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J.J.

Gremmelmaier

Keka
A Cientologista

Edição do Autor
Primeira Edição
Curitiba
2017

1
Autor; J. J. Gremmelmaier Ele cria historias que começam
Edição do Autor aparentemente normais, tentando narrativas
Primeira Edição diferentes, cria seus mundos imaginários, e
2017 muitas vezes vai interligando historias
Keka – A Cientologista aparentemente sem ligação nenhuma, então
existem historias únicas, com começo meio e
------------------------------------------
fim, e existe um universo de historias que se
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
encaixam, formando o universo de
------------------------------------------ personagens de J.J.Gremmelmaier.
Gremmelmaier, João Jose Um autor a ser lido com calma, a
Keka, a Cientologista / Romance mesma que ele escreve, rapidamente, bem
de Ficção, 055 pg./ João Jose vindos as aventuras de J.J.Gremmelmaier.
Gremmelmaier / Curitiba, PR. / Edição
do Autor / 2017
1 - Literatura Brasileira –
Romance – I – Titulo
-----------------------------------------
85 – 62418 CDD – 978.426

As opiniões contidas neste livro são


dos personagens e não obrigatoriamente
assemelham-se as opiniões do autor, esta é
uma obra de ficção, sendo quase todos ou
quase todos os nomes e fatos fictícios.
©Todos os direitos reservados a
J.J.Gremmelmaier
É vedada a reprodução total ou parcial Keka – A Cientologista
desta obra sem autorização do autor.
Keka, mais uma pesonagem de
Sobre o Autor;
minha cidade, como tantos, apenas são
João Jose Gremmelmaier, nasceu em
Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, formação
vistos se gritarem muito, ou se alguem
em Economia, empresário por mais de 15 precisar deles.
anos, teve de confecção de roupas, empresa Vamos a um enfrentamento,
de estamparia, empresa de venda de lançarei os personagem aos poucos nas
equipamentos de informática, trabalhou em poucoas linhas da historia.
um banco estatal.
J.J Gremmelmaier escreve em suas Agradeço aos amigos e colegas que
horas de folga, alguns jogam, outros viajam, sempre me deram força a continuar a
ele faz tudo isto, a frente de seu computador, escrever, mesmo sem ser aquele escritor,
viajando em historias, e nos levando a viajar mas como sempre me repito, escrevo para
juntos. Ele sempre destaca que escreve para se me divertir, e se conseguir lhes levar juntos
divertir, não para ser um acadêmico. nesta aventura, já é uma vitória.
Autor de Obras como a série Fanes,
Ao terminar de ler este livro,
Guerra e Paz, Mundo de Peter, Trissomia,
empreste a um amigo se gostou, a um
Crônicas de Gerson Travesso, Earth 630, Fim
inimigo se não gostou, mas não o deixe
de Expediente, Marés de Sal, e livros como
parado, pois livros foram feitos para
Anacrônicos, Ciguapa, Magog, João Ninguém,
correrem de mão em mão.
Dlats e Olhos de Melissa, entre tantas
J.J.Gremmelmaier
aventuras por ele criadas.
2
©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

J.J.Gremmelmaier

Keka
A Cientologista

3
TERRÁQUEOS X LARIDIANS
Um texto rápido do escritor, que vai novamente olhar
para dentro e para fora, e rapidamente, pela primeira vez em
seus escritos fala de Thetan.

4
G ustav estava a olhar os dados do satélite de
posicionamento Global como toda manha,
controlando o sol, para que não existisse perigo de
perda de comunicação.
Seu objetivo, proteger os sistemas de comunicação
Americano do Sol, ele estava a registrar algo, quando uma imensa
sombra o fez olhar para a imagem, ele aciona seu superior que veio
pensando que era referente ao sol e olha aqueles objetos, que
pareciam asteroides, vindo no sentido da Terra.
— Confirmou as trajetórias.
— Preciso de autorização para passar os dados e os demais
calcularem senhor.
— Autorizado.
Gustav olha os dados e passa para o grande telescópio de
Palomar na Califórnia, onde o cientista e astrofísico Connor olha os
dados e começa a cancelar o experimento que estava previsto para
a noite, e vira o grande telescópio, ele estava de dia, e não teria
muito o que fazer antes do fim da tarde, mas se era algo que vinha
aquela velocidade dos dados, teria tempo, mas teria de ser rápido,
ele passa os dados para mais de 70 observatórios no mundo, e
todos se voltam aos grandes objetos, vindos da direção do sol.
Ele começa a ver dados de todos os lados, e quando liga os
telescópios tem aquela formação, ainda imprecisa, de 20 objetos
imensos vindos na direção, teria de ter alguns dados para dar o
alerta, mas ele estava olhando os dados e aproxima o grande
telescópio da formação, faltava não mais de uma hora para
anoitecer, e não teria dai o ângulo para obtenção dos dados.
Ele acerta o telescópio e eles foram registrando, sempre o
grande desafio de fotografar dentro da atmosfera algo na direção
do sol.
Na NASA os grupos da Califórnia e Florida começam a inverter
seus grandes telescópios, parecia séria a ameaça.
Todos os dados sendo coletados, e sendo repassados,
enquanto Gustav vai para a base, fim do expediente diário, olha
5
para os demais em clima de festa, não estava legal, talvez um
resfriado, sentia as narinas entupidas, o falar fanho era o que mais
destacava neste momento.
Enquanto isto em vários pontos do país um reforço de
segurança chega aos telescópios, enquanto os cientistas fazem suas
medições e estranham a composição dos objetos.

Gustav acorda naquele dia normal, toma um suco, liga o


radio, e ouve estática, olha para fora e olha para o senhor Carter
caído a calçada, corre para fora pensando em ajudar o senhor, ele
estava correndo no sentido do senhor, quando ouve a explosão e
sente o corpo arremessado no sentido que estava indo, bate a
cabeça e sente tudo turvo.
Gustav sentiu os músculos flácidos, sonolento e não consegue
nem abrir os olhos.
Um grupo de pessoas armadas, entra na base e começa a por
fogo nas casas, o pessoal não falava entre si, bem armados e com
uma espécie de capacete, que não permitia ver algo, os senhores
olham uma menina correr tentando fugir, saída da casa em chamas
ao fundo e atiram nela.
Estavam a caçar os últimos sobreviventes, e parecia que
seriam poucos.
O grupo passa em cada um dos pontos e põem fogo na sede
que monitorava o sol, saindo dali as pressas.

A policia chega ao observatório e olha para o mesmo


pegando fogo, os carros pegando fogo, e ninguém por perto, um
policial grita da guarita.
— Morto com um tiro a testa.
— O que está acontecendo Robert?
— Não sei, vamos relatar os acontecidos, ataque a cientistas
não me parece algo racional.
Os policiais fazem as medições e os levantamentos voltando a
Los Angeles ao pé da montanha.

Gustav acorda, com alguém lhe mexendo, ao chão, olha


confuso, e ouve alguém falar.
6
— Um vivo general.
O senhor olha para a cabeça do rapaz e fala.
— Alguém errou o tiro de misericórdia, mas temos de saber
quem nos atacou, o presidente quer uma resposta rápida.
Os rapazes tiram o rapaz dali, e Gustav acorda em um
hospital, sem entender o que havia acontecido, mas o general Poter
para a sua frente e fala.
— Tenente, algo que lembre sobre o evento.
— Tinha levantado, vi o general Carter caído, corri para fora,
e só lembro de sentir o corpo sentir o calor e me jogar sobre o carro
a calçada, mas o que aconteceu general.
— Alguém invadiu a base, e destruiu tudo.
— Alguma testemunha?
— Não, mas temos gente surgindo mortos em 6 telescópios e
pensamos o que esta base tem haver com eles.
— Os objetos vindos do sol, relatados ontem?
O general olha para o tenente, para olhando ele e fala.
— Que objeto.
— Conjunto de 20 objetos, que pareciam rochas, vindos do
sentido do sol, passamos o alerta para os telescópios da Califórnia,
mas porque não iriam querer que víssemos senhor o que vem ai?
Um segundo tenente chega ao general e fala.
— Tivemos ataques no Chile, na Austrália, na Itália, na
Espanha, na Rússia e no Japão.
— Telescópios?
— Sim.
O general olha as imagens que o rapaz trazia e fala.
— Eles não atacaram apenas as pessoas, eles destruíram o
equipamento que dava para verificar.
— Dizem que tem gente tentando acertar os sistemas dos
satélites a volta do planeta, mas parecem sobre interferência de um
vírus, não deixa focar.
O general não conseguia ver um motivo para aquilo e olha
para o Tenente a cama.
— Descansa, não sabemos ainda o que está acontecendo,
mas vamos tentar entender.

7
O chefe do grupo da NASA na Califórnia, John Stander, olha
para o local sendo cercado pelo exercito.
Ele sai a entrada e olha o exercito detendo um grupo que
estava a observar ao longe, mas não detendo ali, e sim afastando, e
olha o general Poter chegar ao local.
— Não entendi o exercito general, somos cientistas.
— Temos de conversar.
O senhor estranhou, entraram e o general coloca a mesa as
fotos dos locais atacados, e fala.
— Tivemos ontem, observando o sol na Base de Controle em
Fallbrook do sol, um avistamento de algo vindo do sol, todos os
pontos que foram notificados disto, até a base de Fallbrook, foram
atacados, matando todos os que estavam lá.
— Esta falando serio General?
— Entre os mortos está Connor em Palomar.
— E o que precisa?
— Não sei se tem algo lá, mas se tem, preciso saber, só não
entendo porque proibir que eles dessem o alerta.
— Tem os dados?
— Destruíram os locais, e observatórios não se constroem
assim tão fácil.
— Vou por alguém para verificar isto, pelo jeito acredita ser
algo serio.
— Tivemos mais mortes ontem dentro de nosso país, que no
primeiro ano no Iraque.
— Certo, vai deixar a proteção.
— Vou isolar a região, e somente quem eu conheço, vai ficar
para dentro senhor.

No Brasil, em uma cidade ao sul do país, capital de um dos


estados, uma menina olha para o quadro e olha um rapaz ficar ali.
— Acha que não vou falar o que vi.
Keka era alguém calma, diziam que quando ela sorria era a
hora de sair correndo, mas ela estava o encarando serio, e fala.
— Falar oque?
— O que vi ontem, não vai negar?

8
— Vai inventar algo, tudo bem Marcio, ninguém liga mesmo
para mim.
Marcio olha intrigado e fala.
— Não vai negar?
— Não sei o que viu, algo está errado.
— Não entendi.
— Meu padrasto não voltou ontem do observatório, a mãe
está preocupada, e se quer fazer fofoca, sinta-se a vontade,
segunda devemos estar de volta.
— Não vai negar?
— Já perguntou isto Marcio.
Keka guarda os materiais e sai pela porta.
Caminha até em casa onde a mãe a esperava.
— Vai comigo?
— Sim, estes meninos querem confusão, e se ficar, vai ter
confusão.
— Tem de parar de bater nos meninos Keka.
Keka sorriu, ajuda a mãe a por algumas coisas no carro e
saem no sentido da serra, onde há um ano, haviam construído o
observatório astronômico da UFPR.
Chegam a entrada e o carro de Sergio estava ali.
Elas batem e depois de um tempo ele abre e fala.
— Perdida aqui amor.
— Não ligou, ficamos preocupadas.
— Estou terminando de relatar os dados, já iria para casa.
— Relatar?
O senhor não entrou em detalhes, mas elas viram ele
terminar e foram para casa, trancando o local.

John chama o General e fala.


