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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
Ouro = 8 possibilidades
A = Prata = 7 possibilidades = 8.7.6 = 336
Bronnze = 6 possibilidades
Uma vez que ambas as abordagens são equivalentes (na verdade, a fórmula é consequência direta
do Princípio Fundamental da Contagem), a escolha dessa ou daquela abordagem de solução fica a seu
critério, aluno.
Saiba mais
Exemplos de Aplicação
1. Calcule o número de arranjos simples dos elementos do conjunto M = {a, b, c, d}, tomados três a
três.
Solução:
A4,3 = 4 (4 − 1) (4 − 3 + 1) = 4 .3 .2 = 24
Resposta: o número de arranjos simples dos elementos de M, tomados três a três, é 24.
Unidade I
Solução:
An,p = A 5, 5 = 5. 4. 3. 2. 1
A5 ,5 = 120
Resposta: o número de maneiras distintas de formar uma fila com 5 pessoas de um total de 5
pessoas é 120.
Um caso particular de arranjos simples é o conhecido como Permutação Simples. Essa operação
acontece quando o número de elementos nos agrupamentos coincide com o número total dos elementos
do conjunto de origem, isto é, dado um conjunto M com n elementos, as Permutações Simples são
arranjos simples de n elementos tomados de n a n.
Assim, quando tratamos de Permutações Simples, em que não há elementos repetidos, temos:
Pn = n(n − 1) (n − 2) ...(1) = n !
Pn = n!
Já nos deparamos com esse tipo de situação anteriormente, quando calculamos os anagramas de
palavras que não possuem letras repetidas.
Exemplos de Aplicação
Solução:
Como se trata de uma permutação de 5 elementos não repetidos, temos:
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Impresso por Paula, CPF 080.617.118-93 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
Pn = n !; onde n = 5
P5 = 5! ⇒ P5 = 120
2. Quantos números naturais de 6 algarismos distintos podem ser formados com os algarismos 1, 2,
3, 4, 5 e 6, que não sejam múltiplos de 5?
Solução:
Para não ser múltiplo de 5, número completo não pode terminar com o algarismo 5, isto é, o algarismo
posicionado na casa das unidades deve ser diferente de cinco. As outras posições podem permutar
livremente, ou seja, uma vez escolhido o algarismo das unidades (5 possibilidades, pois devemos excluir
o algarismo 5), podemos permutar livremente os 5 cinco algarismos restantes.
N = (P5) × 5 = ( 5!) . 5
N = 120 × 5 = 600
Resposta: o número de algarismos distintos, que não sejam múltiplos de 5, possíveis de serem
formados é 600.
É comum acontecerem situações nas quais permutar elementos não diferencia os agrupamentos.
Um exemplo já conhecido nosso é o cálculo de anagramas de palavras com letras repetidas . Tais
situações são conhecidas como Permutações com Repetição e podem ser calculadas por meio da
seguinte expressão:
n!
Pnn1,n2 ,....n k =
n1! n2!...nk !
n1 + n2 + ... + nk = n
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Unidade I
Observe que, se aplicarmos a relação anterior em uma situação em que não há elementos repetidos,
isto é:
n1 = n2 = ... = nk = 1
n! n!
Pnn1,n2 ,....nk = = ⇒ P11
n
, ,....1
= n!
n 1!n 2 !...nk ! 1! 1!... 1!
É fácil compreender o termo no denominador em contraste com a expressão para Permutações sem
Repetições. Ela ocorre justamente para corrigir as permutações contadas a mais, uma vez que estas não
distinguem os agrupamentos.
Situações de permutações com elementos repetidos são frequentes e bastante interessantes. Vamos
explorá-las considerando alguns exemplos de aplicação.
Exemplos de Aplicação
Solução:
A palavra tiete possui duas letras que se repetem: t e e, logo, se trata de uma situação na qual o
cálculo de uma permutação com elementos repetidos é requerida. Vejamos:
n =5
n!
Pnn1,n2 = onde : n1 = 2
n1! n2!
n2 = 2
Logo:
5 ! 120
P52,2 = = ⇒P52,2 = 30
2! 2! 4
Solução:
Uma equação desse tipo é conhecida como diofantina, e, para determinar o número de
possíveis soluções, devemos lançar mão de um interessante e criativo truque. Imaginemos que
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
devemos separar 7 bolinhas em 3 regiões diferentes. Em seguida ilustramos uma das possíveis
separações:
o|ooo|ooo
9!
P92,7 =
2! 7!
Utilizando a propriedade fundamental dos fatoriais, chegamos ao resultado desejado:
9. 8. 7! 9.8
P92,7 = =
2 !7 ! 2
P92,7 = 36
Observação
Unidade I
Permutações Circulares
Vamos imaginar uma situação em que temos um dado conjunto M com n elementos dispostos de
forma circular, isto é, posicionados na circunferência de um círculo. Um grupo de 5 pessoas sentadas ao
redor de uma mesa redonda é um bom exemplo de um conjunto em que os elementos estão dispostos
de forma circular. Vamos nominar essas pessoas com letras, sejam elas: A, B, C, D, e E.
