWURGLYLVµHV
GH&KDPSDJQH

Harmonização
SHL[HVHVHXVYLQKRV

Pinto Bandeira
$QRYɞ'2GR%UDVLO

1921 a 2021
Vertical de
Château Le Puy
 Apresentamos o
cartão

Baixe o app disponível nas lojas e

garanta já o seu cartão BRB ADEGA
 Com os melhores benefícios
do mundo para quem ama vinho

3ULRULGDGHGHFRPSUDHƁODH[FOXVLYD
em eventos do mundo do vinho

Acesso às salas VIP no Brasil e no exterior

Isenção de rolha Mastercard*

Concierge exclusivo por e-mail e WhatsApp

para a compra de vinhos

Desconto exclusivo no marketplace ADEGA Online

Pontos em dobro nas compras nos sites

ADEGA Online e Clube ADEGA

Anuidade grátis no primeiro ano**

E MUITO MAIS…

*Benefício válido para uma garrafa por mesa e mediante

consumo de um prato principal.

**Anuidade grátis apenas no primeiro ano após a contratação

 Fundada em 1996, a Bodegas y Viñedos Raúl Pérez defende o cultivo
como um artesanato, com pouca influência na vinha e o respeito ao
clima, solo e variedade de uva. Esse cuidado e dedicação resultam
em vinhos longevos, que já se demonstram excelentes quando jovens,
e apresentam grande potencial de guarda. Raúl foi eleito o melhor
enólogo do ano de 2014 pela revista alemã Der Feinschmecker e o
melhor do mundo pelo Guia de Vinhos Bettane + Desseauve 2016. O V I N H O C E RTO E M Q UA LQ U E R M O M E N TO.

worldwine.com.br FAC E B O O K .CO M / WO R L DW I N E B R A S I L - I N STAG R A M .CO M / WO R L DW I N E DISTRIBUIDORA OFICIAL

Sumário
86
DOC

74
$VGLIHUHQ§DVHQWUH

52 DVTXDWURGLYLVµHVGH
&KDPSDJQH
(VFROɞGRYLQKR
Grandes
degustações 6DLEɞFRPRV£RIHLWDV
DVWD§DVGHYLQKR
Os 50 melhores
YLQKRVGR8UXJXDL

94
Curiosidade
$KLVW³ULɞGH
XPɞYLQKɞGH
mais de 350
anos

80
Terroir Brasil
3LQWR%DQGHLUɞVH
WRUQɞ'HQRPLQD§£R
de Origem
62
Harmonização
'LFDVGHYLQKRV
SDUɞFRPELQDUFRP

40 WLSRVGHSHL[HV

103 12 Grandes degustações

&DYH
8PɞVHOH§£RGHYLQKRV
DYDOLDGRVSHOɞQRVVɞHTXLSH
3HƯO
$XEHUWGH9LOODLQHFRPHQWɞɞ
VDIUɞGHVHXVYLQKRVGR
'RPDLQHGHOɞ5RPDQ©H&RQWL
'HɞSURYDPRV
XPɞYHUWLFDOGHDQRVGR
Château Le Puy

e mais...

08 20 36 38 113
Cartas 0XQGRYLQR &RQWUɞ5³WXOR 8YDV Clube ADEGA
Mensagens dos nossos 1RW­FLDVVREUH $VOHQGDVVREUHRV &RQKH§ɞFLQFRIDWRV &RQ̛UɞDVQRYLGDGHVGR
leitores com sugestões, acontecimentos gerais do YLQKRVDWDFDGRVSRU VREUHɞXYɞHVSDQKROɞ PªVGRQRVVRFOXEHGH
elogios, reclamações etc. PXQGRGRYLQKR IXQJRV %REDO YLQKRV
 Cartas
É o mesmo vinho?
Na edição número 206, na página 132, “Ótimas
compras”, há o vinho Casa Valduga Sur Lie 30
meses - 92 pontos R$ 95 e, na página 135 há o
vinho Casa Valduga Sur Lie - 91 pontos R$ 95. As
garrafas são iguais! Está correto?
F. S. Vieira
Está tudo correto, mas na verdade as garrafas
não são iguais e nem é o mesmo vinho. As
garrafas são, sim, muito parecidas (o que muda
basicamente é a cor das letras do rosé, que é
rosa, só isso), mas são dois vinhos diferentes,
um é o SUR LIE NATURE e o outro é o SUR LIE
NATURE ROSÉ. Os nomes estão apontados
da maneira correta também e diferenciam
um espumante do outro, assim como as
pontuações são diferentes.

Seguimos!
Cheguei ontem a São
Paulo para uma visita
de poucos dias e, logo
depois de chegar ao
hotel, fui comprar um
jornal, mas também a
revista ADEGA, para
me atualizar com o que
se passa neste grande
país. Por isso, gostaria
de parabenizar, pois
numa época que viu
desaparecer (ou quase)
várias outras revistas
de vinhos, Adega
continua cada vez
André Fernando Pinheiro
melhor.
@libertevinhos
Mário Neves 6ROTXHDOHJULɞSRGHUFXUWLUFKXUUDV
YLQKRVHFHUYHMDVFRPDPLJRVH
IDPLOLDUHVUHYLVWDDGHJɞ
Top 100 Vivi Campos @ilovevinhos
Gosto muito das 9DPRVSDUɞ3RUWXJDO"(VVHJXLɞGH
edições de top 100 de YLDJHQVHVWɟLQFU­YHOUHYLVWDDGHJɞ
vocês. Parabéns mais
uma vez. Há sempre
uma seleção muito
criteriosa de vinhos
e ainda uma lista dos
melhores abaixo de
R$ 100, que é minha
preferida. Gostei
também da seleção
de vinhos nacionais,
com os 20 melhores. 5RGROIR0DFKDGR0RXUɞ
Há alguns que preciso @adega_do_rodolfo
(QFHUUDGRPDLVXPGLɞGH&RSɞGR 5RGULJR&RVWɞ$OYHV
provar. @sommrodrigoalves
0XQGRPRPHQWRGHYLUDUɞFKDYH
Luiz Marcilio HDSUHFLDURXWUɞGHPLQKDVSDL[µHV '2$OWRVGH3LQWR%DQGHLUɞ
UHYLVWDDGHJɞ UHYLVWDDGHJɞ

8 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 ADEGA
Responde

Vinífera ou
não vinífera,
eis a questão?
“Pode-se misturar uvas
viníferas e não viníferas em um
mesmo vinho?”, questiona o
leitor Jorge Carradore

SEGUNDO A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA,

Ş9LQKRƁQR©RYLQKRGHWHRUDOFR³OLFRGH
RLWRLQWHLURVHVHLVG©FLPRVSRUFHQWRD
(catorze por cento) em volume, elaborado
mediante processos tecnológicos adequados que
assegurem a otimização de suas características
sensoriais e exclusivamente de variedades Vitis
YLQ­IHUDGRJUXSR1REUHVDVHUHPGHƁQLGDVHP
regulamento”. E logo a seguir menciona: “Vinho
de mesa de americanas é o vinho elaborado com
uvas do grupo das uvas americanas e/ou híbridas,
podendo conter vinhos de variedades Vitis
vinífera.”
2XVHMDSHODOHLYLQKRVGLWRVƁQRVV³SRGHP
ser feitos com variedades Vitis vinífera, espécies de
uvas consideradas mais propícias para a produção
de vinho. Elas também são convencionalmente
chamadas de cepas “europeias”, que podem
ser, por exemplo, Cabernet Sauvignon, Merlot,
Chardonnay, Sauvignon Blanc, só para citar
algumas das mais conhecidas. Caso o vinho
contenha alguma variedade que não faça parte do proibido e tampouco quer dizer que o vinho
rol das Vitis viníferas, tal como as Vitis Labrusca será pior do que um feito exclusivamente com
(chamada de “vinha americana”), ou ainda uvas “uvas europeias”, apenas que, pela legislação,
K­EULGDVHOHQ£RSRGHVHUURWXODGRFRPŞƁQRş Q£RSRGHU¡VHUURWXODGRFRPRƁQR+RMHFRP
apenas como “de mesa”. cada vez mais informação e diversidade, alguns
Alguns exemplos de “americanas” famosas produtores têm resgatado tradições e, com isso,
no Brasil são Bordô, Concord e Niágara – cuja variedades usadas por seus antepassados
maior parte é consumida in natura. Entre as para criar vinhos. Dessa forma, a
híbridas, Isabel certamente é a mais conhecida. qualidade acaba dependendo menos HQYLHVXDVGºYLGDV
Atualmente, diversos produtores têm elaborado da espécie de uva, e mais da habilidade SDUɞUHGDFDR#
rótulos usando “uvas americanas” e híbridas, e engenhosidade do enólogo para UHYLVWDDGHJDFRPEU
e alguns as utilizam também em blends com YLQLƁFDUGDPHOKRUPDQHLUDTXDOTXHU
Vitis viníferas. Deve-se frisar que isso não é que seja a cepa.

10 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 PERFI L
$8% (57  '(  9 , // $, 1 (

As últimas safras
de um ícone
ADEGA esteve com Aubert de Villaine na
apresentação da safra 2019 de Romanée-Conti

por5REHUWR6RX]ɞ/H£R &RQIUɞ'2)LOKRV

NUM DISCRETO LUGAR NO animado
bairro de Quartier Latin, em Paris,
acontece, todos os anos, o lançamento da
mais recente safra dos cultuados vinhos do
Domaine de La Romanée-Conti. A Grains
Nobles, a mais antiga escola de degustação
de Paris, e os vinhos são apresentados
pessoalmente por Aubert de Villaine,
enólogo, sócio e diretor-gerente da DRC.
É a única ocasião em que ele apresenta
SXEOLFDPHQWHRVVHXVYLQKRVHRQGHDƁUPD
se sentir “em família” e feliz por degustar
os seus vinhos com pessoas que entendem
e sabem apreciar. “É a única degustação
[de apresentação de safras] que faço
publicamente, então é uma tradição”, diz o
HQ³ORJRTXHRƁFLDOL]RXVXDDSRVHQWDULDQR
começo de 2022.
Neste ano, compondo a mesa de
apresentação junto com Aubert de Villaine,
HVWDYDPRDQƁWUL£RSURIHVVRUHSURSULHW¡ULR
da escola, Pascal Marquet, além de dois
dos críticos mais aclamados da França:
Michel Bettane e Bernard Burtschy.
Na plateia, apenas 12 “eleitos” dentre
incontáveis pessoas que disputam todos
os anos uma vaga neste exclusivo evento.
Assim como no ano passado, fui o único
representante das Américas na degustação.
Um privilégio. Neste ano, o evento também
teve a participação do divertido François
Audouze, um dos maiores colecionadores
de vinho do mundo e especialista e amante
dos rótulos “ultra antigos”, como ele
mesmo gosta de dizer.
Após a degustação dos vinhos da safra
de 2019, tive a honra de conversar por
alguns minutos com Aubert de Villaine,
que me contou um pouco sobre a sua
fantástica trajetória no mundo dos vinhos.
E, como se não bastasse tamanha “sorte”,
ainda fui convidado para jantar com ele, os
organizadores e os críticos.
Os organizadores me pediram para
levar um vinho tinto brasileiro para
o jantar. Levei o Sabina Syrah 2021,
da Sacramentos Vinifer, por ter sido
o vinho brasileiro mais bem avaliado
pelo Guia Descorchados em 2022.
Todos demonstraram interesse em
provar algo novo e diferente. Foi um
momento inesquecível, com muito
compartilhamento de informações e troca
de conhecimento.

12 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 Grandes vinhos
Grains Nobles, a Neste ano, foram apresentados os
mais antiga escola vinhos da safra de 2019 do Domaine
de La Romanée-Conti. Degustamos
de degustação todos os oito vinhos produzidos
de Paris, é palco pela propriedade, na seguinte
ordem: Corton, Échezeaux, Grands
da apresentação Échezeaux, Romanée St. Vivant,
Richebourg, La Tâche, Romanée-
das safras mais Conti e, por último, o branco
recentes de Montrachet.
Todos, obviamente, estavam
Romanée-Conti fantásticos e ainda melhores que
os da safra anterior, 2018, mas me
chamaram a atenção quatro deles:
a qualidade atingida pelo Corton,
que deveria ser o mais “simples” da
noite. Um vinho super aromático
e perfumado, com muita fruta
vermelha, encorpado, fresco, elegante
e com taninos extremamente suaves.
O La Tâche, que impressiona com seu
QDUL]ƂRUDOHJUDQGHFRPSOH[LGDGH
um vinho estruturado e potente,
apesar de super elegante como todos
os demais, sendo o mais robusto da
14 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
noite. O Romanée-Conti, que beira
DSHUIHL§£RFRPDURPDVGHƂRUHVH
especiarias, ultra potente e complexo.
Já estava divino, apesar de muito
jovem. Não consigo nem imaginar
o quão maravilhoso se tornará
este vinho com o passar dos anos e
G©FDGDV3RUƁPR0RQWUDFKHWºQLFR
branco e servido por último (sim,
na Borgonha é comum servirem os
brancos após os tintos). Um mel que
enche e derrete na boca, com muita
IUXWDPDGXUDHXPDLQƁQLGDGHGH
referências que saltam à mente a cada
gole (pera, pêssego, tangerina, mel,
etc.).
A safra 2019
Durante a prova, Aubert de Villaine
comentou as nuances da safra
2019 na Borgonha. “Foi um ano
muito emocionante que ainda
SRGHPRVFODVVLƁFDUFRPRI¡FLOř
em comparação com outros anos
difíceis”, pondera ao analisar as
questões climáticas. Segundo ele, o
inverno pouco chuvoso contribuiu
decisivamente no ciclo, pois diminuiu
as reservas hídricas para os períodos
seguintes. “Há anos em que existe
uma reserva de água que pode ser
muito importante para o que vem
depois. Mas não foi o caso em 2019. E
o calor começou muito cedo, então a
brotação foi precoce”.
“O risco de geada com a brotação
precoce tem sido o problema de
muitas safras recentes, mas passamos
o período com bastante facilidade. E
esse calor continuou, estava sempre
quente. O trabalho foi acelerado por
causa disso o tempo todo”, lembra
De Villaine. “Dessa forma, o ritmo
normal dos trabalhos de poda,
formação de brotos, etc., que antes
eram bem espaçados, agora estão se
acumulando uns sobre os outros, o
que causa problemas; no futuro isso
certamente exigirá uma organização
um pouco diferente do trabalho”.
O calor e a seca aceleraram a
ƂRUD§£RFXMRSHU­RGRDFDERXVHQGR
mais longo do que o convencional,
criando bagas menores. “Tivemos
Segundo Aubert de
um período muito quente em junho Villaine, dados da
e terminamos com ondas de calor. E
continuou em julho com mais uma vinícola mostram
onda de calor”. Isso causou uma que safra 2019 foi
aceleração incrível na maturidade.
Segundo o experiente enólogo, muito parecida com
diante desse cenário, o sol pode
queimar os bagos e fazer com que a
a safra de 1865
videira se “bloqueie”. “Ela bloqueia
a maturidade porque está estressada
com o calor. E, infelizmente, o
risco é que ela entre no modo de
VREUHYLYªQFLD6LJQLƁFDTXHHOD
abandona a uva, deixando as bagas
secar ao sol e literalmente tenta
sobreviver”. De Villaine acredita que
em 2019 esse fenômeno não ocorreu
devido, em parte, à biodinâmica e ao
controle de rendimentos de DRC.
3RUƁPYHLRXPSRXFRGHFKXYD
ŞRVXƁFLHQWHSDUDGHVEORTXHDUH
depois disso, a maturidade foi muito
rápida”. Ele comentou que gostaria
de ter aguardado um pouco mais para
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 15
 “‘Vai ser um ano em que “a maturidade fenólica fosse
totalmente atingida, mas correria
que tudo vai secar e o risco de perder o frescor. Era
vamos acabar com absolutamente necessário evitar o
amadurecimento excessivo.”
as uvas sem sumo?’ “Francamente, no mês de julho,
E foi uma surpresa nos perguntamos o que faríamos.
Vai ser um ano em que tudo vai
divina quando secar e vamos acabar com as uvas
sem sumo? E foi uma surpresa
descobrimos nas divina quando descobrimos nas
cubas estas uvas FXEDVHVWDVXYDVTXHƁQDOPHQWH
ƁFDUDPEDVWDQWHVXFXOHQWDVHFRP
que finalmente HVWDVFRUHVPDJQ­ƁFDVşUHVXPHH
ficaram bastante complementa dizendo que foi buscar
nos arquivos da vinícola dados que
suculentas e se comparassem com a safra 2019.
“Procurei e o que encontrei foi o
com estas cores ano de 1865, nas notas do vinhateiro
magníficas” DQFHVWUDOFRPDQRWD§µHVGHXPSHUƁO
bastante idêntico de temperaturas
muito altas e uma vindima quase
igual nas mesmas áreas. Já 1864 foi
XPDVDIUDEHPSU³[LPDGRSHUƁO
do ano 2018. Então isso demonstra
algo que acredito muito, ou seja, a
LQƂXªQFLDGDVVDIUDVXPDVQDVRXWUDV
16 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
5HDOPHQWHK¡PXLWDLQƂXªQFLDR
que leva a pensar muito sobre o que
pode ser feito para proteger as nossas
colheitas”, conta.
Em conversa posterior, De
Villaine adiantou um pouco sobre
a safra 2020. “Foi uma temporada
quente novamente. Tivemos 18,
19 e 20; três safras de temporadas
muito quentes em seguida. E é nesse
tipo de safra que, tipicamente em
nossas mentes entendemos que,
para vindimar, é importante que as
uvas estejam maduras. Ao mesmo
tempo, é tão importante ter a certeza
de manter o frescor. Ou seja, a data
da colheita é mais importante do que
nunca, e você tem que decidir a data
não só pela maturação, mas também
pelo frescor. Isso tudo leva ao que
fazemos atualmente, por exemplo,
quando selecionamos as vinhas para
multiplicar no vinhedo. No momento,
procuramos uma Pinot Noir de
maturação tardia. Mas, há apenas dez
anos, estávamos buscando uma de
amadurecimento precoce”.
Uma breve conversa com
Aubert de Villaine
Depois da apresentação dos vinhos de 2019 de Romanée-
Conti, tivemos a oportunidade de falar reservadamente
com Aubert de Villaine, que, devemos lembrar, está se
aposentando de suas funções de gestão no domaine –
dando lugar ao seu sobrinho Bertrand de Villaine – e vai
continuar apenas no conselho de decanos da empresa.
9RFªYDLVHDSRVHQWDU&RPRYªRIXWXURGH
5RPDQ©H&RQWL"
Vejo uma boa continuidade, porque meus sucessores
estão trabalhando comigo há, sei lá, oito ou dez
anos agora, então acho que a continuidade está bem
garantida.
$RORQJRGHVVHVPXLWRVDQRVQRPXQGRGRYLQKR
YRFªYLXWHQGªQFLDVHPXGDQ§DVLQFRQW¡YHLV&RPR
OLGRXFRPLVVR"
Temos visto muitas mudanças desde 1965, desde que
estou neste negócio. Muitas coisas acontecendo e
mudando. As coisas também mudaram no domaine,
pois aprendemos questões vindas da ciência,
aprendemos coisas sobre o clima... Aprendemos coisas
FRPDH[SHULªQFLDHQW£R©FODURYLPRVHƁ]HPRV
algumas mudanças, mas não são grandes. Não são
revoluções. São coisas pequenas, sabe... só tentando ser
melhor a cada ano.
9RFªLQVSLURXRWUDEDOKRGHPXLWDVSHVVRDVPDV
TXHPLQVSLURXRVHXWUDEDOKR"
Fui inspirado por pessoas com quem trabalhei e
por pessoas que vieram antes de mim. Por pessoas
que lidaram com o domaine, por pessoas que talvez
ninguém conheça, como meu avô, por exemplo. Eu fui
realmente inspirado por ele, lendo o que ele escreveu.
Isso realmente me inspirou. Eu fui inspirado por alguns
livros também sobre a Borgonha… E fui inspirado
por muitas pessoas que conheci há vários anos, como
Robert Mondavi, por exemplo. Ele era uma pessoa muito
inspiradora porque queria ser competitivo, sabe... queria
fazer grandes vinhos, como os nossos, e foi inspirador
conhecer pessoas assim que fazem você estar nas pontas
dos cascos sempre, com eles dizem.
,QYROXQWDULDPHQWH5RPDQ©H&RQWLDMXGRXɞFULDU
XPɞQRYɞFDWHJRULɞGHYLQKRVTXH©RYLQKRFRPR
LQYHVWLPHQWR&RPRYªLVVR"
Somos totalmente contra essa ideia e digo: as pessoas
que tentaram fazer vinho como fundo de investimento,
todos foram a falência. Todos os que conheço faliram.
O vinho não é feito para investimento. As pessoas que
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 17
 “O vinho não é feito para
investimento. As pessoas
que puderem comprar
vinho a um determinado
preço ou possuam um
vinho que demorou anos
para envelhecer, deveriam
estar extremamente felizes
por poderem beber este
vinho e não pensar no
valor dele. Devem pensar
no prazer”

puderem comprar vinho a um determinado preço ou

possuam um vinho que demorou anos para envelhecer,
deveriam estar extremamente felizes por poderem beber
este vinho e não pensar no valor dele. Devem pensar
no prazer. Mas há muito dinheiro no mundo vinho hoje
em dia. Sabe, 30, 40 anos atrás, fazíamos vinhos para as
pessoas comprarem, guardarem na adega e beberem.
Hoje com toda essa especulação, há muito dinheiro. Mas
nos mantemos completamente fora deste mundo.

&RPRYRFªYªRIXWXURGɞYLWLFXOWXUɞQɞ%RUJRQKɞ
GLDQWHGDVPXGDQ§DVFOLP¡WLFDV"
Diante das mudanças climáticas, nossa posição é se
adaptar. Adaptação. Temos ajudado as vinhas a se
adaptarem e temos certeza que as vinhas se adaptam.
Vimos uma prova disso em 2003, na forma como as
vinhas sofreram naquele ano e como receberam as
condições de muito calor. É mesmo uma questão de
adaptação das vinhas e o nosso dever é ajudá-las a
fazerem isso.
4XDLVGHVD̛RVH[LVWLDPQRSDVVDGRTXDQGR
FRPH§RXɞWUDEDOKDUFRPYLQKRVHTXHKRMHMɟQ£R
H[LVWHPPDLVHYLFHYHUVD"
Quando comecei a trabalhar com vinho, nos anos 1960,
RGHVDƁRHUDYHQGHURYLQKR+RMHRGHVDƁR©FRQWURODUD
distribuição e adaptar os vinhedos às alterações climáticas.
9RFªWHPDOJXPDUUHSHQGLPHQWRRXFRLVDVTXHIDULɞ
GLIHUHQWHVHSXGHVVH"
Claro, muitas coisas que eu faria ou tentaria fazer
melhor. Mas, você sabe... são águas passadas. Águas
passadas. Sem arrependimentos.
9RFªWHPVHXSURMHWRSHVVRDO'RPDLQH$XEHUWH
3DPHOɞ9LOODLQHSRUTXHHVFROKHXWUDEDOKDUFRP
$OLJRW©"
Quando me casei em 1971, não tinha dinheiro. Queria
fazer um vinho próprio e encontrei uma propriedade
abandonada em Bouzeron. Naquela época, eu morava
na Borgonha há seis anos e nunca tinha ouvido falar de
Bouzeron. Descobri que o melhor Aligoté da Borgonha
era feito lá um século antes. Depois, plantamos mais
Aligoté, conseguimos uma denominação de nome
Bouzeron. Foi uma aventura e tanto. Para mim, foi uma
educação fantástica porque, além do domaine, em que o
progresso era muito lento e devido às pequenas nuances
em Bouzeron, pude vivenciar o desenvolvimento de algo
que poderia ser muito mais espetacular.

18 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
BEBA COM MODERAÇÃO

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 19
 Mundovino (9(1726'2081'2'29,1+2
1RYR/D̛WH
Château Lafite Rothschild lança
primeiro novo rótulo de vinho em
100 anos
2&K¢WHDX/DƁWH
lançou a safra 2018 de
sua propriedade Pauillac,
$QVHLOODQGX&K¢WHDX/DƁWH
Rothschild. É o primeiro
ODQ§DPHQWRGD/DƁWHGHVGH
TXH&DUUXDGHVGH/DƁWHTXH
era conhecido como Moulin
le Carruades até a década
presidente executiva da DBR
/DƁWHGLVVHTXHRSURMHWR
remonta a uma sessão de
EOHQGVGDHTXLSH/DƁWHHP
2014 e começou lentamente
com algumas centenas de
magnums todos os anos,
com a equipe vendo como
as garrafas evoluíram. “Em
GHIRLFULDGRQRƁQDO
do século XIX, depois de ter
sido comprado pelo Château
/DƁWHHP
$QVHLOODQGX&K¢WHDX/DƁWH
Rothschild recebeu o nome
de uma aldeia que faz parte
GDSURSULHGDGH/DƁWHGHVGH
a década de 1970 (a casa
originalmente abrigava
trabalhadores agrícolas,
fazendeiros e viticultores de
2021, provamos todos os
testes que produzimos para
todas as safras anteriores e
descobrimos que havia algo
ali. Foi quando a equipe
decidiu lançar este vinho
com a safra 2018”, disse
ela. Vale apontar que 2018
também marcou o 150º
aniversário da aquisição
GR&K¢WHDX/DƁWHSHORV
Rothschild.
/DƁWHFRPVHXVYLQKHGRV
YLV­YHLVGR&K¢WHDX/DƁWH
Rothschild, compreende
GH0HUORW&DEHUQHW
6DXYLJQRQH3HWLW9HUGRW
As uvas de diferentes
SDUFHODVV£RYLQLƁFDGDV
separadamente em tanques
de concreto, madeira e aço
inoxidável, antes de serem
envelhecidas em barricas
antes de serem misturadas.
Saskia de Rothschild,
20 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Atualmente, os vinhedos
de Anseillan estão
sendo reestruturados e
usados para testar novas
técnicas de cultivo com o
objetivo de aumentar sua
biodiversidade, o que faz
parte de um plano mais
amplo para eventualmente
converter todos os vinhedos
da propriedade para
agricultura orgânica e
biodinâmica.
 Hospices
de Beaune
O leilão de caridade Hospices de Beaune da Bor-
gonha atinge US$ 32 milhões
O 162º leilão do Hospices de Beaune arrecadou um total
de US$ 32 milhões, um recorde para qualquer leilão de
vinhos realizado pela Sotheby's e o maior total na história
GRHYHQWREHQHƁFHQWHŞ)RLXPDYHQGDIDQW¡VWLFDşGLVVH
Jamie Ritchie, presidente mundial da Sotheby's.
As receitas do evento anual apoiam a manutenção dos
Hospices Civils de Beaune. Um dos motivos para o recorde

Novo presidente foi o alto número de lotes – 802 barricas, divididos em 620
lotes de vinho tinto e 182 brancos, o maior número desde
2SUH§RP©GLRSRUORWHDXPHQWRXXPVLQDOGH
5LFDUGR0RUDUL©HOHLWRSDUɞSUHVLGLUɞ$%(
otimismo em relação à safra 2022 da Borgonha.
A Pièce des Présidents, uma barrica exclusiva designada
A partir de 1º de janeiro de 2023 a Associação para apoiar uma ou mais instituições de caridade,
Brasileira de Enologia (ABE) passou a ser estabeleceu um preço de venda recorde de mais de US$
conduzida pelo enólogo Ricardo Morari durante 837 mil, sendo comprada em conjunto pela Maison Joseph
o biênio 2023-2024. Eleito por unanimidade, ele Drouhin e Maison Louis Latour, com um adicional de US$
assume o lugar de André Gasperin. 113.000 da Fédération des Négociants-Éleveurs de Grande
O presidente eleito disse que, entre as Bourgogne (uma federação de comerciantes de vinho da
prioridades focadas na Associação estão a retomada Borgonha). O lote foi uma homenagem a Louis-Fabrice
dos Comitês Técnicos com foco na Legislação Latour, falecido em setembro passado, e Romane Drouhin,
e trabalho do enólogo e a atenção especial à ƁOKDGH)U©G©ULF'URXKLQIDOHFLGRHP
Avaliação Nacional de Vinhos, ao Concurso do A Pièce des Présidents, um Corton 2022 feito pela gerente
Espumante Brasileiro e ao Brazil Wine Challenge, do Hospices de Beaune, Ludivine Griveau, incorporou uvas
trazendo inovações, aperfeiçoando regulamentos de três parcelas da fundação: Corton-Bressandes, Corton
e mantendo o rigor técnico, tudo para seguir Renardes e Corton Chaumes. O vinho envelhecerá em um
evoluindo e ampliando a representatividade barril personalizado de 228 litros feito pela tanoaria Maison
das regiões produtoras brasileiras. Ele também Latour, em colaboração com os Hospices de Beaune. A
destacou o compromisso no fortalecimento do UHFHLWDGHVWHORWHHVSHFLDOEHQHƁFLDU¡D3ULQFHVVH0DUJRW
desempenho dos rótulos nacionais em concursos Association, que apoia crianças com câncer, e a organização
e provocou o grupo a planejar a construção da World Vision, cuja missão é ajudar crianças carentes.
sede própria já pensando no cinquentenário da
entidade, que será comemorado em 2026.
Em relação ao quadro social, Morari quer
atuar no aumento do número de associados e em
ações de atualização e aprimoramento técnico
com degustações temáticas, cursos, palestras,
seminários, missões técnicas, bem como a
aproximação com outras entidades de classe e a
promoção de intercâmbio de conhecimento entre
as regiões. A continuidade do trabalho no processo
GHUHJXODPHQWD§£RGDSURƁVV£RGHHQ³ORJRQR
Brasil também faz parte dos objetivos.
Morari quer estreitar laços com as Escolas de
Enologia e institutos de pesquisa, assim como
aproximar a ABE de seus parceiros e a cooperação
com fornecedores da cadeia produtiva.

22 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 VINS de

WORLD WINE, REFERÊNCIA

NA CURADORIA DE VINHOS
DA BORGONHA.

ESTES E OUTROS GRANDES

RÓTULOS, DE RENOMADOS
PRODUTORES DA BORGONHA,
VOCÊ ENCONTRA COM
EXCLUSIVIDADE NA WORLD WINE.

