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CHIANG SING
APRESENTAÇÃO
-./ Naquea *po"a a!nda n(o t!n4am s!do pub!"ados os !%ros de +obsan&
Rampa, e pou"o se "on4e"!a no Bras! sobre o T!bete
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
UM
Prelúdio de Uma Longa Experiência
Eram "er"a de o!to 4oras da no!te, quando nosso &rupo "4e0!ado por
Tsaron&, de!ou a mans(o do Ra)á Dor&e e apressou6se em tomar a d!re'(o
do %ae do r!o T!sta, onde dentro em pou"o "ome'ar!a A 2esta das 2autas
7astor!s
Nossos "a%aos atra%essaram um on&o "am!n4o, que nos e%ou ao 0undo de
uma &ar&anta e, a&um tempo depo!s, %!mos um etenso %ae !um!nado pea
u1 da ua [ med!da que nos apro!má%amos, notá%amos que o "entro do
%ae esta%a en0e!tado "om r!"os estandartes de seda, a1u, %erde, amareo e
%erme4o, bordados "om 0a!s>es, &rouse e outros pássaros m!to?&!"os Em
%ota de uma &rande 0o&ue!ra, 0e!ta "om a per0umada made!ra de sJndao,
%!mos mu!tos #erpas# %est!ndo tra)es 0est!%os, a"o"4oados de pee de
"orde!ro As mu4eres, pequenas e &ra"!osas esta%am pro0undamente
en0e!tadas "om )o!as e 0ores, que apesar do !n%erno, n(o 0atam em S!XX!m
Enquanto desmontá%amos e entre&á%amos nossos "a%aos a um ser%o que
nos a"ompan4a%a,
6 A 0esta "ome'ouU 6ou%!mos
e"amouuma ms!"a estran4a e meod!osa
Tsaron&
Apro!mamo6nos do po%o que se "ompr!m!a em %ota da 0o&ue!ra N!sso, um
%e4o, ato e !mponente, %est!do "om a roupa dos #doXpas# pastores
t!betanos, )o&ou no 0o&o um pun4ado de er%as per0umadas Ent(o o po%o
"ome'ou a "antar a"ompan4ado peo r!tmo dos tambores, que embra%am os
atabaques usados nos r!tos umband!stas no Bras!
6 É um apeo aos deuses, ped!ndo sua b3n'(o e prote'(o para as "o4e!tas 6
d!sse Tsaron&
Zuando term!naram as !n%o"a'>es, o %e4o pastor, que soubemos ser o
"4e0e re!&!oso dos #erpas#, desen4ou no "4(o, "om um p? bran"o, uma
&rande
6 Aqu!o"ru1 suást!"a
nos de!ou perpeos E 7!erre Yu!en !nda&ouF
6 O que tem a %er a "ru1 suást!"a "om a "er!m=n!a desta 0esta
6 Esta "ru1 6 0aou Tsaron& 6 * um dos ma!s ant!&os s$mboos sa&rados do
Or!ente Os bud!stas "4!neses "4amam6na #an# Nos tempos t!betanos *
"omum en"ontrarmos este s$mboo &ra%ado nos porta!s ou nas pedras da
ma!or!a dos moste!ros
6 Na 5nd!a tamb*m podemos %er a "ru1 suást!"a sobre a "abe'a da serpente
Ananta, no Tempo de Ouro em Amr!tsar 6 0aou o Dr essantára Os
brJmanes "4amam a suást!"a de Cru1 Ya!na
6 A!ás, e!stem duas suást!"as 6 retru"ou Tsaron& ma * pos!t!%a e a outra,
ne&at!%a Ambas s(o sa&radas, sendo que a pos!t!%a * usada na ma&!a
bran"a e a ne&at!%a na ma&!a ne&ra
E qua * a d!0eren'a entre ambas 6 per&unte!, sumamente !nteressada
Ma!s tarde, num de seus !%ros !nt!tuado #Astros, Guerra e 7a1#, +ou!s De
^o4 de"araF
Na man4( se&u!nte, ap?s tomar o "4á "om boos de &en&!bre que uma das
"r!adas nos e%ou no quarto, sa$mos para o )ard!m ao en"ontro de nossos
am!&os Esta%am sentados num qu!osque, no "entro do &rande )ard!m "4e!o
de 0ores, apesar do !n%erno Con%ersa%am an!madamente 6 2o! bom teres
%!ndo 6 d!sse Ma4!ma 6, po!s está%amos 0aando sobre a sa&rada 0esta de
^esaX
6 S!m, po!s, 4o)e @ no!te o po%o do Nepa %a! 0este)ar o 2est!%a de ^esaX,
que * um dos ma!s !mportantes de toda a 8s!a 0aou o Ra)á
Era a pr!me!ra %e1 que ou%$amos 0aar nesta 0esta e o seu nome estran4o
despertou em n?s uma %!%a "ur!os!dade
6 O que s!&n!0!"a esta 0esta 6 !nda&amos
2o! o Ra)á quem respondeuF
6 Representa uma trad!'(o mut!m!enar do Or!ente, que todos os anos, na
+ua C4e!a de ma!o, * "eebrada aqu! no Nepa e tamb*m em a&uns u&ares
da 5nd!a e do Ce!(o Na &rande 4ora da +ua C4e!a, Ma!trea 6 o Buda da
Compa!(o 6 derrama suas b3n'(os sobre o mundo
6 A!ás, estas b3n'(os 6 d!sse o Dr essantára 6 s(o mara%!4osamente
e"ep"!ona!s, porque de%!do a sua ata "ate&or!a nos panos esp!r!tua!s,
nosso sen4or
mu!to on&e doBuda
nossotem ampo7ortanto,
a"an"e a"esso aos
ee panos da nature1a
pode transmutar que est(oao
e trans0er!r
nosso mundo, a d!%!na ener&!a dos mundos super!ores Sem o au$!o do
Buda, )ama!s estas ener&!as poder!am "4e&ar at* n?s
6 E por que n(o 6 !nda&ue!, "ur!osa
6 essantára o4ou para o Ra)á e os do!s sorr!ram, e ap?s uma bre%e pausa o
Ra)á 0aouF
6 7orque as %!bra'>es do nosso bem6amado Buda s(o t(o 0orm!dá%e!s e t(o
!n"r!%emente ráp!das, que ser!a6nos !mposs$%e per"eb36as Mas, no
pen!n!o de ma!o, suas b3n'(os se d!0undem peo mundo !nte!ro, e%ando
4armon!a e pa1 !ne0á%e a todos os que est(o preparados, para re"eber os
d!%!nos dons do Ra)á "aaram 0undo em nossa ama, mas a!nda ass!m, n(o
Estas paa%ras
t$n4amos per"eb!do o sent!do o"uto da 0esta de ^esaX E "ont!nuamos
per&untandoF
6 7or que ra1(o esta b3n'(o mara%!4osa s? * dada no pen!n!o de ma!o
6 7orque * no m3s de ma!o 6 d!sse o Ra)á 6 que no "aendár!o da 5nd!a, Nepa
e Ce!(o * "4amado ^esaX, ou 2esta da +ua C4e!a de Ma!o Nesta *po"a
0este)amos os a"onte"!mentos ma!s !mportantes da %!da de Buda, o
Ium!nado Contudo, a apar!'(o que sur&e na 2esta da +ua C4e!a n(o * a de
S!darta Gautama, o Buda, mas s!m de uma de suas emana'>es d!%!nas
"on4e"!da "omo Buda Ma!trea, ou Buda do 0uturo
6 E todos podem %er esta d!%!na apar!'(o da sombra do Buda 6 !nda&ue!
perpea
6 Nem todos 6 retru"ou o ra)á 6 somente aquees que est(o preparados
esp!r!tuamente e t3m aberto a sua Qa %!s(o ou ter"e!ro o4o esp!r!tua
Consta que nesse d!a sa&rado, mu!ta &ente %a&a !nut!mente de um ado para
outro nas montan4as, sem en"ontrar o u&ar onde * "eebrada a 2esta da
+ua C4e!a É "omo se o #%*u de Maa#, a &rande !us(o, o"utasse este u&ar
dos o4os "ur!osos
D!ante d!sto 0!"amos preo"upados A"aso ser$amos d!&nos de !r a esta 0esta
e %er a sombra do Buda
Como que ad!%!n4ando meus pensamentos o ra)á 0aouF 6 Re"eb! ordens dos
Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente para e%á6as @ 0esta de ^esaX
