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Questionário de Mecânica e Manutenção Aeronáutica – Básico
INTERPRETANDO DESENHOS:
Para completar a interpretação de
um desenho, lêem-se as notas
gerais e o conteúdo do bloco de
material; cheque e ache as várias
modificações incorporadas, e leia
as informações especiais dadas
nas, ou próximas das vistas e
seções.
DIAGRAMAS: Um diagrama deve
ser definido como uma
representação gráfica de um
conjunto ou sistema; indicando as
várias partes e, expressamente, os
métodos ou princípios de operação.
Duas classes ou tipos de
diagramas:
Diagramas de instalação - Esse é
um diagrama do sistema de travas
de comando de uma aeronave. Ele
identifica cada componente no
sistema e mostra sua localização na aeronave.
Diagramas esquemáticos - Não indicam a localização individual de componentes
na aeronave, mas localizam os componentes com respeito a cada um dentro do
sistema.
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Os combustíveis devem ser classificados de acordo com seu estado físico, como:
sólidos, gasosos ou líquidos.
Combustíveis Sólidos – são extensivamente usados para motores de combustão
externa; como os motores a vapor, onde a queima toma lugar sob as caldeiras ou
em fornos. Eles incluem tais combustíveis, como madeira e carvão.
Combustíveis Gasosos – são usados, até certo ponto, para motores de combustão
interna, onde um grande suprimento de combustível está prontamente disponível.
Gás natural e gás liquefeito de petróleo são dois dos tipos mais comuns.
Combustíveis Líquidos – são os combustíveis ideais para o uso em motores de
combustão interna. Os combustíveis líquidos são classificados como voláteis ou
não voláteis.
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Para os combustíveis que possuem dois números; o primeiro indica o grau para
mistura pobre, e o segundo para a mistura rica. Desta forma, o combustível
100/130 tem o grau 100 para mistura pobre e o grau 130 para a mistura rica.
Um meio conveniente de melhorar as características anti-detonantes de um
combustível, é adicionar um inibidor de detonação, o melhor inibidor disponível
para usos em geral, no momento, é o “TEL”.
Dois tipos de combustíveis de jato estão em uso comum atualmente, sendo: (1)
Querosene de grau de combustível para turbina, agora designada como “Jet-A”; e
(2) uma mistura de gasolina e frações de querosene, designado “Jet-B”. Existe um
terceiro tipo, chamado de “Jet-A-1”, o qual é produzido para operação em
temperaturas extremamente baixas.
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Filtros de combustível – Os filtros são instalados nas saídas dos tanques e nos
bocais de abastecimento. Eles são de malha grossa para evitar que somente
partículas maiores entrem no sistema de combustíveis. Outros filtros de malha fina
são instalados na entrada de combustível ao carburador, e nas linhas de
combustível.
A função do filtro principal é importante; não somente ele evita a entrada de
materiais estranhos ao carburador como, também, devido a sua localização em
um ponto baixo do sistema de combustível, bloqueia qualquer pequena
quantidade de água que possa estar presente no sistema.
Em intervalos regulares a cuba de vidro deverá ser drenada e o filtro removido
para inspeção e limpeza. O filtro principal é instalado de tal forma, que o
combustível flui através dele antes de alcançar a bomba acionada pelo motor. O
filtro está localizado no ponto mais baixo do sistema de combustível.
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A substituição de uma tubulação deverá ser feita por outra do mesmo material e
do mesmo formato. Se um tubo estourar ou rachar, isto geralmente é o resultado
de uma severa vibração, instalação imprópria, ou dano causado pela colisão ou
atrito com outro objeto.
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A mangueira adequada, para o uso com fluido hidráulico de base fosfato éster, é
marcada com "Skydrol use". Em algumas ocasiões, vários tipos de mangueiras
podem ser adequados para um uso idêntico. Portanto, para uma perfeita seleção
de mangueiras, consulte sempre o manual de manutenção, ou o de peças, para
uma aeronave em particular.
Mangueiras de Teflon – é projetada para satisfazer às condições de altas
temperaturas e pressões. São cobertas com fios de aço inoxidável, os quais são
trançados sobre o tubo, para resistência e proteção. Embora tenha uma alta
resistência à vibração e fadiga, a principal vantagem dessa mangueira é a sua
resistência de operação.
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FUEL)
CANALIZAÇÃO ELÉTRICA (ELECTRICAL Marrom-laranja
CONDUIT)
GAS COMPRIMIDO (COMPRESSED GAS) Laranja
AR DO INSTRUMENTO (INSTRUMENT AIR) Laranja-cinza
PNEUMÁTICO (PNEUMATIC) Laranja-cinza
REFRIGERADOR (COOLANT) Cinza
HIDRÁULICO (HYDRAULIC) Cinza-amarelo
LUBRIFICAÇÃO (LUBRICATION) Amarelo
CATALIZADOR DO FOGUETE (ROCKET Amarelo-verde
CATALYST)
OXIGÊNIO RESPIRANDO (BREATHING verde
OXYGEN)
(ROCKET OXIDIZER) Verde-cinza
REMOVE O GELO (DE-ICING) Cinza
PROTEÇÃO DE FOGO (FIRE PROTECTION) Marrom
CONDIÇÃO DO AR (AIR CONDITION) Marrom-cinza
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(1) Conexões Flangeadas – Uma conexão flangeada consiste de uma luva e uma
porca. A porca é ajustada sobre a luva e, quando apertada, puxa a luva e o tubo,
ajustando-os de encontro a conexão, formando um selo. A tubulação usada com
este tipo de conexão deverá ser flangeada antes da instalação.