B
A C
E D
Figura 4
Situações como essa são casos típicos de Permutações Circulares. Observe que, se girarmos
no sentido horário, obtemos as seguintes permutações em linha: ABCDE (partindo de A); BCDEA
(partindo de B); CDEAB (partindo de C); DEABC (partindo de D); EABCD (partindo de E). Essas
5 permutações em linha correspondem a uma única permutação circular, pois, se trocarmos
as pessoas de lugares, daremos origem a novas Permutações Circulares. Na verdade, podemos
trocar as pessoas de lugar de 5! formas distintas, justamente como se estivéssemos calculado os
anagramas de ABCDE.
Nossa tarefa agora é calcular o número de possíveis Permutações Circulares. Felizmente, tal trabalho
pode ser feito realizando uma Regra de Três Simples . Vejamos:
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
o que implica:
n ! n (n − 1) !
nPcirc (n ) = n ! ⇒ Pcirc (n ) = =
n n
ou seja:
Exemplos de Aplicação
1. De quantas forma distintas 6 pessoas podem ser dispostas ao redor de uma mesa redonda?
Solução:
Pcirc( n) = (n − 1)! , n = 6
Pcirc( 6) = ( 6 − 1) ! = 5!
Pcirc( 6) = 120
Resposta: o número de formas distintas que 6 pessoas podem ser dispostas em uma mesa redonda
é 120.
2. Uma família é composta por 6 pessoas: pai, mãe e 4 filhos. Num restaurante, essa família irá
sentar-se em uma mesa redonda. De quantas formas diferentes eles podem se posicionar em torno da
mesa, de forma que pai e mãe permaneçam juntos?
Solução:
Como pai e mãe devem permanecer juntos, vamos tratá-los como um só elemento e calcular as
Permutações Circulares com respeito a 5 elementos em torno da mesa.
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Unidade I
Pcirc (n ) = ( n − 1)! , n = 5
Pcirc (6 ) = (5 −1) ! = 4 !
Pcirc (6 ) = 24
Todavia, devemos multiplicar esse resultado por 2, uma vez que pai e mãe podem trocar de lugar
entre si. Logo, o número de composições na mesa (N) para que pai e mãe fiquem juntos é:
N = 2 × 24
N = 48
Resposta: o número de composições na mesa em que pai e mãe ficam juntos é 48.
Dentre 10 pessoas, 3 devem ser escolhidas para compor um grupo que participará de um congresso
acadêmico. De quantos modos distintos podemos formar os grupos?
Claramente, a ordem dos eleitos não altera o grupo, pois o importante é fazer parte da comitiva,
por exemplo, o grupo {João, Carlos, Vanessa} é equivalente ao grupo {Vanessa, João, Carlos}. Situações
assim são conhecidas como Combinações Simples e obedecem à seguinte fórmula:
n!
C n,p = ; onde p ≤ n
p ! (n − p )!
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
n! n = 10
Cn,p = ;
p !(n − p) ! p = 3
10! 10!
C10 ,3 = =
3! (10 − 3)! 3 !7 !
10 .9 .8 .7 ! 720
C10 ,3 = =
( 6) 7! 6
C10 ,3 = 120
O que ocorre quando calculamos o caso particular de uma Combinação Simples de n elementos
tomados n a n ? Vejamos:
n!
Cn p, = ; n =p
p !(n − p) !
n! n!
Cn n, = ⇒ Cn n, =
n !(n − n) ! n ! 0!
0! = 1
Assim,
n!
Cn,n = = 1, que é o resultado esperado, pois existe uma só forma de constituir o agrupamento nas
n!
condições dadas.
Percebemos agora quão importante essa definição é para que a estrutura algébrica da Análise
Combinatória não venha a ruir!
Unidade I
C 0,0 ,
pois:
0!
C 0,0 = =1
0! ( 0 − 0)!
Chega a ser incômodo ver tantos zeros no denominador e, ainda assim, obtermos um
resultado determinado. Entretanto, graças à definição de 0! = 1, podemos representar o
número de agrupamentos que podemos formar, considerando o conjunto vazio . Uma vez que
o conjunto vazio possui um único subconjunto, que é o conjunto vazio também, o número
de combinações possíveis só pode ser a unidade, da mesma forma que o agrupamento de n
elementos tomados n a n .
Lembrete
n!
C n,p = ; onde p ≤ n
p ! (n − p )!
Uma forma alternativa e muito útil de representar essa quantidade é utilizar a notação:
n
C n,p =
p
Assim,
n n!
p p! (n − p )! ; onde {n , p ∈ℵ| p ≤ n}
=
Essa nova notação não altera o significado numérico da quantidade, possibilita a criação de uma
estrutura algébrica (operações e propriedades) em torno desse novo objeto.
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