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Montagem

4-14 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Capítulo 5
Entrega técnica

5.1 Procedimentos de entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica


Entrega técnica

5-2 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Entrega técnica

5.1 Procedimentos de entrega técnica

A entrega técnica

Os procedimentos de entrega técnica tem por objetivo definir as


responsabilidades do cliente e do fornecedor, em todas as etapas do processo de
Entrega Técnica , que compreende desde a chegada do
equipamento na Revenda Autorizada, até a liberação do equipamento
para operação por parte da Revenda Autorizada .

A Revenda Autorizada executará e supervisionará a montagem do
equipamento objeto do fornecimento, sendo que a mesma não se
responsabiliza pela performance e funcionamento de equipamentos fora do
escopo de fornecimento .

Montagem do equipamento

A instalação e montagem do equipamento no veículo do cliente será executada


pela Revenda Autorizada, com assessoramento e supervisão da fábrica,
seguindo as normas de segurança e as instruções fornecidas pela .

Figura 5 -1

5-3
Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Verificações antes da entrega técnica

Todo o processo de fabricação e montagem dos guindastes na fábrica, é


acompanhado por um minucioso sistema de inspeção e controles, com o
registro dos principais dados de cada produto fabricado no Relatório de
Produção (fig. 5-1, 5-3 e 5-4). São coletadas informações como números de
série dos componentes hidráulicos: cilindros, válvulas, comandos e bombas;
tomada de força, regulagens das pressões hidráulicas e número de série do
guindaste.

Antes da expedição do equipamento na fábrica, é feita a verificação de


entrega, com o preenchimento do Relatório de Entrega (fig. 5-2 e 5-5).

Ao fazer a entrega dos equipamentos , as Revendas Autorizadas


procedem a revisão de entrega técnica, verificando as condições do
equipamento que o cliente irá receber.

Figura 5 -2

5-4 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Relatório de Produção

Figura 5 -3

5-5
Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Relatório de Produção

Figura 5 -4

5-6 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Relatório de Entrega

Figura 5 -5

5-7
Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica


Pontos a revisar na entrega técnica

Após a montagem do equipamento e precedendo a entrega ao cliente, deverá


ser feita a revisão de entrega técnica, com a verificação de vários pontos
importantes do equipamento, seus acessórios e funcionamento em geral.
As tabelas a seguir listam os pontos que devem ser conferidos.

Revisão geral da montagem e acabamento


1 Todos os componentes mecânicos standard estão montados correta -
mente no equipamento.
2 Todos os componentes opcionais estão montados corretamente no equi-
pamento.
3 Todos os tirantes e jumelos estão montados corretamente no lugar.
4 Porcas e arruelas de fixação dos tirantes estão no lugar e apertadas.
5 Parafusos, arruelas e porcas estão no lugar e apertados.
6 A pintura não apresenta riscos, manchas ou falta de retoques.
7 Todos os adesivos, plaquetas e etiquetas estão nos devidos lugares.
8 As etiquetas das alavancas de comando estão coladas corretamente.
9 Todos os pinos estão no lugar e podem ser retirados e recolocados sem
dificuldade.
10 Todos os pinos de segurança estão no lugar e podem ser retirados e
reco-locados sem dificuldade.
11 Todos os contrapinos e arruelas espaçadoras estão no lugar.
12 Todas as graxeiras estão lubrificadas.
13 As lanças e guias de deslizamento estão lubrificadas.
14 As lanças manuais podem ser estendidas e recolhidas normalmente.
15 Os estabilizadores laterais e guias de deslizamento estão lubrificados.
16 Os estabilizadores podem ser estendidos e recolhidos normalmente.
17 A tomada de força, o sistema de acionamento da tomada, o suporte da
tomada de força, a bomba hidráulica e o cardan e o horímetro, se for o
caso, estão montados corretamente no lugar.

5-8 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Revisão geral da instalação hidráulica


1 O tanque de óleo hidráulico está abastecido e no nível correto.
2 Todas as mangueiras e tubulações estão montadas corretamente no
equipamento.
3 Todas as mangueiras, tubulações, flanges e conexões hidráulicas estão
apertadas e sem sinal de vazamentos.
4 Todas as válvulas e comandos hidráulicos estão firmes no lugar e sem
sinal de vazamentos.
5 Todas as porcas e parafusos de regulagem das válvulas e comandos
hidráulicos estão travados e sem sinal de vazamentos.
6 As mangueiras hidráulicas estão livres, sem curvas fechadas ou presas
ou amassadas por outros componentes do equipamento.
7 As alavancas dos comandos hidráulicos funcionam normalmente
quando acionadas pelos dois lados do chassi.

Partida inicial do sistema hidráulico


1 Posicionar o caminhão em um local plano, ligar o motor e deixar em
marcha lenta.
2 Ligar a tomada de força e verificar o funcionamento do horímetro, se
for o caso, e do sinalizador visual de funcionamento da tomada, no pai-
nel.
3 Deixar o óleo hidráulico circulando pelo sistema durante pelo menos
alguns minutos, para espelir as bolhas de ar e aquecer o óleo. Verificar
se há vazamentos localizados.
4 Testar o funcionamento do acelerador auxiliar e levar até a rotação de
trabalho.
5 Deixar o óleo hidráulico circulando por mais 5 minutos. Verificar se há
vazamentos localizados. Verificar o indicador de contaminação do fil-
tro hidráulico de retorno.

5-9
Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Revisão geral de funcionamento e liberação


1 Verificar o nível do óleo hidráulico e completar se necessário.
2 Acionar levemente os comandos, verificando se as funções correspon-
dem ao comando indicado nas etiquetas.
3 Executar 2 giros completos de 360 º da torre.
4 A torre gira normalmente para os dois lados, até o fim do curso, sem
ruídos ou vibração.
5 Testar todas as demais funções hidráulicas executando dois ciclos com-
pletos. Verificar se os comandos funcionam corretamente.
6 O cilindro do braço abre e fecha normalmente até o fim do curso.
7 O braço se movimenta normalmente, sem ruídos ou vibração.
8 O cilindro da lança abre e fecha normalmente até o fim do curso.
9 A lança se movimenta normalmente, sem ruídos ou vibração.
10 As lanças telescópicas podem ser estendidas e recolhidas normalmente,
sem ruídos ou vibração.
11 Os estabilizadores laterais hidráulicos podem ser estendidos e reco -
lhidos normalmente, sem ruídos ou vibração.
12 As sapatas de apoio podem ser baixadas e recolhidas normalmente, sem
ruídos ou vibração.
13 Testar o funcionamento do guincho a cabo, se for o caso.
r Colocar o guindaste em posição de operação e testar o seu funciona -
mento com carga. Testar em diversas posições e nos limites de carga
estabelecidos no gráfico de carga.
14 Verificar todos os cilindros hidráulicos quanto a vazamentos.Inspecio-
nar as hastes dos cilindros quanto a vazamentos.
15 Verificar visualmente se há trincas ou rupturas nos cordões de solda.
16 Testar o funcionamento do limitador de momento, se for o caso.
17 Instalar e testar o funcionamento dos acessórios que acompanham o
equipamento, se for o caso.
18 Verificar se o operador domina perfeitamente todas os comandos e pro -
cedimentos de operação e entendeu todas as normas de segurança para
operação do equipamento.

5-10 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Entrega técnica

5.2 Revisão de entrega técnica

Liberação de equipamento para operação

Após a instalação do equipamento e a revisão de entrega técnica por parte da


Revenda Autorizada , será procedida a entrega ao cliente.
Nesta ocasião, será feito o treinamento do operador, se necessário, bem como
uma demonstração do funcionamento do guindaste.
Também serão repassadas ao usuário informações importantes sobre
manutenção preventiva e segurança na operação.
Considera-se o equipamento liberado para operação a partir do preenchimento
completo do cupom da revisão de entrega técnica, com a aprovação e chancela
do cliente e a entrega do Certificado de Garantia para o mesmo
cliente.