As conexões flangeadas do tipo AC (Air Corps), vêm sendo substituídas pelas do
tipo NA (Army Navy) padrão e MS (Military Standard). Mas, como as conexões AC
são usadas em algumas antigas aeronaves.
A conexão padrão AN, é a mais comum, no uso de tubos flangeados, para unir
tubulações para as várias conexões, nos sistemas das aeronaves.
As conexões flangeadas são feitas de liga de alumínio, aço ou ligas à base de
cobre. Com a finalidade de identificação, todas as conexões AN de aço são
coloridas de preto e, todas as conexões AN de liga de alumínio são azuis. As
luvas AN, de alumínio e bronze, são banhadas de cádmio e não são coloridas.
Medidas: O número após o traço seguindo o número AN, indica a medida do tubo
(ou mangueira) para a qual a conexão foi feita, em 16 avos da polegada. Esse é a
medida do diâmetro externo (O.D.) do tubo e o diâmetro interno (I.D.) da
mangueira. Conexões com tubo rosqueado são codificadas por números após o
traço, indicando a medida em oitavos da polegada. A letra de código do material,
como indicado acima, vem a seguir do traço.
(2) Conexões sem Flange – As conexões sem flange MS (Military Standard), têm
obtido ampla aplicação nos sistemas de tubulações de aeronaves. Usando este
tipo de conexão, elimina-se todo o flangeamento de tubos, e ainda proporciona-se
uma conexão de tubo segura, forte e digna de confiança. A conexão consiste de
três partes: um corpo, uma luva e uma porca. O corpo tem um ressalto contra o
qual a extremidade do tubo apóia-se. O ângulo do ressalto força o bordo cortante
da luva a penetrar na parte externa do tubo, quando o conjunto é unido.
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(d) Frisamento – As tubulações podem ser frisadas com uma ferramenta frisadora
manual, com máquina frisadora de rolos ou com "grip-dies". O método a ser usado
depende do diâmetro e da espessura do tubo, e do material de que ele é feito. O
método "grip-die" de frisamento é relativo apenas aos pequenos tubos.
Conjunto de tubo sem flange - Embora o uso de tubos sem flange em algumas
conexões, elimine todos os flangeamentos de tubos; uma outra operação,
chamada pré-colocação, é necessária antes da colocação de uma nova conexão
de tubo sem flange.
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Teste após a montagem – Todas as tubulações flexíveis devem ser testadas após
a montagem, bloqueando uma das extremidades da mangueira e, aplicando
pressão no seu interior. O teste pode ser feito com um líquido ou um gás. Por
exemplo, linhas de sistema hidráulico, combustível e óleo são, geralmente,
testados usando fluido hidráulico ou água, ao passo que as linhas de ar ou de
instrumentos são testadas a seco, livre de óleo ou nitrogênio.
Instalação de tubos sem flange – A porca deve ser apertada com a mão, até que
seja encontrada uma resistência ao aperto. Sendo impossível girar a porca com a
mão até o final, usamos uma chave, e ficamos alertas ao primeiro sinal de
chegada ao fim da rosca.
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É importante que o aperto final comece no ponto em que a porca for atingir o
batente. Com uma chave, giramos a porca 1/6 de volta (uma face da porca
hexagonal). Usa-se uma outra chave na conexão para se evitar um giro, enquanto
aperta-se a porca. Depois que o conjunto de tubos estiver instalado, o sistema
deverá ser testado sob pressão. Em uma conexão com vazamento é permitido
apertar a porca 1/6 de volta a mais (perfazendo um total de 1/3 de volta). Se
depois de ter apertado 1/3 de volta da porca, o vazamento persistir, o conjunto
deverá ser removido e, os componentes inspecionados quanto às incisões,
rachaduras, presença de materiais estranhos, ou danos causados por aperto
demasiado.
Nota: O aperto acima do previsto em uma porca de um tubo sem flange, gira o
bordo cortante da luva, aprofundando-o no tubo, causando o enfraquecimento
naquele ponto, onde a vibração normal de vôo causará o cisalhamento do tubo.
Após a inspeção (se não forem encontradas discrepâncias), reinstale as conexões
e repita os procedimentos de teste sob pressão.
Cuidado: Em nenhuma condição a porca deverá ser apertada além de 1/3 de volta
(duas faces da porca hexagonal); isto é o máximo de aperto para uma conexão
sem que haja a possibilidade de danos permanentes para a luva e para a porca.
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Uma braçadeira, protegida com Teflon, é usada em áreas sujeitas aos efeitos da
deterioração causada pelo Skydrol 500, fluido hidráulico (MIL-0-5606), ou
combustível. Para a fixação de tubulações metálicas de linhas de sistema
hidráulico, de combustível e de óleo, usamos braçadeiras sem isolamento para o
efeito de continuidade da "massa". Usaremos as braçadeiras isoladas apenas
para a fixação de fios. Braçadeiras e suportes, menores do que os diâmetros
externos dos tubos flexíveis podem restringir o fluxo do fluido através dele.
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Classe 1 - "Loose fit" - ajuste com folga ou encaixe deslizante - usado onde o
espaço entre as partes conjugadas é essencial para uma rápida montagem,
podendo ser girado com os dedos;
Classe 2 - "Free fit" - ajuste livre – destinado a partes que são unidas com
parafusos e porcas, tipo comerciais onde um pequeno jogo tem uma relativa
margem de tolerância;
Classe 3 - "Medium fit" - ajuste médio – destinado a partes onde é desejado um
valor mínimo de folga ou de jogo entre as partes rosqueadas. Esse tipo de ajuste é
geralmente empregado na construção aeronáutica.
Classe 4 - "Close fit" - forte ajuste ou ajuste sob pressão - destinado a requisitos
especiais.
