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Álvaro

César Pestana




Sempre Me Perguntam!
Respostas Sólidas a Questões Teológicas Difíceis
4a edição revista e ampliada











Editora EBNESR
2016

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

Copyright © 2016 by Álvaro César Pestana



Diagramação
Álvaro C. Pestana

Capa
Neto Alves, Spaceless Design

Editora EBNESR – Caixa Postal 4456
Recife, PE – CEP 51.210-970

Telefone: (81) 3342-5269

Site: http://www.ebnesr.com.br
Email: ebnesr@gmail.com

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação:

PESTANA, Álvaro César,
Sempre me perguntam! Respostas sólidas a questões teológicas difíceis. 4a
Edição revista e ampliada. Recife: Editora EBNESR, 2016.
ISBN: 978-85-69418-04-7
1. Cristianismo 2. Teologia cristã CDD 230.06
Índice para Catálogo Sistemático:
1. Cristianismo 2. Teologia cristã

Texto bíblico citado com permissão: Almeida, Revista e Atualizada (2a edição)
publicado pela Sociedade Bíblica do Brasil.
É proibido reproduzir total ou parcialmente, por quaisquer meios (eletrônicos,
xerográficos, etc.), sem a permissão por escrito do autor e dos editores, exceto
por trechos breves citando a fonte.

Esta é uma obra escrita e publicada originalmente no Brasil.
As primeiras três edições foram produzidas pela Editora Vida Cristã (2003 a
2016).
Quarta edição realizada pela
Editora EBNESR
Rua Baronesa dos Palmares, 190
Recife, PE
51.030-110

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Deus aprova a homossexualidade?







Deus aprova a
homossexualidade?
Não. Toda a Bíblia condena a
homossexualidade como pecado.

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

Deus aprova a homossexualidade?


Resposta: Não. Toda a Bíblia condena a homossexualidade como
pecado.
Os movimentos homossexuais modernos têm duas táticas
com respeito às declarações bíblicas contra a homossexualidade: ou
ignoram ou tentam reinterpretar os textos de modo a inocentar a
homossexualidade moderno.
A Bíblia, contudo, condena a homossexualidade, de capa a
capa.
O termo comum para descrever um homossexual, sodomita,
tornou-se parte de muitos idiomas por causa do fato que os
Sodomitas manifestaram tendências homossexuais como evidência
da perversidade que levou Deus a destruir a cidade. Na história de
Gênesis 19, fica clara condenação divina sobre a homossexualidade.
A Lei de Moisés condena absoluta e seguramente a
homossexualidade.
Levítico 18.22 diz: “Com homem não te deitarás como se fosse
mulher: é abominação”. Este texto mostra que a homossexualidade
era pecado, comparável à bestialidade, ou seja, ter relações sexuais
com animais, citada no verso seguinte, Levítico 18.23. Não se tratava
de costume ou de convenção cultural. Assim como não era natural o
sexo entre o ser humano e um animal, assim também é não natural o
sexo entre dois homens ou entre duas mulheres. (Cf. também
Levítico 20.13, 15, 16).
Os cananeus, nações destruídas por Deus durante a conquista
da terra de Canaã, eram povos que praticavam todos estes pecados,
inclusive a homossexualidade, e por esta causa, foram condenados e
destruídos por Deus (Levítico 20.23).
O assunto da homossexualidade, no Novo Testamento, é
tratada modo decisivo e conclusivo em poucos textos básicos:
Romanos 1.18-32, 1Coríntios 6.9-10 e 1Timóteo 1.8-11.
Dois deste textos são listas de pecados (1Co 6.9-10 e 1Tm 1.8-
11) e nestas listas, a homossexualidade é claramente identificada e
condenada. Apesar de ocorrem tentativas de dizer que os termos
não são claros, esta afirmação não é verdadeira: estas listas de
pecados condenam a homossexualidade.
O texto de Romanos 1.18-32 mostra que a homossexualidade,
ou seja, deixar de ter o contato sexual natural entre homem e

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Deus aprova a homossexualidade?

mulher para ter relações com pessoas do mesmo sexo (v. 27), é um
pecado, seja ele feito homem com homem (v.24 e 27) ou mulher
com mulher (v. 26). A homossexualidade, neste texto é qualificada
como: “imundícia” (v. 24), “desonrar o corpo” (v. 24), “paixão
infame” (v. 26), “contrário à natureza” (v. 26), “torpeza” (v. 27),
“erro” (v.27). Ninguém pode ler este texto sem perceber que a
homossexualidade é retratada como um sinal de extrema
degradação da humanidade no pecado.
É muito comum ver advogados da homossexualidade
“enxergarem” relações homossexuais entre personagens bíblicos
tais como Davi e Jônatas, Noemi e Rute, Daniel e seus amigos e até
mesmo chegam a blasfemar dizendo que Jesus e o discípulo João se
enquadrariam neste pecado.
Neste aspecto, a simples leitura dos textos bíblicos mostrará
que tais afirmações são totalmente caluniosas contra santos do povo
de Deus e, no caso de Jesus, é uma blasfêmia contra Deus! Estas
pessoas não estarão em bom lugar no dia do juízo final. Quando
acusaram Jesus de estar possuído por Belzebu, ele mostrou que as
coisas não eram assim e depois advertiu contra pecar o pecado que
não tem perdão, a blasfêmia contra o Espírito. Num sentido, temos
aqui um caso similar de teimosia que leva à perdição.
Homossexualidade é pecado: não é doença, não é distúrbio
emocional, não é opção sexual, não é disfunção orgânica, não é
tendência natural, não é possibilidade para o povo de Deus. Como
pecado, necessita de arrependimento e do perdão que Cristo quer
oferecer. As causas podem ser várias – o indivíduo, no fim das
contas, é o responsável final por corrigir-se conforme a graça e o
poder que Cristo disponibiliza no batismo (At 2.38).
A boa nova para o homossexual é que ele pode deixar a
homossexualidade (1Co 6.11): Jesus salva o homossexual da
homossexualidade e de todo e qualquer outro pecado.

Em matéria de moral sexual, o mundo moderno anda
completamente desorientado. Todos os pecados sexuais descritos
na Bíblia são tratados, hoje em dia, como “coisa normal” ou “opção
pessoal”. No caso específico da homossexualidade, a postura
moderna não é diferente.

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

Os homossexuais são reconhecidos como se fossem uma


“minoria” no meio da sociedade, e como tal, disputam direitos que
alguns países concedem às minorias étnicas ou religiosas.
Homossexualidade pretende ser um “terceiro sexo”, uma
opção normal de vida já regulamentada de várias formas em alguns
países. Atualmente é “politicamente incorreto” chamar a
homossexualidade de pecado, aberração, doença ou desvio de
comportamento. Pode-se ser processado por discriminar uma
pessoa por causa de sua “opção” pela homossexualidade. No
discurso deles, os que se opõe à homossexualidade são reacionários,
retrógrados ou chamados pelo mais moderno “palavrão” para xingar
os religiosos: fundamentalista!
Os advogados da homossexualidade tentam apresentar
estatísticas dizendo que uma parcela da população sempre tem
tendências homossexuais, que se não forem reprimidas, viveriam
em liberdade com sua “natureza” já herdada no nascimento.285
Sobre as condenações que a Bíblia faz da homossexualidade,
as estratégias são basicamente duas. A maioria ignora ou rejeita a
Bíblia e suas condenações. Não acreditam que exista padrão moral
divino e absoluto. Para estes, Bíblia não passa de um livro velho. Há,
contudo, alguns que tentam usar a Bíblia para justificar a
homossexualidade. As táticas são várias. Normalmente afirmam que
“os tempos mudaram” e o que não podia ser “liberado” na
antiguidade, pode ser praticado agora. Muitos tentam dizer que o
que a Bíblia condenava não era a homossexualidade, mas os abusos
da mesma. Alguns chegarão a acusar vários personagens bíblicos de
serem homossexuais, inclusive o próprio Senhor Jesus.
Qualquer que seja a tática usada, a Bíblia resiste a estas
distorções e blasfêmias contra nosso Senhor Jesus Cristo. A Bíblia
condena a homossexualidade.
O objetivo deste capítulo será mostrar, numa exposição de
vários textos bíblicos, a condenação bíblica às práticas
homossexuais, quaisquer que sejam. Nas Sagradas Escrituras,
homossexualidade, masculina ou feminina, infantil ou adulta,
sempre é pecado. Para os homossexuais, o caminho é o

285 Contra esta afirmação está um dos mais importantes geneticistas do mundo: TAY, John
S. H. Nascido Gay? Existe evidências científicas para a homossexualidade? Rio de
Janeiro: Central Gospel, 2011.