— Temos uns dados, não sei se o rapaz entendo o que viu,
mas os dados me deixaram confusos senhor.
— Por quê?
O senhor põem as coordenadas e fala.
— Um observatório viu isto no espaço ontem, mas não está
mais lá, algo rápido, vindo em nosso sentido, mas os dados,
estabelecem 20 globos, aparentemente rochosos, vindo para cá.
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— Tamanho.
— Qualquer deles se fosse maciço, entraríamos em extinção.
— Se fosse?
— Os dados que nos passaram, estabelecem 20 objetos ocos,
com calor interno.
— Não entendi. – General.
— Parecem 20 naves espaciais senhor, isto que parece, pois
elas estão no espaço, não deveriam ter calor interno, só superficial,
não deveriam ser ocas, são, e nitidamente, elas emitem radio.
— Tem certeza disto?
— Estamos revisando os dados, foi feito por um astrônomo
no Brasil, eles não tem nenhum grande observatório, mas aparece
que alguém passou para ele o problema e ele registrou, quando ele
tentou responder ao pedido de ajuda, não teve respostas e nos
comunicou o relatório.
— Está dizendo que podem ter seres infiltrados que nos
sabotaram, pois vimos eles chegando?
— Muita suposição ainda senhor.
— Certo, vou por os exércitos em alerta, hora de fazer um
grande movimento de tropas.
O senhor liga para o secretario de Defesa que aciona o DOD, e
varias vertentes militares a partir do pentágono começam a se
preparar para a guerra.
Sem inimigo declarado, mas em alerta total as fragatas de
guerra entram em operação ao redor do mundo, parecia um alerta
falso, mas com recomendações de atenção máxima, parecia que
alguém havia feito algo errado e o DOD não podia declarar guerra a
este inimigo ainda.
A informação das mortes em terreno americano dentro de
uma base do exercito, pois muitos se perguntando quem eram os
inimigos desta vez.

Keka ia ao banco de trás e seu padrasto perguntou.


— Quieta demais, o que aconteceu?
— Tem um menino me perturbando na escola.
— Namorado?
— Deus me livre.
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— Então no que ele lhe perturba.
Keka olha pela janela e o senhor fala.
— Não pode ficar se demonstrando em publico Keka.
— Foi um acidente, mas isto também não me preocupa.
— O que lhe preocupa.
— Um carro nos seguindo desde a saída do observatório, eles
estavam indo para lá, mas quando cruzaram por nós, vieram atrás.
O senhor olha pelo retrovisor e fala.
— Deve ser apenas coincidência.
Keka não falou nada, mas viu o padrasto reduzir a velocidade,
ele queria provar que era apenas impressão, mas o carro ao fundo,
reduz a velocidade e troca de faixa para a mais lenta ao canto.
— O que aprontou a mais Keka?
O senhor falou mais grosso e Keka falou sorrindo.
— Mais nada, mas eles não iam atrás de mim Sergio, e sim de
você, pois eles estavam indo ao observatório.
Sergio liga o radio e ouve a noticia.
— Um incêndio esta devorando o observatório astronômico
da UFPR em Piraquara. Os bombeiros estão chegando lá, mas é um
local de difícil acesso.
Sergio olha para Maria, a esposa e fala.
— Se segura, vamos ver que está acontecendo.
Sergio acelerou, pareceu os despistar, mas quando chega ao
bairro, olha o tumultuo a rua, olha para os bombeiros e Keka olha
para a mãe.
— Se abaixa mãe.
— O que está acontecendo.
— Sergio, dá ré e para a esquina.
O senhor entendeu que algo estava acontecendo, sabia que a
enteada tinha um jeito de inocente, mas nunca conseguiu nem
chegar perto do senso de observação dela.
Ele para a Keka abre a porta, procurando alguém em volta,
olha para Marcio e fala.
— Quem fez aquilo Marcio?
Marcio olhava assustado a casa, e fala.
— Eu não...
— Não estou lhe acusando, mas preciso sabe agora.
11
O menino olha em volta e fala.
— Os dois no portão da Rosa.
Sergio no carro olha os dois rapazes, estanha eles estarem de
blusa de frio naquele calor.
Ele iria falar para Keka não se meter, mas ela passa a mão no
braço de Marcio e fala.
— Apenas me confirma, quem mais. – E começa a andar no
sentido da casa e dos bombeiros.
Keka olha para Sergio e faz sinal para fechar os vidros.
Maria olha a filha e fala.
— O que ela pensa que está fazendo.
— Tentando descobrir quem nos ataca amor, pensa, dois
pontos para garantir algo, mas não sei o que ela pretende.
Marcio olha para Keka e fala.
— Eles vão nos matar.
— Deixa de ser medroso Marcio, estamos em publico.
Keka chega ao lado dos dois e fala olhando para um deles.
— Me responderia uma coisa senhor?
Os dois seres olham para ela simultaneamente, até Marcio
reparou que pareceram maquinas, mas não emitiram som.
— Não falam?
Os dois se olham e Keka olha para a casa, dando as costas aos
seres e passa o braço no de Marcio e fala.
— Estamos encrencados.
Marcio ficou tenso, pois viu outros três seres estranhos
olharem para eles, ele não olhou para trás, mas sentiu os seres
ficarem perto.
— Acha que foi o fogão Marcio?
— Fogão?
— Que deixaram ligado e gerou o fogo?
— Pode ser.
Keka olha o policial a frente e ele fala.
— Tem de se afastar.
— Sei disto, mas posso estar enganada, a dona Maria as vezes
deixava um feijão para cozinhar, se foi aquele fogão velho dela,
acho que todos estamos muito perto senhor.

12
Os dois policiais se olham e começam a ampliar a linha de
segurança, Keka sente o ser lhe encostar as costas e vira-se para ele.
— Problema mudinho?
Outros 4 chegavam a ela.
— Morava ai? – Uma voz bem mecânica.
— Explode minha casa e não sabe quem mora ai?
Os outros chegam rápido ao local enquanto os policiais
afastavam os outros, Keka passa pelo poste andando no sentido do
ser, que parecia a atrair a uma arapuca, quando ela passa pelo
poste, ela força Marcio para a sombra do mesmo, e se ouve a
explosão vinda da casa, os seres olham assustados, suas roupas
queimam, todos se jogando no chão e quando vão se erguendo,
todos a rua olham aqueles seres mecânicos, agora com rostos
derretidos, uma mascara de algum material que parecia bem
humano, olhando para a menina, Marcio não entendeu, viu a
explosão, sentiu o calor passar pelo lado, recolheu o braço, e viu os
seres derretendo.
O ser olha para Keka, ela não se queimara, e pergunta.
— Porque não morreu?
Keka não responde, mas ouve os 5 policiais a rua apontando
para os seres e falando.
— Encostados a parede.
Os policiais pareciam mais assustados do que o normal, e
quando um tenta andar, eles atiram no ser, que parece ter algo
perfurado ao baço, e aquele liquido prateado escorre e o ser parece
se desligar.
Os demais se assustam, mas não queriam ser pegos, um
abraça o que tinha sido danificado e corre no sentido da rua do
fundo, os demais acompanharam, os policiais olharam que não
teriam como atirar contra os curiosos, e olham para Keka.
— Está bem menina, não se queimou?
— Não, acho que o estar entre o poste e a explosão me
protegeu, mas meu amigo parece ter queimado o braço.
Somente nesta hora Marcio olha o braço esquerdo e parece
que o ver aquilo veio com a dor.

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Os policiais olham para os bombeiros, pedem mais reforço e
começam a fechar a rua, Marcio foi para casa, a mãe dele o
conduziu ao posto de saúde, e Keka chega ao carro.
— O que era aquilo? – Sergio.
— Sergio, o que relatou hoje que fez todos lhe ouvirem e que
colocou um grupo de coisas estranhas na nossa cola. – Keka.
— Uns objetos, vindos da direção do sol, uns vinte.
— Relatou quem?
— Uma base da NASA, na Califórnia, pois quem havia pedido
a informação não estava atendendo. – Sergio olha para Keka – está
achando que eles atacaram lá como aqui?
Keka não falou nada, entrou no carro e fala.
— Vamos sair daqui Sergio, depois vemos o que sobrou.
— Para onde?
— Algum parque.
— Mas se nos pegarem.
— Eles não pareciam interessados em pegar os demais, sinal
que eles estão ainda retendo informação.

Em uma base no Novo México, um grupo de Cientologia se


reúne e o líder religioso deles fala.
— Chegou a hora da grande batalha, hora dos seguidores
virem ao templo e nos protegermos.
— Qual o grande desafio grande líder.
— Pela primeira vez na historia, almas reencarnadas em
outros planetas, os thetans, estão chegando a este planeta, eles
vem promover a conscientização dos não conscientes, hora dos
adeptos se reunirem, orarem, sentirem suas regressões passadas,
para que saibamos como nos portar diante dos thetans que estão
chegando.
Os demais entenderam a urgência, era algo a nível revelação,
se se algo superior vinha a eles, teriam de se reunir.
O contato com outros membros, e nas sedes criadas para
proteção e resguardo ao redor do mundo, os praticantes começam
a se reunir e se isolar, no Novo México, tinham um buraco escavado
de mais de 20 mil metros quadrados, entre tuneis e salas de oração,
alimentação, moradia e convivência.
14
No Pentágono uma reunião se faz, e o secretario de Defesa
olha os demais e fala.
— Temos algo acontecendo, ou o que está acontecendo?
— Temos telescópios do mundo inteiro danificados, não
conseguimos olhar uma estrela, alguém cronometrou o ataque, e
nos tirou até o Hubble, invertendo ele para a Terra.
— Quem?
— Estamos monitorando alguns grupos, mas o único que
relatou os fatos que nos chegaram, teve seu telescópio também
danificado, ninguém olhou para ele, mas não sabemos nem se ele
está vivo, e algo muito estranho foi filmado na porta da casa deste
senhor.
— Estranho? – O secretario.
O senhor coloca a imagem do incêndio, da explosão e depois
de todos voltados para aqueles seres de aparência estranha, pois
pareciam ser feitos de ferro oxidado, pela cor, e mostra a conversa
e depois os seres saindo correndo.
— Isto estava onde?
— Brasil, as informações afirmam que foram eles que
colocaram fogo na casa do cientista, podem ter feito no Telescópio
também.
— E o que é estas coisas?
— Isto que temos de descobrir senhor, mas se algo vem, algo
já está aqui, e está dando cobertura, temos de tentar identificar ele
para nos posicionar.
O secretario olha os demais, não sabia o que fazer, não era
um inimigo com endereço fixo, e fala.
— Deixa escapar na mídia, se algo assim aparecer em outro
lugar, a internet vai ser a forma mais fácil de nos informarmos.
Os demais começam a passar as medidas de segurança e
todas as bases entram em alerta máximo.

Agora sem ninguém olhando as naves acelerando usando o


empuxo gravitacional do sol em nossa direção, parecem preparar as
aberturas laterais para desviar a rota atual e entrar em uma
parábola inicial longa a volta do nosso planeta, ninguém das naves
15
ainda surge, as vezes, parecendo que estavam vazias, ou já estavam
sobre o planeta.

Keka olha para o espaço e fala.