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As marcas do tipo de material dos parafusos NAS são as mesmas para os AN,
exceto quando elas são riscadas ou rebaixadas. Os parafusos que receberam
inspeção magnética (Magnaflux) ou por meios fluorescentes ( Zyglo), são
identificados por uma tinta colorida ou uma marca tipo distintivo na cabeça.
Parafusos para fins especiais – São os fabricados para uma particular aplicação,
por exemplo: parafuso Clevis, parafuso de Olhal, Jobolts e Lockbolts.
Parafusos Clevis – é usado somente onde ocorrem cargas de cizalhamento e
nunca de tensão. Ele é muitas vezes colocado como um pino mecânico em um
sistema de controle.
Parafusos de Olhal - Este tipo de parafuso especial é usado onde cargas de
tensão são aplicadas. O Olhal tem por finalidade permitir a fixação de peças, como
o garfo de um esticador, um pino Clevis ou um terminal de cabo. A parte com
rosca pode ou não ter o orifício para contrapino.
"Jobolts" – "JOBOLT" é a marca registrada de um rebite com rosca interna e
composto de rês partes: um parafuso de liga de aço, uma porca de aço com rosca
e uma luva expansível de aço inoxidável.
A alta resistência ao cizalhamento à tensão, tornam o JOBOLT adequado ao uso
em casos de grandes esforços, onde os outros tipos de prendedores são
impraticáveis.
Eles são usados em áreas que não são sujeitas à constantes substituições ou
serviços. Como ele é formado por três partes, não deverá ser utilizado em locais,
caso uma parte se solte, ou seja sugada pela entrada de ar do motor.
Outras vantagens do uso do JOBOLT são sua excelente resistência à vibração,
pouco peso e rápida instalação por apenas uma pessoa.
Parafusos de retenção (Lokbolts) - O parafuso de retenção é geralmente usado na
junção de asas, ferragens do trem de pouso, ferragens de células de combustível,
longarinas, vigas, união do revestimento e outras uniões importantes da estrutura.
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Porcas com encaixe interno e externo – São encontrados dois tipos comerciais de
porcas de alta resistência, com encaixe interno ou externo para ferramentas; elas
são porcas do tipo elastic stop e do tipo umbrako. Ambas são do tipo autofreno,
com tratamento térmico, e capazes de oferecer uma alta resistência à carga de
tensão do parafuso.
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REBITES - Uma aeronave, apesar de sempre ser feita com os melhores materiais
e as mais resistentes partes, terá um valor duvidoso, a menos que todas as partes
estejam firmemente ligadas. Vários métodos são usados para manter as partes de
metal unidas; eles incluem a utilização de rebites, parafusos, solda ou solda forte.
O processo usado pode produzir uma união tão forte quanto o material de cada
uma das partes.
Os dois tipos principais de rebites usados em aeronaves são: o rebite sólido, o
qual é rebatido usando-se uma barra encontradora; e o tipo especial, o qual pode
ser instalado quando o local não permite usar a barra encontradora.
Rebites Cherry-Lock com bulbo – A grande e cega cabeça deste rebite contribuiu
para a introdução da palavra "bulbo" na terminologia dos rebites cegos.
Rebites Cherry-Lock Wiredraw – Este rebite possue uma extensa gama
detamanhos, materiais e níveis de resistência. Este prendedor é especialmente
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que são usados. Não existe um tipo ou um estilo de vedador que satisfaça a todas
as instalações; e, as razões são as seguintes:
1 - Pressão na qual o sistema opera;
2 - O tipo de fluido usado no sistema;
3 - O acabamento do metal e a folga entre ele e as partes adjacentes; e
4 - O tipo do movimento (rotação ou alternado), se houver.
(2) Juntas de vedação – São usadas como selos estáticos (estacionários) entre
duas superfícies planas. Os materiais mais comuns para confecção de juntas são:
Amianto: é usado sempre que for necessário uma junta resistente ao calor.
Cobre: usada para a vedação de velas de ignição, onde é necessário uma junta
não compreensível, porém macia.
Cortiça: usadas como uma vedação, para o óleo entre o cárter do motor e os
acessórios. Borracha: usadas onde for necessária uma junta compreensível.
(3) Limpadores (Wipers) – São usados para limpar e lubrificar a porção exposta
dos eixos de cilindros. Eles evitam a entrada de poeira no sistema.
Anéis auxiliares de impacto ( backup rings) – São anéis de teflon (MS 28782) que
não deterioram com a idade, não são afetados por qualquer sistema de líquido ou
vapor e podem tolerar temperaturas além daquelas encontradas nos sistemas
hidráulicos de alta pressão.
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Tamanho e tipo de metal - Seções estruturais, com paredes grossas, são mais
suscetíveis ao ataque corrosivo que as de paredes finas, porque, as variações nas
características físicas são maiores.
Presença de Materiais Estranhos – temos incluídos:
1. Terra e poeira do ar;
2. Óleo, graxa e resíduos do escapamento do motor;
3. Água salgada e condensação de ar saturado de água salgada;
4. Respingos ácidos da bateria e soluções cáusticas de limpeza; e
5. Resíduos de fluxos de soldagem (de vários tipos).
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Inibidor - ácido crômico - Uma solução a 10% (em massa) de ácido crônico,
ativada por uma pequena quantidade de ácido sulfúrico é particularmente eficaz
no tratamento de superfícies expostas (corroídas) de alumínio. Pode também ser
usada para tratar magnésio corroído.
Solução de dicromato de sódio – para tratamento de superfície de alumínio -
Soluções com essa mistura são menos agressivas que soluções de ácido crômico.