Os primeiros vinhedos da Bourgogne remontam ao período romano, e há quem sustente que os gauleses já eram entusiastas
da viticultura antes da ocupação iniciada por Júlio César. Século após século de incessante trabalho, sobretudo realizado por
monges cistercienses, cada colina foi classificada, cada vinhedo selecionado e os contornos dos vinhos definidos. Hoje, os
vinhos da Bourgogne estão entre os melhores e mais elegantes do mundo e a região é uma grife de prestígio internacional.

worldwine.com.br FAC E B O O K .CO M / WO R L DW I N E B R A S I L - I N STAG R A M .CO M / WO R L DW I N E DISTRIBUIDORA OFICIAL

 Mouton britânico
em 2020
3HWHU'RLJIRLRDUWLVWɞHVFROKLGRSHOR
&K¢WHDX0RXWRQ5RWKVFKLOGSDUɞFULDUɞDUWH
GRU³WXORGɞVDIUɞ
Com ecos de Cézanne, Millet e Van
Gogh em um fascinante devaneio
pessoal sobre o nascimento noturno
de um grande vinho, aparentemente
trazido à vida pela estranha magia de
uma música tocada no violão. Assim
o pintor britânico de origem escocesa
Peter Doig pensou a arte original que
criou para estampar o rótulo da safra
2020 do vinho do Château Mouton
Rothschild. Desde os anos 1940, a
propriedade bordalesa seleciona artistas
para produzir um rótulo exclusivo para
seus produtos.
Neste ano, o artista procurou
criar uma imagem que celebrasse
o crescimento e vindima das uvas,
mostrando os trabalhadores na vinha. “A
pintura mostra algo do que se passa nos
bastidores da produção de vinho, o que
acontece fora do palco, por assim dizer.
É uma espécie de ode aos trabalhadores,
a todos os intervenientes nas várias
IDVHVGRYLQKRDQWHVGHƁQDOPHQWHVHU
engarrafado. É um sonho com traços
românticos, como se alguém decidiu
espontaneamente cantar nas vinhas.
É um momento de poesia, onde você
pode tomar o seu tempo. Não é nem
realmente dia nem realmente noite, mas
algo no meio, entre acordar e dormir.
Assim é possível vê-lo como uma
progressão, uma viagem de sonho no
mundo da colheita”, apontou Doig.
Nascido em Edimburgo em
1959, Peter Doig cresceu em Trinidad
e Canadá antes de se mudar para
Londres para estudar na St Martin’s
School of Art e Chelsea. Desde 2002
vive entre Londres e Trinidad. Doig
tem sido o selecionado para várias
grandes exposições de museus em todo
o mundo, incluindo na Tate Britain
em 2008, National Gallery da Escócia
em 2013, Fondation Beyeler em 2015
24 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
e o Museu de
Arte Moderna
de Tóquio em
2020. Peter
Doig ensinou
por vários anos,
notadamente
na Academia de
Belas Artes de
Düsseldorf, onde ocupou o cargo
de professor de 2004 a 2017. Ele
também atuou como administrador
na Tate Gallery de 1995 a 2000.
Julien de Beaumarchais de
Rothschild, coproprietário do
Château Mouton Rothschild,
responsável pelas atividades
artísticas e culturais e relações
com os artistas que criam o
original para o rótulo de cada nova
safra, explica: “Queríamos um
artista que usasse tela e material
pictórico para expressar assuntos
ƁJXUDWLYRV,QLJXDO¡YHOFRPR
colorista, Peter Doig se concentra
inteiramente na pintura e se tornou
um dos principais artistas de sua
geração, realizando exposições
em todo o mundo. Há algo muito
especial sobre sua técnica e seu
universo que os diferenciam na
DUWHƁJXUDWLYDFRQWHPSRU¢QHD
Seus assuntos são muito variados,
sua pintura resiste a qualquer
FODVVLƁFD§£RHOHFRQVHJXLXFULDU
seu próprio mundo inimitável.”
Desde 1945, o rótulo de cada
safra de Château Mouton Rothschild é
ilustrado por um artista. Todas as obras Sotheby’s realizou um leilão online
podem ser vistas na exposição Paintings excepcional de um lote exclusivo do
for the Labels, criada pela Baronesa Château Mouton Rothschild 2020 com
Philippine de Rothschild em 1981 e todo o lucro revertido para os bombeiros
em exibição permanente no Château da região de Bordeaux, para ajudar
Mouton Rothschild desde 2013. a fornecer-lhes com equipamento
Aproveitando o momento, a adicional de prevenção de incêndio.
 Antinori expande
no Piemonte
Prunotto comprou vinhedos em Serralunga d'Alba

A Antinori adicionou um
importante vinhedo à sua vinícola
Prunotto no Piemonte, comprando 34
hectares em Cerretta MGA (Menzione
*HRJUDƁFD$JJLXQWLYDVLVWHPDGH
OXJDUHVFODVVLƁFDGRVSDUDYLWLFXOWXUD
do Piemonte) de Serralunga d; Alba por
US$ 9 milhões. O acordo aumenta os
vinhedos e parcelas de propriedade de
Prunotto sob arrendamento de longo
prazo para 78 hectares, incluindo 13
em Barolo e 5 em Barbaresco.
“Já tínhamos uma pequena produção
de Cerretta desde 2017, pois tínhamos
um acordo com um produtor local,
e a partir disso decidimos investir
mais nessa subdenominação porque
ƁFDPRVPXLWRLPSUHVVLRQDGRVFRP
o estilo [de Barolo] do lugar”, disse o
CEO da Antinori, Renzo Cotarella.
Com quase 40 hectares, Cerretta é uma
das maiores MGAs em Serralunga,
com vários produtores de destaque
possuindo vinhas lá, incluindo
Giacomo Conterno, Elio Altare, Azelia,
Luigi Baudana e Schiavenza. A mais
recente aquisição reforça o foco da
Prunotto em vinhos de um único
vinhedo, adicionando este novo local
aos seus crus de Barolo Bussia Vigna
Colonnello Riserva, Barbaresco Bric
Turot (Montaribaldi MGA), Barbaresco
Secondine, Nizza Costamiòle e Barbera
d'Alba Pian Romualdo.
A Prunotto foi fundada na década de
1920 por Alfredo Prunotto. Quando se
aposentou em 1956, ele vendeu para
seu amigo Beppe Colla. Com a ajuda
de seu irmão Tino, Colla começou
a produzir vinhos de vinhedos
únicos nas denominações Barolo
e Barbaresco. Antinori começou a
distribuir os vinhos de Prunotto em
1989 e assumiu o controle total da
empresa em 1994.

26 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 Para o bem da terra
Os vencedores do 6º Prêmio
Torres & Earth
A família Torres apresentou os ganhadores do 6º
Prêmio Torres & Earth em uma cerimônia em Barcelona.
A celebração foi criada para reconhecer players de vários
setores que trabalham para reduzir as emissões de CO2
e promover a sustentabilidade. Os vencedores deste ano
foram: o viticultor Tomàs Peig, da região de Terra Alta, a
vidreira francesa Verallia, a empresa de transportes Juan
Ruiz, de Córdoba, a cidade de Caldes de Montbui, na
província de Barcelona, e o jornalista ambiental espanhol
José Luis Gallego.
As cinco pessoas e entidades premiadas representam
uma ampla gama de iniciativas alinhadas com a abordagem
holística da família Torres para lidar com as mudanças
climáticas. Até o momento, a Torres investiu € 16 milhões na
busca de reduzir sua pegada de carbono, além de ser menos
prejudicial aos ambientes onde produz vinho. Quando
comparado ao início de sua iniciativa verde em 2008, Torres
FRQVHJXLXUHGX]LUDVHPLVVµHVGH&2GDHPSUHVDHPH
DPHWDDWXDO©XPDUHGX§£RGHDW©
“Devemos nos envolver ativamente na emergência
climática e estar prontos para mudar as coisas: temos de
deixar de depender dos combustíveis fósseis, usar energias
renováveis, comer mais pratos vegetarianos, e reduzir
fortemente o uso de plásticos”, disse Miguel A. Torres.
Aumento
Vendas em leilões de vinhos e destilados na
Sotheby's atingiram o recorde em 2022
As vendas de vinhos e destilados da Sotheby's atingiram
um recorde de US$ 150 milhões em 2022, um aumento de
28 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
O prefeito de Caldes de Montbui, Isidre Pineda i
Moncusí (cujo município foi premiado por implementar
uma forte política de energia renovável), fez um discurso
DSDL[RQDGRDƁUPDQGRމLPSRUWDQWHWHUVHPSUHHP
mente que este trabalho é não apenas factível, mas
necessário porque está custando a todos nós.”
Embora cada iniciativa por si só seja louvável, os
prêmios ilustram todo o escopo dos vários esforços,
mostrando uma abordagem para a verdadeira
sustentabilidade. Isso foi enfatizado desde o início dos
prêmios. Em 2019, Torres fundou a International Wineries
for Climate Action em colaboração com a Jackson Family
Wines da Califórnia. O objetivo era trabalhar com outros
produtores (agora com 37 membros em nove países) para
alcançar a sustentabilidade de longo prazo na produção de
vinho e, no mínimo, ser neutro em carbono até 2050.
HPUHOD§£RDRV86PLOKµHVGRDQRSDVVDGR$
empresa realizou 69 leilões de vinhos e destilados ao longo
GRDQRXPDXPHQWRGHPDLVGHHPUHOD§£RD
2YLQKRƁFRXQRWRSRFRPRDSULQFLSDOIRQWHGHUHFHLWD
acumulando US$ 121 milhões em 2022. As vendas de
GHVWLODGRVFRQWLQXDPVXELQGRDQRDDQRSDUD86
29 milhões.
A Sotheby's deve continuar sua expansão na Ásia em
2023. A região continua no topo das vendas da casa de
leilões, realizando mais de um terço do total de vendas
em leilões em 2022, totalizando US$ 54 milhões. A
Sotheby's também informou que os compradores da Ásia
UHSUHVHQWDUDPGDVYHQGDVHPYDORUHVWHDQR
 PUBLIEDITORIAL
Espumante de R$ 30 entre os 10 melhores do mundo
Conde de Foucauld Brut Branco elenca o ranking do
concurso francês Effervescents du Monde. Em 2022, o
rótulo foi um dos mais premiados da Vinícola Aurora
Versáteis, democráticos e elaborados com excelência.
Os espumantes brasileiros já provaram ao mundo a alta
qualidade e a vocação nacional para a bebida mais
refrescante e festiva do país. Referência quando o assunto
são premiações, com 829 em medalhas em concursos
internacionais, a Vinícola Aurora mostrou mais uma vez
porque detém o título de mais condecorada do Brasil.
A gaúcha traz da terra do champagne o ouro para o
Conde de Foucauld Brut Branco, colocando-o entre os 10
melhores do mundo. Custando apenas R$ 30 em média, o
espumante trouxe para casa o mais alto reconhecimento
no concurso Effervescents du Monde 2022, que ocorreu no
início deste mês, em Dijon Burgundy, na França.
Desde 2018, a Vinícola Aurora elenca a lista do certame
e, neste ano, conquistou o ouro pela primeira vez. Além
do Effervescents du Monde, o Conde de Foucauld Brut
Branco conquistou as medalhas no também francês Vinus,
nos ingleses International Wine Challenge e Wine & Spirit
Competition e no húngaro VinAgora, que mais do que o
duplo ouro, foi eleito como Best of Brasil.
“Preço não é necessariamente sinônimo de qualidade e o
espumante Conde de Foucauld Brut Branco é a prova disso.
Em 2022, ele foi um dos produtos mais premiados da Aurora”,
destaca Rodrigo Arpini Valerio, gerente de Marketing da
Vinícola Aurora.
Conde de Foucauld é uma marca democrática, que
alcança uma ampla faixa de consumidores que apreciam
espumantes jovens, agradáveis e fáceis de beber.
O espumante brut é elaborado com uvas Riesling Itálico,
Trebbiano e Moscato. Apresenta aromas de frutas cítricas e
tem sabor bastante marcante e fresco, harmonizando muito
bem com pratos mais leves, devido a sua estrutura.
O produto pode ser encontrado nas lojas da Vinícola Aurora
e redes de supermercados em todo o Brasil.
Conde de Foucauld é um espumante agradável, fácil de
beber e que combina bem com pratos leves
Créditos: Eduardo Benini/Vinícola Aurora

1RYLGDGHV
de Mâconnais
Quatro novos Premier Cru em Pouilly-Loché
e Pouilly-Vinzelles
Quatro novos climats
como Premier Cru em
Pouilly-Loché e Pouilly-
Vinzelles em Mâcon devem
ser reconhecidos nos
próximos meses. Os quatro
locais compreendem Les
Mûres em Pouilly-Loché,
a menor denominação
comunal da Borgonha,
bem como Les Quarts, Les
Longeays e Les Pétaux em
Pouilly-Vinzelles, que juntos
perfazem cerca de 34,5
hectares.
Se concedida, a aprovação
encerraria uma espera
de quase 14 anos, já que
a petição para o status de
Premier Cru foi apresentada
pela primeira vez em 2010.
Jean-Philippe Bret, do e
Domaine de la Soufrandière
disse que a validação do
30 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
status de Premier Cru e a
probabilidade de que isso
aconteça nos próximos
dois anos proporcionaria
“uma grande oportunidade
para todos os vinhos de
Mâconnais.”
“Qualquer mudança no AOC
leva tempo”, disse ele. “Foi
especialmente longo desta
vez, já que os Mâconnais não
tinham nenhum Premier
Cru até Pouilly-Fuissé em
2020. O INAO trabalhou
primeiro nos 3 AOCs juntos,
mas ao mesmo tempo,
como Pouilly-Fuissé era um
processo particularmente
grande, eles decidiram se
concentrar nele. Assim que
terminou, eles continuaram
com Pouilly-Loché e Pouilly-
Vinzelles”, explicou.
Da guerra
ao vinho
3URMHWRWUDQVIRUPDUɟFDPSRPLQDGR
Qɞ8FU¢QLɞHPYLQKHGR
$RUJDQL]D§£RKXPDQLW¡ULDVHPƁQV
lucrativos Roots of Peace anunciou que, em
parceria com o Rotary E-Club da Ucrânia,
começará a trabalhar para remover minas
terrestres na região de Mykolaiv, região histórica
de vinhedos, que, em breve, voltarão a dominar
a paisagem.
Ş&RPRTXDVHGRWHUULW³ULRGD8FU¢QLD
continua contaminado com minas russas, é
nossa forte convicção que, com o apoio da
Roots for Peace, o processo de desminagem na
8FU¢QLDVHU¡UHDOL]DGRGHIRUPDU¡SLGDHHƁFD]
trazendo de volta a vida normal ao nosso povo,
que sofreu com a guerra até agora”, comentou
Dmytro Kushneruk, Cônsul-Geral da Ucrânia
em São Francisco, Estados Unidos, em um
comunicado à imprensa.
A Roots of Peace possui longo histórico de
GHVPLQDJHPHPWHUULW³ULRVGHFRQƂLWRV
e posterior plantações em seus locais. A
organização já passou por Croácia, Bósnia-
Herzegovina, Afeganistão, Angola, Azerbaijão
e Vietnã. Mykolaiv é considerada um dos
melhores terroirs da Ucrânia, sua localização ao
sul do país, às margens do rio Bug Meridional,
garante dias quentes e noites frias, tornando-se
ideal para uvas como Riesling, Muscat e Pinot
Noir.
\
 A flutuações do mercado
Relatório final de 2022 da Liv-ex aponta tendências
Em seu relatório anual de 2022, a
Lix-ex apontou que todos principais
índices subiram no acumulado do
ano. O Liv-ex Fine Wine 100 e o Liv-
ex Fine Wine 1000 atingiram novos
patamares máximos, este último
impulsionado pelos seus subíndices
Burgundy 150 e Champagne 50. Dessa
forma, eles continuaram a superar as
principais ações e commodities este
ano, embora o petróleo permaneça
um pouco à frente em um período de
três anos.
O número de vinhos negociados
(medido como LWIN7s) bateu
RUHFRUGHGHHRYLQKRƁQR
continuou a superar as ações e
commodities ao longo do ano. A
UHSXWD§£RGRYLQKRƁQRFRPRXP
ativo alternativo mainstream – tanto
tangível quanto uma proteção contra
DLQƂD§£RřIRLFRQVROLGDGD
Embora o número de vinhos
comercializados tenha aumentado,
DVXELGDIRLGHDSHQDVTXDQGR
32 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
QRDQRSDVVDGRKDYLDVLGRGH
Continuando a tendência da última
década, a participação de mercado
de Bordeaux caiu novamente em
$UHJL£RUHSUHVHQWRX
do comércio total em valor, abaixo
GRVGH$WD[DGHRIHUWD
de Bordeaux caiu abaixo de 0,7 pela
primeira vez em quase dois anos.
Embora ainda esteja no território
positivo (tradicionalmente, o limite do
sentimento positivo do mercado tem
sido uma proporção de 0,5), está longe
GDDOWDGHDOFDQ§DGDQRƁQDOGH
2021. As participações de mercado da
Toscana, Piemonte, Califórnia e Rhône
também caíram.
A participação de mercado foi
reduzida pelo foco aparentemente
implacável do mercado na Borgonha e
Champagne. A participação comercial
GD%RUJRQKDDXPHQWRXGHSDUD
HDGH&KDPSDJQHGHSDUD
 UHFRUGHVSDUDDPERV
Segundo a conclusão do relatório, as
perspectivas para 2023 não são das
melhores. “Apesar de uma recente
alta nos mercados de ações e títulos,
eles continuam dominados pela
volatilidade. Há um debate intenso
HQWUHRVFRPHQWDULVWDVƁQDQFHLURV
e economistas sobre até que ponto
as taxas de juros precisarão subir
SDUDFRQWHUDLQƂD§£R1LQJX©P
sabe. E assim, pode-se esperar que a
volatilidade permaneça. Mas ainda
existem muitos pontos positivos para
RPHUFDGRGHYLQKRVƁQRV2YLQKR
ƁQRFRQWLQXDDRIHUHFHUUHODWLYD
estabilidade e atua como um hedge
LQƂDFLRQ¡ULR2DXPHQWRGDLQƂD§£R
e, com ele, o aumento das taxas de
juros reduzirão o apetite por risco,
mas isso provavelmente afetará uma
minoria de rótulos (aqueles mais
especulados) e não o mercado como
um todo. Os preços em todas as
regiões continuaram a subir em 2022
e, na maioria dos casos, foram ganhos
constantes”.
Rosé de Bruel
$WRUIUDQFªV3DWULFN%UXHOWHUɟVHXSULPHLUR
YLQKRHP

O cantor e ator francês Patrick Bruel revelou que

lançará um rosé orgânico de seu Domaine de Leos
na Provença, produzido em parceria com a Rhône
vigneron. O Domaine de Leos Cuvée Augusta Rosé
2022 é uma mistura de Grenache, Bourboulenc e
Vermentino e deve estar disponível no começo de
2023. Além de ator e cantor, Bruel é ainda um jogador de
pôquer famoso e comentarista de televisão da World Series as vinhas há anos abandonados foram preservados, para
of Poker. permitir uma recomposição sustentável. Embora tenha
O trabalho foi inspirado na visão de sustentabilidade de adquirido a propriedade em 2007, o plantio de 32 hectares
Bruel, que se preocupou com a reestruturação, plantio e ocorreu apenas em 2019.
agricultura orgânica dos vinhedos históricos situados em O projeto contou com o apoio de Nicolas Jaboulet, um
altitude em Ventoux, Luberon e Alpilles, em mais de 100 viticultor de sexta geração do norte do Rhône, que é
hectares. Tanto o edifício histórico do século XII quanto proprietário da Domaine Les Alexandrins.
 '(*867$‡ƒ2

As sete pontes
ADEGA avaliou em primeira mão as safras
mais recentes do ícones da Tenuta Sette Ponti

por$UQDOGR*UL]]R

NA ESTRADA PROVINCIAL QUE vai Vigna dell’Impero. Mas, no ano seguinte

de Arezzo até Florença há sete pontes. Uma
delas é a famosa Buriano, retratada por
Leonardo Da Vinci em sua mais célebre
pintura, a Mona Lisa. Essa foi a inspiração
para o nome da Tenuta Sette Ponti,
localizada nos arredores de Arezzo, em
Castiglion Fibocchi, na Toscana. Ela nasceu
nos anos 1990 com Antonio Moretti Cuseri,
mas suas origens são mais antigas.
Foi o arquiteto Alberto Moretti Cuseri
quem adquiriu os primeiros 55 hectares
de terra das descendentes da família real
italiana, as princesas Marguerita e Maria
Cristina de Savoy-Aosta nos anos 1950.
Entre os vinhedos adquiridos por Cuseri
estava uma parcela chamada de “Vigna
dell’Impero” (Vinha do Império), plantada
em 1935 pelo duque Amedeo de Savoy-Aosta
e pelo vice-rei da Etiópia para comemorar a
conquista do Império Etíope.
Apesar do entusiasmo de Alberto
especialmente pelas vinhas e oliveiras,
foi somente anos mais tarde, com seu
ƁOKR$QWRQLRTXHDSURSULHGDGHSDVVRX
DYLQLƁFDUVHXVSU³SULRVU³WXORV(P
1998, o primeiro foi Crognolo, feito com
os clones ancestrais de Sangiovese da
já lançou Oreno, feito com uma mescla de
uvas bordalesas, com ligeira maioria de
Merlot, mais Cabernet Sauvignon e Petit
Verdot. Com ajuda de experts em viticultura,
Antonio investiu nessas variedades em
SDUWHVHVSHF­ƁFDVGHVXDSURSULHGDGHFXMRV
solos apresentavam mais argila (para Merlot)
e mais cascalho (para Cabernet), tal qual o
terroir de Bordeaux. Ele também passou à
viticultura orgânica, tornando-se referência
na região.
Em 2004, quando Oreno já era um
fenômeno, Antonio decidiu investir em
outra área da Toscana, em Bolgheri, onde
criou Orma, nas vizinhanças de clássicos
como os vinhedos da Tenuta San Guido, de
Sassicaia. Assim como Oreno, Orma é um
blend estilo bordalês com predominância
GH0HUORWHPFHUFDGHFRPSOHPHQWDGR
por Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.
Recentemente, Stefano Maggini, export
manager da Tenuta Sette Ponti, esteve no
Brasil e trouxe consigo as novas safras dos
mais icônicos vinhos da família Cuseri.
ADEGA provou com exclusividade essas
preciosidades e apresenta aqui em primeira
P£R&RQƁUD

34 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 $QWRQLR0RUHWWL
&XVHULH̛OKRV

AD 25(12̬̪̬̪ AD 250$̬̪̬̪ AD 9,*1$'(//Ʀ,03(52̬̪̫̲

96 7HQXWɞ6HWWH3RQWL7RVFDQD 95 7HQXWɞ6HWWH3RQWL7RVFDQD 95 7HQXWɞ6HWWH3RQWL7RVFDQD
,W¡OLɞ:RUOG:LQH5&RUWH ,W¡OLɞ:RUOG:LQH5&RUWH ,W¡OLɞ:RUOG:LQH57LQWR
WLQWRFRPSRVWRGH0HUORW&D- WLQWRFRPSRVWRGH0HUORW HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDU-
EHUQHW6DXYLJQRQH3HWLW9HU- &DEHUQHW6DXYLJQRQH&D- WLUGHXYDV6DQJLRYHVHGHYLQKDV
GRWFRPHVW¡JLRGHPHVHV
HPEDUULFDVGHFDUYDOKR(VWUXWXUD-
GRHDRPHVPRWHPSRHOHJDQWHH
SUHFLVRDSUHVHQWɞQRWDVGHIUXWDV
QHJUDVPDGXUDVHPSLUHXP¡WLFDV
EDOV¢PLFDVGHHVSHFLDULDVHIORUDLV
TXHVHFRQ̛UPDPQRSDODWR7HP
DFLGH]YLEUDQWHTXHUHDO§ɞVXɞIUXWɞ
VXFXOHQWɞHGH³WLPɞTXDOLGDGH
WDQLQRVQXPHURVRVH̛UPHVH̛QDO
SHUVLVWHQWHHSURIXQGRFRPWRTXHV
GHFDVVLVGHFHGURGHDOFD§X]HGH
JUD̛WHOFRRO$0
EHUQHW)UDQFFRPHVW¡JLR
HPEDUULFDVGHFDUYDOKR(VWUXWX-
UDGRSRWHQWHHFRPSOH[RDSUH-
VHQWɞQRWDVGHIUXWDVYHUPHOKDVH
QHJUDVPDGXUDVWRVWDGDVIORUDLV
GHHVSHFLDULDVGRFHVHGHHUYDV
WXGRHPPHLRɞXPFRQWH[WRGH
PXLWɞFRQFHQWUD§£RHSURIXQ-
GLGDGH7HPDFLGH]UHIUHVFDQWH
WDQLQRV̛UPHVHGH³WLPɞWH[WXUɞ
H̛QDOSHUVLVWHQWHFRPWRTXHVGH
DPRUDVGHWDEDFRHGHJUD̛WH
OFRRO$0
SODQWDGDVHPFRPHVW¡JLRGH
PHVHVHPEDUULVGHFDUYDOKR
'HVWDFDVHSHOɞSXUH]ɞHTXDOLGDGH
GHVXɞIUXWɞGHSHƯOPDLVPDGXUR
WDQWRQRQDUL]TXDQWRQRSDODWR
DFRPSDQKDGɞGHQRWDVGHWDEDFR
GHHUYDVGHHVSHFLDULDVHIORUDLV
+DUPRQLRVRHYLEUDQWHWHPDFLGH]
YLJRURVDWDQLQRVDYHOXGDGRVHGH
³WLPɞWH[WXUɞH̛QDOFRPSOH[RH
SURIXQGRFRPWRTXHVGHFHUHMDV
GHWRPLOKRGHFRXURHWHUURVRV
OFRRO$0
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 35
 &2175 $5“78/2

Os fungos
Os microrganismos que podem criar maravilhas

por'DGR/DQFHOORWWL#FRQWUDBURWXOR

VOCÊ JÁ PENSOU SOBRE a IRLRƁFLDOPHQWHGRFXPHQWDGRFRPRXP

importância do fungo nas nossas
vidas? Pode parecer loucura, mas
eles estão mais presentes do que
lembramos e percebemos. As
leveduras, por exemplo, são utilizadas
no processo da fermentação na
fabricação de pão, vinhos e cerveja.
Existem os fungos comestíveis, como
é o caso do champignon. Alguns são
usados na fabricação de antibióticos,
como a penicilina. E existem os
parasitas, que têm uma participação
especial nessa história.
Em uma região de produção de
uvas brancas, elas podem ser atacadas
por um fungo chamado Botrytis
Cinerea, que apodrece os cachos. O que
poderia parecer um desastre, revelou-
se maravilhoso para a produção de
vinhos doces. Por causa desse fungo,
os níveis de acidez e açúcar aumentam
e dão uma complexidade aromática
inigualável. Daí vem o nome noble rot
ou “podridão nobre”.
São dois os expoentes mais
famosos dessa prática: Tokaji e
Sauternes e ambos são produzidos à
partir da Botrytis Cinerea. O primeiro
registro de um vinho produzido a partir
de uvas botrytizadas remete a 1571 e
Tokaji Aszú dos Carpatos na Hungria.
É um vinho que pode envelhecer
por décadas ou mesmo séculos e que
encantou reis, czares, papas e até
escritores como Voltaire, Rabelais e
Goethe.
Proveniente da região de mesmo
QRPH6DXWHUQHVƁFDHP*UDYHV
pertinho de Bordeaux e próxima aos
rios Garonne e Ciron. A temperatura da
nascente do Ciron é mais baixa que a
do Garonne. No outono francês, com
o clima quente e seco, as diferentes
temperaturas dos rios se juntam e
produzem uma névoa que invade
os vinhedos à noite e ajuda a criar o
fungo. Uma das histórias folclóricas
sobre os Sauternes diz que, em 1847, o
Marquês de Lur-Saluces teve que adiar
seu retorno de uma viagem à Rússia.
Ele tinha proibido a colheita sem a sua
SUHVHQ§DHTXDQGRƁQDOPHQWHYROWRX
teve uma surpresa: o vinho nascido dessa
YLQGLPDƁFRXPXLWRIDPRVRQD)UDQ§D
Era o Château d’Yquem, grande ícone
da denominação. Yquem foi o único
Premier Cru Supérieur de Sauternes na
FODVVLƁFD§£RGHGH%RUGHDX[2H[
SUHVLGHQWHDPHULFDQR7KRPDV-HƀHUVRQ
foi um de seus fãs mais apaixonados.

36 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Proteja os tesouros da sua adega

O primeiro seguro
para coleção
de vinhos no Brasil

Você pode nem ter percebido, mas um dos maiores

patrimônios em sua casa é sua coleção de vinhos, e até
então esse tesouro não podia ser protegido com um seguro.

Mas agora o seguro para seus vinhos está disponível no Brasil.

Estruturado no formato all risks, o Seguro Adega Chubb

pode ser adquirido por pessoas físicas para a proteção
dos itens de sua coleção particular.

O Seguro Adega Chubb foi desenvolvido a partir do

conhecimento acumulado pela Chubb na cobertura de bens de
alto valor nos Estados Unidos e na Europa. Para esse lançamento
no Brasil, a companhia buscou a parceria da Inner Editora,
UHVSRQV¡YHOSHOD5HYLVWD$'(*$DPDLVLQƂXHQWHSXEOLFD§£R
especializada em vinhos no país.

Para saber mais e

proteger seus vinhos
acesse:
 89$6

Uva de Levante
Curiosidades sobre a variedade espanhola Bobal
por$UQDOGR*UL]]R

Uma diversidade de uvas cresce na vasta região de ganhado cada vez mais espaço com vinhos em
La Mancha, na Espanha, mas uma variedade tem diversos estilos nas mãos de enólogos visionários.

Toro?
$FUHGLWDVHTXHRQRPH%REDO
YHQKɞGRODWLPGHƨERYDOHƩTXH
VLJQL̛FɞƨIRUPɞGHFDEH§ɞGH
WRXURƩUHIOHWLQGRRIRUPDWRGR /HYH"
cacho. 'XUDQWHPXLWRWHPSRɞ%REDO
HVWHYHUHOHJDGɞɞYLQKRV
PDLVE¡VLFRVPXLWDVYH]HV
Espill YHQGLGRVɞJUDQHOPDVDJRUɞ
$YDULHGDGH© YHPJDQKDQGRSURWDJRQLVPR
FLWDGɞHPXPɞREUɞ QDVP£RVGHHQ³ORJRV
FO¡VVLFɞGɞOLWHUDWXUɞ YLVLRQ¡ULRV
YDOHQFLDQDR(VSLOO
GH-DXPH5RLJQR
V©FXOR;9

Utiel
8PGRVSULQFLSDLVORFDLV
%HQLFDUO³
GHSURGX§£RGɞ%REDO
'XUDQWHPXLWRWHPSR
©ɞGHQRPLQD§£RGH
ɞXYɞWDPE©PIRL
8WLHO5HTXHQDPDV
FKDPDGɞGH%HQLFDUO³GHYLGRɞ
WDPE©PWHPSDUWLFLSD§£R
XPDQWLJRSRUWRPHGLWHUU¢QHR
LPSRUWDQWHHP9DOªQFLD
PDVKRMHHVVHQRPHQ£R©
0DQFKXHOɞH5LEHUɞGHO
PDLVXVDGRSDUɞQ£RFRQIXQGLU
-ºFDU
FRP%HQL&DUORTXH VYH]HV©
FRQIXQGLGɞFRP0RQDVWUHOO

Vinhos Avaliados
AD &$67,//2'(/,5,$ AD /$&$6,//$ AD 0,/+,6725,$6'(
88 %2%$/6+,5$= 93 %2%$/ 90 $/72/$1'21%2%$/
Vicente Gandía, Valência, %RGHJDVH9L±HGRV3RQFH 2018
(VSDQKɞ/ɞ3DVWLQɞ5 0DQFKXHOD(VSDQKɞ:RUOG $OWRODQGRQ0DQFKXHOD(VSDQKɞ&DVɞ
Tinto composto de 80%
Bobal e 20% Shiraz, com
EUHYHSDVVDJHPSRUPDGHLUD
$SUHVHQWɞQRWDVIORUDLVGHHUYDV
e de especiarias envolvendo
VXɞIUXWDOHPEUDQGRDPHL[DVH
DPRUDV&DWLYDQWHHDFHVV­YHO
WHPDFLGH]QɞPHGLGDWDQLQRV
PDFLRVHGHJU£RV̛QRVH̛QDO
médio, com toques terrosos e
GHIXPDGRVOFRRO(0
38 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
:LQH57LQWRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH%REDO
FRPHVW¡JLRGHPHVHVHP
EDUULFDVXVDGDVGHFDUYDOKRIUDQFªV
GHHGHOLWURV6HPSUH
FRQVLVWHQWHPRVWUɞJURVHOKDVH
cerejas maduras acompanhadas
GHQRWDVIORUDLVWHUURVDVGH
ervas e de especiarias doces, que
DSDUHFHPWDQWRQRQDUL]TXDQWRQɞ
ERFD1­WLGRHPXLWRSUHFLVRWHP
acidez vibrante, taninos arenosos e
̛QDOSHUVLVWHQWHHFDWLYDQWHFRP
WRTXHVWHUURVRVOFRRO(0
)ORUD3RUWRɞ3RUWR57LQWR
HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH
XYDV%REDOFRPHVW¡JLRGHPHVHV
HPEDUULFDVGHFDUYDOKRIUDQFªV
*RVWRVRGHEHEHUHFDWLYDQWHHPVXɞ
UXVWLFLGDGHPRVWUɞIUXWDVYHUPHOKDV
e negras maduras no ponto certo
HTXLOLEUDGDVSRUUHIUHVFDQWHDFLGH]
HWDQLQRVGH³WLPɞWH[WXUD7HP̛QDO
persistente, com toques terrosos, de
groselhas e de mirtilos, que pedem
ɞFRPSDQKLɞGHHPEXWLGRVHPJHUDO
OFRRO(0
 DESCUBRA OS MELHORES
VINHOS BRASILEIROS

12ª EDIÇÃO - A MAIOR PARTICIPAÇÃO

DE VINÍCOLAS DE TODOS OS TEMPOS
Avaliamos centenas de rótulos
de produtores de todos os cantos
do Brasil, cobrindo desde nomes
consagrados até pequenos projetos,
DLQGɞGHVFRQKHFLGRVGHERɞSDUWHGR
SºEOLFR9HMɞWDPE©PDVSUHFLRVDVGLFDV
GHYLDJHQVHGHJDVWURQRPLɞSDUɞWRUQDU
VXɞH[SHULªQFLɞDLQGɞPDLVFRPSOHWD

&RPSUHMɟHP
AdegaOnline.com.br
HUHFHEɞHPFDVɞ
/LQGɞHGL§£RHPFDSɞGXUɞ com 288 páginas DISPONÍVEL TAMBÉM NAS MELHORES LIVRARIAS

Esta é uma publicação da Inner Editora Ltda.