5-11
Entrega técnica

5-12 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Capítulo 6
Operação

6.1 Informações importantes

6.2 Qualificação do operador


6.3 Identificação dos componentes

6.4 Descrição dos comandos

6.5 Descrição das etiquetas

6.5 Procedimentos de operação


Operação

6-2 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.1 Informações importantes

Estes procedimentos foram estabelecidos pela prática na operação, experiência e


conhecimento do equipamento, tendo em mente o trabalho com segurança e
eficiência operacional.

• Os guindastes são de fácil operação.


Depois de poucas horas de treinamento, o operador terá
conhecimentos básicos para operar o guindaste.
• Entretanto, um tempo maior é necessário para educar o
operador de maneira usá- lo com a máxima eficiência e
segurança, nas necessidades mais particulares do seu
trabalho.
• Recomendamos que todos os envolvidos na operação
do guindaste hidráulico, leiam este manual e com -
preendam os procedimentos para operação do equipa -
mento.

6-3
Operação

6.2 Qualificação do operador

Qualificação e habilidades do operador

Recomendamos que a permissão para operar um guindaste veicular, seja


concedida somente ao pessoal que esteja enquadrado em pelo menos uma das
situações abaixo:

• Operador experiente e treinado no uso do guindaste.


• Operador em treinamento, sob a supervisão de um operador experiente.
• Mecânico de manutenção de guindastes na execução das suas tarefas.
• Chefes de oficina e inspetores acompanhados de operador experiente.

• Os guindastes não devem ser operados por pessoas sob o efeito de álcool,
drogas, medicamentos ou outras substâncias que possam alterar os níveis de
atenção, reflexos e seu estado emocional.

Recomendamos que as condições físicas dos operadores e pessoal em


treinamento atendam aos seguintes requisitos:

• Visão em boas condições, com ou sem o uso de lentes corretivas.


• Visão periférica normal - percepção de profundidade e do campo de visão.
• Audição em boas condições.
• Coordenação motora, paciência, agilidade e vigor físico para atender as
demandas da operação do guindaste.
• Estabilidade emocional.

6-4 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

Um guindaste hidráulico articulado é constituído de dois conjuntos de


componentes: componentes do sistema mecânico e componentes do sistema
hidráulico.
Também podem ser acoplados vários dispositivos opcionais, que são
utilizados para executar operações específicas.

Alguns itens constantes neste manual e descritos a seguir


são opcionais, como por exemplo a válvula limitadora de
momento.

Componentes do sistema mecânico

a) Sobre chassi
Estrutura que confere proteção mecânica ao chassi do caminhão no qual será
montado o guindaste hidráulico articulado.
O sobre chassi é fabricado com chapas de aço de alta resistência e unidas pelo
processo de solda MIG, com gás inerte, que assegura soldas de altíssima
qualidade e alta resistência mecânica.
Este componente é fixado ao chassi do caminhão com grampos de aço, de
forma a não interferir com a estrutura original do chassi do veículo e tampouco
comprometer a sua segurança.

Figura 6 -1

6-5
Operação

6.3 Identificação dos componentes

b) Base
Estrutura que sustenta o guindaste, é fixada ao chassi e/ou sobre chassi com
grampos de aço, de forma a não interferir com a estrutura original do mesmo e
nem comprometer a sua segurança.
Parte da estrutura pode ser usada como reservatório do óleo do sistema hidráulico
que veremos adiante.
Nas laterais da base há um sistema de repouso para o braço que serve para
apoiar e fixar o braço de forma segura, durante o transporte.
A base é fabricada com chapas de aço estrutural de alta resistência, soldadas
pelo processo MIG.

Figura 6 -2
c) Sapatas estabilizadoras
São componentes que atuam estabilizando o caminhão no local de trabalho,
evitando deslocamentos e torções do chassi, por falta de pontos de apoio
estáveis.
Geralmente os guindastes têm dois conjuntos de sapatas, com extensão lateral
manual ou opcionalmente com extensão e fechamento hidráulico (fig.6-3).

6-6 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

Figura 6 -3

d) Torre
Estruturas montadas sobre a base, construída com chapas de aço estrutural de
alta resistência e soldadas através do processo MIG. Na parte inferior está o
pinhão de giro, construído com aço de alta resistência estrutural usinado. Todos
os pontos de articulação da torre possuem mancais com buchas.

Figura 6 -4

6-7
Operação

6.3 Identificação dos componentes

e) Sistema de Giro
O sistema de giro da torre funciona acionado por cilindros hidráulicos de ação
simples em oposição, que através do sistema de pinhão e cremalheira, rotam o
pinhão de giro da torre, fazendo-a girar.

Figura 6 -5
f) Braço
Componente destinado a movimentar as cargas através dos cilindros
hidráulicos de elevação, extensão e giro. O braço é construído com chapas de
aço estrutural de alta resistência e soldado através do processo MIG. Todos os
pontos de articulação do braço possuem mancais com buchas.

Figura 6 -6

6-8 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

g) Lanças
As lanças são compostas de vigas móveis, concêntricas, com vários estágios,
que são estendidas e recolhidas conforme a necessidade de posicionamento da
carga. As lanças possuem estágios hidráulicos- com extensão e fechamento
através de cilindros telescópicos, estágios mecânicos, com extensão e
fechamento manual.
Como opção, o guindaste pode ser equipado com lanças complementares que
aumentam o seu alcance. As lanças são construídas com chapas de aço
estrutural de alta resistência e soldadas através do processo MIG.

Figura 6 -7
h) Gancho
Utilizado na movimentação de cargas, fabricado em aço forjado, dotado
de trava de segurança.

Figura 6 -8

6-9
Operação

6.3 Identificação dos componentes

Componentes do sistema hidráulico

O sistema hidráulico é formado pelos seguintes componentes:

i) Reservatório de óleo hidráulico


Podendo ser integrado à base do guindaste ou uma unidade separada, o
reservatório de óleo hidráulico possui bocal de abastecimento dotado de tela
filtrante e respiro para proteção contra a entrada de poeira e umidade; visor de
nível com indicação de nível mínimo e máximo de abastecimento; bujão para
drenagem do tanque, que opcionalmente pode ser do tipo magnético.
Internamente, o reservatório apresenta chicanas para reduzir a velocidade de
circulação do óleo hidráulico e eliminar possíveis bolhas de ar. A grande área
superficial em contato com o ar atua como trocador de calor para diminuir a
temperatura do óleo hidráulico durante a operação do equipamento.
O óleo hidráulico utilizado no sistema possui viscosidade e composição
compatível com as características de operação e composição das vedações
dos cilindros, válvulas e bomba.

Figura 6 -9

6-10 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

j) Filtros do óleo hidráulico


A filtragem primária do óleo hidráulico é feita através de um filtro de tela
metálica (fig. 6-10), localizado no interior do tanque, na entrada da tubulação de
sucção da bomba hidráulica.
Em todos os modelos de guindaste, na linha de retorno do óleo ao tanque, está
instalado um filtro de elemento de papel, para a filtragem secundária do óleo
(fig. 6-11).

Figura 6 -10

Figura 6 -11

6-11
Operação

6.3 Identificação dos componentes

k) Bomba hidráulica
A bomba hidráulica de engrenagens é acionada pelo motor do veículo, através de
uma tomada de força ou PTO (power take -off). O desempenho do sistema
hidráulico, em termos de velocidade de operação e força dos cilindros
hidráulicos, está diretamente relacionado à rotação da bomba de engrenagens e
sua capacidade de gerar pressão hidráulica. A rotação de operação da bomba
hidráulica deve ser regulada através de um dispositivo de aceleração que
controla a aceleração e rotação do motor do caminhão.
Este dispositivo é tipo manual, pneumático ou eletrônico, de acordo com o
veículo, visando atender as solicitações do sistema hidráulico.

Figura 6 -12
l) Comando de aceleração
Acelerador tipo botão anatômico, po sicionado nos dois lados do veículo,
possibilitando acelerar ou desacelerar o motor do caminhão, fazendo a rotação
da bomba hidráulica atingir o nível requerido em função do trabalho a
executar.