Tratamento químico de superfícies - Diversas misturas comerciais, baseadas no
ácido crômico ativado, estão disponíveis sob a especificação MIL-C-5541 para
tratamento fora da oficina de superfícies de alumínio, corroídas ou danificadas.
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desempenho geral, boa soldabilidade; resistente e forte, tanto frio quanto quente;
resistente à oxidação. B (beta) - flexibilidade; excelente ductilidade em flexão;
forte, tanto frio quanto quente, porém vulnerável à contaminação. C (combinação
entre alfa e beta, com relação ao desempenho) – forte quando frio ou morno,
porém fraco quando quente, boa flexibilidade, moderada resistência à
contaminação; excelente forjabilidade.
Cobre e ligas de cobre - O cobre é um dos metais de mais vasta gama de
emprego. É o único de cor avermelhada e o de melhor condutividade elétrica,
após a prata.
Sendo muito dúctil e maleável, o cobre é ideal para a confecção de fios e arames.
É corroído por água salgada, mas não é afetado por água doce. A resistência
máxima à tração, do cobre, varia muito. Para o cobre fundido, a resistência à
tração é de 25.000 p.s.i., enquanto para o cobre laminado ou extrudado a
resistência à tração sobe para uma faixa de 40.000 p.s.i. a 67.000 p.s.i. Na
construção aeronáutica, o cobre é usado, principalmente nos sistemas elétricos,
para barras de ligações elétricas, conectores e arames de freno. A principal liga de
cobre é feita com o berílio. É de desenvolvimento relativamente recente contendo,
cerca de 97% de cobre, 2% de berílio e níquel. Latão é uma liga de cobre
contendo zinco e uma pequena quantidade de alumínio, ferro, chumbo,
manganês, níquel, fósforo e estanho. Latão contendo 30% a 35% de zinco é muito
dúctil, mas se essa percentagem subir para 45%, sua resistência aumenta
bastante. O metal MUNTZ é o latão contendo 60% de cobre 40% de zinco. Tem
qualidades excelentes de resistência à corrosão a água salgada. Sua resistência é
aumentada por tratamento térmico.
MONEL - a principal liga tendo por metal base o níquel, combina as propriedades
desse metal de alta resistência, à tração com excelente resistência à corrosão.
Essa liga consiste de 68% de níquel, 29% de cobre, 0,2% de ferro, 1% de
manganês e 1,8% de outros elementos. Não pode ser endurecida por tratamento
térmico. O MONEL tem sido utilizado com sucesso para engrenagens e correntes
para operar trens de pouso retráteis e para componentes estruturais sujeitos à
corrosão. Em aviação, o MONEL é usado para componentes submetidos a
esforços que exijam resistência á tração e à corrosão, como dutos de exaustão,
além de partes de carburadores, como válvulas de agulha (dosadores).
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Endurecimento (têmpera) - Ferro puro, ferro forjado ou aços com baixíssimo teor
de carbono não podem ser apreciavelmente endurecidos pelo tratamento térmico,
quando há pouco dos elementos capazes de endurecê-lo (carbono).
Revenimento - O revenimento reduz a fragilidade conferida pela têmpera, da
mesma forma que introduz características físicas definidas ao aço.
Recozimento - O recozimento do aço resulta num metal de grão fino, macio e
dúctil, sem tensões internas ou deformações. No estado de recozimento, o aço
tem a sua menor resistência. Em geral, o recozimento é o oposto da têmpera.
Normalização - A normalização remove as tensões internas causadas pelo
tratamento térmico, soldagem, fundição, conformação mecânica ou usinagem em
geral. A normalização é realizada pelo aquecimento do aço acima da temperatura
do ponto crítico superior, sendo, após, resfriado ao ar.
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Medidor BARCOL - é uma unidade portátil projetada para efetuar testes em ligas
de alumínio, cobre, latão e outros materiais, relativamente macios. Não deve ser
usado em aços aeronáuticos.
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Fatores que afetam a resistência - Dentre os quatro fatores mais importantes que
afetam a resistência de um condutor, o 1º fator, um dos mais considerados, é o
tipo de material do condutor. 2º fator de resistência é o tamanho do material
(comprimento do condutor, quanto mais comprido, maior a sua resistência). 3º
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Existe uma grande variedade de resistores. Alguns têm valor fixo em OHMS e
outros são variáveis. São fabricados com fios especiais, grafite (carvão) ou
membrana metálica. Resistores revestidos de fio controlam correntes elevadas,
enquanto os resistores de carvão controlam correntes relativamente pequenas.
Existem resistores revestidos de fio, com tomadas (terminais) fixas, que podem
ser escolhidas conforme se queira variar entre os valores disponíveis em ohms na
resistência.
Ainda um outro tipo, é o resistor revestido de fio de precisão feito de fio de
“manganin”; tipo usado quando é exigido valor de resistência extremamente
preciso.
Resistores de carbono são fabricados de uma haste de grafite comprimido,
material aglutinante e com um terminal de fio, chamado "pigtail"(rabo de porco)
fixo em cada extremidade do resistor.
Resistores variáveis são usados para variar a resistência, enquanto o
equipamento está em operação.
Resistores variáveis de carvão, usados para controlar pequenas correntes, são
fabricados com composto de carbono depositado sobre um disco de fibra.
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Se houver uma quarta faixa colorida, ela é usada como multiplicador para
percentual de tolerância, conforme indicado na tabela de código de cores da
tabela.
Se houver a quarta faixa, a tolerância fica entendida como sendo de 20%.