6 Mas quem s(o estes Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente,
!nda&ue! "ur!osa
6 S(o Seres As"ens!onados, !%res de toda !mper0e!'(o, que %!%em no pano
esp!r!tua e se "omun!"am "onos"o atra%*s de seus d!s"$puos, mu!tos dos
qua!s %!%em aqu! no Nepa
Nossa ae&r!a 0o! tanta que ma pudemos babu"!ar um a&rade"!mento
Naquea mesma tarde, @s tr3s 4oras, nosso &rupo !derado peo ra)á e peo
+ama a1!, de!ou o paá"!o no "entro de Gan&toX e part!u rumo ao %ae do
r!o T!sta Os "a%aos atra%essaram um on&o "am!n4o que nos e%ou ao
0undo de uma &ar&anta, depo!s a %aes 0*rte!s onde 4omens e mu4eres
pastorea%am "abras
+e%amos
a"an'amos"er"a
umadera%!na
uma 4ora sub!ndo,
e ma!s ad!ante&a&ando atura
um pat=, que &radat!%amente
pare"!a s!tuar6seA0!na
a
me!o "am!n4o entre a base e o "!mo da montan4a A!, desmontamos,
entre&amos nossos "a%aos a um ser%o que nos a"ompan4a%a e
"ont!nuamos andando a p* 7asso a passo, &u!ados peo ama a1!, 0omos
por um estre!to %ae que se apro0unda%a "ada %e1 ma!s na 0oresta 7ara
a*m do %ae, %!mos uma tortuosa re&!(o "4e!a de $n&remes "o!nas A
estrada 0o! se en"ara"oando pea etrem!dade norte, e em se&u!da, "ortando
atra%*s de uma abertura na montan4a, "4e&amos a uma "o!na %erde e
deserta
m pou"o ma!s ad!ante era a pan$"!e @ qua "4e&amos por um "am!n4o
ár!do
Numae"are!ra
pedre&oso
abertam re&ato
entre "orr!a"ar%a4os,
enormes manso na%!mos
parte um
o"!denta da pan$"!e
atar 0e!to de pedra,
onde se espa4a%am mu!tas &u!randas de 0ores m &rupo de as"etas á
esta%a sentado no "4(o, med!tando Eram todos bem !dosos Os "abeos e
as barbas on&os e bran"os sa%am apenas uma tan&a de a&od(o
amareo, e seus "orpos eram ma&ros e bron1eados
6 Aquees 4omens s(o os #na)orpas# t!betanos 6 murmurou o ama a1!
6 Na)orpas 6 repet!mos !ntr!&ados
6 S!m, s(o os mon&es pere&r!nos que na %*spera do pen!n!o des"em de
suas erm!das, e %3m aqu! prestar sua 4omena&em ao bem amado Buda
Ma!s ad!ante, %!mos a&uns 4omens armando uma 0o&ue!ra "om made!ra de
sJndao
6 Bre%e %!rá a no!te 6 d!sse o Ra)á 6 e ees est(o preparando a 0o&ue!ra do
r!tua do ^esaX D!1em que quando part!"!pamos de um r!tua, a)udamos a
&erar uma 0or'a redentora para toda 4uman!dade
6 Como ass!m 6 !nda&amos
6 No r!tua, os pensamentos e asp!ra'>es de todos os part!"!pantes, un!ndo6
se @s 0or'as da Nature1a e @s ener&!as D!%!nas, "r!am um poderoso %?rt!"e
para o Bem, um pensamento absouto, que atra! para a terra o poder e a
bondade de Deus
Es"o4emos um u&ar perto do &rupo dos as"etas e nos sentamos no "4(o,
s!en"!osamente, @ espera da &rande "er!m=n!a r!tua$st!"a Os pere&r!nos
0oram "4e&ando em re!&!oso s!3n"!o Senta%am6se ordenadamente no "4(o,
tendo o "u!dado de de!ar um ampo espa'o !%re d!ante do atar Todos
%est!am on&as tn!"as amareo6aran)a 6 a "or dos d!s"$puos de Gautama, o
Buda
O Ra)á t!n4a pro%!den"!ado para que n?s tamb*m %est$ssemos tn!"as de
a&od(o amareo, por "!ma das pesadas roupas de (, po!s o 0r!o era !ntenso
Tamb*m t$n4amos nos pur!0!"ado de a"ordo "om a trad!'(o, tomando um
ban4o "om p*taas de rosas bran"as, e de0umado nosso "orpo e nossas
roupas "om !n"enso e ben)o!m
Obser%amos em s!3n"!o os rostos &ra%es e serenos dos as"etas que
esta%am perto de n?s De repente, um dees se e%antou Era um %e4o ato e
es&u!o e toda a sua pessoa emana%a um &rande ma&net!smo ma men!na
de uns sete
%erme4a anosabr!u6a
O %e4o apro!mou6se e entre&ou64e
e 0o! t!rando uma "a!!n4a
p?s "oor!dos %erde de a"a
e aaran)ado Com
estes p?s, tra'ou um &rande "$r"uo de uns tr3s metros de d!Jmetro No me!o
do "$r"uo %!eram se sentar tr3s %e4os as"etas Seus rostos t!n4am uma
epress(o tranqu!a e 4!erát!"a ma pequena orquestra, "omposta de
0autas e &on&os, "ome'ou a to"ar uma ms!"a mu!to sua%e Sob o "*u
estreado, sentados no "4(o "om as pernas "ru1adas, na postura do ?tus, os
as"etas baan'a%am o "orpo ao r!tmo de um "Jnt!"o sua%e, ee%ando suas
pre"es ao Cosmos, enquanto perto dees sub!a a esp!ra prateada do
!n"enso No Or!ente, nen4uma "er!m=n!a m$st!"a está "ompeta sem a
que!ma de res!nas aromát!"as O "ostume de que!mar !n"enso n(o * uma
0antást!"a
4armon!a dosuperst!'(o
4omem "om nema um r!to etra%a&ante,
&rande mas s!mpor
"ons"!3n"!a "?sm!"a, umme!o
s$mboo da
da pre"e
e da med!ta'(o Adema!s, o uso do !n"enso * !nte!ramente "!ent$0!"o Todos
os que estudam o"ut!smo sabem que n(o 4á mat*r!a morta, mas todos os
seres e todas as "o!sas da Nature1a possuem e !rrad!am suas %!bra'>es ou
"omb!na'>es de %!bra'>es Cada eemento qu$m!"o tem, portanto, suas
!n0u3n"!as pe"u!ares, que s(o te!s em determ!nado sent!do e !nte!s e at*
mesmo no"!%as, em outros Zuando m!sturamos d!0erentes res!nas, "omo o
!n"enso, o ben)o!m e a m!rra, eas ao serem que!madas est!muam as
emo'>es puras e nobres, pur!0!"ando aquea parte da nature1a 4umana
"4amada "orpo emo"!ona ou astra Seu e0e!to * seme4ante ao de um
des!n0etante, que ao espa4ar6se peo ar, destr?! os &ermes pato&3n!"os,
embora o !n"enso e outras res!nas aromát!"as atuem nos panos super!ores
da mat*r!a sut!
[ med!da que o "Jnt!"o dos as"etas se ee%a%a, numa sua%e "ad3n"!a, um
ama %est!do "om um r!"o manto amareo, que se&undo soube t!n4a %!ndo de
um moste!ro da "!dade santa de +4assa, estendeu as m(os 0!nas e ma&ras
sobre o brase!ro per0umado
6 O que será que ee está 0a1endo 6 per&unte!
E o ra)á respondeuF
6 Ma&net!1ando o !n"enso para aumentar seu poder, est!muando nosso
"orpo 0u$d!"o, a 0!m de per"ebermos me4or as emo'>es que nos %3m dos
panos super!ores
Cer"a de uma 4ora antes do pen!n!o 4ou%e um estran4o 0en=meno, que
a!nda 4o)e "usto a a"red!tar !mos, n!t!damente, 0ormar6se perto dos tr3s
as"etas que esta%am sentados no me!o do "$r"uo "oor!do, uma nu%em
"!n1enta A nu%em "ondensou6se aos pou"os at* 0ormar a 0!&ura de um
4omem )o%em a!nda, de pee morena, tra'os 0!nos e o4ar br!4ante est!a
uma tn!"a bran"a 0utuante e en%o%!a sua "abe'a um turbante de seda a1u6
"aro
6 Zue mara%!4aU Zuem * ee 6 !nda&ue! perpea
6 É a 0orma 0u$d!"a do Mestre as"ens!onado E Mora, um dos &randes
Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente 6 ep!"ou o ama a1! Ee * o
Sen4or do pr!me!ro ra!o "?sm!"o que representa a 0or'a, o poder e a
prote'(o da %ontade Gu!as
%ontade Estad!stas, d!%!naPeatra%*s dee * man!0estada
Or!entadores no n!%erso
da 4uman!dade, 4omens esta
"om
&rande tend3n"!a para a rea!1a'(o de um !dea "onstrut!%o, possuem em
seus "orpos et*r!"os uma ar&a 0a!a de "or a1u, po!s est(o em 4armon!a
"om o Mestre E Mora
6 A4U e"ame! !nteressada 2ae ma!s sobre eeU
E a1! "ont!nuou 0aandoF
6 Consta que ee %!%eu num "ont!nente ant!qu$ss!mo, que 4á m!3n!os
desapare"eu da 0a"e da terra Seu santuár!o 0!"a ao p* da montan4a do
H!maa!a, na "!dade de Dar)ee!n& E Mora * o &rande mestre que tem
responsab!!dade sobre a or!enta'(o e o desen%o%!mento da 8s!a e seu
po%o
mundoAoD!1em
mesmo quetempo, perten"e64e
no tempo de Yesus,o 0o!