— Pode parecer maluquice mãe, mas eles já estão no planeta,
e não sei o que querem.
— Eles? – Sergio.
— Sabe que não demonstro nada normalmente Sergio.
— Certo, mas o que era aquilo.
— Maquinas de guerra projetadas para se parecer com a
gente, prováveis olhos de algo para aprender ou para nos sabotar.
— Eles queimaram nossa casa.
Keka olha em volta, Sergio para o carro em um parque, e ela
caminha até a beira do lado, estava escurecendo, ela senta-se e
olha para o lago.
Ela não parece fazer nada, a mãe olha ela ao longe e
pergunta.
— O que ela está fazendo?
— Não sei Sergio, não sei.
Estavam os dois olhando para ela quando veem espectros de
luz a toda volta, seres translúcidos em uma luz tênue mas bem
branca, se aproximando dela.
Maria olha assustada, pois tinha a impressão daquilo entrar
em Keka, que começa a lembrar de coisas do passado, aquelas
partes de sua historia que ela sempre deixara longe dela, começa
por historias tristes e termina pelas ultimas, quando seu thetan já se
encontrava mais equilibrado.
Ela olha para as mãos, aproxima de seu peito e sente aqueles
sentimentos alegres e tristes, algumas lagrimas ao rosto, alguma
dor ao rosto, alguma alegria ao rosto, difícil naquele momento de
estabelecer o que ela sentia, mas o que pareceu minutos para quem
olhava, para Keka, pareceu horas.
Ela enxuga as lagrimas e se levanta, olha para Sergio e fala.
— Liga para quem comunicou e diz que sobreviveu.
— Mas...
— Sei que tem todos os dados no seu computador Sergio, é o
que eles querem.
16
— Acha que eles nos deixam ir se entregar isto.
Keka sacode negativamente a cabeça, Sergio pensou que ela
estava respondendo sua pergunta negativamente, mas ela estava
decepcionada com a pergunta.
Ela entra no carro, Maria assume o volante e Sergio pega o
celular.
— Vamos circular mãe, melhor que parados.
Sergio liga para o numero, demorou para alguém entender
algo, ele teve de falar com seu péssimo inglês que não entendia
inglês, mas que tinha os dados da aproximação, tinha sobrevivido,
mas não sabia até quando.
Keka olha em volta e começa a relembrar as memorias de seu
Thetan, estanhava ele se dividir em mais de um após a morte, nunca
pensou que a alma poderia ser uma, mas as memorias, serem
separadas e designadas cada qual ficando em seu tempo, o atrair
todas ao mesmo lugar, era algo que Keka evitava, era doido ter
todas as memorias, de varias vidas vividas.

Um ser com capa, escondendo seu rosto, do outro lado do


lago olha para a menina, ele olha os demais que se aproximam e
fala em um dialeto estranho aos ouvidos humanos.
— Ela domina os Thetan passados, quem é a menina?
Os seres se olham e um fala.
— Ao veiculo está nosso alvo.
— Quem é nosso alvo, pois os que dominam os Thetan foram
os que nos chamaram.
Um danificado chega ao fundo e pensa na imagem da
menina, e o ser olha para ele.
— Ela domina o calor, como?
O ser ao fundo apenas olha para ele sem respostas, eles
basicamente mantiveram a parte mecânica interna, enquanto a
menina se manteve inteira.
— O que este minúsculo ser desenvolveu?
Uma transmissão da imagem da menina e referente ao alvo é
lançada ao espaço, codificada, não foi entendida em nada, mas pela
primeira vez se registrava na Califórnia que alguém no Brasil
transmitiu para fora.
17
O informar que tinha alguém no Brasil que eles estava vivo, e
a informação de que transmitiram para fora, fez um comunicado
entre governos.
Sergio estava olhando em volta, olhava Maria ao volante
quando o telefone tocou, alguém se identificando como
Aeronáutica falou para eles se dirigirem a base aérea.
O dirigir para lá, fez Keka observar que dois veículos os
seguiam, e fala.
— Os seres nos acharam de volta, não sei o que são Sergio,
mas toma cuidado e chega lá com segurança.
Os seres olham para onde estavam indo e parece que uma
leva de seres surge a volta, o que era um carro, virou mais de 30
carros, Sergio pega o telefone e devolve a ligação.
Sergio explica que estava sendo seguido, e que agora tinha
mais de 30 carros quase nele, iria chegar a base com eles bem
perto.
Um alerta ao comando da Aeronáutica faz alguns soldados se
posicionarem a entrada, ficou bem visível quando Maria despontou
na avenida os 30 carros o seguindo.
O rapaz a entrada faz sinal para ele entrar, outro abre o
caminho para a pista e aponta um avião bem a ponta.
Maria não pensou muito, pois viu os seres saindo dos carros
ainda em movimento e vindo no sentido da base, para ao lado do
avião, o comandante olha que estavam invadindo, não entendia
aquela luz, Sergio olha para Keka que fala.
— Entra e vai Sergio, leva o que eles precisam.
— Mas filha.
— Mae, vai agora.
O soldado não entendeu, mas Keka sai do carro e se vira para
os seres, o que parecia uma criança, parece se tornar mais de 40
seres brilhosos, os seres que entravam, começam a recuar, Keka
olha para o avião decolar e olha para os seres recuando e chega a
entrada, o comandante olha para a menina e vê todos os seres
entrarem nela e pergunta.
— O que é você.
— Adoro jogo de luzes, mas o que eram estes seres.

18
Um estava a entrada, atingido, e o exercito olha que era uma
maquina, o alerta de segurança foi dado.

Keka não sabia dirigir, mas sabia alguns truques de


ilusionismo, ela olha para um grupo de contêineres transformados
em restaurantes na rua lateral, pega algumas folhas ao chão e faz
bolas de papel, pega uma latinha, põem a sua frente e começa a
fazer truques em meio aquele corredor, por exatos 14 minutos ela
conseguiu algum dinheiro, depois o segurança a afastou.
Ela pega as poucas notas e pega um ônibus para o centro, de
onde saberia se virar.
Ela caminhava a rua e os seres estavam bem ao longe, eles
não pareciam dispostos a lhe enfrentar, mas obvio, ela queria saber
quem eram, porque estavam ali.
Ela chega ao centro e entra em um shopping e olha a hora,
faltava pouco para fechar, mas olha aquele ser sentar-se a mesa.
O ser a olha e pergunta.
— Como um ser em carne, que come estas coisas ai,
consegue controlar seus Thetan?
A língua foi estranha, mas Keka entendeu.
— Não sei de onde veem para que valha a explicação.
— Fala nossa língua e não sabe de onde venho.
— Ter uma memoria, de algo vivido dentro de um planeta,
não é saber onde ele fica.
— O chamamos de Lar.
— E porque estão matando dos nossos?
— A chegada sempre tem de ser em surpresa.
— E precisava os matar?
— Morte é apenas uma passagem de Thetan.
— És 100% maquina? Pois não parece saber a dor de carregar
uma morte frustrante em seu Thetan.
— Sou, entendo por este lado sua indagação, mas a dor os faz
evoluir.
— Não concordo com esta parte da Cientologia.
— Porque não?
— Porque todos que conheci, eram farsantes, dizem existir
reais seguidores, mas no meu país, apenas farsantes, gente que não
19
domina duas experiências de Thetan, e se diz mestre em
Cientologia.
— E não quer ficar só em um planeta pelo jeito.
— Tudo que para sentir o Thetan dentro de nós, precisa nos
matar, é igual aos Mestres em Cientologia local.
— Mas como sentiriam sem os matar.
Keka toca a mão do ser que estava sobre a mesa, ele
estranha, mas sente algo estranho e ouve.
— Parte do ferro que lhe estrutura a existência, foi parte de
um ser, parte do cálcio que o estrutura, foi parte de um ser, parte
do carboidrato plástico que compõem sua pele, foi parte de um ser,
dos que sinto em você, apenas dois tinham razão, mas não quer
dizer, que parte dela, não ficou em você.
O ser afasta as mãos e as vê brilhar, estranha e fala.
— Que truque é este?
— Quando estiver disposto a ouvir o que está dentro de você,
terá um nome, não uma serie, mas por isto, nunca se aproxima
autômatos ou seres de controle do planeta Terra, pois aqui, sente-
se os Thetan, e somente as existências neste planeta, parecem
sentir o Thetan de outra existência.
O ser olha em volta e se levanta, ele sai olhando a mão, Keka
se levanta e vai ao ônibus e volta para o bairro.
Estava cansada quando bate a porta de uma de suas tias.
— Keka, o que faz aqui?
— A mãe e o padrasto tiveram de viajar, e me deixaram no
terminal, tem um cantinho para mim tia?
Mirian achou um lugar no quarto da prima e Keka se
acomodou.

Era perto das 5 horas da manha do dia seguinte quando


Sergio e Maria desembarcam na Califórnia, sem passar por nada de
controle, diretos para dentro da base.
Sergio cumprimenta todos e pega o computador e passa os
dados para o rapaz que fala.
— Vamos verificar, devem estar cansados, vamos conseguir
um alojamento e descansem.

20
Os dois foram descansar enquanto o rapaz chega ao comando
e olha para o diretor.
— O que tem ai?
— Temos 32 minutos de avanço, a velocidade deles estava
muito alta, eles usaram o sol para acelerar para cá.
— Algo consistente?
— Não sei, quando eles tiraram o casal do Brasil, uma das
maquinas foi danificada, conseguimos a liberar, deve chegar daqui a
pouco, vamos ver o que está chegando ai senhor.
O grupo começa a estudar os dados e repassar para o
Pentágono, que subdivide esforços mundiais para tentar entender o
problema.

O ser estava sentado a beira de um lago, olhando as mãos e


um outro ser chega ao lado.
— Relate X43i.
— Confuso.
— Sistemas não são confusos, são exatos, executam ordens,
estabelecem prioridades.
— Mas se com um toque, um ser deste planeta tivesse aberto
um caminho que meus sistemas nunca falaram, se procurar as
palavras, diriam impossíveis.
— Não entendi.
—, se com um toque, você sentisse a historia de um ser que
está dentro de você.
— Você é uma maquina, não existe ser dentro de você.
— Isto é o que o manual e regras fala, mas meu ferro, foi
parte de um ser de um Planeta que se denominou Blue, este ser
viveu 68 ciclos locais, ele tinha escamas, tinha família, vivia entre o
mar e o ar suficientemente denso para que sua respiração fosse
branquial em qualquer ambiente.
— Está delirando, eles vão lhe desmanchar X43i.
— Não duvido que eles vão me desmanchar, mas até a
menina me tocar achava que era o certo, agora estou na duvida.
— Como um mínimo ser pode lhe alterar deste jeito, ela lhe
reprogramou.

21
— Se o fez, não senti a reprogramação, apenas a sensação, de
que um dia, algo viveu e morreu, e lhe digo, morrer tem uma
sensação de paz, que não sei descrever.
— Como morte pode ter paz.
— Estou tentando entender ainda, sei que já devem ter
repassado as informações e dados, para o dia, mas estava
pensando, e sei que não somos programados para isto, mas algo
mudou nos meus circuitos.
— Percebeu esta tentativa?
— Não, senti a tentativa, não a percebi, teria evitado o toque
se percebesse, mas quem dos de Lar, tem este toque X42e, porque
não nos alertaram que existem seres mais evoluídos que eles,
podemos ter matado seres, que chegariam a isto, e nem pensamos,
apenas executamos.
— Eu dou um jeito nesta ameaça X43i, sua ordem é avançar
para um aglomerado politico ao norte.
O ser sai do local onde estava sentado, olha em volta, toca
algo que parecia estar ali, invisível aos olhos, abre uma comporta
que ficou visível apenas enquanto o ser entrou, o ao chão, por
medir o local por calor e não por luz visível, vê aquele veiculo aéreo
sair do chão e rumar ao norte.

