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O terapeuta faz o paciente pensar, lidando com a capacidade de li dar com seus próprios
problemas, ter mudança de visão do mundo e de si mesmo. As mudanças são percebidas
por todos que estão na sua volta e por si próprio (GUSTAVO GAUER, 1997).
2:Fundamentação teórica
A teoria de Carl Gustav Jung (1964) apresenta notáveis considerações acerca das
interações entre cultura, mitologia, religião, psicologia e psicoterapia, introduzindo
conceitos de uso relativamente corrente, como inconsciente coletivo e arquétipo. Na
verdade, Jung é um dos autores mais citados pelos terapeutas alternativos. Fadiman e
Frager (1979), em seu conhecido livro sobre teorias da personalidade reconhecem o
interesse nos sistemas filosóficos orientais ocorrido nos Estados Unidos: Numa época
de contínuo questionamento a respeito dos pontos de vista estabelecidos sobre religião,
ciência e sistemas políticos organizados, há uma busca correspondente por modelos de
comportamento humano alternativos, modelos que sejam baseados em uma observação
diferente e que conduzam a conclusões alternativas. (p. 281). Tal colocação parece
pertinente à situação de escalada que os sistemas alternativos experimentam atualmente
no Brasil.
Bronia Liebesny observa que, se essas atividades não respondem aos objetivos
da Psicologia, obviamente não fazem parte da atividade. A professora comenta que
várias pesquisas sobre a imagem do psicólogo perante o leigo apontam para a visão de
um indivíduo que tem quase superpoderes, com capacidade de ler a mente e ver o
interior do paciente. "Isso advém de sua sensibilidade de ouvir o sujeito e ajudá-lo a
resolver seus problemas - que é já algo discutível enquanto conceituação porque não são
todas as teorias que concordam com essa leitura.
4:Questoes éticas
É exatamente dessa forma que o CRP enxerga as coisas, como nos artigo 2° da
Resolução 010/97 e o Código de Ética Profissional do Psicólogo, no item c do Art. 1º e
nos itens b, d, e e f do Art. 2º. O Conselho está preocupado com a ética, mas não
descarta a possibilidade de práticas relativas. Esse dilema está presente até mesmo
dentro das teorias psicológicas, como por exemplo, exercícios de respiração para
ampliação da consciência. Enquanto essa prática não for comprovada cientificamente,
fica proibido o Psicólogo associar a respiração a alteração do estado de consciência.
Segundo a Coordenadora do CRP-SP, Elisa Zaneratto Rosa, em artigo do Jornal Psi, se
o Psicólogo oferecer qualquer tipo de prática não reconhecida, ele não poderá relacionar
à prestação de serviço psicológico. Se por acaso ele é Astrólogo e Psicologo, ele deverá
separar as duas funções o tempo todo, tanto em cartões de visitas, quanto na divulgação
de seu trabalho, e certamente também na hora de exercer as funções.
Pode sim, usar uma técnica que que acalme o paciente, que o deixe mais à
vontade, que diminua as suas angustias, entretanto, estaremos preparados para lidar com
que irá emergir? Estaremos preparados para acolher o inesperado? Figueiredo (1996)
alerta: "O ethos familiarista do complexo alternativo engendra, à sua revelia,
experiências que reafirmam o desenraizamento, o estranhamento; estas experiências
estranhas, contudo, ele não pode reconhecer e acolher".
A estratégia que foi usada pelo conselho, foi de montar cartazes e informativos
para mostrar os riscos dessas práticas. Essa estratégia era para melhor esclarecimento da
população, pelas práticas que poderiam estar sendo confundidas (TAVARES, 2003)
Essa relação inicial do conselho foi pela hesitação em releção ao rumo que
estava tomando desde dos anos 80, como diz Luiz Claudio Figueiredo " ...pelo menos
aqui no Brasil, práticas alternativas passou a ser um xingamento” (Jornal do Psicólogo,
n. 43, p.3) (TAVARES, 2003)
Segue artigos:
Referencias:
Referencias:
https://super.abril.com.br/ciencia/medicina-alternativa/