"ontroe dos &o%ernos
ee Me"4!or, um dosdetr3s
todo
re!so
sáb!os do Or!ente Depo!s en"arnou "omo o endár!o re! Artur, da sa&rada
Ta'a do Santo Graa e sua t!ma en"arna'(o 0o! "omo o poeta !rand3s
T4omas More Yunto "om ee, traba4am tamb*m no pr!me!ro ra!o "?sm!"o
a1u, o Ar"an)o M!&ue e o poderoso Eo4!m H*r"ues
6 E MoraU 6 repet! "omo%!da, enquanto o4a%a a mara%!4osa mater!a!1a'(o
de sua 0orma 0u$d!"a
Era "omo se o nome do mestre pusesse uma nota de pa1 na m!n4a mente e
na m!n4a ama Seus &randes o4os a1u!s t!n4am um br!4o t(o !ntenso, que
penetra%am o ma!s $nt!mo do meu ser
Ao ado dee, %!mos apare"er uma um!nos!dade bran"a, "om "er"a de me!o
metro de atura e uns %!nte "ent$metros de ar&ura Era a pr!me!ra %e1 que
ass!st$amos a um 0en=meno de mater!a!1a'(o e 0!"amos !n"r*duos e ao
mesmo tempo, ae&res e mara%!4ados
A um!nos!dade bran"a desapare"eu rap!damente e o&o sur&!u d!ante de n?s
a 0!&ura ma&n$0!"a de um %e4o de rosto 0!no e ar!sto"rát!"o, on&as %estes
bran"as e "abeos &r!sa4os, repart!dos ao me!o e "a!ndo64e peos ombros
em sedosas ondas Ee mo%!mentou os bra'os num &esto de b3n'(o e
andou at* o "entro do "$r"uo onde esta%am os tr3s as"etas T!n4a uma
apar3n"!a norma, "omo ter!a quaquer um de n?s %est!dos de bran"o
C!n"o mater!a!1a'>es su"ederam6se a esta, num "urto espa'o de tempo
Todos t!n4am uma !nda 0orma'(o de e"topasma, arredondada de uma %!%a
0os0ores"3n"!a me!o a1uada, dando a !mpress(o do "rep!tar de uma "4ama
Isto para n?s era espantosoU Mas para todos que esta%am a! n(o pare"!a
nada anorma Eram 0atos que "on0und!am nossa !nte!&3n"!a, po!s embora )á
t!%*ssemos ou%!do 0aar sobre 0en=menos de mater!a!1a'(o, a!nda n(o
t$n4amos %!sto nen4um Mu!tas das !n%est!&a'>es de "!ent!stas "omo C4ares
R!"4et, pro0essor da n!%ers!dade de 7ar!s, Enr!"o Morse!, 0amoso ps!qu!atra
!ta!ano, S!r O!%er +od&e e numerosos outros nomes !mportantes, )á eram do
nosso "on4e"!mento Mas, presen"!ar tantas mater!a!1a'>es ass!m, numa
no!te de ua "ara, em pena mata or!enta, era a&o desumbrante e quase
!na"red!tá%eU
Obser%amos que os seres mater!a!1ados "on%ersa%am naturamente "om
todos
de n?se entend$amos
o ma!s "ur!oso * que
suas 0aa%am
paa%ras no !d!oma
"omo t!betano
se 0ossem d!tasouem
pá!, e "ada
nossa um
pr?pr!a
$n&ua, num m!ster!oso 0en=meno teepát!"o
A um s!na do Mestre Mora, troueram uma t!&ea de ouro "4e!a de á&ua de
uma nas"ente pr?!ma O mestre se&urou6a de!"adamente entre as m(os e
"oo"ou6a sobre o atar, entre as &r!nadas de 0ores
Come'aram ent(o os "Jnt!"os ma!s sa&rados ma do"e br!sa me?d!"a
"4e&ou aos meus ou%!dos A !sto se&u!u6se uma epos(o de ms!"a de uma
bee1a per0e!ta, mas d!0erente de quaquer outra que eu )á ou%!ra T!n4a sons
de uma de!"ade1a e ternura t(o penetrantes, !mposs$%e de des"re%er Eu
es"uta%a perpea e desumbrada
Ao meu ado
6 Apenas ou%! a %o1 de
os 0ra&mentos do a1! d!1endo
&rand!oso ba!!n4oF
"Jnt!"o dos Mestres * que "4e&am aos
seus ou%!dos, pequen!na !rm(U
Sent!a6me "omo%!da, !n"apa1 de 0aar m do"e espanto &ruda%a os meus
áb!os Gostar!a de per&untar mu!tas "o!sas ao ama a1!, mas era "omo se
eu est!%esse "om a mente em bran"o
a1! per"ebeu a m!n4a emo'(o e "ont!nuou d!1endoF
6 Dentro em pou"o se mater!a!1ará aqu!, toda a &rande assembe!a dos
Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente Esta 2ratern!dade 0o! 0undada 4á
do1e m! anos, no pr!n"$p!o da Idade Ne&ra ou Xa!u&a, que term!nou em
.L. Ass!m "umpr!u6se um "!"o e%out!%o e "ome'ou outro tamb*m de do1e
m! anos O re&ente desta 2ratern!dade * o Ma4a6Guru Ba&4a%an Nara!ana
Depo!s dee %3m os tr!nta e no%e An)os 7anetár!os e que %!%em em Badar!
ana, re&!(o montan4osa ao norte do H!maa!a e que ser%e de "entro para a
poderosa at!%!dade dos Mestres
2!que! ou%!ndo em s!3n"!o +o&o m!n4a aten'(o 0o! atra$da por uma !ntensa
um!nos!dade que se 0e1 d!ante do atar
No%os sons ma%!osos %!braram no ar e ent(o por uma &rande nu%em
um!nosa, sur&!ram os quarenta Mestres que re&em a 2ratern!dade Bran"a
do Or!ente A pr!n"$p!o pare"!am seres et*reos, %est!dos "om ampas tn!"as
bran"as que 0utua%am no ar, sem to"ar a terra 7ou"o a pou"o suas 0!&uras
um!nosas 0oram se adensando at* que se tornaram mu!to rea!s m dees
0aouF
6 N?s, os seres "?sm!"os, os Eo4!ns, os Ar"an)os, %os "4amamos e %os
estendemos nossas m(os, ? 4uman!dade so0redoraU De!a! a d!s"?rd!a da
terra e torna!6%os nossos d!s"$puos, torna!6%os o "ana, a ta'a de "r!sta
respande"ente de u1, por onde 0u!rá o nosso amor, nossa sabedor!a e
nosso poder Er&o a m!n4a m(o d!re!ta e en%!o )atos de "4amas a1u!s a todos
que pre"!sem de uma !nter%en'(o d!%!naU Nada res!ste a esta u1 "?sm!"a,
nada pode subs!st!r que n(o se)a u1U
!mos que de suas m(os d!á0anas emana%am &randes u1es a1u!s 2!"amos
"on0usos Estar$amos mesmo %endo tudo aqu!o, ou a"aso *ramos %$t!mas de
uma su&est(o 4!pn?t!"a N(o t!%e tempo para ra"!o"!nar, po!s o&o, a"!ma do
atar, %!mos 0ormar6se um &rande so um!noso, "omo se re0et!sse a u1 de
m!4ares de n?s
sobre todos s?!seDeste
o&o seso0und!ram
sa$ram numa
sete ra!os dourados
br!4ante 0ormaque se !rrad!aram
!mpre"!sa
6 O4aU É o Buda Ma!trea que %em aben'oar a 4uman!dadeU 6 murmurou o
ra)á Dor&e tr3muo de emo'(o
Eu ma pod!a a"red!tar nos meus pr?pr!os o4os
E todos "antaramF
6 Tudo está pronto em, ? MestreU emU
Era o momento eato do pen!n!o 7ou"o a pou"o a apar!'(o 0o! se
de0!n!ndo, at* que %!mos a 0!&ura do Buda Ma!trea, o Buda do 0uturo
Todos se a)oe4aram e !n"!naram a "abe'a, o&o er&ueram o busto e "om as
m(os estend!das para a d!%!na apar!'(o, "antaram !mporando sua b3n'(o
O Ser E"eso
"ru1adas que 0utua%a
na postura a"!ma
do ?tus, do atar
%est!do "om apare"!a sentado,
uma tn!"a "om as pernas
amareo6dourada A
m(o d!re!ta aponta%a para o "*u e a esquerda para a terra Seu beo rosto,
"or de mar0!m, re0et!a uma bee1a etraterrena e uma &rande seren!dade Os
o4os eram !ntensamente a1u!s, de um !ndo a1u6%!oeta, os "abeos es"uros
!sos e br!4antes "a!ndo64e sobre os ombros
Term!nados os "Jnt!"os, o Ser E"eso pe&ou a t!&ea dourada que esta%a
sobre o atar e, durante um momento, er&ueu6a a"!ma de sua pr?pr!a "abe'a
Ao repor a t!&ea sobre o atar ee sorr!a bondosamente
Sb!to, uma "4u%a de p*taas de 0ores "a!u sobre todos n?s e um per0ume
mara%!4oso espa4ou6se peo ar +o&o, a apar!'(o de Buda esbo'ou um
&esto de b3n'(o e aos pou"os 0o! desapare"endo at* sum!r "ompetamente
O po%o "antou a sauda'(o do r!tuaF
Har!U OmU TatU SatU -Sen4or Tu *s Aqu!oU Inepressá%e n!dadeU/ [ med!da
que o Buda Ma!trea 6 a representa'(o má!ma da 0or'a "r$st!"a 6
desapare"!a, 0oram desapare"endo tamb*m as 0ormas mater!a!1adas dos
Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente
A uma ordem dos as"etas que re&!am a "er!m=n!a, 0ormamos uma 0!a e "ada
um de n?s bebeu um pou"o da á&ua que esta%a na t!&ea de ouro, "ontendo
as %!bra'>es do Buda Ma!trea
Depo!s todos se saudaram, un!ndo as pamas das m(os sobre a testa, num
s!n"ero #namast3# e "ada um 0o! se ret!rando
7or a&um tempo 0!que! !m?%e, per&untando a m!m mesma se tudo o que %!ra
n(o 0a1!a parte de uma %!s(o 0antást!"a ou de um son4o At* 4o)e n(o posso
ep!"ar as desen"ontradas emo'>es que sent! durante o santo 2est!%a de
^esaX aos p*s dos H!maa!s Ho)e, ao tentar re"onst!tu!r este tesouro de
embran'as que &uardo na m!n4a ama, rep!to para m!m mesma o %e4o
pro%*rb!o "4!n3s do #S4an Ha! !n&# ou +!%ro das Terras e MaresF
#As "o!sas que o 4omem "on4e"e %erdade!ramente, n(o podem ser
"omparadas em nmero "om as que 4e s(o des"on4e"!das#
Ao re"ordar as %!s>es do 2est!%a de ^esaX, s!nto6me a!nda @ mer"3 de uma
0or'a !mpenetrá%e e m!ster!osa que 0a1 "om que eu pare de ser eu mesma,
para me trans0ormar no "ana d!0usor dos sub!mes ens!namentos dos
Mestres da 2ratern!dade Bran"a do Or!ente
Zue ees nos aben'oem e nos a)udem a "umpr!r nossa m!ss(o sobre a terraU
'O-S
O "ormo#o Lago do# L.t$# %ranco#
C-NCO
-./ 6 Este !%ro 0o! tradu1!do para o !n&3s peo +ama Daa Sampubs e o 7ro0
Eans ^ents, pub!"ado pea O0ord 7ress
6 Aman4(, @s o!to 4oras, temos uma aud!3n"!a "om o Daa! +ama 6 0aou
nosso &u!a a1!, "om sua %o1 pausada e &ra%e Int! * des"re%er nossa
ae&r!a e "omo naquea no!te ma puemos dorm!r, na &rande epe"tat!%a do
en"ontro
E @s sete e me!a da man4( se&u!nte )á está%amos a "am!n4o do 7arque das
Yo!as, onde esta%a o Daa! Nossos "a%aos andaram por uma ampa estrada
que separa as duas densas aas dos )ard!ns do DeX! !n&Xa Momentos
depo!s paramos )unto ao &rande port(o dourado do paá"!o de %er(o do Daa!