Keka estava acordando quando sente tudo hostil a sua volta,


ela sente as suas experiências vivas em carne, olha para a prima e
fala.
— Eles ainda não sabem exatamente onde estou, mas se
prepara para sair se for o caso.
— Eles?
— Os seres que perseguiam Sergio, parece que estão a minha
procura a volta.
Keka se veste e sai a rua, sua tia ia falar algo, mas viu aqueles
seres todos vestidos igualmente a rua, pareciam olhar os restos da
casa e esperar que algo acontecesse, Keka olha eles irem no sentido
da casa de Marcio, ele estava ao portão, ele esteva ao seu lado,
sorri da ideia deles darem fim em Marcio.
Ela anda calmamente e quando um ser chega a frente de
Marcio que demostra susto, pergunta.
22
— Onde está o ser que lhe acompanhava ontem.
Marcio olha para os seres e olha Keka ao fundo e fala.
— Não sei se é cego, pois se eu a vejo, você a deveria ver.
O ser olha em volta e todos se voltam a menina, a rua inteira,
naquele sábado olham aqueles seres estranhos olhando Keka.
— Você reprogramou um dos nossos, isto é quebra de regra,
temos de a eliminar.
Keka sorri e olha para o ser.
— O problema, é que se toda vez que você pensar, quem o
faz é alguém no comando, realmente, não levarei sua morte como
peso. – Keka olhando o ser.
— Acha que me põem medo.
Keka sem contar eles a volta fala.
— 22 seres para pegar uma menina, desarmada e indefesa, e
pergunta se eu tenho medo, logico que não, assim como você, mas
quem o programa, sim, este está preocupado e monitorando
pessoalmente esta operação.
— Como sabe que ele nos monitora.
— Ele os comanda, mas a pergunta que faço a ele, está
preparado para ser julgado como julga, está preparado para sentir
todas as vivencias de seu Thetan, pois podem tentar nos destruir,
podem tentar nos testar, mas antes, tem de saber, se estão prontos
para isto.
O ser a frente recebe ordens para atacar Keka, eles a foram
cercando e Keka olha para Marcio ao portão.
— Melhor não ver o que não poderá contar depois.
Keka sorriu, Marcio recuou, os seres estranharam, e como
estavam todos sobre ordem de avançar, começam a avançar, da
menina saiu apenas 22 espectros de vivencia, que atravessaram os
seres, que param, o ser a sua frente olha para as próprias mãos e
sente a ordem, mas pela primeira vez, sente a independência de
atos, os demais se olham e X42e pergunta, vendo os espectros de
vivencia voltando a menina.
— O que fez?
— Nada, mas é para o ser que lhe ordena minha morte, que
preciso falar, se ele não está preparado para entender, que a rocha

23
que ele chama de Lar58 pode ser transformada em ser vivente,
pensante, então não se desafia quem pode o fazer.
Keka brilha e os seres tiveram de acionar seus sentidos de
calor, para ver para onde ela havia ido, mas não veem, ela sai pela
rua, caminhando calmamente, eles a viram no fim da rua, pois
Marcio correu até ela.
— Vai onde Keka?
— Entender o problema, o que mais.
— Mas vai para onde?
— Não vou, mas eles virão a mim.
Os seres recebem ordens de atacar novamente e o ser ao
comando transmite que não conseguia executar ordem de
destruição contra aquele ser, indagado por sistema porque, ele
apenas passa a mensagem.
“Regra de Comportamento 1: Nunca atacar ou ferir um ser de
Thetan avançado.”
O ser na nave gira a cadeira que estava e olha para um
segundo que pergunta.
— O que ele quer dizer com isto.
O ser de Lar, que tinha uma cabeça alongada, mãos com 6
dedos, que tinha um tronco dom subdivisões, tinha uma pele
cinzenta, olha o seu superior e põem a imagem, o senhor olha a
ordem, todos avançam, e da menina, saem 22 espectros de Thetan,
e os seres param.
— Mas quem é este ser feminino?
O subalterno coloca a conversa que gravaram de X43i, e o
comandante chega perto e fala.
— Está dizendo que um ser de nada deste planetinha sente os
Thetan, isto é impossível.
— Sim, segundo nossas ordens, impossível, mas quando ela
dispôs não de força, mas de suas existências para enfrentar os
“Drot”1 eles entenderam ela como um ser evoluído.
— E a contra ordem?

1
Ser robótico, com estrutura física e orgânica, sendo as duas
independentes, uma gera a estrutura e outra a maleabilidade de se passar
por qualquer ser.
24
— Eles não obedecem senhor, estou captando alguns deles
conversando sozinhos, como se falassem e respondessem, não sei o
que aquele ser fez, mas ele conseguiu parar um conjunto de ataque
perfeito.
— Manda o primeiro esquadrão para a cidade da menina, não
vamos admitir que surja longe de Lar, alguém se dizendo
especialista em Thetan, vou conversar com os lideres.
A primeira nave de seres de Lar, começa a ser preparada, e os
Laridios, como se definiam, um grupo de 50 deles, começam a se
apresentar a nave, e sabem que irão a um confronto.
Outras 12 naves de Drot foram acionadas para os
acompanhar, cada qual com 220 seres.

Keka olha para Marcio e pergunta.


— Porque sempre me seguindo?
— Não sei o que você é, mas aqueles seres, deixou todos
assustados, não sei o que fez, eles lhe cercavam num segundo,
deram dois passos atrás no seguinte e começam a olhar as mãos.
— Sabe que aqueles seres são uma espécie de Androides,
mas a pergunta que me faço, o que eles vieram fazer aqui.
— Androides, fala serio.
— Você os viu, não se faça de inocente Marcio.
— Sei que me queimei ontem.
— Sei, quem manda se mexer, tinha de ficar na sombra do
poste, mas tem de andar sacudindo os ombros. – Keka olhando o
rapaz, e começando a andar no sentido da avenida, ela iria a uma
praça mais a frente.
— E o quem parece querer atrair.
— Os primeiros serão soldados, não quero eles mal, mas
depende do que fizerem, não tenho como enfrentar todos ao
mesmo tempo, mas preciso saber o que eles querem.
— E não vai me explicar.
— Vamos a praça a frente e quero pensar, se ficar em casa,
eles vão querer por fogo na casa da tia, melhor não.
— Certo, e seus pais?
— Califórnia neste momento, dormindo depois de uma
viagem de noite inteira.
25
— E como sabe?
— Marcio, o que quer saber?
— Como você faz isto.
— Isto oque?
— Você brilha, você enfrenta seres, eu me queimei na
sombra do poste, muitos se queimaram ao longe, e você, nem um
chamuscado.
Keka olha serio para o rapaz e fala.
— A verdade, não sei, tento descobrir a muito tempo, e muito
tempo, para mim tem dois sentidos, o desta vida, e o de todas as
que vivi, mas que somente quando se está preparada, devemos
puxar para nós, não tive alternativa, puxei elas para mim, sei agora
que este corpo, não me permitira entender o todo, fisicamente não
tenho como processar todas as vidas que vivi, e não sei se quero o
fazer.
— Está dizendo que aquelas luzes que lhe cercam são vidas
passadas?
— Sim, mas o problema é que almas se locomovem a
velocidade da luz, e as vezes, se perdem no espaço, e como não
congelam, elas avançam no espaço, as vezes sendo puxados para
uma nova existência, em outro sistema solar, a 4, 6, 12 anos luz de
onde foi gerada a sua alma inicial.
— Você é maluca?
— Não, mas se um destes seres, não estes que se parecem
com nós, os com cabeça mais longa, ficar a sua frente, apenas
lembre de perguntar. “O que quer Laridio?”.
— La.. o que?
— Laridio, mas... – Keka senta-se em uma destas mesas de
dama, Marcio senta-se a frente, ela estica a mão e ele as pega e
ouve – ...tenta não ficar maluco antes da hora.
Marcio começa a ouvir vozes em sua mente e olha em volta,
como se tivessem outros seres a volta.
— O que são estas vozes.
— Isto se chama de Thetan, são experiências suas, em outras
vidas, os mais nervosos, e impacientes, são as almas mais novas, e
os mais calmos, as mais antigas.

26
Marcio olha as mãos, teve a impressão de não ser suas mãos,
olha para Keka assustado.
— Porque disto?
— Marcio, se tiver de olhar para onde você está e lhe
defender, os dois morrem.
— Certo, mas o que é isto?
— Quando sente-se os Thetan, cada um se manifesta como
um ser, toda experiência, pode ser materializada, e a partir disto,
você não é um soldado em campo, como humana, sei que estou a
mais de 22 mil anos neste planeta, só de humanos, são mais de 400
vivencias, mas obvio que se usar todas elas, eu enlouqueço.
— Por isto sabe tanto de historia.
— Por isto divirjo tanto da historia do professor, pois saber
que não foi como está nos livros, gera algo bem complicado.
— Mas como saber se sou eu pensando.
— Verá com calma, que todos eles são você, apenas os
diferenciara, verá que alguns, eram curiosos, outros, acomodados,
digo que das mais de 400 vivencias na Terra, umas 40 se aproveita,
quando se fala nas mais de 4 mil vivencias, não se chega as 300
vivencias proveitosas.
— E me quer maluco como você, é isto?
Keka sorriu, o rapaz ficou pensando em uma represália, mas
viu da menina sair muitas luzes e estas começarem a se afastar e
fala.
— Mantem a calma por enquanto.
— Por enquanto?
— Se concentra em uma existência sua no passado, um
corredor italiano, e aprende a como respirar, se precisar correr, pelo
menos é útil.
— Se achando engraçada?
Se ouve os estouros ao ar, em uma hora estavam em um dia
nublado, no outro, com aqueles triângulos ao ar vindos do espaço.
Marcio olha assustado e olha para Keka olhar para o céu e ir
para o campo ao lado, ela olhou para ele pedindo que esperasse e
fica ali a olhar, todos olhavam para cima, se antes era teórica a
chegada, agora ficava visível, alguns começam a filmar no prédio ao
fundo, alguns ao vivo começam a transmitir em suas redes sociais, e
27
Keka caminha calmamente ao campo de futebol, olha em volta,
sente as mais de 300 vivencias que saíram dela, não sabia se
precisava de tanto, mas algo, dizia que neste momento, ela estava
em desvantagem.
Uma nave menor desce a frente, os Drot descem duas naves
a mais ao lado, pequenas, não mais de 100 metros quadrados cada,
estes começam a sair e se posicionar, a frente e Keka olha aqueles
soldados armados surgirem na porta, e olharem em volta, talvez o
primeiro impacto, de um mundo vivo.
Os pássaros ao fundo parecem sobrevoar assustados.
Os cães a toda volta começam a latir.
Marcio olhava aquilo, não era mais dois, eram mais de 100
seres estranhos, que sabia o que eram, e aqueles seres de cabeça
maior, saindo daquela nave, ao fundo, dois carros da policia ficam a
olhar sem saber o que fazer, mas os Drot se posicionam para que
nada atinja os seres a frente.
Marcio olha um sair a frente e olhar para Keka.
— Você é nossa ameaça. – O ser fala em sua língua própria,
era uma forma de nada ser respondido, tentando se fazer de
superior.
— Não, quem tem medo de um macaquinho como eu?
Os demais se olham, a palavra macaquinho não tinha sentido
na língua deles, e o ser fala.
— Mandaram lhe destruir, e o faremos?
— Esperando oque então Laridio?
O ser olha em volta, muitas testemunhas, não teriam como
segurar aquilo a partir deste ponto, lembra do tamanho da cidade
quando baixava, a toda volta.
O ser olha os demais e dá a ordem aos Drot.
— Ordem para os Drot, tem medo de me destruir Laridio? –
Keka olhando ele serio.
— Não matamos seres inferiores.
Keka olha em volta e puxa os braços, de vários pontos a volta
surgem espectros de seus Thetan e atravessam os Drot, a toda volta
e olha para o rapaz.
— Nunca foi função dele nos julgar e destruir, que lembre,
isto faz tempo, umas 2 mil existências, uma Laridia de nome Cant,
28
eu, fui condenada a morte por um Líder, pois não executei a ordem
de destruição, sinal que as regras mudaram, mas como eu, Cant,
posso saber aqui neste mundo, a mais de 400 existências, qual a
atual regra em Lar?
O rapaz olha Keka, que não entende o rosto de assustado do
rapaz, mas ele deu um passo atrás, os Drot, olhavam suas mãos,
perdidos em pensamentos que não teriam como registrar, o ser a
frente de Keka passa uma confirmação de ordem, ele teria de o
fazer, e todos a volta esperavam a ordem.
O ser olha para os Drot, não olhavam para nada, estavam
perdidos em seus pensamentos próprios e fala.
— Mas porque da ordem senhor?
O comandante bem distante dali olha para o subcomandante
e fala alto.
— Ele tem de a destruir.
— Ela diz ser Cant, e se for senhor? – O subcomandante.
— É uma ordem dos Lideres.
— Tem certeza senhor. – O subcomandante repassando a
ordem.
— Passa a ordem, eles tem de executar.
— Foi passada senhor, a nossa conversa é sem eles ouvirem.
— Para mim Cant é lenda.
O senhor via pelas câmeras das naves a volta a menina, os
soldados ligaram suas armas de luz e dispararam, era a ordem,
Marcio olha para Keka ser atingida, e as luzes a volta, tentarem
chegar a menina, e atravessarem os seres, que começam a olhar
perdidos, e o comandante olha as mais de 4000 vivencias ficarem de
pé, olharem em volta, o corpo estava ao chão, e olharem para os
seres, olharem para as câmeras e um som ensurdecedor do abri da
boca do primeiro ser a frente, seguido dos demais, foi estourando
vidros, os cães que latiam se recolhem, pombos caem mortos ao
fundo, as naves começam a vibrar e se desmancham em pó, as
imagens sessam-se e o comandante olha para o sub comando e fala.
— Isto não sai do comando.
O rapaz olha o comandante e não responde.
Os seres veem seus equipamentos de proteção, que usavam
apenas para chegar aos planetas, se desfazer e o pequeno espectro
29
de Keka olhar para o corpo, se deitar e sentir seus músculos, Marcio
corre a ela e a vê abrir os olhos, ela olha em volta, muitos olhando,
mas levanta-se lentamente, as vivencias parecem entrar nela e olha
para todos a frente e fala.
— Quando se tem lideres fracos, pelo jeito continuam com
lideres fracos, nunca serão nem um humano, imagina um ser
evoluído, um Laridiano2.
Keka olha para Marcio e fala.
— Vamos, já chamamos muita atenção.
Marcio olha os policias a toda volta se posicionando, eles
chamavam reforço, as imagens pela internet eram de um ser
estranho sendo preso no Brasil.