6-12 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

m) Comando hidráulico
É um bloco de válvulas hidráulicas de controle direcional, com múltiplos
elementos de controle, podendo ser tipo monobloco (todos os componentes
são alojados em um único bloco) ou tipo modular, composto de vários
elementos, que podem ser arranjados conforme o projeto hidráulico do
circuito.
O comando hidráulico possui internamente carretéis deslizantes, com várias
ranhuras usinadas, que servem para intercomunicar as diversas passagen s do
óleo hidráulico através dos blocos. A movimentação de cada carretel
determina a direção e intensidade do fluxo de óleo que sai através de cada
tomada do comando.
Para movimentar os carretéis, o comando possui sistema de acionamento
mecânico, com retorno automático do carretel para o ponto neutro por meio de
molas.
Um conjunto de tirantes e alavancas permite acionar o comando dos dois
laterais do caminhão.
Para controlar as pressões de trabalho e demais funções do comando, são
adicionadas válvulas de regulagem de pressão, válvulas anti choque e anti
cavitação.

Figura 6 -13
n) Placas e etiquetas de identificação
O guindaste possui placa de identificação das características técnicas em
alumínio e etiquetas adesivas para identificação dos comandos.
Também há etiquetas adesivas para indicar pontos de lubrificação e chamando a
atenção do operador para detalhes importantes a serem observados ao nível de
operação e segurança do guindaste.

6-13
Operação

6.3 Identificação dos componentes

o) Válvulas de segurança
As válvulas de segurança são utilizadas para garantir que determinadas
funções do sistema hidráulico sejam executadas com toda a confiabilidade e
sem risco.

A seguir, indicamos algumas válvulas, suas funções e pontos de aplicação:

1. Válvulas de retenção duplas - tem a função de garantir que os cilindros de


dupla ação mantenham a posição da haste determinada pelo operador,
evitando movimentos indesejáveis da haste. São aplicadas nos cilindros das
sapatas estabilizadoras (fig. 6-14).

2. Válvulas de contrabalanço simples e duplas - também chamadas de válvu-


las holding, tem dupla função: garantir o movimento controlado da haste
com carga, sem ocorrer o "disparo" do cilindro, com a haste se movendo
sem controle sob o efeito da carga; e atuar como válvula de segurança,
mantendo o cilindro na sua posição, caso ocorra um rompimento da tubu-
lação hidráulica. São aplicadas nos cilindros das torres - válvulas simples
(fig. 6-15) e cilindros das lanças e cilindros telescópicos - válvulas duplas
(fig. 6-16).

3. Válvulas anti choque e anti cavitação, tem a função de evitar que os cilindros
de giro da torre e os motores hidráulicos do guincho, ao sofrer impactos ou
serem desativados sob efeito de uma carga, tenham problemas por causa de
cavitação e freadas bruscas (fig. 6-17).

Figura 6 -14

6-14 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

Figura 6 -15

Figura 6 -16

Figura 6 -17

6-15
Operação

6.3 Identificação dos componentes

p) Cilindros hidráulicos
Os cilindros ou atuadores hidráulicos lineares, são componentes utilizados
para transformar a vazão do óleo hidr áulico e a energia transportada pelo
mesmo, em velocidade, força e movimento linear.

São constituídos de tubo ou camisa, êmbolos, haste, tampa e vedações. A


camisa é fabricada a partir de tubo de aço trefilado, com tampa, orelhas e
conexões soldadas e acabamento interno final por brunimento.

A haste é fabricada de barra de aço laminada, usinada, retificada e revestida de


cromo duro. O êmbolo é fabricado de ferro fundido ou aço e usinado. A tampa
da mesma forma. As vedações, gaxetas e anéis raspadores são fabricados em
materiais sintéticos especiais, com caracte rísticas de autolubrificação e
possuem diversos perfis, adequados a cada aplicação projetados para trabalho
sob alta pressão e elevada resistência ao desgaste.

Os cilindros hidráulicos podem ser de simples ou dupla ação. Um cilindro de


simples ação possui entrada de óleo em somente um dos lados ou câmara,
sendo a haste movida pelo óleo hidráulico em um só sentido, com retorno por
efeito de alguma carga externa.
O cilindro de dupla ação possui entrada de óleo nos dois lados ou câmaras,
sendo a haste movida pelo óleo hidráulico nos dois sentidos.
Também são utilizados cilindros telescópicos, para situações onde o curso
necessário da haste é muito maior que o comprimento do cilindro fechado
geralmente, um cilindro normal tem curso da haste igual - a 85/90% do
comprimento do cilindro fechado, enquanto que num cilindro telescópico, o
curso da haste pode ser varias vezes o comprimento do cilindro fechado.

No caso do guindaste hidráulico, os cilindros utilizados são os seguintes:

1. Cilindros de simples ação em oposição - acionamento do giro da torre(fig. 6-


18).

2. Cilindros de dupla ação normal - acionamento da lança inferior e superior


(fig. 6-19), das sapatas estabilizadoras e das lanças telescópicas (fig. 6-20).

6-16 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

Figura 6 -18

Figura 6 -19

Figura 6 -20

6-17
Operação

6.3 Identificação dos componentes

q) Tubulações hidráulicas
As tubulações hidráulicas utilizadas no guindaste servem para conduzir o
fluxo de óleo entre os diversos componentes do sistema hidráulico. As
tubulações podem ser flexíveis ou rígidas:
1. Flexíveis são as mangueiras de borracha (A fig. 6 -21), com malha interna
de aço para suportar as pressões de trabalho e permitir os movimentos do
guindaste.
2. As tubulações rígidas são compostas de tubos de aço trefilado (B fig. 6-21)
sem costura, algumas vezes fixados por abraçadeiras. Para interligar as
tubulações e os diversos componentes do sistema hidráulico, são utilizadas
conexões hidráulicas, fabricadas em aço e dimensionadas para suportar as
altas pressões de trabalho do sistema hidráulico.

Figura 6 -21
r) Extensão hidráulica das patolas
Constituída de dois cilindros hidráulicos e registros que as conectam nas linhas
das patolas, possibilitando estender e recolher as lanças das patolas
hidraulicamente.

6-18 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

Componentes complementares

Também há outros componentes que complementam o conjunto do guindaste


hidráulico, como descrito a seguir:

a) Preparação hidráulica para ferramentas e acessórios


É um circuito hidráulico independente, dotado de engates rápidos. Utiliza -se
engate macho para a linha de pressão e engate fêmea para a linha de retorno. Os
engates rápidos ficam localizados junto ao comando hidráulico ou em casos
especiais, junto à extremidade da lança. O sistema pode ser operado pelos
dois lados do caminhão.

b) Malhal
Formado por duas colunas, uma base e um apoio o qual possui encaixe para
adaptação de berço de madeira, montado no sobre- chassi para dispor de maior
resistência de apoio para transporte de postes (fig. 6- 22). O diâmetro e o es
-
paçamento das cavas do berço bem como as alças de amarração e o
revestimento das cavas, são executados de acordo com as necessidades do
cliente.
Montado de forma a permitir um vão livre entre o ponto mais alto do caminhão de
até 100 mm ou conforme especificações do cliente.

Figura 6 -22

6-19
Operação

6.3 Identificação dos componentes

c) Saca postes
Constituído de um cilindro hidráulico e respectivos pontos de apoio e fixação,
podendo ser acionado através da mesma preparação hidráulica do guincho de
cabo e/ou ferramentas hidráulicas.

d) Guincho de cabo
Constituído de motor hidráulico, redutor e preparação hidráulica no comando e
nas lanças para seu acionamento (fig. 6-23).

Figura 6 -23
h) Broca perfuratriz
Acionada através de moto-redutor hidráulico fornecido no diâmetro
conforme solicitação do cliente.

i) Cesto de inspeção
Constituído de um suporte adaptável à extremidade da lança do guindaste o
qual pode ser para um ou dois cestos, conforme a necessidade do cliente .
Os equipamentos dotados de cesto devem cumprir com normativas
adicionais (comando de operação, bomba hidráulica de emergência, freio do
nivelamento, etc.) estabelecidas na Portaria 15 do Ministério do Trabalho.

j) Lanças suplementares
De acordo com a necessidade do cliente, o equipamento pode ser fornecido
com lança suplementar embutida ou fixada na extremidade da última lança.