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Deus aprova a homossexualidade?

arrependimento: pedir perdão a Cristo e deixar o pecado. Para o


homossexualismo e a homossexualidade não há esperança: são
pecados.

O PECADO DE SODOMA

Em várias línguas modernas e, sobretudo, na língua
portuguesa, “sodomia” tornou-se sinônimo de homossexualidade e
pederastia. Um dicionário etimológico286 diz que sodomita é ‘quem
pratica sodomia’ ocorrendo à partir do Século XIII, originário do
latim eclesiástico. Sodomia, por sua vez, é definido como ‘prática
sexual anômala’, ou em outra obra mais abrangente287, ‘concúbito de
homem com homem ou de mulher com mulher’. Sodomita é usado
em várias literaturas, inclusive na Bíblia, para descrever os
homossexuais (ARA: Dt 23.18; 1Co 6.9; 1Tm 1.10)
Tal uso do vocábulo vem da história bíblica narrada em
Gênesis 19. O leitor de Gênesis já havia sido informado que o povo
de Sodoma e das cidades circunvizinhas era corrupto (Gn 13.13).
Abrão nada quis receber daquele povo (Gn 14.21-24), mesmo que
tivesse direito: tal afastamento prudente mostra as reservas de
Abrão para com aquela cidade.
Deus decidiu executar seus juízos sobre Sodoma e Gomorra
(Gn 18.20-21) e enviou dois anjos à cidade. Ló, sem saber quem
eram, acolheu-os, impedindo-os de passar a noite na praça, talvez
temendo pelo bem estar dos estranhos, visto que ele deveria
conhecer a fama dos homens de Sodoma (Gn 19.1-3).
Mesmo assim, os homens de Sodoma vieram à casa de Ló,
cercando-a e queriam abusar sexualmente dos dois estranhos que
Ló tinha acolhido (Gn 19.4-5). Ló tentou, desesperadamente,
impedir que fizessem isto com hóspedes que estavam sob seu teto,
pois na antiguidade, o tratamento dado aos hóspedes era serviço a
Deus (Gn 19.6-8). Os argumentos de Ló não funcionaram e, se não
fosse a ação decidida e sobrenatural dos anjos, os homens de
Sodoma teriam abusado sexualmente dele também (Gn 19.9-11).
De fato, esta narrativa funciona como uma espécie de
“julgamento” ou de “prova da acusação” contra a cidade de Sodoma.

CUNHA, 1996, p. 731.


286

Michaelis, 1998, p. 1963.


287

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

O livro de Gênesis já havia declarado que esta cidade era corrupta,


mas na visitação dos anjos de Deus, ela revelou sua corrupção
mostrando-se uma cidade com hábitos homossexuais.
O pecado que condenou Sodoma, por excelência, foi a
homossexualidade.
Há quem tente tenta minimizar o pecado de Sodoma, dizendo
que o pecado deles não era a homossexualidade, mas a falta de
hospitalidade ou uma atitude sexual violenta, ou seja, uma tentativa
de estupro.
O fato é que Ló tentou oferecer suas filhas aos sodomitas para
que estes as estuprassem. O dever de hospitalidade, no parecer dele,
era superior ao dever de pai. A atitude de Ló não é aprovada por
Deus, mas mostra o desespero do homem diante da situação.
Certamente, os hóspedes de Ló seriam estuprados, mas o fato dele
oferecer suas filhas mostra que este seria, aos olhos dele, “um mal
menor”, pois seus hóspedes seriam preservados e o tipo de
relacionamento, apesar de violento, seria mais “natural”. Isto,
contudo, não aprova o estupro e nem inocenta a homossexualidade.
Os sodomitas eram extremamente perversos e pecadores
contra o Senhor (Gn 13.13) e as acusações de Deus contra a cidade
eram tantas que ela ia ser destruída (Gn 18.20-21; 19.13). A
narrativa de Gênesis 19 mostra que um povo homossexual e
violento como eles mereciam o juízo divino.
Embora o texto não indique com palavras, quais os pecados
de Sodoma que causaram sua condenação, mostra o quadro de uma
cidade cheia de homens interessados em ter relações sexuais com
estrangeiros, estuprando-os. Este quadro define o pecado de
Sodoma: falta de temor a Deus, falta de respeito aos homens, falta de
hospitalidade, violência, homossexualidade etc.
As narrativas de Gênesis raramente precisam fazer juízos
morais para que seus leitores entendam o que está certo ou errado.
Gênesis 12.10-20 mostra Abrão contando uma mentira, mas não há
no texto nenhuma nota comentando este pecado. Sua simples
descrição já incrimina o pecador. Os leitores da história já estão
informados por outras normas divinas, que a mentira é pecado.
Também em Gênesis 19.30-38 há a narrativa que descreve como as
filhas de Ló engravidaram do próprio pai. Não há no texto nenhuma
nota de condenação, mas os leitores já sabem da lei de Deus que
proíbe tal prática. Da mesma forma, quando lemos Gênesis 19.1-11,

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Deus aprova a homossexualidade?

o comportamento hostil e homossexual dos sodomitas não carece de


comentário: os leitores já sabem que todos estes são pecados
abomináveis a Deus e repugnantes na sociedade israelita.
O que faz com que os leitores saibam o que está certo ou
errado em uma narrativa? Os leitores destas histórias antigas já
tinham sido instruídos por Moisés e por outros sobre a lei. O
primeiro texto escrito dos cinco primeiros de Moisés foram as leis
tais como os Dez Mandamentos e outros regulamentos legais. Assim,
quando Moisés terminou de escrever estas narrativas e colocá-las
em ordem como as temos hoje, os israelitas já tinham um
conhecimento oral e prático da lei que proibia a homossexualidade e
que seria escrita nos livros posteriores, depois do livro de Gênesis.
Assim, quando a narrativa de Gênesis foi lida, eles já sabiam
que a mentira, o incesto, a falta de hospitalidade e a
homossexualidade eram pecados. Levítico 18.22 mostra que a
homossexualidade era pecado, da mesma forma que relações
sexuais com animais, citado no verso seguinte, Levítico 18.23.
(Também Lv 20.13, 15, 16). Assim, sodomia é o mesmo que
homossexualidade, que são pecados pelos quais Sodoma foi
destruída e também são uma razão pela qual a sociedade moderna
está em franca e rápida decadência.
Alguns tentam tirar a homossexualidade da lista de pecados
de Sodoma pelo uso de textos como Ezequiel 16.48-49, Isaías 1.10-
17, Jeremias 23.14 e Sofonias 2.8-11. Estes textos falam de “pecados
de Sodoma”, mas não citam, explicitamente a homossexualidade.
Isto tem levado alguns a argumentar que homossexualidade não era
um pecado de Sodoma.
Tal tentativa é uma falácia: tirar um texto do contexto.
Ezequiel 16.46 mostra que a “Sodoma” a que o texto se refere é
Samaria e não a cidade destruída por Deus em Gênesis. O nome é
simbólico. Da mesma forma, Isaías 1.10-17; Jeremias 23.14 não
falam de Sodoma, mas do povo de Deus. Assim, os “pecados de
Sodoma” descritos neste texto nada têm a ver com Gênesis 19, mas
com o povo de Deus na época dos profetas. Da mesma forma, o uso
de Sofonias 2.8-11 é equivocado. O trecho somente alude à
destruição de Sodoma e não fala de seus pecados.
Outra tentativa de reduzir os pecados de Sodoma é feita
usando-se o apócrifo, Sabedoria 19.13-17, que fala dos pecados de
Sodoma, mas não cita a homossexualidade. Em primeiro lugar,