+ama
m pequeno esquadr(o de sodados t!betanos apresentou armas, em
aten'(o @ tn!"a de seda amarea e ao "4ap*u de &aa usados peo ama
a1! Desmontamos, entre&amos nossos "a%aos a um mon&e6"r!ado e
andamos em d!re'(o ao paá"!o Norb4u +!n&Xa, onde o Daa! "ostuma 0!"ar
quando sa! do 7otaa Se&u!mos nosso am!&o a1! por uma &rande aa
pa%!mentada "om mármore "oor!do e "er"ada de "opadas ár%ores e entre
eas %!mos amendoe!ras, rododentros e sa&ue!ros6"4or>es [ nossa d!re!ta,
atra%*s das 0o4a&ens, %!mos um pequeno a&o prateado, "oberto de 0ores
de ?tus bran"os e onde a&uns a%os "!snes nada%am ma)estosamente ma
pequena !4a "er"ada de á&uas "amas e transparentes t!n4a no "entro um
de!"ado pa&ode "4!n3s !&ado @ terra por uma ponte re"ur%a 0e!ta em
mármore amareo
[ nossa 0rente, "am!n4a%am &rupos de mon&es, !mponentes em suas
tn!"as de seda amareo6a'a0r(o, que nos o4a%am "ur!osamente e
"o"4!"4a%am entre s! Ha%!a um "erto ar de epe"tat!%a no paá"!o de Norb4u
+!n&XaP era "omo se a sa&rada presen'a do Deus Re! 0!1esse "om que todos
0aassem ba!!n4o
No 4a da entrada, um &rupo de quatro amas, todos %e4os e &ordos, esta%a
sentado num ban"o, passando entre os dedos as "ontas de seus rosár!os de
pedras pre"!osas O ama a1! 0e1 uma re%er3n"!a e n?s o !m!tamos
Soubemos ent(o que ees eram o 7r!me!ro M!n!stro da Corte e seus
se"retár!os Em s!3n"!o "am!n4amos at* o 0!m de um on&o "orredor "4e!o
de %!tra!s "oor!dos que "ondu1!a @ saa de aud!3n"!as A saa era enorme,
ma&n$0!"a, "om suas paredes douradas, suas pesadas "ort!nas de ( es"ura,
seus &rossos tapetes %erde6esmerada, "om d!a&ramas má&!"os e bordado
de dra&>es Centenas de mon&es e de pere&r!nos espera%am d!ante de uma
&rande porta 0e"4ada Grupos de amas trans!ta%am de um ado para outro,
entos e soenes
Eatamente
apressadamente @s dos
no%e 4oras, onde
amo0ad>es soouestá%amos
um &on&o e e%antamo6nos
sentados 2ormou6se uma
on&a 0!a, todos e%a%am nas m(os a e"4arpe de seda bran"a e presentes
para o Daa!
Cessou o som do &on&o e dos tambores As pesadas portas douradas se
abr!ram "om um ru$do surdo Grupos de &!&antes"os mon&es "om "er"a de
uns do!s metros e me!o, que 0a1em parte da se&uran'a pessoa do Daa!,
tomaram sua pos!'(o perto da entrada, or&an!1ando a 0!a Numa das m(os
t!n4am um "4!"ote e na outra um bast(o dourado Estes amas &!&antes s(o
or!undos da pro%$n"!a de 4am, onde os 4omens s(o ma!ores que em
quaquer re&!(o da 8s!a Consta que des"endem dos &uerre!ros de G4en&!s
4an
A on&a 0!a de %!s!tantes "ome'ou a andar entamente, at* que nos %!mos
dentro da Saa das Aud!3n"!as ou San"tum Santorum dos t!betanos
A saa esta%a me!o penumbrosa No 0undo, desta"a%a6se uma parede
de"orada "om um enorme tanXa ou roo de seda p!ntado "om mot!%os
re!&!osos !mos um atar dourado, e sob o atar um trono de ouro Sentado
no trono, na postura do ?tus, esta%a o Daa! +ama, a pre"!osa reen"arna'(o
do deus C4en Re \! Con4e"!do no T!bete "omo a ma!s ee%ada
man!0esta'(o d!%!na dos Budas !%os na terra, o 7re"!oso 7rotetor, O"eano
de sabedor!a E a! esta%a ee, um )o%em "4!n3s de uns quator1e anos
usando as roupas douradas dos &randes amas, e o 0amoso "4ap*u pontudo
de Tson& apa, mu!to seme4ante @ M!tra usada peo 7apa, tendo por*m
on&as abas 0orradas de seda amarea que "a$am sobre os ombros do Daa!,
qu!eto e sereno "omo um $doo
7or quatro s*"uos, atra%*s de suas pr*%!as en"arna'>es, o Daa! senta%a6se
naquee mesmo trono, aben'oando seus 0!*!s se&u!dores e re!nando sobre o
T!bete
Tr3muos e re%erentes, pere&r!nos d!r!&!am seus passos em d!re'(o ao Daa!,
o0ere"!am as obr!&at?r!as e"4arpes de seda bran"a 6 s$mboo da 0e!"!dade 6
e a)oe4a%am6se para re"eber a b3n'(o dada peo )o%em Daa!, "om seu
"etro en)o!ado e ornado de 0!tas mut!"ores Consta que um 0u!do ben*0!"o
emana do "etro do Daa! e, desse modo, o 0u!do penetra na pessoa que *
aben'oada
Ap?s a b3n'(o, os %!s!tantes %!ra%am @ esquerda, e 0a1!am uma re%er3n"!a
ao o"a onde esta%a sentado o +ama Re&ente, "oo"ado perpend!"uarmente
ao ado do atar
[ med!da que nos apro!mamos, %!mos que o )o%em Daa! usa%a ?"uos de
tartaru&a "om &rossas entes bran"as, a"usando uma 0orte m!op!a A)oe4e!6
me d!ante dee e sent! o e%e toque de suas m(os nos meus "abeos Ee
t!n4a de!ado o "etro sa&rado no "oo e "on0er!u6me a &rande 4onra de uma
b3n'(o d!reta, "on0orme %!m a saber depo!s Na e"4arpe de seda bran"a que
eu se&ura%a "om ambas as m(os, um ama "oo"ou um p(o1!n4o es"uro e
uma pequena !ma&em de um Buda, 0e!ta de mante!&a O Daa! pe&ou as
o0erendas e entre&ou6as a um outro ama que esta%a a seu ado A mesma
"er!m=n!a 0o! S!darta
estatueta de repet!daGautama,
"om um "4or!en
o Budaou pequeno
Depo!s, re!"ár!o
o ama de ouro
a)udante e uma
"oo"ou um
!%r!n4o de "apa dourada na e"4arpe O Daa! pe&ou o !%r!n4o, amarrou6o
"om uma on&a 0!ta de seda %erme4a e pendurou6o no meu pes"o'o
2e!to !sso, sa$ d!ante dee e 0o! a %e1 do ama a1! a)oe4ar6se, o0ere"endo ao
Daa! r!"os presentes que t$n4amos e%ado Dobre! @ esquerda, "omo todos
0a1!am, e a)oe4e!6me d!ante do +ama Re&ente Era um 4omem ato, ma&ro,
!mponente, de rosto se%ero Ee o4ou6me bondosamente "om seus
pequen!nos o4os amendoados Cooque! a seus p*s a e"4arpe de seda
bran"a e o !%r!n4o dourado que o Daa! "oo"ara no meu pes"o'o, po!s ass!m
manda a et!queta t!betana
Tudo se passou
%!s!tantes, o amanoa1!
ma!or
0e1s!3n"!o
um s!naZuando euesperasse
para que !a sa!ndo taApro!mou6se
"omo os outros
e
d!sse ba!!n4oF
6 2!que, 0omos "on%!dados peo C4e0e dos M!n!stros para tomar "4á "om o
pre"!oso Daa! Sente6se naquee "anto, na postura do ?tus e espere um
pou"o +o&o em se&u!da, meus "ompan4e!ros de %!a&em, Ma4!ma,
essantára e 7!erre Yu!en, %!eram sentar6se ao meu ado 7ou"o depo!s %e!o
o ama a1!
O4ando para o )o%em Daa!, %! um mon&e entre&ar64e uma !nda ta'a de
made!ra Numa bande)a de prata 0o! tra1!do um &rande bue de por"eana
"4e!o de "4á amante!&ado "omo * "ostume no T!bete O "4á 0o! "oo"ado na
ta'a do Daa! e o&o beb!do por um ama6pro%ador Somente depo!s de
a&uns se&undos * que o Daa! 0o! ser%!do
T!%e que morder os áb!os para a"red!tar que eu n(o esta%a son4ando, que
reamente esta%a sentada na Saa de Aud!3n"!as do Daa! +ama, no T!bete
O4ando o "ont$nuo 0uo de amas e pere&r!nos entrando e sa!ndo do
re"!nto, pense! que apenas esta "ur!osa "er!m=n!a %a!a nossa penosa
%!a&em atra%*s do H!maa!a O4e! as nu%ens de !n"enso per0umado de rosas
que sub!a dos tur$buos de prata "er"ando o trono do )o%em Daa! e re"orde!
as paa%ras de um 7ro0eta or!enta que "erta %e1 ou%!ra "ontarF
#O %erdade!ro Daa! +ama morreu em .L: Desde ent(o todos os outros
Daa!s ser(o apenas uma &rande Maa ou !us(o, resutante da po$t!"a
madosa dos amas &o%ernantes de +4assa, que n(o se "on0ormam em
saber que a sabedor!a ar"a!"a de!ará o T!bet e e em!&rará para o on&$nquo
O"!dente Em tempos pr?!mos, o %erdade!ro Daa! renas"erá nas terras de
O 2 SANG -Am*r!"a do Su, ou qu!'á Bras!/ A0!rmam nossas remotas
pro0e"!as que !sto a"onte"erá porque )á mudou o "!"o da e%ou'(o Ent(o
o T!bete será dom!nado peas 2or'as da 23n! erme4a e a esp!r!tua!dade
desapare"erá do Teto do MundoU#
Ser!a reamente %erdade o que d!ssera o 7ro0eta Ser!a reamente %erdade
que aquee )o%em "4!n3s que a! esta%a sentado no trono era apenas uma
!us(o m 0aso Daa! Zuem poder!a saber ao "erto
Meus pensamentos 0oram !nterromp!dos por um mon&e que se apro!mou
tra1endo uma pequena ta'a de made!ra para "ada um de n?s 7e&amos as
ta"!n4as e outroenquanto
%a&arosamente, mon&e as en"4eu "omordem
a&uardá%amos "4á amante!&ado
para de!armosBebemos
a saa
A0!na, um dos &uardas &!&antes, !mponente na sua tn!"a "or de %!n4o,
to"ou um &on&o e d!sse a&umas paa%ras em t!betano
6 Yá podemos !r 6 0aou o ama a1! +e%antamo6nos, 0!1emos uma re%er3n"!a
ao Daa! e ao +ama Re&ente e 0omos sa!ndo de "ostas, de!ando
de%a&ar1!n4o o aposento
A aud!3n"!a t!n4a term!nado
O esperado d!a de %!s!tar o paá"!o 7otaa "4e&ou a0!na, po!s t!%emos que
esperar autor!1a'(o espe"!a do +ama Re&ente Constru$do 4á tre1entos
anos atrás, peo Zu!nto Daa! +ama, o paá"!o 7otaa * um dos ma!s
!mponentes do mundo O"upa o u&ar de uma 0ortae1a que, outrora, 0o!