 *5 $1'(6
'(*867$‡•(6

100
anos em
um par
de horas
ADEGA esteve na prova vertical histórica
do Château Le Puy em Nova York

por&KULVWLDQ%XUJRV

ERA JUNHO QUANDO RECEBEMOS um
e-mail de Harold Langlais, diretor do Château
Le Puy, convidando para comparecer a uma
degustação em Nova York que contaria com
vinhos de 1921 a 2021, ou seja, 100 anos, da
propriedade de Saint-Émilion, que desde 1610
está nas mãos da família Amoreau.
Não poderíamos recusar a oportunidade
de degustar um século de vinhos, ainda mais
vezes, e como degustador outras tantas vezes
mais. Duas delas junto com o proprietário
da vinícola, Jean Pierre Amoreau. A última
foi uma vertical que incluía até uma
impressionante safra 1955. Posso garantir
que cada vez que degusto este vinho é
emocionante.
Desta vez a família foi representada por
duas novas gerações, o gentilíssimo Pascal
GDVŞ*RWDVGH'HXVşFRQƁUDR45FRGHFRPD
história), portanto, precisamos manobrar um
pouco a nossa equipe (pois Eduardo Milan e
André Mendes já tinham viagens programadas
para Chile e Uruguai). Por minha vez, vesti
o chapéu da AERO Magazine e fui para a
edição de 75 anos da maior feira de aviação de
negócios do mundo na Flórida. De lá, fui direto
para a degustação em Nova York.
São daqueles dias em que você quer estar
muito bem, dormir cedo, uma corrida no
Central Parque, café leve e aqui vamos nós...
Le Puy é um de meus Bordeaux favoritos.
Pude apreciá-lo como consumidor várias
40 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
$PRUHDXƁOKRGH-HDQ3LHUUHHVHXMRYHP
ƁOKRDO©PGRWUDQTXLORHHOHJDQWH+DUROG
Langlais. Embora o local do evento (realizado
na área privada do restaurante Le Bernardin),
os vinhos e os convidados conferissem
uma aura única ao encontro, nossos
DQƁWULµHVFRQVWUX­UDPWXGRFRPRHVS­ULWR
despretensioso e muito elegante de Le Puy.
“Nos esforçamos para fazer um vinho
emocional que engrandece a gastronomia”,
disse Pascal e Harold reforçou: “Fizemos este
evento para compartilhar felicidade e emoção
com vocês e não para nos exibir, queremos que
vocês apenas desfrutem”.
)UDQ§RLV3RLQFHW
/H3X\©RVHJXQGRSRQWRPDLVDOWRGR
GHSDUWDPHQWRGH*LURQGH1£RɦWRɞIRLEDWL]DGR
SHORVURPDQRVHVLJQL̛FɞSRGLXPRXSLFR
Liberdade para provar
O formato da degustação, apesar de
realizado em um dos locais mais exclusivos
de Nova York, o espaço Privé do restaurante
Le Bernardin, era tão descontraído
como poderia com a degustação das 20
safras realizadas num modelo walking
tasting manejado por dois sommeliers
formalmente trajados.
A revista Decanter considera Le Puy um
tesouro que não recebe o reconhecimento
merecido. Acredito que este é um efeito
QHJDWLYRGDH[LVWªQFLDGDFODVVLƁFD§£RGH
1855, incapaz de lidar com grandes vinhos
TXHQDVFHPPXLWRGHSRLVGHVWDIRWRJUDƁD
2QH:LQH3URGXFWLRQ
sempre foram proibidos em seus vinhedos. Saiba mais sobre a
Em 1964, Pierre-Robert Amoreau, pai de história do Château
Jean Pierre foi um dos primeiros membros Le Puy
da organização “Nature & Progrès”,
cujo foco era a agricultura sustentável e
orgânica, além da biodinâmica muito antes
de se tornar uma moda. Harold Langlais
lembra que, quando foi apresentar os
vinhos nos Estados Unidos pela primeira
vez, disse que eles eram biodinâmicos; e os
presentes perguntaram se aquilo era um
tipo de uva.
Le Puy, além das pessoas, tem outras
características especiais. A propriedade
GHXPPRPHQWRHTXHGHƁQLX%RUGHDX[
ser tirada. Junte a isso o isolamento
JHRJU¡ƁFRGR&K¢WHDXHFRPSUHHQGHPRVR
que ocorre. Localizado no topo do mesmo
plateau de argila e calcário rico em fósseis
de Saint-Émilion, Le Puy, a 107 metros de
altitude, é o segundo ponto mais alto do
departamento de Gironde. Não à toa Le
3X\IRLEDWL]DGRSHORVURPDQRVHVLJQLƁFD
podium ou pico.
A família Amoreau está ligada a Le
Puy e à produção de vinhos desde 1610, e
fertilizantes químicos e produtos sintéticos
42 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
©FHUFDGDSRUƂRUHVWDVHGHQWURGD
propriedade há um pequeno “stonehange”
ao qual Jean Pierre atribui muito da energia
e vida que encontramos nos vinhos.
Certamente outro segredo está na
YLV£RGHYLQLƁFD§£RHP/H3X\Ş8VDPRVD
fermentação pelo método de infusão. Ela
começa, continua e para sem nenhuma
ação de nossa parte. Isso permite uma
gentil difusão e potencializa a integração
dos elementos do vinho, em particular os
WDQLQRVUHVXOWDQGRHPWH[WXUDƁQHVVHH
harmonia”.
5RGROSKH(VFKHU

-HDQ3LHUUH$PRUHDX
H3DVFDO$PRUHDX

0DQJɟ'URSVRI
ƨ6WRQHKDQJHƩGɞ *RGWRUQRX/H3X\
SURSULHGDGH IDPRVRQR-DS£R
 3DVFDO$PRUHDX
HVHXMRYHP̛OKR
+DUROG/DQJODLV A degustação
IRUDPRVDQ̛WULµHV
Estabeleci meu iPad em uma das mesas
próximas dos vinhos e decidi percorrer
todos os vinhos dos mais antigos para
os mais novos. Embora pudesse ter
ƁFDGRKRUDVDSUHFLDQGRIRLWXGRPXLWR
SURƁVVLRQDOFRPWHPSRMXVWRRXVHMD
alguns minutos por rótulo. Descartar vinhos
tão especiais dói um pouco no coração, mas
percorrê-los rapidamente permitiu passar
XPƁOPHGHDQRVHPYHORFLGDGH
De todos os vinhos, apenas o 2021
foi decantado antes do serviço, todos os
demais foram abertos e foram apresentados
diretamente. A temperatura estava perfeita
e os vinhos também. Aliás, todas as
garrafas foram inspecionadas, seus níveis
44 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
completados com vinho da mesma safra e
rearolhados antes de virem para Nova York.
A degustação não foi feita com os
rótulos ícones da casa, mas com sua “versão
de entrada” Emilien, que é considerado pela
IDP­OLDXPUHƂH[RGHWRGDVDVSDUFHODVGR
vinhedo. Os ícones foram reservados para o
almoço.
A degustação vertical comportou 20
safras de Château Le Puy Emilien: 1921,
1932, 1944, 1949, 1953, 1957, 1964, 1971, 1977,
1980, 1985, 1987, 1990, 1995, 1998, 2002, 2005,
2012, 2019 e 2021.
Após uma hora e meia para degustar à
vontade, sem masterclasses, marketing ou
discursos, fomos às mesas para o belo menu
harmonizado que coroaria o dia.
AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38<
93 (0,/,(1̫̳̬̫ 98 (0,/,(1̫̳̭̬ 95 (0,/,(1̫̳̮̮ 95 (0,/,(1̫̳̮̳
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
GLVSRQ­YHO1XQFɞGLULɞTXH GLVSRQ­YHO2VPDQXVFULWRV GLVSRQ­YHO2QDUL]© GLVSRQ­YHO9LY­VVLPRQRQDUL]
WHPDQRV(VWɟYLYRFRPR DSRQWDPFRPRXPDQR OLJHLUDPHQWHPDLVYHUGH FRPWRTXHPLQHUDOGHSHGUɞH
DOJXQVGRVH[FHOHQWHVYLQKRV FRPGLDVFRPSUHFLSLWD§£R HPHQRVƨSHUIHLWLQKRƩ JL]2VDURPDVV£RXPSRXFR
GɞG©FDGɞGHH
TXHMɟGHJXVWHL$SUHVHQWɞ
WRQVGHFRXURHWDEDFRHXP
IXQGRGHPHQWRO(PERFD©
H[WUHPDPHQWHVDQJX­QHRPDV
DLQGɞPXLWɞFHUHMɞHHUYDV
HFRPXP̛QDOGHSRU£RTXH
UHYHOɞXPSRXFRPDLVɞLGDGH
GH¡OFRRO&%
PPGLDVFRPJHORH
WHPSHUDWXUɞP©GLɞGHR&
0DLVDXVWHURTXHVHXLUP£RPDLV
YHOKRPDVH[WUHPDPHQWHYLYR
HVXUSUHHQGHQWHPHQWHSRULVVR
SRGHVHPRVWUDUPXLWREHPSRU
PDLVXPDVG©FDGDV2VVHXV
DQRVHPGHYHPVHUXP
PRPHQWRSHUIHLWR$IUXWɞDLQGɞ
HVWɟPXLWRYLYDXQLQGRFHUHMDVH
DPHL[DVIUHVFDV7HPDLQGɞXP
SRXFRGɞXQWXRVLGDGHO¡FWHɞ
GɞERɞPDGHLUɞQHPLPDJLQR
5HYHOɞXPSRXFRPDLV
GHIHUPHQWD§£RLQWHJUDO
0RVWURXVHPDLVSRWHQWH
TXHRVGHPDLVFRPWDQLQRV
SUHVHQWHVDFLGH]YLEUDQWHH
PXLWɞIUXWɞYHUPHOKD7DPE©P
DSUHVHQWɞPDLVHUYDV̛QDVH
FHUWDPHQWH©PDLVPXVFXORVR
TXHRVLUP£RVGH¡OFRRO
&%
PHQRVGHIUXWɞHPDLVIRFDGRV
QRLQFHQVRFKɟHFHGUR
3RGHURVRHPERFDFRP
GHOLFLRVɞDFLGH]TXHEDODQFHLɞ
ɞIRU§ɞGRVWDQLQRV$FHUHMɞ
HVWɟIUHVFɞHSUHVHQWH8P
YLQKRFRPHTXLO­EULRGH
¡OFRRO&%
TXDOSRVVɞVHUPXLWREHP
LQWHJUDGD$DFLGH]HHTXLO­EULR
HVW£RLQFU­YHLVFRPWDQLQRV̛QRV
HSUHVHQWHV1RVDURPDVXP
WHPSHURGHERVTXHHPXVJR
HFKɟQR̛PGHERFDGH
¡OFRRO&%

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 45
 AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38<
93 (0,/,(1̫̳̯̭ 92 (0,/,(1̫̳̯̱ 96 (0,/,(1̫̳̰̮ 94 (0,/,(1̫̳̱̫
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
GLVSRQ­YHO8PDQRFRPFOLPɞ
GHVD̛DGRUGLDVFRP
SUHFLSLWD§£RWHPSHUDWXUɞ
P©GLɞGHR&GLDVGH
WHPSHVWDGHVGLDVFRPJUDQL]R
HGLDVFRPJHOR$SHVDUGH
WXGRLVVRɞIUXWɞOHPEUɞRV
PHOKRUHV%RUJRQKDVQRHVWLOR
GH3DFDOHW(PERFDHVWɟ
OLJHLUDPHQWHPDLVHYROX­GRTXH
GLVSRQ­YHO$URPDVGHFKɟH
HVSHFLDULDVGRFHVDO©PGH
FHUHMɞPDGXUɞHHUYDV(P
ERFDQ£RDFRPSDQKɞRYLJRU
LQLFLDOGRVDURPDV&RPH§ɞ
ɞGHPRQVWUDUXPSRXFRGH
WHPDVQHJDWLYRVGɞHYROX§£RH
PDGHLUDGH¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO0XLWRVXFXOHQWRMɟ
QRQDUL]DSUHVHQWDGRDURPDV
FRPRVDQV£RDQLVPLUWLOR
WDEDFRIORUDODOHFULP$ERFɞ
HVWɟSHUIHLWDFRPXPWRTXH
VDOLQRDFRPSDQKDQGRɞIUXWɞ
IUHVFDXPɞOLQGɞDFLGH]
WRTXHVGHSLPHQWɞEUDQFD
0XLWRYLYRHYLEUDQWHFRP
PXVJRHIORUHVWDIORUHVD]XLV
GLVSRQ­YHO$URPDVGHWHUUɞ
HFDUDPHORFRPIUXWɞYLYD
IUDPERHVDHVSHFLDULDVH
EDOV¢PLFR$SUHVHQWɞPXLWɞ
YLEUD§£RHSURYɞGHTXHɞ
DFLGH]©RFDPLQKRSDUɞɞ
FRQVHUYD§£RGRVYLQKRV
7HPXPWRTXHGHFDL[ɞGH
FKDUXWRHGHIXPDGRQR̛P
GHERFD(VWɟPXLWRERPSDUɞ
RVGHPDLVH[FHWRHP QRIXQGRGHERFD7HPWDQLQRV DSURYHLWDUKRMHHQɞSU³[LPɞ
WHUPRVGHIUXWD$FHUHMɞFRP DLQGɞEHPYLYRVTXHQR G©FDGDGH¡OFRRO&%
FDUR§RPDUFɞRVVDERUHV,QFU­YHO FRQMXQWRFRPIUXWDVHDFLGH]
FRPRRVDURPDVWHUFL¡ULRVHVW£R UHYHODPERQVDQRVSHOɞIUHQWH
DLQGɞGDQGRRVSDVVRVTXHVH GH¡OFRRO&%
HVSHUDULDPHPYLQKRVPDLV
MRYHQV2VWDQLQRVHVW£RD­Hɞ
YLEUD§£RWDPE©P7HPDLQGɞ
XPSRXFRGHF­WULFRGHDEDFD[L
EDOV¢PLFRHFHGUROHYH(VWɟHP
XPERPPRPHQWRSDUɞGHJXVWDU
GH¡OFRRO&%

46 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 )HUWLOL]DQWHVTX­PLFRVHSURGXWRV
VLQW©WLFRVVHPSUHIRUDP
SURLELGRVHP/H3X\

AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38<

95 (0,/,(1̫̳̱̱ 94 (0,/,(1̫̳̲̪ 96 (0,/,(1̫̳̲̯ 97 (0,/,(1̫̳̲̱
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
GLVSRQ­YHO'HPRQVWUɞ
PDHVWULɞSDUɞOLGDUFRPXP
DQRTXHWHYHQDGɞPHQRVTXH
GLDVFRPSUHFLSLWD§µHV
GLDVGHWHPSHVWDGHGLDV
GHJUDQL]RHGLDVFRPJHOR
8PSRXFRGHSLPHQW£RQR
QDUL]MXQWRFRPXPWRTXHGH
FUDYR(PERFDɞIUXWɞRFXSɞ
RSURWDJRQLVPRFRPFHUHMD
7HPXPSRXFRPHQRVGHSHVR
GHWDQLQRVTXHRVGHPDLVPDV
HQFDQWɞMXVWDPHQWHSRUVXɞ
GHOLFDGɞWH[WXUɞFRPSHƯO
PLQHUDO$S³VXQVPLQXWLQKRV
HPWD§DɞFHUHMɞFRPVHX
FDUR§RVHUHYHOɞDLQGɞPDLV
$SHQDVGH¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO$PDGHLUɞWHP
PDLVSUHVHQ§ɞQRQDUL]DVVLP
FRPRIUXWɞPDLVPDGXUɞH
HVSHFLDULDV$VXFXOªQFLɞTXH
VHFRQ̛UPɞPHERFDFRP
WDQLQRVSUHVHQWHVHSROLGRVH
DFLGH]PXLWRERD(TXLOLEUDVH
SHOɞYLEUDQWHDFLGH]HWRTXHV
GHSLPHQWɞYHUGHHQHJUD
3HQVRTXHSRGHPRVVDERUH¡
ORDW©GH¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO2QDUL]WHP
FDPRPLOɞDFRPSDQKDQGR
DVIUXWDVYHUPHOKDVIUHVFDV
FRPRIUDPERHVD)UHVFR
YLYRIHVWHLURYLEUDQWH
ULFRDURP¡WLFRVDERURVR
VXFXOHQWR0HOKRULQWHJUD§£R
GHWDQLQRVIUXWDVHDFLGH]
GRVPDLVQRYRV7HPWRTXH
HQFDQWDGRUGHFKɟSUHWRFRP
WDQLQRVSUHVHQWHVHXOWUɞ
SROLGRVGH¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO8PYHUGDGHLUR
EXTXªGHWDQWDVIORUHV$
IUXWɞHVWɟYLYɞHVXFXOHQWɞ
FRPDPHL[DFKɟ(DUO*UH\XP
EHORWHPSHURGHHVSHFLDULDV
1ɞERFɞWHPDFLGH]YLEUDQWH
HWDQLQRVSRGHURVRVFRP
WH[WXUɞLQFU­YHO(TXLO­EULRH
IRU§ɞSDUɞPXLWDVG©FDGDV
GH¡OFRRO&%
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 47
 (P3LHUUH5REHUW$PRUHDXIRLXP
GRVSULPHLURVPHPEURVGɞRUJDQL]D§£R
ƨ1DWXUH 3URJU¨VƩFRPIRFRQɞ
DJULFXOWXUɞRUJ¢QLFɞ

AD &+‚7($8/(38<
96 (0,/,(1̫̳̳̪
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
AD &+‚7($8/(38<
94 (0,/,(1̫̳̳̯
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
AD &+‚7($8/(38<
96 (0,/,(1̫̳̳̲
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
)UDQ§RLV3RLQFHW
AD &+‚7($8/(38<
96 (0,/,(1̬̪̪̬
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
GLVSRQ­YHO$IUXWɞHVWɟYLYɞ
HIUHVFD3UDWLFDPHQWHXP
SHGD§RGHFDQHOɞHPFDVFD
DPHL[ɞGHOLFLRVɞHFUDYR2V
WDQLQRVV£RPDUDYLOKRVRV$
JDUUDIɞHVWɟXPSLQJRPDLV
FDQVDGɞTXHɞPDV
PXLWRHOHJDQWHFRPHUYDVH
EDOV¢PLFRWDPE©PGH
¡OFRRO&%
48 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
GLVSRQ­YHO(OHJDQWHGHVGHRV
DURPDVFRPIUXWɞD]HGLQKD
7DQLQRVSUHVHQWHVXP
SRXTXLQKRUºVWLFRVDFLGH]
PDUFDQWHGHFHUHMɞEHP
IUHVFD7HPDLQGɞXPWRP
EDOV¢PLFRHXPSHƯOGH
PDGHLUɞVHPFDLUQRO¡FWHR
DO©PGHFLQ]ɞIULɞQR̛PGH
ERFD'HOLFLRVRKRMHHSDUɞRV
SU³[LPRVDQRVGH
¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO9LY­VVLPR
FRPDURPDVGHIORUHVH
HUYDVFRPRPDQMHURQD
0RUDQJRPDGXULQKRWDQLQRV
VXFXOHQWRVDFLGH]YLEUDQWH
HTXLO­EULROɟHPFLPD3RGHULɞ
WHUPHQRVGHDQRVGHW£R
SRGHURVRHVXFXOHQWRDR
PHVPRWHPSR([FHOHQWH
SHVRGHERFɞHWDQLQRVTXH
FRODERUDPSDUɞXPWRTXH
GHOLFLRVRGHUHEHOGLDGH
¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO'HOLFLRVRQDUL]
FRPIORUHXPSRXFRGH
JUDPɞFRUWDGD7HPHVWUXWXUɞ
PDUFDQWHPDVRVWDQLQRV
HQFDQWDPSRUVHUHPW£R
VHGRVRVHPWH[WXUɞPLQHUDO
PHLRFDOF¡ULD$IUXWɞ©IUHVFɞ
FRPFHUHMDVHIUDPERHVD
'HOLFLRVRHTXLO­EULRFRP
HQRUPHSHUVRQDOLGDGH
GH¡OFRRO&%
 $MRUQDGɞ
do álcool
Le Puy, assim como
todo o mundo, trilhou
ɞMRUQDGɞGR¡OFRRO
SDUWLQGRGRVRX
DW©PHQRVSRURLWR
G©FDGDVDW©ɞFKHJDGɞ
dos anos 2.000 quando
XOWUDSDVVɞRV
FXOPLQDGRQRV
GɞVDIUɞ6HSRU
XPODGRHVSHU¡YDPRV
HVVɞMRUQDGɞFRP
DSUHHQV£RQRFDVR
GH/H3X\LVVRQ£RVH
GHXQHJDWLYDPHQWH
$PDWXUD§£RGDV
XYDVVHFRQYHUWHX
QXPɞIHUUDPHQWɞSDUɞ
EXVFDUYLQKRVPDLV
FRPSOHWRVHLQWHJUDGRV
YDORUL]DQGRɞIUXWɞVHP
DEULUP£RGɞDFLGH]2
HTXLO­EULR©RFDPLQKR

AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38< AD &+‚7($8/(38<

98 (0,/,(1̬̪̪̯ 94 (0,/,(1̬̪̫̬ 97 (0,/,(1̬̪̫̳ 97 (0,/,(1̬̪̬̫
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[ &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[
)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R )UDQ§ɞ:RUOG:LQH5 )UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
GLVSRQ­YHO)RU§ɞHHVWUXWXUɞ
HVSHUDGDVQHVWɞJUDQGHVDIUD
$IUXWɞ©O­PSLGɞHSHUIHLWD
8PɞGDVPHOKRUHVVHQ£Rɞ
PHOKRU7HPXPSRXFRGH
GHIXPDGRQXPɞSDUWHGHVXɞ
MRUQDGɞSHORSDODWRPDVQR
̛P©ɞFHUHMɞIUHVFɞEDWLGɞ
FRPFDUR§RTXHSUHYDOHFH
2VWDQLQRVHVW£ROLQGRVH
SRGHURVRVFRPJULSPDV
QɞPDWXUD§£RSHUIHLWD$
DFLGH]HVWɟPXLWRERɞHVXSHU
LQWHJUDGɞDRFRQMXQWR8OWUɞ
JDVWURQ´PLFRGH¡OFRRO
&%
GLVSRQ­YHO8PSRXFRPDLV
O¡FWHRQRTXHRVLUP£RVQR
QDUL]$IUXWɞ©PDLVRSXOHQWɞ
HPDGXUDFRPXPSRXFRGH
FUDYRHRXWUDVHVSHFLDULDV
7DQLQRVERQVHDFLGH]OLQGD
QXPYLQKRPXLWRGLUHWR
GH¡OFRRO&%
SDUɞɞVDIUɞ9LQKD§R
,QLFLɞQRVVɞMRUQDGɞFRPIUXWɞ
OLPSDULTX­VVLPɞHVXFXOHQWD
)UDPERHVɞHRXWUDVIUXWDV
YHUPHOKDVFRPXPSRXFRGH
HUYDVPLQHUDOHFRPFLQ]DV
IULDV7HPWDQLQRVSROLGRV
HSRGHURVRVFRPDFLGH]Qɞ
PHGLGD(UYDVFRPSµHP
DVFDPDGDVGRYLQKRFRP
HTXLO­EULRLQFU­YHOHFRQVWUX­GR
SDUɞQRVWUDQVSRUWDUSRU
G©FDGDVGH¡OFRRO&%
GLVSRQ­YHO)ORUIUDPERHVɞ
SHUIHLWɞWLUDGɞGRS©
3UDWLFDPHQWHXPVXFRFRP
H[WUD§£RQɞPHGLGDWDQLQRV
ƨVWHDOWKƩHDFLGH]PXLWR
EHPLQWHJUDGɞɞWRGRHVWH
FRQWH[WR(PERFDUHYHOɞ
DLQGɞHUYDVIUHVFDVSLPHQWɞ
YHUGHHHVSHFLDULDVOHYHV
(TXLOLEUDGRHPLQHUDOGH
¡OFRRO&%
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 49
 &KHI(ULF5LSHUWGR
UHVWDXUDQWH/H%HUQDUGLQ
VXUSUHHQGHXHPVXDV
O almoço
VXJHVWµHVGHPHQXH O menu e a harmonização
KDUPRQL]D§£R aconteceram sob a batuta do chef
Eric Ripert, que surpreendeu por não
contar com as esperadas carnes de
pato ou bovina. Ao contrário; vegetais,
peixes e frutos do mar tiveram o
papel de acompanhar mais quatro
vinhos, o inebriante Rose Marie 2020,
o torna-viagem Retour des Iles 2016 e
mais dois tintos Barthélemy, o 2006
para o prato principal, e o 2001 para
acompanhar a sobremesa.
Provavelmente por sermos
quem veio de mais longe (os demais
presentes eram dos Estados Unidos
e França) fomos honrosamente
colocados na mesa principal do
almoço junto com Eric Asimov, crítico
do New York Times, e Elin McCoy,
da Bloomberg, além da especialista
em vinhos do Le Mondé e Pascal
$PRUHDX$VLPRYGHƁQLX/H3X\
50 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
como “seus vinhos são marcados pela
pureza, leveza e drinkability que nos
encoraja ao um próximo gole”.
Pascal é genuinamente amigável,
extremamente generoso e franco.
Ao conversarmos sobre o projeto
de umm vinho branco que deve ser
lançado em 2025, ele disse que, em
família, decidiu plantar as variedades
Sémillon, Chardonnay e Viognier.
Quando perguntei o porquê de não
plantar Sauvignon Blanc, típica do
corte branco bordalês, ele respondeu
rindo: “Porque não gosto”.
$RƁQDOGRDOPR§R3DVFDOPH
perguntou qual foi o meu vinho
favorito, e eu disse que, combinando
técnica e emoção, havia sido o 1932.
Pouco depois ele saiu da mesa, voltou
com a garrafa do Emilien 1932 e uma
taça que serviu abundantemente
para mim dizendo que era hora de
aproveitarmos.
Destaques do almoço

3HTXHQRVFRUWHVGH$WXP<HOORZƁQ)RLH
Gras, torradas de baguette e cebolinha
com Château Le Puy Rose-Marie 2020. A
vida e exuberância do clarete Rose-Marie
2020 acompanharam o espetacular peixe
vermelho salpicado com sal e pimenta.

AD /(38<526(Ό0$5,(̬̪̫̳
94 &K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[)UDQ§ɞ:RUOG:LQH
ƣQ£RGLVSRQ­YHO3RXTX­VVLPDVJDUUDIDVYLHUDPDR
%UDVLOHIRLXPGRVYLQKRVTXHPDLVQRVVXUSUHHQGHUDP
HP5RVDGRHODERUDGRSHORP©WRGRVDLJQ©H
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV0HUORWFXOWLYDGDV
GHDFRUGRFRPRVSUHFHLWRVGɞELRGLQ¢PLFDFRP
HVW¡JLRHQWUHHPHVHVHPEDUULFDVXVDGDVGH
FDUYDOKRIUDQFªV$XVWHURQRVDURPDVHQRVVDERUHV
LPSUHVVLRQɞSHOɞTXDOLGDGHGHIUXWɞYHUPHOKɞPDGXUɞ
HQYROWɞSRUQRWDVIORUDLVWHUURVDVGHHUYDVVHFDVHGH
HVSHFLDULDV0DV©QɞERFɞTXHPHUHFHDWHQ§£RFRP
VXɞDFLGH]YLEUDQWHVXɞWH[WXUɞ̛UPHHFUHPRVɞHVHX
̛QDOXQWXRVRHSHUVLVWHQWHFRPWRTXHVGHJURVHOKDV
GHURP£VHGHXPDPLOFRRO(0

Olho-de-boi grelhado, molho de tutano

e cogumelos maitake, com Château Le
Puy Barthélemy 2006. Cortes do peixe
foram montados à esquerda do prato
e ligeiramente maçaricados. Este leve
defumado, junto ao caldo de tutano – que
foi pincelado no centro do prato –, e os
FRJXPHORV GLUHLWDƁ]HUDPDPDJLDGH
combinador o peixe e o Bordeaux tinto de
forma impressionante.