6-20 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.3 Identificação dos componentes

k) Horímetro
O horímetro ou contador de horas de operação do guindaste é instalado no
painel do guindaste e ligado a chave de ignição (fig. 7-24). A sua função
é registrar o tempo de operação do guindaste, para controle de horas do plano
de manutenção e garantia do equipamento.

Figura 7 -24
l) Lâmpada piloto da tomada de força
Instalada no painel do veículo. Quando ligada, esta lâmpada sinaliza que a
tomada de força está engatada e quando está apagada, sinaliza que a tomada de
força está desengatada.

m) Acelerador automático
Dispositivo hidráulico que mo nitora a variação de pressão na linha de
alimentação do equipamento, e acelera ou desacelera o motor do veículo
conforme a variação da pressão hidráulica. Pode ser instalado em qualquer
motor a combustão, ligado diretamente ao carburador ou bomba in jetora,
conforme o tipo de motor.

n) Garfo para tubos


Dispositivo auxiliar para transporte de tubos em geral.

o) Clip mecânico
Dispositivo auxiliar dotado de duas garras/pinças para transporte de materiais
diversos.

6-21
Operação

6.3 Identificação dos componentes

p) Dispositivo limitador de momento


Este dispositivo tem a função de evitar que o guindaste seja submetido a
esforços acima da capacidade para a qual foi projetado e fabricado. Se o
momento de carga máximo para o qual o guindaste foi projetado for
ultrapassado ao ser elevada uma determinada carga, este dispositivo passa a atuar
junto ao comando hidráulico do guindaste.
Sua forma de ação é desabilitar algumas funções do comando hidráulico,
impedindo que o operador possa colocar em risco a sua integridade física, bem
como o equipamento e a carga.

Figura 6 -25

q) Outros acessórios
Opcionalmente podem ser fo rnecidos outros acessórios que o cliente julgar
necessário desde que selecionado durante o processo de aquisição.

6-22 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.4 Descrição dos comandos

Este equipamento possui sistema de comando com um estágio para cada função,
com circuito hidráulico tipo paralelo, permitindo acionar duas ou mais funções
hidráulicas ao mesmo tempo.
O acionamento das funções hidráulicas é feito através das respectivas
alavancas de comando.
Os guindastes possuem sistema de comando duplo, isto é, as funções
hidráulicas podem ser acionadas dos dois laterais do chassi.
Conforme o modelo do guindaste, o comando hidráulico pode ser configurado
do seguinte modo:

1. Comando bi-partido, para guindastes modelo AGI 16.5 até AGE 51.0:
Sistema constituído por dois blocos de comando independentes - bloco de
comando principal e bloco de comando auxiliar.
O comando auxiliar se destina ao controle das funções como extensão
hidráulica dos estabilizadores e acionamento das patolas.

2. Comando único, para os guindastes modelo AGI 4.0 até AGI 16.5:
Sistema onde todas as funções, incluindo o acionamento dos
estabilizadores e patolas, estão agrupadas em um único bloco de comando.

Figura 6 -26

6-23
Operação

6.4 Descrição dos comandos

Comando tipo bi-partido - funções principais

Abaixo, as diversas funções do comando principal em um sistema de comando


bi-partido, na seqüência de cima para baixo, tal qual estão indicadas junto às
alavancas de controle dos guindastes.

LADO ESQUERDO LADO DIREITO

6-24 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.4 Descrição dos comandos

LADO ESQUERDO LADO DIREITO

6-25
Operação

6.4 Descrição dos comandos

Comando tipo bi-partido - funções auxiliares

Abaixo, as diversas funções do comando auxiliar em um sistema de comando bi-


partido, na seqüência de cima para baixo, tal qual estão indicadas junto às
alavancas de controle dos guindastes.

LADO ESQUERDO LADO DIREITO

PATOLA TRASEIRA ESQ. PATOLA TRASEIRA ESQ.

PATOLA TRASEIRA DIR. PATOLA TRASEIRA DIR.

PATOLA DIANTEIRA DIR. PATOLA DIANTEIRA DIR.

PATOLA DIANTEIRA ESQ. PATOLA DIANTEIRA ESQ.

6-26 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.4 Descrição dos comandos

LADO ESQUERDO LADO DIREITO

EXTENSÃO DIANTEIRA ESQ. EXTENSÃO DIANTEIRA ESQ.

EXTENSÃO DIANTEIRA DIR. EXTENSÃO DIANTEIRA DIR.

EXTENSÃO TRASEIRA ESQ. EXTENSÃO TRASEIRA ESQ.

EXTENSÃO TRASEIRA DIR. EXTENSÃO TRASEIRA DIR.

6-27
Operação

6.5 Descrição das etiquetas


A seguir são mostrad as as etiquetas adesivas e plaquetas que sinalizam e
reforçam pontos importantes da operação do guindaste, bem como itens de
segurança, manutenção e identificação do equipamento.

Esta etiqueta identifica e comprova a


utilização de chapas de aço estrutural de
alta qualidade e extrema resistência
mecânica, assegurando aos equipa -
mentos uma excelente relação
capacidade de carga versus peso
operacional.

Esta etiqueta identifica a logomarca da


.

Esta etiqueta chama a atenção e informa


sobre a necessidade de reapertar os
parafusos, conforme recomenda o
Manual de Operação e Manutenção.

6-28 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.5 Descrição das etiquetas

Esta etiqueta adverte e informa sobre a


obrigatoriedade da operação do
guindaste ser efetuada somente por
pessoas autorizadas e perfeitamente
habilitadas.

Esta etiqueta adverte e informa sobre a


obrigatoriedade de ler o Manual de
Operação e Manutenção do guindaste,
analisar o gráfico de carga e planejar a
operação do guindaste, antes de iniciar o
trabalho.

Esta etiqueta chama a atenção e informa


sobre a necessidade de verificar se as
sapatas dos estabilizadores estão
apoiadas sobre uma base segura, antes de
iniciar a operação do equipamento.

Esta etiqueta chama a atenção e informa


sobre o fato do equipamento não ser
elétricamente isolado . É obrigatóri o
respeitar as distâncias de segurança
entre o equipamento e as redes e linhas
energizadas.

6-29
Operação

6.5 Descrição das etiquetas

Esta etiqueta informa o sentido de giro


dos acessórios do guindaste, quando
acionados por motor hidráulico,
conforme a ordem de ligação das
mangueiras nos terminais da preparação
hidráulica do equipamento.

Esta etiqueta chama a atenção e informa


sobre a necessidade de manter os pés a
uma distância segura das sapatas dos
estabilizadores, para evitar acidentes.

Esta etiqueta chama a atenção e informa


sobre os cuidados a serem tomados no
manuseio e inspeção das tubulações e
mangueiras com óleo hidráulico sob
pressão.

Esta etiqueta indica os pontos de


lubrificação localizados no equipamento,
como pinos, buchas, etc..

6-30 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.5 Descrição das etiquetas

FORA DE USO

6-31
Operação

6.6 Procedimentos de operação

Recomendações para operação do guindaste

1. Antes de começar operar o equipament o efetu e uma inspeçã o visual.


Verifique que todos os pinos estejam corretamente localizados e com suas
travas, verifique o aperto das fixações do guindaste e a ausência de
vazamentos na instalação hidráulica. Verificar o nível de óleo e se o
equipamento está devidamente lubrificado.

2. Colocar o veículo em posição adequada para que o mesmo possibilite um


maior aproveitamento do equipamento e do espaço disponível.

3. Em caso de estar em terreno inclinado, ou acidentado, colocar o veículo em


posição que aumente a segurança do equipamento e do usuário, tendo
assim um melhor rendimento e uma vida mais longa do equipamento.

4. Colocar o veículo em ponto morto e frená-lo adequadamente.

5. Acionar a embreagem e engatar a tomada de força.

6. Estender as lanças dos pés dianteiros. Estender as lanças dos pés traseiros
(esquerdo e direito). Bloquear as extensões manuais com os respectivos pinos de
travamento (fig. 6-27).