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

Sabedoria é um livro apócrifo, que já não o recomenda como


autoridade em nosso estudo bíblico. Em segundo lugar, o texto não
condena nem o ‘estupro’. Será que o estupro é correto? Em terceiro
lugar, o texto fala contra o Egito, que escravizou os israelitas,
aludindo a Sodoma. Não se deve supor que a alusão trate de todos
os pecados de Sodoma, mas somente daqueles que foram repetidos
pelos egípcios. Na narrativa bíblica, os egípcios são acusados de
praticarem muita coisa contra Israel, mas não de homossexualidade.
Este texto não é uma lista de pecados de Sodoma.
Os pecados de Sodoma eram muitos. Até os pagãos antigos
respeitavam o dever da hospitalidade, mas eles não o respeitaram. E
para mostrar seu desrespeito completo, vieram até os homens que
estavam sendo hospedados por Ló e queriam degradá-los com uma
relação homossexual, que eles sabiam ser degradante.288
O pecado mais proeminente, no relato da queda de Sodoma
descrito em Gênesis, era a homossexualidade. Sodomita, que seria o
nome adequado aos habitantes daquela cidade tornou-se sinônimo
de homossexual; sodomia equiparou-se a homossexualidade e
pederastia.

A CONDENAÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE NA LEI DE MOISÉS

Vários textos da Lei de Moisés condenam absoluta e
seguramente a homossexualidade, seja ele religioso ou não.
Levítico 18.22 diz: “Com homem não te deitarás como se fosse
mulher: é abominação”. Este texto mostra claramente que a
homossexualidade era pecado, da mesma forma que relações
sexuais com animais (bestialidade), citado no verso seguinte,
Levítico 18.23. Não se tratava de costume ou de convenção cultural.
Assim como não era natural o sexo entre o ser humano e um animal,
assim também é não natural o sexo entre dois homens ou entre duas
mulheres.

Num artigo da perspectiva das ciências das religiões, uma estudiosa analisou o texto da
288

carta aos Romanos que condena a homossexualidade. Sem manifestar qualquer interesse
em defender a Teologia ou a Ética Cristãs, a autora relatou que a homossexualidade
masculina, embora não fosse alvo de recriminação moral, era uma forma de dominação
e de exercício de poder dos senhores, ou dos mais velhos e ricos, sobre os menores em
qualquer critério que seja. LEMOS, 2015, p. 119-147.

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Deus aprova a homossexualidade?

Outros versos dizem basicamente a mesma coisa e decretam


pena de morte para quem praticar homossexualidade ou
bestialidade (Lv 20.13, 15, 16). O contexto descreve vários pecados
sexuais, desde o adultério, e especialmente aqueles classificaríamos
como incesto, ou seja, relações sexuais com parentes ou pessoas
próximas. Todos estes pecados, assim como a homossexualidade,
eram punidos com a morte (Lv 20.10-21).
A homossexualidade era muito difundido na antiguidade e
chegou a ter defensores até mesmo entre os filósofos da Grécia
Antiga. Os cananeus, nações destruídas por Deus durante a
conquista da terra de Canaã, eram povos que praticavam todos estes
pecados, inclusive a homossexualidade, e por esta causa, foram
condenados e destruídos por Deus (Lv 20.23).
A tribo de Benjamim quase foi destruída por defender a
cidade de Gibeá, que tinha os mesmos ímpetos homossexuais do
sodomitas (Jz 19.22-23). A narrativa desta guerra (Jz 19-21) mostra
que tais pecados não eram considerados “coisa leve” até mesmo
naqueles tempos “sem lei” como foram os tempos dos Juízes.
Deuteronômio 22.5 proíbe o travestir-se, ou seja, vestir-se
com roupas do sexo oposto. O contexto histórico deve incluir a
prática de vestir-se com roupas do sexo oposto para fins de ritual
supersticiosos ou idolátricos, ligados aos cultos da fertilidade que
abundavam nas religiões cananeias. Também a prostituição cultual
pode estar na mira desta proibição. De qualquer forma, a confusão
de papéis sexuais é confusão condenável por Deus. O travestir-se
fica proibido e qualquer forma de homossexualidade associada com
ele fica proibida por Deus. De fato, são poucos os homossexuais que
chegam a travestir-se, mas este texto é evidência concreta contra a
ilusão que Deus não se incomode com as “opções” sexuais das
pessoas, manifestas pelas roupas que usam.
Deuteronômio 23.17-18 fala da prostituição feminina e
masculina que ocorria em templos pagãos, geralmente ligados aos
cultos de fertilidade. A prostituição masculina, nestes casos, era
prostituição homossexual, pois os frequentadores destes cultos e
templos eram homens, que mantinham relações com os prostitutos
cultuais (1Rs 14.24; 15.12; 22.47 (46 na NVI); 2Rs 23.7; Jó 36.14).
Tais pecados eram considerados abomináveis diante de Deus e tinha
sido a causa da destruição das nações que moraram em Canaã antes
de Israel.

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

Os defensores da homossexualidade tentam destruir ou


invalidar estes mandamentos do Velho Testamento por várias
maneiras. Nos próximos parágrafos iremos, resumidamente, tratar
destes argumentos.
Alguns argumentam dizendo que a homossexualidade foi
proibida, não por que fosse errada em si mesmo, mas apenas para
que Israel fosse diferente dos gentios, dos outros povos. Não se
tratava de um pecado em si mesmo, assim como não é pecado comer
carne de porco. Era apenas uma prática diferenciadora que não está
mais em vigor hoje em dia.
De fato, as proibições à homossexualidade foram feitas para
que Israel fosse diferente e não pecasse. A diferença não era apenas
de tradição cultural, mas era uma diferença moral, ética e espiritual.
Israel não devia viver no pecado e na degeneração das outras
nações. O pecado de bestialidade (sexo com animais) está no mesmo
nível da homossexualidade (Lv 18.22, 23; 20.13, 15, 16). O contexto
mostra que a homossexualidade é uma distorção, uma depravação
sexual, como todas as outras mencionadas (Lv 18 e 20). Isto não é
explicado ou mencionado pelos defensores da homossexualidade. A
diferença de Israel com as outras nações não era só ritual, mas
moral.
Não se pode incluir a condenação da homossexualidade no
Velho Testamento dentro da lei cerimonial que tratava de alimentos
e rituais. O Novo Testamento claramente nos liberta para comer
qualquer carne (Cl 2.16-17), mas continua a proibir a
homossexualidade (1Co 6.9; 1Tm 1.10).
Outro argumento usado em defesa da homossexualidade
moderno é afirmar que a homossexualidade antigo só foi proibida
por estar normalmente associado às religiões pagãs. Assim, ele foi
proibido no Velho Testamento, não por ser errado em si mesmo,
mas apenas para que Israel não caísse no paganismo. Já que
modernamente a homossexualidade não implicaria em vínculo com
uma religião pagã, hoje ele não seria mais condenada por Deus.
Os pecados mencionados no contexto da homossexualidade
são: incesto, bestialidade, adultério, sacrifício de crianças,
espiritismo, idolatria, amaldiçoar, etc. (Lv 20). Todas estas coisas
não somente estavam associadas às religiões pagãs, mas eram parte
integrante de sua natureza carnal e pecaminosa. Se fossem todos
“liberados” nos dias atuais, sob o pretexto que não existem mais as

- 368 -
Deus aprova a homossexualidade?