AD &+‚7($8/(38<
95 %$57+‰/(0<̬̪̪̰
&K¢WHDX/H3X\%RUGHDX[)UDQ§ɞ:RUOG:LQHƣQ£R
GLVSRQ­YHO)UXWDGRHYLEUDQWHFRPOLQGɞWH[WXUɞ
FRQVWUX­GɞSHORVWDQLQRVHDFLGH]8PGHOLFLRVRVXFR
GHIUDPERHVɞFRPPLUWLORVHRSHƯOGH%RUGHDX[
DSDUHFHFRPRXPWHPSHURQR̛QDO&%

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 51
 *5 $1'(6
'(*867$‡•(6

Grandes vinhos
uruguaios
ADEGA esteve no Uruguai e degustou in loco mais de
250 vinhos e selecionou os melhores

por$QGU©0HQGHVH(GXDUGR0LODQ

É DIFÍCIL PARA OS ENÓFILOS DISSOCIAR o

Uruguai dos vinhos Tannat. E não é à toa, pois essa
é a variedade que tornou famosa a vitivinicultura
uruguaia no exterior e está intimamente ligada à
história do cultivo das primeiras vinhas comerciais
do país. Mas, apesar de a casta ser um marco e um
emblema do vinho uruguaio, a viticultura do país
oferece muito mais, sendo palco de uma indústria
efervescente, com uma diversidade de vinhos e
com uma oferta riquíssima de enoturismo.
Hoje, convivem harmoniosamente em território
uruguaio desde pequenas vinícolas artesanais, com
produções limitadas e recepções intimistas, até
grandes empreendimentos, com atrações de alto
luxo. Em termos de vinho, mesmo o emblemático
Tannat, que hoje representa mais de um quarto
dos vinhedos do país, não se resume a uma só
vertente, apresentando atualmente diversas facetas
dependendo da região em que é produzido e da
ƁORVRƁDGRSURGXWRU$O©PGLVVRK¡GLYHUVDV
castas a serem exploradas entre tintas e brancas,
assim como microrregiões, cujos cultivos ainda são
relativamente recentes e, aos poucos, mostram seus
verdadeiros potenciais. Por tudo isso, o Uruguai
hoje é um país a ser observado com muita atenção
no mundo do vinho sul-americano.

52 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
%RGHJɞ*DU]³Q
 ADEGA
no Uruguai

ADEGA teve o privilégio

de degustar in loco 281
amostras de 39 produtores
QRƁQDOGRVHJXQGR
semestre de 2022. Uma
avaliação abrangente que
abarcou as principais áreas
de produção vitivinícola do
Uruguai (Artigas, Paysandú,
Colonia, San José,
Canelones, Montevidéu,
Durazno, Lavalleja, Rivera
e Maldonado). Temos
acompanhado de perto o
vinho uruguaio desde 2010
e é notável o aumento do
nível médio de qualidade no
decorrer dos últimos anos.
Os números dessa nossa
DPSODSURYDFRQƁUPDP
isso, dos 234 vinhos
FODVVLƁFDGRVWLQWRV
50 brancos, 15 rosés, 11 da zona de Monção, em &RQƁUDDVHJXLUDOLVWD
HVSXPDQWHVHIRUWLƁFDGR Portugal, onde é conhecida dos 50 melhores vinhos
DSUR[LPDGDPHQWH
receberam 90 pontos ou
mais, ou seja, 168 vinhos.
Entre as variedades tintas,
além de, obviamente, Tannat,
FRPR$OYDULQKRƁJXUDUDP
entre os melhores exemplares
brancos. Essa última se
adaptou bem às condições
climáticas do país (com grande
degustados durante nossa
estadia em Montevidéu. O
top 10 está apresentado aqui
com suas resenhas. Para os
40 seguintes, as resenhas
destacaram-se também
alguns exemplares de Merlot
e de Cabernet Franc, que vêm
produzindo ano após ano cada
vez melhores resultados, tanto
em varietais quanto em blends.
Chardonnay, Sauvignon Blanc
e principalmente Albariño
(casta típica da Galícia, na
Espanha e da região do
0LQKRPDLVHVSHFLƁFDPHQWH
54 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
LQƂXªQFLDRFH¢QLFDHYHP
originando vinhos excelentes,
especialmente nas zonas
de Maldonado e Canelones.
Nessas áreas estão importantes
produtores como Bouza,
pioneiro com a variedade no
país, Bodega Garzón, Cerro
del Toro, Familia Deicas e
Compañía Uruguaya de Vinos
de Mar.
podem ser acessadas pelo QR
code ao lado dos respectivos
QRPHV3RUƁP
as avaliações dos
outros vinhos
avaliados podem ser
acessadas no site
www.revistaadega.
com.br ou no QR
code ao lado. Bom
proveito!
1
9LQ­FROɞ%RX]DXPɞGDVPDLV
AD &203$‘$858*8$<$ WUDGLFLRQDLVGR8UXJXDL
95 '(9,126'(0$5
6,(55$'(/$63$/0$6
$/%$5,‘2̬̪̬̪
&RPSD±­ɞ8UXJXD\ɞGH9LQRVGH0DU
0DOGRQDGR8UXJXDL9LQRWHUUɞ5
%UDQFRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLU
GHXYDV$OEDUL±RFXOWLYDGDVHPVRORV
JUDQ­WLFRVFRPDOJXPɞSRUFHQWDJHPGH
DUJLODVQɞ]RQɞGH3LUL¡SROLV0DOGRQDGR
FRPIHUPHQWD§£RHVSRQW¢QHɞHHVW¡JLR
GHPHVHVHPIRXGUHVRYDLVGHFDUYDOKR
7HQVRHYLEUDQWHPRVWUɞIUXWDVEUDQFDV
HGHFDUR§RGHSHƯOPDLVPDGXUR
HVFROWDGDVSRUQRWDVIORUDLVGHHUYDVHGH
HVSHFLDULDVTXHDSDUHFHPWDQWRQRQDUL]
TXDQWRQɞERFD8QWXRVRHYHUWLFDODR
PHVPRWHPSRWHP̛QDOFKHLRHSURIXQGR
FRPWRTXHVUHGXWLYRVF­WULFRVGHDEDFD[L
IUHVFRHGHXPDPLOFRRO(0

2 AD %28=$3$5&(/$
94 š1,&$%̰7$11$7̬̪̫̳
%RX]D&DQHORQHV8UXJXDL'HFDQWHU
57LQWRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWH
ɞSDUWLUGHXYDV7DQQDWDGYLQGDVGɞ 9LQKHGRVGɞYLQ­FROɞ
3DUFHOɞ%HP/DV9LROHWDV&DQHORQHV %UDFFR%RVFɞ
FRPHVW¡JLRGHPHVHVHPEDUULFDVGH
FDUYDOKRIUDQFªVHDPHULFDQR8PDQR
PHQRVTXHQWHDSRUWRXXPSHƯOPDLV
IOXLGRHYHUWLFDODRYLQKRHPTXHVXɞ
DFLGH]YLEUDQWHHVHXVWDQLQRV̛UPHVH
̛QRVHQYROYHPVXDVIUXWDVYHUPHOKDV
HQHJUDVPDGXUDVQRSRQWRFHUWR
FRQIHULQGRSURIXQGLGDGHDRFRQMXQWR
(VWUXWXUDGRHSRWHQWHWHP̛QDOFKHLR
HSHUVLVWHQWHFRPWRTXHVGHDPRUDV
GHDPHL[DVGHDOFD§X]GHF¢QIRUɞH
GHIORUHV0DLVXPɞ³WLPɞHGL§£RGHVVH
3DUFHOɞ%OFRRO(0

3 AD *5$120%š
94 &$%(51(7
)5$1&̬̪̬̫
%UDFFR%RVFD&DQHORQHV8UXJXDL&DQWX
57LQWRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞ
SDUWLUGHXYDV&DEHUQHW)UDQFFXOWLYDGDV
HP$WO¡QWLGDFRPHVW¡JLRGHPHVHVHP
EDUULFDVGHFDUYDOKR)OXLGRHJRVWRVRGH
EHEHUPRVWUɞIUXWDVYHUPHOKDVHQHJUDV
GHSHƯOPDLVIUHVFRVHJXLGDVGHQRWDV
IORUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDVTXH
VHFRQ̛UPDPQRSDODWR&KDPɞDWHQ§£R )RUDPYLQKRV
SHOɞDFLGH]YLEUDQWHSHORVWDQLQRV̛UPHV
HWHQVRVHSHOR̛QDOQ­WLGRHSHUVLVWHQWH FODVVL̛FDGRVVHQGR
FRPWRTXHVGHDPHL[DVHGHWDEDFR
6HPSUHFRQVLVWHQWHHVVɞ©ɞPHOKRUVDIUɞ WLQWRVEUDQFRVURV©V
GHVVHYLQKRSURYDGɞSRU$'(*$DW©R
PRPHQWROFRRO(0
HVSXPDQWHVHIRUWL̛FDGR

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 55
9LQKHGRVHYLQ­FROɞDEDL[RGɞ
YLQ­FROɞ&HUURGHO7RUR
4 AD $/48,0,$&257(
94 š1,&2%/$1&2̬̪̬̫
&HUURGHO7RUR0DOGRQDGR8UXJXDL
'RPQR:LQHV5%UDQFRFRPSRVWR
ɞSDUWLUGH&KDUGRQQD\HQYHOKHFLGR
GXUDQWHVHLVPHVHVHPEDUULFDVGH
FDUYDOKRIUDQFªVGHSULPHLURXVRPDLV
GH9LRJQLHUHGH$OEDUL±RDPEDV
YLQL̛FDGDVVHSDUDGDPHQWHHPWDQTXHV
GHD§RLQR[LG¡YHOHPDQWLGDVFRPDV
ERUUDVGXUDQWHVHLVPHVHVWRGRVFRP
IHUPHQWD§£RHVSRQW¢QHD(QFRUSDGR
XQWXRVRHWDPE©PPXLWRSURIXQGR
PRVWUɞQRWDVGHIUXWDVGHFDUR§RH
WURSLFDLVPDGXUDVIORUDLVHGHHUYDV
WXGREHPDSRLDGRSRUDFLGH]SHQHWUDQWH
HWH[WXUɞFUHPRVɞH̛UPH2̛QDO©
SHUVLVWHQWHFRPWRTXHVGHDEDFD[LV
F­WULFRVHVDOLQRVOFRRO$0

5 AD COMPAÑÍA
94 858*8$<$'(9,126
'(0$5$/%$5,‘2̬̪̬̪
&RPSD±­ɞ8UXJXD\ɞGH9LQRVGH0DU
0DOGRQDGR8UXJXDL9LQRWHUUɞ5
%UDQFRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLU
GHXYDV$OEDUL±RFXOWLYDGDVHP&HUUR
GHO7RUR0DOGRQDGRFRPIHUPHQWD§£R
HVSRQW¢QHɞHHVW¡JLRGHPHVHVHP
IRXGUHVRYDLVGHFDUYDOKR&DWLYDQWHQRV
DURPDVHIUDQFRQRVVDERUHVLPSUHVVLRQɞ
SHOɞDFLGH]SXOVDQWHSHOɞWH[WXUɞ̛UPH
HSHORYROXPHGHERFDFRPVXDVIUXWDV
EUDQFDVHGHFDUR§RHQYROYHQGRR
FRQMXQWR7HP̛QDOFKHLRHSHUVLVWHQWH
FRPWRTXHVF­WULFRVGHIXPDGRVGH
SªVVHJRVHGHXPDPL(VWɟ³WLPRDJRUɞH
GHYHVHPDQWHUDVVLPSHORVSU³[LPRV
DQRVOFRRO(0

6 AD )$0,/,$
94 '(,&$6(;75(0(
9,1(<$5'6&(552'(/
*8$=89,5%/(1'̬̪̬̫
)DPLOLɞ'HLFDV/DYDOOHMD8UXJXDL
(QWUHDVYDULHGDGHVWLQWDV
DO©PGHREYLDPHQWH7DQQDW
GHVWDFDUDPVHWDPE©P
0HUORWH&DEHUQHW)UDQF
56 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
,QWHUIRRG5%OHQGWLQWRFRPSRVWR
ɞSDUWLUGHXYDV0HUORW7DQQDW
HRVUHVWDQWHVGH3HWLW9HUGRWH
9LRJQLHUFXOWLYDGDVHPVRORVJUDQ­WLFRV
GHRULJHPYXOF¢QLFDHP&KDFUDVGH/DV
6LHUUDV/DYDOOHMDFRIHUPHQWDGDVHP
WDQTXHVGHD§RFRPHVW¡JLRHP¢QIRUDV
GHEDUUR)OXLGRFDWLYDQWHHJRVWRVRGH
EHEHUHVEDQMɞIUXWDVYHUPHOKDVHQHJUDV
PDGXUDVQRSRQWRFHUWRVHJXLGDVGH
QRWDVIORUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV
GRFHVWXGRDSRLDGRSRUWDQLQRVWHQVRV
HGH̛QɞWH[WXUɞHDFLGH]UHIUHVFDQWH
7HP̛QDOGHQVRHYHUWLFDOFRPWRTXHV
WHUURVRVVDQJX­QHRVHGHDPHL[DVOFRRO
(0
 ,QIOXªQFLɞRFH¢QLFɞ©EDVWDQWH
VHQWLGɞQRVYLQKRVXUXJXDLRV

7 AD %$729,6,1*/(
93 9,1(<$5'
7̫7$11$7̬̪̫̱
%RGHJɞ&HUUR&KDSHX&HUUR&KDSHX
8UXJXDL9LQKRVGR0XQGR5
7LQWRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLU
GH7DQQDWFRPHVW¡JLRGHPHVHV
HPEDUULFDVGHFDUYDOKRDPHULFDQR
QRYDV(VWUXWXUDGRFRQFHQWUDGR
HSRWHQWH©FKHLRGHIUXWDVQHJUDV
PDGXUDVDFRPSDQKDGDVGHQRWDV
HPSLUHXP¡WLFDVGHHVSHFLDULDVGH
HUYDVHWHUURVDV7HPDFLGH]UHIUHVFDQWH
WDQLQRV̛UPHVHGH³WLPɞWH[WXUɞH̛QDO
SHUVLVWHQWHHSURIXQGRFRPWRTXHVGH
DPHL[DVHVFXUDVGHDOFD§X]HGHJUD̛WH
OFRRO(0

8 AD *$5=“1
93 6,1*/(9,1(<$5'
7$11$7̬̪̬̪
%RGHJɞ*DU]³Q0DOGRQDGR8UXJXDL
:RUOG:LQH57LQWRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH7DQQDWFRP
HVW¡JLRHQWUHHPHVHVHPWRQHLV
GHFDUYDOKRIUDQFªVVHPWRVWDU8Pɞ
YHUV£RRSXOHQWɞHXQWXRVɞGHVVHYLQKR
PDVWDPE©PFRPWDQLQRV̛UPHVHERɞ
DFLGH]TXHHQYROYHPHHTXLOLEUDPVXDV
IUXWDVYHUPHOKDVHQHJUDVPDGXUDV
7HP̛QDOVXFXOHQWRHSHUVLVWHQWHFRP
WRTXHVGHDPHL[DVGHDOFD§X]GH
HVSHFLDULDVHGHHUYDVIUHVFDVOFRRO
(0

9 AD $0$77$11$7̬̪̫̲
93 %RGHJDV&DUUDX&DQHORQHV
8UXJXDL(XURSɞ57LQWRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV7DQQDW

10 bb
FXOWLYDGDVHP/DV9LROHWDV&DQHORQHV 
FRPHVW¡JLRGHPHVHVHPEDUULFDVGH AD %28=$$/%$5,‘2
FDUYDOKRDPHULFDQRVHQGRQRYDV 93 ̬̪̬̬
0DLVXPɞ³WLPɞVDIUɞGHVVHYLQKRTXH %RX]D0RQWHYLG©XH&DQHORQHV8UXJXDL
VHPSUHHVWɟHQWUHRVPHOKRUHVH[HPSORV
GɞYDULHGDGHQRVVRORVDUJLORFDOF¡ULRV
XUXJXDLRV$LQGɞMRYHPPRVWUɞIUXWDV
YHUPHOKDVHQHJUDVPDGXUDVHQYROWDVSRU
QRWDVIORUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV
GRFHV0DV©QɞERFɞTXHPHUHFH
DWHQ§£RFRPVXɞDFLGH]SXOVDQWH
VHXVWDQLQRV̛UPHVH̛Q­VVLPRVHVHX
̛QDOSRWHQWHHSURIXQGRFRPWRTXHV
GHDPHL[DVGHDOFD§X]GHJUD̛WHH
GɞSDVVDJHPSHOɞPDGHLUDTXHSRU
HQTXDQWRDSDUHFHPDLVGRTXHGHYHULD
1DGɞTXHDOJXQVDQRVɞPDLVHPJDUUDIɞ
Q£RUHVROYDPOFRRO(0
'HFDQWHU5%UDQFRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH$OEDUL±RFRP
IHUPHQWD§£RHHVW¡JLRGHPHVHVFRP
VXDVOLDVVHQGRHPWDQTXHVGHD§R
LQR[LG¡YHOHHPEDUULFDVGHFDUYDOKR
IUDQFªV6HPSUHFRQVLVWHQWHHVVɞ©PDLV
XPɞ³WLPɞVDIUɞGHVVHYLQKR'HERɞ
WLSLFLGDGHPRVWUɞQRWDVIORUDLVGHHUYDV
HGHHVSHFLDULDVGRFHVHQYROYHQGRVXDV
IUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§RWXGRDSRLDGR
SRUDFLGH]UHIUHVFDQWHHWH[WXUɞ̛UPHH
FUHPRVD7HP̛QDOFKHLRHSHUVLVWHQWHFRP
WRTXHVF­WULFRVGHXPDPLHGHSHUDVOFRRO
(0
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 57
5HFHS§£RGɞ%RGHJɞ*DU]³Q
XPGRVHPSUHHQGLPHQWRVPDLV
LPSRQHQWHVGR8UXJXDL

17
AD 0$5,&+$/
93 *5$1'
5(6(59($7$11$7
̬̪̫̲
0DULFKDO
&DQHORQHV
8UXJXDL
'LYYLQR5


18=8/0$
11
AD %28=$0217(
14&(552'(/7252 AD
93 1$785(
AD
93 9,'((8̬̪̬̪ 93 $/%$5,‘262%5( &(52'26$*(̬̪̫̳
%RX]D /$6̬̪̬̫ 3DD
0RQWHYLG©X &HUUR (VSXPRVRV
H&DQHORQHV GHO7RUR 0DOGRQDGR
8UXJXDL 0DOGRQDGR 8UXJXDL
'HFDQWHU5 8UXJXDL 6D̛U5
 'RPQR:LQHV 
5

12 $/48,0,$ 19 3$%/2
AD
93 7$11$7̬̪̫̳
15
AD /%(525(6(59(
AD
93 )$//$%5,12
&HUURGHO7RUR 93 7$11$7̬̪̬̪ TANNAT
0DOGRQDGR 'H/XFFD ̬̪̫̲
8UXJXDL'RPQR &DQHORQHV 3DEOR
:LQHV5 8UXJXDL )DOODEULQR
3UHPLXP5 &DQHORQHV
 8UXJXDL
(XURSɞ5

13
AD &(552'(/
93 7252$/%$5,‘2
16
$7/17,&2
AD )$0,/,$'(,&$6
93 35(/8',2%$55(/ 20
AD 3,==2512
̬̪̬̬ 6(/(&7/27(̭̫̬̪̬̫
&HUURGHO7RUR )DPLOLɞ 93 35,02̬̪̫̱
0DOGRQDGR 'HLFDV 3L]]RUQR
8UXJXDL &DQHORQHV &DQHORQHV
'RPQR:LQHV 8UXJXDL 8UXJXDL
5 ,QWHUIRRG5 *UDQG&UX
 5

58 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 &KDUGRQQD\6DXYLJQRQ%ODQFH
SULQFLSDOPHQWH$OEDUL±RV£RDV
FDVWDVEUDQFDVTXHVHGHVWDFDP

21
AD $1)250(5/27
93 0$56(/$1
7$11$7̬̪̬̫
3UR\HFWR
1DNNDO:LQHV
&DQHORQHV
8UXJXDL
6RPPHOLHUX
5

229,‘$('‰1
AD
93 &+$5'211$<
̬̪̫̳ 28
9L±ɞ(G©Q
0DOGRQDGR 2535,0$'211$ *$5=“15(6(59$
AD $/%$5,‘2̬̪̬̬
8UXJXDL5XWɞ AD 92 %RGHJɞ
5 92 &5,$1=$ *DU]³Q
(152%/(
7$11$7̬̪̫̲ 0DOGRQDGR
$QWLJXɞ%RGHJD 8UXJXDL:RUOG
23$/72'(/$ &DQHORQHV8UXJXDL
%DUULQKDV5
:LQH5
AD
92 %$//(1$
5(6(59$0(5/27̬̪̫̲ 29
$OWRGHOɞ
%DOOHQD 26$0$'(86̬̪̫̲ *$5=“15(6(59$
&$%(51(7)5$1&
0DOGRQDGR AD
92 %DUUDVGH AD ̬̪̬̪
8UXJXDL 92 %RGHJɞ
(YLQR5 0DKRPD6DQ
-RV©8UXJXDL6HP *DU]³Q
 0DOGRQDGR
LPSRUWDGRUQR
%UDVLO 8UXJXDL:RUOG
:LQH5

24
AD 35,0$'211$
92 &5,$1=$(1 27&$67(/38-2/ 30-8$1&$55$8
AD AD
52%/(0(5/27̬̪̫̲ 92 TANNAT
$QWLJXɞ 92 )2/./25( &$%(51(7
%RGHJD %/$1&2̬̪̬̬
%RGHJɞ&HUUR ̬̪̬̪
&DQHORQHV %RGHJDV
8UXJXDL &KDSHX&HUUR
&KDSHX8UXJXDL &DUUDX
%DUULQKDV5 &DQHORQHV
 9LQKRVGR0XQGR
5 8UXJXDL(XURSɞ
5

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 59
7DQQDWKRMHUHSUHVHQWɞPDLVGHXP
TXDUWRGRVYLQKHGRVGRSD­V

37
$*8$563(&,$/
5(6(59(7$11$7
̬̪̫̲
AD (O
92
&DSULFKR
:LQHU\
'XUD]QR
8UXJXDL/ɞ
&KDUERQQDGH5

31 34 38%5(6(67,
AD %28=$ AD &(552'(/ AD
92 &+$5'211$< 92 72525(6(59$ 92 3(48(‘$6
&$%(51(7)5$1& &2/(&&,21(6
̬̪̬̫ $5,1$512$̬̪̬̪
%RX]D 0(5/27̬̪̬̫
&HUUR )DPLOLɞ
0RQWHYLG©X %UHVHVWL
H&DQHORQHV GHO7RUR
0DOGRQDGR &DQHORQHV
8UXJXDL 8UXJXDL0\
'HFDQWHU5 8UXJXDL
'RPQR:LQHV :LQHU\5
 
5

32%28=$3$1'( 39%,=$55$
AD 35 &(552'(/7252 AD
92 (;75$9$*$1=$
92 $=š&$50(5/27 AD
92 5(6(59$0(5/27 $03+25$̬̪̬̫
̬̪̫̳ )DPLOLɞ
%RX]D ̬̪̬̪
&HUUR 'HLFDV
0DOGRQDGR &DQHORQHV
8UXJXDL GHO7RUR
0DOGRQDGR 8UXJXDL
'HFDQWHU5 ,QGLVSRQ­YHO
 8UXJXDL
'RPQR:LQHV QR%UDVLO
5

33&(552'(/ 40MONTES
AD 36
&203$‘$858*8$<$
AD
92 TOSCANINI
92 72526,1*8/$5 *5$17$11$7̬̪̬̪
)“6,/(6'(0$5 AD '(9,126'(0$5
92 3,12712,5̬̪̬̫ 0RQWHV
&+$5'211$<̬̪̬̪ 7RVFDQLQL
&HUURGHO7RUR &RPSD±­ɞ8UXJXD\ɞGH9LQRV
GH0DU &DQHORQHV
0DOGRQDGR 8UXJXDL
8UXJXDL 0DOGRQDGR
8UXJXDL &DVɞ)ORUD
'RPQR:LQHV 3RUWRɞ
5 9LQRWHUUɞ5
 3RUWR5


60 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 9LQ­FROɞ&HUURGHO7RUR

41
AD 3$$(;75$
92 %587̬̪̬̫
3DD
(VSXPRVRV
&DQHORQHV
8UXJXDL6D̛U
5

423$%/2
AD
92 )$//$%5,12
$51(,6
&+$5'211$<̬̪̬̪
3DEOR
)DOODEULQR
45
AD 3,6$1253)
48',(*263,12*/,2
&DQHORQHV AD
92 7$11$7̬̪̫̲ 92 6,1*/(
8UXJXDL
3LVDQR 9,1(<$5'
(XURSɞ5
3URJUHVR &$%(51(7)5$1&

8UXJXDL ̬̪̬̪
0LVWUDO5 6SLQRJOLR6DQ-RV©
 8UXJXDL6RFLHGDGHGɞ
433$%/2 0HVɞ5
AD
92 )$//$%5,12 46
(67,9$/̬̪̬̬
3DEOR
AD 68(/72
92 0(5/27̬̪̬̫
49
AD ',(*263,12*/,2
)DOODEULQR
&DQHORQHV
3UR\HFWR 92 6,1*/(
1DNNDO:LQHV 9,1(<$5'6,1
8UXJXDL
&DQHORQHV %$55,&$7$11$7
(XURSɞ5
8UXJXDL ̬̪̬̬

6RPPHOLHUX 6SLQRJOLR0RQWHYLG©X
5 8UXJXDL6RFLHGDGHGɞ
0HVɞ5

44 4768(/72
AD 3$%/2
92 )$//$%5,12 AD
92 7$11$7̬̪̬̫
50
AD 9,‘$352*5(62
NOTOS
̬̪̬̪
3UR\HFWR 92 (/,6$Ʀ6
1DNNDO '5($06%$55,&$
3DEOR
:LQHV $%,(57$̬̪̫̲
)DOODEULQR
&DQHORQHV 9L±ɞ3URJUHVR
&DQHORQHV
8UXJXDL 3URJUHVR
8UXJXDL
6RPPHOLHUX 8UXJXDL9LQFL5
(XURSɞ5
5


5HYLVWɞ$'(*$  (G | 61
 +$5021 ,= $‡ƒ2

PEIXES
Opções de vinhos para acompanhar 10 tipos de
pescados

por$UQDOGR*UL]]R

LAMBARI, PIRARUCU, TAINHA, e antioxidantes. Especialmente peixes

corvina, garoupa... são milhares as
espécies de peixes conhecidas. No Brasil,
com tantos rios e uma costa marítima
ampla, esse é um alimento que está
presente na culinária de muitas culturas
enraizadas por aqui, uma tradição que
vem desde os índios até os nossos dias
passando por inúmeros imigrantes que por
aqui deixaram seus legados gastronômicos.
Essa riqueza de variedades também
se traduz em uma riqueza de sabores
diferentes.
Antes, porém, é interessante lembrar
da importância de agregar peixes à
dieta, pois é essa uma fonte essencial
de proteínas, minerais, vitaminas,
FRPSURSULHGDGHVDQWLLQƂDPDW³ULDV
gordos são ricos em Ômega-3, um poderoso
DQWLLQƂDPDW³ULR-XQWRFRPRYLQKR
óleo de soja e vegetais, a proteína dos
peixes é parte essencial da famosa Dieta
Mediterrânea.
Assado, ensopado, frito, marinado,
cru... há diversas formas de preparar,
assim como várias opções de temperos
para incrementar as receitas com peixes.
Ou seja, pode-se ir de um sushi até um
ceviche, de um bolinho até uma moqueca.
O que não faltam são alternativas para
elaborar os pratos. E também não faltam
opções de espécies de peixe. Sendo
assim, enumeramos 10 tipos de peixes
bastante comuns na mesa dos brasileiros e
selecionamos opções de harmonização.

62 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 Sardinha
Um dos pratos mais tradicionais da culinária de inspiração AD 7$5$3$&*5$15(6(59$
portuguesa certamente é a sardinha frita. Esse peixe gordo, 92 6$89,*121%/$1&̬̪̬̫
7DUDSDF¡/H\GD&KLOH‰SLFH5%UDQFR
bastante rico em óleos essenciais, é uma das iguarias mais HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞ
consumidas da costa brasileira. Ela pode ser preparada de SDUWLUGHXYDV6DXYLJQRQ%ODQF
várias maneiras e há até as tradicionais versões enlatadas. FXOWLYDGDVQRYDOHGR/H\GDVHP
O sabor da sardinha é relativamente pungente e marcante, HVW¡JLRHPPDGHLUDPDVPDQWLGR
HPFRQWDWRFRPDVERUUDVGXUDQWH
especialmente quando consumida com sua pele. A gordura,
DOJXQVPHVHV0RVWUɞIUXWDV
tanto do peixe quanto do preparo (se for frito), pode ser EUDQFDVHGHFDUR§RVHJXLGDV
bem equilibrado com outra tradicional escolha portuguesa, GHQRWDVIORUDLVHGHHUYDVTXH
um Vinho Verde, com ótima acidez, ou ainda com um belo DSDUHFHPWDQWRQRQDUL]
TXDQWRERFDWXGRDSRLDGR
exemplar de Sauvignon Blanc, desde os mais leves até os mais
SRUSXOVDQWHDFLGH]HWH[WXUɞ
portentosos e herbáceos. ̛UPHHFUHPRVD&KHLRH
GHERɞWLSLFLGDGHWHP̛QDO
AD /$*2&(548(,5$%5$1&2̬̪̬̫ SHUVLVWHQWHFRPWRTXHV
89 4XLQWɞGɞ&DO§DGD0LQKR3RUWXJDO/ɞ3DVWLQɞ5 F­WULFRVYHJHWDLVHGHXPDPL
%UDQFRHODERUDGRɞSDUWLUGDVFDVWDV/RXUHLUR$ULQWR$]DOH TXHFRQYLGDPɞXPɞVHJXQGɞ
7UDMDGXUDVHPSDVVDJHPSRUPDGHLUD'HERɞWLSLFLGDGHHVHPSUH WD§DOFRRO(0
FRQVLVWHQWHHVVɞ©PDLVXPɞERɞYHUV£RGHVVHYLQKRTXHWHP
DFLGH]UHIUHVFDQWHWH[WXUɞFUHPRVɞHPXLWɞIUXWɞF­WULFɞHEUDQFɞ
PDGXUD7HP̛QDOGLUHWRHFDWLYDQWHTXHFRQYLGɞɞPDLVXPJROH
GHSUHIHUªQFLɞQɞFRPSDQKLɞGHDSHULWLYRVHPJHUDOOFRRO(0

64 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Saint Peter
Esse é o nome que se dá para uma espécie de tilápia. Há AD *5$16$662
diversas espécies nos rios brasileiros, contudo esta foi 90 (',=,21(/,0,7$7$
3,127*5,*,2̬̪̬̫
desenvolvida em Israel e é comumente criada em tanques. *UDQ6DVVR6LF­OLD,W¡OLɞ/ɞ3DVWLQɞ5
Por isso, possui um sabor menos intenso do que as criadas
soltas, que tendem a ter tons terrosos. Ela também costuma
ter mais carne que suas parentes. Saint Peter atualmente é um
dos peixes mais comuns em feiras e mercados, e também na
seção de congelados. Seus sabores bastante tenros geralmente
combinam bem com vinhos também delicados, como um
clássico Pinot Grigio italiano, por exemplo, ou ainda um suave
Trebbiano, duas opções que certamente não vão sobrepujar o
peixe. Para preparos em que haja molhos intensos, talvez seja
mais interessante vinhos um pouco mais complexos.
AD =(1$726$1%(1('(772/8*$1$̬̪̬̪
%UDQFRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWH
ɞSDUWLUGH3LQRW*ULJLRVHPSDVVDJHP
SRUPDGHLUD0RVWUɞIUXWDVEUDQFDVHGH
FDUR§RPDGXUDVDFRPSDQKDGDVGHQRWDV
IORUDLVHGHHUYDVTXHVHFRQ̛UPDP
QɞERFDWXGRDSRLDGRSRUWH[WXUɞ
FUHPRVɞHUHIUHVFDQWHDFLGH]7HP
̛QDOFDWLYDQWHFRPWRTXHVF­WULFRV
HGHSªVVHJRVTXHFRQYLGDPɞXPɞ
VHJXQGɞWD§DOFRRO(0
90 =HQDWR9ªQHWR,W¡OLɞ:RUOG:LQH5%UDQFRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH7UHEELDQRGL/XJDQDVHPSDVVDJHP
SRUPDGHLUD$SUHVHQWɞQRWDVGHIUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§R
PDGXUDVIORUDLVGHHUYDVHGHIUXWRVVHFRVTXHVHFRQ̛UPDP
QRSDODWR+DUPRQLRVRWHPDFLGH]D̛DGDWH[WXUɞFUHPRVɞH̛QDO
P©GLRORQJRFRPWRTXHVF­WULFRVHGHDPªQGRDVOFRRO$0

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 65
 Badejo
%DGHMR©XPSHL[HGHƁO©VUREXVWRVHFDUQHGHQVDPXLWR AD 125721$/785$:+,7(
semelhante a outras espécies como a garoupa e o cherne. 92 %/(1'̬̪̬̫
1RUWRQ0HQGR]D$UJHQWLQɞ&DVɞ)ORUD
Ele é muito comum no nosso litoral. Mas também pode 3RUWRɞ3RUWR5%UDQFR
se chamar “abadejo”? Não. Abadejo é um peixe de origem FRPSRVWRGH6DXYLJQRQ
internacional, conhecido como congro rosa. Diferenciação %ODQFGH6DQ3DEOR6©PLOORQ
feita, badejo é usado em muitas receitas, sendo geralmente GH$OWDPLUɞHRUHVWDQWHGH*U¼QHU
9HOWOLQHUGH$JUHORVHPSDVVDJHP
assado ou ensopado. Por ter carne bastante portentosa, mas
SRUPDGHLUD0DLVXPɞ³WLPɞ
de sabores delicados, costuma receber diversos temperos que VDIUɞGHVVHYLQKRPRVWUɞQRWDV
LQƂXHQFLDPVREUHPDQHLUDQDKRUDGRSUHSDUR3DUDSUDWRV KHUE¡FHDVHIORUDLVHQYROYHQGR
HPTXHRƁO©GHSHL[H©DHVWUHODVHPJUDQGHVLQWHUYHQ§µHV VXɞIUXWɞOHPEUDQGRPDUDFXMɟ
HSªVVHJR9LEUDQWHWHP
vale a pena selecionar um delicadíssimo Chenin Blanc para
³WLPɞDFLGH]ERɞHVWUXWXUɞ
acompanhar todas as sutilezas. Para receitas um pouco mais H̛QDOFRPWRTXHVF­WULFRVH
elaboradas, com molhos mais intensos, uma boa opção VDOLQRVOFRRO&%
poderia ser um Sémillon.