Na Base em da NASA, John Stander olha o tradutor e


pergunta.
— O que temos?
— Não sei quem é este senhor, mas ele e a esposa pegam o
avião, a filha, que deveria ser quem deveria ser protegida, dá
cobertura a saída deles de lá.
— Cobertura?
— O primeiro autômato que temos, foi num enfrentamento
lá senhor, agora temos vários perdidos em uma praça, sem
responder a nada, eles olham as mãos, e 50 seres estranhos, que
conversam por estalos bocais.
— Seres? - John Stander.
Ele coloca a imagem do Brasil, em todas as redes sociais e o
senhor olha a imagem da menina na primeira e no centro da praça e
pergunta.
— Quem é a menina, eles foram lá para a matar.
— É o que parece, mas as imagens são difíceis de definir, tem
gente colocando muitas teorias de conspiração na rede.
— Ela fala a língua deles?
— Parece, eles atiram nela, ela cai, milhares de seres de luz
aparecem na imagem, nesta hora a maioria das imagens próximas
param, parece que tudo deu defeito quando os seres de luz

2
Laridiano – Evolução dos Laridia, pela evolução da alma.
30
começam a falar, e as imagens são apenas de 3 apartamentos ao
fundo, dai a menina não está mais lá, os policiais detêm os seres, os
autômatos parecem perdidos em comando, estão dispostos na
praça, as pessoas olhando eles, mas sem interação.
Sergio entra na sala e John Stander olha ele e pergunta.
— Bem vindo, poderia me responder apenas uma coisa que
nos intriga senhor.
— Pergunte.
— O que é sua filha.
— Minha enteada, quer dizer.
— Pode ser, mas o que ela é, pois ela lhe deu cobertura
contra seres que fizeram estragos por aqui.
— Ela é uma destas que aderiu aquela vertente religiosa que
se denomina de Cientologia.
John Stander continua a olhar para Sergio, queria algo
concreto, Sergio entende que a palavra não fez sentido.
— Ela é diferente, mas é difícil de entender, quando ela
manda correr, não conseguimos não correr senhor, mas ela acredita
que teve vidas anteriores, ela chama por um nome, nunca decorei,
mas que estas experiências, lhe davam uma condição especial,
sempre recomendamos a ela não se mostrar muito. Sabe se ela está
bem?
— Ela enfrentou mais de 50 seres esta manha no Brasil, não
sabemos o que aconteceu ao certo, mas temos a imagem dela
sendo acertada, e depois ela saindo ao fundo, ao lado de um
menino, mas não temos ainda informação concreta do que está
acontecendo lá.
O tenente Carter entra e passa o relatório para Stander que
fala.
— Não sei o que ela fez, mas surgiram grupos em todos os
pontos do planeta, se deixando visíveis e começam a retornar a sua
cidade, ela parece ter os provocado, mas isto nos dá tempo de
tentar uma reação.
— Mas o que é estes seres?
— Não sabemos, mas uma das esferas vem a frente e as
demais estão se posicionando em orbitas mais longas ao redor do
planeta, para não ficarem visíveis, estamos usando seus dados e
31
passando a todos, muitos duvidavam de estarmos sobre ataque até
as imagens da aproximação deles em Curitiba.
— Acha que ela corre risco lá?
— Não sabemos ainda o que são estes seres, mas estamos
mandando gente para lá, não sabemos ainda o que fazer.
O reunir de dados e passar a frente tomava o tempo de todos
em volta.

No Novo México, uma nave desce ao fundo, o ver dos


símbolos na forma de dois círculos, era o símbolo de encontro, de
transposição, de dois Drot se aproximam da entrada, um senhor
armado aponta para eles e fala.
— Parados, não avancem.
O estalar de fala dos Drot não são respondidos, X43i que
desce ao fundo fala naqueles estalos que os seguranças na porta
não entendiam.
— Não os matem, temos de saber se são evoluídos antes.
Os seres levantam as proteções, os seres a porta atiraram, e
são imobilizados, e o grupo de 20 Drot entram enquanto dois
olhavam a entrada.
O deter de todos internos, gente famosa, gente rica, gente
que ninguém conhecia mas tinha mais dinheiro que alguns famosos.
O Drot chega a frente do membro superior e fala.
— Os Laridia mandam saudações.
Os olhos de X43i viram que ninguém lhe entendia e olha para
o ser falar grosso, mas nada de palavras entendíveis, apenas ruídos,
olha os demais e fala.
— Pede confirmação da ordem. – O Drot a porta, que assim
que olha para X43i, aciona a arma de luz a atravessa os seres, X43i
olha uma criança ao canto, para ele eram apenas seres inferiores e
pela primeira vez viu um Thetan naquele lugar, esticar a mão e falar
algo que ele não entendeu.
X43i para e olha para os demais.
— Um escolhido, vamos aos demais lugares.
Os seres saem como entraram, a menina olha os pais, os
parentes, todos os demais mortos e se debruça sobre eles.
— Não iriamos os julgar? – X43f.
32
— Vamos verifica os que tem Thetan, não nos é parte os
julgar, e sim aos mestres, se eles ordenarem a morte, executamos,
mas viemos analisar a existência de Thetan, mas se este era o grupo
avançado, sabe o que encontraremos.
— Porque perdemos tempo com fracos.
— Conheci uma nada fraca X43f.
— Soube, está bem?
— Entendendo que poucos falarão nossa língua, a corda vocal
deles tem de ser treinada para falar conosco.
— A que encontrou falava nossa língua?
— Sim, mas ela dispunha das Thetans de existências
anteriores, não uma, duas, tinham muitas.
— Não contou?
— Não estava tentando contar, mas vi a mesma menina
dispor de mais de 40 thetans numa base aérea para proteger uma
decolagem.
— Mais de quanto? Isto é impossível.
— Para que então contar a quantia certa, se falarão que é
impossível.
X43f olha para o ao lado e fala.
— Mas os relatos dizem não existir isto.
— Acha que quando falei em nada fraca, estava falando de
que?
— Mas...
— 325 mundos e não vi nada como aquele ser.
Os demais olham para X43i, eles não estavam nisto há pouco
tempo, mas tinham suas missões.
O exercito chega a região e veem aquela menina saindo pela
porta, abraçada a seu ursinho, entram e veem todos mortos, o
comando passa a frente que a sede dos Cientologistas no Novo
México, estava destruída.

A informação de que os seres que os chamaram eram fracos,


que não valiam a viagem, estabelece uma reunião na Lar50.
Os seres chegam a região central de uma grande nave, a volta
se via todos os membros daquele Lar, e o Líder chega a frente e olha
para o comandante.
33
— Os relatos nos põem eles como inferiores, quero uma
posição comandante, fazemos uma colônia ou os deixamos e vamos
ao próximo ponto.
— Vamos a um outro ponto senhor.
— Porque não nos fixarmos. – O líder querendo que o
comandante lhe desse fatos, mas sem falar muito.
— Não sei baseado em que dados, chama eles de inferiores
Líder, pois temos mais de 50 dos nossos detidos no planeta, temos
mais de 2200 Drot se comportando ao planeta como se não
respondessem aos sistemas.
O líder olha o comandante com reprovação, mas ele colocara
os fatos e o senhor fez de conta que não ouvira, que não estava
acontecendo, eram os seres dos Lares que iriam a Terra e sofreriam,
eles iriam ao próximo, já vira isto acontecer, mas nunca antes de
chegar, perdera um Drot, agora parecia que eles não respondiam.
— Sabe de suas responsabilidades Comandante.
— Sei senhor Líder, lembra das suas, garantir uma terra
saudável e sem predadores aos Lardia.
— Acha que acredito no que falou?
— Mandou destruir antes de perguntar, perdemos os 50
Laridians que lá foram, e no lugar de ser claro referente aos perigos,
usa o termo Inferiores, mas Crast3 são inferiores, mas nenhum
daqui os enfrenta em campo sozinhos, ser inferior não quer dizer,
não ter riscos senhor.
— Nossa função é verificar as evoluções de Thetans e retomar
os mundos que não se desenvolveram.
— Desafiado a ir lá senhor, e retomar.
— Não é minha função bélica.
— Então me explique sua função Líder, nos manda a morte,
contra uma lenda, nega ela aos demais a volta, me proíbe de falar
em publico sobre isto, e quer por mais Laridians no planeta?
Todos olham o comandante, o Líder o mandara ocultar algo,
isto era inaceitável, mas o comandante olha o líder serio, ele teria