religiões pagãs associadas com eles, para aonde iria o ensino de


Jesus?
De fato o Velho Testamento proíbe a homossexualidade
religiosa (Dt 23.17-18) mas proíbe também a homossexualidade
como comportamento sexual fora de qualquer contexto ou
conotação religiosa (Lv 18.22). Na verdade, homossexualidade é um
pecado “em si mesmo” conforme o que estes textos bíblicos.
Outra versão deste argumento dirá que a homossexualidade
era um “tabu” primitivo, sem verdadeira razão de ser, mas um
interdito irracional, herdado do medo e da ignorância dos antigos
sobre o assunto. Assim pessoas, antigamente e modernamente,
associam o canhoto com o demônio, pode ser que os antigos
acreditavam que a homossexualidade tinha algo de errado, mas na
verdade, não era errada em si;
O problema desta afirmação é que ela não recebe apoio nem
do Velho e nem do Novo Testamentos. O Velho Testamento
menciona os canhotos e não faz qualquer julgamento ou atribuição
da sua condição ao pecado ou ao demônio. Um dos grandes heróis
de Israel era canhoto (Jz 3.15). No caso da homossexualidade, há
sempre condenação.
Onde está o texto do Novo Testamento que afirma que os
pecados sexuais do Velho Testamento eram uma lei cerimonial, ou
um tabu, como a lei do sábado ou da circuncisão? Na verdade, o
Novo Testamento irá concordar com o Velho Testamento e afirmar
que estas distorções sexuais são pecados.
Outra tentativa de defender a homossexualidade utiliza um
sofisma linguístico. Ele tenta minimizar o valor dos textos do Velho
Testamento que chamam a homossexualidade de “abominação”
afirmando que esta palavra não fala de pecado, mas apenas de tabu.
Como já afirmamos, tal colocação é falsa. Os termos hebraicos
e gregos para abominação são tô‘ebâh, no hebraico, e bdelygma, no
grego. Eles não se referem somente a tabus ou leis rituais ou
cerimoniais.
Tô‘ebâh, do hebraico, refere-se à causar repulsa, abominação,
por causa ritual ou moral – sempre é pecado quando se refere a
algo abominável a Deus.289 É falsa a afirmação que tô‘ebâh, fosse um
termo apenas ritual. Esta divisão ritual/moral é grega e moderna, e

YOUNGBLOOD, 1998, p. 1652-3


289

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

não se aplica ao Velho Testamento hebraico, em seu sentido


original290.
A afirmação de que a palavra grega bdelygma significaria
apenas ofensa ritual não é verdade: no Novo Testamento é usado em
associação com idolatria e imoralidade sexual (Ap 17.4, 5; 21.27). É
pecado (Tt 1.16). Os que são qualificados como abomináveis são
condenados no Inferno (Ap 21.8).
Na linguagem bíblica, nenhum pecado poderia ser mais grave
do que ser “abominável a Deus”! No Velho Testamento, as
abominações eram punidas com a morte e no Novo, com o Inferno!
Abominação é condenada por Jesus (Lc 16.15).
Um último argumento desesperado, afirmado com muita
sutileza, é que a homossexualidade antiga nada têm a ver com a
moderna. Hoje, segundo tentam dizer, a homossexualidade é (i)
aceita socialmente, (ii) amparada por lei, (iii) reconhecida pela
medicina e (iv) é fruto de companheirismo e amor, ocasionalmente
mais forte do que o encontrado em casais heterossexuais.291 No fim
das contas, os textos do Levítico não tratam da homossexualidade
moderna e, portanto, são irrelevantes para o leitor moderno.
Quando se usa este argumento, fica manifesto verdadeiro
ponto de vista destes intérpretes sobre a Bíblia. Eles não acham que
a Bíblia é aplicável hoje em dia. Eles apenas usam a Bíblia, para
provar seus pontos de vista, quando isto lhes interessa. Quando a
Bíblia não pode ser torcida ou a sua leitura não se torna aceitável
para eles, apelam para o argumento: “tudo mudou!”.
Na verdade, os textos do Velho Testamento que proíbem a
homossexualidade são citados, recordados e aludidos no Novo

290 FOERSTER, 1964, Vol. 1, p. 598-600.


291 Todas estas afirmações podem ser contestadas: (i) homossexualidade é aceita
socialmente em meios não comprometidos com a fé cristã – e mesmo em meios não
cristãos, é aceita dissimuladamente; (ii) o amparo legal que a homossexualidade recebe
tem validade no sentido de que os homossexuais tenham direitos assegurados em suas
associações, mas isto não prova que tais associações sejam corretas – apenas evita-se
injustiças e abusos; (iii) o reconhecimento pela medicina é falacioso, pois a medicina
sempre tem verificado que as relações anais prejudicam os que as praticam – além disto,
não é possível ter filhos a não ser por meio da junção de óvulo e espermatozoide; (iv)
sobre o companheirismo e amor entre os homossexuais, embora não se possa generalizar,
tenho ouvido dos próprios homossexuais assumidos que o egoísmo, o narcisismo, a
infidelidade e a falta de respeito são maiores entre os homossexuais do que entre o
mundo heterossexual, mesmo que este último também esteja muito degradado por falta
de obediência a Deus.

- 370 -
Deus aprova a homossexualidade?

Testamento pela citação de textos e de termos que tratam da


questão. O mundo do Velho e do Novo Testamentos eram mundos
onde muita coisa havia mudado, mas a proibição contra a
homossexualidade permaneceu. Atualmente, o mundo diz que
mudou, mas, na verdade, não mudou tanto assim. No aspecto sexual,
por exemplo, não se arrependeu de seus antigos pecados –
homossexualidade é um deles.
Hoje a traição do cônjuge, a fornicação e mesmo a prostituição
são (i) aceitas socialmente, (ii) amparadas por lei, (iii) reconhecidas
pela medicina e (iv) justificadas como meios de obter maior
companheirismo e amor do que o obtido no casamento regular.292
Se o que a sociedade achar bom em uma época for o padrão
de comportamento sexual para todos os homens, então não há
padrão algum para nenhum aspecto de nossas vidas e vai imperar o
egoísmo e o caos.

OS TEXTOS DO NOVO TESTAMENTO

O assunto da homossexualidade, no Novo Testamento, é
tratado modo decisivo e conclusivo em poucos textos básicos:
Romanos 1.18-32, 1Coríntios 6.9-10 e 1Timóteo 1.8-11.

ROMANOS 1.18-32

Romanos 1.18-32 é muito simples: é um ataque ao mundo
pagão, que no tempo de Paulo, entre outras coisas, aceitava e
promovia a homossexualidade. As frases que merecem atenção são:
“24 Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências
de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre
si ... 26 os entregou Deus às paixões infames: porque até as suas
mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas,
por outro contrário à natureza; 27 semelhantemente, os homens
também deixando o contato natural da mulher, se inflamaram
mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens
com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do

Novamente, cada um deste pontos pode ser refutado para cada uma destes desvios de
292

comportamento, ou seja, destes pecados.