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body-end-dot - é raramente
utilizado. Em poucos exemplos poderá ser explanado. A localização das cores tem
o seguinte significado:
Cor do corpo ... 1º dígito do valor ôhmico
Cor da extremidade... 2º dígito do valor ôhmico
Cor do ponto ... nº de zeros a adicionar
Corpo 1º dígito 2
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Extremidade 2º dígito 5
Potência elétrica - Juntamente com o volt, ampère e ohm, existem uma outra
unidade freqüentemente usada em cálculos de circuitos elétricos, é a unidade de
potência elétrica. A unidade empregada para medir potência em circuitos de
corrente contínua é o watt.
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Não existe nenhum isolador conhecido para o fluxo magnético, ou linhas de força,
porque elas atravessarão todos os materiais. um instrumento protegido por um
revestimento de ferro-doce, que oferece diminuta resistência ao fluxo magnético.
As linhas de força seguem o caminho mais fácil, de maior permeabilidade, e são
guiadas externamente em relação ao instrumento.
Tipos de imãs - Existem imãs naturais (magnetita - imã) e artificiais (eletroímã –
permanente e temporário). Como os imãs naturais ou magnetitas não têm uso
prático, todos os imãs considerados neste estudo são artificiais ou produzidos pelo
homem. Os imãs artificiais podem, então, ser classificados como imãs
permanentes que conservam seu magnetismo muito tempo após ser removida a
fonte magnetizadora de imãs temporários, que rapidamente perdem a maior parte
do seu magnetismo quando a força de magnetização é removida.
Almico, uma liga de ferro, alumínio, níquel e cobalto é considerada uma das
melhores. Outras com excelentes qualidades magnéticas são ligas como Remalloy
e Permendur.
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MULTÍMETROS
Para efetuar a leitura:
Voltímetro – sempre ligado em paralelo. – sempre utiliza a maior escala. – fonte
deve estar ligada.
Amperímetro – sempre ligado em serie. – sempre abrir o circuito.
Ohmímetro – sempre ligado em série. – componente fora do circuito. (checa
resistência, checa continuidade).
Megômetro - é um ohmímetro de alta faixa de indicação, contendo um gerador
manual, checa resistência com valores acima de 1mega ohm, checa altas
impedâncias como isolamento.
Ciclo e freqüência - Sempre que uma voltagem ou corrente passam por uma série
de mudanças, retorna ao ponto de partida e, então, reinicia a mesma série de
mudanças, a série é chamada ciclo (~). Freqüência (Hertz) é a repetição do ciclo
em determinado espaço de tempo. Fase – Quando dois sinais atingem valores
iguais ao mesmo tempo. Defasagem – Quando os dois sinais atingem valores
iguais em tempos diferentes.
Valores da corrente:
- Valor instantâneo – Qualquer valor do solenóide.
- Valor máximo – é o instantâneo mais alto.
- Valor efetivo – é o mesmo valor da corrente continua que possa gerar igual efeito
térmico (alternado). Efetivo = valor máximo x 0,707.
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passa corrente pelo capacitor – 2 tipos: fixo e variável – medido em farad “f”).
Quanto maior a capacidade de isolamento do material, maior será a capacitância.
As placas podem ser: cobre, estanho e alumínio.
Dielétrico: é uma película de óxido sobre uma placa de alumínio. Tipos: Seco e
Úmido. Podem ser: ar, mica, vidro, óleo e papel.
Fatores que interferem na capacitância: tamanho da placa, tipo do dielétrico e
distancia entra as placas.
Capacitores de papel – papel encerado, para baixas capacitâncias, ex. 200 micro-
microfarad.
Capacitores a óleo – evita centelhamento no dielétrico usado para altas voltagens.
Ex. sistema de radar e radar.
Capacitores de mica – dielétrico melhor que o papel, capacitância entre 50 a 0,02
μμf.
Capacitores eletrolíticos – permite grandes capacitâncias em tamanhos menores.
Ex. de 1 a 1500 μμf.
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A voltagem gerada pelo gerador CC básico varia de zero para o seu máximo, duas
vezes para cada volta da espira. Esta variação da voltagem CC é chamada de
“ondulação” (RIPPLE), e pode ser reduzida usando-se mais espiras ou bobinas.
Características da construção dos geradores CC - Os geradores usados nas
aeronaves diferem no tipo, visto que eles são construídos por vários fabricantes.
Todos, entretanto, possuem a mesma característica e operam de maneira similar.
As partes principais, ou conjuntos de um gerador CC, são: a carcaça (é o alicerce
ou a moldura do gerador. A carcaça tem duas funções: ela completa o circuito
magnético entre os pólos, e atua como um suporte mecânico para as outras partes
do gerador), o induzido (consiste de bobinas enroladas em um núcleo de ferro, um
coletor e as partes mecânicas associadas. Montado sobre um eixo, ele gira
através do campo magnético produzido pelas bobinas de campo) e um conjunto
de escovas (coletor está instalado na extremidade do induzido e consiste de
segmentos uniformes de cobre estirado, isolados por folhas finas de mica. As
escovas estão sobrepostas na superfície do coletor, formando contato elétrico
entre as bobinas do coletor e o circuito externo).
Capacitor – evita a variação de tensão no circuito. Indutor – evita variação de
corrente no circuito.
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Preparação das peças para o teste - Graxa, óleo e qualquer sujeira devem ser
removidos de todas as peças antes que elas sejam submetidas a teste. A limpeza
é muito importante.
Efeito da direção do fluxo - A fim de detectar uma falha numa peça, torna-se
essencial que as linhas de força magnéticas passem perpendicularmente à falha.
Isto exige duas operações independentes de magnetização, conhecidas como
magnetização circular e magnetização longitudinal. Magnetização circular é a
indução de um campo magnético constituído por círculos de força concêntricos, ao
redor e dentro da peça, fazendo passar a corrente elétrica através da peça. Na
magnetização longitudinal, o campo magnético é produzido numa direção paralela
ao eixo maior da peça. Na magnetização longitudinal de peças compridas, o
solenóide deve ser movimentado ao longo da peça a fim de magnetiza-la.
