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GOLDBERG, J. I. Reabilitação como processo. O centro de atenção psicossocial (CAPS).

In:
PITTA, A. M. F. (org.). Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 43-
60.

A reabilitação é considera com um processo articulado de práticas, considerando uma trama


de conceitos, que a partir do trabalho desenvolvido sustentou um tratamento em que a
autonomia do usuário frente a instituição era condição básica. O norteador do cuidado não
seria então o tempo, mas uma posição participativa desse usuário em relação ao seu
tratamento.

Para Goldberg (2016) as práticas dos profissionais ligados a saúde mental podem estar
fundamentadas por estereótipos cristalizados dentro do campo da profissão. Essas práticas
estereotipadas muitas vezes não se relacionam em absoluto com o tratamento do usuário.
Exemplos dados pelo autor é a exclusão dos casos de psicose da esfera médica e de uma
hierarquização do tratamento que coloca a medicação como mais importante em detrimento
de outros práticas, como a escuta. Goldberg (2016, p. 46) nomeia esse fenômeno de
“preconceito tecnológico” e define como “um preconceito que leva cada profissional a fazer
exatamente o que assimilou de um repertório de comportamentos convencionalmente
moldados por sua profissão, sem se preocupar de fato com o paciente que está sob seus
cuidados”.

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