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A sua precaridade,
a sua limitaçã o, a dor de pensar, a fome de se ultrapassar, a tristeza, a dor da alma
humana que se sente incapaz de construir e que, comparando as possibilidades
miserá veis com a ambiçã o desmedida, desiste, adormece “num mar de sargaço” e
dissipa a vida no tédio.
Os remédios para esse mal sã o o sonho, a evasã o pela viagem, o refú gio na infâ ncia,
a crença num mundo ideal e oculto, situado no passado, a aventura do
Sebastianismo messiâ nico, o estoicismo de Ricardo Reis, etc.. Todos estes remédios
sã o tentativas frustradas porque o mal é a pró pria natureza humana e o tempo a
sua condiçã o fatal. É uma poesia cheia de desesperos e de entusiasmos febris, de
ná usea, tédios e angú stias iluminados por uma inteligência lú cida – febre de
absoluto e insatisfaçã o do relativo.
Características temáticas
· Renovador de mitos
· A vida é sentida como uma cadeia de instantes que uns aos outros se vã o
sucedendo, sem qualquer relaçã o entre eles, provocando no poeta o sentimento da
fragmentaçã o e da falta de identidade
As temáticas:
ü Traduçã o dos sentimentos nas linguagem do leitor, pois o que se sente é
incomunicá vel.
topo
Características estilísticas
· Adjectivaçã o expressiva
· Economia de meios:
· Pontuaçã o emotiva
· Associaçõ es inesperadas [por vezes desvios sintá cticos – ená lage (“Pobre velha
mú sica”)]
- Coexistem 2 correntes:
topo
- Características: - dor de pensar
- nostalgia
- desilusã o
- solidã o interior
- tédio
- ceptismo
- pontuaçã o (diversidade)
- musicalidade
topo
Temas
Sinceridade/fingimento
Intelectualizaçã o do sentir = fingimento poético, a ú nica forma de criaçã o artística
(autopsicografia, isto)
Despersonalizaçã o do poeta fingidor que fala e que se identifica com a pró pria
criaçã o poética
Mentira: linguagem ideal da alma, pois usamos as palavras para traduzir emoçõ es e
pensamentos (incomunicá vel)
Consciência/inconsciência
Sentir/pensar
Busca mú ltiplas emoçõ es e abraça sonhos impossíveis, mas acaba “sem alegria
nem aspiraçõ es”, inquieto, só e ansioso.
Poemas:
- interseccionismo
topo
O fingimento poético
topo
Alberto Caeiro
Ricardo Reis
- paganista existencial
- epicurismo: carpe diem
e disciplina estó ica - poeta da Natureza e da
simplicidade
- indiferença céptica;
ataraxia - interpreta o mundo a partir dos
sentidos
- semipaganismo;
classicismo - interessa-lhe a realidade imediata
e o real objectivo que as sensaçõ es
- vive o drama da lhe oferecem
fugacidade da vida e da
fatalidade da morte - nega a utilidade do pensamento; é
antimetafísico
Dissimulaçã o Fragmentaçã o
FERNANDO
PESSOA
Despersonalizaçã o Fingimento
Ø Objectivismo;
Ø Sensacionismo;
Ø Antimetafísico (recusa do conhecimento das coisas);
Ø Panteísmo naturalista (adoraçã o pela natureza).
ü Características estilísticas
Ricardo Reis
ü Características temáticas
ü Características estilísticas
Álvaro de Campos
ü Características temáticas
ü Características estilísticas
Modernismo
Poesia
Não sei quantas almas tenho
Conclusã o
Partiu para Á frica do Sul muito cedo permitindo-lhe aprender e cultivar muito
bem a língua inglesa. Trabalhou e colaborou em vá rias revistas. Delas sã o
exemplo as revistas “Athena”, “Orpheu” e “Presença”.
Através de amigos que viviam no estrangeiro mantinha contacto com o que se
passava na Europa, tornando-se adepto de uma nova corrente artística que se
tentava infiltrar em Portugal – o Modernismo. Pessoa foi um dos grandes
impulsionadores do Modernismo em Portugal, tendo colaborado com vá rios
artigos difusores das ideias modernas para vá rias revistas.