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

seu erro”. Os itens em negritos ajudam a definir com toda clareza o


que é a homossexualidade.
Faremos uma análise rápida, seguindo a ordem do texto.
Os homens idólatras, que rejeitam o conhecimento de Deus
são entregues aos seu próprio pecado (v. 24). Um dos que mais
indicam sua degeneração é a imundícia. Imundícia é uma palavra
para descrever “impureza sexual” (NVI). O contexto posterior exige
este significado aqui.
Este pecado é descrito como desonrarem os seus corpos
entre si, que é justamente o uso do corpo em relação homossexual.
No verso 26, quando retoma a ideia de Deus entregar os homens ao
seu próprio pecado, a frase paixões infames surge como
equivalente de imundícia do verso 24.
Estas duas expressões (imundícia ou paixões infames) são
explicadas pela descrição das atividades das mulheres (v. 26). As
atividades delas são consideradas iguais às deles, pelo uso da
palavra “semelhantemente” (v. 27). Assim, o que aprendermos com
a descrição dos pecados das mulheres será algo que ocorre
“semelhantemente” com os homens.
A palavra traduzida como “mulheres”, nestes versos, tem o
sentido literal de “fêmeas”: diferente da palavra grega mais geral
para mulher. Com isto, Paulo focaliza mais claramente a questão do
pecado sexual. Elas, ao invés de se comportarem como “fêmeas” no
modo natural de suas relações íntimas, optaram pela
homossexualidade, no caso delas chamado de lesbianismo, um
modo de agir contrário à natureza: deixaram de agir como
“fêmeas”.
Contudo, a definição do que é natural e do que é contrário à
natureza virá depois. Na verdade, a definição do pecado
homossexual vem no verso 27. O pecado da homossexualidade
masculina é descrita como algo semelhante(mente) ao pecado
homossexual feminino.
Os homens, literalmente “machos”, deixam de ter o contato
natural da mulher: isto define o que é natural – sexo entre macho e
fêmea! Para Paulo, o correto, conforme a natureza, foi descrito no
relato da criação (Gn 1-2): um homem e uma mulher.
Assim, retornando ao verso 26, o modo de agir contrário à
natureza ali descrito é o lesbianismo, a homossexualidade
feminino.

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Deus aprova a homossexualidade?

Semelhantemente, no verso 27, a homossexualidade


masculina é contrária à natureza. Assim, os termos imundícia
(verso 24) e paixões infames (verso 26) são agora clarificados: são
como Deus considera a homossexualidade.
Assim, a expressão do verso 24, desonrarem os seus corpos
entre si, que é certamente o uso do corpo em relação homossexual.
O verso 27, contudo, considera a homossexualidade como torpeza,
ou seja, uma obscenidade, uma vergonha. A frase, homens com
homens, isto é, “machos com machos” se faz explícita para
recriminar o que a natureza e o bom senso consideram uma
anomalia. Para os homens desviados de Deus, a prática da
homossexualidade é, do ponto de vista apresentado, tão degradante,
que já é, em si mesma, a merecida punição dos erros cometidos. Ou
seja, se uma sociedade está aceitando a homossexualidade,
masculino ou feminino, isto já é uma forma de punição que Deus
impõe a eles, pois estão em erro. Homossexualidade é errada!
Lendo Romanos 1.24, 26-27 no contexto, vemos que não há
escapatória.
Os que desejam defender a homossexualidade tentam afirmar
que a frase “contrário à natureza” deveria ser traduzido “não usual”.
Contudo, conforme Paulo o que é contrário à natureza é imundícia,
paixão infame, torpeza, erro, punição merecida, desonra e acima de
tudo, resultado do afastamento de Deus. É mais fácil esperar que
Paulo, como cristão que lia o Velho Testamento, definisse o que é
“conforme a natureza” de acordo com a Criação – homem casa com
mulher – e não de acordo com o pensamento liberal moderno de
qualquer comunidade homossexual.
Romanos 1 mostra claramente que Deus entregou estes
homens ao pecado (versos 24, 26, 28) e que a ira de Deus se revela
contra estas coisas (Rm 1.18) e ainda que haverá condenação futura
para os que permanecerem neste pecado (Rm 1.32). Não há nada
humano em Romanos 1.18-32 que não esteja debaixo de
condenação! Em Romanos 1.18-32 estamos lendo um texto que fala
de condenação. A homossexualidade, ali descrita, não escapa.

1CORÍNTIOS 6.9-10 E 1TIMÓTEO 1.8-11

Estes textos simplesmente colocam a homossexualidade em
“listas de pecados” ou “catálogos de vícios”. Fica demonstrado, com

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

absoluta clareza, que para um discípulo de Jesus, homossexualidade,


ativa ou passiva, masculina ou feminina, adulta ou infantil, não é
aprovada e não é possível aos seguidores de Jesus.
Os dois termos gregos usados para definir um homossexual
que ocorrem nestas listas de pecados são: malakos [malako,j] e
arsenokoites [avrsenokoi,thj]. Ambos ocorrem em 1Coríntios 6.9, na
ordem citada acima. O último ainda é citado 1Timóteo 1.10.
É possível que malakos refira-se ao que faz papel “passivo”
(de fêmea) na relação homossexual masculina e arsenokoites , por
sua vez, referir-se-ia ao que faz o papel “ativo” (de macho) no
relacionamento.
O termo arsenokoites é raro, composto por arsen, ‘homem,
varão, macho” e koite, ‘coito, relação sexual’. A forma composta pode
ter se originado na tradução grega dos textos de Levítico 18.22 e
20.13 que tem a frase arsenos koiten [a;rsenoj koi,thn]. Estes versos
veterotestamentários proíbem o “coito de homem com homem”.
As várias versões bíblicas citadas abaixo, por siglas, mostram
a variedade de sentidos dados aos termos.

VERSÕES 1Coríntios 6.9 1Coríntios 6.9 1Timóteo 1.10
malakoi arsenokoitai arsenokoitais
ARA2 efeminados sodomitas sodomitas
ARC2 efeminados sodomitas sodomitas
NTLH homossexuais homossexuais homossexuais
BLH homossexuais homossexuais pervertidos
sexuais
BJ efeminados sodomitas pederastas
TEB efeminados pederastas pederastas
NVI homossexuais homossexuais homossexuais
passivos ativos
BAM efeminados devassos infames
VFL efeminados os que cometem homossexuais
atos sexuais com
outros homens

O termo sodomita faz referência aos homens de Sodoma, que
na narrativa bíblica, tentaram abusar sexualmente de outros
homens. O termo veio ao português pelo latim sodomita.

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Deus aprova a homossexualidade?

A tentativa de restringir o uso da palavra à pederastia, sexo


com crianças, é uma restrição desnecessária e anacrônica.
Desnecessária porque o termo grego é mais abrangente e
anacrônica porque os casamentos legais e aceitos na antiguidade
eram, muitas vezes entre homens de 30 anos com moças de, no
máximo, 15 anos! Certamente, o problema descrito nestes termos
não era a idade dos cônjuges, mas o relacionamento tipo de
relacionamento, pelo fato de ser entre pessoas do mesmo sexo.
Os defensores da homossexualidade irão tentar evitar críticas
afirmando que ninguém sabe com certeza que os temos arsenokoitai
e malakoi significam e, portanto, não podem ser usados para acusar
os homossexuais.
Veja abaixo, contudo, que uma quantidade imensa de obras
não tem problemas em definir os termos: todos sabem o que os
termos significam!

ARSENOKOITES
O termo ocorre apenas em 1Coríntios 6.9 e 1Timóteo 1.10. É
um termo raro e deve ter se originado dos textos do Velho
Testamento que proíbem a prática de homossexualidade, que foram
traduzidos ao grego conforme a citação abaixo:
Versão grega de Levítico 18.22
kai. meta. a;rsenoj ouv koimhqh,sh| koi,thn gunaiko,j bde,lugma ga,r evstin
Tradução:293
“E com homem não te deitaras para ter relação como se fosse
mulher, pois é abominação”
Versão grega de Levítico 20.13
kai. o]j a'n koimhqh/| meta. a;rsenoj koi,thn gunaiko,j bde,lugma evpoi,hsan
avmfo,teroi qanatou,sqwsan e;nocoi, eivsin
Tradução:294
“E qualquer que se deitar com homem para ter relação como se
fosse mulher, ambos praticaram abominação, devem ser mortos, são
culpados.”