3
Crast – Carnivoro de mais de 400 quilos que corria pelos vales de caça em
Lar.
34
de desmentir, mas não seria uma boa ideia, mas a fúria crescia nele
e fala.
— Eu nunca o proibiria de falar algo comandante, não seja
estupido, o que poderia eu esconder.
— A existência de um ser, que se denomina portadora do
Thetan de Cant, ela sozinha, recebeu a energia de 50 armas de luz, e
continua viva, no planeta.
Todos se olham, o Líder olha em volta, e grita alto.
— Prendam este traidor.
Os soldados o prendem, mas todos souberam, de cara, o que
enfrentariam, o Líder se recolhe, não ficaria para discutir, já falara
demais, ele mandara destruir qualquer ser que se denominasse
Cant, mas o comandante mandara Laridians para o planeta e nada
de voltarem ou darem uma boa noticia.
O novo comandante chega a ponte e olha o subcomandante.
— Se vai me enfrentar melhor sair antes rapaz.
— Quer mesmo entrar nisto as cegas senhor Caront.
O senhor entendeu que era grave, o comandante não
enfrentava o Líder, era regra.
— O que teria de saber.
O segundo no comando coloca todas as imagens a tela, da
Terra, parte fácil, parte bem fácil, e de repente, aquele minúsculo
ser e tudo começa a desandar.
— Ela fala nossa língua?
— Sim, ela domina o Thetan dentro dela.
O senhor olha as imagens e fala.
— Impossível.
— Isto que o comandante narrou ao Líder, ele mandou 50 dos
nossos para lá com 2200 Drot de segurança. – O rapaz coloca a
imagem.
— Mas as imagens mostram ela sendo morta.
O rapaz coloca a imagem dos Drot, mesmo perdidos em
pensamentos internos, a menina se levantando, toda aquela luz vir
a ela, e ela sair dali.
— Quantos Thetans ela tem controle?
— A conta é difícil, pois alguns estão sobrepostos, mas
contamos mais de 2 mil deles.
35
— E o resto?
— Senhor, quando o comandante recomendou não ir ao
planeta, era pelo manter da ordem e poupar dos Laridians, estas
imagens estão retidas, pois acabaria com a crença dos locais.
— Ele queria que o Lider recuasse e ele não o fez, é o que
está falando.
— Senhor, como trazer Laridians para dentro do Lar, se eles
viram um ser mais poderoso que o maior Líder dos Thetans.
— E as missões?
— Os que lançaram o comunicado ao espaço a mais de 35
ciclos locais, são fracos, mas existem seres que dominam os Thetan
em algumas partes do planeta, mas o mais explicito é este ser da
imagem.
— O comandante estava pensando em que?
— Em evitar o que aconteceu ali, uma declaração que
estamos chegando, o mundo deles, dividido politicamente em
vários pedaços, está se unindo momentaneamente contra nós.
— Retêm todas as missões e amplia os olhos para lá, manda a
Lar58 ficar em atenção total.
— Sim.
— Pelo jeito o comandante Ganst confiava em você.
— Estamos em missão a mais de 325 mundos, e nunca ele se
deparou com um ser que altera a determinação de um Drot com as
mãos, um toque.
— Nosso exercito contra nós, seria algo a evitar.
— Sim, mas quando o Líder determinou que 50 iriam acabar
com a ameaça, ordenou 10 naves de acompanhamento de
segurança, todos estes, estão em terra, não sei a frequência que foi
usada, mas os Thetan mostraram que a frequência certa de som,
transforma nossas naves em pó.
O novo comandante vê que assumira em um momento ruim,
sonhar com um cargo de comando, é ignorar que os grandes
comandantes, ou se aposentam, ou são tirados do poder, em crises.

Ao planeta, os seres começam a se agrupar e voltar a região


da menina, os que estavam perdidos, foram detidos pelo exercito e
nem reagiram, os demais, começam a chegar a região e olham para
36
a montanha de pó que foram naves, olham para os dados e
começam a pensar em uma ação na base do exercito local, para
resgate dos Laridia, e dos Drot, não deixavam dados excessivos para
os demais, sempre na ordem de limpar a bagunça.

Keka chega a outra praça, Marcio senta-se ao seu lado e fala.


— Está bem mesmo?
— Aquilo dói.
— O que é aquilo?
— Arma de luz, lhe atravessa lhe queimando por dentro.
— Ai. – Marcio se encolhendo.
Keka sorriu e falou.
— Não entendi a reação, por segundos senti paz, mas os
Thetans não reagem a morte, eles acham ela natural, não entendi,
estou tentando falar com minhas experiências para entender o
acontecido.
— Porque acha que tem algo? – Marcio.
— Eu só lembro de uma vivencia neste mundo deles, Lar, mas
lá eu era um ser de nome Cant, e fui condenada a morte, mas
quando falei meu nome, o ser a minha frente deu um passo atrás,
não sei ainda o que represento naquele mundo, mas foi o que
representei lá, não aqui, que fez as demais existências reagirem.
Keka olha em volta e fala.
— Vamos a encrenca.
Marcio olha seres armados entrarem na praça e um olhar
para ela e falar em inglês.
— Keka Duarte?
— Sim.
— Estamos aqui para lhe dar proteção. – O rapaz em inglês,
Marcio não entendeu, mas viu os demais os cercando.
— O que ele falou? – Marcio.
— Que estão aqui para nos proteger.
— Tá ficando importante? – Marcio.
Keka olha ele como se reprovando e Marcio sorri.
Os rapazes se posicionam e um comandante vem a frente e o
soldado aponta a menina, a cara de descrença foi grande, Keka
sorriu e fala a Marcio em inglês, ele não entendeu.
37
— Vamos, proteção de quem nem entende o problema, é só
peso.
O comandante olha para a menina pegar o braço de Marcio e
começar a sair da praça, o senhor olha para o soldado e fala.
— Isto ai que temos de proteger?
O rapaz sorri, parecia realmente algo desmedido para quem
havia saído de uma base em meio ao Suriname, voado direto e
chego ali para dar proteção a uma menina em tudo.
Keka olha para Marcio e fala.
— O que entendeu das vozes a cabeça.
— Que não vou ficar maluco.
Keka olha para ele serio.
— Que eles sabem mais que eu em quase tudo, mas eles as
vezes falam todos ao mesmo tempo, as vezes, apenas um, as vezes
temo não dar importância porque não ouvi o ser certo, e sim o que
falou mais alto.
— Com o tempo, aprende a controlar o volume de cada um.
— Está falando serio.
— Tens só 15 vivencia Marcio, o que está reclamando?
— Certo, mas mesmo minhas vivencias anteriores perguntam
o que você é?
— Você não tem nenhuma vivencia fora deste planeta para
que eles entendam.
Marcio olha para o fim da rua e falou.
— Eles vão nos seguir?
— Sim, mas eles querem vencer uma guerra, que não existe
ganhos.

X42e olha o descer da nave de X43i, o mesmo olha os a terra


e fala.
— Problemas X42e?
O ser olha os demais e fala.
— Como posso ouvir uma alma, ou o parcial de um Thetan,
ele não sabe muito, mas como?
O ser descendo da nave olha em volta e fala.
— Cuidado para não serem detidos, os seres estão nos
acompanhando via satélite, eu não sei o que farão, mas com
38
certeza, vão tentar algo, eles são primitivos por um lado, evoluídos
por outro, um mundo muito vivo. – X43i.
Os demais se afastam e X43i fala.
— São seres fracos, primitivos, mas que tem um poder em
ascensão, aquele ser minúsculo, é o ser mais poderoso deles, mas
não sei o que aconteceu.
— Uma leva de 50 Laridians foi mandado ao planeta com
2200 Drot, e a menina foi atravessada por 50 armas de luz, caiu, as
suas vivencias reduziram as naves a pó, as roupas de proteção dos
Laridians em pó, ela se levantou, pegou suas vivencias novamente e
saiu do local.
— Acha que ela pode ser oque? – X43i.
— Ela se denominou de uma Laridia que está a mais de 400
vivencias neste local, de nome Cant.
X43i olha em volta e fala.
— Eles sabem disto?
— Sim, eles querem destruir uma lenda.
— Todas as vezes que se tentou destruir uma lenda, ela se
refez e nasceu mais forte, a morte de Cant, derrubou lideres da
época, estabeleceu que nós deveríamos executar e não os Laridia,
estabeleceu toda uma nova regra de vivencia em Lar.
X42e recebe as ordens novas e olha para X43i e fala.
— Estão mandando nos afastar.
— Não entendi.
— Todo ser que teve contato com a menina, está sendo
considerado um Drot não mais bem vindo.
X43i entra na nave e olha para os demais, eles não tiveram
este contato, então ele decola e sai ao norte.
— Ele vai onde? – X25u.
— Não sei, mas se me querem fora da guerra, estarei
esperando eles voltarem as regras normais.
O que viera do norte entendera, X42e tinha tido contato
direto com a ameaça.
Os demais o deixam ali, mas com ele ficaram os outros 21
seres mandados a ação contra a menina.
Numa praça próximo um grupo vindo de varias partes do
planeta, chegam a praça, um Drot olha em volta, e estabelecem o
39
mais antigo por natureza como líder, ele olha em volta e sente o
afastar de X42e, cumprindo uma ordem de exclusão.
Os seres se armam e olham para a menina, na nave que vinha
a frente, o novo comandante da Lar58 olha para os autômatos indo
aos campos, excluídos, olha para os demais chegando e fala.
— Que Cant nos proteja. – Foi quase automático, mas o ser
olha a menina e repete – Que não seja Cant nossa inimiga.
Os demais no comando entenderam, estavam prestes a
enfrentar uma lenda, talvez destruir a lenda fosse mais perigoso
que o ir embora, mas alguém queria ser mais que uma lenda, e não
perderia a chance de o ser.
Keka passa a vista e olha para o mais velho deles e fala.
— Como vai ser X122a?
A menina foi ao ataque, olha para Marcio e fala.
— Recua para atrás do exercito.
— Mas.
— Eles vão recuar um pouco num sentido, recua no outro.
Marcio não discutiu, ficou ali, vendo Keka andar no sentido
do ser, os Drot olham a menina se dividir em mais de mil vivencias e
ela em carne olhar para X122a e voltar a perguntar.
— Não vai me responder X122a?
— Sabe as regras.
— Já discuti isto com outro de vocês, mas se ele não está
aqui, sinal de já o terem afastado, não vou me repetir, pois quem
lhe ordena ouviu.
— Mas...
— Eles sabem que não os vou destruir Drot, mas eles não
entendem, mandaram você matar em meu atual mundo, se o seu
Líder quer mostrar que não sou Cant, que venha pessoalmente, mas
ele não teria coragem, vi com meus olhos, um líder ordenar minha
filha em Lar a me matar, ela com medo de morrer me matou, mas
eu nunca mataria alguém porque um Líder disse, mate, isto não é a
regra, mas se querem enfrentar, estou aqui.
Os seres estavam recuando, pois todos que tiveram contato
com os Thetan do ser a frente, tinham afastado.

40
Keka sente quando Marcio já estava atrás dos soldados e o
militar estava prestes a lhe matar, antes do Drot, pois existiam
muitos dedos no gatilho.
— Mas você nos adultera.
— Eu? Pregam o conhecer do poder dos Thetan e condenam
os que por este poder foi dado liberdade?
— Eles não foram libertos, foram expulsos.
— Não entendeu nada mesmo X122a.
X122a olha em volta, estavam cercados e pergunta.
— O que eles pretendem com estas armas infantis.
— Um buraco na altura humana de seu baço, vão perder
líquido de engrenagem, perdem pressão e param.
— Como sabe disto?
— Ser um primata, é aprender rápido, ser um Laridia, é
aceitar o que um Líder fala, sem contestar, prefiro ser um Primata.
Keka avançava lentamente, o exercito via isto as costas, pois
eles estavam tensos, mas a menina avançava contra os seres,
aqueles seres de luz não sabiam o que era, mas era a arma da
menina.
Os seres começam a tentar enfrentar os medos, mas Keka fez
um gesto com a mão e olha para X122a vendo os demais sendo
atravessados e se perderem em pensamentos estranhos.
— Fala para o Líder, podemos ter paz ou guerra, a escolha é
dele, esperamos o passar para o Líder da informação antes de tirar a
Lar58 do ar, para que ele nos leve a serio.
O ser olha para os demais, olha como se fosse o único em
campo neste momento e recua, entra na nave e começa a sair da
região.
O comandante Caront olha em volta e pergunta.
— O que ela quis dizer com nos tirar do ar?
O subcomandante olha os misseis saindo do planeta, não
sabia do que eles eram feitos, em 22 minutos seriam atingidos,
passam a conversa a frente e dão alarme para todos estarem
preparados para ser abalroados.
O tempo passa, as primeiras 3 bombas estouram, o rapaz ao
comando sente a onda eletromagnética os atingindo e os sistemas
caindo, e sentem as 4 primeiras bombas na região externa e
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começam as explosões, o comandante Caront olha para o calor
surgir de todos os lados, os sistemas desativados e sobre olhar das
bases na Florida e na China, tudo explode ao ar.
Keka olha para cima, teriam outros seres com poder de
desenvolver seus Thetan no planeta, mas a morte, embora para o
ser geralmente era paz, pois ele sentia o corpo solto da carne, para
os que os viam morrer antes do tempo, triste.