"onstru$da peos ant!&os re!s do T!bete e destru$da ma!s tarde peos mon&?!s
Conta6se que durante mu!tos anos m!4ares de traba4adores "arre&aram
pedras para re"onstru$rem este !menso paá"!o, "u)as bases repousam
d!retamente na ro"4a A morte do Zu!nto Daa! pare"!a amea'ar esta
"onstru'(o e, por esta ra1(o, o +ama Re&ente reso%eu o"utar a todos o
desapare"!mento do pont$0!"e E espa4ou a not$"!a de que o Daa! esta%a
doente, n(o podendo apare"er em pb!"o Durante de1 anos os amas
"onse&u!ram en&anar o po%o, at* o d!a em que o paá"!o 7otaa 0!"ou pronto
est!mos nossas me4ores roupas e 0omos "on4e"er o at!"ano ama$sta
Yuntamente "om !nmeras pessoas, 0omos sub!ndo a montan4a que "ondu1
ao 7otaa +á de "!ma, o espetá"uo que %!mos era !ndes"r!t$%e !mos os
suntuosos parques e )ard!ns de +4assa, seus moste!ros &rand!osos, suas
mans>es de pedra Andamos por uma aa ornada "om "entenas de mo!n4os
de pre"e, que os !s!tantes &!ram ao passar Atra%essamos um ato p?rt!"o e
entramos num &rande parque 7or todos os ados, %!mos %endedores
ambuantes, %endendo !n"enso, 0ores, %eas, "om!das t$p!"as "omo brotos de
rododentro "arameados, amuetos aben'oados peo Daa! e 4or?s"opos
!mpressos em pape de arro1 Do outro ado do parque, outros %endedores
o0ere"!am pequenos mo!n4os de pre"e, 0e!tos em meta a%rado Es"r!bas á
esta%am tamb*m para 0a1erem, por um pre'o moderado, um do"umento que
pro%a%a que t$n4amos %!s!tado o 7otaa Compramos um amueto de prata
"om !n"rusta'>es de "ora e turquesas, representando um deus ben0a1e)o e
prosse&u!mos sub!ndo as ar&as es"adar!as de pedra do 7otaa 7aramos
num dos patamares e o ama a1! 0aouF
6 +á em "!ma, bem no ato das torres, 0!"am os aposentos part!"uares do
Daa +ama 2!"am na parte ma!s ata do paá"!o porque, se&undo a trad!'(o,
n!n&u*m pode morar a"!ma do 7oderoso On!s"!ente
Cont!nuamos sub!ndo As ar&as es"adar!as ma!s pare"!am uma rua de
de&raus e mu!tos %!s!tantes sobem a "a%ao, para e%!tar o "ansa'o Contudo,
s? os o0!"!a!s,
O po%o tem que os sub!r
nobres e os[&randes
a p* med!da amas * que tem0omos
que sub$amos, perm!ss(o paranos
pensando !sto
&randes tesouros que d!1em estar o"utos atrás daqueas &rossas paredes
"entenár!as 2!namente, "4e&amos a um pát!o e depo!s ao &rande patamar
de entrada do paá"!o, "4e!o de estátuas de pedra representando deuses
ama$stas Come'amos a %!s!ta per"orrendo a aa o"!denta, onde soubemos
que %!%em du1entos e "!nquenta amas 0!?so0os Esta aa tem um "ur!oso
nome t!betano, Nam&etra"4an& É um %erdade!ro ab!r!nto de "ores
sombr!as e passa&ens m!ster!osas Atra%*s de uma ampa Yanea,
obser%amos o ma&n$0!"o panoramaP ao on&e, o &rande Tempo de C4aXpor! 6
a Montan4a de 2erro 6 "om seu !mponente Co*&!o de Med!"!na, que toma
todo o %ae
os outros de !t"4uP
"*ebres emba!o,
tempo as "asas
s de +4assa, do quarte!r(o
o Mont(o de aC4o,
de Arro1, ma!s
Cer"a da a*m,
Rosa
S!%estre e a Catedra de +4assa
!s!tamos mu!tas "apeas, sa>es, santuár!os m!ster!osos, passamos para a
aa or!enta onde 0!"a o Sem!nár!o de Tsedrun& e os d!%ersos es"r!t?r!os e
M!n!st*r!os do &o%erno t!betano N(o pudemos prosse&u!r %!s!tando a aa
or!enta, porque do!s &!&antes"os &uardas t!betanos nos !mped!ram
D!sseram ao ama a1! que a! 0!"a%am "eas se"retas "u)a %!s!ta era pro!b!da
otamos e se&u!mos para a aa su do paá"!o
O Or2c$lo de Nec/$ng
2!namente a "4u%a passou e um so t$m!do sa!u entre as nu%ens E ass!m
sa$mos para %!s!tar o Orá"uo de Ne"4un& 7assamos peo "entro da "!dade
de +4assa e nossos "a%aos 0oram se&u!ndo peo mer"ado, at!n&!mos uma
pan$"!e, e o&o ad!ante %!mos o &rande Tempo de Norbu!nXa, onde %!%e
outro %!dente 0amoso "on4e"!do "omo o Orá"uo de Gadon&, ao qua s? t3m
a"esso o Daa! +ama e seus M!n!stros Cont!nuamos "a%a&ando por
"am!n4os "4e!os de "ur%as, at* que "4e&amos ao nosso dest!no O Tempo
de Ne"4un& 0!"a a o!to qu!=metros da "!dade de +4assa Naquee d!a 4a%er!a
uma "er!m=n!a espe"!a, "om a presen'a do &rande %!dente !n4a do !nter!or
do tempo uma ms!"a b!1arra de 0autas e tambores
Entramos num &rande pát!o, !mos um espetá"uo 0as"!nante O po%o se
"ompr!m!a peas aas do pát!o 7or todas as partes, pendurados nas %e4as
ár%ores, %!mos &randes estandartes de seda "oor!da, "om p!nturas
0antást!"as de deuses e dem=n!os Eram as 0amosas p!nturas tanXa, t$p!"as
do T!bete Todo o amb!ente esta%a per0umado de !n"enso, "u)a 0uma'a sa$a
de &randes !n"ens?r!os de bron1e espa4ados peo pát!o
Ass!m que "4e&amos %!mos um )o%em mon&e sa!r pea &rande porta pr!n"!pa
do tempo est!a um 4áb!to de seda amarea e sobre o pe!to t!n4a um
meda4(o de ouro, "ra%e)ado de br!4antes, 0ormando estran4os s$mboos
Esta%a suspenso ao pes"o'o do mon&e por uma &rossa "orrente de ouro
Do!s no%!'os, "om seus t$p!"os 4áb!tos marrons remendados de "ores
d!0erentes, se&ura%am as pontas de um on&o manto de bro"ado %!oeta, que
"a$a sobre os ombros do mon&e C4e&aram a um tabado 0orrado de %eudo
"armes!m, onde %!mos um trono "om amo0adas de seda amarea O )o%em
mon&e sentou6se soenemente no trono Os do!s no%!'os a)oe4aram6se a
seus p*s
Ou%!mos o som de um &on&o e uma pro"!ss(o de no%!'os "ome'ou a des"er
a es"adar!a de mármore do tempo Se&ura%am &randes estandartes de seda
amarea
a1u 0orte"om a m$st!"a
O &rupo !ns"r!'(oparou
de no%!'os OM MANI
a um 7ADME
"anto doHM
pát!o,bordada emde
@ sombra seda
%e4as ár%ores, e 0!"ou em s!3n"!o Em se&u!da %!eram os An"!(os, os
Grandes +amas "om suas tn!"as "or de aran)a, seus mantos "or de %!n4o,
as "abe'as raspadas e os o4os d!stantes 0!tando o "*u Soaram as on&as
trombetas de prata, produ1!ndo um som "aro e bon!to Os amas d!%!d!ram6
se em do!s &rupos e 0!"aram parados )unto @ es"adar!a de mármore
Momentos depo!s, outro bater de &on&o E o&o sa!u do tempo uma !nda
mo'a %est!da "omo uma deusa Com um andar ento e "ompassado, 0o! se
apro!mando de n?s Obser%amos seu 0ormoso rosto o%a, de um tom de
mar0!m, o4os &randes e amendoados, nar!1 pequeno e bon!to, e bo"a mu!to
bem 0e!ta,numa
reun!dos p!ntada de tran'a
&rossa rosa "aro
que 4eSeus
"a$a on&os "abeos Coroa%a64e
at* os )oe4os pretos esta%am
a
"abe'a um d!adema de br!4antes, turquesa e "ora
6 É a &rande sa"erdot!sa Dor&e 7omoU 6 murmurou o ama a1! ao nosso
ou%!do
Re"orde! uma enda que ee me "ontara sobre aquea m!ster!osa sa"erdot!sa
D!1em os t!betanos que "erta %e1 os mu'umanos tártaros !n%ad!ram a "!dade
sa&rada de +4assa Det!%eram6se ante o Tempo de Ne"4un&, o qua
pretend!am o"upar O &enera !n!m!&o mandou d!1er @ sa"erdot!sa Dor&e
7omo que, se ea 4e apare"esse na 0orma de uma por"a, ee n(o destru!r!a
o tempo Em resposta, a 0ormosa abadessa ped!u "em3n"!a, ro&ando64e
que 0osse embora "om seus sodados e de!asse seu pa$s em pa1 O
&enera tártaro, sotando &ar&a4adas, entrou @ 0or'a no tempo 7ara
espanto &era, n(o en"ontraram nem um ser 4umano, mas um bando de
por"os e por"as que "orr!am, atordoados, de um ado para outro
Aterror!1ados, os tártaros 0u&!ram e de!aram o T!bete para sempre
Atr!buem6se a esta sa"erdot!sa Dor&e 7omo mu!tos poderes má&!"os,
!n"us!%e este poder trans0ormar6se no pássaro ou an!ma que dese)ar, num
0en=meno denom!nado !"antrop!a N(o podemos "onstatar se !sto * %erdade,
mas soubemos que Dor&e 7omo * "ons!derada "omo uma das ma!ores
ma&as do T!bete
O po%o se a)oe4ou re%erente ante a passa&em da &rande sa"erdot!sa 6
"ons!derada Mu4er Buda Os %e4os amas es"otaram6na at* o trono do
%!dente 2ormou6se uma 0!a entre o po%o e "ome'aram as o0erendas Eram
%!dros de per0ume, )o!as de ouro e prata, 0ores, e"4arpes de seda bran"a, e
uma pedra sa&rada que os t!betanos "4amam dord)e 6 s$mboo do poder A
um &esto da sa"erdot!sa, uns no%!'o6"r!ados troueram &randes ta"4os de
"obre "4e!os de %!n4o Todos se ser%!ram @ %ontade, t!rando dos bosos de
suas tn!"as on&os "opos de made!ra
Soubemos que para a es"o4a da &rande sa"erdot!sa, abadessa de
Ne"4un&, os amas empre&am m*todos pare"!dos "om a des"oberta dos
Budas !%os Sabe6se que ap?s a morte de uma dessas abadessas, os
amas se renem em "onse4o E pea bo"a de um m*d!um, ea se
man!0esta, d!1endo em que u&ar e em que 0am$!a %a! renas"er Sobre a atua
Dor&e 7omopassado
T!n4am6se "onta%am6se
sete 4!st?r!as
anos ap?smu!toa "ur!osas
morte da t!ma sa"erdot!sa de
Ne"4un&, sem que ea se man!0estasse "omo 4ab!tuamente Os amas
esta%am preo"upados e n(o sab!am o que 0a1er Ea * a "ontraparte 0em!n!na
do %!dente e a)uda6o "om sua 0or'a ma&n*t!"a e seus poderes supranorma!s
Num d!a prop$"!o, !nd!"ado peos astr?o&os, um &rupo de amas sa!u de
Ne"4un& d!s0ar'ados de "amponeses Andaram mu!to at* "4e&arem @ re&!(o
de N&ar! !ram um &rupo de "r!an'as que br!n"a%am numa rua Deste &rupo
sa!u uma men!na de uns sete anos, 0ran1!na e &ra"!osa Coo"ando as
m(o1!n4as sobre o amba& -boso !nterno 0ormado peas dobras das tn!"as
t!betanas/, ea 0aouF
6OMe dá m!n4a
ama t!araU
0!"ou surpreso Reamente, tra1!a no boso a t!ara de br!4antes,
turquesas e "ora que perten"era @ t!ma sa"erdot!sa de Ne"4un& E a
men!na prosse&u!uF
6 N(o me re"on4e"es Sou aquea que pro"uram 4á sete anosU D!ante dessa
pro%a, o ama a)oe4ou6se e be!)ou os p*s da men!na D!as depo!s, ea 0o!