Figura 6 -27

6-32 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.6 Procedimentos de operação

7. Acionar os comandos hidráulicos das patolas de forma alternada, de maneira


de apoiá-los sobre o solo até nivelar o equipamento deixando as rodas do
caminhão apoiadas no solo. É o freio de estacionamento do caminhão o que deve
evitar o deslocamento do veículo.

• Verificar se o solo onde o veículo está situado está bem


firme de maneira a sustentar o equipamento em oper-
ação.
• Em caso negativo, escolher outra posição do veículo
para operação ou aumentar a área das patolas através de
calços (cepos de madeira).

• Não esquecer que o jogo de lanças está no berço de


apoio.
• Nunca movimentar o giro em primeiro lugar.

8. Efetuar todas as manobras com o guindaste (sem nenhuma carga), fazendo


com que atinja as posições máximas e mínimas, permitindo assim ao óleo
hidráulico fluir totalmente pelo circuito. Após esta operação, verificar se há
algum vazamento no sistema hidráulico.

Utilizando -se alternadamente as alavancas de comando


das funções, é possível efetuar os mais variados tipos de
movimentos com o guindaste.

9. Cuidar quando atingir o curso mínimo e o curs o máximo das posições dos
cilindros hidráulicos, procurando evitar que os comandos hidráulicos
fiquem forçando a passagem do óleo pela válvula de alívio. Este procedi-
mento vai resultar em aquecimento desnecessário do óleo hidráulico.

6-33
Operação

6.6 Procedimentos de operação


10. Prestar atenção a qualquer ruído anormal ou folga excessiva no equipa -
mento. Havendo alguma dessas anormalidades, verificar a causa e tomar as
precauções recomendadas. Se for necessário, consultar a Revenda Autori-
zada mais próxima e/ou a .

11.Uma vez executadas todas estas operações, e o equipamento não apre -


sentando nenhuma anormalidade, então o guindaste está em condições para
início dos trabalhos com carga.

12.Depois de encerrados os trabalhos, recolher as lanças e mover o guindaste


para a posição de transporte (encaixar a lança no berço lateral - fig. 6-28).

Figura 6 -28
13. Acionar os comandos hidráulicos das sapatas, recolhendo as mesmas total-
mente. Após esta operação, recolher as lanças das sapatas laterais e travá -
las com os respectivos pinos.

Verificar sempre, antes de mover o veículo, se os


estabilizadores e sapatas de apoio estão totalmente
recolhidos e travados.

14. Acionar a embreagem e desengatar a tomada de força antes de colocar o


veículo em movimento.

6-34 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Operação

6.6 Procedimentos de operação

Operação do guincho de cabo

1. O guincho de cabo é um componente opcional dos guindastes ,e


por ocasião da montagem dos guindastes com este opcional, a configuração
dos guindastes inclui o sistema hidráulico especial para acionar o guincho
de cabo.

2. Para acionar o guincho, u tilizar o primeiro conjunto de alavancas do


comando hidráulico principal, que fica na parte superior do comando

Figura 6 -29

3. O conjunto do tambor mais acionamento do guincho é instalado pela fábrica


no lado inferior da lança, com todas as ligações hidráulicas

4. Para operar o guincho corretamente, veja as instruções a seguir:

5. Remover o gancho da extremidade da lança e instalar no seu lugar a roldana


fixa com suporte (A fig. 6-30).

6. Soltar o cabo de aço e passar pela roldana fixa. Prender a ponta do cabo com
a manilha na orelha do suporte. (B fig. 6.30).

6-35
Operação

6.6 Procedimentos de operação

A
B

Figura 6 -30
7. Instalar a roldana móvel no gancho e encaixar o conjunto gancho mais
roldana no cabo de aço. O guincho de cabo está pronto para operar.

Figura 6 -31

Ao utilizar o guincho de cabo, observar com atenção a


capacidade de carga do mesmo, para operação com guincho
e o gráfico de carga do equipamento.

6-36 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Capítulo 7
Segurança

7.1 Informações importantes

7.2 Sistemas de segurança


7.3 Limites da capacidade de carga

7.4 Operação das lanças

7.5 Sistema hidráulico sob pressãol


7.6 Redes elétricas

7.7 Choque elétrico


7.8 Procedimentos de segurança

7.9 Normas de segurança

7.10 Linguagem de sinais


Segurança

7-2 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06 -00


Segurança

7.1Informações importantes
As informações constantes neste manual, têm por objetivo trazer ao
proprietário e ao operador do guindaste , alguns conhecimentos e
informações necessárias para a operação correta e segura do seu
guindaste hidráulico.

Entretanto, o sucesso e a segurança da operação do guindaste, dependem


essencialmente do treinamento, da habilidade e dos cuidados da pessoa que
executa o trabalho.

As informações constantes neste manual não substituem as regras, deveres e


obrigações constantes na legislação, portarias, normas, regulamentos e outras
exigências governamentais relativas ao equipamento guindaste hidráulico
articulado e seus proprietários e operadores.

Leia este Manual antes de operar o


guindaste hidráulico

• Recomendamos que todos os envolvidos na operação e


manutenção do guindaste hidráulico, leiam este manual e
compreendam os procedimentos de segurança para
operação do guindaste.
• A leitura do manual não elimina a necessidade de
formação e qualificação do operador através de curso
específico, para torná-lo habilitado para a função

7-3
Segurança

7.2 Sistema de segurança

Sistema de segurança do guindaste

O sistema hidráulico dos guindastes possui vário s dispositivo s de


segurança, conforme mostra a figura abaixo:

D
A
B

Figura 7 -1
As válvulas de segurança complementam as principais funções do circuito
hidráulico dos guindastes, assegurando funcionamento confiável dentro dos
padrões internacionais de proteção requeridos.

Não alterar as regulagens, remover ou substituir os


dispositivos de segurança. Em caso de mau
funcionamento, consultar o Serviço Autorizado .

Antes de iniciar a operação do guindaste, procurar ler e


entender perfeitamente as recomendações e instruções
deste Manual de Operação e Manutenção .

7-4 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06 -00


Segurança

7.2 Sistemas de segurança

Dispositivos de segurança

A) Válvula de sobrepressão hidráulica ou “válvula de alívio”, que atua como


limitador da pressão de entrada do sistema hidráulico.

Figura 7 -2
B) Válvulas de retenção de fluxo pilotadas, tipo válvula dupla, que atuam nos
cilindros das patolas, bloqueando o movimento vertical das mesmas.

Figura 7 -3

7-5
Segurança

7.2 Sistemas de segurança


C) Válvula de contrabalanço simples ou válvula “holding” do cilindro da torre.
Atua garantindo o funcionamento seguro do cilindro da torre ao baixar a carga e
em caso de ruptura de mangueiras, impede a queda da lança e da carga.

Figura 7 -4

D) Válvula de contrabalanço simples o u válvula “holding” do cilindro do


braço. Atua garantindo o funcionamento seguro do cilindro do braço ao baixar a
carga e em caso de ruptura de mangueiras, impede a queda da carga.

Figura 7 -5

7-6 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.2 Sistemas de segurança


E) Válvulas de contrabalanço duplas ou válvulas “holding” dos cilindros
telescópicos da lança. Atuam garantindo o funcionamento seguro dos cilindros da
lança com ou sem carga, em qualquer direção.

Figura 7 -6

Manômetro

Os guindastes são equipados com um manômetro para indicar a pressão


hidráulica de trabalho da bomba hidráulica (G fig. 7-7).

Figura 7 -7

7-7
Segurança

7.2 Sistemas de segurança

Limitador de momento

Os guindastes são equipado s opcionalment e com um sistem a


limitador de momento de carga (G fig. 7-8).
No instante em que por algum motivo, o momento de carga máximo admissível do
guindaste for ultrapassado, o dispositivo hidráulico que controla o limitador de
momento passa a funcionar ativado pela pressão de operação do guindaste. Ao
mesmo tempo, as funções do comando hidráulic o que tendem a
sobrecarregar o equipamento deixam de responder ao comando do operador,
sinalizando a necessidade de reduzir o raio de operação do guindaste e/ou rever o
peso da carga transportada.
Entretanto, o sistema permite que as funções hidráulicas que diminuem o raio
de operação operem normalmente.