O comandante geral em Lar50 pede para falar com o Líder,


ele não queria lhe falar, e o comandante manda ele ser trazido a
ele.
O senhor em sua postura de ser de poder, ao comandante
geral e fala.
— Porque me perturba.
— Manda atacar e se faz de indiferente Líder? – Fala
comandante Lout.
— Não entende, não vou ouvir nada que desafie minha fé,
não vou aceitar fracassos.
O comandante olha para o auxiliar e coloca a menina a tela.
“Fala para o Líder, podemos ter paz ou guerra, a escolha é
deles, esperamos o passar para o Líder da informação antes de tirar
a Lar58 do ar, para que ele nos leve a serio.” – Depois coloca a
imagem de Lar58 explodindo ao ar.
O Líder olha serio.
— Vai deixar um ser minúsculo lhe desafiar comandante.
— Não, prepara suas coisas Líder, você vai falar com este ser,
somente agora entendi porque o comandante Ganst lhe desafiou,
ele viu o perigo, deveria o ter ouvido, mas o senhor o isolou, e se ele
estiver morto senhor, pois vou o querer ver, quando da sua volta, se
voltar, responderá pela morte.
— Não somos animais.
— Sim, graças a Cant não são animais, mandavam filhos
matarem mães para provarem não estarem dominados por um
Thetan ruim, Cant é o colocar da religião abaixo da lei, não acima,
eu respeito Cant, o senhor parece não respeitar.
— São inferiores.

42
— Prepara sua coisas, você vai lá, e não vou mandar mais
nenhum contingente de Drot, não os quero perder.
O senhor se assusta e grita.
— Não pode fazer isto.
— Não foi você que afirmou que são inferiores e não é Cant,
então vai lá e me prova isto.
— Mas e minha vida, sou o Líder de seus Thetan.
— Seu Thetan vai estar bem ocupado com as 125 mil mortes
que carregará para a eternidade nas costas, não se preocupe com
isto, em duas horas pode estar na porta da nave, que o deixará lá,
ou consigo permissão para que o ejetemos para lá.
O senhor sai dali.
Ganst recebe a informação nas celas que toda a sua
tripulação havia explodido ao espaço.
Ele senta-se lembrando de cada um, lembra das
recomendações de seu auxiliar, que agora correria ao universo
como um Thetan até escolher um renascimento.
A informação de que uma nave inteira havia explodido, vai as
conversas, pois todos viram o antigo comandante falar em Cant,
agora novamente, estavam desafiando Cant, mas na primeira vez,
ela se entregou a morte, sua morte foi o conscientizar de muitos
que não poderiam deixar a lei com os Lideres, agora o líder
novamente os coloca em confronto.

Keka olha os seres sendo detidos e olha para o comandante


parar a sua frente e falar.
— Cheia de truques.
— Truques?
— Assustou as maquinas mesmo.
Keka sorri, brilha e o senhor não a vê sair dali, ele continuava
a querer enfrentar ela, mas na base na NASA o constatar do afastar
das orbitas das demais e destruição da primeira era tido como um
provocar da guerra, então todos ficam em alerta.
Maria olha as imagens da filha e olha para Sergio.
— Ela está se complicando.
— Ela sempre tentou evitar isto amor, mas ela sabe que se
não fizer nada, eles vão descer com tudo.
43
— Parecem fracos.
— Eles ainda estão nos estudando, tem de ver que ela está
tentando os por medo.

O Líder dos Thetans chega em uma nave e olha em volta, se


vê cercado de armas, ele estava tenso, um auxiliar saiu a frente e
falou.
— Nosso Líder quer falar com o ser que lhe chamou.
Os soldados se olham sem entender e olham aquele menino
chegar ao campo e falar.
— O que quer senhor? – Marcio.
— Falar com a menina.
Ele se batia com os estalos e fala meio torto.
— O que ele quer falar, mandou a matar antes, o que ele quer
falar?
— Ele precisa convencer ela de que não é Cant.
— Ele tem medo dela ser Cant?
— Ela não pode ser Cant.
Marcio olha o ser e fala.
— Então vocês não podem ser representantes do Thetan,
você se nega a ver seu próprio Thetan, como pode vir a querer
julgar ou entender, o ao lado. – Marcio.
— Quem é você ser, para nos falar assim.
Marcio sente duas de suas presenças e olha os seres de luz ao
lado, o ser olha para Marcio, mais um, talvez este fosse o recado,
eles poderiam não ver, mas os seres eram especiais, o rapaz a
entrada recua.
— Eu, um ser, que antes de ser tocado por Cant, não
conseguia dominar meus Thetan, mas ela me mostrou em minutos,
como se falar por estalos, sou um ser que não viveu além deste
planeta, estou em existência, muito pouco tempo por aqui, com
esta seria 16 Thetan de experiência.
— Não existem seres tão velhos.
— Não? – Marcio.
Os demais foram se formando ao lado e o comandante olha
para o rapaz ao comando da nave e fala.
— Se o Líder não for lá, ejeta ele.
44
O Líder olha para o rapaz e fala.
— Não faria isto?
— Vai de uma vez Líder, com medo de crianças.
O ser a porta estava entrando de costas, tinha a sua frente
um ser local, com 15 existências mais a atual lhe olhando.
X42e olhava ao longe, o rapaz estava ao lado da moça, e se
ele não falasse em Thetan não teria olhado para ele.
Outros olham ele e ouve.
— Tem de entender X42e, não é pessoal.
O Drot olha para trás e olha a menina.
— Eles nos isolaram.
— Não, os Lideres lhes isolaram, mas eles temem mudanças,
sabe bem que mudanças não são para alguns.
— Nossas regras são fixas, não podem e nem requerem
mudanças.
— Então não são defasadas, são antiquadas.
— Palavras estranhas.
— Linguagem antiga de quando sai de Lar.
— O que faz aqui?
— Esperando o Líder aparecer.
— Acha que ele veio.
— Ele está ali, esperando para me matar pelas costas.
— E veio para ser morta?
— Eu morri em Lar, por isto vivi aqui, adoro este planeta
X42e.
— Ele é diferente, tem seres estranhos, em tudo, e é bem
corrosivo a metais.
— Sim, bem oxido.
Ela falava quando vê aquele ser gordo para o padrão dos
Laridia, o ser olha para Marcio e fala.
— Vai representar uma paz menino?
— Sei que me indicaram não lhe dar as costas, esta é a paz
que terá neste planeta.
— O que quer?
— Paz, podemos esquecer as mortes dos nossos, se
esquecerem o dos seus, cada um toma seu caminho, e tudo se
resolve por bem.
45
— A que se diz Cant não vai aparecer?
— Ela está acalmando os que excluiu por medo senhor.
— Não exclui ninguém por medo.
— Posso considerar nesta declaração a reintegração de todos
os Drot que tiveram contato com ela?
— Eles foram excluídos por mal funcionamento.
— Se quebrar sua perna, eles lhe abandonam aqui senhor? –
Marcio sério.
— Não é a mesma coisa.
— Não, eles se viram sem uma perna, o senhor não,
realmente não é a mesma coisa.
Keka começa a vir do fundo, o senhor olha para os soldados e
olha para tudo a volta, olha aquela menina e Marcio soube que ele
tentaria algo.
Keka chega perto e fala.
— Tem de entender senhor, não posso deixar maquinas que
tem os seus sistemas de propulsão, de engenharia, de química, a
disposição de um povo, que não as desenvolveu, a evolução sempre
lenta é sempre melhor, que a induzida às pressas.
— Sabe que os vamos desmontar?
— O senhor não comanda isto, soube a pouco tempo, da
diferença politica gerada por minha morte, se ela foi útil lá, me sinto
melhor aqui, pois deixei gerações para trás.
— Não quer voltar a um mundo mais civilizado?
— Qual a civilidade que um povo, que morre porque o senhor
tem medo de algo, tem, que os humanos ou Terráqueos não tem?
— Não a temo?
— Então me mandou matar porque?
— Eles não podem duvidar da fé, eles tem de entender,
controle e respeito se faz pelo medo.
— Sei, obrigaram minha filha a me matar, pois se não o
fizesse ela seria a próxima morta, não existe palavra em sua língua
para este ato Líder, pois é cruel, é fanático, é covarde, é mentiroso,
é ganancioso e cruel na mesma palavra.
— Eles mudaram depois daquilo.
— Mas parece que os Lideres já esqueceram disto, já estão
achando que é apenas uma lenda, como falaram, estão deixando
46
como uma lenda, para poderem novamente dizer que não
aconteceu, e novamente voltarem a praticar aquilo, talvez por isto
tenham cruzado com este planetinha.
— Nós não fazemos isto.
— Mandam matar povos que não os seus, apenas por não
desenvolver algo que nem o senhor consegue ouvir?
— Eu controlo o meu Thetan.
O Thetan de Keka dá o passo a frente, deixando ao corpo os
demais, e olha para o senhor e fala num agudo insuportável aos
ouvidos.
— Então de Thetan a Thetan.
Marcio ao fundo sentiu os ouvidos se fecharem e ouviu as
palavras, entendeu que os Thetan desenvolvidos, protegiam os
próprios ouvidos de seus agudos, mas viu o senhor colocar a mão ao
ouvido.
O comandante Laridia olha para o auxiliar e fala.
— Ele esperava não ir lá.
— Por quê?
— Ele colocou as mãos aos ouvidos, o teste que eles usam,
para analisar se o ser desenvolve o Thetan, mas o agudo de um
Thetan é muito mais agudo do que o teste, ele não o controla.
O senhor gira a imagem, e olha que apenas o menino ao lado
não colocou a mão ao ouvido, e fala.
— Eles omitem os que desenvolveram, eles não querem uma
traição.
Keka olha para os demais e dá um passo atrás e olha para
X42e, olhando para trás, e sente aquele calor a altura da barriga, ela
olha para a mesma, Marcio olha para ela assustado, ela toca a luz e
a mesma volta, olha para o Líder, todos viram ele a atraiçoar pelas
costas, todos viram ele não resistir a uma conversa, mas ela olha
novamente para X42e e falou baixo, o ser ouvia de longe.
— Entendeu o problema?
Marcio ainda olhava assustado, o senhor sorria, mas sente a
energia lhe empurrar para trás e olha para a menina, que não
gostara daquilo.
Ela olha para a câmera e fala.

