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Subversão

Autor: Yuri Bezmenov

O processo de subversão da sociedade do país alvo, é necessário para manipular cultural


e psicologicamente as massas de forma a facilitar a implantação de regimes
revolucionários. Este processo, descrito por ele, é dividido em quatro fases que são:
"desmoralização", "desestabilização", "crise", "normalização".[5]

Fase Tempo necessário Alvos e / ou consequências

15-20 anos Religião, educação, cultura,


(tempo necessário para educar uma comunicação social, lei e
geração com "princípios ordem, relações sociais,
Desmoralização
revolucionários", opostos aos segurança, política
princípios morais tradicionais, interna/externa, família, saúde,
gerando uma inversão de valores). etc.

2-5 anos
Luta pelo poder, economia,
(período necessário para solapar as
Desestabilização estrutura social e lei, política
estruturas política, econômica e
externa.
social).

2-6 meses
(momento de precipitar uma crise
generalizada, incitando desordem, Guerra civil, intervenção
Crise pânico e radicalismo, apresentando estrangeira, golpe de estado
como solução para a sociedade um pelos agentes da subversão.
"governo forte" ou uma alternativa
"revolucionária").

Neste momento, a "nova


ordem" é imposta e, os agentes
empregados nas fases
Normalização Em teoria, seria permanente. anteriores (os "idiotas úteis")
são descartados. Na maioria
dos casos, são eliminados
fisicamente.

A cada fase completada com êxito, torna-se mais difícil reverter o processo de
subversão.
Durante a 3ª fase ("crise"), na tentativa de deter o processo, grupos utilizados durante o
processo de subversão (idiotas úteis) tendem a promover revoluções e /ou golpes de
estado. Muitas vezes resultado em guerras civis e guerrilhas.

Na 4ª fase ("normalização"), o novo regime busca estabilizar a sociedade. Os "idiotas


úteis", que cumpriram seu papel nas fases anteriores, tornam-se desnecessários e são
descartados, pois são considerados um empecilho ao processo de "normalização".
Bezmenov citava recorrentemente como "idiotas úteis" os grupos mais variados:
artistas, jornalistas, professores, ativistas de movimentos sociais (feministas,
homossexuais, defensores de direitos humanos, etc), políticos, empresários, líderes de
seitas e tantos outros. Uns, colaboram de forma ativa e consciente, outros sofrem
manipulações e atuam apenas como massa de manobra. Também citava, como
exemplos de "idiotas úteis", os líderes revolucionários Nur Mohammad Taraki e
Hafizullah Amin do Afeganistão e Sheikh Mujibur Rahman de Bangladesh, que depois
de chegarem ao poder, foram assassinados pelos próprios marxistas-leninistas.

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