Efeito da densidade do fluxo - A eficiência da inspeção por partículas magnéticas
depende também da densidade do fluxo, ou intensidade do campo sobre a
superfície da peça, quando é aplicado o agente detector. À medida que é
aumentada a intensidade do fluxo na peça, a sensibilidade do teste também
aumenta, devido à maior dispersão do fluxo nas descontinuidades, resultando daí
a formação de contornos mais detalhados de partículas magnéticas.
Identificação das indicações - A avaliação correta do caráter das indicações é
extremamente importante, porém apresenta alguma dificuldade somente pela
observação das mesmas. As características principais das indicações são a forma,
o tamanho, a largura e a nitidez do contorno. Estes aspectos são geralmente mais
úteis em determinar o tipo de descontinuidades do que propriamente a sua
importância. As indicações mais rapidamente distinguíveis são as produzidas por
fendas abertas na superfície. Essas descontinuidades incluem rachaduras por
fadiga, por tratamento térmico, por contração em soldas e fundição, e por
esmerilhamento.
Inspeção Magnaglo - A inspeção MAGNAGLO é semelhante a de partículas
magnéticas, sendo que é utilizada uma solução de partículas magnéticas
fluorescentes, e a inspeção é feita sob luz negra.
INSPEÇÃO POR LÍQUIDOS PENETRANTES - A inspeção de penetração é um
exame não destrutivo de defeitos abertos à superfície por peças fabricadas de
qualquer material não poroso. Ela é aplicada com sucesso em metais como o
alumínio, magnésio, latão, cobre, ferro fundido, aço inoxidável e titânio. Este tipo
de inspeção pode também ser utilizado em cerâmica, plástico, borracha moldada e
vidro. A principal desvantagem da inspeção de penetração é que o defeito deve se
apresentar aberto à superfície, a fim de permitir que o agente penetrante atinja o
defeito.
RADIOGRAFIA - Devido as suas características especiais de penetrar materiais e
detectar descontinuidades, as radiações X e GAMA têm sido aplicadas na
inspeção radiográfica (raio-x) de componentes metálicos e não metálicos. A
radiação penetrante é projetada através da peça sob inspeção, produzindo uma
imagem invisível ou latente no filme. Depois de revelado, o filme se torna uma
radiografia ou figura sombreada do objeto.
TESTE ULTRA-SÔNICO - O equipamento de detecção ultra-sônica tornou
possível localizar defeitos em todos os tipos de materiais, sem provocar-lhes
quaisquer danos. Dois métodos básicos são aplicados na inspeção ultra-sônica. O
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Os dois tipos de parafusos com encaixe na cabeça de uso mais comum são: o
Phillips e o Reed and Prince. Tanto o encaixe Phillips como o Reed and Prince
são opcionais nas cabeças dos parafusos. Reed and Prince forma uma perfeita
cruz na cabeça do parafuso. O parafuso com encaixe Phillips tem o centro da cruz
mais largo, a chave de fenda Phillips tem a ponta rombuda. Quando o espaço
vertical for limitado pode-se usar uma chave de fenda em "Z". As chaves de fenda
em "Z" são construídas com ambas as pontas dobradas a 90º da haste. A chave
de fenda de catraca ou espiral é de ação rápida, e gira o parafuso quando o punho
é empurrado para baixo e depois puxado para cima. A chave de fenda de catraca
não é própria para serviços pesados e deverá ser usada apenas em trabalhos
mais leves. Um aviso: quando usando uma chave de fenda de catraca ou espiral,
extremo cuidado deverá ser tomado para manter uma pressão constante e evitar o
deslizamento da chave na fenda do parafuso. Se isto ocorrer a região em volta
estará sujeita a danos.
Alicates - Existem vários tipos de alicates, mas os mais usados em trabalhos de
reparos de aeronaves são: diagonal, ajustável, de ponta e bico de pato. O
tamanho dos alicates é determinado pelo seu comprimento total, usualmente entre
5 e 12 polegadas.
Alicates de bico chato são os mais adequados para fazer flanges. Os mordentes
são quadrados, bastante compridos e, usualmente, bem ranhurados, e a sua
articulação é firme. Estas são características que permitem fazer curvas perfeitas
e agudas.
Alicates de bico redondo são usados para torcer o metal. Eles não foram feitos
para trabalhos pesados porque demasiada pressão torcerá as pontas, as quais
muitas vezes são envolvidas para evitar marcar o metal.
Alicates de ponta fina têm os mordentes redondos até a metade e, de vários
comprimentos. Eles são usados para segurar objetos ou fazer ajustes em lugares
de espaço reduzido.
Alicates de bico de pato, assemelham-se ao bico de um pato por ter os mordentes
finos, chatos e com o formato de bicos de pato. Eles são usados exclusivamente
para executar frenagens com arame.
Alicates gasistas, bico de papagaio ou para bomba de água, são alicates
ajustáveis, com o eixo deslizante e os mordentes em ângulo com os punhos.
Alicates em diagonal são usualmente chamados de "diagonal" e possuem
mordentes curtos com lâminas de corte, formando um pequeno ângulo com o
punho.
Alicate de circlip – tem pinos de atuação a sua utilização. Remove ou instala
travas (circlips).
Punções - Os punções são usados para marcar centros de desenhos de círculos,
iniciar pontos de furação, para abrir furos em chapas de metal, para transferir
localização de furos em gabaritos e para remover rebites, pinos ou parafusos.