47
— Pelo jeito terei de firmar algo com o comandante, pois este
não é de confiança.
O ser olha assustado e olha os vários seres saírem dela, ele
fica cercado por aqueles seres de luz, que tocam nele e no lugar de
lhe passar ciência, lhe tiraram ciência, o senhor olha em volta, e
pergunta.
— Onde estou?
O ser olha sem saber o que fazer e o outro o leva para dentro
e o comandante olha para o segundo no comando.
— Prepara uma nave, vou lá negociar a paz.
— Os Lideres não vão aceitar isto.
— Sei disto, mas marca com eles, e após isto, vou lá.
O rapaz ao comando da nave sai à porta e olha para todos lhe
apontando armas e olha a menina.
— Meus respeito Cant, o comandante da Frota, vem lhe falar
em horas, apenas resolvendo problemas internos.
— Espero.
A nave sai e Keka cai de joelhos, estava se fazendo de forte,
mas ela levanta a blusa e tinha a grande marca de queimado e fala.
— Preciso de agua.
— Tem de fazer o que fala. – Marcio.
— Eles precisavam ver que o senhor não é de confiança, mas
dói ser traída.
Os autômatos que se passavam por pessoas normais ao
fundo, entram no campo e um olha para o rapaz.
— Eles vão voltar, mas o que ela precisa.
— Ela só vai descansar, o comandante da frota vai vir
conversar.
— Ele é difícil. – X42e.
— Preciso recuperar seus postos de trabalho. – Keka.
— O que é Trabalho?
— Postos de serviço.
Os militares chegam à volta, olham que o grupo da menina
estava crescendo e o general fala.
— Não tem autorização para negociar menina.
— Que saiba general, aqui, Brasil, você não manda nada,
some, se quer que não defenda o seu país mando eles para lá.
48
O general ainda olhava ela como uma criança.
— Temos ordens de manter sua segurança.
— Se vão manter minha segurança, não atacando quem me
ataca pelas costas, tenho pena dos que defende senhor.
O senhor sai com raiva, mas Keka não queria que ele
reparasse nos Drot, e o general caíra na provocação.
Marcio consegue uma agua e olha para Keka olhar para ele
falar.
— Aprendendo rápido.
— Que alternativa temos?
— Fazer o que digo, não o que faço.
Marcio sorriu e falou.
— E agora?
— Vamos caminhar.
— E o exercito?
— Que nos siga.
Keka olha para X42e e fala.
— Nos dá uma carona?
— Onde?
— Base militar.
O Drot estranhou, aquele ser mínimo, estava tomando para
ela uma proposta de paz, mas os Laridians não eram seres de guerra
e sim de dominação.
Talvez por não terem se deparado com alguém como a
menina.
O comandante ao fundo, olha aquele ser surgir sobre a praça,
eles estranham, mas veem a menina entrar com alguns a praça e
saírem dali.
Eles descem na base, muitas armas apontadas e um general a
entrada grita.
— Baixem as armas.
Keka olha para X42e novamente e este deixa a nave invisível.
— Podemos conversar general? – Keka.
— A menina que os americanos protegem.
— Eles deixam os demais me matarem me protegendo
general, mas preciso saber, posso negociar a paz entre nossa nação
e estes seres?
49
O general olha para a menina e pergunta.
— Acha que eles deixariam o planeta?
— Os Americanos me disseram que não posso negociar a paz,
eles destruíram uma das naves, mas ignoramos o que eles ainda
tem lá encima, tem mais dezenove delas lá encima.
— Certo, o que precisa?
— Saber se posso prometer devolver os reféns em troca de
uma paz.
— Acha que eles concordam?
— Senhor, estamos apenas com uma pequena quantidade de
seres que teriam morrido lá encima, pois foi a nave deles que
explodimos, mas precisamos de uma demonstração que queremos
paz.
— E acha que eles lhe ouvem, desculpa perguntar, mas é uma
criança.
— Uma criança teimosa e insistente.
O general olha ela e fala.
— Vou conversar com outros generais, mas para quando
precisa da resposta?
— Assim que eles surgirem por ai.
— Vou falar com eles.
Keka sai pela porta e olha para a nave, que não se via, e a
mesma fica visível e olha para os Drot.
— Sei que não confiam em mim, mas X42e, gostaria apenas
de um favor, que transmitisse que espero o comandante no sinal
que esta nave vai mandar.
— Não quer confronto?
— Quero negociar, mas os dois lados estão relutantes ainda.

Na nave o comandante geral das naves chega a sala dos


Lideres, tinha um para cada nave, com seus assessores, ele olha os
demais e pergunta.
— Qual a posição dos Lideres?
— Acompanhamos a conversa Comandante, mas não
podemos concordar com alguns pontos.
— Pontos? – O comandante querendo saber onde pisava.

50
— Não pode aceitar maquinas de guerra adulteradas, virem
novamente as naves.
— Estão excluído realmente seres mecânicos que serviram
mais de 30 gerações senhores?
— Se eles foram adulterados, são perigosos para nós.
— Algum ponto a mais?
— Que os Laridians que não foram mortos, sejam libertos
como sinal de paz.
— Isto iria negociar de qualquer forma.
— Não queremos estes seres perto de nós. – Um ao fundo.
— Quem veio ao planeta deles fomos nós senhor Líder, não
eles ao nosso.
— E não queremos que este papo de Cant se espalhe
internamente, tem de ser retido.
— Um motivo para isto senhor?
— Não acreditamos nisto.
— Não acreditam em Thetan?
— Não dissemos isto.
— Falaram sim, mas entendo o medo, um Líder supremo que
diz ter o Thetan de Cant, e o encontramos num fim de mundo, seria
prejudicial a ordem, mas referente a espalhar, não posso reter a
informação, ela já é pública, e não a vou desmentir, seria forçar a
conversa sobre isto, e não pretendo perder tempo com isto
senhores.
— Está faltando com respeito comandante.
— Sim, perdemos uma nave por avançarmos sem ouvirmos
os gritos de todos, que era perigoso entrar neste planeta oxido, que
tem um nível bacteriano nunca encontrado, um viral de ambiente, e
um povo resistente a tudo isto.
— Acha que eles concordam em ficar com os Drot.
— Não gosto desta solução, prefiro os reter e desmontar, pois
é mais seguro senhores, mas ainda não negociei, mas como sabem,
tudo que não funciona, reciclamos, não deixamos para trás.
— O que acha que aconteceu com o Líder que ficou de frente
aquele ser que se diz Cant.
— O que se diz ser algo que somente os Thetan tem poder
para fazer, tirar a memoria de outro Thetan.
51
— Porque tanta crueldade.
— Não o mataram, seria mais cruel, mas ele desafiou o que
querem negar, mas estou aqui para saber o que os colocaria contra
mim, mas não estou aqui como um servo, e sim como o
comandante máximo desta leva de naves, então me sinto culpado
pelas mortes, por ter deixado o Líder prender o comandante da
Lar58, mas se ele está vivo, é por ter sido preso.
— Acha que devemos passar reto?
— Já subjugamos todos os que nos chamaram, 5 crianças que
desenvolveram alguma coisas, poupadas para evoluir, mas fora dos
grupos, pelo jeito temos um conjunto de seres ocultos, que
desenvolveram seus Thetan, sei que vi dois, e para mim, já é mais
do que vimos em mais de 300 mundos, o que estes dois fazem.

Keka olha para general e este fala;


— Se eles saírem, não temos nada contra nos livrar disto,
nem sabemos se isto tem algo perigoso a nós.
— Ninguém sabe senhor.
— O Chefe Maior das Forças Armadas, lhe permitiu negociar.
— Então mantem as mãos as armas, mas sem os dedos nos
gatilhos, senhor.
— Quer ver os seres.
— Sim.
Keka entra em um barracão, olha aqueles seres cinza, corpo
estranho, pele rígida e fala com aquele estalar de língua.
— Quem os lidera?
Um dos seres olha a menina, a tentaram matar e estava ali.
— O que quer menina.
— Vou negociar a paz, se eles fizerem sinal para andarem, é
porque estarão os conduzindo a uma de suas naves.
— E porque quer paz?
— Talvez a algumas vidas, estivesse mais propensa a guerra,
hoje, a uma paz imensa.
Keka olha para o rapaz a porta e sai.
Ele olha para fora e todos veem aquela nave grande descendo
a pista interditada do aeroporto ao fundo.
Keka respira fundo e olha para Marcio.
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— Pronto para entrar para a história?
— Entrar para a história não é demais?
Os dois saem e olham aquele senhor na entrada da nave, e
Keka chega até ele e fala.
— Podemos conversar comandante – Keka olha o nome do
senhor ao uniforme – Lout.
— Sim, qual a proposta de paz.
— Saída de vocês do planeta, todos, levarem seus autômatos,
se vão os desmontar ou não, não nos diz respeito, mas o manter
deles aqui é dispor a seres ainda sem a sua tecnologia, algo para
crescerem rápido senhor.
— E o que ganharíamos.
— Não lançaríamos tudo que temos sobre vocês, não
vencemos, mas podem perder 5 ou 6 naves Lar a mais, acha que
vale o peso senhor?
— Sabe de sua inferioridade e propõe paz.
— Sim, até posso devolver os seres que foram detidos, mas
como disse, quero paz.
— E nos deixariam sair fácil?
— Senhor, eu não gostava daqueles metidos da Cientologia,
eles não entendiam nada de Thetan e arrotavam poder despertar os
antigos conhecimentos para nosso crescimento pessoal.
— Pelo jeito você desenvolveu isto sozinha.
— Digamos que posso ensinar isto, mas ainda estou me
preparando para ser um mestre neste sentido.
— E os seus mestres não vão se mostrar.
— Toda vez que eles aparecem, todos a volta se assustam,
então melhor não.
— Eu, comandante das naves Lar considero assinado este
acordo de paz.
Keka olha para traz e os militares trazem os prisioneiros,
depois, os autômatos começam a surgir a toda volta em suas naves
e o comandante olha para a menina.
— Não parece feliz ainda.
— Eu me sentirei feliz, quando vocês estiverem longe do
nosso paraíso senhor.

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A nave decola e as demais naves começam a acelerar para
sair da orbita.
O comandante chega a sua nave e os Drot se apresentam a
reciclagem, mas nunca voltariam a ser como eram, as 12 primeiras
naves se afastam e o chefe de Defesa Norte Americano olha para os
dados e pergunta o que estava acontecendo.
O que ouviu ele não gostou, mas teria de aceitar.
Sergio estava na base da Califórnia com Maria quando um
general olha os dois e fala.
— Vamos os liberar, mas saibam que estaremos sempre de
olho em sua filha.
— Não a tirando do serio General, ela consegue conversar.
O general viu que a senhora não aceitou a ameaça, mas os
dois são embarcados em um voo normal para o Brasil.

Keka olha os seres indo embora e olha para os soldados


dispersando e olha para Marcio.
— E dai, como o fofoqueiro do Marcio vai se virar amanha?
Marcio a olha e fala.
— Vou ter muito a falar de mim amanha.
— Verdade.
Keka olha em volta, sentia algo a observando, estava quase se
acostumando com aquilo, mas sabia que algo estava errado.
Sente a energia se aproximar, ela olha aquele Drot se
passando por humano parar a sua frente e pergunta.
— Pensei que tinha ido embora X43i?
— Como nos reconhece menina?
— Difícil de falar que cada um de vocês transmite sua
frequência a frente, assim como os demais Drot o sentem, o sinto,
mas o que precisa, não vai embora.
— Não, e preciso de ajuda.
— Ajuda?
— Destruímos os Cientologistas, mas me sinto responsável
pelas 5 crianças que ficaram.
— Quer ajuda?
— Sou uma maquina, não sei criar alguém.

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Keka sorri, acompanha aquele ser, foram a uma sede no Novo
México, nos Estados Unidos da América, e ela olha aquelas crianças,
assustadas, começa a ensinar, sorri da capacidade delas, ela olha
para fora, um caminho que nunca pensou em trilhar, sorri.
Ela começa a ensinar X43i, ela não teria como estar ali
durante a semana, mas as crianças vendo ela ali, pareceram se
acalmar, todas estavam assustadas, e alguém teria de assumir
aquele lugar.
Mas esta é outra história...

Fim.

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