AD &5,26&+(1,1̬̪̬̪
89 6XVDQɞ%DOER0HQGR]D$UJHQWLQɞ&DQWX5(VWHEUDQFR
&KHQLQ%ODQFVHPSDVVDJHPSRUPDGHLUDWHPPHQRUWHRU
DOFR³OLFRQRYHJUDXVGHYLGR VFROKHLWDVPXLWRSUHFRFHVLQLFLDGDV
SRUYROWɞGɞSULPHLUɞVHPDQɞGHIHYHUHLURFHUFɞGHXPPªVDQWHV
GRKDELWXDO(LPSUHVVLRQɞSHOɞOLPSLGH]HTXDOLGDGHGHVXɞIUXWD
WDQWRQRQDUL]TXDQWRQRSDODWRVHJXLGɞGHQRWDVIORUDLVHGHHUYDV
*RVWRVRGHEHEHUWHPDFLGH]YLJRURVDGHOLFLRVɞWH[WXUɞH̛QDO
DJUDG¡YHOFRPWRTXHVF­WULFRVHVDOLQRVOFRRO$0

66 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Merluza
Merluza é um nome dado a diversos peixes marinhos da AD 9,1<(62&8/769,2*1,(5
ordem Gadiformes, que se espalham por todo o mundo, sendo 92 ̬̪̬̫
9LQ\HV2FXOWV0HQGR]D$UJHQWLQɞ
um recurso pesqueiro importante. Mas, resumindo, merluza é
um peixe de água salgada, ligeiramente comprido, com carne
clara e pouca gordura. Apesar disso, tem sabor um pouco mais
intenso. As receitas também são inúmeras, indo do simples
ƁO©IULWRRXJUHOKDGRDW©HQVRSDGRVEDVWDQWHULFRV3DUDDV
preparações em que os sabores do peixe e poucos condimentos
estão em primeiro plano, vale a pena investir em um Verdelho,
com bela acidez e notas de ervas. Uma alternativa que também
pode casar com a sutil intensidade da merluza é um clássico
Viognier.
AD 0,&52%,2:,1(60,&52%,2̬̪̬̪
%RFɞɞ%RFɞ5%UDQFRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV9LRJQLHU
FRPIHUPHQWD§£RHHVW¡JLRHPEDUULFDV
GHFDUYDOKRIUDQFªV'HERɞWLSLFLGDGH
PRVWUɞIUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§R
PDGXUDVDFRPSDQKDGDVGHQRWDVIORUDLV
GHHUYDVHGHHVSHFLDULDVGRFHVFRP
VXɞDFLGH]UHIUHVFDQWHHVXɞWH[WXUɞ
̛UPHHFUHPRVɞFRQIHULQGRIOXLGH]DR
YLQKR7HP̛QDOFKHLRHSHUVLVWHQWH
FRPWRTXHVF­WULFRVGHGDPDVFRVH
GHSªVVHJRVOFRRO(0
93 0LFUR%LR:LQHV&DVWLOOɞ\/H³Q(VSDQKɞ9LQFL5
%UDQFRGHP­QLPɞLQWHUYHQ§£RHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLU
GH9HUGHMRFRPIHUPHQWD§£RHVSRQW¢QHɞHHVW¡JLRHPIRXGUHVGH
FDUYDOKR'LVFUHWRQRVDURPDVHIUDQFRQRVVDERUHVPRVWUɞIUXWDV
EUDQFDVHGHFDUR§RVHJXLGDVSRUQRWDVIORUDLVWHUURVDVHGH
HUYDVFRPVXɞDFLGH]UHIUHVFDQWHHVXɞWH[WXUɞ̛UPHHFUHPRVɞ
GLWDQGRDVUHJUDV7HP̛QDOFKHLRHSHUVLVWHQWHFRPWRTXHV
F­WULFRVGHSªVVHJRVHGHSHUDVOFRRO(0

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 67
 Atum
Atuns são peixes grandes que vivem em quase todos os AD )$0,//(%28*5,(5
oceanos. Existem sete espécies diferentes: atum-azul, 92 CONFIDENCES CHINON
&$%(51(7)5$1&̬̪̫̳
albacora, atum-amarelo, atum-de-olho-grande, atum-negro, )DPLOOH%RXJULHU/RLUH)UDQ§ɞ
atum-do-índico e atum-do-sul. O bonito-listrado é parente :RUOG:LQH57LQWR
dessas espécies, mas pertence a outro gênero. O atum tem HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞ
corpo comprido e roliço e normalmente é mais escuro nas SDUWLUGHXYDV&DEHUQHW)UDQF
FXOWLYDGDVHPVRORVDUJLORVRV
costas e prateado no ventre. A sua carne é escura e oleosa
ULFRVHPV­OH[VHPSDVVDJHP
com sabor levemente pungente, por isso, muitas vezes é feito SRUPDGHLUDPDVFRPHVW¡JLR
em preparações similares às das carnes vermelhas. Sendo GHPHVHVHPWDQTXHVGHD§R
assim, podemos partir do sashimi cru até uma posta grelhada LQR[)UDQFRHQ­WLGRQRVDURPDV
HQRVVDERUHVPRVWUɞIUXWDV
com crosta de gergelim, passando também pelos clássicos
OHPEUDQGRDPHL[DVHDPRUDV
enlatados e curados. Com tantas opções, há diversos vinhos DFRPSDQKDGDVGHQRWDV
SDUDKDUPRQL]DU3DUDSUDWRVPDLVVXWLVSUHƁUDEUDQFRV IORUDLVHVSHFLDGDVHGHHUYDV
como um Verdicchio de boa estrutura. Já para receitas mais VHFDVWXGRVXVWHQWDGRSRU
intensas, você pode combinar até mesmo com tintos leves
YLEUDQWHDFLGH]WDQLQRV
̛UPHVHGHJU£RV̛QRVH̛QDO
como um agradável Chinon, por exemplo. DJUDG¡YHOHSHUVLVWHQWHFRP
WRTXHVWHUURVRVGHWDEDFRH
AD )$=,%$77$*/,$7,78/869(5',&&+,2'(, GHFHUHMDVOFRRO(0
91 &$67(//,',-(6,̬̪̬̪
)D]L%DWDJOLD0DUFKH,W¡OLɞ:RUOG:LQH5%UDQFRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH9HUGLFFKLRVHPSDVVDJHPSRUPDGHLUD
0RVWUɞIUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§RPDGXUDVHQYROWDVSRUQRWDV
IORUDLVHGHHUYDVIUHVFDVFRPVXɞDFLGH]UHIUHVFDQWHHVXɞWH[WXUɞ
̛UPHHFUHPRVɞWUD]HQGRHTXLO­EULRDRFRQMXQWR*RVWRVRGHEHEHU
WHP̛QDOSHUVLVWHQWHFRPWRTXHVF­WULFRVGHSHUDVHGHSªVVHJRV
OFRRO(0

68 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Salmão
Rei dos restaurantes japoneses, salmão é um peixe de porte AD '20$,1(-($1Ό3$8/3,&$5'
JUDQGHGRƁOR&KRUGDWDGDIDP­OLD6DOPRQLGDHTXHWDPE©P 92 6$1&(55(%/$1&̬̪̫̲
-HDQ3DXO3LFDUG/RLUH)UDQ§ɞ%HOOH&DYH
engloba as trutas. Ele vem dos rios e mares da Europa e sua
1£RGLVSRQ­YHO%UDQFRHODERUDGR
carne possui coloração rosa com sabores não muito intensos. H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH6DXYLJQRQ
Há sutis diferenças de sabor e estrutura entre os salmões %ODQFFRPIHUPHQWD§£RHVSRQW¢QHɞVHP
criados livres e os em cativeiro. Os preparos podem ir desde
o cru, passando pelo curado e defumado, indo até os molhos
mais intensos, com creme de leite, por exemplo. Se você vai
provar uma receita em que a delicadeza impera e o sabor
do peixe é exaltado, experimente ao lado de um excelente
Sancerre, um clássico da produção de Sauvignon Blanc no
Loire. Toques de limão e ervas vão casar bem aqui. Para
preparos um pouco mais intensos, uma boa escolha pode
ser um espumante brut, que pode contrapor até mesmo a
cremosidade de alguns molhos.
AD /28,652('(5(5%/$1&'(%/$1&6
94 %587̬̪̫̮
DGL§£RGHOHYHGXUDVVHPSDVVDJHPSRU
PDGHLUDPDVPDQWLGRHPFRQWDWRFRPDV
OLDVHQWUHHPHVHV6HPSUHFRQVLVWHQWH
QHVVɞVDIUɞPRVWUDVHDLQGɞPDLVIUHVFR
HYLEUDQWH$SUHVHQWɞIUXWDVF­WULFDVHGH
FDUR§RDFRPSDQKDGDVGHQRWDVIORUDLV
HGHHUYDVTXHVHFRQ̛UPDPQɞERFD
)OXLGRHFDWLYDQWHWHPDFLGH]D̛DGD
WH[WXUɞ̛UPHH̛QDOSHUVLVWHQWHFRP
WRTXHVVDOLQRVHGHOLP£RVLFLOLDQR
OFRRO(0
/RXLV5RHGHUHU&KDPSDJQH)UDQ§ɞ‰SLFH5(VSXPDQWH
EUDQFREUXWHODERUDGRSHORP©WRGRWUDGLFLRQDOɞSDUWLUGH
&KDUGRQQD\FRPHVW¡JLRGHGRYLQKREDVHHPFDUYDOKR
PDQWLGRHPFRQWDWRFRPDVERUUDVGXUDQWHFHUFɞGHFLQFRDQRV
DQWHVGRG©JRUJHPHQW$SUHVHQWɞERɞFRPSOH[LGDGHFRPQRWDV
GHIUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§RIORUDLVGHHUYDVGHIUXWRVVHFRV
HGHIHUPHQWRTXHVHUHSHWHPQRSDODWR7HPERPFRUSRDFLGH]
YLEUDQWHWH[WXUɞFUHPRVɞH̛UPHH̛QDOFKHLRHSHUVLVWHQWHFRP
WRTXHVF­WULFRVVDOLQRVWRVWDGRVHGHDPªQGRDVOFRRO$0

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 69
 Anchova
Anchova é um pequeno peixe comum da família Engraulidae. AD *20$5,=;$/%$5,‘2̬̪̬̪
A maioria das espécies é encontrada em águas marinhas, 92 &RWRGH*RPDUL]*DO­FLD(VSDQKɞ
8:LQH5%UDQFRFRPSRVWRɞSDUWLU
mas várias entram em água salobra, e algumas na América GHXYDV$OEDUL±RH
do Sul são de água doce. São mais de 140 espécies. Desde a 7UHL[DGXUDFXOWLYDGDVHP5LEHLUR
antiguidade, elas eram conservadas em salmoura, curadas e Qɞ*DO­FLDVHPSDVVDJHPSRU
depois embaladas em óleo ou sal, dando um sabor forte. Em PDGHLUD([XEHUDQWHQRVDURPDV
PRVWUDVQRWDVIORUDLVHGHHUYDV
conserva em vinagre, como nos boquerones (típica “tapa”
PDFHUDGDVHVFROWDQGRVXɞIUXWɞ
espanhola), as anchovas são mais suaves e a carne mantém EUDQFɞHGHFDUR§RGHSHƯOPDLV
a cor branca. Ainda assim, o sabor costuma ser bastante PDGXURFRPVXɞWH[WXUɞ̛UPHH
pungente. Para receitas com anchova, uma boa dica é o VXɞDFLGH]UHIUHVFDQWHWUD]HQGR
VXVWHQWD§£RDRFRQMXQWR
típico acompanhamento espanhol, com um Jerez Fino, com
8QWXRVRHHVWUXWXUDGRWHP
seus tons levemente oxidativos e sabores salinos. Para quem ̛QDOFKHLRHSHUVLVWHQWHFRP
prefere algo menos intenso, pode optar por um Albariño de WRTXHVF­WULFRVHGHSªVVHJRV
boa estrutura e acidez imponente. TXHSHGHPɞFRPSDQKLɞGH
FDUQHVGHSRUFRHPJHUDO
OFRRO(0
AD 3(5','2̫̫̯),12
93 6¡QFKH]5RPDWH-HUH](VSDQKɞ%HOOH&DYH55HVHUYɞ
OLPLWDGɞDGYLQGɞGHXPɞVROHUɞGHDSHQDVEDUULFDVFRPHVW¡JLR
SURORQJDGRGHSHORPHQRVDQRV(VVɞSDUWLGɞIRLHQJDUUDIDGɞQR
̛QDOGHHRUHVXOWDGR©XPIRUWL̛FDGRFRPSOH[RQRVDURPDV
HQRVVDERUHVPRVWUDQGRHPKDUPRQLɞRIUHVFRUɞYLEUD§£RHRV
WRTXHVVDOLQRVGHXP̛QRFRPɞWH[WXUɞFUHPRVDRYROXPHGH
ERFɞHDVQRWDVWRVWDGDVGHIUXWRVVHFRVHGHPHOTXHUHPHWHPɞ
XPDPRQWLOODGR8PɞGHOLFLRVɞHFDWLYDQWHUDULGDGHOFRRO(0

70 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Robalo
2QRPHFLHQW­ƁFR©&HQWURSRPXVXQGHFLPDOLVPDVK¡Y¡ULRV AD :(,15,('(55,('
nomes dependendo do lugar onde é encontrado. Apesar de 92 6&+1(,'(5%(5**5œ1(5
ser predominantemente encontrado em águas salgadas, esse 9(/7/,1(5̬̪̬̪
peixe também pode viver em rios, manguezais e baías. Quatro :HLQULHGHU1LHGHU¶VWHUUHLFKXVWULɞ
espécies de robalo são localizadas no litoral brasileiro. É um
dos peixes mais apreciados dentre os de carne branca, com
textura e sabores únicos, com gordura bem equilibrada e,
por isso, é muito versátil na cozinha. Por ter “muita carne” e
:RUOG:LQH5%UDQFRHODERUDGR
H[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV*U¼QHU
9HOWOLQHUDGYLQGDVGRYLQKHGR5LHG
6FKQHLGHUEHUJGHVRORULFRHPSHGUDVH
XPɞPHVFOɞGHTXDUW]RFDOF¡ULRHFDOFLWɞ
uma boa textura, costuma ser feito em preparos sutis, para
exaltar seus sabores. Sendo assim, uma ótima harmonização
pode ser dar com um delicado, porém estruturado Grüner
Veltliner, uma das joias da viticultura austríaca, mas que
possui bons exemplares também fora da Áustria. Uma opção
para equilibrar os toques salinos ou cítricos de uma receita
seria um branco siciliano, tal como os das variedades Grillo ou
Catarrato.
AD &$6$6&$/(&&,*5,//2̬̪̬̫
ORHVVVHPSDVVDJHPSRUPDGHLUD
0RVWUɞQRWDVIORUDLVGHDVSDUJRVHGH
SLPHQWɞEUDQFDTXHHQYROYHPVXɞIUXWɞ
OHPEUDQGROLPµHVHFDUDPERODVFRP
VXɞDFLGH]SXOVDQWHHVXɞWH[WXUɞ̛UPH
WUD]HQGRVXVWHQWD§£RHHTXLO­EULR
DRFRQMXQWR7HP̛QDOYHUWLFDOFRP
WRTXHVVDOLQRVHF­WULFRVOFRRO
(0
90 &DVɞ6FDOHFFL6LF­OLD,W¡OLɞ:LQH0DQLɞ5%UDQFR
HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGH*ULOORVHPSDVVDJHP
SRUPDGHLUDPDVPDQWLGRPHVHVHPWDQTXHVGHLQR[
DQWHVGRHQJDUUDIDPHQWR0RVWUɞIUXWDVEUDQFDVHGHFDUR§R
DFRPSDQKDGDVGHQRWDVIORUDLVHGHHUYDV*RVWRVRGHEHEHUH
I¡FLOGHDJUDGDUWHPDFLGH]UHIUHVFDQWHWH[WXUɞFUHPRVɞH̛QDO
P©GLRORQJRFRPWRTXHVF­WULFRVHVDOLQRVOFRRO(0

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 71
 Linguado
Linguado é o nome vulgar de várias espécies de peixes AD '20$,1(/21*Ό'(3$48,7
pleuronectiformes, de corpo oval e achatado. Apesar de a 92 &+$%/,6̬̪̫̳
$OEHUW%LFKRW%RUJRQKD)UDQ§ɞ&DQWX5
maioria ser típica de água salgada, existe o linguado-de-água- %UDQFRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWH
doce. Em geral, é um peixe branco, magro de sabor suave, ɞSDUWLUGH&KDUGRQQD\
excelente com molhos delicados que não mascarem suas VHPSDVVDJHPSRUPDGHLUD
FDUDFWHU­VWLFDV6HXVƁO©VGHOLFDGRVHVHPHVSLQKDVV£RPXLWRV (QFRUSDGRFUHPRVRHDR
PHVPRWHPSRUH̛QDGRHPXLWR
usados para ceviches. Diante de tanta delicadeza e sabores
HTXLOLEUDGRDSUHVHQWɞQRWDVGH
que rementem ao mar, nada melhor do que um clássico IUXWDVEUDQFDVHWURSLFDLVIORUDLV
Chablis para harmonizar com esse peixe. Aqui, vinhos com GHHUYDVHGHIUXWRVVHFRVWXGR
boa estrutura de acidez e toques minerais certamente farão VXVWHQWDGRSRUDFLGH]YLEUDQWH
HWH[WXUɞ̛UPH2̛QDO©FKHLR
bonito. Sendo assim, também pode-se optar por um excelente
HSHUVLVWHQWHFRPWRTXHV
Riesling seco. F­WULFRVHVDOLQRVOFRRO
$0
AD /$5.œ15,(6/,1*̬̪̫̲
91 3DQGRƠ3ULFH,WDWD&KLOH:LQHEUDQGV5%UDQFR
HODERUDGRH[FOXVLYDPHQWHɞSDUWLUGHXYDV5LHVOLQJVHPSDVVDJHP
SRUPDGHLUDPDVPDQWLGRHPWDQTXHVGHD§RFRPVXDVOLDV
GXUDQWHPHVHV'H³WLPɞWLSLFLGDGHPRVWUɞIUXWDVEUDQFDVHGH
FDUR§RVHJXLGDVGHQRWDVIORUDLVPLQHUDLVGHHUYDVIUHVFDVHGH
HVSHFLDULDVSLFDQWHVWXGRVXVWHQWDGRSRUDFLGH]SXOVDQWHWH[WXUɞ
̛UPHH̛QDOYHUWLFDOHWHQVRFRPWRTXHVVDOLQRVHGHOLP£ROFRRO
(0

72 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Cação
Este é um nome genérico usado no comércio de tubarões e AD $0(/,$3,12712,5̬̪̫̱
raias pelo mundo. O termo cação é uma palavra portuguesa 93 &RQFKɞ\7RUR/LPDU­&KLOH9&7
derivada do espanhol “cazón” que era atribuída a um tipo 57LQWRHODERUDGRH[FOXVLYDPHQWH
de tubarão, mas acabou servindo para diversas as espécies. ɞSDUWLUGH3LQRW1RLUFRPHVW¡JLRGH
PHVHVHPEDUULFDVGHFDUYDOKRIUDQFªV
Há muitas questões em torno da pesca desses peixes, pois GHODVQRYDVHGHVHJXQGRH
alguns estão em extinção, e essa “rotulagem” genérica pode WHUFHLURXVRV(PXPSHƯOPDLVPDGXUR
esconder pesca predatória. No entanto, o que o se considera DSUHVHQWɞERɞFRPSOH[LGDGHFRPQRWDV
como cação é um peixe de carne macia e delicada, geralmente GHIUXWDVYHUPHOKDVGHHVSHFLDULDV
GHHUYDVIORUDLVHWHUURVDVTXHVH
sem espinhas. Muitas vezes é usada em receitas de ensopados, FRQ̛UPDPQRSDODWR(VWUXWXUDGR
tal como a famosa moqueca dos litorais brasileiros. Para esse HVXFXOHQWRWHPDFLGH]D̛DGD
tipo de preparo, uma excelente opção de harmonização é TXHDTXLWUD]WHQV£RHIUHVFRU
um fresquíssimo rosé, que vai equilibrar bem os sabores sem DRFRQMXQWRWDQLQRV̛QRVH̛QDO
FKHLRHSHUVLVWHQWHFRPWRTXHV
sobrepujar a delicadeza da carne. Se quiser um tinto, também
GHFHUHMDVGHKLELVFRVHFRH
pode. Experimente um Pinot Noir. VDQJX­QHRVOFRRO$0

AD 48,17$'2&2772526‰̬̪̬̪
91 4XLQWɞGR&´WWR'RXUR3RUWXJDO0LVWUDO55RVDGR
7RXULJɞ1DFLRQDOFRPHVW¡JLRGHPHVHVVHQGRHP
WDQTXHVGHD§RLQR[HHPEDUULFDVGHFDUYDOKRSRUWXJXªV
0RVWUɞIUXWDVEUDQFDVHYHUPHOKDVDFRPSDQKDGDVGHQRWDVIORUDLV
HGHHVSHFLDULDVGRFHVWXGRDSRLDGRSRUDFLGH]UHIUHVFDQWHH
WH[WXUɞ̛UPHHFUHPRVD'HSHƯOYLQRVRHJDVWURQ´PLFRFKDPɞ
DWHQ§£RSHORYROXPHGHERFɞHSHOR̛QDOSHUVLVWHQWHFRPWRTXHV
F­WULFRVGHSHUDVGHHUYDVHGHFHUHMDVTXHSHGHPɞFRPSDQKLɞ
GHHPEXWLGRVOFRRO(0

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 73
 (6&2/ $ '2
9 , 1 +2

A anatomia
da taça
A história das taças de vinho e como elas são feitas

por$UQDOGR*UL]]R

BOJO LARGO OU FINO. HASTE teriam sido os romanos os pioneiros

alta ou baixa, ou mesmo sem haste.
De vidro ou de cristal. As taças de
vinho possuem diversos designs. O
mais comum é um bojo relativamente
amplo e uma haste de bom tamanho.
Esse é o desenho que primeiro surge
em nossas mentes quando falamos de
taças de vinho, mas se adicionamos
algum detalhe, tal como: taça para
vinhos espumantes; a imagem que
surge na cabeça muda um pouco. Hoje
K¡XPDLQƁQLGDGHGHPRGHORVPXLWR
JUD§DV LQƁQLGDGHWDPE©PGHHVWLORV
de vinho. Mas como chegamos a isso?
Se voltarmos no tempo, veremos
que os recipientes para bebidas,
no início, eram bastante simples,
basicamente uma tigela. Com o
tempo, adicionou-se uma haste e uma
base para facilitar tanto o manuseio
quanto o apoio sobre mesas. E a
evolução do formato ocorreu ao longo
do tempo.
Acredita-se que os recipientes
de vidro para vinho apareceram
pela primeira vez no Egito por volta
de 1500 a.C. Ou seja, o homem já
conhecia o processo de produção do
vidro (uma mistura de areia e outros
materiais em altas temperaturas), mas
na técnica de sopro para moldar essa
massa vítrea. Dessa forma, os artesãos
foram capazes de criar formas e
produzir com um custo muito menor.
Ainda assim, a maioria dos recipientes
romanos para beber era bastante
simples e sem haste.
Após a queda do Império Romano,
houve um declínio na produção
de vidro na Europa e as taças eram
frequentemente feitas de prata.
0DVLVVRLQƂXHQFLDYDQRJRVWRGD
bebida. A partir do século X, houve
um ressurgimento do vidro europeu,
começando com o vitral, que apareceu
na arquitetura românica e gótica.
Com isso, centros de fabricação de
vidro foram estabelecidos na ilha de
Murano, em Veneza, e na Boêmia, na
atual República Tcheca.
Estima-se que o vidro, como
conhecemos, tenha surgido ao redor
de Veneza por volta do século XV. Os
YHQH]LDQRVDSUHQGHUDPDSXULƁFDUD
IRQWHDOFDOLQDRTXHVLJQLƁFDYDTXH
podiam fazer “cristallo” – uma forma
de vidro transparente. No entanto,
quando os vidreiros venezianos
FRPH§DUDPDSXULƁFDUVXDVPDW©ULDV
primas para remover os elementos

74 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 2YLGUR©XPɞPLVWXUɞGH
DUHLɞHRXWURVPDWHULDLVHP
DOWDVWHPSHUDWXUDV

que causavam descoloração, eles
inadvertidamente removeram
algumas das coisas que tornavam
o vidro durável, como a cal, que
agia como um estabilizador. Com
isso, vidros transparentes originais
se deterioravam rapidamente.
No século XVII, os ingleses
criaram as primeiras indústrias
de vidro. Na época, eles
passaram a usar carvão marinho
para alimentar os fornos,
tornando-os mais quentes e,
consequentemente, fortaleceram
o vidro. Na década de 1670,
George Ravenscroft (não se sabe
se intencionalmente ou não)
adicionou óxido de chumbo e
sílex à mistura, o que tornou o
76 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
vidro ainda mais forte e deu a ele
a aparência de cristal. Isso ocorre
porque o óxido de chumbo afeta a
passagem da luz.
A grande “revolução das taças”
viriam graças a mudanças no
comportamento social à mesa.
Até o início do século XVIII, a taça
era mantida longe do bebedor – e
só era trazida pelo criado, que
também a enchia de tempos em
tempos. Porém no começo do
século XIX, a garrafa de vinho
mudou-se para a mesa de jantar,
e com ela os copos. Assim, os
modelos de taças se tornaram
PDLVHOHJDQWHVHVRƁVWLFDGRV
pois passaram a fazer parte da
estética do serviço. As taças
Na composição
do vidro cristal
há apenas sílica e
óxido do chumbo
GHYLQKRƁFDUDPPDLVDOWDVH
elegantes, e as hastes mais longas.
No entanto, durante muito
tempo, os recipientes foram
pequenos – muito disso devido ao
grande imposto sobre o vidro na
Inglaterra, que durou até meados
do século XIX. Quando se tirou
essa barreira, as taças puderam
“crescer”.
Taça como arte
Durante o período de Art
Nouveau, a produção de vidro
decorativo se expandiu e abriu
novas possibilidades para as
taças de vinho, que passaram a
ser extremamente trabalhadas.
Mas, logo em seguida, Claus Josef
Riedel percebeu que poderia ir
além apenas da beleza estética.
Como aprendiz de vidreiro na
Itália na década de 1950, ele
convidava amigos para beber
vinho em taças de diferentes
formatos experimentais em
que vinha trabalhando. Apesar
de beberem o mesmo vinho, as
opiniões sobre a qualidade da
bebida eram diversas e isso fez
Riedel suspeitar que a forma e o
WDPDQKRGDWD§DLQƂXHQFLDYDPR
sabor.
Assim, Claus foi o primeiro na
história do vidro que conseguiu
determinar a interação entre
forma, tamanho e diâmetro
da borda de um copo para o
aproveitamento ideal do vinho
e é tido como “pai das taças de
vinho modernas”. Suas taças
tinham uma haste longa e paredes
ƁQDVOLVDVHVHPGHFRUD§£R6HX
 +RMHHPGLDPXLWDVWD§DVV£R
XPK­EULGRGHYLGURVRSUDGRɦ
P£RHSRUP¡TXLQɞ

2VURPDQRVWHRULFDPHQWH
IRUDPRVSLRQHLURVQɞ
W©FQLFɞGHVRSURSDUɞPROGDU
ƁOKR*HRUJ-RVHIIRLRSULPHLURD ɞPDVVɞY­WUHɞ
criar taças para vinhos varietais
feitas à maquina. Foi assim que o
sobrenome Riedel se tornou uma
referência na produção de taças
de vinho, abrindo caminho para
diversas inovações e também
personalizações, com produtores
desenvolvendo formatos
HVSHF­ƁFRVSDUDYDORUL]DUVHXV
vinhos.