Lembrar sempre que o sistema limitador de momento da


carga não elimina os riscos de instabilidade do caminhão.
Portanto, antes de movimentar qualquer carga, verificar o
gráfico de capacidade e a correta estabilização do seu guindaste.

Figura 7 -8

7-8 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.3 Limites da capacidade de carga

Capacidade de carga

Os guindastes foram projetados para suportar determinados esforços


que não devem ser ultrapassados em hipóte se alguma e para levantar cargas
diversas.
Cuidados devem ser tomados pelos operadores nas execuções dos diversos
tipos de trabalho, de maneira a preservar a integridade do equipamento e a
segurança da operação.
As cargas de trabalho dos guindastes são d efinidas nos gráficos de capacidade,
que estão afixados na estrutura da torre (H fig. 7 -9), próximo ao posto do
operador e de fácil visualização pelo mesmo.
Verificar e seguir com muita atenção as informações do gráfico de carga do
equipamento.
Cada guindaste hidráulico tem o seu próprio gráfico de carga,
determinado conforme a sua capacidade.
O gráfico de carga indica a capacidade nominal de carga de cada guindaste, isto é,
as cargas máximas que poderão ser içadas e transportadas são proporcionais às
distâncias da ponta da lança ao eixo de giro da torre.

Figura 7 -9

7-9
Segurança

7.3 Limites da capacidade de carga

Gráfico de capacidade de carga

• Exceder os limites de capacidade dos gráficos implicará em alto risco de


segurança e redução da vida útil dos guindastes.
• O operador e outras pessoas envolvidas no trabalho devem conhecer a
capacidade do guindaste e o peso da carga que está sendo erguida.

7-10 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.3 Limites da capacidade de carga

Cuidados antes de levantar a carga

Antes de levantar uma carga, proceder como segue:


1. Conhecer o peso da carga.
2. Conhecer o peso dos dispositivos que suspendem a carga.
3. Somar o peso da carga e o peso dos dispositivos que ajudam a suspender a
carga. O resultado será o peso total da carga que está sendo levantada.
4. Determinar a distância do eixo vertical de rotação do guindaste ao centro
de gravidade da carga que está sendo levantada.
5. Determinar a distância do eixo vertical de rotação do guindaste à linha de
centro do ponto para onde a carga deve ser movida.
6. A capacidade de alcance do guindaste para a carga determinada no item 3 ,
deverá sempre ser igual ao maior valor obtido nos itens 4 e 5 acima.

Nunca operar o guindaste sem os estabilizadores


estendidos e apoiados sobre solo firme. Casotenha
dúvidas da resistência do solo aumente a superfície de apoio
das sapatas estabilizadores utilizando calços com superfície
maior.

• A real condição de movimentação de carga para o seu guindaste será


determinada com a avaliação de outros fatores, além do gráfico de carga.
• Relembrar que o gráfico de cargas indica se o levantamento de uma
determinada carga é possível de ser realizado.
• Em certas situações, esta carga não poderá ser erguida sem risco de tom bar
o caminhão.
• Todos os comandos do guindaste são hidráulicos. Duas ou mais funções
hidráulicas poderão atuar de forma simultâ nea, mas quando o guindaste
estiver trabalhando com carga, a recomendação é atuar uma função de
cada vez.
• A atuação simultânea de duas ou mais funções hidráulicas, vai resultar em
uma diminuição da velocidade nominal de movimentação de cada cilindro.

7-11
Segurança

7.4 Operação das lanças

Cuidados na operação da lança telescópica

Procure utilizar sempre as lanças mais próximas do braço, isto é:


1. Primeira lança hidráulica.
2. A seguir a segunda lança hidráulica.
3. Depois a primeira lança manual e assim sucessivamente.
Para recolher as lanças utilize o processo in verso, isto é, recolher primeiro a
lança mais afastada para evitar excesso de esforço nas placas de nylon e nos
cilindros telescópicos e preservar a integridade das lanças;
Evite deslocamento das lanças telescópicas com carga máxima na horizontal,
pois este procedimento, sobrecarrega asplacasdeslizadoras de nylon e os
cilindros hidráulicos.

• A abertura das lanças deve seguir a ordem da mais


grossa para a mais fina.
• Não se aconselha movimentar os cilindros telescópicos na
horizontal.

Cuidados na operação da lança manual

1. Estender as lanças telescópicas manuais, fixando -as no lugar com os pinos


de travamento.

Somente utilizar as lanças manuais, caso o alcance das


hidráulicas seja inferior ao pretendido, caso contrário,
utilizar somente a quantidade necessária para tal.

2. Após estender e travar as lanças manuais, enganchar a carga .


3. Preferencialmente, manter a carga em movimento alinhada com o ponto
onde será depositada;
4. Se for necessário, utilize as lanças hidráulicas, observe o funcionamento das
mesmas com muita atenção.

7-12 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.4 Operação das lanças

• Não ultrapassar o raio do início da operação, pois há perigo de


tombamento do equipamento.
Exemplo: O guindaste alcançou com as lanças manuais estendidas até a
carga, a distância de 4 metros.
Levantando a carga acima de 45º, o raio diminui.
A partir deste ponto, movimenta -se as lanças hidráulicas na ordem
descrita anteriormente no item “Cuidados na operação da lança
telescópica”, não ultrapassando o raio de 4 metros (raio inicial).
• Evitar movimentar o braço do guindaste com as lanças totalmente
estendidas em ângulos inferiores a 45º e raios maiores que o raio inicial.

Solução para o caso acima:


Aumentar a ângulo de elevação da lança, para um valor
acima de 45º, a fim de manter a carga dentro do limite.

7-13
Segurança

7.5 Sistema hidráulico sob pressão

Cuidados do sistema hidráulico pressurizado

Todos os movimentos e controles dos guindastes são obtidos através do


seu avançado sistema hidráulico, que além de apresentar as mais modernas
soluções em sistemas de comando e acionamento, também se caracteriza pela
robustez e confiabilidade, assegurando controles precisos durante a operação,
manutenção simples e excelente disponibilidade operacional.

Há alguns cuidados que devem ser tomados, quando o sistema hidráulico


estiver pressurizado pela bomba hidráulica ou por efeito de cargas atuando
sobre os cilindros hidráulicos.

Os pontos que requerem atenção especial quando o sistema hidráulico dos


guindastes estiver sob pressão, são os seguintes:

1. Vazamentos de óleo sob alta pressão.

Os fluidos sob pressão que eventualmente escapam do sistema hidráulico,


podem ter tanta força, que penetram sob a pele, causando lesões graves.
Portanto, é imprescindível reduzir a zero a pressão do sistema hidráulico, antes de
soltar ou desconectar qualquer mangueira ou tubulação (I fig. 7-11).

Cuidado!
O óleo hidráulico sob pressão pode penetrar sob a pele.
Manter mãos e os olhos afastados de uma fuga de óleo
hidráulico sob alta pressão.

Antes de soltar mangueiras, tubulações, conexões e


regular as válvulas, apoiar adequadamente a estrutura e
aliviar a pressão residual do circuito hidráulico.

7-14 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.5 Sistema hidráulico sob pressão


Da mesma forma, é importante assegurar-se de que todas as conexões,
mangueira e tubulações estão bem apertadas antes de aplicar pressão no sistema
hidráulico.
Para localizar uma fuga de óleo hidráulico, utilizar um pedaço de papelão ou
cartolina e passar ao redor dos componentes. Caso exista uma fuga de óleo sob
pressão, o jato será interceptado pelo papelão, indicando a sua localização.

2. Evitar torcer, puxar ou manter as mangueiras fora da sua posição natural de


repouso.
3. Sempre colocar o guindaste em posição de repouso e aliviar a pressão do
sistema hidráulico após encerrar o trabalho.
4. Antes de conectar ferramentas auxiliares no sistema hidráulico através dos
engates rápidos, certificar-se de aliviar a pressão hidráulica do circuito.

