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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Psicologia

Disciplina: Orientação Profissional


Professor: Gilberto Braga
Alunas: Júlia Luíza Malaquias Batista, Sofia Burni Pereira Gomes, Thayná Cristina dos
Santos Marques, Giulia Cristofani e Leticia Guarato

ATIVIDADE AVALIATIVA II:


Modelos Teóricos em Orientação Profissional - Juri Simulado
ABORDAGEM COMPORTAMENTA - ACUSAÇÃO

CONCEITOS BÁSICOS ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Skinner faz uma diferenciação entre análise do comportamento e análise experimental


do comportamento, onde analise do comportamento se origina do behaviorismo onde foca-se
mais na parte historica e filosofica da abordagem, já a análise experimental do comportamento
se dá mais pela experiência científica da observação do comportamento humano, pois Skinner
acredita que todo comportamento se dá através de uma ordem e regularidade.

MOREIRA; MEDEIROS, 2007 em seu livro Princípios básicos de análise do comportamento


decorrem por quatros princípios básicos que norteiam a psicologia comportamental, são eles:

a) a caracterização pela utilização de variáveis que podem ser medidas


b) enfatizar que a psicologia é uma ciência, ou seja, metodologia empírica e
demonstrável se faz presente
c) todo e qualquer comportamento pode ser aprendido
d) os resultados obtidos dos experimentos laboratoriais podem ser passados para o
mundo real

ACUSAÇÃO

● A Análise do Comportamento não possui um modelo estruturado da prática em


Orientação Profissional, embora ofereça possibilidade de interpretação da
problemática da escolha profissional. Freqüentemente, os analistas do comportamento
se esquivam da tarefa de ajudar adolescentes a optar pelas profissões, encaminhando
clientes com esta demanda para outros profissionais. Por vezes, realizam trabalhos de
orientação profissional sem, no entanto, preocuparem-se em relatar seus
procedimentos para a comunidade de clínicos. Este fato parece ser decorrente da
recusa em aderir aos modelos tradicionais de aconselhamento nesta área, o qual tem
sido costumeiramente chamado de “Orientação Vocacional”. Por sua conotação
tradicionalmente mentalista, o termo “vocação” pode ter afastado o interesse de
Analistas do Comportamento pela problemática, pois dito de outro modo, “descobrir a
vocação” implica num engajamento em diversos comportamentos relacionados à
escolha profissional.

● Em suma, a prática de orientação profissional sob o enfoque da análise do


comportamento pressupõe a modelagem de classes comportamentais relacionadas à
escolha e à decisão que são, em si mesmas “processos”. Desse modo, o produto ou o
conteúdo da escolha são de menor relevância quando comparados à primazia da
aprendizagem de decidir e/ou escolher, que caracteriza o objetivo geral da Orientação
Profissional. De acordo com o que foi exposto, o processo de escolha requer o
oferecimento de classes de estímulos que se traduzem pelas chamadas “opções
profissionais” a serem consideradas.

● A proposta de um modelo teórico e prático para a Orientação Profissional dentro do


enfoque comportamental é recente (Moura, 2001). Poucos estudos antes desta data
foram encontrados que pudessem fornecer subsídios para a atuação nesta área e com
esta problemática.

● Trabalhos de Orientação Profissional na Análise do Comportamento também têm sido


pouco realizados, considerando-se que este enfoque teórico poderia contribuir com
esta área de conhecimento, através de uma proposta diretiva de abordar o problema, de
procedimentos específicos de aprendizagem em tomada de decisão e de mensuração
dos avanços dos sujeitos ao longo do processo de escolha profissional.

● Apoia-se, ainda, em concepções individualistas de escolha profissional. Algumas


questões do questionário deixam claro esses pressupostos. Por exemplo, “gosto de tal
profissão ou de algum de seus aspectos”, “gosto de fazer isso, logo sirvo para tal
profissão”, podendo inclusive, ser notada, nesta última questão, no artigo “Programa
de orientação profissional: uma análise comportamental” referência a um modelo de
orientação com base nas relações de causa e efeito. A autora deste mesmo artigo,
Cynthia Borges de Moura (2001), ainda relata que o comportamento de escolha está
controlado por critérios ditados pelas regras sociais implícitas no contexto verbal, ou
seja, o orientando opta pela profissão baseado em informações, sem necessariamente
precisar passar pela prática profissional e, neste caso, o comportamento de decidir
ocorre em função das contingências atuais que são mediadas pela comunidade verbal.
O comportamento de decidir por uma profissão é um comportamento cujos eventos
reforçadores atuais não são exatamente os mesmos que controlarão o desempenho
futuro da profissão escolhida e tais reforçadores, isto é, as conseqüências decorrentes
do exercício da profissão, não estão presentes na situação de decisão.
CONCLUSÃO

O enfoque das teorias sociocognitivas resulta das orientações psicológicas modernas. O


processo tem como objetivo a solução da problemática vocacional específica que cada
indivíduo observa e aceita como problema, solicitando ajuda quando reconhece que está
imerso na dúvida. A chave para que o processo seja bem sucedido está no autoconhecimento,
na análise da problemática da situação e, em geral, na busca de informações relevantes. A
eficácia do processo de tomada de decisão está em admitir aspectos de cunho pessoal,
valorização de opções vocacionais e alternativas de ações sob a responsabilidade do próprio
sujeito, dentro de um processo estruturado. Busca perceber o sujeito como indivíduo
psicológico, que organiza seu problema, age conforme seus interesses e os condicionantes
sociais. Por outro lado, os modelos de tomada de decisão falham em especificar como este
processo varia, dependendo do tipo de decisão, de personalidade e nível de maturidade do
sujeito. Dentro de mais essa gama de conceitos, podemos citar quatro autores que se
destacam: Gellat (1962), Thomas Hilton(1962), Hemerson e Roth (1966)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES de Moura, Cynthia; PARANZINI Sampaio, Ana Claudia; GEMELLI, Kelly


Regina; RODRIGUES, Ligia Deise; MENEZES, Mirtes Viviani. Avaliação de um Programa
Comportamental de Orientação Profissional para Adolescentes. Revista Brasileira de
Orientação Profissional, vol. 6, núm. 1, junho de 2005, pp. 25-40. Associação Brasileira de
Orientação Profissional São Paulo, Brasil.

MOURA, Cynthia Borges de; SILVEIRA, Jocelaine Martins da. Orientação: Profissional Sob
o Enfoque da Análise do Comportamento: Avaliação de uma Experiência. Rev. Estudos de
Psicologia, PUC-Campinas, v. 19, n. 1, p. 5-14, janeiro/abril de 2002.

VICENTE, Giovanna Dos Santos Leocádio; TEIXEIRA, Marcos Henrique Batista;


THEODÓRIO, Daieny Panhan. Orientação Profissional: Uma perspectiva Analítico-
Comportamental, Fenomenológica e Psicanalítica. Edição Especial PIBIC, outubro de 2020.

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