e%ada para o Tempo de Ne"4un& "arre&ada numa r!"a !te!ra e %est!da "omo
uma pr!n"esa de "onto de 0adas
A 0esta no parque "ont!nuou Re"ome'aram os toques dos tambores
"ompr!dos "omo os tabas !nd!anos E ao som de ms!"as e?t!"as, um
bando de dan'ar!nos "ome'ou a dan'ar 0renet!"amente sa%am más"aras
0antást!"as e da%am &r!tos de ae&r!a Term!nadas as dan'as, a )o%em
sa"erdot!sa que esta%a sentada ao ado do %!dente e%antou6se e 0aou numa
%o1 ma"!a e &ra%eF
6 Sa%e o Orá"uo de Ne"4un&U
Todos os o4ares "on%er&!ram para o )o%em mon&e sentado no trono
+entamente ee se e%antou T!rou o manto "or de %!oeta e 0o! para o "entro
do pát!o, onde t!n4a s!do desen4ado no "4(o, "om p?s "oor!dos, um enorme
"$r"uo má&!"o Do!s no%!'os se apro!maram e "oo"aram nos ombros do
%!dente uma r!"a estoa de bro"ado dourado Sobre a "abe'a "oo"aram um
"apa"ete pontudo, tamb*m dourado, ornado de pedras pre"!osas 0ormando
!ndos bordados As re1as "ome'aram em %o1 ata
O %!dente 0e"4ou os o4os e pare"eu 0!"ar numa at!tude de &rande
"on"entra'(o +o&o, seu "orpo es&u!o te%e uns estreme"!mentos 7are"!a
que seu esp$r!to de!ar!a o "orpo para que ee ser%!sse de %e$"uo @s
d!%!ndades tuteares Este %!dente de Ne"4un& * 0amoso por seus poderes
ps$qu!"os D!1em que desde mu!to men!no re%eou seus dons med!n!"os No
T!bete os %!dentes ou m*d!uns s(o tamb*m "4amados de deo& ou aquee
que %otou do a*m
Do u&ar onde está%amos pod$amos %er os menores mo%!mento s do %!dente
de Ne"4un& Seu rosto 0o! 0!"ando mu!to pá!do O "orpo "ome'ou a ser
sa"ud!do por &randes estreme"!mentos "ada %e1 ma!s 0ortes Era o "ome'o
do transe Sb!to suas 0e!'>es se mod!0!"aram Os o4os abertos
desmesurada mente pare"!am querer satar 0ora das ?rb!tas Sotando um
&r!to estr!dente,
dem=n!o ee num
en"arnado "ome'ou
"orpoa 4umano
puar des"ontroadamente
Ent(o, um dos %e4os 7are"!a um
+amas
er&ueu a m(o d!re!ta e o %!dente parou de puar e 0!"ou r$&!do O %e4o ama
apro!mou6se de%a&ar Coo"ou uma e"4arpe de seda bran"a sobre o
pes"o'o do %!dente E 0!"ou parado ao seu ado
N!sso os no%!'os e os amas !n!"!aram um "anto @ me!a %o1 7are"!a um
"Jnt!"o de mon&es &re&or!anos O "Jnt!"o "um!nou numa mara%!4osa
torrente de sons e "essou repent!namente As 0e!'>es do )o%em %!dente se
a"amaram, seu rosto tomou a epress(o de um %e4o Com o "orpo re"ur%o,
e a passos tr=pe&os, ee apro!mou6se do ama que esta%a em p* a seu ado
e que pare"!a "omandar sua 0or'a esp!r!tua 2e164e um &esto "om a
"abe'a Ambosum
que 4e troue "on%ersaram em %o1
roo de pape, ba!a
p!n"e O %e4o
e t!nta ama "4amou
O %!dente uma no%!'o
"ont!nuou 0aar
"om o %e4o ama enquanto o no%!'o es"re%!a suas paa%ras Term!nada a
"on%ersa, o %e4o ama t!rou do boso !nterno de sua tn!"a de seda um
pun4ado de er%as se"as e deu6as ao %!dente Com &estos entos, o %!dente
)o&ou as er%as num dos &randes !n"ens?r!os de bron1e e d!sse atoF
6 O4a!, !rm(osU
A pr!n"$p!o n(o %!mos nada, a n(o ser uma nu%em de 0uma'a per0umada
7ou"o a pou"o 0omos per"ebendo que por entre o %*u "!n1ento da 0uma'a,
0orma%am6se 0!&uras E sb!to %!mos um paá"!o "er"ado de p!n4e!ros Yunto
da &rande "ouna pr!n"!pa, passa um e*r"!to de sodados a&!tando
bande!ras "oor!das Depo!s, sur&!ram %utos !mpre"!sos e o&o s? 0!"ou a
0uma'a
Ter$amos s!do %$t!mas de a&uma 4!pnose "oet!%a N(o se! A ms!"a
re"ome'ou O rosto do %!dente 0!"ou "r!spado e de repente ee "a!u r!)o no
"4(o Sem d%!da, a d!%!ndade t!n4a se a0astado
Zuatro no%!'os "arre&aram o %!dente para o !nter!or do Tempo
6 A0!na, qua!s 0oram as pred!'>es do orá"uo !nda&ou 7!erre, %otando6se
para nosso am!&o a1!
6 N(o se! 6 retru"ou ee As pred!'>es s(o &uardadas em se&redo e
estudadas peo Conse4o Super!or dos +amas, durante %ár!os d!as Em
se&u!da s(o "omun!"adas ao Daa! Os %!dentes n(o podem "ometer erros
nem dar respostas erradas Mu!tos dees )á 0oram de&radados e "ondenados
@ pr!s(o perp*tua, por terem 0e!to 0asas pro0e"!as
En"errando a "er!m=n!a, a )o%em sa"erdot!sa e%antou6se, tendo na m(o
d!re!ta um bast(o de prata !n"rustado de pedras pre"!osas Com este bast(o
ea "ome'ou a aben'oar o po%o que "orreu para n(o perder o sua%e "ontato
aben'oador
Conse&u!mos sa!r da "on0us(o re!nante e %otamos ao %ae, onde um "r!ado
t!n4a 0!"ado tomando "onta de nossos "a%aos
Sobre n?s br!4a%a o so um!noso do outono 7ara o su, 4á ma!s de tr!nta m!
p*s de pro0und!dade, 0!"a%a a "!dade sa&rada de +4assa A este e oeste
er&u!am6se p!"os ne%ados Ao norte, desta"a%a6se a mara%!4osa "ade!a das
montan4as de araXorum +á no ato da montan4a, "ome"e! a med!tar e
sb!to pare!
para que eade
meser eu mesma eá0u!
despertasse, noomundo
r!tmo de tudodos
o"uto O0ere"!
amaso rosto
onde @a!nda
br!sa4o)e
0r!a
%!%em ma&!as !na"red!tá%e!sU
A >oga Ti4etana
De!amos +4assadanoman4(
pr!me!ras 4oras qu!ntoque
d!a da pr!me!ra
sa$mos +ua DeX!