Sólidos ou ocos são os dois tipos geralmente usados. Os sólidos são classificados
de acordo com o formato de suas pontas. O punção de bico é usado para fazer
marcas de referência no metal. Esse punção é usado muitas vezes para transferir
medidas de um desenho no papel diretamente para o metal.
Punção de centro tem um corpo mais pesado do que o punção de bico e a ponta é
afiada com um ângulo de aproximadamente 60º.
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Punção extrator, que também é chamado de punção cônico, é usado para extrair
rebites danificados, pinos e parafusos que algumas vezes ficam presos em
orifícios.
Punção para pinos, também chamado de "tocapinos", é semelhante ao punção
extrator e tem a mesma finalidade.
Punção de transferência tem, normalmente 4 polegadas de comprimento. É um
tipo especial usado para marcar orifícios para rebites quando um gabarito é usado
para a traçagem de um revestimento novo.
Punção automático é o tipo mais conveniente quando existe um grande número de
furos a serem localizados com precisão.
Chaves - As chaves que são usadas com mais freqüência em manutenção de
aeronaves são classificadas como: chaves de boca, chaves de caixa, colar ou
estrela, chaves soquetes, chaves ajustáveis e chaves especiais. A chave Allen,
embora seja usada, raramente é necessária em um tipo especial de cabeça de
parafuso. Um dos metais amplamente usados na fabricação destas ferramentas é
o aço cromo-vanádio. As chaves feitas com este metal são consideradas
inquebráveis.
As chaves sólidas, não ajustáveis com a abertura paralela em um ou ambos os
lados, são conhecidas como chaves de boca. Essas chaves podem ter suas
aberturas paralelas com o punho, ou formando um ângulo de 90º; a maior parte
delas tem um ângulo de 15º.
As chaves de colar são ferramentas muito utilizadas por causa da sua vantagem
em lugares estreitos. Elas são chamadas de caixa ou colar porque envolvem
completamente a porca ou a cabeça do parafuso.
A chave soquete é feita em duas partes:
(1) Soquete, que é a parte colocada sobre a porca ou a cabeça do parafuso;
(2) Punho, que é encaixado na soquete.
Chaves especiais - A categoria de chaves especiais inclui a chave de gancho, o
torquímetro e a chave allen.
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Limas - A maioria das limas é feita de aço de alto teor e são endurecidas e
temperadas. As limas são fabricadas em uma grande variedade de formatos e
tamanhos.
Uso das limas - Limas e grosas são catalogadas de três maneiras:
Comprimento - Medido da ponta para base do cabo. A espiga que entra no cabo
nunca é incluída no comprimento.
Forma da seção reta - Refere-se a configuração física da lima (circular, retangular,
triangular ou uma variação destas).
Corte - Refere-se tanto às características do dente, como à grossura; muito
grossa, grossa e bastarda para o uso na classe de trabalho pesado e de corte
médio; mursa e mursa fina, para trabalhos de acabamento.
Limas mais usadas: lima de mão, limas chatas, limas MILL, limas quadradas,
limas redondas, limas triangulares, lima meia-cana, lima para chumbo, luma
retangular pontiaguda, lima faca, grosa, limas vixen.
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CAPITULO 13 – AERODINÂMICA
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Eixos de uma aeronave - Sempre que uma aeronave muda sua atitude em vôo,
ela tem que girar sobre um ou mais dos seus três eixos.
Eixo longitudinal (rolamento) - se estende através da fuselagem do nariz para a
cauda. Produzido pelos ailerons, os quais estão localizados no bordo de fuga das
asas.
Eixo vertical (guinada) - passa pelo centro, do fundo ao topo. Controlado pelo leme
de direção, na parte traseira do conjunto vertical da empenagem.
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Estabilidade Longitudinal – Quando ela não tende a jogar seu nariz para baixo e
mergulhar ou levantar seu nariz e perder velocidade diz-se que ela tem
estabilidade longitudinal. Estabilidade longitudinal se refere ao movimento de
arfagem. O estabilizador horizontal é a superfície primária que controla a
estabilidade longitudinal. A ação de estabilizador depende da velocidade e do
ângulo de ataque da aeronave.
CONTROLE - Controle é a atitude tomada para fazer com que a aeronave siga a
trajetória de vôo desejada.
Superfícies de controle de vôo - As superfícies de controle ou de comando de vôo
são aerofólios articulados ou móveis, projetados para modificar a atitude de uma
aeronave durante o vôo. Essas superfícies podem ser divididas em três grupos,
geralmente denominados de grupo primário, grupo secundário e grupo auxiliar.
Grupo primário - O grupo primário inclui os ailerons, profundores e leme. Essas
superfícies são usadas para movimentar a aeronave em torno dos seus três eixos.
Grupo secundário - Incluídos no grupo secundário estão os compensadores
comandáveis e os compensadores conjugados. Compensadores comandáveis são
pequenos aerofólios encaixados nos bordos de fuga das superfícies de comando
primárias.
Grupo auxiliar - Estão incluídos no grupo auxiliar de superfícies de controle de
vôo, os flapes de asa, os "spoilers", os freios aerodinâmicos, os "slats" (aerofólio
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Eslotes são superfícies de controle móveis presas ao bordo de ataque das asas.
Na posição fechada eles formam o bordo de ataque da asa, na posição aberta
(estendido para frente) uma fenda é criada entre o eslote e o bordo de ataque da
asa. Dessa forma, ar na forma de alta energia é introduzido na camada limite no
topo da asa. isso é conhecido como "controle da camada limite".