O termo arsenokoites é definido com grande facilidade pelos
dicionários:

A tradução é minha.
293

A tradução é minha.
294

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

• Thayer: alguém que se une a um homem como se fosse mulher,


um sodomita (p. 75);
• Abott-Smith: sodomita (p. 61);
• Bauer: homossexual que faz o papel masculino, pederasta,
sodomita; este léxico cita Romanos 1.27 como definição de
homossexualidade masculina (p. 109);
• Gingrich-Danker: homossexual, sodomita, pederasta (p. 34);
• Taylor: sodomita (p. 34);
• Green, o que se liga a um homem, sodomita (p. 23);
• H. K. Moulton: o que se liga a um homem, sodomita (p. 53);
• Moulton-Milligam, apenas cita um uso do termo em paralelo
com delação e assassinato (p. 79). Não se trata de coisa boa!
• Adolf Deissmann aproxima o termo a pederasta nas listas de
vícios latinas (p. 316-317);
• Sebastián Yarza, sodomita, invertido (p. 122);
• Liddell-Scott-Jones: sodomita (e o dicionário cita 1Co 6.9) (p.
246);
• Liddell-Scott (resumido): alguém culpado de crimes não
naturais (p. 104);
• Louw-Nida, o parceiro “masculino” ou “ativo” em um intercurso
homossexual - 'homossexual.';
• Barclay Newman: homem pervertido sexualmente;
• Friberg-Friberg: um homem adulto que pratica intercurso
sexual com outro homem, adulto ou mais jovem, homossexual,
sodomita, pederasta;
• C. Brown: no NDITNT define o termo como ‘homossexual
masculino, pederasta, sodomita’ (p. 382) sem qualquer
dificuldade.

MALAKOS
O termo ocorre, no sentido de um pecado sexual, apenas em
1Coríntios 6.9, no Novo Testamento.
• Thayer: ‘efeminado’ em 1Co 6.9. (p. 387).
• Abott-Smith, ‘efeminado’ em 1Co 6.9. (p. 277).
• Bauer: de homens e rapazes que se deixam usar na
homossexualidade. (p. 489).
• Gingrich-Danker: ‘efeminado’ em 1Co 6.9 (p. 129).

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Deus aprova a homossexualidade?

• Taylor (p. 131) “mole, afeminando – de um homem que


submete seu corpo à concupiscência desnatural,” citando
Thayer.
• Green: ‘pederasta, instrumento de desejo não natural,
efeminado’ para 1Co 6.9.
• H. K. Moulton: ‘pederasta, instrumento de desejo não natural,
efeminado’ para 1Co 6.9. (p. 256).
• Moulton-Milligam, tratando da linguagem coloquial nos
tempos do Novo Testamento, afirma (p. 387) ter encontrado em
um papiro o uso de malakos similar ao de 1Co 6.9.
• Adolf Deissmann examinando o mesmo papiro chega à mesma
conclusão e o traduz como ‘efeminado’ (LAE, p. 164 e 316).
• Sebastián Yarza, entre outros significados, anota ‘efeminado’
(p. 466-7).
• Liddell-Scott (resumido): em um mau sentido, malakos significa
‘macio, efeminado’ entre outras coisas (p. 424).
• Louw-Nida: o parceiro homem passivo em um intercurso sexual
- 'homossexual.'
• Barclay Newman: perversão homossexual, efeminado (1Co
6.9).
• Friberg-Friberg: no sentido negativo, efeminados;
substantivado pelo artigo o` mÅ especialmente para falar de um
homem ou rapaz que submete seu corpo luxúria homossexual
efeminado, pederasta, sodomita (1Co 6.9).
Assim também o termo é traduzido por um erudito em grego,
sem interesse religioso, CURY, Mário da Gama (trad.). Diôgenes
Laêrtios, Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres, (2ª edição.
Brasília: Editora UBN, 1977) VII, 173 [fim]: malakos é efeminado.
Hans Conzelmann295, em seu reconhecido comentário de
1Coríntios, afirma que os temos malakoi e arsenokoitai significam,
homossexual passivo e ativo, respectivamente.
Assim, depois desta rápida consulta aos dicionários gregos, é
difícil imaginar que possa alguém dizer que “não se sabe o que
significam estes termos”!
O Novo Testamento, em Romanos 1.24, 26-27, 1Coríntios 6.9-
11 e 1Timóteo 1.8-11, afirma claramente que a homossexualidade é

295 CONZELMANN, 1975, p. 106.

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

errada em si mesmo, é pecado. Aquele que pratica este pecado não é


melhor nem pior que outros pecadores: necessita do perdão de
Cristo, lavando seus pecados no sangue de Cristo, no momento do
batismo (1Co 6.9-11; At 22.16) e passar a viver uma vida
arrependida, sem mais práticas homossexuais, vencendo as
tentações da carne pelo poder do Espírito (Gl 5.22-23), que é dado
no momento do batismo (At 2.38).

O ARGUMENTO DA HISTÓRIA E DO PROGRESSO

Os defensores da homossexualidade estão dispostos a aceitar
que tanto o Velho como o Novo Testamentos condenavam a
homossexualidade. Tentarão afirmar, contudo, que esta condenação,
especialmente no Novo Testamento, era uma medida temporária,
como a aceitação da subjugação da mulher ou da escravidão. O
argumento é que, com o tempo, o cristianismo não somente aboliu a
escravatura, elevou a mulher de sua condição servil e, pasmem,
liberou a homossexualidade como coisa normal.
A resposta a esta argumentação poderia ser longa, pois
envolve a questão da escravidão e da condição da mulher, temas que
estão além dos objetivos deste capítulo. Contudo, devemos fazer
rápidas observações sobre estes assuntos para mostrar que os três
temas – submissão da mulher, escravidão e homossexualidade – não
podem ser tratados como coisas do mesmo tipo.
De fato, o Velho e o Novo Testamentos não proíbem a
escravidão, embora trabalhem para que esta “instituição humana”
funcione de modo humanitário, guiado pelo amor e pela
fraternidade – não pela violência e pela opressão. Um escravo
cristão, propriedade de um amo cristão estaria em muito melhor
situação, na antiguidade, do que estão, hoje em dia, muitos
empregados de multinacionais capitalistas selvagens. Não se faz
apologia da escravidão, mas é bom lembrar que hoje em dia, a
escravidão tecnológica e econômica oprime países inteiros. Não se
percebe que o problema não é se haverá escravidão ou livre
emprego, mas se haverá justiça e misericórdia. O problema não é
com a instituição, mas com o coração. Assim, o cristianismo
trabalhará o coração dos homens, em qualquer sistema de trabalho,
fazendo com que os relacionamentos, seja de emprego ou de

- 378 -
Deus aprova a homossexualidade?

escravidão, seja um relacionamento de amor, cuidado e


responsabilidade.
De fato, o cristianismo, eventualmente, venceu a escravidão
aberta. Mas escravidão nunca foi pecado, assim como ter
empregados não é pecado. Pecado é oprimir, pagar mal, explorar
quem quer que seja, empregado ou escravo.
O caso da homossexualidade não é assim. Não se trata de uma
instituição social, mas de uma distorção da ordem divina que criou
homem e mulher.
O caso da afirmada subjugação da mulher é igualmente
importante. As mulheres eram consideradas coisas ou propriedades
de seus maridos na antiguidade (e até hoje em muitas culturas não
tocadas pelo cristianismo). Tanto o Velho como o Novo Testamentos
fazem uma ‘escalada’ histórica, ampliando o valor da mulher. A
poligamia, um comportamento errado mas tolerado no tempo do
Velho Testamento tornou-se inadmissível à luz do evangelho de
Jesus.
Contudo, nem por isto, os papéis de marido e mulher foram
esquecidos ou confundidos. O homem continuou como o cabeça do
lar e a esposa continuou a ser sua auxiliadora (Ef 5.22-33). Há
diretrizes absolutas na Bíblia, sobre a organização social do lar.
Estas diretrizes vêm desde o tempo da Criação e não podem ser
mudadas por serem parte constituinte de nossa natureza humana.
Assim também o relacionamento entre os sexos não pode ser
mudado. Deus criou homem e mulher. O casamento é
necessariamente, heterossexual. Qualquer coisa que se faça que
altere este fundamento lançado por Deus, não pode ser considerado
como casamento.
A escravidão e a condição da mulher têm mudado, com auxílio
do cristianismo. Mudado para melhor. A homossexualidade também.
Na antiguidade, a homossexualidade era, em muitas situações,
permitida. O cristianismo melhorou esta situação, proibindo
completamente a homossexualidade, em obediência à palavra de
Deus!
Na igreja primitiva, o homossexualidade foi tratada com
especial severidade, em contraste com a atitude complacente da
sociedade greco-romana. Homossexualidade era um pecado
monstruoso aos olhos dos cristãos primitivos.