da rua das 2a!as Amareas
+!n&Xa, 2o! onas
"ru1amos
mer"ado, as o)as do quarte!r(o de S4o e a0!na "4e&amos @s mar&ens do r!o
! De!á%amos a "!dade sa&rada de +4assa ta%e1 para sempre, !n!"!ando
nossa on&a %!a&em de %ota ao mundo o"!denta +e%amos pou"o tempo
para a"an'ar o u&ar do embarque Da! em d!ante $amos atra%essar "er"a
de sessenta m!4as atra%*s do r!o, at* "4e&ar @ )un'(o de suas á&uas "om o
0amoso r!o Tsan& 7o
Sent! uma "erta nosta&!a quando a &rande bar"a quadrada "ome'ou a
mo%er6se, ao r!tmo da "an'(o b!1arra dos remadores A "!dade dos deuses
0o! 0!"ando d!stante O enorme paá"!o 7otaa e a bea "o!na de C4aXpor!,
"om seu e!mponente
S!%estre do Mont(oCo*&!o de Med!"!na
de Arro1, os tempos
o&o d!m!nu$ram da Cer"aTa%e1
de taman4o da Rosa
do ato
de a&uma )anea do Tempo de C4aXpor!, meu am!&o e mestre, o ama a1!,
me a"enasse um adeus
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Mu!ta "o!sa o"orreu no Or!ente e no mundo desde o d!a em que de!amos
pea t!ma %e1 o 7a$s das Ne%es Cumpre d!1er que es"re%! este !%ro 4á
quase tr!nta anos atrás -esta ed!'(o * de .L 6 NR/, o&o ap?s m!n4a
"4e&ada ao Bras! Os or!&!na!s 0!"aram &uardados, adorme"!dos na &a%eta
de m!n4a mesa de traba4o, "on0und!dos "om a m!n4a papeada Cre!o que
me 0ata%a est$muo para pub!"á6o, po!s sab!a que naquea *po"a o !%ro
"ausar!a um !mpa"to na mente dos e!tores, que 0a1!am do T!bete uma %!s(o
de mara%!4a, quando a rea!dade * bem outra
Ho)e, reso%! tra1er a pb!"o esta no%a ed!'(o, a"res"!da de mu!tos
ens!namentos que antes n(o pod!am ser d!%u&ados Daquea *po"a d!stante
em que est!%e no T!bete, que e%o"o a "ada momento, n(o posso de!ar de
ass!naar o 0ata "umpr!mento de pro0e"!a do .Q Daa! +ama que morreu em
.L:, "u)as paa%ras trans"re%o nesta obra Como * do "on4e"!mento &era,
em ma!o de .L;<, o T!bete 0o! !n%ad!do peas tropas "4!nesas O atua re!
ama, o . Daa!, 0u&!u para T1epur 6 t!ma esta'(o antes dos H!maa!as 6
0ronte!ra da 5nd!a "om o T!bete otou de no%o @ sua pátr!a, para anos depo!s
0u&!r outra %e1 para a 5nd!a, em .L;L, onde permane"e at* 4o)e Esta 0u&a
o"as!onou uma 0orte ater"a'(o entre o Go%erno !nd!ano e o Go%erno "4!n3s,
0ato que "um!nou "om um ataque das tropas "4!nesas @ 5nd!a em .L_:,
"4e&ando depo!s os do!s pa$ses a um a"ordo de pa1
De 7ar!s, nosso am!&o 7!erre Yu!en +a0o! en%!a uma reporta&em sobre o
t!mo Daa! +ama, que re0u&!ado 4á de1o!to anos no nordeste da 5nd!a, a!nda
* o "4e0e esp!r!tua de o!tenta e "!n"o m! t!betanos que o a"ompan4aram no
e$!o E nesta reporta&em ee d!1F
6 Eu sou o t!mo Daa! +amaU
7rote&!do pea po$"!a, por &uarda6"ostas e peo e*r"!to !nd!ano, o Daa!
+ama, sabe que suas esperan'as de &an4ar a bata4a pea %ota ao T!bete,
s(o remotas O re!6deus, atuamente "om quarenta e um anos, d!1 que será o
t!mo da sua
O "enár!o esp*"!e,
onde ee %!%ee pare"e
que a era dosde
sa$do re!s6deuses
um "onto term!nará "om ee de
de 0adasF a"o"4oados
nu%ens 0utuam no "*u de um a1u pá!do mara%!4oso No ponto de en"ontro
entre o "*u a1u e a terra, enormes montan4as ne%adas br!4am na u1
bran"a e dourada do entarde"er Da "o!na poe!renta que atra%essamos,
sobem o"as!onamente a&umas %o1es e at!dos de "(es, s(o os +4assa6
apso 6 os "(es sa&rados do Daa!
2ora !sto, tudo * s!3n"!o 7erante nossos o4os er&uem6se "o!nas
%erde)antes, por trás das qua!s se ee%am &!&antes"as montan4as de &eo
"r!sta!no Numa destas "o!nas 0!"a a "asa do Daa! +ama, t(o !na"ess$%e,
aparentemente, "omo um n!n4o de á&u!a Mas o "asteo deste "onto de
0adas * uma
tortuosa, %erdade!ra
e "ondu1 @ "asaarmad!4a
de te4adoA%erde,
estrada na montan4a
e term!na * $n&reme
num be"o e
sem sa$da
A estrada * t(o estre!ta que um n!"o sodado armado pode boqueá6a
"ompetamente
Há nos arredores mu!ta &ente armada 7or toda parte, sodados, sodados e
ma!s sodados A estrada atra%essa de1o!to qu!=metros de terr!t?r!o m!!tar
Depo!s, %em um %!are)o, onde a po$"!a se"reta se sente per0e!tamente em
"asa
O nome do %!are)o * D4aramsaa, o que, na !n&ua&em bud!sta, s!&n!0!"a uma
"asa que pode ser ut!!1ada por quaquer pere&r!no 6 uma "asa6as!o 6 para os
ma!s pobres dos 0!*!s Em D4aramsaa %!%e um 4omem que os bud!stas
"ons!deram o ser ma!s "rente de todos os "rentes, o Daa! +ama, o re!6deus
dos t!betanos Ee e de1 m! de seus adeptos 0u&!ram em .L;L do e*r"!to de
o"upa'(o da C4!na "omun!sta, !ndo para a 5nd!a Há duas %ers>es Se&undo
uma dessas %ers>es, os an0!tr!>es !nd!anos ter!am tra1!do o Daa! +ama para
aquee %!are)o !soado no Nordeste do pa$s para prote&36o da e%entua
%!n&an'a dos a&entes "4!neses Mas, de a"ordo "om a outra, os !nd!anos
ter!am en%!ado seu 4?spede em!nente @quee u&ar a0astado para que sua
presen'a n(o atrapa4asse as ne&o"!a'>es de pa1 entre a 5nd!a e a C4!na
"omun!sta
O Daa! +ama n(o &o%erna ma!s o Teto do Mundo, mas %!%e prat!"amente
en"ausurado naquea 0oresta de ares pur$ss!mos E n(o pode sa!r de á, a
n(o ser quando o proto"oo o perm!te O proto"oo * o &o%erno da 5nd!a, que
"u!da do Daa! A 5nd!a n(o re"on4e"e o &o%erno no e$!o do Daa! +ama,
"omo a!ás n(o o re"on4e"e nen4um pa$s do mundo
Mas o &o%erno !nd!ano se sente responsá%e por ee, pa&a64e uma d!ár!a de
"er"a de :< rp!as -uns < "ru1e!ros/ e p>e @ sua d!spos!'(o os sodados e a
po$"!a se"reta que &uardam sua res!d3n"!a "4amada #Bar"o da 2*#, %!nte e
quatro 4oras por d!a
É a n!"a "asa que n(o tem nmero Os t!betanos "ompraram6na de um r!"o
"omer"!ante !nd!ano, "om toda a pre"!osa mob$!a ant!&a Ea "omporta
depend3n"!as para empre&ados e um tempo aneo @s "eas de um
moste!ro A "asa so1!n4a * um %erdade!ro po%oado, e em t!betano *
"4amada #T4eX"4en C4oe!n &# 6 o Bar"o da 2* A )u&ar pea quant!dade de
sodados
m sodadode%e ser umma&ro
!nd!ano, %erdade!ro bar"o de
e moreno, &uerraum
usando tamb*m
turbante amareo, * o
pr!me!ro a nos barrar o "am!n4o Tr3s &uarda6"ostas do Daa! se apro!mam
Na "asa de &uarda est(o sentados tr3s a&entes da po$"!a se"reta !nd!ana
Somos obr!&ados a preen"4er quest!onár!os, ep!"ando o sent!do e o
ob)et!%o de nossa %!s!ta ao Daa! O quest!onár!o de%e ser preen"4!do em tr3s
%!as Depo!s d!sso, os &uarda6"ostas nos a"ompan4am at* a saa de
aud!3n"!as De on&e, e mu!to d!s"retamente, somos se&u!dos por a&entes
!nd!anos @ pa!sana, os qua!s, por sua %e1, s(o se&u!dos por t!betanos
d!s0ar'ados @ sombra de ár%ores, que eaam um per0ume !ntenso
E ent(o, de repente, 4á pa1 e s!3n"!o Ao 0undo, 4omens de "abe'a
des"oberta
está a"esa enotn!"as
"entroamareas passam
da saa de s!en"!osamente
aud!3n"!as ma
D4aramsaa are!ra
está de 0erro
s!tuada a
.<< metros de at!tude
S(o eatamente .< 4oras da man4( Na saa de "on0er3n"!as @ nossa
d!re!ta, outra are!ra de 0erro a"esa Há quatro 4omens esperando, "om seus
un!0ormes surrados de a&od(o a1u6"!n1a Est(o sentados num so0á
a"o"4oado "4e!o de amo0ad>es
O m!n!st*r!o do &o%erno do T!bete no e$!o está em sess(o Entre os
M!n!stros da se&uran'a, re!&!(o, 0!nan'as, e"onom!a e edu"a'(o está
sentada Sua Sant!dade o Daa!, "4e0e esp!r!tua e ao mesmo tempo pr!me!ro
M!n!stro
Com sua tn!"a "or de %!n4o sem man&as, sua estoa de seda amarea sobre
o ombro d!re!to, seu re?&!o de puso su$'o, o d*"!mo quarto Daa! +ama * o
n!"o ponto "oor!do nesta "on0er3n"!a de persona!dades &r!sa4as
O puso apo!ado na testa, o bra'o d!re!to mostrando as mar"as de %ar$oa,