Produção
0DVDƁQDOFRPRV£RIHLWDVDV
taças? Elas são frequentemente
construídas em vidro ou cristal,
pois são materiais mais facilmente
moldados. Mas não se deve
confundir vidro cristal com o que
chamamos de cristal, ou seja, o
mineral encontrado na natureza
que abrange tanto o diamante
quanto o quartzo. Apesar de terem
estrutura molecular parecidas, há
diferença de elementos químicos.
Sendo assim, o vidro comum,
também conhecido como vidro
de cal-soda ou soda-cal, é feito de
areia (sílica), soda (óxido de sódio),
cal (óxido de cálcio) e óxido de
alumínio. Na composição do vidro
cristal há apenas sílica e óxido do
chumbo, o que dá ao vidro sua
clareza e brilho, mas também o
torna mais resistente. Isso permite
que o cristal seja moldado em
XPGHVLJQPDLVƁQRHGHOLFDGR
Ele também tem uma textura
microscopicamente mais rugosa,
o que aumenta a intensidade do
aroma quando o vinho é agitado.
A vidraria soprada “à mão”
é mais tradicional. O produto
soprado de forma artesanal é
JHUDOPHQWHPDLVƁQRGRTXHR
vidro feito à máquina. Essa técnica
permite ao artesão criar peças
mais delicadas e únicas. E tendem
a ser muito mais caras. Quando
uma máquina cria vidraria, o

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 77
 4XDQWRPDLV̛QRVRV
YLGURVPHOKRUSDUɞɞ
DSUHFLD§£RGRVYLQKRV
vidro fundido é moldado usando
ar comprimido. Isso garante
consistência de forma e qualidade
nas taças. Hoje em dia, muitas
taças são um híbrido de vidro
soprado à mão e por máquina. O
bojo é frequentemente soprado
à mão para garantir que sejam
GHOLFDGRVHƁQRV$KDVWHHDEDVH
costumeiramente são feitas à
máquina.
Design
4XDQWRPDLVƁQRVRVYLGURV
PHOKRU$VWD§DVƁQDVWªPERUGD
cortada, em vez de enrolada, o
que permite que o vinho escorra
78 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
suavemente para a língua. Bojos
largos aumentam a superfície
e favorecem a evaporação do
álcool, maximizando a oxidação e
libertando os aromas. Quanto mais
complexo o vinho, certamente em
taça maior ele deve ser servido. Já
o tamanho estreito de uma taça
minimiza a oxidação e preserva a
temperatura para vinhos brancos,
por exemplo.
Taças tradicionais têm haste
ORQJDHƁQDGDEDVHDRERMR,VVR
permite que se segure sem tocar
no bojo e, assim, aqueça o líquido.
Os copos de vidro sem haste
tornaram-se populares, mas é
preciso ter cuidado enquanto os
manuseia para não esquentar a
bebida.
Um formato mais cônico
serve para suspender os aromas
ao topo do copo. Já um bojo
mais alargado permite que o
ƂX[RGRDURPDVHMDGLUHFLRQDGR
para o palato frontal. Isso
destaca os sabores frutados do
vinho.
São diversos detalhes que
podem tornar as taças únicas
para cada estilo de vinho,
porém os formatos clássicos
tradicionais ainda hoje são os
PDLVŞHƁFLHQWHVş

PARA SE CONECTAR COM O MUNDO
DOS VINHOS E OUTRAS BEBIDAS
VOCÊ SÓ PRECISA ESCOLHER:
PRESENCIAL OU ON-LINE?
O universo dos vinhos e outras
bebidas é infinito e há muito para
desvendar e conhecer, especialmente
se você tem a oportunidade
de aprender com quem entende
do assunto há mais de 30 anos. A boa notícia
é que agora, além dos consagrados cursos
presenciais, você também pode fazer essa
imersão direto do conforto da sua casa
de maneira totalmente online, interativa
e com direito a degustação dos melhores rótulos.
A ABS-SP oferece cursos tanto para a Formação
de Sommeliers e Profissionais quanto
para os iniciantes interessados na Introdução
ao Mundo do Vinho. Conheça também o curso
de Formação de Bartenders Profissionais.
Acesse www.abs-sp.com.br e saiba mais.
Rua Gomes de Carvalho, 1327
2º andar, Vila Olímpia, 11 3814-7853
7(552, 5  % 5 $6, /

Espumantes
dos Altos
Nova denominação de origem
brasileira se foca em espumantes de
Pinto Bandeira

por$UQDOGR*UL]]R

DEZ ANOS DEPOIS DE O BRASIL TER
reconhecida sua primeira denominação de
origem para vinhos (Vale dos Vinhedos),
surge agora uma nova DO brasileira, a
Altos de Pinto Bandeira. Dentro de 65
quilômetros quadrados que abarcam
majoritariamente o município de Pinto
Bandeira e atualmente congrega apenas
quatro produtores (as vinícolas Aurora,
Don Giovanni, Família Geisse e Valmarino)
passa a vigorar a primeira denominação
exclusiva para espumantes do hemisfério
sul do planeta.
“Foram vários anos trabalhando
para essa conquista e desde o começo
pensamos em uma denominação apenas
para espumantes de método tradicional”,
conta Carlos Abarzúa, enólogo da Geisse,
empresa pioneira na região. “Estive
bastante envolvido nisso, pois temos know-
82 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
how de 40 anos elaborando espumantes
por aqui”, completa, acrescentando
que muito do que foi estabelecido de
parâmetros para a nova denominação
baseou-se no trabalho da vinícola fundada
pelo chileno Mario Geisse em 1979.
Curiosamente, tão recente quanto a
descoberta do potencial do terroir de Pinto
Bandeira para vinhos é a emancipação do
município. Até 1996, o local era um distrito
de Bento Gonçalves. Depois de algumas
disputas judiciais, com idas e vindas de
PXQLF­SLRSDUDGLVWULWRQRYDPHQWHHQƁP
HP3LQWR%DQGHLUDRƁFLDOL]RXVHFRPR
município.
A solicitação para análise de uma
possível denominação ocorreu em
2012 – dois anos depois de a Indicação
de Procedência Pinto Bandeira ser
concedida pelo Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI) – a pedido
da Associação dos Produtores de Vinho de
Pinto Bandeira (Asprovinho). “Formalizar
o que já estamos desenvolvendo há
muitas safras é brindar a persistência de
todos os envolvidos, unidos num único
propósito. Agora podemos trabalhar
na consolidação do posicionamento da
marca no cenário nacional e no mundo
do vinho. Isso porque a DO dos Altos de
Pinto Bandeira é a única DO exclusiva de
$OWRVGH3LQWR
%DQGHLUɞDEUDQJH espumantes do Novo Mundo”, destaca o
NPsGH¡UHɞ presidente da Asprovinho, Daniel Geisse.
FRQW­QXɞ O trabalho envolveu a Embrapa Uva e
Vinho, Universidade de Caxias do Sul
(UCS), Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (Ufrgs), Sebrae Nacional, Sicredi
Serrana e Poder Público Municipal de Pinto
Bandeira.
“Os produtores sabiam que a bebida
tinha as qualidades necessárias [para
receber uma denominação de origem],
mas foi necessário internalizar todos os
processos de produção de uma forma
coletiva no território. Um grande passo foi
a estruturação da Indicação de Procedência
de vinhos Pinto Bandeira, reconhecida em
2012”, lembra o pesquisador da Embrapa
Jorge Tonietto, que atua em estudos
de estruturação e gestão de indicações
JHRJU¡ƁFDV

Estudos
Para a obtenção da DO, foram feitos
estudos detalhados de solos, clima, relevo,
aptidão das cultivares, sistemas de cultivo,
caracterização dos produtos elaborados,
paisagem e renome. Foram visitados mais
GHSRQWRVGDUHJL£RSDUDDLGHQWLƁFD§£R
e descrição morfológica dos solos e da
paisagem de ocorrência. Os cientistas
WDPE©PWLYHUDPGHWUD§DURSHUƁOTX­PLFR
que caracteriza os espumantes da região,
o que inclui informações como o teor
alcoólico, acidez, teor de açúcar e compostos
orgânicos e minerais (conhecidos como
extrato seco reduzido). Outros dados desse
grupo incluem a intensidade da cor e o grau
de envelhecimento, por exemplo.
Diversas reuniões foram necessárias
para que o grupo técnico da Asprovinho
ajustasse os parâmetros e pudesse
realizar as mudanças necessárias para
o reconhecimento da denominação.
A condução das videiras no sistema
espaldeira, o controle na produção e
aquisição de equipamentos, como a
prensa pneumática, são alguns exemplos
que exigiram grandes investimentos dos
associados.
“Trata-se de um território único e
exclusivo, no qual os espumantes naturais
(VSXPDQWHV
V³SRGHPVHU UHƂHWHPDVFDUDFWHU­VWLFDVGDJHRJUDƁD
HODERUDGRVSHOR da região, dos fatores naturais como as
P©WRGRWUDGLFLRQDO rochas e solos; o patamar com altitude
situado entre 520 até 770 metros, o que
contribui para temperaturas amenas
(médias menores que o entorno), inclusive
no período de maturação das uvas, e brisa
frequente; e dos fatores humanos, como
as variedades autorizadas, o sistema
de condução vertical (espaldeira), os
limites de produtividade, entre diversas
outras práticas vitícolas e enológicas, que
resultam em espumantes que expressam
XPVDEHUID]HUHVSHF­ƁFRşH[SOLFDD
professora Ivanira Falcade, que atuou na
GHOLPLWD§£RJHRJU¡ƁFD
Potencial
Segundo Carlos Abarzúa, a concessão
da denominação de origem consagra o
potencial da região para espumantes, aposta
que a Geisse fez há muito tempo. “Todos
os nossos espumantes são safrados, isso
GHPRQVWUDDQRVVDFRQƁDQ§DQDTXDOLGDGH
das uvas todos os anos. Os vinhos-base são
sempre muito bons então o trabalho foi
alinhar o processo de elaboração com os
produtores, determinar as regras para poder
aproveitar o melhor dessas uvas sempre
muito equilibradas entre acidez e açúcar. A
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 83

matéria-prima é fundamental no processo.
Cada empresa terá suas características
próprias, mas o potencial do terroir de Pinto
Bandeira sempre estará por trás”, diz o
enólogo.
Como dito, a DO dos Altos de Pinto
Bandeira abrange 65 km² de área contínua,
VHQGRORFDOL]DGDQRPXQLF­SLRGH
3LQWR%DQGHLUDHP)DUURXSLOKDH
em Bento Gonçalves. A altitude média
da região é de 632 metros, com terrenos
de relevo ondulado até montanhoso. As
temperaturas são amenas, enquanto a
exposição solar é favorecida pela localização
na margem esquerda do Vale do Rio das
Antas e pela boa circulação horizontal do
ar no alto de um dos patamares do Planalto
Basáltico da Serra Gaúcha.
Os primeiros espumantes com o selo da
denominação devem estar no mercado a
partir do começo de 2023.
As regras
Somente poderão receber o selo da DO Altos
de Pinto Bandeira os espumantes naturais
elaborados com as uvas Chardonnay, Pinot
Noir e Riesling Itálico cultivadas dentro
da região delimitada. A elaboração dos
produtos também deverá ser realizada
dentro da área delimitada, sendo que serão
84 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
elaborados pelo método tradicional no
qual a segunda fermentação acontece
dentro da garrafa.
6£RUHTXLVLWRVHVSHF­ƁFRVSDUDR
produto da DO, entre eles:
- Cultivares autorizadas: Chardonnay,
Pinot Noir e Riesling Itálico.
- Origem das uvas: as uvas devem ser
FXOWLYDGDVQD¡UHDJHRJU¡ƁFD
delimitada da DO Altos de Pinto
Bandeira.
- Sistema de Condução: espaldeira.
- Produtividade: limite máximo de 12 t/
ha. A colheita mecânica é proibida
para as uvas destinadas à DO.
- Elaboração: somente podem ser
elaborados pelo Método Tradicional
(segunda fermentação exclusivamente
na garrafa)
- O tempo de tomada de espuma na
segunda fermentação deve ser de no
&KDUGRQQD\3LQRW mínimo 12 meses, podendo chegar a
1RLUH5LHVOLQJ vários anos.
,W¡OLFRV£RDVXYDV - Quanto ao teor de açúcar residual estão
SHUPLWLGDV autorizadas as classes Nature, Extra-
Brut, Brut, Sec e Demi-Sec.
- A prensagem deve ser feita com as uvas
inteiras.
- É permitido o uso de barricas de
carvalho na primeira fermentação
que resulta no do vinho base para
espumante.
- Os vinhos base para espumante devem
ter no máximo cinco anos, contados a
partir da data de término da respectiva
safra de uva.
- É permitido o uso de diferentes safras de
vinhos base para espumante nos cortes,
&RQƁUDWRGRV desde que das variedades autorizadas.
os espumantes Nos cortes, o vinho base de Riesling
de Pinto Itálico terá um percentual máximo de
Bandeira VREUHRYROXPHGRSURGXWRƁQDO
avaliados por - Os espumantes da DO Altos de Pinto
ADEGA Bandeira quando safrados, devem
conter, no mínimo, 85% de vinho base
da safra mencionada.
- Padrões de Identidade e Qualidade
Organoléptica do Produto: espumantes
da DO devem ser aprovados em
avaliação sensorial realizada pela
Comissão de Degustação, gerida pelo
Conselho Regulador da DO.
 Viagens Inesquecíveis
Vinhos Especiais
Experiências Exclusivas

Visitas nas Vinícolas Históricas - Degustações dos Melhores Vinhos

Passeios Culturais e de Compras - As Melhores Experiências Gastronômicas

VAGAS LIMITADAS PARA 2023

Enotrips Exclusivas - Corporativas ou particulares.
Reservas até 31/01/23, ou enquanto houver vagas.

Solicite a programação nas agências abaixo

ou fale conosco viagens@vsxclub.com
(11) 94275-6850.
 '2&
&+$03$*1(

Vales e
montanhas
As quatro “divisões” da denominação de
Champagne e suas características

por$UQDOGR*UL]]R

POR TER SE TORNADO SINÔNIMO DE espumante,

muitas vezes pensamos em Champagne como uma coisa
só. Mas a área de produção é de 34.000 hectares, ou seja,
uma região relativamente ampla, que produz uvas com
características distintas. Assim como na Borgonha, há
uma divisão de vales e montanhas e há 319 crus em quatro
regiões principais de cultivo: a Montagne de Reims, o Vallée
de la Marne, a Côte des Blancs e a Côte des Bar.
Juntas, essas regiões compreendem cerca de 281.000
parcelas de vinha, cada uma medindo aproximadamente
12 ares (100 metros quadrados). Dezessete vilas são
FODVVLƁFDGDVFRPR*UDQG&UXHFRPR3UHPLHU&UX2V
vinhedos são plantados em altitudes de 90 a 300 metros,
em encostas (coteaux) predominantemente voltadas para
o sul, sudeste e leste. Para entender um pouco melhor as
características de Champagne, é interessante compreender
as nuances de cada uma das quatro regiões.

86 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
5LR0DUQHPDUFɞR
HVWLORGRVYLQKRVGɞ
UHJL£R

Vallée de la Marne
As vinhas do Vale do Marne começam de
um lado em Tours-sur-Marne, em frente ao
contraforte de Bouzy, na última das colinas
que marcam o limite da planície calcária de
La Champagne Pouilleuse, e do outro lado em
Épernay, estendendo-se em direção a oeste
ao longo das duas margens do rio Marne,
mas principalmente na margem direita com crus, em ambos os lados do rio, são plantados
exposição sul e sudeste. exclusivamente com Pinot Meunier, produzindo
Seus crus mais importantes são Aÿ vinhos mais leves e frescos, muito apreciados, que
(reconhecido por seu Pinot Noir, ou Pinot Vert servem para equilibrar os blends.
Doré, como é conhecido localmente) e Mareuil. Ali Na região de Épernay também vigora a Pinot
WDPE©PƁFD+DXWYLOOHUVRQGH'RP3©ULJQRQWHULD Meunier, com vinhas ocupando as encostas que
descoberto a arte de fazer Champagne. se estendem de Épernay a Ablois por meio de
No Marne, a Pinot Meunier domina, Pierry; e também de Brugny-Vaudancourt a Mancy,
exceto em Dizy, Champillon e Cumières, onde formando um semicírculo de vinhedos com declive
é acompanhada pela Pinot Noir. Todos os acentuado.

7$%(/$9$//‰('(/$0$51(
Sub-região Vilas KɞGH9LQKHGRV % Chardonnay % Meunier % Pinot Noir
Geral 103 Kɞ 18.05% 58.62% 23.22%
&´WHDX[6XGGƦ‰SHUQD\ 11 +ɞ   
*UDQGH9DOO©H'H0DUQH 12 +ɞ   
7HUURLU'H&RQG© 4 +ɞ   
9DOO©H'H/ɞ0DUQH2XHVW 38 +ɞ   
9DOO©H'H/ɞ0DUQH5LYH'URLWH 24 +ɞ   
9DOO©H'H/ɞ0DUQH5LYH*DXFKH 14 +ɞ   
Côte des Blancs
A Côte des Blancs, como o próprio nome indica,
é a região das uvas brancas. Uma colina em
forma de losango, com cerca de 80 metros de
altura, estende-se ao sul da estrada N3 Epernay-
Chalons por 20 km até Bergères-les-Vertus. A
região encontra-se perpendicular ao Vale do
Marne. Exceto pela comuna de Vertus, que possui
consideráveis vinhedos de Pinot Noir, a Côte é
plantada com Chardonnay. Suas encostas são
mais íngremes do que as da face nordeste de
Montagne, e os solos terciários tendem a ser menos
espessos. O cume coberto de calcário da Côte des
Blancs é onde o Chardonnay encontra sua melhor
expressão. Há quatro vilas Grand Cru no centro
da Côte – Cramant, Avize, Oger e Le Mesnil-sur-
Oger – e, obviamente, são as mais procuradas na
denominação.
/RJRDRVXOƁFDD&´WHGH6©]DQQHXPD
continuação da Côte des Blancs, separada apenas
pelos pântanos de Saint Gond. O subsolo é mais
argiloso com algumas bolsas de calcário e as vinhas
são orientadas para o sudeste. Como Côte des
Blancs, a Chardonnay domina.

&KDUGRQQD\GRPLQɞHP
¡UHɞSHUSHQGLFXODUDR
YDOHGR0DUQH

7$%(/$&”7('(6%/$1&6
KɞGH
Sub-região Vilas % Chardonnay % Meunier % Pinot Noir
Vinhedos
Geral 58 Kɞ 84.86% 7.89% 7.19%
Côte Des Blancs 10 +ɞ   
0RQWJXHX[ 1 +ɞ   
6©]DQQDLV 12 +ɞ   
9DO'X3HWLW0RULQ 20 +ɞ   
9LWU\DW 15 +ɞ   

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 89
 (QWUHRVULRV0DUQHH9HVOH
YLQKHGRVSUHGRPLQDQWHVV£R
GH3LQRW1RLU

Montagne de Reims
O que se chama de Montagne
de Reims está mais para uma
colina do que uma montanha. Ela
ƁFDHQWUHRVULRV0DUQHH9HVOH
formando um promontório amplo
HRQGXODGRGHƂRUHVWDVHPDWDJDLV
que se estende de leste a oeste
por cerca de 30 km e de norte a
sul por 6 a 10 km. Seu ponto mais
alto entre Verzenay e Verzylies
ƁFDFHUFDGHPHWURVDFLPD
do nível do mar. O planalto em
seu topo, dividido pela estrada
Reims-Épernay, está situado em
um parque nacional de 10.000
hectares.
2VYLQKHGRVƁFDPDRHVWHH
norte, plantados em um grande
semicírculo que se estende de
Louvois a Villers-Allerand. As
vinhas cobrem as encostas calcárias
e os vales íngremes das famosas
vilas de Bouzy e Ambonnay,
seguindo os contornos da
“montanha”, de Trépail a Villers-
Marmery, contornando a planície
e as famosas comunidades de
Verzenay, Mailly e Verzy. As vinhas
são predominantemente plantadas
com Pinot Noir, exceto em Trépail e
Villers-Marmery, onde Chardonnay
também tem espaço.

7$%(/$0217$*1('(5(,06
% Pinot
Sub-região Vilas KɞGH9LQKHGRV % Chardonnay % Meunier
Noir
Geral 94 Kɞ 26.37% 32.96% 40.54%
*UDQGH0RQWDJQH5HLPV 21 +ɞ   
0DVVLI'H6W7KLHUU\ 17 +ɞ   
Monts De Berru 5 +ɞ   
5HLPV9HVOH $UGUH 51 +ɞ   

90 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 1RGHSDUWDPHQWRGH$XEH
&´WHGHV%DU©ɞUHJL£RPDLV
DRVXOGH&KDPSDJQH

Côte des Bar

Historicamente, Aube faz parte da caracterizada por encostas jurássicas
província de Champagne desde sobrepostas à rocha calcária
a Idade Média, quando Troyes Kimmeridgiana, que se estendem
era a capital da província. Agora por 320 km de Haute-Marne e Aube,
conhecida como Côte des Bar, os passando por Chablis e até Sancerre
principais vinhedos de Aubois e Pouilly-sur-Loire. Cortada por ,'$'(0‰',$'$69,1+$6
ƁFDPHQWUHHNPDVXGHVWH pequenos vales que se conectam EM CHAMPAGNE
de Épernay. Estão divididos em com os do Sena e do Aube, a Côte 0-10 anos Kɞ 
duas sub-regiões: Barséquanais, des Bars abrange vinhedos com 10-20 anos Kɞ 
centrada em Bar-sur-Seine, e Bar diversas exposições. A variedade 20-30 anos Kɞ 
Sur Aubois, em Bar-sur-Aube. predominante é a Pinot Noir, que 30-40 anos Kɞ 
A Côte des Bar está localizada graças ao clima e à geologia, produz + 40 anos Kɞ 
na parte sul de Champagne, vinhos de grande leveza.
&RQƁUDRV&KDPSDJQHV
avaliados por ADEGA
7$%(/$&”7('(6%$5
KɞGH % % % Pinot
Sub-região Vilas
Vinhedos Chardonnay Meunier Noir
7 897.60
Geral 64 11.64% 3.17% 83.90%
Kɞ
2 425.20
%DU6XU$XERLV 31   
Kɞ
5 472.40
Barséquanais 33   
Kɞ

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 91
 7(552, 5  % 5 $6, /

Vinhos
tropicais
Reconhecida a nova indicação de
procedência para vinhos do Vale do
São Francisco

por$UQDOGR*UL]]R

EM NOVEMBRO DE 2022, foi reconhecida

uma nova Indicação de Procedência para
vinhos no Brasil. A concessão da indicação
JHRJU¡ƁFD9DOHGR6£R)UDQFLVFRIRLIHLWDSHOR
Instituto Nacional da Propriedade Intelectual
(INPI), através de publicação na Revista de
Propriedade Industrial (RPI) nº 2704.
A partir de agora, vinhos elaborados
por oito vinícolas – Adega Bianchetti
Tedesco (Bianchetti), Vinícola Vinum Sancti
Benedictus (VSB), Vinícola Terranova (Miolo),
Vinícola Terroir do São Francisco (Garziera),
Vinícola do Vale do São Francisco (Botticelli),
Vinícola Mandacarú (Cereus jamacaru),
Vitivinícola Quintas de São Braz (São Braz) e
Vitivinícola Santa Maria/Global Wines (Rio
Sol) – que estão dentro da região demarcada,
e seguirem as normas contidas no Caderno
GH(VSHFLƁFD§µHV7©FQLFDVSRGHU£RXWLOL]DUR
selo da IG em seus produtos.
“Este é um momento histórico e muito
esperado pelos vitivinicultores da região,
em especial aqueles estabelecidos no Vale
do Submédio São Francisco, nos municípios
pernambucanos de Petrolina, Lagoa Grande e
Santa Maria da Boa Vista, além de Casa Nova
e Curaçá, na Bahia”, destaca o presidente do
Instituto do Vinho do Vale do São Francisco
(Vinhovasf) e da Associação dos produtores
e exportadores de hortigranjeiros e derivados
do Vale do São Francisco (Valexport), José
Gualberto de Freitas Almeida.
O projeto foi resultado da parceria entre o
Vinhovasf, a Embrapa Semiárido e a Embrapa
Uva e Vinho. Para Maria Auxiliadora Coêlho
de Lima, chefe-geral da Embrapa Semiárido,
a particularidade da produção de uvas para
vinho em clima semiárido tropical e sob um
manejo diferenciado, amparado pelo uso
da irrigação resulta em produtos originais. &RQ̛UɞXPɞVHOH§£R
“O reconhecimento dessas características GHYLQKRVGR9DOH
SRUPHLRGHXPDLQGLFD§£RJHRJU¡ƁFDWUD] GR6£R)UDQFLVFR
DYDOLDGRVSRU$'(*$
oportunidades de atingir novos espaços de
mercado e valoriza o trabalho dos vários
segmentos, instituições e setores que
DVVXPLUDPRFRPSURPLVVRGHVDƁDGRUGH
viabilizar a vitivinicultura no semiárido
brasileiro”, avalia.
“Esta é uma grande conquista para a
vitivinicultura brasileira, que só foi possível a
partir da parceria realizada entre instituições
de pesquisa, ensino e setor produtivo. Juntos
trabalhamos desde a caracterização do
Vale do São Francisco e de seus produtos,
fatores fundamentais para a estruturação da
Indicação”, destaca o pesquisador Giuliano
Elias Pereira, da Embrapa Uva e Vinho. Ele
liderou ao longo de cinco anos (2013-2018) um
projeto de pesquisa que envolveu mais de 40
pessoas de várias instituições para entender
a vitivinicultura do semiárido nordestino e
aprimorar a qualidade dos vinhos da região.

92 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
Particularidades responsável pela delimitação da área.
Para Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa Os tipos de produtos autorizados na IP são
que desenvolve projetos de estruturação de os vinhos tranquilos brancos, tintos e rosés e
,QGLFD§µHV*HRJU¡ƁFDV,*VGHYLQKRVEUDVLOHLURV vinhos espumantes brancos e rosés (bruts, demi-
desde os anos 1990, esta IG tem como diferencial
VXDORFDOL]D§£RJHRJU¡ƁFDřHP]RQDWURSLFDO
e ser baseada em requisitos equivalentes aos
da União Europeia: área delimitada, produção
da uva na área, tipos de vinhos, tipos de uvas
autorizadas, produtividade controlada, padrões
HQRO³JLFRVGHƁQLGRVHODERUD§£RQDUHJL£R
qualidade analítica e sensorial diferencial para
os vinhos e sistema de controle para atestar a
conformidade dos vinhos.
“A região apresenta uma paisagem vitícola
emblemática, com os vinhedos irrigados
pelas águas do São Francisco, com a caatinga
e suas cactáceas no entorno, ou os morros
testemunhos de formações geológicas
pretéritas, que se destacam na planície,
entre outros aspectos relacionados à cultura
regional”, explica a pesquisadora Ivanira
Falcade, da Universidade de Caxias do Sul
VHFVHPRVFDW©LVHODERUDGRVFRPGHXYDV
SURGX]LGDVQD¡UHDJHRJU¡ƁFDGHOLPLWDGD)RUDP
DXWRUL]DGDVSDUDƁQVGHHODERUD§£RGRVYLQKRV
cultivares de uvas Vitis vinífera L., indicadas pelos
próprios produtores, pela adaptação e desempenho
na região. As variedades autorizadas para a
elaboração dos vinhos comerciais na IP VSF são:
Brancas: Arinto, Chardonnay, Chenin Blanc,
Fernão Pires, Moscato Canelli, Moscato Itália,
Sauvignon Blanc, Verdejo e Viognier.
Tintas: Alicante Bouschet, Aragonês, Barbera,
Cabernet Sauvignon, Egiodola, Grenache, Malbec,
Merlot, Petit Verdot, Ruby Cabernet, Syrah, Tannat,
Tempranillo e Touriga Nacional.
A previsão é que os primeiros vinhos com a
Indicação de Procedência estarão no mercado a
partir de 2023, depois de passarem pelas análises
exigidas e pelas sessões de avaliação sensorial às
cegas.
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 93
9LGHLUɞ̛FɞQR&DVWHOR
.DW]HQ]XQJHQHP3ULVVLDQR2
WURQFRWHPFHQW­PHWURVGH
GL¢PHWUR
 &85,26, '$'(6
Secular
A história de uma vinha de mais de 350 anos
por$UQDOGR*UL]]R
NA PARTE NORTE DA ITÁLIA,
conhecida por Tirol do Sul, ou ainda Alto
Ádige, é quase mais comum ouvir as
pessoas falando alemão do que italiano.
Muitos ali, aliás, se chamam de tedescos,
que nada mais é do que “alemão” em
língua italiana. O nome da província, na
verdade é Bolzano e, naquela região ao pé
dos Alpes, não muito longe da fronteira
com a Áustria, localiza-se uma das lendas
do mundo do vinho.
Aos pés do Castelo Katzenzungen, em
Prissiano, cerca de 600 metros acima do
nível do mar, uma videira cuja pérgula
se estende por mais de 300 metros
quadrados, é considerada a maior e uma
das mais antigas do planeta. Chamada
de Versoaln, a população local estimava
que ela fosse quase tão antiga quando
o castelo, mas em 2004, o Dr. Martin
Worbes, da Universidade de Göttingen,
apontou que ela tinha, na verdade, pouco
mais de 350 anos.
Acredita-se que o castelo tenha
surgido no século XIII. Nesta época,
Henricus de Cazenzunge o cedeu para
as famílias nobres de von Fink e von
Schlandersberg. O castelo seguiu pelas
mãos dos Condes von Thun e von
Fuchs e acabou sendo propriedade dos
aristocratas von Breisach, responsáveis
pela impressionante arquitetura
atual. Entre 1500 e 1700, o castelo foi
considerado uma das residências nobres
mais prestigiadas do país.
&RPRƁPGDOLQKDJHPGDIDP­OLD
Breisach, o prédio perdeu parte de
VXDLPSRUW¢QFLDHƁFRXHPUX­QDV
Foi somente em 1978 que o castelo
renascentista foi redescoberto por Josef
3RELW]HUHSDVVDGRSDUDVHXƁOKR(UQVW
Pobitzer, que o restaurou. Contudo,
voltando à vinha Versoaln, acredita-se
que é uma variedade nativa, cultivada
em pérgola tradicional de castanheiro.
Ela cresce na encosta norte do Castelo
Katzenzungen, junto a um muro, num
VRORGHS³UƁURPXLWRSREUHRQGHGXUDQWH
séculos, se acumulou material aluvial.
Por isso, o tronco, com 32 centímetros
de diâmetro, e os anexos dos primeiros
ramos são cobertos de terra.
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 95
 6£RSURGX]LGDV
DRUHGRUGH
JDUUDIDVGHYLQKR
SRUDQRDSHQDV

Jardins
Acredita-se que o nome Versoaln pode
derivar de “Faxoal” ou de “Frason”, um
DQWLJRWHUPRUXUDOTXHLQGLFDYDXPDƁOHLUD
de faixas paralelas de terra. No entanto,
Versoaln também poderia referir-se à
posição do cultivo da vinha, ou seja, nas
encostas íngremes, em que a colheita tinha
que ser transportada por meio de cordas
DH[SUHVV£RGLDOHWDOYHUVRDOQVLJQLƁFDGH
fato, “para prender com cordas”). Há ainda
RXWUDVWHRULDV0DVHQƁPDSULQFLSDO¡UHD
de cultivo de Versoaln era o Val Venosta,
conhecido pelos vinhedos íngremes em suas
encostas.
A videira Versoaln produz pequenos
cachos de uvas com grãos de tamanho
médio. Das uvas desta vinha antiga são
produzidas ao redor de 300 garrafas de
vinho por ano de acordo com a safra. No
mundo, somente outra videira tão antiga
IRLGRFXPHQWDGDDW©DJRUDHHODƁFDHP
Maribor, na Eslovênia.
Em 2006, os Jardins de Sissi no
&DVWHOR7UDXWWPDQVGRUƀDVVXPLUDPD
proteção desta videira. No mês de junho,
sob a vinha Versoaln, acontece a “Festa
do Florescimento da Vinha”, enquanto
em setembro é celebrada a vindima. Com
visitas guiadas, pode-se ir até o Castelo
Katzenzungen e admirar Versoaln. Mas os
MDUGLQVGH7UDXWWPDQVGRUƀWDPE©PSRVVXL
tesouros vinícolas, como o Tabernaculum, a
arca do tesouro produzida por três milênios
de história vitivinícola do Sul do Tirol, que
exibe sementes de uvas raras e a cópia em
ouro de uma semente de 8.000 anos doada
pela Geórgia.