Durante qualquer tipo de vôo horizontal ou vertical, existem quatro forças atuando
na sustentação, no empuxo, no peso e no arrasto do helicóptero. Sustentação é a
força requerida para suportar o peso do helicóptero. Empuxo é a força requerida
para vencer o arrasto sobre a fuselagem e outros componentes do helicóptero.
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Em vôos para frente, o plano desenvolvido é inclinado para frente, dessa forma
inclinando a força sustentação-empuxo para frente. Essa força resultante
sustentação-empuxo pode ser decomposta em duas componentes (sustentação
atuando verticalmente, e empuxo atuando horizontalmente na direção do vôo).
Além disso, para sustentação e empuxo, existe o peso, a força que atua para
baixo, e o arrasto, a força que atua para trás, ou força retardadora de inércia e de
resistência ao vento.
No vôo para trás, o plano desenvolvido é inclinado para trás, inclinando o vetor
sustentação-empuxo, lateralmente. O componente do empuxo é para trás, e o
componente arrasto, para frente, exatamente oposto ao vôo para frente. O
componente de sustentação é reto para cima, e o do peso, reto para baixo.
Torque - A terceira lei de Newton estabelece que "para toda ação existe uma
reação igual e oposta". Como o rotor principal de um helicóptero gira em uma
direção, a fuselagem tende a girar na direção oposta. Essa tendência que a
fuselagem tem de girar, é denominada torque.
Uma vez que o efeito do torque sobre a fuselagem é o resultado direto da potência
do motor suprida para o rotor principal, qualquer mudança na potênciado motor
causará uma mudança correspondente no efeito do torque. Quanto maior a
potência do motor , maior o efeito do torque.
Uma vez que não haja potência do motor, sendo suprida para o rotor principal
durante a autorotação, não haverá, também, reação de torque durante a auto-
rotação. A força que compensa o torque e proporciona o controle direcional, pode
ser produzida por um rotor auxiliar, localizado na cauda.
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desengajado do sistema do rotor principal, para permitir que este gire livremente
na sua direção original. Quando a potência do motor está sendo suprida para o
rotor principal, o fluxo de ar é para baixo, através do rotor. Quando a potência do
motor não está sendo suprida para o rotor principal, ou seja, quando o helicóptero
está em auto-rotação, o fluxo de ar do rotor é para cima. É esse fluxo de ar para
cima que faz com que o rotor continue girando após a falha do motor. A parte da
pá do rotor que produz as forças, que fazem com que o rotor gire, quando o motor
não está mais suprindo potência para o rotor, é aquela entre aproximadamente
25% e 70% do raio, a partir do centro. Essa parte é freqüentemente chamada de
"região de acionamento ou de auto-rotação". Forças aerodinâmicas, ao longo
dessa parte da pá, tendem a aumentar a rotação delas. Os 25% da parte interna
da pá do rotor, chamada de "região de estol", opera acima do ângulo máximo de
ataque (ângulo de estol), contribuindo dessa forma com pouca sustentação, porém
considerável arrasto, o qual tende a diminuir a rotação da pá. Os 30% para a
extremidade da pá do rotor são conhecidos como "região de propulsão". As forças
aerodinâmicas nessa região resultam numa pequena força de arrasto, a qual
tende a retardar a porção da ponta da pá. As regiões aerodinâmicas, como
descritas acima, são para auto-rotações verticais. Durante o vôo para frente em
autorotação, essas regiões são deslocadas através do disco do rotor para a
esquerda. A R.P.M. do rotor estabiliza quando as forças auto-rotativas (empuxo)
da "região de propulsão" e as forças auto-rotativas (arrasto) da "região acionada"
e a "região de estol" são iguais. A velocidade para frente durante a descida em
auto-rotação, permite que o piloto incline o disco do rotor para trás, causando
assim uma curva suave. A sustentação adicional induzida, criada por um volume
maior de ar, momentaneamente retém a velocidade para frente, bem como a
descida. O volume maior de ar atuando sobre o disco do rotor, normalmente
aumenta a R.P.M. do rotor durante o arredondamento de planeio. Na medida em
que a velocidade para frente e a de descida se aproximam de zero, o fluxo de ar
para cima praticamente cessa e a R.P.M. do rotor outra vez diminui; o helicóptero
se precipita com uma razão ligeiramente aumentada, porém com velocidade para
frente reduzida. O arredondamento permite que o piloto faça um pouco de
emergência em lugar definido, com pouca ou nenhuma rolagem ou derrapagem.
Eixos de vôo do helicóptero - Quando um helicóptero faz uma manobra no ar, sua
atitude em relação ao solo se altera.
Essas mudanças são descritas com referência aos três eixos de vôo:
(1) Vertical, (2) Longitudinal e (3) Lateral.
O movimento em torno do eixo vertical produz guinada, uma oscilação do nariz (ou
mudança de direção) para a direita ou para a esquerda. Isso é controlado pelo
pedal. Os diversos métodos de obtenção do controle direcional foram discutidos
anteriormente nessa seção. O movimento em torno do eixo longitudinal é
chamado de rolagem. Esse movimento é efetuado movimentando-se o controle
cíclico de passo para a direta ou para a esquerda. O controle cíclico de passo é
similar ao manche de uma aeronave convencional. Ele atua por meio de
articulações mecânicas para mudar o passo de cada pá do rotor principal durante
um ciclo de rotação. A rapidez com que as pás do rotor giram, cria uma área de
disco que pode ser inclinada em qualquer direção, com respeito à sustentação do
mastro do rotor. O movimento horizontal é controlado pela mudança de direção da
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Uma vez que a maioria das dificuldades do vôo transônico estão associadas com
a separação do fluxo induzido das ondas de choque, quaisquer meios de retardar
ou reduzir a separação induzida de choque, melhoram as características
aerodinâmicas.
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