ee * a pr?pr!a !ma&em do #O 7ensador#, de Rod!n Nen4um &esto, nen4u m
sussurro Os m!n!stros 0a1em epos!'>es sobre o d*0!"!t do or'amento, os
traba4os de repara'(o ne"essár!os, as perspe"t!%as de penr!a na Co=n!a
de Msor, no su da 5nd!a Ees 0aam em t!betano, e Ten1!n Ge"4e, o
se"retár!o part!"uar do Daa!, dá a&umas bre%es ep!"a'>es sobre o que
está a"onte"endo na reun!(o A )u&ar peos sembantes 0e"4ados dos
m!n!stros ees pare"em estar tratando do bem6estar un!%ersa Nada !nd!"a
que ees n(o representam os se!s m!4>es de t!betanos, quando na rea!dade
ees s? &o%ernam seus o!tenta e "!n"o m! sd!tos que 0u&!ram para a 5nd!a
S(o 4omens do ant!&o re&!me O"as!onamente, o Daa! surpreende quando
toma a paa%ra Ee e%anta a "abe'a e 0aa num tom sua%e, mas !ntenso,
"omo se est!%esse "antando uma "an'(o, e %a! sub!n4ando as paa%ras "om
seu !nd!"ador d!re!to e a&umas %e1es epode em &ostosa &ar&a4ada
Os m!n!stros tomam a !berdade de sorr!r Ant!&amente, em +4assa, "ap!ta do
estado 0euda do T!bete, ees n(o ousar!am nem mesmo e%antar os o4os
para o Daa! Somente os membros das tr3s ma!s atas, das sete "asses
nobres, t!n4am perm!ss(o de se d!r!&!r ao re!6deus no trono do +e(o, e,
naturamente, somente quando eram espe"!amente "on%!dados De1o!to
anos no e$!o n(o podem et!rpar uma trad!'(o que, durante quatro"entos
anos,
* na 0o! 0ortae"!dase&undo
rea!dade, pea 0* eapea e! Este
"ren'a 4omem,a que
t!betana, pare"e serdo4umano,
en"arna'(o deus
A%aoX!tes4%ara 6 o deus da Bondade e da M!ser!"?rd!a Mesmo os m!n!stros
@s %e1es se prostram aos seus p*s
É poss$%e que tudo !sto represente para o Daa! um &rande peso
Zuando ee t!n4a uns . ou .; anos, e )á era "ons!derado "omo re!6deus,
tomou pena "ons"!3n"!a da rea!dade do mundo moderno ao !nau&urar a u1
e*tr!"a e a 0or'a na "!dade med!e%a de +4assa 7or esta o"as!(o, ee p=de
ass!st!r a a&uns 0!mes o"!denta!s, "o!sa absoutamente !n*d!ta no T!bete, e
notou ent(o o quanto seu re&!me era utrapassado Atuamente, ee ret!ra
de!"adamente os p*s do a"an"e de todos os "rentes que 0a1em men'(o de
querer be!)á6os,
Os po$t!"os e a)uda
t!betanos darap!damente
%e4a &uardao %eem
0!e a se e%antar
"om maus o4os esta mudan'a
no proto"oo Ees "ont!nuam ape&ados aos %e4os "ostumes e est(o
d!spostos a 0a1er por ees os ma!ores sa"r!0$"!os Os saár!os dos que ser%em
ao &o%erno t!betano no e$!o s(o t(o ba!os que os pr?pr!os m!n!stros s(o @s
%e1es obr!&ados a %ender a&um tesouro de 0am$!a que "onse&u!ram e%ar
"ons!&o, para poder 0e"4ar o baan'o do 0!m do m3s
O Daa! pare"e "ansado da tr!pa 0un'(o que tem de eer"er, "omo deus,
sumo6sa"erdote e pr!me!ro m!n!stro Durante sua t!ma apar!'(o pb!"a, no
0est!%a de #aa"4aXra# -Roda do Temmpo/ na pro%$n"Fa de +adaX4, no
H!maa!a !nd!ano, ee pro%o"ou um "4oque nos %!nte e "!n"o m! pere&r!nos
ao !ns!nuar que ta%e1 n(o pudesse ma!s permane"er mu!to tempo entre
ees Os assessores o&o espa4aram que, "om aquea 0rase, Sua Sant!dade
n(o qu!sera se re0er!r @ morte, mas apenas a um re&!me de en"ausuramento
a!nda ma!s se%ero Mas a de"ara'(o "4o"ou ma "o!sa * "ertaF o Daa!
a!nda "ont!nua "umpr!ndo sua tr!pa 0un'(o, mas "om mu!tas restr!'>es E,
ass!m mesmo, somente porque seu po%o quer que ee "ont!nue a eer"36a e
porque o dest!no do T!bete e o da m!nor!a sem ar que ee &o%erna o e!&em
Zuando ee d!1 que será o t!mo Daa! +ama, tem per0e!tamente "ons"!3n"!a
do que está a0!rmando Ee sabe que aquea s!tua'(o n(o pode "ont!nuar e
que seu po%o de%e !r se a"ostumando, aos pou"os, @ trans!'(o
O Daa! nas"eu no T!bete, numa atmos0era !nte!ramente med!e%a, e
"onse&u!u, por seu pr?pr!o es0or'o, adaptar6se @ rea!dade do mundo atua
Os obser%adores a"red!tam p!amente que ma!s "edo ou ma!s tarde ee
%otará ao T!bete Ee representa, na rea!dade, para o pa$s, a !ma&em do pa!
responsá%e, em quem todos podem ter "on0!an'a, e s? ee pode reun!0!"ar
esse po%o pro0undamente d!%!d!do
Zuando o d*"!mo ter"e!ro Daa! morreu, d!1em que sua "abe'a se !n"!nou
sub!tamente em d!re'(o ao +este Isto 0o! "ons!derado "omo um pr!me!ro
s!na das mudan'as rad!"a!s Ma!s tarde nas"eu um "o&umeo numa das
p!astras do paá"!o 7otaa e "ome'ou a "res"er !n"!nado para o +este m
mon&e te%e a %!s(o de uma "asa re0et!da num a&o, de onde, em pr!n"$p!o,
de%er!a sa!r a reen"arna'(o do no%o Daa! Esta "asa 0o! en"ontrada e
tamb*m o men!no de "!n"o anos que sub!u ao Trono do +e(o do T!bete em
0e%ere!ro de .L<a 6pro0e"!a
Mas se&undo o Ano dodoDra&(o
pr?pr!ode.Q
2erro 6, "omo
Daa!, o d*"!mo
ee ser!a quarto
o t!mo re! Daa!
do
T!bete e o . Daa! ser!a um 0aso re!
Contudo, o O"!dente re"ebeu o . Daa! "omo um 0!4o perd!do, por o"as!(o
de sua 0u&a para a 5nd!a O mundo moderno %!%e de pub!"!dade O atua
Daa! 6 0aso ou n(o 6 tamb*m tem de 0a1er a pr?pr!a pub!"!dade em 0a%or do
seu po%o Com este ob)et!%o, ee pro"ura se mostrar e re%ear o ado
des"on4e"!do da !nt!m!dade do re!6deus É un!"amente ass!m que se pode
ep!"ar o 0ato de ter "onsent!do que uma equ!pe de )orna!stas europeus e
amer!"anos o ten4a a"ompan4ado durante %ár!os d!as na !nt!m!dade de seu
paá"!o6tempo, mesmo nos aposentos pr!%ados que n!n&u*m antes pudera
%!s!tar O Daa!,
a!mentando sentado "om
seus pássaros as pernas
de est!ma'(o, "ru1adas,emem
repousando seuseu
e!toes"r!t?r!o,
s!mpes e
austero, prote&!do por uma rede de a&od(o e pást!"o Ou "om sua m(e e
seu !rm(o, que * tenente pára6qued!sta do e*r"!to !nd!ano O Daa! an'ando
repeentes "ontra !nsetos e tomando o%omat!ne para restaurar as 0or'as,
re1ando de "4!neos, br!n"ando "om re?&!os ant!&os ou tomando suas
re0e!'>es
Ee trata "om "ar!n4o as "r!aturas e as 0ores Zuando um 0ot?&ra0o quer!a
"am!n4ar !nd!s"r!m!nadamente peo )ard!m, ee e"amou de!"adamenteF 7or
0a%or, n(o p!se a$ É um "ante!ro de 0ores e eu a"abe! de semear tu!pas
Numa )aua 4á um "oe4o bran"o
6 2o! m!n4a !rm( quem me deu 7re0!ro outros an!ma!s "omo &atos, porque
s(o !mpos e me!o se%a&ens 6 d!1 o re!6deus
Zuando um 0ot?&ra0o pede para 0oto&ra0ar a pama de suas m(os, o Daa!
0!"a ner%osoF #7ara que o"3 quer mostrar as !n4as de m!n4as m(os a
a&u*m, para saber quanto tempo ten4o a!nda de %!da#
E 0e"4ou as m(os num &esto de"!d!do
Com o passar do tempo, sua des"on0!an'a 0o! aumentando
Zuando era ma!s no%o d!1em que ee "on0!ou um d!a "er"a de um m!4(o de
"ru1e!ros a um 4omem de ne&?"!os !nd!ano para #um !n%est!mento se&uro#
O 4omem desapare"eu para sempre O Daa! tem de 0!nan"!ar seu &o%erno
no e$!o, e está @ be!ra da 0a3n"!a Sua de"ep'(o * mu!to &rande #Apesar
de tudo 6 d!1 ee 6, temos que a&uentar 0!rmes Estamos !n%est!ndo na 5nd!a o
que "onse&u!mos tra1er Esperamos poder re"uperar tudo !sto para
%otarmos @ pátr!a O tempo n(o tem !mportJn"!a#
O Daa! +ama mant*m um rea"!onamento espe"!a "om o 0ator tempo
Zuando d!sp>e de uma pequena 0o&a, seu d!%ert!mento pre0er!do * "onsertar
re?&!os 7ara !sso possu! um )o&o "ompeto de 0erramentas espe"!a!1adas
Zuando tenta "oo"ar uma ente de aumento no mostrador de um re?&!o, 0!"a
r!ndo de pra1er, "omo uma "r!an'a
A !sto 0!"ou redu1!do o re!6deus do T!bete Onde est(o os seus t(o propaados
poderes supranorma!s Onde sua &rande sabedor!a#
Sem d%!da, tudo a"abou Ho)e, obede"endo ao "!"o da e%ou'(o esp!r!tua
podemos d!1er sem medo de errar, #* do O"!dente que %!rá a u1U#
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