96 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
 $548,7( 785 $

As pedras
do Tibete
Vinícola Quzika 1865 se integra à paisagem
das montanhas tibetanas

por$UQDOGR*UL]]R

NO SOPÉ DA MONTANHA única altamente integrada ao local,

Dameiyong Snow, perto do rio
Lancang, dos campos de sal milenares
e da única igreja católica no Tibete,
foi projetada a vinícola Quzika 1865.
Os terraços montanhosos do Condado
de Markam que se estendem até o rio
Lancang são pontuados por nogueiras
e videiras centenárias e os riachos
correm junto aos restos de um antigo
moinho de água. Foi nessa fabulosa
paisagem que o PL-T Architecture
Studio tentou criar uma “cena
natural”.
“Nas montanhas tibetanas,
esconda-se na natureza e construa
com a natureza. Aprenda tanto com
os tibetanos quanto com a natureza;
expresse respeito e reverência pelas
montanhas escondendo-se. Deixe a
natureza ser o designer, construindo
adequadamente uma cena natural
um espaço vivo e um personagem
que só pode crescer aqui e agora”,
escreveu o arquiteto responsável,
Jianfeng Wang.
Então, escondida no sopé da
montanha, a vinícola foi pensada para
XVDUƂX[RGHJUDYLGDGHHPSURFHVVR
descendente, aproveitando a diferença
de altura do local para alcançar
um equilíbrio de terraplenagem. A
montanha transforma-se no espaço
da adega, que se insere em socalcos
para se adaptar às formas naturais do
relevo, ao mesmo tempo que evitou
interferir nas árvores centenárias,
mantidas em seus locais originais.
A cobertura é projetada como
uma paisagem aquática, formando
um campo de sal. Fluxos de água
de nascente natural das montanhas
cobertas de neve podem passar pelos

98 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 99
4X]LNɞ©XPHORHQWUHɞ
PRQWDQKɞHRULR

2PDWHULDOGɞSDUHGHH[WHUQD
FRPRVHULɞ³EYLRHPXPSURMHWR
FRPRHVVHIRLREWLGRGDVSHGUDV
H[LVWHQWHVQRORFDOHVHWRUQRX
XPɞFRQWLQXD§£RHH[WHQV£RGDV
SHGUDVRULJLQDLVGɞPRQWDQKɞ

100 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G


WHOKDGRVHƁQDOPHQWHVHIXQGLUQRULR/DQFDQJ
na base do vale. Diferentes quantidades de
água derretida das montanhas cobertas de
neve em diferentes estações formam períodos
de águas altas e baixas, criando dois tipos
de cenário no edifício. O espaço público,
constituído por três “rochas” espalhadas no
“campo de sal”, é entrecortado pelas nogueiras
e trabalha em conjunto com as rochas da
montanha para reconstituir um cenário
natural.
O material da parede externa, como seria
óbvio em um projeto como esse, foi obtido
das pedras existentes no local e se tornou
3URMHWR©GH
DXWRULɞGɞ3/7
uma continuação e extensão das pedras $UFKLWHFWXUH
originais da montanha. Essa parede 6WXGLR
PHOKRUDVLJQLƁFDWLYDPHQWHRGHVHPSHQKR
do isolamento térmico do espaço de
fermentação e torna a construção mais
econômica. O “campo de sal” se estende até
o rio Lancang e uma antiga árvore se ergue
entre as rochas ribeirinhas, assim, como os
tibetanos costumam criar gado por perto,
a vinícola se torna um espaço de atividade
diária para os aldeões. Com a montanha
nas costas e o rio na frente, adaptando-se
ao terreno, a Quzika 1865 é um elo entre a
montanha e o rio.
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 101
ʴ˖ˢˠˣ˔ˡ˛˘ˢˠ˔˜˦˜ˡЂ˨˘ˡ˧˘
ˣˢ˗˖˔˦˧˗˘˩˜ˡ˛ˢ˦ˡˢʵ˥˔˦˜˟

Bastidores, conversas e
entrevistas exclusivas sobre
o fascinante mundo do vinho.

Escute na sua plataforma de áudio favorita:

 &$'(512'($9$/,$‡ƒ2'(ADEGA

$YDOLD§µHVSRU
(GLWRUGHYLQKR
Eduardo Milan (EM)

André Mendes (AM)

Christian Burgos (CB),
&KULVWLDQH0LJXH]&0
)HOLSH*UDQDWɞ.RVLNRYVNL)*.H
-R£R3DXOR*HQWLOOH-3*
ZZZ0HOKRU9LQKRFRPEU

'HJXVWD§µHVUHDOL]DGDVQRUHVWDXUDQWH
3UD§ɞ6£R/RXUHQ§RFRPDMXGɞGR %(67%8<
VRPPHOLHU*XVWDYRGRV6DQWRV%DUURV PHOKRUFXVWR
EHQHI­FLR
2VSUH§RVV£R
DSUR[LPDGRVQRYDUHMR
HVXMHLWRVɦYDULD§£R

9,1+26
'(*867$'26
(02&$6,•(6
(63(&,$,6
lançamentos e
raridades
HSRUWDQWRQ£R
às cegas.

Tabela de avaliação
$SRLR Classificação Pontos
Extraordinário 95 a 100
Excelente 91 a 94
Ótimo 89 a 90
Muito Bom 87 a 88
Bom 85 a 86
Regular 82 a 84
Fraco abaixo de 82

Espumantes Brancos Rosés Tintos

p. 104 p. 104 p. 107 p. 108

5HYLVWɞ$'(*$  (G | 103

 (6380$17(6 e de padaria, tanto no nariz
quanto no palato. Gostoso de
beber, tem acidez vigorosa, que
dá equilíbrio ao discreto dulçor,
AD $8525$
352&('Š1&,$6%587
textura cremosa e final médio,
Salton, Serra Gaúcha, Brasil (R$
40). Espumante branco brut
elaborado pelo método Charmat
exclusivamente a partir de Glera.
Uma ótima versão desse vinho,

90 526‰
Aurora, Serra Gaúcha, Brasil (R$
45). Espumante rosado brut
elaborado pelo método Charmat
com toques cítricos, salinos e de
DPªQGRDVOFRRO$0
AD (675(/$72026&$7(/
91 ESPUMANTE
Dom Cândido, Serra Gaúcha,
que esbanja frutas brancas e
cítricas de perfil mais fresco,
acompanhadas de notas florais
e de ervas, que se confirmam
na boca, tudo sustentado por
vibrante acidez, textura cremosa
e final com toques de limão
siciliano e de maçãs. Álcool
(0
DSDUWLUGHXYDV3LQRW1RLU Brasil (R$ 65). Espumante
H5LHVOLQJ,W¡OLFR8PD
ótima versão deste espumante,
focado em frutas vermelhas de
perfil mais fresco, tanto no nariz
quanto no palato, acompanhadas
de notas florais e de padaria,
tudo sustentado por acidez
crocante e textura cremosa.
OFRRO$0
AD &$17,3526(&&2526‰
0,//(6,0$72(;75$
88 '5<
Canti, Vêneto, Itália (Cantu R$
117). Em um estilo mais maduro,
apresenta notas de frutas
vermelhas e florais, que se
branco doce elaborado pelo
método Asti e composto a partir
GH0RVFDWR%UDQFRH
Moscato Gialo. Esbanja frutas
brancas e cítricas seguidas de
notas florais e de ervas frescas,
tudo sustentado e equilibrado
por vibrante acidez e textura
cremosa. Gostoso de beber, tem
final cativante, com toques de
maçãs e de limão siciliano. Uma
das melhores edições desse
Moscatel até o momento. Álcool
(0
AD 5328,//21 ),/6
93 5‰6(59((;75$%587
R. Pouillon & Fils, Champagne,
França (Anima Vinum Brasil R$
475). Espumante branco extra
brut elaborado a partir de Pinot
AD 9,*1$526$
92 3526(&&2(;75$'5<
Vignarosa, Vêneto, Itália
(Vignarosa Brasil R$ 368).
Espumante branco extra dry
elaborado pelo método Charmat
exclusivamente a partir de uvas
Glera. Esbanja frutas brancas
e cítricas maduras seguidas de
notas florais e de ervas. Mas, é
na boca que merece atenção,
com sua pulsante acidez, sua
textura cremosa, seu perfil
austero e seu final cremoso e
persistente, com toques salinos,
cítricos e de umami. Por ser
fácil de beber e muito direto,
aparenta ser menos complexo do
que realmente é. Ótimo exemplo
do potencial da uva Glera! Álcool
(0
confirmam no palato. 1RLU3LQRW0HXQLHU
Harmonioso, tem acidez
vibrante, textura cremosa e final
refrescante, com toques cítricos.
OFRRO$0
AD &$6$9$/'8*$
90 35(0,90%587
Casa Valduga, Serra do Sudeste,
Brasil (R$ 99). Espumante
branco brut elaborado pelo
método tradicional a partir
de uvas Chardonnay e Pinot
Noir, mantido por 24 meses em
contato com as borras. Apresenta
uma fruta madura e suculenta,
seguida de notas florais, de ervas
104 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
H&KDUGRQQD\VHQGR
GDVDIUDGDVDIUD
HRVUHVWDQWHVGHYLQKRGH
reserva. Cheio de vivacidade,
exibe notas de frutas brancas e
de caroço, de fermento, de ervas
e florais, que se confirmam no
palato. Harmonioso e gostoso
de beber, destaca-se pela acidez
afiada e pela textura cremosa
e firme, além de final longo e
saboroso, com toques cítricos,
VDOLQRVHGHSDGDULDOFRRO
AM
AD 6$/7213526(&&2
89 %587
AD 9‰57,&(%5872526‰
93 2019
Caves Transmontanas, Douro,
Portugal (Adega Alentejana
R$ 215). Espumante rosado
brut elaborado pelo método
tradicional a partir de Touriga
Franca, Malvasia Fina e Gouveio,
mantido cerca de dois anos em
contato com suas lias antes da
degola. Mais uma ótima safra
desse rosé, que esbanja frutas
brancas e vermelhas de perfil
mais fresco acompanhadas
de notas florais, de ervas, de
fermento e de especiarias
doces, com sua acidez elétrica
e sua textura firme e cremosa
conferindo equilíbrio ao conjunto.
Tem final persistente, com toques
cítricos, de groselhas e de padaria.
OFRRO(0
%5$1&26
AD $'$5$6//89,$
9(5'(-26$89,*121
90 %/$1&
6&2//(&7,21
MGWines, Castilla-La Mancha,
Espanha (La Pastina R$ 124).
Apresenta um perfil de fruta
nítida e fresca, tanto no nariz
quanto no palato, acompanhada
por notas florais, de ervas e de
pedras de isqueiro. Destaca-se
pela tensão e pela vivacidade,
além de gostosa textura, acidez
afiada e final persistente, com
toques salinos, de toranja e de flor
GHOLPRHLUROFRRO$0
AD $0,7,‰9,2*1,(5
90
Amitié, Serra Gaúcha, Brasil
(R$ 105). Branco elaborado
exclusivamente a partir de
Viognier, com estágio de quatro
meses em carvalho. De boa
tipicidade, mostra notas florais,
de ervas e de especiarias doces
envolvendo suas frutas brancas
e de caroço maduras, com sua
acidez vibrante e sua textura firme
e cremosa trazendo equilíbrio
ao conjunto. Gostoso de beber,
tem final cativante, com toques
cítricos, de peras e de limão
siciliano, que convidam a uma
VHJXQGDWD§DOFRRO(0
AD &$/9(7+$8732,728
6$89,*121%/$1&
92 2020
Calvet, Loire, França (Cantu R$
150). A AOC Haut-Poitou foi criada
em 2012 e é de onde vem as uvas
Sauvignon Blanc para elaborar esse
branco sem passagem por madeira,
mas mantido em contato com suas
lias por alguns meses. Mostra notas
florais, de ervas e de especiarias
envolvendo sua fruta branca e
cítrica de perfil mais fresco, que
aparece tanto no nariz quanto na
boca, tudo sustentado por ótima
acidez e textura firme e cremosa.
Tem final austero, afiado e vertical,
com toques salinos, de maracujá,
de limão tahiti e de giz. Grata
VXUSUHVDOFRRO(0
AD &$6,//(52'(/',$%/2
'(9,/
90 :+,7(
Concha y Toro, Casablanca, Chile
(VCT R$ 80). Blend branco com
breve passagem por madeira,
mostra notas florais, de ervas e de
especiarias brancas envolvendo sua
fruta lembrando maçãs e pêssegos,
que aparecem tanto no nariz
quanto na boca. De corpo médio e
fácil de beber, tem ótima acidez,
textura firme e cremosa e final
persistente e agradável, com toques
cítricos e salinos, que pedem a
companhia de frutos do mar em
JHUDOOFRRO(0
AD -($1&+5,6723+(
*$51,(5528&+()(57
93 2020
Jean-Christophe Garnier, Loire,
França (Vinci R$ 418). Branco de
mínima intervenção elaborado
exclusivamente a partir de
Chenin Blanc, com fermentação
espontânea e estágio de 12 meses,
sendo metade em tanques de aço
inox e metade em barricas de
carvalho francês. Mostra notas
florais, de ervas, de frutos secos e
de especiarias doces envolvendo
suas frutas brancas e cítricas, tudo
apoiado por ótima acidez e textura
 firme e tensa. Tem final cheio
e persistente, com toques de
frutos secos, de limão siciliano,
de maçãs, de cera de abelha e de
XPDPLOFRRO(0
AD -8$1&$55$8
91 &+$5'211$<
Bodegas Carrau, Canelones,
Uruguai (Portus Cale R$
99). Branco elaborado
exclusivamente a partir de
Chardonnay, sem passagem por
madeira. Mostra notas florais e
de ervas envolvendo suas frutas
brancas e de caroço maduras,
tudo sustentado por vibrante
acidez e textura cremosa. Tem
final cativante, com toques
cítricos, de pêssegos e de
abacaxi, que convidam a uma
segunda taça, de preferência na
companhia de salmão grelhado.
OFRRO(0
AD -‰5”0($5128;
91 ,1,7,$/
Jérôme Arnoux, Jura, França
(World Wine R$ 318). Produzido
exclusivamente a partir de
&KDUGRQQD\VHQGRTXH
do vinho estagia durante 12
meses em barricas de carvalho.
Apresenta notas de frutas
brancas e cítricas, florais e
especiadas, que se confirmam
no palato. Impressiona pela sua
vivacidade e tensão, além de
ótima textura, acidez vibrante
e final persistente, com toques
VDOLQRVHGHOLPDOFRRO
AM
AD /$%(5,172&(1,=$6
6$89,*121%/$1&
94 2021
Laberinto, Maule, Chile (Edega
R$ 240). Branco elaborado
106 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
exclusivamente a partir de
Sauvignon Blanc, mantido em
contato com as borras finas
durante seis meses. Apresenta
um perfil mais austero e vertical,
com notas de frutas cítricas
frescas, de ervas e florais, tudo
sustentado por uma acidez
tensa e textura firme. O final
é persistente e profundo, com
toques de lima e salinos. Álcool
$0
AD /$*2$/9$5(6(59$
$5,172&+$5'211$<
91 2021
Quinta da Lagoalva de Cima,
Tejo, Portugal (Mistral R$ 320).
Branco composto a partir de
Arinto e Chardonnay, sendo
que só essa última fermenta e
estagia por 6 meses em barricas
de carvalho. Fresco, tenso, tem
ótima textura e cremosidade,
acidez refrescante e final
persistente com toques cítricos,
de ervas e de frutas brancas e de
FDUR§RPDGXUDVOFRRO(0
AD /8,63$720$5,$
91 GOMES 2020
Luis Pato, Bairrada, Portugal
(Mistral R$ 130). Branco
FRPSRVWRDSDUWLUGHXYDV
0DULD*RPHVH6HUFLDOLQKR
advindas de vinhedos de 35
anos de idade, cultivados em
solos arenosos. Sem passagem
por madeira, mostra frutas
brancas e de caroço envoltas
por notas florais, e de ervas,
que se confirmam no palato.
Refrescante e gostoso de beber,
tem ótima acidez, bom volume
de boca, textura cremosa e
final médio/longo, com toques
cítricos e de umami. Álcool
(0
AD 086,2/2%,$1&2
88
Caviro, Emiglia-Romagna, Itália
(Winebrands R$ 69). Branco
composto a partir de Malvasia
e Trebbiano, sem passagem
por madeira. Exuberante nos
aromas, mostra notas florais,
de ervas frescas e de especiarias
envolvendo sua fruta branca e
de caroço, tudo permeado por
ótima acidez e textura cremosa.
Tem final com toques cítricos,
que pede a companhia de
entradas leves ou saladas em
JHUDOOFRRO(0
AD 67()$19(77(5
67(,17(55$66(1
92 0œ//(57+85*$8
Stefan Vetter, Franken,
Alemanha (Vinci R$ 387).
Branco de mínima intervenção
elaborado exclusivamente
a partir de uvas Müller-
Thurgau, cultivadas segundo
os preceitos da biodinâmica,
com fermentação espontânea
e estágio de 10 meses em barris
de carvalho de 300 e 600 litros.
Radical tanto nos aromas quanto
nos sabores, esbanja frutas
brancas e de caroço seguidas
de notas florais e de ervas,
com sua acidez pulsante e sua
textura firme e cremosa ditando
as regras. Tem final vivaz e
persistente, com toques cítricos,
VDOLQRVHGHXPDPLOFRRO
EM
AD 7(55$=$6'(/26
93
$1'(6*5$1'
&+$5'211$<
Terrazas de los Andes, Mendoza,
Argentina (Moët Hennessy
Brasil R$ 330). Branco elaborado
exclusivamente a partir de uvas
&KDUGRQQD\VHQGRDGYLQGDV
GRYLQKHGR&DLFD\©QHGR
vinhedo El Espinillo, ambos em
Gualtallary, com fermentação e
estágio de oito meses em barricas
de carvalho francês. Muito bem
feito para um ano mais quente
como foi o de 2020, mostra frutas
brancas e de caroço seguidas
de notas florais, de ervas e de
especiarias, que aparecem tanto
no nariz quanto na boca. Tenso,
fluido, preciso e quase austero,
tem acidez vibrante, textura firme
e cremosa e final vertical, com
toques cítricos, de abacaxi fresco,
GHJL]HGHXPDPLOFRRO(0
AD 9,1+$6'2&$51(,52
90 %5$1&2
Quinta do Carneiro, Lisboa,
Portugal (Winebrands R$ 74).
Branco composto a partir de
Fernão Pires, Arinto e Moscatel
Galego Branco, sem passagem
por madeira. Versátil e fácil de
agradar, mostra frutas brancas e
de caroço acompanhadas de notas
florais e de ervas. Fresco, tem
ótima acidez, boa textura e final
médio, com toques cítricos e de
pêssegos, que convidam a uma
VHJXQGDWD§DOFRRO(0
526‰6
AD $'2%(5(6(59$526‰
89 2020
Emiliana, Rapel, Chile (La Pastina
R$ 84). Encanta pelo caráter
aromático e frutado, com notas
de frutas vermelhas e brancas
maduras, florais e de ervas. No
palato, tem bom volume de boca,
acidez marcante, deliciosa textura
e final saboroso e refrescante, com
WRTXHVGHFHUHMDVOFRRO$0
AD &$578;$&2/+(,7$
91 526‰
Fundação Eugénio de Almeida,
Alentejo, Portugal (Adega
Alentejana R$ 268). Rosé
elaborado exclusivamente a partir
de Touriga Nacional, mantido
em contato com suas borras finas
durante nove meses. Refrescante
e gostoso de beber, exibe notas
de frutas vermelhas e cítricas
de perfil mais maduro, florais e
de ervas, tudo em um conjunto
bem equilibrado, com acidez
refrescante e textura cremosa.
OFRRO$0
AD 0216$5$=75$',‡ƒ2
89 526‰
CARMIM, Alentejo, Portugal (Casa
Flora/Porto a Porto R$ 95). Rosado
composto a partir de Aragonez,
Syrah e Touriga Nacional, sem
passagem por madeira. Fácil de
beber e de agradar, mostra frutas
vermelhas e brancas frescas
seguidas de notas florais e de
ervas, que aparecem tanto no
nariz quanto na boca. De corpo
médio, tem boa acidez, textura
cremosa e final também médio,
com toques cítricos, de morangos
HSHUDVOFRRO(0
AD 6(035(/8,
91
Coppo, Piemonte, Itália (Mistral
R$ 346). Rosado elaborado
exclusivamente a partir de uvas
 Barbera advindas de vinhedos
localizados na região de Asti,
sem passagem por madeira. Cor
de um Provence. Nariz e boca
muito francos e alinhados, com
belíssima fruta. Fresco e
suculento, tem linda acidez, que
é a base de sua estrutura. Um
vinho que limpa o paladar.
Companheiro ideal da boa mesa.
OFRRO&%
AD 686$1$%$/%2
93 6,*1$785(526‰
Tem final persistente, com
toques de amoras e de groselhas.
OFRRO(0
AD $/7$9,67$$/72
94
Alta Vista, Mendoza, Argentina
(Épice R$ 765). Tinto composto a
SDUWLUGH0DOEHF/DV
Compuertas, Luján de Cuyo e
ótima textura, acidez vibrante e
final saboroso e persistente, com
toques de cerejas, salinos e
F­WULFRVOFRRO$0
AD
90
$552&$/6(/(&&,“1
7(035$1,//2
Bodegas Arrocal, Ribera del
Duero, Espanha (La Pastina
R$ 379). Tinto elaborado
Susana Balbo, Mendoza,
Argentina (Cantu R$ 213).
Rosado composto de uvas
0DOEHFH3LQRW1RLU
cultivadas na zona de Los
Chacayes, no vale do Uco, sem
passagem por madeira. Sempre
consistente, mostra frutas
brancas e vermelhas de perfil
mais fresco acompanhadas
de notas florais, de ervas e de
especiarias. Mas é na boca que
merece atenção, com sua acidez
elétrica, sua textura firme e
cremosa e seu final vertical
e persistente, com toques de
pêssegos, de groselhas, de peras
HGHXPDPLOFRRO(0
7,1726
AD 08/+(5(6
)$1767,&$6
92 &$%(51(7)5$1&
Sanabria, Serra Gaúcha, Brasil
(R$ 162). Tinto elaborado
exclusivamente a partir
&DPSRGHORV$QGHV8FRH
&DEHUQHW6DXYLJQRQ(O
Cepillo, Uco), com estágio de 14
meses em barricas novas de
carvalho francês. Potente e
estruturado, mostra frutas
vermelhas e negras maduras
acompanhadas de notas florais,
de ervas e de especiarias doces.
Mas, é na boca que merece
atenção, com seus taninos firmes
e de grãos finos, sua ótima
acidez e seu final cheio e
profundo, com toques de
ameixas, de violetas, de grafite e
de alcaçuz. Preciso e refinado,
está muito bom agora, mas tem
tudo para ficar ainda melhor nos
SU³[LPRVDQRVOFRRO
EM
AD $1=$
93
Diego Magaña Wines, Rioja,
Espanha (World Wine R$ 420).
Corte tinto composto
predominantemente de uvas
exclusivamente a partir de
uvas Tempranillo advindas
de vinhedos de mais de 40
anos, plantados no Pago Los
Astrales, com estágio de 18
meses em barricas de carvalho.
Estruturado e opulento, mostra
frutas negras de perfil mais
maduro acompanhadas de notas
especiadas, florais e terrosas,
que aparecem tanto no nariz
quanto na boca. Chama atenção
pelos taninos de ótima textura
e pela acidez refrescante,
que equilibram o conjunto e
sustentam o aporte da madeira.
Tem final carnudo e persistente,
que pede a companhia de carnes
vermelhas mais gordurosas.
OFRRO(0
AD $57()25=$%/(1'
&$%(51(76$89,*121
88 0(5/27
Casa Valduga, Rio Grande do
Sul, Brasil (R$ 45). Mais uma boa
safra deste blend tinto composto
de Cabernet Sauvignon e Merlot.
Apresenta um perfil mais
de Cabernet Franc, com
IHUPHQWD§£RHVSRQW¢QHD
de engaços) e sem passagem
por madeira. De boa tipicidade,
mostra notas especiadas, florais,
de ervas e de tabaco escoltando
suas frutas vermelhas e negras
de perfil mais fresco, com sua
pulsante acidez e seus taninos
firmes e finos ditando as regras
e conferindo fluidez ao vinho.
108 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
7HPSUDQLOORHSHTXHQD
parte de outras variedades
(Viura, Malvasia, Graciano e
Mazuelo), com estágio de nove
meses em foudres de 4.000 litros
e barricas usadas de carvalho
francês. Destaca-se pelo frescor
e pela nitidez de sua fruta
vermelha, além de notas
especiadas, de ervas e florais.
Vertical e tenso, tem taninos de
maduro, com notas de frutas
negras, de especiarias, de ervas
e terrosas, tudo equilibrado por
acidez refrescante e taninos
numerosos e aveludados. Álcool
$0
AD $57('($5*(172
89 0$/%(&