Biografia
Fernando Pessoa Álvaro de Campos Ricardo Reis Alberto Caeiro
Nasceu em Lisboa, Nasceu em Tavira, Nasceu no Porto, em
Nasceu em Lisboa,
em 13 de Junho de em 15 de Outubro 19 de Setembro de
em 16 de Abril de
1888 de 1890 1887
1889
Foi, em 1896, com a Fez o Liceu em Educado num
Viveu quase toda a
mã e para Durban, Portugal e o curso colégio jesuíta
vida no campo;
Á frica do Sul e fez lá de engenharia na (latinista por
ó rfã o de pai e mã e
os seus estudos Escó cia educaçã o alheia e
desde muito cedo,
primá rios e semi-helenista por
viveu de pequenos
secundá rios Engenheiro naval educaçã o pró pria),
rendimentos, com
(por Glasgow), vive formou-se em
uma tia-avó ; nã o
Regressou a em Lisboa Medicina
teve profissã o nem
Portugal em 1905 e
educaçã o literá ria
ingressa no Curso Viajou pelo Oriente Por ser moná rquico,
para além da 4ª
Superior de Letras, (de onde resultou o partiu para o Brasil
classe
do qual desiste mais Opiário) em 1919
tarde
De estatura média,
Alto, magro e com Era moreno, mais
era louro e tinha os
Morre em 30 de tendência a curvar- baixo e mais forte
olhos azuis
Novembro de 1935 se que Caeiro
Motivos poéticos e caracterização do poeta
Fernando Pessoa Álvaro de Campos Ricardo Reis Alberto Caeiro
expressão musical amor à vida paganismo variedade da
do frio, do tédio e Natureza
dos anseios de alma masoquismo busca de um prazer
relativo panteísmo sensual
resignação dorida triunfalismo
de quem sofre a vida modernista aceitaçã o calma da aceitaçã o calma do
sendo incapaz de ordem das coisas Mundo tal como é
viver abulia, tédio,
cansaço e ná usea discípulo de Caeiro, "atençã o
egotismo como o Mestre, maravilhosa ao
exacerbado civilização aconselha a mundo exterior
aceitaçã o calma da sempre mú ltiplo"
cepticismo é o Mestre que ordem das coisas e
Pessoa opõ e a si faz o elogio da vida deambulismo
náusea mesmo, com o qual campestre,
tem que aprender: a indiferente ao social misticismo
gosto pelo que é viver sem dor; a naturalista
popular envelhecer sem opõ e a moral pagã
angú stia; a morrer à moral cristã , poeta futurista,
intelectualizaçã o do sem desespero; a considerando a sensacionista e por
sentir fazer coincidir o ser primeira uma moral vezes escandaloso
com o estar; a de orientaçã o e (segundo Pessoa)
obsessã o da aná lise combater o vício de disciplina e a
pensar; a ser uno segunda uma moral predomínio da
solidã o interior, (nã o fragmentado) de renú ncia e emoção
angú stia existencial, desapego espontânea e
melancolia, vive de impressões, torrencial
resignaçã o sobretudo visuais. faz o elogio do
Ver, exclusivamente epicurismo elogio da
inquietaçã o perante ver (tendência para a civilização
o enigma felicidade pela industrial,
indecifrá vel do identifica-se com a harmonizaçã o de moderna, da
mundo Natureza, vive todas as faculdades velocidade e das
segundo o seu através da má quinas, da
fragmentaçã o do Eu, ritmo, deseja nela se disciplina) energia e da força,
perda de identidade diluir, integrando-se do progresso
nas leis do Universo, a sabedoria consiste
procura, absurdo, como se fosse um em gizar a vida virado para o
ansiedade rio ou um planta (mais como exterior, tenta
tentativa) através banir o vício de
nostalgia do bem lírico, instintivo, de um exercício da pensar e acolhe
perdido, do mundo espontâ neo, razão todas as sensaçõ es
fantá stico da ingénuo, inculto
infâ ncia (em relaçã o à tem consciência da ansiedade e
sabedoria escolar) dor provocada pela confusã o emocional.
nã o inculca normas natureza precá ria Angú stia existencial
recusa a
introspecçã o e a tédio, ná usea,
subjectividade, desencontro com os
abre-se ao mundo outros
exterior com
passividade e presença terrível e
alegria. É o poeta do labiríntica do Eu de
real objectivo que o poeta se tenta
do homem. Medo da
libertar
recusa a expressã o velhice e da morte.
em termos de Crença no Fado
fragmentação do
sentimentos Eu, perda de
é austero (no
identidade
nã o quer saber do sentido clá ssico do
termo), contudo,
de comportamento passado nem do SENTIDO do
futuro. Vive no disciplinado,
absurdo
Presente inteligente É o poeta
vive pela
da razã o
inteligência excitaçã o da
defende a existência
intuitiva e pela procura, da busca
antes do é um homem
imaginação incessante
pensamento; o civilizado, de boas e
corpo antes do elegantes maneiras,
vive de impressõ es,
espírito culto, pagã o (de um
sobretudo visuais
paganismo
(sensacionismo)
poeta decadente)
sensacionalista, goza em cada
por vezes moralista
impressã o o seu
escandaloso conteú do original
(epicurismo)
poeta intelectual
embora mais homem ingénuo
evolutivo dos
heterónimos (3 poeta do real
fases) objectivo
Estilo
Fernando Pessoa Álvaro de Campos Ricardo Reis Alberto Caeiro
eufonia dos versos verso livre constrói expressões
laboriosamente o familiares
linguagem fina longos versos de 2 seu estilo
ou 3 linhas imagens e
expressão límpida revela formação comparações bem
apó strofes repetidas clássica conseguidas
associaçõ es
inesperadas oxímoros poesia de 2ª pessoa pobreza lexical
(interseccionismo)
onomatopeias dramatizaçã o do verso livre
preferência pela pensamento que
métrica curta
linguagem simples,
espontâ nea mas
só bria
estilo esfuziante, fazer poesia é uma
reticências torrencial, atitude involuntá ria
condensa na Ode
dinâmico
gosto pelo popular transformaçã o do
monó logos está ticos
(uso frequente da exclamaçõ es, abstracto no
quadra) interjeiçõ es concreto