Figura 7 -11

7-15
Segurança

7.6 Redes elétricas

Cuidados na operação perto de redes elétricas

Para a máxima segurança ao operar o guindaste perto de redes elétricas e linhas de


transmissão, recomendamos seguir os procedimentos abaixo:

1. Deixar todas as partes do guindaste a uma distância segura da rede elétrica.


2. Informe a concessionária de energia antes de operar próximo a redes elétricas.
3. Sempre considere que todas as linhas elétricas próximas estão energizadas.
4. Evitar a movimentação do guindaste em terrenos inclinados ou irregulares,
próximo de redes elétricas.
5. Ao utilizar uma corda ou cabo para firmar a carga ou evitar o giro da carga,
esteja ciente que a corda poderá conduzir uma descarga elétrica, principal-
mente se estiver molhada ou úmida.
6. Trabalhar com velocidade reduzida, próximo as linhas de transmissão, para
permitir ao operador um maior tempo de reação.
7. Seguir as recomendações da concessionária de energia de sua região para
operação dos guindastes perto de redes elétricas.
8. As normas que se aplicam a este tipo de operação são: NBR 10 (2004),

RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO OU ELETROCUSSÃO

• Se a carga, cabo do guincho, g uindaste ou caminhão estiver eletricamente


carregado e houver contato físico com a carga, cabo do guincho, guindaste ou
caminhão, poderá resultar em MORTE ou LESÕES GRAVES.
• Manter as pessoas estranhas à operação afastadas do guindaste e da carga
quando operar perto de redes elétricas.

7-16 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.7 Choque elétrico

Como proceder em caso de choque elétrico

1. Desligar a energia elétrica


2. Se uma ou mais pessoas e stiverem em contato com um fio ou condutor,
procurar afastar o condutor, usando uma mangueira de borracha, ou corda
seca ou um pedaço de madeira seca.
3. Somente executar este procedimento, se tiver certeza que a energia elétrica
está desligada.
4. Chamar o serviço de emergência pelos fones 193 ou 192.
5. Administrar os primeiros socorros à vitima.
6. Procurar evitar a área em torno do guindaste, porque a alta tensão poderá ser
descarregada pelo chassi do guindaste até o solo.
7. Após o acidente, inspecionar e reparar todo o equipamento afetado pelo contato
elétrico.

Cuidado!
Equipamento não isolado eletricamente.
Proibido contato com redes e linhas de energia
elétrica.

7-17
Segurança

7.8 Procedimentos de segurança


Procedimentos gerais de segurança

A pratica das regras de segurança, a obediência às norm as e regulamentos de


trânsito, aliadas ao bom senso, capacitam os motoristas e operadores de
guindastes a prevenir e evitar acidentes.

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, regulamenta os


procedimentos de operação de guindastes, através das seguintes normas: NR-6,
NR-11, NR-12 e NR-17.

Recomendamos operar o seu guindaste sempre com a máxima


prudência, pois distração e descuidos são causas freqüentes de acidentes.

Preparativos para a operação segura do seu guindaste .

• Quando as atividades forem executadas por um grupo de pessoas, somente


uma pessoa (coordenador) dará as orientações ao operador do guindaste.
• Todas as operações com guindastes devem ser efetuada s por operador trei-
nado e sempre auxiliando por ajudantes, eletricistas ou outros operários da
equipe.
• Durante as operações com guindastes, o operador será responsável pelo po -
sicionamento da carga e pela segurança da operação.

Toda a equipe deverá utilizar os equipamentos de


proteção individual obrigatórios (EPIs), dentre eles:
• capacete de segurança;
• óculos de segurança especiais;
• luvas de raspa;
• botas de seguranças;
• protetor auricular.

• Deverá ser seguida rigorosamente a codificação de sinais convencionados


pelas normas de seguranças conforme anexo, (sinalização para operação de
guindaste), para permitir ao coordenador, solicitar ao operador que faça os
movimentos requeridos na execução dos trabalhos.

7-18 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.8 Procedimentos de segurança


Antes de começar qualquer operação efetue uma inspeção visual do guindaste
verificando o correto estado das travas de segurança dos pinos, fixações do
equipamento e a ausência de vazamentos hidráulicos, e danos na estrutura do
equipamento.

Antes de começar qualquer operação, verificar cuidadosamente se não há pessoas ao


redor, ou qualquer outro obstáculo na sua área de alcance.

Fazer um bom planejamento em conjunto com o grupo de trabalho para a escolha da


posição de estacionamento que permita realizar maior número de operações, sem
haver necessidade de movimentar o veículo.

Procurar estacionar o veículo sempre que possível na parte mais seca, firme e nivelada
do terreno. Verifique se há inclinação no solo - o desnível tolerado para operar o
guindaste com segurança é de 5° (5 graus).
Antes de iniciar qualquer trabalho, testar todos os movimentos do guindaste e, caso
apresente qualquer irregularidade, avisar imediatamente o encarregado da
manutenção.

Operando o seu guindaste com segurança.

Não iniciar manobra alguma, sem receber antes o sinal de ordem daquele que coordena
os trabalhos.

Antes de iniciar o levantamento de cargas, certificar-se de que as extensões das patolas


e os estabilizadores estejam totalmente abertos e firmemente apoiados no solo sobre
calços. Use calços largos e chatos. Não use calços muito altos, eles diminuem a
estabilidade do veículo.

Só efetuar o levantamento e movimentação de cargas


dentro das normas de peso indicadas para o seu guindaste
.

Ao executar operações, independente do tipo do terreno e carga, utilize sempre os


extensivos dos estabilizadores, que evitam sobre esforços no chassi, permitido que o
mesmo tenha maior durabilidade.

Levantar cargas sem permitir que oscilem, evitando atingir funcionário, veículo, rede
energizada ou causar estragos mecânicos no conjunto da estrutura do guindaste.

Não provocar movimentos bruscos (solavancos) principalmente quando estiver


sustentando a carga.

7-19
Segurança

7.8 Procedimentos de segurança

• Deve-se acionar as alavancas de comando com suavidade, evitando-se mo-


vimentos bruscos que possam prejudicar a durabilidade e eficiência do equi-
pamento.
• Não colocar ou deixar que coloquem objetos sobre a lança e ou carga.
• Somente movimentar o veículo sem cargas suspensas e com o guindaste em
posição de repouso.
• Manter a carroceria do veículo sempre arrumada, mantendo as cargas sobre
o eixo do veículo.
• Evitar fazer manobras com a carga sobre áreas de trabalho. Se isso não
puder ser evitado, deve-se colocar sinalização de advertência sobre a
mesma.
• Frear e calçar o veículo, pois ele poderá deslocar durante a realização do
serviço, causando graves acidentes com prejuízo material.
• O emprego da caçamba (cesta aérea) só é permitido nos equipamentos que
cumprem com as regulamentações estabelecidas na Portaria 15 do Ministério do
Trabalho.
• Antes de abandonar o posto de manobras, desligar o interruptor geral do
equipamento, deixar a zero os comando (retirar pressão das mangueiras) e,
jamais deixar a carga suspensa na ponta da lança.
• Durante as manobras o operador deve evitar conduzir a carga em posições
tais que possam oferecer perigo á sua integridade física e a de outras pessoas
que possam estar por perto, envolvidas no trabalho.

7-20 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.9 Normas de segurança


Junto com as boas práticas de operação segura do seu guindaste, também se faz
necessária a observância das seguintes normas de segurança recomendadas
para o seu guindaste .

• Um bom entendimento do gráfico de carga é uma recomendação essencial


em termos de segurança operacional.

Siga sempre as recomendações do gráfico de carga do


seu guindaste.

• Antes de qualquer operação, patolar o guindaste.


• Nunca ultrapasse o limite da capacidade de carga.

• Ao ultrapassar o limite de carga, o guindaste está


sujeito a danos e o seu limite de segurança fica
comprometido.
• Quanto mais pesada for a carga a ser movimentada,
mais lentos deverão ser os movimentos do
equipamento. Assim, evita-se o deslocamento e oscilação
da carga no momento em que cessam os movimentos, bem
como atingir os fins de curso com muita velocidade,
causando desgastes ou quebras prematuras.