Argento, Mendoza, Argentina
(Domno Wines R$ 59). Tinto
elaborado exclusivamente a
partir de Malbec, com estágio de
$5*1‰(*,*21'$6 SUA EMPRESA CONECTADA
4 meses em barricas de carvalho
DPHULFDQRIUDQFªV
Mostra frutas negras e vermelhas
envoltas por notas florais, de
ervas e de especiarias doces, que
se confirmam no palato. Gostoso
de beber e fácil de agradar, tem
taninos aveludados, boa acidez
e final suculento, com toques de
ameixas, de violetas e de cacau.
OFRRO(0
AD %25*2'(,758//,
90 1(*52$0$52
Masseria Borgo dei Trulli, Puglia,
Itália (Winebrands R$ 142). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de Negroamaro, sem passagem por
madeira. Mais uma boa edição
desse vinho, que mostra ameixas e
amoras seguidas de notas florais,
de ervas e de especiarias doces,
que aparecem tanto no nariz
quanto na boca. Cativante e de
perfil gastronômico, tem acidez
refrescante, taninos de boa textura
e final agradável e cativante, que
pede a companhia de carnes
vermelhas ensopadas. Álcool
(0
AD &$%$//(52+,'$/*2
88 TINTO
Virgen de las Viñas, La Mancha,
Espanha (Domno Wines R$ 60).
Blend de Tempranillo e Cabernet
Sauvignon, com breve passagem
por madeira. Mostra ameixas e
amoras acompanhadas de notas
florais, de ervas secas e de
especiarias doces, que se
confirmam no palato. De corpo
médio, tem boa acidez, taninos
macios e final também médio,
com toques tostados e terrosos.
OFRRO(0
AD )$0,//(3(55,1
/
95 9,(,//(69,*1(6
COM SEU PÚBLICO.
E SUA COMUNICAÇÃO,
Perrin, Rhône, França (Mistral R$
1395). Tinto composto COM O SEU TEMPO.
majoritariamente de Grenache (o
restante é Syrah), proveniente de
um vinhedo de menos de 1 hectare
com cerca de 100 anos, plantado
Há 11 anos, a Orantes.C desenvolve
em pé franco em solos arenosos.
comunicação estratégica eficiente
Estagiou durante 18 meses em
foudres de carvalho, e o resultado
é um vinho concentrado e potente, para clientes dos segmentos
mas, ao mesmo tempo, elegante,
preciso e com muitas camadas de
aromas e de sabores. Notas de
de enogastronomia, gastronomia,
frutas negras, florais e de
especiarias combinadas com
alimentos e bebidas.
toques defumados, terrosos e
tostados, tudo amparado por Um trabalho conectado com o seu
acidez intensa, taninos finíssimos
e final refinado e persistente. tempo, na construção de imagem
OFRRO$0
junto a imprensa, influenciadores,
AD *$//$5'$&,16$8/7 colaboradores e consumidores.
92 2019
De Martino, Itata, Chile
(Winebrands R$ 174). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de uvas Cinsault advindas de um
vinhedo de mais de 30 anos,
cultivado na zona de Guarilihue,
com fermentação espontânea e
sem passagem por madeira. Puro
suco de frutas vermelhas e negras
de perfil mais fresco, seguidas de
notas florais, terrosas e de ervas.
Chama atenção pela textura firme
e fina de seus taninos e pela
refrescante acidez, que trazem
fluidez e tensão ao conjunto.
OFRRO(0
Entre em contato e saiba mais em
orantesc.com • @orantescassessoria
 AD *5$9$6'(/0$,32
&$%(51(76$89,*121
93 2016
Concha y Toro, Maipo, Chile
(VCT R$ 450). Tinto elaborado
majoritariamente a partir de
Cabernet Sauvignon, com
estágio de 12 meses em barricas
novas e usadas de carvalho
francês. De ótima tipicidade e
sob a influencia de um ano mais
fresco como o de 2016, mostra
cassis e ameixas acompanhados
de notas florais, de ervas e
de especiarias doces. Fluido,
cativante e gostoso de beber, tem
ótima acidez, taninos tensos e de
grãos finos e final persistente e
suculento, com toques de grafite
HGHDOFD§X]OFRRO(0
AD +(5('$''(/2=$
90 7(035$1,//2
Bodegas Campos Reales, La
Mancha, Espanha (WineMania
R$ 130). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de
Tempranillo, sem passagem por
madeira. De boa tipicidade, mostra
notas florais, terrosas, de ervas e
de especiarias doces permeando
suas frutas vermelhas e negras
maduras no ponto certo. Chama
atenção pelos taninos firmes e
finos, pela acidez pulsante e pelo
final persistente e cativante, com
toques de amoras, de groselhas e
GHFHUHMDVOFRRO(0
.$,.(17(552,56(5,(6
AD &$%(51(76$89,*121
90
0$/%(&3(7,79(5'27
2018
Kaiken Wines, Mendoza,
Argentina (Qualimpor R$ 125).
7LQWRFRPSRVWRDSDUWLUGH
&DEHUQHW6DXYLJQRQ
0DOEHF3HWLW9HUGRWFRP
estágio em barricas de carvalho.
Chama atenção pelos taninos de
fina textura e pela ótima acidez,
que envolvem sua fruta
110 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G
lembrando ameixas e amoras,
aportando fluidez e equilíbrio
ao conjunto. Tem final cheio e
suculento, com toques
especiados, terrosos e de ervas
secas, que pedem a companhia
de carnes vermelhas ensopadas.
OFRRO(0
AD /(5216$<
92
Jean-Paul Brun, Beaujolais,
França (Edega R$ 196). Tinto
elaborado exclusivamente a
partir de Gamay, com estágio de
12 meses em tanques de
cimento. Nítido nos aromas e
nos sabores, apresenta notas de
frutas vermelhas maduras,
florais, de ervas e de especiarias,
que se confirmam no palato.
Gastronômico, tem acidez
vigorosa, taninos de ótima
textura e final médio/longo e
saboroso, com toques de
ameixas e de grafite. Álcool
$0
AD /2;$5(/236 93
92
Loxarel, Catalunha, Espanha
(Belle Cave R$ 232). Tinto
elaborado segundo os preceitos
da biodinâmica e composto a
partir de Garnacha e Cariñena,
fermentado sem sulfito e sem
adição de leveduras, com
estágio de três meses em
ânforas de argila de 720 litros.
Mostra notas florais, terrosas,
de especiarias e de ervas secas
envolvendo sua fruta lembrando
cerejas e groselhas, que
aparecem tanto no nariz quanto
na boca, com sua acidez
pulsante e seus taninos finos e
firmes trazendo sustentação ao
seu perfil de maior madurez.
Tem final carnudo e persistente,
que pede a companhia de carnes
vermelhas grelhadas. Álcool
(0
AD MIXTIO 2015
93
Sutil, Limarí, Colchagua e
Maule, Chile (Decanter R$
842). Blend de uva de diversas
UHJLµHVGR&KLOHVHQGR
6\UDKGH/LPDU­
&DUP©Q¨UHH&DEHUQHW
)UDQFGH&ROFKDJXDH
Petit Verdot do Maule, com
estágio de 36 meses em
barricas novas de carvalho
francês. Estruturado e
opulento, apresenta frutas
vermelhas maduras
acompanhadas de notas
empireumáticas, de
especiarias, de ervas e de
couro, tudo em meio a uma
acidez refrescante e taninos
aveludados e de ótima
textura. O final é complexo,
cheio e persistente, com
toques de ameixas, de
alcaçuz, de cacau e terrosos.
OFRRO$0
025$1'‰$'9(1785(
AD 0(',7(551(2
*5(1$&+(6<5$+
0$56$11(&$5,*1$1
52866$11(
Morandé, Maule, Chile
(Setwines R$ 399). Tinto
composto a partir Grenache,
Syrah, Carignan, Marsanne e
Roussanne, advindas de um
vinhedo em secano (sem
irrigação) em Santa Elena,
Loncomilla, com estágio de 14
meses em barricas de caralho
IUDQFªVVHQGRQRYDV0DLV
uma ótima edição desse vinho,
que impressiona pela acidez
elétrica e pela pureza de fruta
vermelha de perfil mais fresco,
seguida de notas de notas
florais, de ervas e de
especiarias. Fluido e gostoso de
beber, tem taninos firmes e de
grãos finos e final persistente e
sedutor, com toques terrosos e
GHFHUHMDVOFRRO(0
AD 085,(/9,‘$69,(-$6
93 *5$15(6(59$
Muriel Wines, Rioja, Espanha
(Winebrands R$ 336). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
de uvas Tempranillo advindas de
vinhedos de idade entre 30 e 40
anos, plantados em solos argilo-
calcários, com estágio de 24 meses
em barricas novas de carvalho,
VHQGRIUDQFªVH
americano. Fluido, refinado e
sedutor, mostra cerejas e ameixas
maduras e em compota
acompanhadas de notas florais, de
tabaco, de couro e de especiarias
doces, com sua refrescante acidez
e seus taninos tensos, de grãos
finíssimos e de textura de giz,
conferindo profundidade e
equilíbrio ao vinho. Está ótimo
agora, mas tem tudo para ficar
ainda melhor no decorrer dos
SU³[LPRVDQRVOFRRO(0
AD 27521,$º
58*,(17(63,12712,5
91 2017
Otronia, Patagônia, Argentina
(World Wine R$ 288). Elaborado
exclusivamente a partir de Pinot
Noir, com estágio de 14 meses em
foudres de carvalho sem tosta.
Apresenta boa complexidade, com
frutas vermelhas maduras,
especiarias, floral, ervas e couro.
No palato, tem acidez vibrante,
taninos de ótima textura e final
longo, com notas salinas e de
URP£VOFRRO$0
AD 6$17$',*1$*5$1
89 5(6(59$6<5$+
Torres, Vale Central, Chile
(Qualimpor R$ 108). Tinto
elaborado exclusivamente a partir
GH6\UDKFRPHVW¡JLRGHGR
vinho em barricas de carvalho. De
boa tipicidade, mostra notas
florais, de ervas e de especiarias
picantes envolvendo sua fruta
negra de perfil mais maduro, tudo
equilibrado por taninos de ótima
textura e por sua acidez
refrescante. Tem final cheio, com
toques terrosos e de ameixas.
OFRRO(0
AD 623+(1,$6<17+(6,6
&$%(51(76$89,*121
93 2018
Finca Sophenia, Mendoza,
Argentina (World Wine R$ 308).
Tinto elaborado exclusivamente a
partir de uvas Cabernet Sauvignon,
cultivadas em Gualtallary, no vale
do Uco, com estágio de 12 meses
em barricas de carvalho francês.
Esbanja frutas vermelhas e negras
maduras no ponto certo, seguidas
de notas florais e de especiarias.
Chama atenção pelo frescor e
tensão do conjunto, com sua ótima
acidez e taninos granulados
ditando as regras. Tem final
suculento e persistente, com
toques salinos, de ervas e de cinzas
IULDVOFRRO(0
AD 7$5$3$&*5$1
5(6(59$(7,48(7$
93 $=8/5('%/(1'
Tarapacá, Maipo, Chile (Épice R$
376). Tinto composto a partir de
&DEHUQHW6DXYLJQRQ6\UDK
H&DEHUQHW)UDQFFRPHVW¡JLR
de 14 meses em barricas de carvalho
francês. Fluido, refinado e gostoso
de beber, essa é mais uma boa safra
desse tinto, que mostra frutas
vermelhas e negras maduras no
ponto certo acompanhadas de notas
florais, de ervas e de especiarias
doces, que aparecem tanto no nariz
quanto na boca. Tem acidez
refrescante, taninos finos e firmes e
final persistente e carnudo, com
toques de ameixas, de cassis, de
amoras, de grafite e de alcaçuz.
Paciência com ele na taça ou na
garrafa, para que todas as suas
YLUWXGHVDSDUH§DPOFRRO(0
AD 7252'(3,('5$*5$1
90 5(6(59$0(5/27
Viña Requingua, Curicó, Chile
(Patagônia Comercial R$ 90).
Tinto elaborado a partir de
Merlot, com estágio de 12
meses em barricas de carvalho
IUDQFªVVHQGRQRYDV'H
boa tipicidade, mostra frutas
vermelhas e negras maduras,
acompanhadas de notas florais,
de ervas e de especiarias doces,
que se confirmam no palato, com
sua acidez refrescante e seus
taninos firmes e finos conferindo
sustentação ao conjunto. Tem
final cheio e agradável, com
WRTXHVGHDPHL[DVOFRRO(0
AD 75Š6$0,*26&257(
88 %5$6,/(,52
Bodega Três Amigos, Encruzilhada
do Sul, Brasil (R$ 369). Corte
tinto composto de uvas Touriga
Nacional, Merlot e Ancellotta
(cofermentadas), com estágio de 406
dias em barris novos de carvalho
francês e americano. Em um estilo
estruturado e opulento, apresenta
notas de frutas negras maduras,
empireumáticas, de especiarias
doces, de ervas e terrosas, que se
repetem no palato. Tem acidez
refrescante, taninos numerosos e
de boa textura e final médio/longo,
com toques de ameixas, de violetas e
O¡FWHRVOFRRO$0
AD 9(17,648(525(6(59$
89 3,12712,5
Ventisquero, Casablanca, Chile
(Cantu R$ 78). Em um perfil mais
maduro, apresenta boa tipicidade,
com frutas vermelhas, especiarias,
ervas e toques florais. Tem acidez
vibrante, que realça sua fruta
saborosa e de qualidade, taninos
macios e final refrescante e
DJUDG¡YHOOFRRO$0
5HYLVWɞ$'(*$  (G | 111
 6$š'(

Cognição
Vinho melhora a saúde geral do cérebro
e pode proteger contra Alzheimer

UM ESTUDO PUBLICADO NA REVISTA Os pesquisadores descobriram que uma

Neurology, cientistas do Rush University PDLRULQJHVW£RGHƂDYRQRLGHVHVSHFLDOPHQWH
Medical Center, em Chicago, descobriram que de quercetina e kaempferol, estava
XPDPDLRULQJHVW£RGHƂDYRQ³LVXPDFODVVHGH fortemente ligada a um melhor desempenho
compostos polifenólicos bioativos encontrados neurológico. Em comparação com aqueles
HPFRQFHQWUD§µHVVLJQLƁFDWLYDVQRFK¡HQRYLQKR que consumiram a menor quantidade de
retarda o declínio cognitivo e melhora a saúde ƂDYRQ³LVDVSHVVRDVFRPFRQVXPR
do cérebro a longo prazo. O estudo mais alto apresentaram uma
segue uma pesquisa semelhante UHGX§£RGHQR
da mesma equipe em declínio cognitivo.
2020, que relacionou Thomas Holland,
HVSHFLƁFDPHQWH autor principal do
RVƂDYRQ³LVFRP estudo aponta
redução do risco de que uma dieta
Alzheimer. equilibrada é
Analisando a chave para a
os dados do saúde do cérebro
Rush Memory a longo prazo.
and Aging Ele aconselha
Project (MAP), as pessoas a
os pesquisadores “comer suas
rastrearam a frutas e vegetais,
LQJHVW£RGHƂDYRQRO principalmente
e o declínio cognitivo folhas verdes
de 961 participantes. escuras, e beber um
(VSHFLƁFDPHQWHHOHV pouco de chá e/ou vinho
compararam os níveis de vez em quando”. Os
de consumo de quatro ƂDYRQ³LVřTXHVHJXQGR
ƂDYRQ³LVSULQFLSDLVřNDHPSIHURO Holland, são encontrados
quercetina, miricetina e isorhamnetin – principalmente em couve, feijão, chá,
com vários indicadores de saúde cerebral, incluindo espinafre, brócolis, tomate, maçã, vinho, laranja,
memória episódica, memória semântica, capacidade pera e azeite – são produzidos pelas plantas em
visuoespacial, velocidade de percepção e memória resposta à exposição ao sol. Eles são encontrados
de trabalho. Esses indicadores de saúde cerebral em altas concentrações nas cascas das uvas, o que
foram medidos anualmente usando uma bateria de explica por que os vinhos tintos jovens podem
19 testes cognitivos. oferecer os maiores benefícios à saúde.

112 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G

 INFORMATIVO

Benefícios para
Sócios Ativos
2023! • Conhecimento
2023... o número do ano logo nos conecta a uma nova Receba de presente
safra, sobre a qual já estamos acumulando desde a última a Revista ADEGA, todos os meses,
e os Guias ADEGA, nos
FROKHLWDQXPFLFORLQƁQLWRGHGHVDƁRVHYLW³ULDVHPIRUPD meses de lançamento.
de vinhos maravilhosos.
3DUDQ³VQRFOXEHHVWDMRUQDGDLQƁQLWDGHEXVFDH • Prioridade em eventos
descobertas nos leva a safras especiais, sendo assim, nesta
Condição especial nas inscrições
seleção temos grandes representantes das safras 2018, dos eventos Descorchados,
2019 e 2020 e vinhos tão jovens como 2021 e 2022. Tudo ADEGA Espanha e Portugal
isso numa viagem global entre hemisférios norte e sul, do e eventos de parceiros.
Velho e Novo Mundos e das mais diversas e apaixonantes
castas. • ADEGA Rewards
(QƁPRTXHQ£RIDOWDQRPXQGRGRYLQKRV£RRS§µHV Ganhe um upgrade para a
categoria mais alta do programa
e oportunidades de revisitar antigos amigos e explorar
de fidelidade ADEGA Rewards e
novas fronteiras. E nossa missão está justamente em trazer pontue dobrado.
para você os melhores vinhos disponíveis dentro do seu
orçamento e momento.
• ADEGA Offer
É uma honra servir, compartilhar e conviver com você em Receba antecipadamente ofertas
mais este ciclo. do marketplace ADEGA Online
com vinhos exclusivos e/ou
promoções especiais.

Saúde,
• ADEGA Online
Christian Burgos e Eduardo Milan
'HVFRQWRVH[FOXVLYRVGHDW©ɖəɲ
em vinhos selecionados no
ADEGA Online.

• Liberdade
Você pode mudar de categoria
ou cancelar o clube a qualquer
momento sem multas ou taxas.

Faça parte:
www.ClubeAdega.com.br
 AD
94
Toscano
Blend tinto de Cabernet Franc
(60%), Cabernet Sauvignon (30%)
e Petit Verdot (10%), cultivadas em
Castagneto Carducci, com estágio de 18
meses em barricas.
CA’MARCANDA MAGARI 2018
Angelo Gaja, Toscana, Itália
(Mistral R$ 1.170).
5HƁQDGRHSUHFLVRPRVWUDIUXWDV
vermelhas e negras maduras no ponto
FHUWRDFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLV
de ervas e de especiarias doces, que se
FRQƁUPDPQRSDODWR(0
Gaja
Ca'Marcanda é o nome do projeto do
mítico produtor piemontês Angelo Gaja
na região de Bolgheri, na Toscana.
Duas garrafas R$2000/mês + frete
AD
94
Papa
Corte tinto composto de Grenache (65%)
e Syrah (35%), com estágio de 18 meses
em tanques de concreto.
PIE VI
CHÂTEAUNEUF-DU-PAPE 2018
M. Chapoutier, Rhône, França
(World Wine R$ 830).
Apresenta muitas camadas de aromas e de
sabores, notas de frutas vermelhas e negras
GHSHUƁOPDLVPDGXURGHIXPDGDVGH
especiarias, de ervas e terrosas. AM
Tradição
Referência em vinhos de terroir, a família Chapoutier
está instalada no Rhône desde 1808, mas foi a partir
do anos 1990, com a administração do incansável
Michel Chapoutier, que a vinícola ganhou destaque,
sendo uma das primeiras a adotar a agricultura
biodinâmica na região, ainda em 1991.
 BLACK

AD AD
94 93
Estágios
Corte duriense
90% Mencía e 10% Brancellao,
44% Touriga Nacional, 35 % Touriga
Mouratón, Sousón e Garnacha, com
Franca, 15% Tinta Roriz, 4% Tinta
fermentação espontânea e estágio
Barroca e 2% Alicante Bouschet,
de 12 meses em barricas usadas
com estágio em barricas usadas de
de carvalho francês e 10 meses em
carvalho francês.
foudres de carvalho também francês.

LALAMA 2018 MEANDRO DO VALE MEÃO

Dominio do Bibei, Galícia, Espanha TINTO 2019
(World Wine R$ 447). Quinta do Vale Meão, Douro,
Suculento, impressiona pela harmonia Portugal (Mistral R$ 318).
do conjunto, com sua concentração e Mais uma ótima safra desse vinho, que
estrutura sendo equilibradas por seus mostra notas de violetas, de ervas e
WDQLQRVƁUPHVHVXDUHIUHVFDQWHDFLGH] de especiarias doces envolvendo suas
EM frutas negras, tudo sustentado por
taninos tensos. EM

Histórica
A Quinta do Vale Meão foi a última das
Você sabia que... aproximadamente 30 grandes quintas que
Mencía, típica de Bierzo, e a portuguesa Jaen, típica do pertenceram à famosa Dona Antónia Adelaide
Dão, são a mesma uva? Ferreira, um dos nomes mais importantes da história
vinícola de Portugal.

Duas garrafas R$750/mês + frete

 AD AD
93 Blend
93 Chenin
Branco de mínima intervenção 100%
Rabigato (80%), Arinto (10%) e
Chenin Blanc, com fermentação
Viosinho (10%), com fermentação
espontânea e estágio de 12 meses,
e estágio de 9 meses, sendo 75% em
sendo metade em tanques de aço
tanques de aço inox e 25% em barris
inox e metade em barricas de
de carvalho.
carvalho francês.

DUAS QUINTAS RESERVA JEAN-CHRISTOPHE GARNIER

BRANCO 2020 ROUCHEFERT 2020
Adriano Ramos Pinto, Douro, Jean-Christophe Garnier, Loire,
Portugal (Épice R$ 336). França (Vinci R$ 418).
+DUPRQLRVRHUHƁQDGRDSUHVHQWD 0RVWUDQRWDVƂRUDLVGHHUYDVGH
notas de frutas brancas e de caroço frutos secos e de especiarias doces
PDGXUDVƂRUDLVGHHUYDVHGHIUXWRV envolvendo sua fruta, tudo apoiado por
secos. AM ³WLPDDFLGH]HWH[WXUDƁUPHHWHQVD
EM

Empreendedor
Natural
Adriano Ramos Pinto fundou a empresa de
Jean-Christophe Garnier, reconhecido produtor
mesmo nome em 1880, quando tinha apenas 21
de vinhos naturais, é especialista na casta Chenin
anos. Em 1990, a vinícola passou a integrar o
Blanc, cultivada no coração do Loire, em vinhedos
grupo da poderosa casa de Champagne Louis
entre 40 e 60 anos de idade.
Roederer.

Duas garrafas R$750/mês + frete

 PLATINUM GRAN GOLD
PLUS

Base AD
Tinto elaborado predominantemente a partir 92
de Merlot, sem passagem por madeira, mas
mantido 12 meses em tanques de aço inox antes
de ser engarrafado.

CHÂTEAU CILORN 2018

Château la Claymore, Bordeaux, França
(La Pastina R$ 221). AD
&KDPDDWHQ§£RSHORVWDQLQRVƁUPHVHƁQRVHSHOD 92 Pioneiro
acidez vibrante, que envolve suas frutas vermelhas e Projeto estabelecido por Juan Antonio Ponce,
negras maduras, conferindo profundidade ao vinho. um dos pioneiros biodinâmicos em Manchuela
EM e também um dos maiores defensores da casta
autóctone Bobal.

Família
Além de estar entre LA XARA GARNACHA 2020
os mais tradicionais e Bodegas e Viñedos Ponce, Manchuela,
AD melhores produtores da Espanha (World Wine R$ 162).
92 Espanha, a família Torres Exibe boa complexidade, com notas de frutas
também produz vinhos vermelhas maduras, de ervas, de especiarias
no Chile, onde iniciou seu doces, terrosas e empireumáticas. AM
projeto em meados dos
anos 1970.

CORDILLERA DE LOS ANDES RESERVA

ESPECIAL CARMÉNÈRE 2020
Torres, Peumo, Chile (Qualimpor R$ 200).
Harmonioso e suculento, tem acidez refrescante,
WDQLQRVƁUPHVHGHERDWH[WXUDHƁQDOORQJRFRP
toques de ameixas escuras, de alcaçuz, terrosos e
tostados. AM
União de forças
Petit Caro é o segundo vinho da Bodegas Caro, fruto AD
da joint venture entre duas das mais importantes 92
famílias do mundo do vinho, os Catena e os
Rothschild.
PETIT CARO 2018
Bodegas Caro, Mendoza, Argentina
(Mistral R$ 179).
Mostra frutas vermelhas e negras maduras
HQYROWDVSRUQRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGH
especiarias, tudo apoiado por ótima acidez e
WDQLQRVƁUPHVHƁQRV(0
Visionário
Jean-Paul Brun é um dos responsáveis pelo
renascimento da região de Beaujolais e foi AD
SLRQHLURHPDSOLFDUP©WRGRVGHYLQLƁFD§£R 92
antes utilizados apenas nos melhores vinhos da
Borgonha.
LE RONSAY 2020
Jean-Paul Brun, Beaujolais, França
(Edega R$ 196).
Nítido nos aromas e nos sabores, apresenta notas
GHIUXWDVYHUPHOKDVPDGXUDVƂRUDLVGHHUYDVHGH
especiarias. Gastronômico, tem acidez vigorosa e
taninos de ótima textura. AM

Três garrafas R$600/mês + frete Duas garrafas R$350/mês + frete

 GRAN GOLD GOLD
PLUS

Massas
AD
Gastronômico por natureza, esse 100%
91
Barbera sem passagem por madeira é
companhia ideal para massas ao molho tipo
sugo. Bio
A vinícola Chakana foi fundada em
2002 e é uma das precursoras do cultivo
VISTAMONTE BARBERA 2020 AD orgânico e biodinâmico na Argentina.
Vistamonte, Piemonte, Itália
(World Wine R$ 97).
91
Mostra fruta fresca, nítida e de qualidade,
CHAKANA NUNA VINEYARD
DFRPSDQKDGDGHQRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGH
MALBEC 2021
especiarias. AM
Chakana, Mendoza, Argentina
(La Pastina R$ 110).
Fluido e gostoso de beber, tem acidez
UHIUHVFDQWHWDQLQRVƁUPHVHWHQVRVHƁQDO
médio/longo, com toques de ameixas, de
Vinhas amoras e de violetas. EM
Terrazas de los Andes possui
AD 550 hectares de vinhedos
91 próprios, de onde vem todas
as uvas para elaborar seus
vinhos.

TERRAZAS DE LOS ANDES

RESERVA MALBEC 2020
Terrazas de los Andes, Mendoza, Argentina
(Moët Hennessy Brasil R$ 140).
(VWUXWXUDGRWHP³WLPDDFLGH]HWDQLQRVƁQRVH
ƁUPHVTXHWUD]HPHTXLO­EULRDRFRQMXQWRHDVXD
fruta vermelha e negra. EM Anglo-brasileira
A Quinta das Tecedeiras, assim como a Quinta de
Covela, são fruto da parceria do investidor brasileiro
Chileno Marcelo Faria de Lima e do jornalista inglês Tony
A Ventisquero produz anualmente mais de Smith. AD
3,6 milhões de garrafas, provenientes de 1.000 90
AD
hectares próprios, incluindo vinhedos em vales
como o meridional Huasco, o costeiro Leyda ou os
90 TECEDEIRAS LILÁS TINTO 2020
Quinta das Tecedeiras, Douro, Portugal
tradicionais Colchagua e Maipo. (Winebrands R$ 140).
Destaca-se pela nitidez de sua fruta madura e
QUEULAT GRAN RESERVA VXFXOHQWDVHJXLGDGHQRWDVƂRUDLVGHHVSHFLDULDV
CABERNET SAUVIGNON 2020 HGHHUYDV+DUPRQLRVRWHPƁQDOFRPWRTXHVGH
Ventisquero, Maipo, Chile (Cantu R$ 120). amoras. AM
7HP³WLPDDFLGH]HWDQLQRVGHWH[WXUDƁUPH
HTXLOLEUDQGRRFRQMXQWR7HPƁQDOFKHLRFRP
toques terrosos, tostados e de ameixas. Para as
carnes vermelhas mais gordurosas. EM

Três garrafas R$350/mês + frete Duas garrafas R$250/mês + frete

 GOLD SILVER
PLUS

Historia
Fundada em 1918, a Poças detém três quintas no
AD
Douro, distribuídas uma em cada sub-região,
90
a Quinta das Quartas, no Baixo Corgo, onde é o
FHQWURGHYLQLƁFD§£RGD3R§DVD4XLQWDGH6DQWD
Bárbara, no Cima Corgo e a Quinta de Vale de
Cavalos, no Douro Superior.

POÇAS COROA D'OURO TINTO 2019

Poças, Douro, Portugal (Cantu R$ 100). AD
Mostra ameixas e amoras maduras acompanhadas 90
GHQRWDVƂRUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDVGRFHV Garnacha
com sua acidez refrescante e seus taninos de boa Campo de Borja é uma DO localizada na
textura apoiando o conjunto. EM província de Zaragoza, de onde vem as uvas
100% Garnacha para elaborar este tinto sem
passagem por madeira.
Cristal
O austríaco Gernot Langes-
AD Swarovski, da famosa
BORSAO CLÁSICO GARNACHA 2020
90 marca de cristais, comprou
Borsao, Campo de Borja, Espanha
a Bodega Norton em
(World Wine R$ 87).
6HXƁOKR0LFKDHO
Repleto de ameixas, acompanhadas de notas
Halstrick, é o responsável
ƂRUDLVGHHUYDVHGHHVSHFLDULDV*RVWRVRGH
por gerir a vinícola.
beber, tem ótima acidez, que aqui dá equilíbrio
a sua fruta madura. AM
SEXY FISH CABERNET FRANC 2021
Norton, Mendoza, Argentina
(Casa Flora/Porto a Porto R$ 63).
Cativante, fácil de agradar e gostoso de beber, tem
³WLPDDFLGH]WDQLQRVƁUPHVHƁQRVHƁQDOFRP
toques de ameixas e de groselhas, que pedem um Blend
segundo gole. EM Tinto composto a partir de Syrah e Grenache,
sem passagem por madeira.
AD
89
Tempranillo
TED THE MULE CUVÉE
Tinto elaborado exclusivamente a partir de
RÉSERVE TINTO
uvas Tempranillo, com estágio de 3 meses em AD Les Vins du Littoral, Vin de France, França
barricas de carvalho francês.
90 (Épice R$ 75).
Gostoso de beber, mostra frutas vermelhas
DFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVGHHVSHFLDULDV
VEGA MURILLO 2019 e de ervas. Tem acidez agradável, taninos
Bodegas Frontaura, Toro, Espanha
DYHOXGDGRVHƁQDOFRPWRTXHVWHUURVRVHGH
(Domno Wines R$ 89).
ameixas. EM
Sempre consistente e de boa tipicidade, mostra
frutas vermelhas e negras escoltadas por notas
ƂRUDLVGHHUYDVGHHVSHFLDULDVGRFHVHGHWDEDFR
EM

Três garrafas R$250/mês + frete Duas garrafas R$150/mês + frete

 SILVER BRANCO

AD
Sinônimos
89 Norte AD
A Tempranillo possui vários nomes. Em Ribera del Emblemática cepa branca da Argentina, a Torrontés 91
Duero é conhecida por Tinta del País, já no Alentejo, mostra seus melhores resultados na região de
em Portugal, é chamada de Aragonez (ou Aragonês), Cafayate, em Salta, no norte argentino.
enquanto no Douro de Tinta Roriz.

ALTA VISTA ESTATE

VIÑA ALBALI TEMPRANILLO 2021
Viña Albali, Valdepeñas, Espanha
PREMIUM TORRONTÉS 2021
Alta Vista, Salta, Argentina (Épice R$ 129).
(Cantu R$ 40).
Exuberante nos aromas e nos sabores, mostra notas
(PXPSHUƁOPDLVPDGXURDSUHVHQWDIUXWDV
ƂRUDLVHGHHUYDVHQYROYHQGRVXDVIUXWDVEUDQFDV
vermelhas nítidas, tanto no nariz quanto na
e tropicais maduras, tudo apoiado por acidez
ERFDDFRPSDQKDGDVGHQRWDVƂRUDLVGHHUYDVH
UHIUHVFDQWHHWH[WXUDƁUPH(0
tostadas. AM

Frios
AD Versátil e cativante
88 é a companhia
ideal para tábua de AD
embutidos ou carnes 90 Você sabia que...
vermelhas magras. a linha Yali é inspirada num dos mais
importantes ecossistemas do Chile, o
“Pântano El Yali”?
CONO SUR 1551
CABERNET SAUVIGNON 2021 YALI WETLAND RESERVA
Cono Sur, Vale Central, Chile (La Pastina R$ 57). SAUVIGNON BLANC 2021
Mostra notas de frutas negras maduras, de ervas, Yali, Casablanca, Chile (Domno Wines R$ 85).
GHHVSHFLDULDVHƂRUDLVTXHVHUHSHWHPQRSDODWR Fluido, cativante e fácil de agradar, tem acidez
7HPDFLGH]UHIUHVFDQWHWDQLQRVƁUPHVHƁQDOFRP UHIUHVFDQWHWH[WXUDFUHPRVDHƁQDOFRPWRTXHV
toques de ameixas e de menta. AM cítricos e de maracujá, que pedem a companhia de
frutos do mar em geral. EM

Beiras AD Peixes AD
Blend tinto de Alfrocheiro, Baga, Tinta Barroca, 88 Gostoso de beber, pede a companhia de peixes 89
Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, brancos. Que tal iscas de peixe empanadas?
sem passagem por madeira.

MESSIAS TINTO 2021 AG FORTY SEVEN CHARDONNAY 2021

Messias, Beiras, Portugal Grupo Avinea, Mendoza, Argentina
(Casa Flora/Porto a Porto R$ 55). (La Pastina R$ 64).
'HSHUƁOJDVWURQ´PLFRWHP³WLPDDFLGH]HWDQLQRV Direto e refrescante, apresenta notas de frutas
ƁUPHVTXHHQYROYHPVXDVIUXWDVYHUPHOKDVH EUDQFDVHWURSLFDLVPDGXUDVƂRUDLVHGHHUYDV
QHJUDVPDGXUDVVHJXLGDVGHQRWDVƂRUDLVWHUURVDV AM
e de ervas. EM

Três garrafas R$150/mês + frete Três garrafas R$280/mês + frete

 ˁˢˠ˔˥˞˘˧ˣ˟˔˖˘ˢЁ˖˜˔˟˗˔˅˘˩˜˦˧˔ʴʷʸʺʴ
˩ˢ˖̼˘ˡ˖ˢˡ˧˥˔ˢ˦ˠ˘˟˛ˢ˥˘˦˩˜ˡ˛ˢ˦
˗˔˦ˠ˘˟˛ˢ˥˘˦˜ˠˣˢ˥˧˔˗ˢ˥˔˦˘ˠ˨ˠ͌ˡ˜˖ˢ˟˨˚˔˥ʡ
ˇˢ˗ˢ˦ˣˢˡ˧˨˔˗ˢ˦ˣ˘˟ˢ˦ˣ˥˜ˡ˖˜ˣ˔˜˦˖˥̿˧˜˖ˢ˦˗ˢˠ˨ˡ˗ˢʡ

Os leitores da ADEGA ganham:

Acesse agora:

www.AdegaOnline.com.br
 QUEM DISSE?

“Podemos estar bebendo vinho da

mesma garrafa, mas não estamos
realmente bebendo o mesmo vinho.
A energia da pessoa... que muda o
vinho. Todos nós temos experiências
diferentes”
-HDQ)UDQ§RLV*DQHYDWHQ³ORJRIUDQFªV

“Quero produzir tintos de boa

cor, mas que a fruta seja o
player principal e a madeira um
coadjuvante para sustentar essa
fruta. Temos que vender o vinho,
não a barrica, né?”
$OHMDQGUR&DUGR]RHQ³ORJRXUXJXDLR

“Acho que nunca se vende uma

garrafa de vinho. Você sempre
Existem alguns vende outra coisa, que é muito
subjetiva e muito imaterial. Você
vinhos que podem vende excelência, experiências,
ser perfeitamente sensações, status”
,JQDFLRGH6DUDOHJXLHQ³̛OR
descritos por uma
música”
-RVH5DOORSURGXWRUɞLWDOLDQɞ

112 | 5HYLVWɞ$'(*$  (G

 Nossa Casa,
de portas abertas para você.
O S C A R F R E I R E , 5 74

UM NOVO ESPAÇO DEDICADO ÀS EXPERIÊNCIAS,

RELAÇÕES E, SOBRETUDO, À ENOGASTRONOMIA.

EMPÓRIO R E S TA U R A N T E WINE BAR PA N E T T E R I A CAFFÈ ROSTICCERIA

Seg. 8-21h | Ter. a Sáb. 8-23h | Dom. 8-19h | Tel.: 11 5039-4397 lapastina.com/casa /CasaLaPastina
 V EGA S ICILIA
O MELHOR VINHO DA ESPANHA

É difícil apontar qual é o melhor produtor de vinhos da França ou da Itália.

A Espanha, por sua vez, tem um produtor que é uma verdadeira unanimidade: Vega Sicilia!
Os vinhos com a assinatura de Vega Sicilia não são apenas os melhores vinhos espanhóis,
estão indiscutivelmente entre os melhores e mais celebrados de todo o mundo.

Os melhores vinhos da Espanha você encontra na Mistral

Compre pelo telefone: (11) 3174-1000

ou acesse nosso site: www.mistral.com.br