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

O Concílio de Ancira tem dois cânones a respeito, impondo


pesadas penalidades eclesiásticas aos que praticavam a
homossexualidade. Basílio (Can. 62, 63) impõe aos homossexuais a
mesma penalidade que recebiam os adúlteros, ou seja, vinte anos de
penitência. O Concílio de Eliberis recusava a participação na ceia,
inclusive em casos terminais, para os que praticavam pederastia.
Na Roma Antiga havia uma lei contra a homossexualidade,
chamada Lex Scantinia (Mencionada por Juvenal - Sat. 2, 44), que
ficou desusada, até que foi recolocada em vigor pelos imperadores
cristãos. Constantino fez da homossexualidade uma ofensa punida
com sentença de morte. Teodósio decretou que os que fossem
achados culpados deste crime deveriam ser queimados vivos.
Assim, quando se apela para a história, afirmando que o
cristianismo, aos poucos iria libertando escravos, mulheres e
homossexuais, só se pode ser verdadeiro se entender que o
cristianismo veio libertar os homossexuais da homossexualidade,
devolvendo-lhes a condição sexual planejada para eles pelo Criador.

O ARGUMENTO DO “DECRETO APOSTÓLICO”

Há quem apele para o chamado “Decreto Apostólico” de Atos
15.20, para dizer que, a igreja antiga deixou de praticar certas coisas
apenas para não escandalizar os judeus, mas que estas coisas não
eram erradas em si mesmas.
O argumento dos defensores da homossexualidade é o
seguinte. O decreto apostólico incluía quatro itens (At 15. 29; cf. At
15.19-20 e 21.25): (1) contaminações dos ídolos; (2) sangue; (3)
carne de animais sufocados; (4) relações sexuais ilícitas. O quarto
item da lista incluía a homossexualidade. Como outros textos
mostram que os cristãos estão livres para comer as carnes
sacrificadas aos ídolos, o sangue e os animais sufocados, desde que
não escandalizem ninguém (1Co 8-10; 1Tm 4.1-5; Hb 13.9; etc.). A
conclusão que querem tirar é que a homossexualidade também está
liberada para ser praticada, dentro de condições que não
escandalizem ninguém.
Ao observarmos este argumento, logo percebemos que os
defensores da homossexualidade estão misturando coisas que não
se misturam e tirando conclusões não afirmadas e não apoiadas pela
própria Escritura.

- 380 -
Deus aprova a homossexualidade?

De fato, as recomendações apostólicas, (At 15. 29; cf. At 15.19-


20 e 21.25) envolviam quatro itens: (1) contaminações dos ídolos;
(2) sangue; (3) carne de animais sufocados; (4) relações sexuais
ilícitas. Estes itens seguem a ordem das recomendações encontradas
em Levítico 17-18: (1) contaminações dos ídolos [animal abatido
longe do sacerdote] Lv 17.1-9; (2) sangue Lv 17.10-13; (3) animais
sufocados Lv 17.14-16; (4) relações sexuais ilícitas Lv 18 [que inclui
Lv 18.22 = homossexualidade, Lv 18.23 = bestialidade]. Assim, o
chamado “decreto apostólico” de Atos 15 proibia a
homossexualidade, pois ele estava incluído no termo “relações
sexuais ilícitas”, porneias, no grego. Desta forma, a citação do termo
porneias é uma citação e inclusão de Levítico 18 nas proibições
sexuais do Novo Testamento.
A inferência de que os quatro itens são do mesmo tipo, ou
seja, apenas questões culturais, baseadas nos escrúpulos dos judeus
espalhados pelo mundo (At 15.21) não se sustenta na Escritura.
De fato, três dos quatro itens a lista são apenas culturais,
sendo já, no Novo Testamento, considerados como matéria de
opinião e não como mandamento universal. Isto, contudo, é dito
explicitamente em textos como Romanos 14, 1Coríntios 8-10,
1Timóteo 4.1-5, Hebreus 13.9, etc. Contudo, o Novo Testamento é
explícito ao dizer que estas coisas são matéria de opinião.
O quarto item do “Decreto Apostólico”, contudo, as chamadas
“relações sexuais ilícitas”, no grego, porneias, são consideradas
pecado em todo o Novo Testamento. Em quase todas as listas de
pecados do Novo Testamento, porneias, ou imoralidade, está
presente, e muitas vezes, encabeça a lista de pecados. Em nenhum
lugar da Bíblia, imoralidade é matéria de opinião ou preferência
pessoal.
De fato, imoralidade, porneias, inclui homossexualidade e é
um pecado em todo o Novo Testamento.

O ARGUMENTO DA CALÚNIA E DA BLASFÊMIA

De todos os argumentos e sofismas usados para tentar
justificar o pecado da homossexualidade, o mais maligno é o que
calunia alguns personagens bíblicos e blasfema contra o próprio
Senhor Jesus Cristo. Estas pessoas cumprem perfeitamente a
Escritura de Judas 4, que fala de falsos cristãos que querem

- 381 -
SEMPRE ME PERGUNTAM!

transformar a graça em libertinagem e que negam Jesus Cristo,


nosso Soberano e Senhor. Esta mesma Escritura prevê o futuro
destas pessoas, se não se arrependerem.
O argumento tenta encontrar relações homossexuais entre os
personagens bíblicos e, assim, justificar a homossexualidade hoje
em dia.
O mais comumente caluniado é Davi, cujo relacionamento
com Jônatas, descrito pelo próprio Davi como “Excepcional era o teu
amor, ultrapassando o amor de mulheres” (2Sm 1.26). Quem vê
homossexualidade em tudo, pode querer encontrar aqui referência
ao que quiser. Como está escrito: “Todas as coisas são puras para os
puros; todavia, para os impuros e descrente, nada é puro” (Tt 1.15).
Ver homossexualidade no relacionamento de Davi e Jônatas revela
mais sobre os olhos do leitor do que sobre o texto lido.
O texto bíblico, contudo, desde o dia em que Davi e Jônatas se
conheceram (1Sm 18.1-5), mostra uma amizade genuína, baseada
nos melhores princípios da Lei de Moisés, que condenava, clara e
absolutamente, a homossexualidade (1Sm 19-20). Sua aliança de
amizade e fidelidade foi feita diante do Senhor (1Sm 23.18), o que
implica em obediência às leis do Senhor.
Enfim, é uma calúnia contra dois bons amigos, afirmar que
eram homossexuais, sem qualquer informação bíblica que apoie tal
ideia. Quando Davi adulterou e assassinou, foi repreendido pelo
profeta Natã (2Sm 11-12). Porque não haveria repreensão contra
qualquer ato de homossexualidade que ele tivesse praticado, visto
que este ato era abominável diante de Deus (Lv 20.13)? A mesma lei
que proibia adultério (Lv 20.10), logo depois proibia a
homossexualidade (Lv 20.13). Logo, devemos concluir, sim, que o
relacionamento de Davi com Jônatas era de amizade e não de
natureza sexual ou homossexual.
Rute e Noemi são acusadas, com base nas palavras de
amizade e fidelidade que Rute fala a Noemi em Rute 1.16-17.
Contudo, não há nada no texto que possa ser usado para inferir
homossexualidade. Ambas eram viúvas, tinham vivido com seus
maridos de modo natural e de conformidade com a lei de Deus. Rute
escolheu ir com Noemi porque queria “buscar refúgio” sob as asas
do Senhor Deus de Israel (Rt 2.11-12). Se elas quisesse viver como
homossexuais, seria melhor ficar em Moabe, onde não talvez não