• Use sempre as lanças corretamente, o mau uso acarretará danos que dimi -
nuem a vida útil das mesmas e do equipamento.
• Estender as lanças conforme a seguinte ordem: primeiro a lança mais grossa,
depois a próxima, que fica embutida na anterior, e assim por diante, até che-
gar à lança mais fina, que deve ser estendida por último.
• Observar se as sapatas estão bem apoiadas no solo e se este é bem com -
pactado (solo firme).
• Observar se a carga está bem p osicionada e amarrada (com cintas ou cor-
rente que tenham resistência adequada) para que a mesma possa ser levan -
tada.

7-21
Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Linguagem de sinais manuais para o operador

Os sinais manuais são usados para comunicação entre o operador do guindaste e


os ajudantes, geralmente em locais onde os níveis de ruído ambiente impedem o
correto entendimento da comunicação verbal.

Para evitar mal-entendidos na comunicação por sinais, algumas regras básicas


devem ser obedecidas:
• A menos que o sinal recebido tenha sido perfeitamente entendido, o
operador do guindaste não deve executar nenhum comando.
• No caso em que alguma operação não esteja traduzida para a linguagem de
sinais, operador e ajudante devem concordar sobre a forma como será a
sinalização, antes de iniciar a operação do guindaste.
• Se as instruções verbais tiverem prioridade sobre as instruções por sinais de
mão, suspender o trabalho até que haja condições para uma clara comunicação
verbal.

Os sinais manuais que normalmente os operadores utilizam para comunicação


com seus auxiliares, são mostrados e explicados a seguir.

Comando: ELEVAR O BRAÇO

• Braço direito erguido para cima.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita fechada com dedo indicador
apontando para cima.
• Mover para cima a mão direita com o dedo
indicador esticado.

7-23
Segurança

7.9 Normas de segurança


• Levantar a carga pouco acima do local que se encontra e trazê -la o mais
próximo possível da coluna do guindaste para a elevação ou movimentos
necessários.
• Verificar se os pinos das articulações e dos cilindros estão devidamente fi-
xados.
• Observar sempre, com toda atenção, o gráfico de carga do equipamento.
• Nunca utilizar o guindaste para balançar pêndulo em obras de demolição.
• Nunca utilizar o guindaste em operações de estaqueamento.
• Não utilizar o guindaste para arrancar cargas fixas ao solo.
• Não utilizar o guindaste para elevar cargas cujo peso real é desconhecido.
• Não utilizar o guindaste para apertar cargas.

Nunca permitir que pessoas estranhas circulem junto a


área de movimentação da carga.

7-22 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: ELEVAR O BRAÇO DEVAGAR

• Braço esquerdo erguido na horizontal com a


mão esquerda estendida e a palma da mão
voltada para baixo.
• Braço direito com a mão fechada e dedo
indicador apontando para cima, contra a palma da
mão esquerda.

Comando: ABAIXAR O BRAÇO

• Braço direito esticado para a frente.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita fechada com dedo indicador
apontando para baixo.
• Mover para baixo a mão direita com o dedo
indicador esticado.

Comando: ABAIXAR O BRAÇO DEVAGAR

• Braço direito esticado para a frente.


• Braço esquerdo na horizontal com a mão
esquerda estendida e a palma da mão voltada
para cima.
• Braço direito com a mão fechada e dedo
indicador apontando para baixo, contra a palma da
mão esquerda.

7-24 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: ELEVAR A LANÇA EXTERNA

• Braço direito erguido para cima.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita fechada com os dedos indicador e
médio fazendo V para cima.
• Mover para cima a mão direita com os dedos
esticados.

Comando: ELEVAR A LANÇA EXTERNA DEVAGAR

• Braço esquerdo erguido na horizontal com a


mão esquerda estendida e a palma da mão
voltada para baixo.
• Braço direito com a mão fechada e os dedos
indicador e médio fazendo V para cima, contra a
palma da mão esquerda.

Comando: ABAIXAR A LANÇA EXTERNA

• Braço direito esticado para a frente.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita fechada com os dedos indicador e
médio fazendo V para baixo.
• Mover para baixo a mão direita com os dedos
esticados.

7-25
Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: ABAIXAR A LANÇA EXTERNA DEVAGAR

• Braço direito esticado para a frente.


• Braço esquerdo na horizontal com a mão
esquerda estendida e a palma da mão voltada
para cima.
• Mão direita fechada com os dedos indicador e
médio fazendo V para baixo, contra a palma da mão
esquerda.

Comando: GIRAR EM SENTIDO ANTI-HORÁRIO

• Braço direito erguido para cima.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita fechada com dedo indicador
apontando para cima.
• Girar a mão direita com o dedo indicador
esticado no sentido (anti -horário).

Comando: GIRAR EN SENTIDI HORÁRIO

• Braço direito erguido para cima.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita fechada com dedo indicador
apontando para cima.
• Girar a mão direita com o dedo indicador
esticado no sentido (horário).

7-26 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: MOVER A CARGA À ESQUERDA

• Braço direito erguido na horizontal.


• Manter o braço esquerdo para baixo.
• Mão direita espalmada apontando para o lado.

Comando: MOVER A CARGA À DIREITA

• Braço esquerdo erguido na horizontal.


• Manter o braço direito para baixo.
• Mão esquerda espalmada apontando para o
lado.

Comando: SEGURAR A CARGA

• Braço esquerdo erguido na horizontal.


• Manter o braço direito para baixo.
• Mão esquerda com o punho fechado.

7-27
Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: ESTICAR A LANÇA TELESCÓPICA

• Braços junto ao corpo.


• Antebraços voltados para a frente.
• Mãos fechadas com os polegares fazendo sinal de
positivo.
• Polegar direito apontando para a direita e polegar
esquerdo apontando para a esquerda.

Comando: RECOLHER A LANÇA TELESCÓPICA

• Braços junto ao corpo.


• Antebraços voltados para a frente.
• Mãos fechadas com os polegares fazendo sinal de
positivo.
• Polegar direito apontando para a esquerda e
polegar esquerdo apontando para a direita.

Comando: LEVANTAR A LANÇA E SEGURAR A CARGA

• Braço direito erguido na horizontal com a mão


fechada, e o polegar fazendo sinal de positivo para
cima.
• Braço esquerdo esticado em baixo do braço
direito, e a mão esquerda com punho fechado.

7-28 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00


Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: ABAIXAR A LANÇA E SEGURAR A CARGA

• Braço direito erguido na horizontal com a mão


fechada, e o polegar fazendo sinal de positivo para
baixo.
• Braço esquerdo esticado para a frente, em
baixo do braço direito, e a mão esquerda com
punho fechado.

Comando: LEVANTAR A LANÇA E ABAIXAR A CARGA


• Braço direito erguido na horizontal com a mão
fechada, e o polegar fazendo sinal de positivo para
cima.
• Braço esquerdo esticado para a frente, em
baixo do braço direito.
• Mão esquerda com os dedos apontando para
baixo e fazendo pequenos movimentos circu-
lares.

Comando: ABAIXAR A LANÇA E LEVANTAR A CARGA


• Braço direito erguido na horizontal com a mão
fechada, e o polegar fazendo sinal de positivo para
baixo.
• Braço esquerdo esticado para a frente, em
baixo do braço direito.
• Mão esquerda com os dedos apontando para
cima e fazendo pequenos movimentos circu-
lares.

7-29
Segurança

7.10 Linguagem de sinais

Comando: PARAR

• Os dois braços esticados na horizontal,


apontando para a esquerda e a direita.
• Mãos espalmadas na horizontal, com as palmas
das mãos voltadas para baixo.

Comando: ENCERRAR AS OPERAÇÕ ES

• Os dois braços voltados para baixo em frente ao


corpo.
• Fazer movimento de tesoura com os dois
braços ou cruzar e descruzar os dois braços
fazendo um X.

7-30 Argos Guindastes - Manual de Operação e Manutenção 04.06-00

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