- 382 -
Deus aprova a homossexualidade?

seriam molestadas. Em Israel, homossexualidade era pecado punido


com morte.
É uma calúnia acusar estas mulheres de serem homossexuais.
Na verdade, Noemi acaba por aconselhar e orientar Rute para um
casamento com Boaz (Rt 2.20; 3.1-5, 9-13). Se houvesse qualquer
vínculo homossexual entre elas, provavelmente não se buscaria
marido para Rute. O amor de Rute para com sua sogra foi exercido
dentro da lei de Deus e não por qualquer atalho ilegal e egoísta (Rt
4.15).
Assim, muitos outros são caluniados. Daniel e seus
companheiros são acusados, e provavelmente qualquer grupo de
homens e de mulheres encontrados na Bíblia serão acusados de
homossexualidade. É fácil acusá-los, pois não estão vivos para
defender-se. Contudo, a Bíblia e o testemunho dela sobre a fé deles é
suficiente para que todos os que creem em Deus percebam a calúnia
por trás destas afirmações.
Finalmente, o próprio Senhor Jesus é acusado de ser
homossexual, e o apóstolo a quem Jesus, amava, João é acusado com
ele. Blasfêmia!
Isto nos choca, pois Jesus é o único que podia dizer com toda
segurança: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46).
Homossexualidade era (e é) pecado, e se os judeus pudessem acusá-
lo, usariam isto para condená-lo e matá-lo. Judas poderia
testemunhar contra ele no Sinédrio e eles não teria necessidade de
testemunhas falsas e contraditórias como tentaram arranjar (Mc
14.55-56).
Jesus, em toda sua vida, viveu sem pecado (Hb 4.15). Somente
pessoas pervertidas podem acusar Jesus de seus próprios pecados.
A calúnia tornou-se blasfêmia contra Deus e contra a divindade
plena de Jesus.
No fim das contas, acusar os outros homens e blasfemar
contra Deus não consegue transformar o erro em acerto. Na
verdade, “o tiro sai pela culatra” e o caráter dos que defendem a
homossexualidade fica maculado.
Ninguém gostaria de estar no lugar destas pessoas, no dia do
juízo final. Quando acusaram Jesus de estar possuído por Belzebu,
ele mostrou que as coisas não eram assim e depois advertiu contra
pecar o pecado que não tem perdão, a blasfêmia contra o Espírito.

- 383 -
SEMPRE ME PERGUNTAM!

Num sentido, temos aqui um caso similar de teimosia que leva à


perdição.

ARGUMENTOS BASEADOS NA MEDICINA E NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Que existam pessoas com deformidades sexuais, é coisa que
não se nega. Há pessoas que nascem cegas, ou sem algum dos
membros. Estas deformidades não são a norma pela qual julgamos
qual deve ser o comportamento da sociedade em geral.
No caso de pessoas que nasçam com uma disfunção sexual, o
caminho para elas não é a homossexualidade, mas encontrar, dentro
das opções do “masculino” e “feminino” o que é mais de acordo com
sua carga genética. O alvo é que estas pessoas tentem viver uma vida
“normal” e não busquem a “anormalidade” da homossexualidade.
Estatísticas sobre a porcentagem de homossexuais na
população, conforme qualquer pesquisa das ciências sociais, não
provam nada. Estatísticas não garantem que alguma coisa seja
aprovada perante Deus. Estatísticas mostram o que algumas pessoas
pensam ou fazem.
É necessário, sim, questionar uma moral que se baseie em
estatísticas e em pesquisa de mercado ou de opinião pública. Será
que o simples fato de haver uma porcentagem das pessoas com este
comportamento, tornaria este comportamento adequado. Será que
isto é verdade? Não há uma porcentagem de pessoas na sociedade
que têm, conforme as ciências sociais, tendências suicidas? Pessoas
que têm maior ou menor inclinação para tirar a própria vida? Pois
bem, será que isto torna o suicídio correto? Não há também uma
porcentagem de pessoas que, pelas mesmos critérios de
classificação, têm índole assassina? A estatística que revela a
quantidade de pessoas que têm este comportamento poderá provar
que ele é correto e aceitável, tanto para a sociedade como diante de
Deus? Creio que não!
A estatística das chamadas ciências sociais não prova nada: só
prova que algo existe. Contar quantos buracos existe em uma
rodovia não é uma boa desculpa para construir novas rodovias já
com buracos!!!
Se alguém quiser falar de ciências, deveria começar por uma
ciência mais rudimentar, como a biologia, e observar,

- 384 -
Deus aprova a homossexualidade?

biologicamente, dois sexos para a raça humana. Nesta área, é mais


fácil ser objetivo.
O argumento que alguns “nascem” homossexuais já foi
rebatido muitas vezes. Os estudos do Dr. John Tay mostram que isto
não pode ser afirmado.296
De fato, o princípio ético de Kant, mostra que a
homossexualidade é antiética. O princípio kantiano diz que aquilo
que é ético – o imperativo categórico: “Age apenas segundo uma
máxima tal que possas, ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal”.297
O ético, segundo Kante, é o que pode ser universalizado: se
todos puderem praticar o que eu estou dizendo que é ético e
correto, então temos uma prática verdadeiramente ética.
Ora, se todos no mundo decidissem ser homossexuais, o
mundo acabaria em uma geração: não nasceriam crianças e não
teríamos jovens para manter a sociedade em funcionamento. Em
cerca de 70 anos, todos os sistemas e todo o funcionamento de
nossa civilização ruiria por terra. Morreríamos sem colheitas, sem
eletricidade, sem qualquer pessoa que desse continuidade às
estruturas de continuidade da vida humana.
Assim mesmo, há aqueles que observam comportamentos
homossexuais entre macacos e outros tipos de animais, fazendo
inferências morais e dizendo que: se é natural para estes animais,
porque nãos seria natural para os homens e mulheres que são
“animais” racionais?
Apelar para comportamentos homossexuais ou assassinos
observados em algumas espécies animais não prova nada. O
comportamento animal não é norma para o comportamento
humano. Há animais que matam seus filhotes, seus irmãos, etc.: tudo
isto não pode ser usado como “princípio de ação moral” para o
homem.
Se alguém acredita na Bíblia, verá que há uma grande
diferença entre os homens e os animais. Ao homem foi dado
domínio sobre a natureza e não precisa igualar-se aos animais
assassinos ou quaisquer outros que se comportem de modo
contrário ao seu relacionamento consciente com Deus. Na verdade,

TAY, 2011.
296

KANT citado por LEITE, 2007, p. 56.


297

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SEMPRE ME PERGUNTAM!

se lembrarmos da narrativa bíblica, nua e crua, o primeiro erro da


humanidade foi aceitar a orientação de um animal ao invés da clara
orientação que recebeu de Deus (Gn 3)!

CONCLUSÃO

A homossexualidade é pecado. Não é doença, não é distúrbio
emocional ou genético. Não é opção sexual, nem é fenômeno
moderno. Homossexualidade é pecado e, como tal, está sob a
condenação divina. Aqueles que estão cometendo este pecado
precisam arrepender-se e ser perdoados, como o foram aqueles
homossexuais citados em 1Coríntios 6.9-11.
É necessário reconhecer que algumas vezes há culpa dos pais
e da sociedade, para o desenvolvimento do comportamento
homossexual. Hoje, a mídia, os grandes conglomerados de capital e
até certos segmentos do governo parecem promover este pecado,
junto com muitos outros. O indivíduo, no entanto, é o último e
principal responsável pelas opções que toma. Mesmo no caso de
alguém que tenha enveredado pelo caminho errado da
homossexualidade, induzido por outros ou não, sempre há o
caminho do arrependimento, do perdão e da mudança de vida.
A igreja tem a responsabilidade de pregar o evangelho para
todos e tentar ajudar todos a chegarem ao arrependimento e
receberem o pleno conhecimento da verdade.

- 386 -
Deus aprova a homossexualidade?

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